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Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Unidade 1
Administração e Planejamento
Aula 1
Conceitos básicos da Administração e do Planejamento
Conceitos básicos da administração e do planejamento
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Dica para você
Aproveite o acesso para baixar os slides do vídeo, isso pode deixar sua
aprendizagem ainda mais completa.
Olá, estudante!
Nesta videoaula, você terá a oportunidade de explorar três conteúdos fundamentais para
compreender a evolução da administração e sua relação com o planejamento. Partindo do
princípio de contextualização da origem dos estudos em administração, você avançará
conhecendo as raízes históricas que servirão de base para essa disciplina ao longo dos séculos.
Também, poderá entender a relevância histórica da administração e do planejamento e, ainda,
como esses conceitos se aplicam de forma sinérgica no cotidiano pro�ssional.
Ao considerar os estudos desses processos e fatos históricos você será capaz de compreender
a interação essencial de aprofundamento para gestão e tomada de decisões estratégicas com
base em fundamentos sólidos.
Tendo explorado esses fatos, convidamos você a examinar os pilares da administração e do
planejamento como forma de descobrir como sua aplicação pode se manifestar em garantia de
sucesso da ação pro�ssional em um cotidiano de constante transformação e diversas
exigências!
Esta videoaula foi pensada para você, então, aproveite!
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Ponto de Partida
A disciplina de Administração e Planejamento em Serviço Social apresenta-se como um
elemento essencial para a formação dos pro�ssionais dessa área, pois proporciona um
embasamento teórico e prático sobre a importância da gestão e organização nas práticas
sociais.
Conhecer a origem dos estudos em administração e explorar os marcos históricos que
moldaram o desenvolvimento dessa área do conhecimento, desde os seus primórdios até as
contribuições teóricas mais contemporâneas, são fundantes para o cotidiano pro�ssional do
assistente social.
Acessar e compreender as diferentes abordagens e correntes teóricas que in�uenciaram o
desenvolvimento do planejamento como campo de estudo e prática, no sentido da compreensão
da disciplina da administração, se faz necessário para a relação da práxis pro�ssional.
A relação entre administração e planejamento e a complementaridade desses dois conceitos se
manifestam na intersecção com o contexto da formação em Serviço Social; deste modo, você
está convidado a trilhar esse caminho de conhecimento e reconhecimento teórico para �ns de
sua aplicabilidade. Vamos lá? 
Vamos Começar!
Administração: teorias e origens
De acordo com Chiavenato (2003), a origem dos estudos em administração remonta a diferentes
períodos históricos e teve contribuições de diversas correntes de pensamento.
De modo breve, mas essencial, será preciso que você acesse algumas teorias cuja �nalidade
está em lhe permitir ser capaz de compreender os processos de desenvolvimento dessa área no
decorrer dos processos históricos da administração.
Para tanto, veja que, desde o clássico até os campos da administração pública já nos anos
iniciais do século XX, diferentes teóricos desenvolveram importantes estudos de elaboração de
princípios fundantes, com a �nalidade de organizar e administrar as relações e suas
organizações.
Tendo dito isso, faremos vistas às seguintes teorias:
Teoria clássica da administração: a teoria clássica, desenvolvida por Frederick Taylor, Henri
Fayol e Max Weber no início do século XX, foi um marco importante para os estudos em
administração. Taylor propôs a Administração Cientí�ca, focada na e�ciência produtiva e na
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ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
divisão do trabalho, enquanto Fayol elaborou os princípios gerais da administração, como
planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Weber, por sua vez,
destacou a burocracia como uma forma e�ciente de organizar e administrar as
organizações.
Teoria das relações humanas: a teoria das relações humanas, desenvolvida por Elton Mayo
e seus colaboradores nas décadas de 1920 e 1930, trouxe uma nova abordagem para a
administração, enfatizando a importância das relações interpessoais e do bem-estar dos
trabalhadores.
Administração pública: no campo da administração pública, destaca-se a obra de Woodrow
Wilson, presidente dos Estados Unidos entre 1913 e 1921, que trouxe uma nova perspectiva
sobre a administração governamental. Wilson defendia a separação entre a política e a
administração, argumentando que a administração pública deveria ser pro�ssionalizada e
baseada em princípios cientí�cos e e�ciência.
Perceba que há uma relação de complementaridade entre as diferentes teorias apresentadas em
que pese o fato de encontrarmos do princípio da organização e�ciente e coordenação
burocrática à argumentação de administração das relações interpessoais e de e�ciência.
Neste ponto, avançam os conhecimentos à medida que não há como administrar sem uma
relação direta com as ações de planejamento e, para avançar nesta compreensão, você precisará
conhecer também as origens dos estudos em planejamento. 
Planejamento: princípios teóricos
Para iniciar o caminho de reconhecimento dos princípios teóricos em planejamento, Barreto
(2017) diz que, na administração, a origem dos estudos em planejamento remonta a diferentes
períodos históricos e teve contribuições de diversas correntes de pensamento.
Neste seguimento, eis algumas teorias, para compreender o desenvolvimento dos estudos em
planejamento que você deve conhecer:
Planejamento estratégico: seu objetivo é de�nir a direção estratégica da organização,
estabelecendo metas e objetivos em longo prazo e identi�cando os caminhos para alcançá-
los.
Ciclo de planejamento: uma abordagem comum nos estudos de planejamento na
administração é o ciclo de planejamento, que envolve etapas, como análise situacional,
de�nição de metas, formulação de estratégias, implementação, monitoramento e avaliação.
Planejamento participativo: no campo da administração, encontramos também a
abordagem do planejamento participativo, que busca envolver os membros da organização
no processo de tomada de decisões e de�nição de metas.
No contexto do Serviço Social, o planejamento na administração adquire uma relevância
particular, pois os pro�ssionais dessa área frequentemente atuam em organizações e
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
instituições que exigem uma gestão estratégica e e�ciente dos recursos disponíveis.
Consideradas as atribuições técnicas do assistente social, como preconiza o Código de Ética
Pro�ssional, segundo matéria especí�ca do serviço social, este pro�ssional terá de ser capaz de
planejar, executar, avaliar e monitorar ações de objeto direto, logo torna-se imprescindível o
domínio das habilidades vinculadas ao tema em questão para �ns de uma efetiva práxis
pro�ssional.
Siga em Frente...
A intersecção: administração e planejamento
A relação entre administração e planejamento é intrínseca e complementar. Neste ponto, essa
a�rmativa já se torna clara, evidente e fatídica para você, com certeza, no entanto compete ainda
que essa intersecção seja mais bem conhecida.
O planejamento é uma função essencial da administração, sendo considerado um dos pilares do
processo de gestão; já a administração envolve a coordenação de recursos, o estabelecimento
de metas, a tomada de decisões e a implementação de ações para alcançar os objetivos
organizacionais.
O planejamento na administração é o processo de de�nir metas, determinar as melhores
maneiras de alcançá-las, identi�car os recursos necessários e estabelecer um curso de ação. Ele
envolve a análise do ambiente interno e externo, a avaliação das oportunidades e ameaças, a
de�nição de objetivos claros e realistasum mergulho signi�cativo no mundo da administração e do
planejamento permite entender as origens históricas dessas disciplinas, percebendo como elas
se tornaram fundamentais para o funcionamento bem-sucedido de organizações e para o
alcance de metas pessoais.
A relação estreita entre administração, economia e estratégia de desenvolvimento ressalta a
importância de considerar fatores econômicos e concorrenciais na tomada de decisões
gerenciais. Através do planejamento cuidadoso, é possível identi�car oportunidades e ameaças,
permitindo que as empresas se adaptem a um ambiente em constante mudança.
A compreensão das dimensões do planejamento, como a racionalidade e a operacionalidade, é
essencial para elaborar estratégias e�cazes. Já a metodologia de planejamento garante uma
abordagem sistemática para alcançar objetivos, de modo a determinar a e�ciência dos recursos
disponíveis.
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ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Dessa forma, as competências associadas a esses determinantes promovem a capacidade de
enfrentar os desa�os cotidianos com uma perspectiva mais abrangente e fundamentada. Ao unir
conhecimentos históricos, teóricos e práticos da administração e do planejamento, o
pro�ssional, visto como agente de transformação, se torna capaz de alavancar o sucesso
organizacional e pessoal.
É Hora de Praticar!
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Estudante, agora você verá o estudo de caso da empresa de desenvolvimento de software, a qual
atua no mercado há cinco anos, fornecendo soluções inovadoras para empresas de diversos
setores. A empresa deseja expandir sua atuação para um novo mercado, o setor de saúde,
visando oferecer soluções tecnológicas que otimizem a gestão hospitalar e a experiência do
paciente.
Para contextualizar a sua aprendizagem, imagine que a empresa enfrenta o desa�o de entrar em
um mercado altamente regulamentado, no qual a segurança e a privacidade dos dados do
paciente são prioridades. Você tem um papel crucial como parte da equipe de gestão, e toda a
equipe, para inserir a empresa no mercado altamente regulamentada, precisa entender as
especi�cidades do setor de saúde, identi�car suas necessidades tecnológicas e estabelecer
estratégias para ganhar a con�ança dos pro�ssionais de saúde. Eis a seguir os passos do
planejamento:
Análise do mercado: a empresa realiza uma análise detalhada do mercado de saúde,
identi�cando os principais players, as tendências tecnológicas emergentes e as demandas
dos hospitais e clínicas. Essa análise é crucial para entender a concorrência, as
oportunidades e as ameaças no novo mercado.
Identi�cação de regulamentações: a equipe de planejamento pesquisa e identi�ca as
regulamentações especí�cas do setor de saúde relacionadas à proteção de dados e à
segurança da informação. Isso permite que a empresa desenvolva soluções que estejam
em conformidade com as normas vigentes.
De�nição de objetivos: com base na análise do mercado e das regulamentações, a empresa
de�ne seus objetivos para a expansão. Isso inclui metas especí�cas, como desenvolver um
sistema de gestão hospitalar integrado e garantir a interoperabilidade de suas soluções
com os sistemas existentes.
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ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Estratégias de abordagem: a empresa formula estratégias especí�cas para abordar o
mercado de saúde. Isso inclui a criação de parcerias com instituições médicas, a
contratação de pro�ssionais com conhecimento no setor e a realização de workshops para
educar os pro�ssionais de saúde sobre as vantagens da tecnologia.
Desenvolvimento de soluções personalizadas: a empresa desenvolve soluções de software
personalizadas para atender às necessidades especí�cas do setor de saúde, focando na
segurança de dados e na e�ciência operacional dos hospitais.
Avaliação e ajustes: após a implementação das soluções, a empresa avalia
constantemente sua e�cácia e coleta feedback dos clientes no setor de saúde. Isso permite
ajustes contínuos e melhorias para garantir que as soluções estejam atendendo às
expectativas e às demandas do mercado.
Tendo em vista que as dimensões do planejamento desempenham um papel crucial na e�cácia e
no sucesso das atividades, sejam elas pessoais ou empresariais, re�ita:
Ao estabelecer metas e objetivos de atuação, quais são os aspectos especí�cos de
importância segundo as dimensões do planejamento?
Você consegue estabelecer uma relação entre as dimensões do planejamento e da
administração, cujos aspectos de de�nição se materializem no cotidiano da prática
pro�ssional?
A partir dos conceitos de “e�ciência” e “e�cácia” como partes fundantes no processo de
planejamento, você deve considerar o planejamento como base elementar para o
desenvolvimento de sua prática pro�ssional? 
Com base na análise situacional, você tem um papel crucial como parte da equipe de gestão. A
sugestão de que o aluno está envolvido na análise e no planejamento estratégico ressalta a
importância da participação ativa dos membros da equipe em uma abordagem colaborativa. Eis
alguns caminhos importantes para a resolução do estudo de caso:
Análise situacional e de�nição do problema: o aluno, junto à equipe de gestão, deve realizar
uma análise minuciosa da situação atual da empresa. Isso inclui identi�car gargalos na
produção, pontos fracos nos processos, possíveis desperdícios e lacunas na e�ciência. A
análise situacional fornecerá informações essenciais para de�nir o problema principal que
está afetando a produtividade.
Planejamento estratégico colaborativo: ao planejar estratégias para aumentar a
produtividade, o aluno tem a oportunidade de contribuir com ideias e perspectivas únicas. A
sugestão de "um plano de ação abrangente" indica a abordagem holística que o aluno e a
equipe de gestão estão adotando. O aluno pode apresentar soluções práticas e inovadoras
que surgiram durante a análise e discussões em grupo.
De�nição de objetivos e metas: junto à equipe de gestão, o aluno pode ajudar a de�nir
metas claras e mensuráveis para a melhoria da produtividade. Essas metas devem ser
realistas e alinhadas com as capacidades da empresa, permitindo que todos trabalhem em
direção a um objetivo comum.
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
A participação do aluno como solucionador, junto à equipe de gestão, no planejamento
estratégico para aumentar a produtividade destaca a importância da colaboração e do
envolvimento de diversos membros da organização. A abordagem multidisciplinar e a
participação ativa do aluno podem ser fatores-chave para o sucesso na resolução de desa�os
complexos e no alcance de resultados positivos para a empresa. 
Estudante, veja na �gura a seguir os principais pontos estudados nessa unidade:
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Figura 1 | Mapa mental
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
ANSELMO, J. L. Gerenciamento de projetos em negócios baseados em projetos: uma proposta
integrada das dimensões operacional, organizacional e estratégica. 2009. Tese (Doutorado em
Administração) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. 
BARRETO, J. M. Introdução à Administração. Salvador: UFBA, 2017. 
BATISTA, F. F. Modelo de gestão do conhecimento para a administração pública brasileira: como
implementar a gestão do conhecimento para produzir resultados em benefício do cidadão. Rio de
Janeiro: IPEA, 2012. 
BIN, D.; CASTOR, B. V. J. Racionalidade e política no processo decisório: estudo sobre orçamento
em uma organização estatal. Revista de Administração Contemporânea, v. 11, p. 35-56, 2007. 
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna
administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 
CHIAVENATO, I.  Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações.
Barueri: Manole, 2005. 
COTA, I. A. Elaboraçãode um plano estratégico para uma microempresa do ramo de instalação e
manutenção elétrica do interior de Minas Gerais. 2019. 55 f. Monogra�a (Graduação em
Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Ouro Preto, João Monlevade, 2019. 
DAYCHOUM, M.  40+ 20 ferramentas e técnicas de gerenciamento. Rio de Janeiro: Brasport,
2018. 
CONTADOR, J. C. Produtividade fabril I: método para rápido aumento da produtividade
fabril. Gestão & Produção, v. 1, p. 217-238, 1994. 
FUSCO, J. P. A. Operações e gestão estratégica da produção. Fortaleza: Arte & Ciência, 2007. 
GANDIN, D. A posição do planejamento participativo entre as ferramentas de intervenção na
realidade. Currículo sem Fronteiras, v. 1, n. 1, p. 81-95, 2001. 
GUERRA, Y.; BACKX, S.; SANTOS, C. M. dos. A dimensão técnico-operativa no Serviço Social:
desa�os contemporâneos. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2012. 
MADRUGA, R. P.  Administração de marketing no mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: FGV,
2015. 
MARTINS, M. Q. L. de M.  O planejamento como instrumento de minoração das desigualdades
regionais. 2014. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal, 2014. 
PAZ, F. J.; KIPPER, L. M. Sustentabilidade nas organizações: vantagens e desa�os.  Revista
Gestão da Produção Operações e Sistemas, v. 11, n. 2, p. 85-85, 2016. 
PEREIRA, Maurício Fernandes. Planejamento estratégico. 2007. 
ROCHA, A. A. R. de M. O planejamento no cotidiano de uma instituição hipercomplexa: o caso da
SES-Sergipe. 2008. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Universidade Federal da Bahia,
Salvador, 2008. 
ROHDE, C. M. S. et al. Planejamento e os limites da racionalidade. 1996. 
ROSA, L. Q. P. Plano de marketing da Rita de Cássia Quirino Ramos ME.  2019. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Universidade do Sul de Santa Catarina,
Florianópolis, 2019.   
SAMPAIO, C. A. C.; MANTOVANELI JR., O.; FERNANDES, V. Racionalidade de tomada de decisão
para o planejamento e a gestão territorial sustentável.  Redes. Revista do Desenvolvimento
Regional, v. 16, n. 2, p. 131-155, 2011.   
SERTEK, P. Administração e planejamento estratégico. São Paulo: Ibpex, 2007. 
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
TEIXEIRA, C. A. C.; DANTAS, G. G. T.; BARRETO, C. A. A importância do planejamento estratégico
para as pequenas empresas. Revista Eletrônica Cientí�ca da FAESB, v. 1, n. 1, 2015.
,
Unidade 2
Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social
Aula 1
Metodologias de intervenção
Metodologias de intervenção
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Não é novidade para você que a cada novo encontro haverá avanços na consolidação dos
saberes afetos ao tema desta disciplina. Nesta videoaula, será consolidada a importância do
planejamento estratégico para a prática do assistente social, do modo que este é fundamental
para um agir quali�cado. Lembre-se: planejar é organizar uma ação, antevendo os riscos,
prevendo situações e minimizando vulnerabilidades e otimizando resultados. É fundamental que
seu pensar esteja imbuído de criatividade e resolutividade, focando na intencionalidade e
baseando-se no projeto ético-político da pro�ssão, propondo-se a resolver as demandas
impostas pela sociedade.
Ponto de Partida
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Nesta aula, você revisará em que consiste o ato de planejar com estratégia e compreenderá a
relação do ato de planejar com o projeto ético-político do Serviço Social, perceberá que a
de�nição da metodologia faz parte de um projeto de intervenção pautada na teleologia e
entenderá a importância da reunião do acervo teórico, técnico e metodológico na construção de
um fazer comprometido com a transformação social.
O que compete à categoria pro�ssional de assistente social foge do improviso, da prática
tarefeira e rotineira, rompe com o conservadorismo e permanece caminhando em busca do
protagonismo e da emancipação do sujeito e de práticas que sejam criativas, interventivas e que
se aproximem de ações de resolutividade às demandas impostas pela sociedade.
O capitalismo encontra meios de se repaginar, cria mecanismos de atenuar seus impactos sobre
a questão social e, igualmente, o assistente social precisa mais do que nunca pensar em novas
estratégias de resposta aos novos problemas que surgem. Atender às demandas da sociedade
requer um pro�ssional que se atualize, busque quali�cação constante e esteja ciente das suas
competências e habilidades pro�ssionais, o que é um desa�o continuado e indispensável.
Assim, venha se desa�ar a esse novo momento!
Vamos Começar!
Independentemente da área de atuação do assistente social e do seu fazer pro�ssional, é
possível a�rmar que o planejamento se constitui como um dos primeiros instrumentos da ação
dele.
Planejar tem relação com o que se quer fazer, religando-se a uma ação futura, pois é a partir da
de�nição do que se almeja que se traça uma metodologia. Planejamento, assim, tem
estreitamento direto com o método, o caminho metodológico, que nada mais é que o passo a
passo, a trilha escolhida para chegar ao objetivo �nal.
Se considerado o que a área da administração enquanto ciência relata, o que se encontra é o fato
de que o ato de planejar é muito antigo e que compõe o ato de administrar como um todo. O
processo completo da administração consiste em planejar, organizar, dirigir e controlar, com a
�nalidade de alcançar um �m proposto (Chiavenato, 2021).
O planejar, assim, é o ato de prever, ou seja, projetar uma imagem, um cálculo futuro, separar
provisionamentos, a �m de escolher e delimitar recursos e de�nir o melhor meio de utilizá-los, a
�m de maximizar lucros e e�ciência (Giovanella, 1991).
Da mesma forma, a estratégia é antiquíssima e já estava presente na vida dos homens desde a
era das cavernas. Com a necessidade de se alimentar, o homem da caverna saía do seu conforto
para caçar e daí valia-se da estratégia: pensar de que maneira poderia ter sucesso na sua
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
empreitada – e o sucesso, neste caso, signi�caria retornar são e salvo e com a comida em mãos
de volta para a caverna.
Strátegos é uma palavra de origem grega que chegou a ser sinônimo do posicionamento do
general frente a um exército e, posteriormente, ganhou outro sentido, como a conotação das
competências e habilidades disponibilizadas pelo líder e comandante da tropa (Chiavenato,
2004). Isto dito, é importante compreender que deste contexto precede o pensamento
estratégico. Para melhor esclarecer, observe o esquema da Figura 1.
Figura 1 | Pensamento estratégico
Siga em Frente...
Voltando para a atuação do assistente social, o planejamento e a administração se relacionam
diretamente com os instrumentos do serviço social, ou seja, o planejamento em serviço social
relaciona-se com a teleologia, que quer dizer a intencionalidade da pro�ssão, a qual, por sua vez,
está imbricada com o projeto ético-político (PEP) da pro�ssão. O PEP se con�gura como uma
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
projeção coletiva da categoria como um todo e de�ne os anseios da pro�ssão, os princípios
norteadores e os valores éticos. Assim, a construção dele consiste em 
(...) um conjunto de componentes que necessita se articular: são valores, saberes, e escolhas
teóricas, práticas, ideológicas, políticas, éticas, normatizações acerca de direitos e deveres,
recursos políticos organizativos, processos de debate, investigação, interlocução crítica com o
movimento da sociedade, da qual a pro�ssão é parte e expressão. (Yazbeck, 2004, p. 12) 
Destrinchando o conceito, o termo “projeto ético-político” se dá pelo seguinte fato:
Projeto: refere-se ao ideário, à construçãoideológica da pro�ssão e ao que se anseia.
Político: refere-se no sentido mais amplo a organização da polis, portanto diz respeito à
dinâmica geral da atividade cotidiana, à sua organização e às relações de poder que
emergem desta forma de estruturação das cidades.
Ético: refere-se aos valores escolhidos para nortear a ação pro�ssional.
A intencionalidade do assistente social está no compromisso social estabelecido com um agir
mediante a racionalidade a intenção de solucionar os problemas e, a intenção de reduzir riscos e
incertezas e evitar a todo custo uma prática improvisada e irre�etida.
A administração no serviço social consiste na organização de recursos disponíveis para o fazer
pro�ssional, e não deve ser confundida com neutralidade, como ressalta Paro (2006), ao a�rmar
que os recursos são elementos conceituais e materiais e que atingem duas dimensões distintas:
da produção social e da reprodução social. Embora abstrata em teoria, a administração,
sinônimo de gestão, ao se concretizar, estabelece uma relação entre os �ns e os meios (Gurgel;
Souza Filho, 2016).
Planejar, portanto, tem relação com o objetivo e a intencionalidade da ação, sendo o objetivo
entendido como em que lugar se quer chegar, com maior clareza e de�nição: 
[...] expressar as novas tendências e condições emergentes no processo social, subsidiando a
construção de respostas pro�ssionais sólidas e antecipatórias ante as particularidades da
“questão social” no atual estágio da acumulação capitalista. Este é um dos quesitos para
assegurar a atualidade da pro�ssão, condição de sua necessidade social, ou seja, da
continuidade de sua reprodução na esfera do mercado capitalista de trabalho e de alargamento
de seu espaço ocupacional. (Iamamoto, 2015, p. 170) 
Ressigni�cadas as bases teóricas e metodológicas do sérico social, passam a ser a re�exão-
ação, buscando a visão crítica da realidade. O novo currículo de serviço social passa a exigir
pesquisas e uma sustentação teórica e metodológica que suporte o engajamento com a
transformação social desejada.
Há marcos políticos que delimitaram e fortaleceram o PEP do assistente social. Para Abramides
et al. (2006), são eles:
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
A luta contra a ditadura. 
A amplitude dos movimentos sociais a partir de 1980.
A mudança do per�l socioeconômico dos alunos dos cursos de serviço social, que passou
a ser não mais de mulheres abastadas, incluindo a população de classe média e de classes
mais empobrecidas.
A participação de militantes políticos e sociais.
Sendo assim, a formação se posiciona por três dimensões distintas: teórico-metodológica, ético-
política e técnico-operativa.
Faz-se necessário esclarecer que, para intervir na sociedade, é necessário entender a realidade.
Esse entendimento da realidade enquanto totalidade e a compreensão crítica sobre ela
representam a apreensão da totalidade de modo a possibilitar o enfrentamento das situações
cotidianas e o embate das expressões da questão social.
Como referência, vale a�rmar que há uma dualidade de dimensões do planejamento do serviço
social, uma sendo relativa aos instrumentos e às técnicas e à apreensão do arcabouço teórico e
metodológico, e a outra dimensão de caráter estratégico, relacionada à capacidade de mediação,
de articulação, de contornar dissensos e facilitá-los.
Vamos Exercitar?
Você é convidado a imaginar que é assistente social do Centro de Atendimento Socioeducativo
(CASE) da unidade Camaçari/BA. Ele recebe adolescentes dentro da faixa compreendida entre 12
e 18 anos. Localizado no Bairro de Tancredo Neves, em Salvador, tem como medida aplicada a
internação provisória e a internação de sentenciados de jovens que cometeram ato infracional.
As unidades de atendimento socioeducativo devem receber os jovens que cumprem medida
socioeducativa, objetivando a garantia dos seus direitos e a sua integridade física. Como
assistente social, você deverá assegurar que o adolescente cumpra a medida socioeducativa
com integridade e respeito.
O seu fazer pro�ssional será voltado ao atendimento diretamente ao adolescente e à sua família.
O que seria a aplicação do planejamento estratégico e participativo no seu dia a dia de trabalho?
Analisando os conteúdos aprendidos, como o projeto ético-político, a intencionalidade e o
planejamento estratégico, que tipo de resolutividade você poderia desenvolver?
A intencionalidade tem relação direta com a teleologia, que se con�gura enquanto objetivo do
agir pro�ssional. Teleologia, para Guerra (2022, p. 24), é “a capacidade que os homens e as
mulheres detêm de projetarem, pelo movimento da sua consciência, a sua intenção, antes
mesmo de a realizarem”. Neste caso, ela é um trabalho que, muitas vezes, vai na contramão do
senso comum, o qual acredita que “bandido bom é bandido morto”. A intenção do assistente
social é, principalmente, possibilitar ao adolescente a reconstrução de sua vida longe dos delitos,
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
fortalecer a identidade do indivíduo e orientá-lo quanto à possibilidade de uma vida concreta na
perspectiva cidadã. 
Para o planejamento, o assistente social precisa se antecipar e escolher as ferramentas
pensando na intencionalidade. Para Athayde (2005), se queremos possibilitar uma vida longe do
crime, precisamos proporcionar aos jovens: atividades educativas, fortalecimento de sua
autoestima, estímulo ao seu desenvolvimento, afastamento do passado e auxílio para vislumbrar
um futuro diferente.
Planejar também é se instrumentalizar, reunindo, lendo e dominando toda a legislação pertinente
à área de atuação. Neste contexto, o principal documento jurídico é o Estatuto da Criança e do
Adolescente – Lei nº 8.069/90 – e o Código de Ética do Assistente Social.
Comprometido com o projeto ético-político da pro�ssão, seu agir pro�ssional deve pensar em
trabalhar a autonomia do adolescente e fornecer meios para que ele possa trilhar passos rumo à
criação de oportunidade e possibilidades. Fuja das atividades tarefeiras, como preencher
formulários, marcações, agendamentos etc.
Assim, para desenvolver um projeto de intervenção personalizado de ação socioeducativa e de
forma interventiva, criativa e resolutiva, você pensou em uma ciranda de leitura, baseada em
livros que discutam valores éticos, mas que, ao mesmo tempo, trabalha as questões do racismo,
do empreendedorismo, da superação e, principalmente, do empoderamento. Seu projeto ainda
contempla a participação de egressos que estão reinseridos atualmente e que superaram as
condições do passado.
Saiba mais
Yolanda Guerra, em seu livro A Instrumentalidade do Serviço Social, apresenta a comemoração à
maioridade da instrumentalidade do serviço social. O primeiro texto foi escrito em 1995 e, 18
anos depois, a 10ª edição faz uma re�exão sobre o aspecto inacabado do discurso e a
necessidade de mantê-lo dinâmico e renovável. Disponível na Biblioteca Virtual.
GUERRA, Y. A instrumentalidade do serviço social. São Paulo: Cortez, 2022. 
A partir de 1989, o capital busca se reestruturar. É a implantação do neoliberalismo no Brasil e
suas investidas. Con�ra o livro O projeto ético-político do serviço social brasileiro: ruptura com o
conservadorismo e aprofunde seu conhecimento. Disponível na Biblioteca Virtual.
ABRAMIDES, M. B. C. et al. O projeto ético-político pro�ssional do serviço social brasileiro. São
Paulo: Cortez, 2021.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555552676/epubcfi/6/6%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dficha.xhtml%5D!/4/2/6/2/1:13%5Blan%2Cda%5D
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555552317/epubcfi/6/28[%3Bvnd.vst.idref%3Dcap-04.xhtml]!/4
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555552317/epubcfi/6/28[%3Bvnd.vst.idref%3Dcap-04.xhtml]!/4
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Diretrizes Gerais para o
Curso de Serviço Social. Rio de Janeiro: ABEPSS, 1996. Disponível em:
https://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf.Acesso
em: 28 jul. 2023. 
ABRAMIDES, M. B. C. et al. O projeto ético-político pro�ssional do serviço social brasileiro. São
Paulo: Cortez, 2021. 
ATHAYDE, C.; BILL, MV. Falcão – Meninos do trá�co. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006. 
CHIAVENATO, I. Planejamento estratégico. São Paulo: Elsevier Brasil, 2004. 
CHIAVENATO, I. Administração para todos: ingressando no mundo da gestão de negócios. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 2021. 
GIOVANELLA, L. As origens e as correntes atuais do enfoque estratégico em planejamento de
saúde na América Latina. Cad. Saúde Pública, v. 7, n. 1, p. 26-44, 1991. 
GUERRA, Y. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2022. 
GURGEL, C.; SOUZA FILHO, R. de. Gestão democrática e serviço social: princípios e propostas
para a intervenção crítica. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2016.  
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação pro�ssional. 26.
ed. São Paulo: Cortez, 2015. 
YAZBEK, M. C. A Assistência Social na cidade de São Paulo. São Paulo: Instituto Polis; PUCSP,
2004.
Aula 2
Planejamento participativo
Planejamento participativo
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https://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf.%20Acesso%20em:%2028%20jul.%202023
https://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf.%20Acesso%20em:%2028%20jul.%202023
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
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Dica para você
Aproveite o acesso para baixar os slides do vídeo, isso pode deixar sua
aprendizagem ainda mais completa.
Começaremos, agora, mais uma videoaula! Ela tem a intenção de despertar em você o
entendimento acerca da importância do uso das metodologias no planejamento da prática
pro�ssional do assistente social e de como se dá a participação da sociedade nos processos de
ações direcionadas a ela.
Também, você conhecerá sobre a escuta no serviço social e sobre a ferramenta Árvore de
Problemas, a�nal, quanto mais você se apropria dos conhecimentos, mais poder de decisão você
terá e maior será a assertividade de suas ações. Entretanto, não se esqueça de que a experiência
é igualmente importante à teoria, e não é possível desconsiderar que os conhecimentos em
administração e planejamento são imprescindíveis ao cotidiano em uma perspectiva da garantia
de participação.
Assim, siga nos conhecimentos que validarão sua práxis!
Ponto de Partida
Esta videoaula apresenta o planejamento dentro do serviço social como o locus da garantia da
participação da sociedade nos processos de construção dela mesma. Compreender as
demandas de forma generalizada, como expressões das mais diversas, bem como conhecer a
escuta enquanto método e técnica na atuação do assistente social fazem parte da percepção do
conceito da participação na perspectiva do planejamento na atuação pro�ssional do assistente
social.
É preciso que você reconheça como a escuta auxilia na identi�cação da situação-problema
trazida pelo usuário da ação do assistente social, assim como a análise pelo método da Árvore
de Problemas promoverá o objetivo de identi�car não só a raiz mas também os efeitos do
problema em questão.
Se você está preparado, então vá ao conteúdo!
Vamos Começar!
O planejamento e os instrumentos metodológicos em serviço social precisam ser pensados de
forma a envolver a sociedade. O seminário de Araxá (1967), em Teresópolis (1971), evidenciou a
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ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
construção de um serviço social mais técnico, legitimando uma preocupação em não só
executar políticas públicas mas também pensar no planejamento e na elaboração dessas
políticas.
É importante destacar que os assistentes sociais atuam com as mais variadas expressões da
questão social na vida cotidiana, seja na família, no trabalho ou na assistência. Para Iamamoto
(2009), a questão social é desigualdade e rebeldia ao mesmo tempo, já que, apesar de vivenciar
as di�culdades, ainda é possível lutar e se rebelar.
O uso das técnicas pelo assistente social é, de certa forma, manifestação também dessa
rebeldia, e as con�gura como instrumentos e meio de trabalho na perspectiva tanto individual
quanto do atendimento coletivo.
Na escolha do instrumento a ser utilizado pelo assistente social, é muito importante haver um
planejamento, evitando improvisos ou esquecimentos. No caso de uma entrevista, por exemplo, é
importante ter em mente qual é o objetivo enquanto pro�ssional, qual é o objetivo da instituição
vinculada e quais são as necessidades do usuário do serviço (Costa; Lavorati, 2016).
Um dos instrumentos mais utilizados para a identi�cação do problema é a escuta, a qual é
realizada pelo pro�ssional quase sempre no ato do acolhimento, que é o locus da exposição do
problema. 
São vários os instrumentos e técnicas utilizadas para desenvolver as ações pertinentes ao
cotidiano do Assistente Social entre elas são: prontuários, plantão social, planejamento, �cha de
avaliação, visitas domiciliares, busca ativa, escuta quali�cada, encaminhamento, entrevistas,
organização sistemática, monitoramento, referenciamento e avaliação das ações dos serviços
ofertados no CRAS/PAIF. (BRASIL, 2009, p. 29) 
Cabe acrescentar que nem toda escuta de fato diz respeito ao ato direto relacionado à fala, e que
não existe uma percepção ou escuta despretensiosa, tendo em vista que toda ação pro�ssional
está imbricada da intencionalidade técnica do assistente social, independentemente da área de
atuação. Isto posto, é válido destacar que esse assunto está direta e intrinsecamente relacionado
à comunicação.
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Figura 1 | Dicas para uma comunicação assertiva na prática pro�ssional do assistente social
É preciso acolher, ter empatia e intervir minimamente e sem julgamentos ou questionamentos
sugestivos ou invasivos. A intervenção do assistente social durante a escuta deve se valer do
�uxo de rede e sempre de forma articulada e planejada, realizando o encaminhamento correto
dentro da rede de proteção.
Siga em Frente...
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SOCIAL
Considerando a comunicação como parte na escuta e determinante na participação dos sujeitos
no que produzirá o processo de planejamento da ação pro�ssional do assistente social, você
precisa ver a Árvore de Problemas como um instrumento estratégico para a comunicação e para
a realização de uma escuta quali�cada e especializada.
A árvore “é um diagrama que tem como objetivo a organização, a explicação do problema
identi�cando as suas raízes (determinantes), seu tronco (condicionantes) e seus galhos, folhas e
frutos (fenômenos)” (Silveira, 2010, p. 2). Neste sentido, a escuta se materializa em metodologia
da identi�cação do problema, cujo método é a Árvore de Problemas. No planejamento para a
efetividade de uma metodologia, seja ela qual for, e isso inclui a escuta, é necessário que o
pro�ssional seja quali�cado tecnicamente, teoricamente e emocionalmente.
A metodologia Árvore de Problemas auxilia no diagnóstico e possibilita separar os fatores que
são causas e os fatores que são consequências, mas, em sequência, permite a construção de
outro diagrama, que é a árvore da solução. Nesta, as raízes dão lugar aos objetivos especí�cos,
ou seja, como executar uma ação em prol do objetivo geral, e os frutos são os resultados. Essa
ferramenta permite transformar um problema em um mar de possibilidades, pensando em uma
ou mais soluções. Elencar as possibilidades pode possibilitar um caminho mais assertivo na
construção rumo à transformação.
Observe a sequência diagramal entre as �guras que determinará respectivamente a Árvore de
Problemas e a Árvore de Soluções, em que o problema central passa a ser o objetivo geral, que é
exatamente a solução para o problema central.
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Figura2 | A Árvores dos Problemas
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Figura 3 | A Árvore das Soluções
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Com o uso desse instrumento, você verá que as raízes darão lugar aos objetivos especí�cos, ou
seja, como executar uma ação em prol do objetivo geral, e os frutos serão os resultados, para
que, assim, você possa identi�car meios para transformar um problema em possibilidades de
resolução a partir de uma ou mais soluções, elencar as possibilidades para possibilitar um
caminho mais assertivo na construção rumo à transformação e subsidiar o planejamento de
suas ações.
Vamos Exercitar?
Imagine! Imaginar é viajar sem sair do lugar.
Nesta viagem, você é assistente social de uma unidade de saúde, que é um hospital-escola,
vinculado a uma Instituição de Ensino Superior (IES) em São Luís, no Maranhão.
Você faz parte de um grupo de sete assistentes sociais que trabalham em regime de escala
neste hospital em conjunto com uma equipe multidisciplinar. Note que “o Serviço Social não é
exclusivo da saúde, quali�ca o pro�ssional a atuar com competência nas diferentes dimensões
da questão social no âmbito das políticas sociais, inclusive a saúde” (CFESS, 1999, [s. p.]).
Há vários pacientes hospitalizados, e, por ser um hospital-escola, os leitos são visitados com
frequência pela equipe médica, de psicólogos, �sioterapeutas, de nutrição e até mesmo de
assistentes sociais.
Uma das ações desenvolvidas por você no hospital é a roda de conversa, que reúne os
acompanhantes dos pacientes hospitalizadas. Neste momento, o serviço social se propõe a
utilizar a escuta como instrumento metodológico. A técnica da roda de conversa tem um objetivo
também pedagógico, com o intuito de orientar e informar o paciente em relação às rotinas
hospitalares, aos direitos e às obrigações dos pacientes e familiares, além de possibilitar a
identi�cação de outras demandas oriundas de possíveis situações de vulnerabilidade social e
risco.
Neste sentido, a roda de conversa, em seu cunho pedagógico, visa captar, conforme Freire (1987,
p. 40): 
o desa�o como um problema em suas conexões com outros, num plano de totalidade e não
como algo petri�cado, a compreensão resultante tende a tornar-se crescentemente crítica [...] A
ação educativa e política não pode prescindir do conhecimento crítico dessa situação, sob pena
de se fazer ‘bancário’ ou de pregar no deserto. 
Durante o processo de escuta, é exposta uma grande queixa a respeito do tratamento desumano
que está sendo dado pelo hospital. A queixa do familiar se dá pelo fato de o paciente estar sendo
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SOCIAL
demasiadamente exposto com excesso de visitas beira-leito. Para dar continuidade em relação
ao tratamento que será dado a esta fala, você precisará planejar e, para tanto, 
[...] inscrevem-se tanto os valores que a pro�ssão determina, o conjunto das competências
sociopro�ssionais e políticas quanto a direção político-pro�ssional estratégica. Então, Lei de
Regulamentação, Código de Ética e Diretrizes Curriculares da formação pro�ssional não são
apenas instrumentos jurídicos, contemplam também orientações técnico–operativa e
ideopolíticas [...]. Traduzindo tais valores e princípios para as particularidades do exercício
pro�ssional, o projeto ético-político explicita-se na exigência de competência; a qual não depende
somente de uma vontade política e da adesão de valores, mas da capacidade de torná-los
concretos. (Guerra, 2014, p. 38)  
Você leva o problema para a sua supervisão, e esta encara a fala do familiar como absurda, uma
vez que o paciente tem ciência que se trata de um hospital-escola. Você, contudo, pensa
diferente e re�ete de que maneira pode melhorar o processo. Recorda-se que, segundo Ayres
(2005), há uma violência institucional muitas vezes velada, uma vez que não é esclarecido o
direito do paciente à preservação da sua intimidade e a possibilidade de não se submeter a
ações mais invasivas. A autonomia do sujeito �ca reduzida se não lhe são prestadas as
informações de forma completa; também, ela se estabelece à medida que se respeita a
privacidade do paciente. Para Foucault (2010), os corpos são dóceis quando são alienados em
relação à própria autonomia e acabam se submetendo às rotinas impostas pelas instituições.
Você, enquanto pro�ssional, prefere se munir de conhecimento e, para isso, traz as falas de
Foucault, por exemplo, e utiliza como ferramentas a Árvore de Problemas para identi�car a raiz
do problema, que é o excesso de visitas. Também, identi�ca os efeitos desses excessos, os
quais são a imagem negativa do hospital, a impressão de um atendimento pouco humanizado, a
irritabilidade e o constrangimento de alguns pacientes e familiares. Quanto às causas, você
descobre que há pouca articulação entre as áreas, e é ausente a combinação de horários. Ainda,
veri�ca ser possível a composição de visitas multidisciplinares, reduzindo, assim, o número de
visitas e a importunação desnecessária, pois, neste caso em especí�co, você comprovou ser
possível ter mais assertividade. Sua argumentação só foi possível mediante seu planejamento, o
qual se mostrou e�caz, desta forma, a sua sugestão foi acolhida pelo hospital.
Saiba mais
Você pode ler o livro Comunicação e a prática do/a assistente social: a consolidação do projeto
ético-político, que faz uma construção da ação pro�ssional considerando os pressupostos da
formação e práxis voltados ao âmbito da comunicação, na perspectiva de amparo ao cotidiano
técnico. Tendo em vista que toda e qualquer ação pro�ssional do assistente social está pautada
na promoção e na garantia do acesso ao direito, independentemente do locus de atuação, será
necessário que sua competência em estabelecer e fortalecer o campo da comunicação seja
evidente. Para acessar o livro, você deve consultar a Biblioteca Virtual ou buscar conforme
referência:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/205796
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/205796
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
SOARES, P. Comunicação e a prática do/a assistente social: a consolidação do projeto ético-
político. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2022.
Referências
ALVES, D. C.; VALE, E. S. do; CAMELO, R. A. (orgs.). Instrumentos e técnicas do serviço social:
desa�os cotidianos para uma instrumentalidade mediada. Fortaleza: Editora da UECE, 2021. 
ANDRADE FILHO, A. C. F.; ANDRADE, A. de M. Controle Social: ferramenta para o exercício da
cidadania. Rev. Mult. Psic., v. 13, n. 44, p. 962- 977, 2019. 
BRASIL. Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a pro�ssão de Assistente Social e dá
outras providências. Brasília: Presidência da República, [2024]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm. Acesso em: 16 ago. 2024. 
BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência
Social e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, [2024]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. Acesso em: 16 ago. 2024. 
BRASIL. Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017. Estabelece o sistema de garantia de direitos da
criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho
de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Brasília: Presidência da República, [2024].
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13431.htm.
Acesso em: 16 ago. 2024. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de
Assistência Social. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. 1.
ed. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009. 72 p. ISBN 978-85-
60700-29-5. Disponível em:
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cra
s.pdf. Acesso em: 27 out. 2024. 
BRASIL. Resolução nº 145, de 15 de outubro de 2004. Aprova a Política Nacionalde Assistência
Social. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, [2024]. Disponível em:
https://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/assistencia_social/resolucoes/2004/Resolucao
%20CNAS%20no%20145-%20de%2015%20de%20outubro%20de%202004.pdf. Acesso em: 16
ago. 2024. 
BRIGHENTE, M. F.; MESQUIDA, P. Michel Foucault: corpos dóceis e disciplinados nas instituições
escolares. In: CONGRESSO EDUCACIONAL DE EDUCAÇÃO, 10., 2011, Curitiba. Anais [...]. Curitiba:
EDUCERE, 2011. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13431.htm
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cras.pdf
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cras.pdf
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SOCIAL
CHIAVENATO, I. Administração para todos: ingressando no mundo da gestão de negócios. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 2021. 
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA
EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências pro�ssionais. Brasília:
CFESS/ABEPSS, 2009. 
COSTA, D.; LAVORATTI, C. Instrumentos Técnico-Operativos no Serviço Social: um debate
necessário. Ponta Grossa: Estúdio Texto, 2016. 
EUGENIO, A. V. S.; GONZAGA, M. L. de S. A atuação do Assistente Social no Centro de Referência
da Assistencial Social-CRAS. Revista de Psicologia, v. 13, n. 44, p. 962-977, 2019. 
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2010. 
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 
GUERRA, Y. A instrumentalidade do Serviço Social. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1995. 
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na cena contemporânea. In: CONSELHO FEDERAL DE
SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO
SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências pro�ssionais. Brasília: CFESS/ABEPSS,
2009. 
SILVEIRA, E. M. C. et al. Plantando a árvore de problemas e de objetivos na arquitetura da linha de
cuidado no campo do adulto crítico. Porto Alegre: Rede Unida, 2010. 
SOARES, P. Comunicação e a prática do/a assistente social: a consolidação do projeto ético-
político. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2022.  
Aula 3
Planejamento Social
Planejamento social
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Olá, estudante!
Agora já avançado em estudos, você começará mais uma videoaula, então tenha os conteúdos
anteriores em mente e prossiga na perspectiva de que o planejamento social na prática da
atuação do assistente social está diretamente relacionado à escolha, ou à seleção de especí�cas
ferramentas e técnicas metodológicas para pensar resolutividade os problemas reais do
cotidiano.
A perspectiva de resolutividade associada à prática pro�ssional do assistente social não está
relacionada à intenção de suprimir com as expressões da questão social que se manifestam em
problemas trazidos nas demandas dos usuários da ação técnica, mas em sobrepujar condições
segundo possibilidades reais de ao menos driblar tais consequências do sistema
socioeconômico capitalista.
Nessa intenção, coloque-se disponível a novos conhecimentos e a relacioná-los aos
conhecimentos até aqui adquiridos.
Ponto de Partida
Esta aula tem a �nalidade de permitir a você, caro estudante, a associação do conceito de
território, que não deve ser percebido apenas no sentido de espaço, mas conforme os estudos e
avanços conceituais do século XX. Está incorporado também às questões políticas, às relações
sociais imbricadas e às questões de jogos de poder.
A proposta é que você construa uma intersecção que articulará o planejamento social e a
atuação do assistente social nos territórios através dos instrumentos metodológicos desse
pro�ssional.
Se você está preparado, então avance para conhecer este novo conteúdo!
Vamos Começar!
O planejamento com a ideia de previsão saiu da esfera particular para surgir posteriormente na
administração pública. Para Paim (2006), o planejamento social (PS) existe com o intuito de
mobilizar e elevar a consciência dos envolvidos diretamente ao problema, com o poder de
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SOCIAL
diminuir a alienação, oferecer um signi�cado ao trabalhador e sair da super�cialidade da vida
cotidiana.
O socialismo soviético, em 1917, na Rússia, foi o grande responsável pela implementação do
planejamento social. Seu viés autoritário e a sua imagem ligada ao seu caráter tido como
centralizador di�cultaram a sua consolidação no capitalismo. Mas, a partir da Segunda Guerra
Mundial, o planejamento social começa a ser melhor aceito, uma vez que passa “[...] a ser visto
como um instrumento para o desenvolvimento” (Difrieri apud Barbosa, 1991, p. 22). Os direitos
sociais ganham assim mais expressão e força.
É no século XX que o planejamento se consolida com o fortalecimento do Estado-nação e dos
direitos sociais, após anos de governo militar no Brasil e de um período de ditadura, o que
permitiu a reorganização e até a legalização dos movimentos populares e o crescimento da
participação popular, com a garantia de direitos presentes na Constituição Federal do Brasil de
1988. A gestão social, que é a gestão dos direitos sociais (Carvalho, 2015), faz alusão direta à
atuação do pro�ssional do serviço social.
O planejamento social é técnico, à medida que pressupõe a racionalidade, e político, já que se
estabelece em uma arena de enfrentamento de interesses distintos; é um jogo de forças.
O quadro 1 a seguir serve para que você �xe a dualidade do planejamento estratégico e do
estratégico situacional e planejamento participativo.
Planejamento estratégico Instrumento de gerenciamento com um único
propósito: tornar o trabalho de uma
organização mais e�ciente.
Planejamento estratégico intencional Metodologia ágil de articulação entre gestão
social e política de intervenção pro�ssional.
Planejamento participativo Distribuição do poder e possibilidade de
decidir.
Quadro 1 | Relação planejamento estratégico
 
Neste cenário, a proposta de atuação e planejamento de ação pro�ssional está diretamente
relacionada ao planejamento participativo, que fala de uma construção teórico-metodológica em
que não somente o “como fazer” é partilhado e constituído com o sujeito da ação pro�ssional
mas também o “o que fazer” e o “para que fazer”, como pode ser visto em Gandin (2001).
Deste modo, é o território, o lugar das pessoas e de suas demandas, que passa a ser
compreendido como o local de concepção e operacionalização da real ação do assistente social.
Mas, se você está penando na densidade e na diversidade da realidade em detrimento da
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SOCIAL
necessidade de de�nir as prioridades da ação técnica, é importante que considere uma forma de
intervir no território a partir de planos, programas e projetos, conforme preconizado na Lei nº
8.662, de 7 de junho de 1993.
Tais formas de intervenção têm a �nalidade de dar visibilidade a problemas territorializados que
até então não tenham alcançado expressão, em especial, pelo fato de serem mantidos na
obscuridade das realidades cotidianas.
O território é uma resultante de um agrupamento de situações reais sociais, culturais, ambientais
e políticas capaz de forjar a construção de sujeitos históricos que estão inseridos neste território.
É neste contexto que ocorre a atuação do assistente social, dentro das realidades que, em suas
individualidades, têm re�exos coletivos, à medida que as expressões da questão social se
materializam na perspectiva social, e não individual. Assim sendo, é no território, cadaum com
sua peculiaridade, que se manifestam as degradações dos padrões de civilidade. Vale ressaltar
que o território vai além do espaço geográ�co, pois contemplam também os múltiplos espaços
urbanos e intraurbanos.
Siga em Frente...
Hoje, estudante, em perspectiva de pro�ssional de serviço social, você precisa compreender que
há, no território, uma multiplicidade de demandas que requerem atuações não somente do
assistente social e de uma política ou serviço. Nisso consiste a intersetorialidade de integração e
articulação da rede.
Embora seja comum determinar para a política de assistência social e/ou para o pro�ssional de
serviço social as funções de gestão territorial, é importante destacar que não é possível que
apenas esses dois atores deem respostas às necessidades que se apropriam na realidade dos
sujeitos e nos territórios em que estas se materializam. No entanto, há, sim, como prerrogativa
técnica do assistente social a competência de atuação em matéria do serviço social voltada à
gestão. Logo, neste ponto, repousa também a interseção do planejamento com o serviço social.
Compreender a situação de cada território e dos espaços intraurbanos dentro de cada município
é responsabilidade da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios, assim como
desenvolver, participar e apoiar pesquisas e estudos e diagnosticar em cada microrregião e
território, a �m de subsidiar análises de vulnerabilidade e risco social.
Considere que, segundo previsão da tipi�cação nacional, o território será mapeado para que haja
propostas de ofertas de serviços e resolutividade dos problemas e riscos de cada comunidade
cuja participação desta se consolida à medida que 
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[...] a consolidação e a democratização dos Conselhos e dos mecanismos de participação e
controle social; a organização e apoio à representação dos usuários; a participação nos debates
sobre o SUAS, a NOB, os CRAS, os CREAS; a elaboração de diagnóstico de vulnerabilidade dos
municípios; o monitoramento e a avaliação da política; o estabelecimento de indicadores e
padrões de qualidade e de custeio dos serviços; contribuindo para a construção de uma cultura
democrática, do direito e da cidadania. (Yazbek, 2006, p. 132) 
Este é o território da atuação do assistente social: a construção de respostas assertivas para as
demandas sociais. Isso dependerá, no entanto, da metodologia do processo interventivo do
pro�ssional, cujo exercício cotidiano deve estar apoiado em intencionalidade, que nega a
possibilidade de neutralidade e se posiciona de forma a ir ao encontro do projeto ético-político da
pro�ssão.
Somente tendo em vista essas premissas e esses pressupostos se fará possível ir além do
tare�smo e das rotinas institucionais.
O planejamento social deverá romper também com o engessamento do planejamento tradicional
de otimização de resultados e redução de custo que maximiza a importância econômica, ainda
que seja salutar e contributiva a gestão social baseada em e�ciência, e�cácia e efetividade,
conforme a Figura 1.
Figura 1 | Gestão social
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Na gestão social, efetiva-se o planejamento social, no qual a busca pela e�ciência, e�cácia e
efetividade é o ponto-chave, contudo o agir pro�ssional do assistente social deve manter o
sentido crítico, político e intencionado, no qual a cultura deve ser voltada para a elaboração, o
monitoramento e a avaliação, os quais são temas complementares, que você poderá aprofundar
em outras videoaulas desta disciplina. 
Vamos Exercitar?
Venha exercitar seus conhecimentos!
Maria, 13 anos, estuda na Escola Estadual Felício dos Santos, no Ensino Fundamental II. A
instituição atende muitos alunos provenientes da zona rural. A diretora percebe a ausência de
Maria por um longo período e, apesar de várias tentativas, não obtém êxito em sua busca. Desta
forma, decide entrar em contato com o CRAS da região para expor a situação da estudante.
Você recepciona a ligação do CRAS do Rio Preto e, como assistente social, poderá fazer uma
busca ativa e veri�car se a família de Maria está em risco social ou situação de vulnerabilidade.
Mesmo após muitos anos de escrita e promulgada a Constituição Cidadã de 1988, é perceptível
que, mesmo os direitos existindo, nem todos têm acesso a ela, sendo uma questão, portanto, de
efetividade. 
Esta unidade pública do SUAS é referência para o desenvolvimento de todos os serviços
socioassistenciais de proteção básica do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, no seu
território de abrangência. Estes serviços, de caráter preventivo, protetivo e proativo, podem ser
ofertados diretamente no CRAS, desde que disponha de espaço físico e equipe compatível.
Quando desenvolvidos no território do CRAS, por outra unidade pública ou entidade de
assistência social privada sem �ns lucrativos, devem ser obrigatoriamente a ele referenciados.
(Brasil, 2009, p. 9) 
Maria mora na região de São Gonçalo do Rio Preto, a 25 minutos da escola. A busca ativa fez
com que você identi�casse que Joana, a mãe de Maria, é apanhadora de sempre-viva. Na
residência, elas moram com a avó de Maria, Dona Aparecida, de 76 anos. O CRAS é a única
unidade de proteção básica que tem a função de ofertar o Programa de Atenção Integral à
Família - PAIF e de fazer a gestão da proteção básica no território de abrangência do CRAS
(Brasil, 2009).
Ao analisarmos uma determinada comunidade, devemos ter o olhar das interseccionais, como
gênero, raça, classe, geração e religião, pois: 
O CRAS materializa a presença do Estado no território, possibilitando a democratização do
acesso aos direitos socioassistenciais e contribuindo para o fortalecimento da cidadania. Ao
eleger a territorialização como eixo estruturante do SUAS, reconhece-se que a mobilização das
forças no território e a integração de políticas públicas podem potencializar iniciativas e induzir
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processos de desenvolvimento social. A integração de políticas, por sua vez, é potencializada
pela clareza de objetivos e pela de�nição de diretrizes governamentais. (Brasil, 2009, p. 13) 
Através da busca ativa, será possível oferecer os serviços do Programa de Proteção e
Atendimento Integral à Família (PAIF) e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
(SCFV), conforme a Figura 2, investigando se há necessidade da utilização dos serviços:
Do benefício de prestação continuada (BPC).
Do benefício do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PET).
Do benefício do Bolsa Família.
Figura 2 | CRAS – Gestão da proteção social básica no território. Fonte: Brasil (2009, p. 19).
A visita domiciliar proporciona a identi�cação das vulnerabilidades e dos riscos sociais e
possibilita conhecer o território e traçar um diagnóstico para identi�car os possíveis serviços
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sociais a que a família ou alguns membros dela tem direito.
Joana, como é apanhadora de sempre-viva, faz parte da comunidade tradicional e entra na Lei nº
6.040/2007, a qual institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais.
Assim, foi possível ser resolutivo com a demanda originalmente não espontânea, mas bastante
efetiva, na vida da família de Maria, Joana e Aparecida. Conhecer as peculiaridades da Serra do
Espinhaço, conhecer a realidade da rede de assistência que demandou o serviço e, acima de
tudo, ter conhecimento técnico-operativo e ético-político possibilitou o planejamento social e
estratégico das ações, a �m de garantir os direitos dessa família, a identi�cação de
potencialidades e a efetividade do atendimento. Certamente, seu atendimento fez a diferença
para essa família, primando pela autonomia e pelo protagonismo da família e coerente com o
projeto ético-político da categoria pro�ssional. 
Saiba mais
Você tem à sua disposição diversos conteúdos digitais em plataformas de formação e consulta
que lhe permitemassimilar teorias cuja associação pode contribuir para sua formação. Neste
ponto, você pode aprofundar a questão da territorialidade e seu debate no texto de Paul Little,
intitulado Territórios socias e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da
territorialidade, cujo enfoque antropológico reconhece a importância da territorialidade na
constituição de grupos sociais, à medida que analisa que esse tema está na marginalidade
dentro da antropologia na atualidade. Consulte a obra.
LITTLE, P. E. Territórios socias e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da
territorialidade. Anuário Antropológico, v. 28, n. 1, p. 251-290, 2018. Disponível em:
https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6871/7327. Acesso em:
15 ago. 2024.
Referências
ARREGUI, C.; KOGA, D. H. U.; DINIZ, R. A. Dinâmicas socioterritoriais e práticas pro�ssionais: entre
chãos e gestão. Revista de Políticas Públicas, v. 22, p. 1407-1430, 2018. 
BARBOSA, M. da C. Planejamento e serviço social. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1991. 
BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência
Social e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, [2024]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.742%2C%2
0DE%207%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201993&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20organiza
https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6871/7327
https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6871/7327
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.742%2C%20DE%207%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201993&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Assist%C3%AAncia%20Social%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.742%2C%20DE%207%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201993&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Assist%C3%AAncia%20Social%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias
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%C3%A7%C3%A3o%20da%20Assist%C3%AAncia%20Social%20e%20d%C3%A1%20outras%20pro
vid%C3%AAncias. Acesso em: 16 ago. 2024. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de
Assistência Social. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. 1.
ed. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009. 72 p. ISBN 978-85-
60700-29-5. Disponível em:
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cra
s.pdf. Acesso em: 27 out. 2024.  
BRASIL. Norma Operacional Básica do SUAS. Brasília: MDS, 2012. 
CARVALHO, M. do C. B. Gestão social e trabalho social: desa�os e percursos metodológicos. São
Paulo: Cortez, 2015. 
CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL. Orientações Técnicas: Centro de Referência
de Assistência Social. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009. 
GANDIN, D. A posição do planejamento participativo entre as ferramentas de intervenção na
realidade. Currículo sem Fronteiras, v. 1, n. 1, p. 81-95, 2001. 
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na cena contemporânea. In: CONSELHO FEDERAL DE
SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências pro�ssionais. Brasília: CFESS,
2009. p. 15-50. 
MANGINI, F. N. da R. Planejamento social. Santa Maria: UFSM; CTE, 2023. 
PAIM, J. S. Planejamento em saúde para não especialistas. In: CAMPOS, G. W. S. et al. (orgs.).
Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. p. 767-783. 
PFEIFER, P. Planejamento estratégico municipal no Brasil: uma nova abordagem. Brasília: ENAP,
2000. 
RAFFESTIN, C. Por uma geogra�a do poder. São Paulo: Ática, 1993. 
SANTOS, M. Território e sociedade. São Paulo: Perseu Abramo, 2000. 
SILVA, S. P. Políticas públicas e agricultura familiar: uma abordagem territorial do PRONAF no
Médio Jequitinhonha. 2008. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Econômico e Políticas
Públicas) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2008. 
SILVA, S. P. A abordagem territorial no planejamento de políticas públicas e os desa�os para uma
nova relação entre estado e sociedade no Brasil. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, São
Paulo, v. 17, n. 60, 2012. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.742%2C%20DE%207%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201993&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Assist%C3%AAncia%20Social%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.742%2C%20DE%207%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201993&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Assist%C3%AAncia%20Social%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cras.pdf
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cras.pdf
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YAZBEK, M. C. A assistência social na prática pro�ssional: história e perspectivas. Serviço Social
e Sociedade, São Paulo, n. 85, ano XXVII, 2006.
Aula 4
Planejamento Social e plani�cação de processos
Planejamento Social e plani�cação de processos
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Olá, estudante!
Você está prestes a iniciar mais uma videoaula. Neste ponto, você conclui mais uma etapa do
processo de aprendizagem.
Você verá, neste momento, como se dá o processo de tomada de decisão no agir do assistente
social. Será a oportunidade para analisar como a tomada de decisão pode se con�gurar
enquanto resultado de um processo de participação social em que se consolida a distribuição de
poder e, assim, compreender como o processo decisório é sistematizado e sua importância para
a re�exão da prática pro�ssional.
Siga o percurso do conhecimento e aventure-se neste aprofundamento de saberes.
Ponto de Partida
Você já ouviu falar na expressão “ninguém disse que seria fácil!”?
Possivelmente, você a ouvirá na realidade pro�ssional e, talvez você já tenha ouvido nas
experiências de convívio com pro�ssionais de serviço social. Não diferente de outras pro�ssões,
os assistentes sociais, no dia a dia de ação, precisarão tomar muitas decisões, cujas
responsabilidade e consequência estarão diretamente associadas a eles.
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Isso quer dizer que, para o assistente social, essa é uma máxima mais que verdadeira. A tomada
de decisão é inerente à atuação pro�ssional e envolve consequências para si, para vários outros
indivíduos e, por vezes, para várias famílias e até para toda uma comunidade.
Conhecer como se dá o processo de tomada de decisão no planejamento social e a
sistematização deste na prática do assistente social é o objeto desta aula.
Sendo assim, siga em frente!
Vamos Começar!
Comece este momento re�etindo: será que a tomada de decisão é parte apenas da ação
pro�ssional do assistente social que ocupa posição de gestão, ou a atuação técnica direta ao
usuário é também uma posição de gestão pro�ssional?
Neste ponto, você já sabe que a resposta a essa questão é que o assistente social realiza atos de
processo de gestão em seu cotidiano. Entretanto, nem todo processo de gestão implica uma
tomada de decisão direta, isso dependerá da sua área de atuação, pois alguns espaços sócio-
ocupacionais demandarão um pouco mais da tomada de decisão do que outros. Note que,
quanto mais se toma decisões, melhor preparado deve estar o pro�ssional para novas decisões
tomar. Para Klein(2017 apud Mota; Albuquerque, 2022), a experiência vai se acumulando ao
longo do tempo, formando um conjunto de padrões reconhecidos, o que não signi�ca que os
conhecimento teóricos acessados no processo de formação podem ser desconsiderados, ainda
mais porque eles subsidiarão os passos pro�ssionais.
Se tomar uma decisão envolve um processo consciente de escolha entre duas ou mais
alternativas de ação, você precisa se apropriar dos conceitos associados às dimensões
formativas do serviço social, de modo que elas in�uenciem suas decisões de modo racional,
distanciando sua prática de uma base intuitiva.
Historicamente, o serviço social utilizava-se do planejamento dentro de uma concepção
tradicional, com uma visão que se vinculava ao funcionalismo, teoria sociológica dominante por
um período no Brasil, período este coincidente com o serviço social tradicional e arcaico que
reivindicava a harmonia e a adequação do indivíduo, primando pela estabilidade social.
Tanto no planejamento como na gestão, seja nas produções ou nos debates, dentro da categoria
pro�ssional do serviço social, as metodologias mais presentes são o planejamento estratégico e
o planejamento participativo, e ambos mantêm o foco no materialismo histórico-dialético.
Um instrumento metodológico possível para Matus (1989) dentro do planejamento estratégico é
o “programa direcional”, que consiste em simular operações partindo de uma situação inicial,
para chegar a uma situação futura desejada, a �m de levantar eventuais falhas e estabelecer
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metas para o atingimento do objetivo. Veja que “a metodologia do planejamento estratégico
possui a�nidade com a bagagem formativa do assistente social” (Mangini; Silva, 2019, p. 116).
A participação social se dá também como uma estratégia. Para Gandin (2010), a participação
social parte de uma preconcepção conceitual de que o mundo é injusto e, na sociedade, esta
injustiça se manifesta de diversas e diferentes formas e níveis. “O planejamento participativo é
um tipo de metodologia que demanda maior investimento de tempo e recursos, o que colide com
a lógica neoliberal, a não ser que aconteça nos moldes de uma pseudoparticipação (...)”
(Mangini; Silva, 2019, p. 121).
Reti�car essa injustiça no seio da sociedade se daria, portanto, à medida que o poder fosse
distribuído, ou melhor, que todos pudessem, de alguma forma, participar das decisões
importantes que determinassem o rumo da nação.
Quem planeja tem a “batuta” (tipo de bastão utilizado por quem rege uma orquestra), ou seja, o
poder de decidir. Governar, portanto, é de�nir os rumos sociais (Gandin, 2010) e gerir os meios
para que sua administração perdure.
Uma nova ferramenta que se constitui na perspectiva da atualidade e com grande potencial são
os estudos prospectivos, com o principal objetivo de fortalecer o planejamento para a categoria
pro�ssional. Conforme Gaston Berger (2004, p. 311), “a prospectiva é uma atitude”. Os estudos
prospectivos vão da causa para os efeitos, enquanto os estudos retrospectivos partem dos
efeitos para chegar às causas, conforme mostra a Figura 1.
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Figura 1 | Estudos prospectivos
Siga em Frente...
Para o pesquisador, todo o objeto de pesquisa deve ser considerado a partir de seu histórico
(Lima; Mioto, 2007) e de suas disposições temporais e contextuais. Vale ressaltar que a
sistematização da prática do serviço social, além de garantir a reunião de um compilado
histórico, se constitui também como contribuição para a construção do conhecimento e
possibilita a transformação da sociedade.
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A pesquisa é precursora da ação, e pesquisar é aprender, re�etir e até, talvez, gerar um novo
fazer. Nesta perspectiva, a sistematização, ao mesmo tempo em que faz história, permite a
ponderação sobre os fazeres e constrói a re�exão para o levantamento de alternativas que
corroborarão para novos fazeres, mais criativos e resolutivos.
Para diversos autores, a tomada de decisão para o assistente social poderá ser realizada
levando-se em consideração aspectos qualitativos e quantitativos. Além disso, a decisão poderá
ser tomada individualmente ou coletivamente. Dentro dos aspectos qualitativos, estão o
processo de decisão baseado em critérios, em valores, entre outros, como mostra a Figura 2.
Figura 2 | Fatores da tomada de decisão
Toda tomada de decisão que aborda um fator de risco tem uma tendência a reduzir a
possibilidade de racionalização (Oliveira, 2013). No nível de detalhe, a proposta metodológica do
planejamento social dentro da atuação do assistente social deve contemplar a aproximação com
o ideal participativo. Não perca, contudo, a preocupação quanto ao grau dessa participação,
tendo em vista que devemos evitar que ela caia na super�cialidade.
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A metodologia do planejamento envolve a leitura da realidade e, enquanto ferramenta analítica,
pressupõe: análise de coerência, factibilidade, viabilidade e relevância (Figura 3).
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Figura 3 | Ferramentas analíticas do planejamento
A participação pode ocorrer em três níveis: nível 1 – colaboração, nível 2 – decisão e nível 3 –
participação ou construção conjunta. Quando há contribuições para o processo deliberativo ou
decisório, podemos entender que está ocorrendo o nível de contribuição.
O nível 1 é o nível que, hoje, para Gandin (2010), é o mais utilizado, pois é nele que se estabelece
quanto os agentes sociais são “autorizados”, mediante “convite”, para opinar sobre deliberações
previamente de�nidas. Neste sentido, parece óbvio a limitação desse nível de participação, pois a
tomada de decisão não parece ter se movido muito de mãos.
O nível 2 vai além da colaboração e possui um cunho bem mais democrático do que o nível
anterior, mas ainda possui limitadores, tendo em vista que são decisões tomadas quase sempre
em plenária de um determinado assunto.
No nível 3, entende-se que há de fato uma distribuição de poder com escolhas e deliberações das
ações a serem tomadas.
O papel da participação no planejamento social inclui:
·         Garantir diversidade de perspectivas.
Incluir diversos setores da sociedade no poder decisório.
·         Aumentar a e�cácia das iniciativas sociais.
·         Promover o senso de responsabilidade e de pertencimento aos atores sociais que
participaram da tomada de decisão.
Desta forma, os benefícios da participação incluirão: maior coesão e união entre os membros da
comunidade em torno de uma temática determinada, intervenções sociais mais adequadas, mais
transparência e processos de tomada de decisão mais democráticos.
Mas, esse processo não é simples, pois existem muitas barreiras para a sua efetividade, e entre
elas se destacam a fadiga e a incredulidade da população. Por esse motivo, torna-se
especialmente imperativo a quali�cação pro�ssional para superação dessas barreiras e a
inclusão dos segmentos da sociedade de forma consciente, inclusive da dialética desse
processo e do ir e vir dos avanços e retrocessos.
É fundamental que o planejamento participativo aprofunde as deliberações de forma ainda mais
democrática, distribuindo o poder no pensar e na resolução das demandas e �nalidades sociais,
sem perder o objetivo de propiciar processo de transformação social.
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Fundamental ainda é que esse arsenal de decisões e práticas pro�ssionais sejam
sistematizados, gerando novo fazeres, resultantes da análise crítica da realidade e do seu
desvelar.  Apesar de o assistente social utilizar vários instrumentos e ferramentas técnicas, os
laudos e pareceres são os instrumentos mais utilizados quando se trata de sistematizar uma
decisão do pro�ssional (Figura 4).
 
Figura 4 | Principais instrumentos de registro e plani�cação de processos do assistente social
A sistematização daprática constitui-se como uma dimensão importante, e é assim entendida
pelo Centro Latino-Americano de Trabalho Social (CELATS), conforme o Quadro 1.
CONCEITO A sistematização constitui uma dimensão
importante do trabalho pro�ssional que
favorece uma re�exão contínua de suas
respostas socioinstitucionais em suas
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relações de determinação com a dinâmica do
ser social.
FERRAMENTA Trata-se de um recurso que permite imprimir
ao cotidiano, assim como a empiria que dele
emerge nos procedimentos típicos da ação
pro�ssional, a possibilidade de serem
compreendidos a partir das relações sociais
que lhes dão concretude e signi�cado.
DIMENSÃO A sistematização como dimensão atinge a
condição de um movimento de apreensão
da dinâmica social a partir de uma inserção
real e efetiva e da necessidade de se
construir alternativas pro�ssionais.
Quadro 1 | A sistematização como uma dimensão importante. Fonte: adaptado de Almeida
(1997, p. 8).
 
Por �m, �ca uma importante re�exão sobre a dimensão interventiva do pro�ssional do serviço
social. É preciso discutir, re�etir, debater, reformular e propor e, neste sentido, o planejamento
social, em conjunto com a dimensão interventiva, necessita de maior visibilidade, a �m de
continuar primando por excelência. Somente mediante uma devida quali�cação teórico-
metodológica será possível formular estratégias mais adequadas aos desa�os impostos pela
sociedade; desa�os estes de desigualdade, cujo histórico é de alinhamento com as mais
diversas expressões da questão social.
Por sua vez, o assistente social, ainda que esbarre em relações hierarquizadas e autoritárias que
possam di�cultar ações de resolutividade na perspectiva da promoção de transformações
sociais, deve posicionar-se como mediador do acesso dos sujeitos sociais à participação nos
processos que envolvam este cenário.
 
Vamos Exercitar?
Agora, exercite seus conhecimentos!
Patrícia e Carlos possuem uma �lha de 12 anos. As brigas do casal sempre foram constantes.
Patrícia, contudo, sempre justi�cava, na sua consciência, as atitudes do marido pelo gênio dele e
por ser extremamente nervoso. Atribuía à personalidade dele. Por vezes, acreditava realmente
que havia feito algo que o chateasse e que, se melhorasse como esposa, a agressividade
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diminuiria. Chegou a suspeitar que sofria de violência psicológica, quando assistiu a uma novela
sobre o tema e se identi�cou com a personagem que era agredida, vendo-se nesse lugar. A partir
de então, descon�ada, muniu-se de provas, gravando no celular os momentos mais ríspidos do
esposo e as ameaças. Em várias dessas gravações, a voz da �lha aparecia, ora pedindo socorro,
ora chorando. Mas, em virtude, da dependência �nanceira e da crença de que o melhor para sua
�lha seria a convivência com o pai e a mãe no mesmo lar, seguiu adiante. Contudo, em um
determinado momento, a violência tomou um novo rumo. Carlos, enfurecido por uma comida que
ela havia salgado demais, mesmo sem querer, discutiu e a agrediu com um empurrão. Para
Patrícia, foi a gota d’água, então e foi até a delegacia da mulher, procurou seus direitos e
denunciou os maus-tratos de Carlos, o que gerou uma medida protetiva. Não bastasse isso, o
que se sabe é que Carlos, no tempo em que convive com a �lha, ainda comete alienação parental
por falar muito mal de Patrícia, alegando que ela destruiu o lar. Em virtude do ocorrido, uma
separação se estabeleceu como litigiosa. Assim sendo, o Juiz do Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro solicitou a instrução probatória ampla e irrestrita. Conforme previsto na Lei nº
12.318/2010, havendo prática de alienação parental, o juiz poderá solicitar uma avaliação
biopsicossocial: 
Artigo 5º — Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou
incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial.
§1º. O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o
caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos
autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação
da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta
acerca de eventual acusação contra genitor.
§2º. A perícia será realizada por pro�ssional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em
qualquer caso, aptidão comprovada por histórico pro�ssional ou acadêmico para diagnosticar
atos de alienação parental.
§3º. O perito ou equipe multidisciplinar designada para veri�car a ocorrência de alienação
parental terá prazo de 90 dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por
autorização judicial baseada em justi�cativa circunstanciada. (Brasil, 2010, [s. p.]) 
Você, como assistente social da Vara da Família, fará uma visita domiciliar e elaborará o estudo
social, para que ele possa subsidiar seu parecer social. Este se constitui, portanto, um exemplo
da sistematização do poder de decisão na prática do assistente social no cotidiano de sua
atuação.
Para decidir com quem a criança deverá �car, você deve analisar a procedência ou não das
acusações feitas contra Carlos. Para isso, você se baseará em multifatores, como as evidências,
a escuta, os relatos e a sua experiência. Sua intenção também é ouvir a criança, e isso será
avaliado em conjunto com a psicóloga e a equipe multidisciplinar na análise do caso, mas, em
virtude da idade, isso já se torna possível.
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Há vários métodos quantitativos para a tomada de decisão, a qual é muito utilizada pelas
indústrias, pela economia e até pelo serviço militar. No livro Princípios e Métodos para a Tomada
de Decisão: enfoque multicritério, você compreenderá como utilizar os métodos matemáticos
para identi�car o problema e a restrição, especi�car objetivos e até mesmo criar um modelo de
simulação. Disponível na Biblioteca Virtual.
GOMES, L. F. A. M. Princípios e métodos para tomada de decisão: enfoque multicritério. 6. ed.
São Paulo: Atlas, 2019. 
O parecer social é analisado como um instrumento de viabilização de direitos no livro O Estudo
Social em perícias, laudos e pareceres técnicos: debates atuais no judiciário, no penitenciário e
na Previdência Social. Imperdível para quem quer se apropriar ainda mais da experiência como
assistente social. Disponível na Biblioteca Virtual.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. O Estudo social em perícias, laudos e pareceres
técnicos: debates atuais no judiciário, no penitenciário e na previdência social. São Paulo: Cortez,
2020.
Referências
ALMEIDA, N. L. T. de. Retomando a temática da “sistematização da prática” em Serviço Social.
Revista em Pauta, Rio de Janeiro, n. 10, 1997. 
ALMEIDA, N. L. T. de. Retomando a temática da “sistematização da prática” em Serviço Social. In:
MOTA, A. E. et al. (orgs). Serviço Social e Saúde: formação e trabalho pro�ssional. São Paulo:
OPAS; OMS; Ministério da Saúde, 2006. p. 399-408. 
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236 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Brasília: Presidência da República, [2024]. Disponível
em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12318.htm. Acesso em: 21
ago. 2023. 
GANDIN, D. A prática do Planejamento Participativo. Petrópolis: Vozes, 2010. 
GOMES, L. F. A. M. Princípios e métodos para tomada de decisão: enfoque multicritério. 6. ed.
São Paulo: Atlas, 2019. 
HORA, M. M. C. C. A atuação do Assistente Social no Planejamento e gestão das políticas de
assistência social e saúde no município de Aracaju-SE. 2014. Dissertação (Mestrado em Serviço
Social) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2014. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597021592/epubcfi/6/26%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter03%5D!/4
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597021592/epubcfi/6/26%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter03%5D!/4e a formulação de estratégias para alcançá-los.
Sendo assim, para �ns deste estudo, a relação entre administração e planejamento se apropriará
do ponto de vista em que é identi�cada pela perspectiva da estratégia, ou seja, do planejamento
estratégico que terá o caráter fundamental para a de�nição da direção geral da organização,
estabelecendo os objetivos de longo prazo e as estratégias para atingi-los.
A administração, então, se concentra em implementar e gerenciar essas estratégias, garantindo
que as ações estejam alinhadas com os objetivos estratégicos estabelecidos.
Segundo Daychoum (2018), ao considerar a origem dos estudos em administração, é possível
compreender que a administração como disciplina teve seu início no século XX, com
contribuições de teóricos, como Frederick Taylor, Henri Fayol, Max Weber e Elton Mayo. Esses
estudiosos desenvolveram abordagens que enfatizaram a racionalização do trabalho, a
e�ciência, a estrutura organizacional e as relações humanas.
Já em relação à origem dos estudos em planejamento, é possível observar que o planejamento
remonta a períodos históricos antigos, como os tempos do Egito Antigo e da Grécia Antiga. No
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entanto, foi somente no século XX que ele se tornou uma disciplina formalizada, com o
surgimento de teorias e abordagens especí�cas. O planejamento estratégico, por exemplo, foi
impulsionado por teóricos, como Peter Drucker e Igor Ansoff, que enfatizaram a importância da
análise do ambiente, a de�nição de metas claras e a formulação de estratégias para alcançá-las.
No que diz respeito à relação entre administração e planejamento, esta pode ser explorada
através das etapas do planejamento, as quais tipicamente incluem: análise do ambiente,
de�nição de metas, formulação de estratégias, implementação, monitoramento e avaliação.
A administração desempenha um papel crucial na coordenação e supervisão dessas etapas,
garantindo que o planejamento seja efetivamente implementado e que os resultados sejam
avaliados de forma contínua. A este constante processo de avaliação no serviço social, cuja
continuidade garante a implementação efetiva de resultados, dá-se também a caracterização do
monitoramento.
Dentro do processo de planejamento, diferentes ferramentas e técnicas podem ser utilizadas. As
principais técnicas do século XXI são a análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities,
Threats), a qual auxilia na identi�cação dos pontos fortes e fracos internos da organização, bem
como das oportunidades e ameaças externas; a matriz BCG (Boston Consulting Group), utilizada
para classi�car produtos ou serviços em relação à sua participação de mercado e taxa de
crescimento; o Balanced Scorecard, uma ferramenta de medição do desempenho organizacional
com base em múltiplas perspectivas.
Ao longo do processo de planejamento, a administração desempenha um papel fundamental na
coordenação e supervisão das atividades. A alocação de recursos, a designação de
responsabilidades, a comunicação e�caz e o monitoramento contínuo são aspectos-chave da
administração que garantem a implementação adequada dos planos estabelecidos.
Além das etapas do planejamento, várias ferramentas e princípios podem ser utilizados para
aprofundar a relação entre administração e planejamento, por exemplo, os princípios da
racionalidade econômica, que busca otimizar a alocação de recursos escassos, e o da
�exibilidade, que permite ajustes e adaptações ao longo do tempo, fundamentais para orientar as
decisões de planejamento (Chiavenato, 2003).
As ferramentas mencionadas anteriormente são apenas algumas das muitas disponíveis para
auxiliar na análise e formulação de estratégias. Pode-se mencionar, ainda, ferramentas que
incluem análise de cenários, benchmarking, matriz de priorização, entre outras; no entanto,
considerada a prática pro�ssional do assistente social e os fundamentos da administração e do
planejamento em contribuição com o cotidiano desse pro�ssional, os detalhamentos teóricos a
que você teve acesso até este ponto de modo a�rmativo lhe servem de base.
A colaboração entre os pro�ssionais de administração e planejamento é essencial para o
sucesso organizacional e, portanto, para o sucesso pro�ssional nas ações diretas de sua
atuação cotidiana, tendo em vista que é a administração que fornece a expertise na gestão de
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recursos, liderança e coordenação de equipes, enquanto, em complementaridade, o
planejamento traz a análise estratégica, a de�nição de metas e a formulação de estratégias. É
neste núcleo de relação sinérgica e complementar que essas duas áreas fortalecem a tomada de
decisões e aumentam a e�ciência e e�cácia das operações pro�ssionais pela promoção de uma
abordagem abrangente.
Vamos Exercitar?
Pode ser que, no decorrer do conteúdo teórico, a prática e a execução de ações objetivas
relacionadas ao planejamento e à administração ainda não tenham �cado claras o su�ciente e,
pensando em elucidar as aplicações práticas da relação entre administração e planejamento em
situações e circunstâncias da práxis pro�ssional do assistente social, você poderá re�etir a partir
de algumas situações do cotidiano.
O entrelaçar da administração e do planejamento no cotidiano evidencia o uso desses conceitos
e, para que isso �que evidente, acompanhe os exemplos que seguem:
Estabelecimento de objetivos estratégicos: a administração, em conjunto com o
planejamento, desempenha um papel fundamental na de�nição dos objetivos estratégicos
de uma organização. Por exemplo, uma empresa de comércio eletrônico pode estabelecer
como objetivo estratégico aumentar sua participação de mercado em determinada região.
Esse objetivo é de�nido pela administração com base em análises de mercado e
oportunidades identi�cadas pelo planejamento. A partir daí, o planejamento desenvolverá
estratégias para alcançar essa meta, como expansão da presença on-line, parcerias
estratégicas ou lançamento de novos produtos.
Gestão de projetos: a relação entre administração e planejamento é especialmente
relevante na gestão de projetos. O planejamento é responsável por de�nir as etapas, os
recursos necessários e os prazos para a conclusão de um projeto, enquanto a
administração se encarrega de coordenar e supervisionar a execução do projeto de forma
e�ciente. Por exemplo, em uma agência de publicidade, o planejamento elabora o
cronograma de atividades, de�ne as tarefas especí�cas de cada membro da equipe e aloca
os recursos necessários para a criação e execução de uma campanha publicitária. A
administração, por sua vez, acompanha o progresso do projeto, monitora o uso dos
recursos e toma medidas corretivas, se necessário, para garantir o cumprimento dos
prazos e a qualidade do trabalho.
Tomada de decisões estratégicas: a relação entre administração e planejamento é crucial
para a tomada de decisões estratégicas em uma organização. A administração fornece a
perspectiva gerencial, analisando os dados e as informações relevantes, enquanto o
planejamento traz as análises estratégicas e a formulação de alternativas. Por exemplo,
uma empresa de manufatura pode estar considerando a expansão para um novo mercado.
Nesse caso, a administração analisará fatores, como viabilidade �nanceira, capacidade
produtiva e recursos disponíveis.
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Relação entre administração e planejamento: um exemplo prático da relação entre
administração e planejamento é a de�nição de metas SMART (Speci�c, Measurable,
Achievable, Relevant, Time-bound – Especí�cas, Mensuráveis, Atingíveis, Relevantes,
Temporais). Ao estabelecer metas SMART, a administração de�ne objetivos claros e
tangíveis, tornando-os mais alcançáveis e monitoráveis.
Esses exemplos ilustram como os conceitos teóricos da administração e do planejamento
podem ser aplicados na prática. Eles demonstram como a divisão do trabalho, a análise SWOT e
a de�nição de metas SMART são ferramentas valiosas para orientarhttps://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555550344/epubcfi/6/6%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dficha.xhtml%5D!/4
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https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/6193/1/MICHELLE_MARRY_COSTA_CAMPOS_HORA.pdf. Acesso
em: 20 ago. 2023. 
LIMA, T. C. S.; MIOTO, R. C. T. Procedimentos Metodológicos na Construção do Conhecimento
Cientí�co: a pesquisa bibliográ�ca. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 10, 2007. 
MANGINI, F. N. da R.; SILVA, A. A. Metodologias de planejamento e estudos prospectivos:
contribuições para o Serviço Social. Sociedade em Debate, v. 25, n. 1, p. 108-130, 2019. 
MATUS, C. Fundamentos da Plani�cação Situacional. In: RIVERA, F. J. (org.). Planejamento e
Programação em Saúde: um enfoque estratégico. São Paulo: Cortez, 1989. 
MOTA, Gonçalo; ALBUQUERQUE, Cristina Pinto. O Serviço Social e a tomada decisão na jurisdição
de menores em Portugal: uma re�exão sobre o papel da racionalidade. Revista Temas Sociais, n.
2, p. 69-86, 2022. 
OLIVEIRA, L. F. F. Gestão de riscos estratégicos: Action Research numa empresa de tecnologias
de informação. 2013. Dissertação (Mestrado em Gestão e Estratégia Industrial) – Universidade
de Lisboa, Lisboa, 2013.
Aula 5
Encerramento da Unidade
Administração, planejamento e a relação com o serviço social
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Dica para você
Aproveite o acesso para baixar os slides do vídeo, isso pode deixar sua
aprendizagem ainda mais completa.
Olá, estudante!
Você chegou ao �nal de mais uma unidade de ensino! Este é o momento em que cada
conhecimento adquirido na trajetória de seus estudos deve fazer sentido. Aqui, ocorre a fusão
https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/6193/1/MICHELLE_MARRY_COSTA_CAMPOS_HORA.pdf
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dos saberes, formatados em uma videoaula que deve condensar os conteúdos em administração
e planejamento e sua relação com o serviço social.
Nesse sentido, você deve resgatar os conceitos de modo a formar uma espécie de escada, em
que cada degrau representa uma porção de conhecimento e, ao adquirir esse saber, você avança
um degrau e, por isso, estará sempre um passo à frente no processo de chegar ao topo, que é a
conclusão da disciplina.
No que diz respeito à relação da administração e do planejamento com o serviço social, existem
aplicabilidades teleológicas especí�cas, cujos conhecimentos metodológicos lhe capacitarão a
compreender sua prática e a importância do reconhecimento do território e da garantia da
participação nos processos do planejamento social.
Novas ideias e resgate de diversos saberes. Esse momento é para �xar conteúdos e re�etir
conceitos na perspectiva do aperfeiçoamento da aprendizagem.
Esta videoaula de encerramento é pensada para você, então, aproveite! 
Ponto de Chegada
Olá, estudante!
Para qualquer atividade que você se proponha a fazer, alguns cuidados e observações são
necessários. Há etapas importantes entre a dimensão do querer e o resultado. Nesse processo, é
importante que se estabeleçam critérios que identi�quem o alcance dos objetivos propostos.
Esse processo faz parte da administração geral: planejar, gerir, executar e avaliar.
Por que, no serviço social, o termo conceitual “administração social” aparece sempre que se fala
em administração? É possível a�rmar que há uma máxima nesse sentido que não se faz
necessária, tendo em vista que não é porque se trata da área social que as métricas devem ser
abandonadas. O serviço social também necessita de análise, planejamento, gestão, indicadores,
método e ciência.
O serviço social, após romper com o conservadorismo e o serviço caritativo ligado à
benevolência, rea�rmou seu compromisso com o projeto ético-político e com o projeto societário
da categoria. Para o alcance dos seus objetivos sem perder de vista a mira nesses propósitos,
faz-se necessário planejar, e pensar de forma planejada é prever, imaginar o que está por vir,
pensar nos riscos e atuar de forma estratégica.
O planejamento estratégico nasce do entremeio da missão e da visão. Planejar consiste em se
instrumentalizar. Mais do que a reunião de recursos técnicos e metodológicos, de ferramentas,
documentos e arcabouço teórico, engloba a teleologia, doutrina que se preocupa com a
intencionalidade. Além do exposto, a instrumentalidade guarda relação direta com a capacidade
de desvelar o real, com a leitura crítica da realidade e com a capacidade de mediação e
articulação.
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O assistente social já não trabalha mais apenas no atendimento a questões imediatas. Na
contemporaneidade, ele é gestor, planejador, articulador e mediador. Trabalha em prol da garantia
de direitos e da elaboração e gestão de políticas públicas. Seu fazer manifesta-se como sua
intencionalidade, como manifestação de rebeldia por lutar contra as injustiças sociais e trabalhar
para a minimização dos efeitos da questão social.
A resolutividade no atendimento por equacionar as múltiplas expressões da questão social não é
imposta, ouve-se a comunidade e abre-se espaço para a escuta e participação popular. Não
qualquer escuta, e sim a escuta quali�cada, e, por vezes, em determinados espaços sócio-
ocupacionais da escuta especializada.
Os problemas da comunidade precisam ser identi�cados levando-se em consideração os
territórios, suas especi�cidades, seu regionalismo, sua história, seus jogos de poder, as relações
sociais estabelecidas, sua geogra�a e seu povo. Da raiz, causa do problema, ao problema central
e à repercussão dos seus efeitos. Só com a identi�cação do problema real é possível criar uma
árvore de possibilidades de soluções diversas.
É distribuição de poder participar da escolha do problema a ser resolvido. Como, onde, quando e
por quê? Ser estratégico é passar pelo processo de re�etir e passar pelo momento normativo,
estratégico e operacional.
Tomar decisões acertadas é a combinação da intencionalidade, da instrumentalidade, de um
bom planejamento e de uma boa estratégia de atingimento de resultados. Faz parte do dia a dia
do pro�ssional fazer escolhas e tomar decisões: se esse cidadão se enquadra ou não nos
critérios do programa social ao qual se inscreveu; se esse aluno candidato deverá ou não ter
direito à bolsa de estudos; se é necessário estabelecer denúncia; e assim por diante.
Em sua vida pessoal, você já precisou optar diversas vezes. A própria escolha por estudar, e
estudar serviço social e, ainda, a decisão de avançar em seus estudos e, assim, chegar até aqui.
São muitas decisões que você precisará tomar ao longo da vida e, claro, no decorrer da sua
carreira e prática pro�ssional. Os riscos são muitos, mas poderão ser minimizados através da
sua quali�cação. Portanto, siga se quali�cando sempre!
É Hora de Praticar!
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Agora, você conhecerá um estudo de caso baseado em fatos reais.
Lembre-se: para um melhor aproveitamento é importante ler atentamente, re�etir, discutir e
correlacionar com os conhecimentos adquiridos durante a unidade. Articule os conhecimentos,
volte à parte teórica, planeje e, acima de tudo, proponha uma boa resolução. Mãos à obra!
Você é assistente social da em uma instituição de ensino superior de uma das capitais
brasileiras. A equipe de assistentes sociais é composta por dez pro�ssionais, já que há vários
projetos em andamentono campus, por exemplo, o projeto de bolsas de estudo para alunos
carentes. Você foi convidada para ser gestora de um projeto que se tornará campo de estágio
para os alunos de Serviço Social a partir do 6º semestre.     
A vice-reitoria para assuntos comunitários tem o intuito de cuidar de temas que envolvam a
comunidade interna do campus, ou seja, alunos, servidores, terceirizados, docentes, dirigentes e
a comunidade externa, que pode ser entendida como os moradores do entorno da comunidade
que são impactados pela presença da instituição no seu território.         
A instituição propôs a ampliação do quadro de assistentes sociais com a inclusão de novos
projetos. Você deixará de atuar no programa de bolsas de estudo, no qual você �cava
responsável pelas visitas domiciliares, pelas entrevistas, pela avaliação das condições
socioeconômicas, pelo estudo social e pela de�nição do seu parecer, contemplando ou não a
bolsa auxílio para o aluno, previamente solicitada. Agora, você estará com a gestão deste novo
projeto.
A reitoria almeja que o projeto seja construído a quatro mãos e, por isso, solicitou que você o
planejasse. Ela quer, primeiramente, te ouvir. Entretanto, gostaria que, neste prospecto, você
contemplasse um escopo, um esquema pré-de�nido. A ideia é que você contemple algumas
premissas, como:
A garantia da participação social.
A questão da territorialidade como uma temática de fundo.
O projeto poderia envolver a comunidade interna e a comunidade externa.
A multidisciplinariedade – aqui representada pela inclusão de estagiários de outros cursos,
como as licenciaturas (Português, Matemática, Ciências, Geogra�a, Letras, entre outras) e
os bacharelados (Nutrição e Psicologia).
O que você planejaria? Por onde começaria? Já parece uma grande decisão a tomar? O que faz
sentido para esta comunidade? O que faz sentido para os alunos de Serviço Social? Qual projeto
tem a relevância para a formação destes alunos ao passo que traz benefícios tangíveis para a
comunidade?
Agora, considere os seguintes questionamentos como forma de re�exão à prática pro�ssional:
Você já havia considerado que, em se tratando do conhecimento cientí�co, algumas vezes
não é possível associá-lo ao cotidiano, no entanto, no dia a dia da prática pro�ssional do
assistente social, este se deparará justamente com situações que, por vezes, pode ter
vivenciado?
Você já considerou que a participação do sujeito objeto do seu atendimento no processo de
planejamento das ações e perspectivas de resolutividade do problema ou da di�culdade
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apresentada pode garantir efetividade à sua ação, não por uma atribuição técnica, mas por
uma competência pro�ssional desenvolvida pela associação das diversas teorias e dos
saberes adquiridos, que, no momento em que são administrados na práxis, representam
sucesso?
Estudante, você já sabe, mas é sempre bom lembrar que há mais de uma forma de resolver este
e qualquer outro desa�o. Na prática pro�ssional, você deve contar, inclusive, com demais colegas
de pro�ssão ou de outras categorias pro�ssionais para pensar soluções.
Dito isso, uma das possibilidades de integrar os conceitos obtidos ao longo desta unidade é a
roda de conversa. Você, como assistente social da vice-reitoria para assuntos comunitários,
proporá como projeto a roda de conversa com os servidores da instituição, terceirizados ou não.
São auxiliares administrativos, estagiários, docentes, agentes de portaria e limpeza. Sua
proposição contemplará dois horários: um no turno da manhã e outro no turno pela tarde. A ideia
é fazer um cadastro desses funcionários e traçar um per�l sociodemográ�co, econômico e
cultura da população.
A roda de conversa é “um exercício constante de observação e escuta do outro e si próprio”
(ARBEX, 2019, p. 52). No planejamento por você elaborado, foi identi�cado que a maior parte dos
servidores terceirizados na instituição são da comunidade do entorno e são pessoas que não
concluíram o nível fundamental.
Neste primeiro momento, a roda de conversa pode:
Permitir uma escuta quali�cada.
Possibilitar a identi�cação de situação de risco e vulnerabilidade social entre os servidores
e seus familiares.
Permitir o encaminhamento em rede das situações nas quais não for possível a imediata
resolução.
Garantir um espaço de fala e escuta de questões e temáticas na esfera do desejo dos
indivíduos.
Possibilitar a discussão de temáticas que envolvam a organização e as relações de poder
nela existente. Para citar alguns exemplos: assédio moral, segurança no trabalho, carreira,
educação, violência psicológica, violência doméstica, invisibilidade, reconhecimento,
depressão, direitos, legislações, mídias sociais, entre outros.
Permitir pensar sobre a questão territorial, identi�cando, por exemplo, como se estabelece
a questão econômica, cultural e política da localidade.
A roda de conversa é uma ferramenta metodológica importante para o assistente social e, ainda,
possibilitará o fortalecimento de vínculos, a promoção do respeito na convivência da diversidade.
Para envolver as demais graduações e licenciaturas, é possível desdobrar esse projeto, por
exemplo, com a educação de jovens e adultos (EJA) e utilizar o espaço de sala de aula para os
estagiários dessas licenciaturas e ministrar a formação da educação regular fundamental 1 e 2.
Para os estagiários de Serviço Social, além da roda de conversa, há a possibilidade do
desenvolvimento de projetos de intervenção social para o atendimento de demandas reais
levantadas pela própria comunidade, como: projetos que envolvam a geração de renda, em
parceria com o departamento de Nutrição da faculdade, oportunizando cursos rápidos de
brownie, doce caseiro de banana, marmitas �tness, entre outras opções. Os projetos de geração
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de renda na comunidade podem envolver a participação social e a questão da territorialidade
para contemplar o desejo e as aspirações da sociedade, para que seja um tema que traga
mudanças concretas. Para além da atividade �m, com a técnica da elaboração da receita, é
possível abordar, ainda, o empreendedorismo e a gestão �nanceira e administrativa de um
negócio. Pode parecer pouco, mas essas questões podem de fato mudar a vida de uma ou mais
famílias, envolvendo a garantia de direitos, o acesso à informação, a socialização de saberes e a
geração de receita.
É também possível estabelecer parceria com a graduação de Psicologia para o atendimento
psicológico de funcionários e familiares após atendimento pelo serviço social quando e se
identi�cada a questão da impossibilidade de investimento particular.
Você, ainda, garantirá, em parceria com o curso de Letras, a sistematização de toda essa prática
para que gere relatórios, construindo novos saberes, criando história do fazer dessa Instituição
de Nível Superior (IES) e garantindo a re�exão para novas práticas ainda mais resolutivas.
Participação social é uma oportunidade ou um oportunismo? Essa re�exão é sempre muito
importante quando pensamos a participação da comunidade em planos, programas e projetos. É
imprescindível ter em mente que toda ação deve ser re�etida e ter uma intencionalidade, e uma
questão deve ser feita sempre: em que isto muda ou melhora? Se for possível identi�car na
prática como o seu planejamento alterará signi�cativamente a vida do indivíduo ou de sua
família, então será possível a�rmar que o caminho traçado está correto e ruma ao sucesso.
Caso contrário, sem perceber, as pessoas são usadas apenas para justi�car o fazer pro�ssional e
passam a ser meio e instrumento quando deve ser o contrário. Se o projeto societário é a
construção de uma nova ordem social, o que se almeja é uma grande mudança na ordem social.
Então o objeto de estudo do serviço social é a questão social e suas manifestações, e a sua
instrumentalidade em todas as dimensões é o meio e a forma de realizar seu trabalho!
 
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SOCIAL
Figura 1 | Participaçãosocial
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Diretrizes Gerais para o
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https://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf. Acesso
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ABRAMIDES, M. B. C. et al. O projeto ético-político pro�ssional do serviço social brasileiro. São
Paulo: Cortez, 2021. 
ALMEIDA, N. L. T. de. Retomando a temática da “sistematização da prática” em Serviço Social.
Revista em Pauta, Rio de Janeiro, n. 10, 1997.                                 
ALMEIDA, N. L. T. de. Retomando a temática da “sistematização da prática” em Serviço Social. In:
MOTA, A. E. et al. (orgs). Serviço Social e Saúde: formação e trabalho pro�ssional. São Paulo:
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https://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf.%20Acesso%20em:%2028%20jul.%202023
https://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf.%20Acesso%20em:%2028%20jul.%202023
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SOCIAL
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm. Acesso em: 16 ago. 2024. 
BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência
Social e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, [2024]. Disponível em:
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BRASIL. Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017. Estabelece o sistema de garantia de direitos da
criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho
de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Brasília: Presidência da República, [2024].
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13431.htm.
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BRASIL. Resolução nº 145, de 15 de outubro de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência
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BRASIL. Norma Operacional Básica do SUAS. Brasília: MDS, 2012. 
BRIGHENTE, M. F.; MESQUIDA, P. Michel Foucault: corpos dóceis e disciplinados nas instituições
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CARVALHO, M. do C. B. de. Gestão social e trabalho social: desa�os e percursos metodológicos.
São Paulo: Cortez, 2015. 
CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL. Orientações Técnicas: Centro de Referência
de Assistência Social. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009. 
CHIAVENATO, I. Administração para todos: ingressando no mundo da gestão de negócios. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 2021. 
CHIAVENATO, I. Planejamento estratégico. São Paulo: Elsevier Brasil, 2004. 
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA
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EUGENIO, A. V. S.; GONZAGA, M. L. de S. A atuação do Assistente Social no Centro de Referência
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FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2010. 
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 
GANDIN, D. A prática do Planejamento Participativo. Petrópolis: Vozes, 2010. 
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Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
GUERRA, Y. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2022.
GURGEL, C.; SOUZA FILHO, R. de. Gestão democrática e serviço social: princípios e propostas
para a intervenção crítica. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2016.  
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação pro�ssional. 26.
ed. São Paulo: Cortez, 2015. 
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na cena contemporânea.  In: CONSELHO FEDERAL DE
SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO
SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências pro�ssionais. Brasília: CFESS/ABEPSS,
2009. 
MANGINI, F. N. da R.; SILVA, A. A. Metodologias de planejamento e estudos prospectivos:
contribuições para o Serviço Social. Sociedade em Debate, v. 25, n. 1, p. 108-130, 2019. 
PAIM, J. S. Planejamento em saúde para não especialistas. In: CAMPOS, G. W. S. et al. (orgs.)
Tratado de saúde coletiva. São Paulo: HUCITEC; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. p. 767-783. 
PFEIFER, P. Planejamento estratégico municipal no Brasil: uma nova abordagem. Brasília: ENAP,
2000. 
RAFFESTIN, C. Por uma geogra�a do poder. São Paulo: Ática, 1993. 
SANTOS, M. Território e sociedade. São Paulo: Perseu Abramo, 2000. 
SILVA, S. P.  Políticas públicas e agricultura familiar: uma abordagem territorial do PRONAF no
Médio Jequitinhonha. 2008. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Econômico e Políticas
Públicas) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2008. 
SILVA, S. P. A abordagem territorial no planejamento de políticas públicas e os desa�os para uma
nova relação entre estado e sociedade no Brasil. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, São
Paulo, v. 17, n. 60, 2012. 
SOARES, P.  Comunicação e a prática do/a assistente social:  a consolidação do projeto ético-
político. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2022.  
YAZBEK, M. C. A assistência social na prática pro�ssional: história e perspectivas. Serviço Social
e Sociedade, São Paulo, n. 85, ano XXVII, 2006. 
YAZBEK, M. C. A Assistência Social na cidade de São Paulo. São Paulo: Instituto Polis; PUCSP,
2004.
,
Unidade 3
Formulação de Planos, Projetos e Programas
Aula 1
Ferramentas do planejamento
Ferramentas do planejamento
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
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Olá, estudante!
Você está convidado a participar desta aula, a qual destacará os conceitos de plano, programa e
projeto. A delimitação de suas diferenças destaca a importância das políticas públicas no
processo de formulação do plano e seus desdobramentos em programas e projetos. Assim
como apresentar o projeto como ferramenta de otimização das práticas pro�ssionais, este
conteúdo será de grande valia para a construção do seu conhecimento e para a ampliação de
técnicas e ferramentas de intervenção no cotidiano pro�ssional.  
Ponto de Partida
Estudante,você sabe a diferença entre plano, programa e projeto? A intenção, neste momento, é
que você compreenda a diferença a ponto de, no cotidiano, saber usar ferramentas destinadas à
execução de cada um desses processos e seus procedimentos.
O Serviço Social tem como objeto de atuação as expressões da questão social, assim atuar com
projetos permite a otimização dos recursos, disponibilizados pela instituição (seja ela
governamental ou não governamental), e das verbas governamentais, para a garantia de acesso
aos direitos sociais. Dessa forma, neste bloco, pretende-se ampliar os conceitos de plano,
programa e projeto, permitindo a compreensão de suas potencialidades, a �m de facilitar sua
aplicação em seu cotidiano pro�ssional.
A elaboração de um projeto exige a leitura da realidade, tão cara para a pro�ssão. Um olhar
atento e repleto de intencionalidade efetiva, através das ações executadas, a real garantia de
direitos, buscando a redução de desigualdades e a mitigação de vulnerabilidades.
Assim, desa�e-se neste novo momento!
Vamos Começar!
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
No Brasil, a redução das desigualdades sociais é considerada um grande desa�o que busca sua
legitimação através das políticas públicas. A formulação de uma política pública almeja a
solução de um determinado problema apresentado pela sociedade civil. No entanto, há uma
grande parcela da população que não é assistida por essa política, requisitando a necessidade
de outras formas de assistência, considerando as limitações e o alcance das políticas públicas.
Assim, o Serviço Social busca contribuir na construção de propostas de intervenções norteadas
pela garantia dos direitos sociais, visando ao fortalecimento da cidadania e à redução das
desigualdades.
Dessa forma, o trabalho com projetos se torna uma ferramenta importante na busca da
ampliação da cidadania e da garantia de acesso aos direitos, sendo as políticas públicas
norteadoras das ações, tais como as políticas de educação, saúde e moradia. Os projetos
também podem auxiliar na identi�cação das necessidades, contribuindo para a formação de uma
agenda política. Um projeto está inserido em um programa, o qual, por sua vez, atende às
exigências de um plano. A seguir, temos as de�nições desses conceitos, conforme Cury (2001,
[s. p.]): 
Plano: Embasado por uma política, será responsável pela criação de áreas de concentração
focadas em uma determinada questão, delimitando o problema. Dessa forma, permite a criação
de programas especí�cos a cada demanda. Especi�cando objetivos, metas, atribuições de
responsabilidade, identi�cação das verbas e custeio, como também apresentar estudos e
pesquisas que justi�que a criação de programas e projetos. Programa:  Contém os objetivos
gerais, conforme especi�cação do plano. Organiza os projetos direcionados a demandas e
objetivos semelhantes. Também ocorre o detalhamento das políticas, que norteiam o programa e
as diretrizes para formulação dos projetos. Assim, como engloba as atividades e os projetos,
além de designar os recursos humanos, físicos e materiais necessários. Projeto: Trata-se da
parte executável do plano e programa. Consta as ações de acesso aos direitos sociais, através
da execução das políticas públicas. 
Importante salientar que a política pública não é uma política social. As políticas públicas são
pensadas para a sociedade em geral, tal como as políticas econômicas, sociais, de saúde e de
educação. As políticas sociais são políticas públicas destinadas ao atendimento de
necessidades sociais, direcionadas para grupos especí�cos, como as políticas sociais de
inclusão e a lei de cotas.  
Siga em Frente...
Os projetos sociais materializam ações que são pautadas pelo sistema de proteção social, o
qual, através de três políticas, almeja a garantia dos mínimos sociais, visando à proteção da
população. A seguridade social é composta pelas políticas de:
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Previdência social: uma política contributiva que garante ao trabalhador contribuinte um
benefício ao encontrar-se impossibilitado ao trabalho. 
Saúde: política não contributiva que, através do Sistema Único de Saúde (SUS), garante
atendimento de saúde universal a toda população.
Assistência social: política não contributiva, disponibilizada para quem dela necessitar.
Busca garantir os mínimos sociais aos indivíduos em situação de vulnerabilidade social.
O planejamento promove, através do plano, programa e projeto, a organização hierárquica de
cada processo, pois organiza as políticas e constrói mecanismos que permitem a otimização das
demandas, visando elencar as prioridades sociais de uma sociedade.
O projeto é a parte exequível das políticas públicas, e estas norteiam um plano que dará origem a
diversos programas; esses programas, por sua vez, organizam os projetos, os quais são
direcionados para as mesmas demandas, porém com focos diferentes. Compreender essa
estrutura permite que o trabalho com projetos sociais seja direcionado e atenda aos
determinados seguimentos a que são destinados.
Na atuação pro�ssional, o assistente social, que é um pro�ssional inserido na divisão social e
técnica do trabalho, compreende a desigualdade social e as representações das expressões da
questão social, como objeto de sua intervenção. Dessa forma, o pro�ssional de serviço social
busca, em seus conhecimentos e técnicas, a elaboração de caminhos para a efetivação dos
direitos, em muitos casos através da elaboração de projetos sociais. A atuação pro�ssional 
requer, ainda, entender o serviço social como uma pro�ssão especializada que, a partir de
conhecimentos teóricos e técnicos, valores e �nalidades, sistematiza e operacionaliza respostas
direcionadas às necessidades sociais que lhe chegam como demandas pro�ssionais. (Guerra,
2014, p. 80) 
O projeto social é a sistematização das nossas ações, possibilitando a dedicação a uma
demanda especí�ca e por um determinado tempo, pois busca intervir nas necessidades sociais
apresentadas pelos indivíduos de um determinado território. Essa intervenção é um processo de
cooperação e articulação, pois se trata de um trabalho em conjunto com outros pro�ssionais e
instituições. Importante salientar que um projeto social atenderá a uma demanda da instituição
em que está inserido. Assim, o plano e os programas serão condizentes com a área de atuação e
de intervenção daquela instituição. Por exemplo, uma instituição que atua com idosos desenhará
projetos relacionados com a política de pessoas idosas e com o programa de proteção da
pessoa idosa.
Atuar com projetos sociais requer o conhecimento da realidade do indivíduo, do território e da
comunidade, uma vez que a estruturação do projeto é direcionada para uma situação especí�ca
de um determinado lugar e momento histórico. Deste modo, não é possível replicar projetos sem
as devidas adequações. O conhecimento e a detecção do público-alvo viabilizam a identi�cação
do “problema” que será objeto da intervenção social.  
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
É necessário levar a cabo ações concretas nas comunidades em que trabalhamos, mas o mais
importante ainda é questionarmos para quê, ou seja, que �nalidade pretendemos alcançar com
elas. Não nos podemos esquecer de que a realidade é melhorada não por se fazer muito, mas
por se planear uma ação signi�cativa que propicie de forma ótima a mudança e a melhoria dessa
realidade. Isto incita-nos à re�exão constante sobre o que fazemos, ao mesmo tempo que nos
convida a repensarmos constantemente as nossas tarefas. (Serrano, 2015, p. 13) 
Realizar o planejamento das atividades do serviço social através do trabalho em projeto viabiliza
a re�exão de nossa atuação, permitindo à prática um encontro concreto com a teoria. A
elaboração de um projeto social permite ao pro�ssional mensurar o alcance de suas ações na
população assistida.
Vamos Exercitar?
Agora, pense em todo o conteúdo estudado e considere: um projeto social é composto por
diversas determinaçõese é repleto de intencionalidade na intenção de garantir acesso a direitos
sociais. Então, como compreender e de�nir as diferenças entre plano, programa e projeto?
Conforme Barata (2009):
O plano é o documento que apresenta os estudos, as pesquisas e as leis que serão os
norteadores da elaboração do programa.
O programa organizará os projetos que dispõem do mesmo objetivo, ampliando as ações
de uma política pública. 
O projeto, a menor unidade do processo de planejamento, é um instrumento técnico-
administrativo para ações especí�cas e com foco na intervenção.
Para materializar esses conceitos, considere a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) – Lei nº
8.742/1993. Ela será o plano. As ações serão pensadas a partir das suas determinações, neste
caso, o artigo 2º da legislação citada, que diz: 
Art. 2º A assistência social tem por objetivos
I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência
de riscos, especialmente: a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à
velhice; (Brasil, 1993, [s. p.]) 
Nesse plano, você encontrará o Programa Criança Feliz, cujo objetivo é a promoção do
desenvolvimento integral das crianças na primeira infância. Assim, a elaboração do projeto será
um trabalho com gestantes em vulnerabilidade social, buscando acompanhá-las no processo de
pré-natal, que permitirá a identi�cação de possíveis necessidades, garantindo a promoção do
desenvolvimento infantil.
Plano Lei Orgânica da Assistência Social
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ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Programa Criança Feliz
Projeto Trabalho com gestante em vulnerabilidade
social
Quadro 1 | Programa Criança Feliz
 
Na atuação em instituições, é necessário compreender as demandas e as solicitações do público
assistido e realizar uma leitura crítica da realidade. Essa percepção possibilita a identi�cação das
demandas não apresentadas, que interferem na dinâmica comunitária, além de conhecer as
políticas públicas que contemplam a população.
As políticas públicas e sociais dispõem de programas direcionados a cada ciclo de vida:
questões de saúde, moradia, cultura. Com essas diretrizes, a elaboração de um projeto social
cumprirá seu principal objetivo, que é suprir as necessidades sociais e ampliar a efetividade do
gozo da cidadania.
As políticas públicas são as ferramentas na atuação do assistente social, mesmo não atuando
com projetos, uma vez que elas estarão presentes no cotidiano pro�ssional, principalmente, no
atendimento às pessoas em situação de fragilidade e/ou desproteção social e violação de
direitos. A possibilidade de construir processos de trabalho através do projeto permite a re�exão
da prática e uma atuação coletiva, tendo em vista que um projeto social é elaborado com a
participação de diversos atores sociais, inclusive, os usuários dos serviços, o que garante a
retomada do conceito de participação, sempre presente e constante nos processos de
planejamento.
Uma característica do projeto é o seu prazo de execução. Um projeto, ao contrário do plano e do
programa, possui um tempo especí�co de execução, o qual permite o processo de mensuração
para detectar o alcance e os impactos das ações realizadas. Dessa forma, elaborar um projeto
exige um bom planejamento, uma vez que conta com prazo de execução, orçamento e
mobilização de recursos materiais e humanos.
A execução de ações, como visitas domiciliares para sensibilização das famílias para
participação de o�cinas e de rodas de conversa, com temas pensados e desejados por e para
elas, a �m de consolidar grupos de acompanhamento familiar, atende ao objetivo do programa e
é estabelecida por um projeto de trabalho social com famílias, como se executa no Serviço de
Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF).
Você consegue pensar em outros exemplos de relação de planos, programas e projetos que são
associados à política de assistência social para sua atuação como assistente social? Considere
a política de educação, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), como o plano, e o programa Bolsa
Família. Qual é o projeto para a atuação pro�ssional do assistente social neste sentido? 
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Saiba mais
Na obra Elaboração de projetos sociais, o autor esclarece os processos de elaboração de um
projeto, sua relação com as políticas públicas e a atuação do terceiro setor. A leitura desse livro
pode servir de base para futuras elaborações e até mesmo execuções pro�ssionais, tendo em
vista que os projetos sociais representarão grande parte de suas ações cotidianas. Disponível na
biblioteca virtual, esse material é importante para a construção teórica de sua trajetória
acadêmica e, posteriormente, técnica.
GIEHL, Pedro Roque et al. Elaboração de projetos sociais. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2015. E-
book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 27 ago. 2024. 
Outra indicação de leitura é o livro Fundamentos das políticas sociais e políticas sociais, que
apresenta a gênese das políticas sociais no Brasil em contextualização com os países europeus.
Leitura complementar para a discussão das políticas sociais no Brasil e compreensão da sua
importância na formulação de projetos sociais. Também disponível na biblioteca virtual, você
deve realizar essa leitura complementar. 
ZAMBON, R. E.; PEREIRA, M. L. Fundamentos das políticas sociais e políticas sociais. Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
Referências
BAPTISTA, M. V. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação. 3. ed. São Paulo: Veras,
2013. 
BARATA, T. J.  Formulação, administração e execução de políticas públicas. In: CONSELHO
FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competência pro�ssionais. São
Paulo: CFESS; ABEPSS, 2009. 
BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência
Social e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, [2024]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. Acesso em: 17 ago. 2024. 
CURY, T. C. H. Elaboração de projetos sociais. In: ÁVILA, C. M. (org.). Gestão de Projetos Sociais.
3. ed. São Paulo: Associação de Apoio ao Programa Capacitação Solidária, 2001. p. 37-57. 
GIEHL, Pedro Roque et al. Elaboração de projetos sociais. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2015. E-
book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 27 ago. 2024. 
GUERRA, Y. O conhecimento crítico na reconstrução das demandas pro�ssionais
contemporâneas. In: BAPTISTA, M. V. A prática pro�ssional do Assistente Social. 2. ed. São
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/30912
https://biblioteca-virtual.com/detalhes/ebook/6087051854aa8872fb6669bd
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Paulo: Veras, 2014. 
SECCHI, L.; COELHO F. S.; PIRES V. Políticas públicas: conceitos, casos práticos, questões de
concursos. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2020. 
SERRANO, G. P. Elaboração de projetos sociais: caso práticos. Porto: Porto Editora, 2015. 
ZAMBON, R. E.; PEREIRA, M. L. Fundamentos das políticas sociais e políticas sociais. Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
Aula 2
Indicadores sociais
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Você já avançou mais de 50% na disciplina, sendo assim, os conhecimentos até adquiridos
corroboram com o conteúdo su�ciente para que o aprofundamento proposto seja possível em
perspectiva de alinhamento à dimensão técnico-operativa da pro�ssão a partir da dimensão
teórico-metodológica.
No sentido do planejamento das ações pro�ssionais e da administração do fazercotidiano, é
essencial considerar os indicadores como processo de monitoramento, avaliação e instrumento
estratégico para estabelecimento de metas.
A construção de indicadores que sejam con�áveis é o pilar para o processo de formulação de
políticas públicas e sociais, assim como norteia a elaboração de projetos sociais que atendam
realmente as necessidades sociais de um determinado território ou grupo social.
É possível que a elaboração e a aplicação de indicadores sejam desa�os quando considerado o
âmbito abstrato de sua concepção, no entanto você verá que o conceito de indicadores está para
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
a apresentação da realidade enquanto objeto em estudo, possibilitando a identi�cação de
possíveis melhorias e a otimização da resolução de problemas. 
Ponto de Partida
O projeto social é um operacionalizador das políticas públicas e sociais, entretanto como
identi�car a e�ciência, a e�cácia e a efetividade de um projeto?
Os indicadores sociais são os aliados para o acompanhamento de todas as etapas do projeto,
pois identi�cam possíveis desvios e permitem a solução do imprevisto, viabilizando segurança
na sua execução.
Para que o uso dos indicadores seja adequado, no sentido de que eles se façam uma ferramenta
de valor efetivo à atuação pro�ssional, é necessário reconhecer sua estrutura, garantindo
aprofundamento na construção e na elaboração de indicadores de coerência e con�abilidade
adequados à realidade de seu cotidiano.
Neste sentido, o conteúdo desta unidade deve contribuir para que você seja capaz de formular
indicadores que, no processo de atuação pro�ssional, lhe permitam formular políticas, fortalecer
o acesso a direitos sociais e pensar o planejamento em serviço social junto aos planos,
programas e projetos.
Então, o que você acha de se envolver nesse novo desa�o? Agora é com você!
Vamos Começar!
As políticas públicas surgem a partir da necessidade do Estado em atender às demandas dos
movimentos populares, tendo como principal objetivo a redução das desigualdades sociais.  Para
Secchi, Coelho e Pires (2020, p. 39) “as políticas públicas são mecanismos para lidar com o que
ele denomina, de problema público. Por incomodar uma quantidade ou qualidade considerável de
atores sociais”.
As políticas públicas atendem a todas as áreas sociais, desde a economia, educação e saúde, e
se caracterizam por seu alcance amplo, uma vez que atendem à sociedade em geral. Enquanto,
as políticas sociais são direcionadas a demandas especí�cas de uma parcela da população,
podemos citar a política da assistência social ou as políticas de atenção à mulher. 
Uma política pública possui dois elementos fundamentais: intencionalidade pública e resposta a
um problema público; em outras palavras, a razão para o estabelecimento de uma política pública
é o tratamento ou a resolução de um problema entendido como coletivamente relevante. (Secchi;
Coelho; Pires, 2020, p. 26) 
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Tendo em vista, que uma política pública procura uma solução para um determinado problema,
podemos pensar na necessidade de priorização dentro do espaço da política, pois este necessita
determinar prioridades entre os projetos apresentados pelos diversos grupos da sociedade civil,
almejando ao bem-estar comum.
Dessa forma, a implantação de políticas públicas tem o objetivo de reduzir a desigualdade,
ampliar o bem-estar e provocar mudanças sociais. Mas, como identi�car o alcance dessas
políticas? Com essa perspectiva, surge a necessidade da elaboração de indicadores que possam
mensurar esses impactos. Assim, ocorre a formulação de indicadores sociais, de saúde, de
mortalidade infantil, de natalidade, entre outros, os quais apresentarão dados para análise da
e�cácia das políticas. Como a�rma Januzzi (2006, p. 15): 
Um Indicador social é uma medida em geral quantitativa dotada de signi�cado social
substantivo, usada para substituir quanti�car ou operacionalizar um conceito social abstrato, de
interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de políticas). É
um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo sobre um aspecto da
realidade social ou sobre mudanças que estão se processando na mesma. 
O objetivo dos indicadores é possibilitar a análise dos processos de um projeto, programa ou
política, permitindo a identi�cação de possíveis desvios, e auxiliar na reformulação de metas e
políticas e no processo de tomada de decisão. Por esse motivo, os indicadores são elaborados a
partir da realidade que se deseja analisar. Para a construção de indicadores con�áveis, existem
algumas propriedades que devem ser consideradas. São elas (Voss, 2019):
Validade: proximidade entre o conceito e a medida, neste caso, o indicador representará o
conceito que se propõe analisar. Ex.: as taxas de morbidade para avaliação das condições
de saúde, pois indicam doenças.
Con�abilidade: está relacionada à qualidade de coleta e à imparcialidade, impedindo
distorções, além de garantir que as alterações sejam analisadas ao longo do processo.
Relevância social: coerência entre a elaboração dos indicadores e os objetivos da política,
do programa ou do projeto idealizado.
Simplicidade: indicadores objetivos e de fácil compreensão, assim garante-se a lisura do
processo.
Os indicadores permitem, ainda, mensurar o grau de e�ciência, e�cácia e efetividade, permitindo
a perpetuação ou a interrupção de um projeto, programa ou política.
E�ciência: otimização dos recursos disponibilizados.
E�cácia: cumprimento dos prazos e metas estipulados.
Efetividade: percepção de mudanças sociais e manutenção dos resultados obtidos. 
Sobre a avaliação, assim a�rma Carvalho e Raechini (2019, p. 66): 
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
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SOCIAL
Podemos dizer que avaliar é atribuir valor, medir o grau de e�ciência, e�cácia e efetividade de
políticas, programas e projetos sociais. Assim compreendida, a avaliação identi�ca processos e
resultados, compara dados de desempenho, julga, informa e propõe. 
Um indicador elaborado com base nos critérios e nas características apresentados garante um
processo de avaliação e monitoramento e�caz e capaz de identi�car oportunidades de
mudanças, viabilizando que a implantação e a execução dos projetos, programas e políticas
alcance os objetivos almejados de mudança social e redução das desigualdades.
Os indicadores detêm grande relevância em todas as etapas de um projeto, programa ou política.
No caso das políticas públicas, eles norteiam, inclusive, o processo de elaboração, pois permitem
a identi�cação do problema. Como nos diz Voss (2019, p. 88): “Os indicadores permitem a
obtenção de diagnósticos situacionais, a realização do acompanhamento e do monitoramento de
ações e a identi�cação de como avaliar os resultados e impactos mais abrangentes das
intervenções”.
No processo de diagnóstico, os indicadores apresentam os dados sobre as necessidades sociais
e as potencialidades do território, assim como o per�l do público-alvo. Através desses
levantamentos, é possível ter uma visão ampla sobre os problemas enfrentados por essa
comunidade e criar estratégias de abordagem. O diagnóstico traz o fundamento para a
formulação de políticas públicas, assim, os indicadores são indispensáveis para esse processo.
Siga em Frente...
Os indicadores não possuem apenas um aspecto qualitativo mas também quantitativo, sendo
classi�cados pela natureza do objeto a ser medido. Assim, conforme Voss (2019), os indicadores
são classi�cados em:
Indicador Insumo: recursos a serem disponibilizados (recursos humanos, materiais,
�nanceiros).
Indicador Produto: os resultados das ações e metas estabelecidas.
Indicador Processo: apresenta de forma quantitativa os esforços dos recursos alocados.
Indicador Resultado: mede os resultados dos projetos, programas e políticas. 
Por isso, avaliar indicadores que representem insumos, processos e resultados de acordo com
objetivos, ações e estratégias traçadas é tarefaessencial e árdua no debate do desenho da
política. Esses dados poderão subsidiar a avaliação do programa tanto em monitoramento
quanto em impacto de mudanças sociais desejáveis. (Januzzi, 2006, p. 23) 
Após o diagnóstico do problema e a elaboração da política, teremos o processo de implantação.
Nessa fase, os indicadores estão inseridos no processo de monitoramento, que acompanhará o
planejamento das ações e dos recursos a serem alocados. Esses indicadores precisam permitir
o acompanhamento periódico, que possibilitará detectar a evolução do processo. Na fase de
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
execução da política, é necessário o acompanhamento das ações executadas, dos impactos e do
alcance das ações, observando a aderência aos objetivos desenhados no planejamento da
política.
No monitoramento da etapa de execução, os dados coletados serão a base para o processo de
avaliação �nal. Dessa forma, é possível descrever indicadores que possam ser comparados e,
assim, apresentar as mudanças percebidas pelos usuários do projeto da política. É importante
salientar que existem processos fragmentados, mas de forma continuada, que se
complementam em busca de um mesmo objetivo: a efetivação das políticas públicas, de forma a
atender às necessidades do público-alvo.
O processo de avaliação apresentará a consolidação dos dados, apresentando o início do
projeto, a trilha percorrida e as alterações que ocorreram nesse percurso. O processo avaliativo
não é �nalizado com o término da implantação da política, pelo contrário, se fará presente após
esse momento, para identi�car os resultados posteriores e as reais mudanças geradas pela sua
execução.
Dessa forma, é possível compreender o motivo de a construção de indicadores ser um item de
grande valia nas atividades de planejamento pro�ssional. A construção de um indicador
con�ável, simples e adequado ao objeto que deseja avaliar apresentará dados relevantes que
serão a base para a implantação de políticas, serviços e projetos para um determinado território
e população. A apropriação dessa ferramenta agrega valores às intervenções técnicas e legitima
o comprometimento ético-político da pro�ssão.
Vamos Exercitar?
Agora, colocando em prática toda essa percepção conceitual, lembre-se de que o processo de
formulação e implantação de políticas públicas e sociais não ocorre de forma linear. Entre essas
etapas, você pode observar disputas entre grupos sociais e interesses políticos, por isso, quando
uma política alcança seu objetivo e consegue ser implementada, há a necessidade de se
comprovar e demonstrar sua potencialidade.
Para complementar o processo avaliativo, os indicadores de e�ciência, efetividade e e�cácia
conseguirão apresentar os alcances da política, assim como a continuidade de seus resultados
na população assistida.
Para materializar esses conceitos, pense em uma comunidade em que há carência de espaços
culturais e de lazer para as crianças e os adolescentes do território. A política pública a ser
acionada está relacionada ao Estatuto da Criança e do Adolescente, que garante a convivência
comunitária, conforme o art. 227 da Constituição Federal: 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
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SOCIAL
pro�ssionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. (Brasil, 1988, [s. p.]) 
Vale ressaltar que as políticas públicas são operacionalizadas através de projetos, programas e
serviços. Dessa forma, para viabilizar o acesso a esse direito, faz-se necessária a elaboração de
um projeto, cuja primeira etapa é a identi�cação do problema.
A partir dessa demanda, será necessário elencar, através de indicadores condizentes com a
realidade, potencialidades do território, per�l do público-alvo, benefícios, além de reforçar a
importância de se efetivar a garantia de direitos e a ampliação da cidadania.
Outro ponto importante para o projeto é a delimitação do público-alvo e a elaboração de objetivos
gerais e especí�cos realizáveis, ou seja, que possam ser alcançados através da execução das
ações. Para garantir a lisura desses momentos no projeto, a aplicação de indicadores que
possam reconhecer as expectativas, as potencialidades e as di�culdades é essencial, pois,
através dessa leitura, é possível a construção de objetivos que atendam de fato às necessidades
apresentadas por esses sujeitos.
Durante o processo de implantação e execução do projeto, os indicadores de e�ciência serão os
norteadores das ações, pois indicarão se os recursos previstos no orçamento são su�cientes
para a conclusão do projeto. Esse processo de acompanhamento permite ajustes necessários,
inclusive, na execução das ações. Por exemplo, pode ocorrer que as ações pensadas não atinjam
os interesses do público-alvo, impactando na adesão ao projeto. Com os indicadores de e�cácia,
é possível identi�car os motivos da desmobilização, buscando reverter o quadro, identi�cando os
interesses do grupo e gerando adequações.
Os indicadores de efetividade integram o processo de avaliação, pois apresentam as mudanças
sentidas pelo público-alvo, identi�cando os resultados, permitindo a continuidade do projeto ou
até mesmo seu encerramento. Assim, os indicadores se tornam aliados da rotina de trabalho,
auxiliando no planejamento e na concretização das ações.
Saiba mais
Na obra Introdução à avaliação e ao monitoramento de projetos sociais, o autor apresenta os
processos de avaliação e monitoramento através do uso de indicadores e sua importância na
elaboração de projetos sociais. Disponível na Biblioteca Virtual.
GIANEZI, M. Introdução à avaliação e ao monitoramento de projetos sociais. Curitiba:
InterSaberes, 2017. 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/52532
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SOCIAL
Neste trabalho, Elaboração de projetos sociais,  o autor apresenta o processo de elaboração de
projetos sociais, assim como reforça a importância do uso dos indicadores em todas as etapas
de elaboração dos projetos. Disponível na Biblioteca Virtual.
GIEHL, Pedro Roque et al. Elaboração de projetos sociais. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2015. E-
book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 27 ago. 2024.
Referências
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília:
Congresso Nacional, [2024]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 17 ago. 2024. 
CARVALHO, M. M. de; RAECHINI, J. R. Fundamentos em gestão de projetos: construindo
competências para gerenciar projetos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
JANUZZI, P. M. Indicadores sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e aplicações. 3. ed.
Campinas: Alínea, 2006. 
SECCHI, L.; COELHO F. S.; PIRES, V. Políticas públicas: conceitos, casos práticos, questões de
concursos. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2020. 
VOSS, A.; Assessoria, consultoria e avalição de serviços, programas e projetos sociais. São
Paulo: InterSaberes, 2019.
Aula 3
Projeto Social
Projeto social
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Dica para você
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Olá, estudante!
Você já sabe o que é um projeto e o seu objetivo, então, chegou o momento de aprender sobre o
ciclode vida de um projeto e quais são suas etapas. No cotidiano pro�ssional, você precisará
dominar habilidades que lhe promoverão as competências necessárias para implementar o
projeto ético-político pro�ssional.
Falar em ciclo de vida e etapas, a princípio, pode passar a impressão de que se trata das mesmas
questões, mas cada um desses processos tem a sua especi�cidade, estando relacionados e
interligados. Vamos compreendê-los de modo conceitual, bem como suas relações com as
etapas de planejamento, implantação e avaliação.
Venha conhecer, nesta videoaula, os processos de elaboração de um projeto, as perguntas
norteadoras e a �nalidade de um projeto social.
Ponto de Partida
Um projeto social é um processo complexo, com várias etapas. Exige planejamento, organização,
monitoração e avaliação. Essas etapas estão inseridas e se misturam ao ciclo de vida de um
projeto.
No cotidiano da prática pro�ssional do assistente social, os projetos sociais se tornaram um
instrumento importante de intervenção social, pois permitem ações sistematizadas e de foco em
um determinado problema, além de direcionar recursos especí�cos para sua execução.
Tendo em vista esse fato, entender sobre projeto social, suas etapas e sua elaboração é de
grande valia na atuação do assistente social e, portanto, para a formação em Serviço Social. Sem
perder de vista que o grande objetivo de um projeto social é a ampliação da cidadania e a
viabilização do acesso aos direitos sociais.
Agora, prossiga, para que o conhecimento desses detalhes possa lhe assegurar saberes à prática
pro�ssional!
Vamos Começar!
Um projeto social é uma construção coletiva, que tem como objetivo atuar em necessidades
sociais apresentadas por um indivíduo, comunidade ou território. Ao optar pela expressão
“construção coletiva”, é importante que esteja claro para você o fato de que esta é uma exigência
da obrigatória participação de diversos atores sociais em todas suas fases, desde o seu
planejamento, implementação até sua avaliação.
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SOCIAL
Para que um projeto social seja condizente com a realidade do público que deseja assistir e
obtenha êxito no alcance de suas metas e objetivos, ele necessita de um bom planejamento,
entretanto isso não garante a inexistência de falhas, no entanto viabiliza que elas sejam
antecipadas e até mesmo corrigidas.
Por se tratar de uma ação interventiva com prazo determinado e alocação de recursos, com
metas estabelecidas, o processo de um projeto é pensado em ciclo. Há três grandes etapas
nesse processo, sendo elas: o planejamento, a implementação e a avaliação. Essas etapas estão
intimamente relacionadas, pois não ocorrem de maneira linear e sucessiva, pelo contrário, todas
estão envolvidas em todas as fases do projeto. O planejamento é necessário desde a
identi�cação do problema até o encerramento do projeto, e está presente na formulação das
ações, no orçamento e na orientação dos recursos. A implementação do projeto é responsável
por acompanhar desde o desenvolvimento das ações até a aceitação delas por parte do público-
alvo. E a avaliação se faz presente nas análises dos indicadores e na �nalização do projeto.
O processo de planejamento é o momento em que você fará uso de perguntas norteadoras, para
que as conheça. Veja o quadro 1 a seguir.
Para quem? Quem são os destinatários do projeto
O quê? Qual é a necessidade para a realização de
intervenções
Para quê? Qual é a intenção em atuar com esse pública
e essas necessidades
Como? A forma como essas ações serão executadas
Quadro 1 | Processo de planejamento
 
Com base nessas perguntas, você garante que o projeto social atenda de fato às necessidades
do público-alvo, pois as respostas resultarão em elementos que farão parte do processo de
identi�cação do problema e de construção das ações. O planejamento englobará, ainda, o
diagnóstico situacional, a de�nição de objetivos e metas e o planejamento das atividades e dos
recursos necessários.
A implementação do projeto exige a realização de um planejamento das atividades, que incluirá a
sequência das ações, a metodologia, os resultados e o tempo de duração. Neste ciclo,
encontraremos também a fase de monitoramento, que acompanhará as atividades em execução.
Para esse momento, um bom recurso é o cronograma, que permitirá a visualização das
atividades e a identi�cação de possíveis equívocos. O cronograma deve conter informações
sobre as atividades previstas, possibilitar ou aceitar alterações, apresentar a relação entre cada
ação e indicar os responsáveis por sua execução.
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ADMINISTRAÇÃO E
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SOCIAL
Com a avaliação, será possível identi�car as possibilidades de �nanciamento, a viabilidade
política e social para implantação do projeto, permitindo a correção de distorções durante a
execução das ações. Também, essa etapa possibilitará o acompanhamento dos impactos
imediatos e mediatos, uma vez que os resultados das intervenções são diversos e multicausais e
terão re�exos após a �nalização do projeto.
Uma vez que existem diversos modelos de avaliação, faz-se necessário que você seja
apresentado a alguns deles, veja:
Ex-Ante – Antes do fato: avaliação do momento histórico, político e do público-alvo antes
da implementação do projeto.
Ex-Post – Após o fato: avaliação de uma atividade realizada após sua �nalização.
Avaliação de processo: monitoramento de projetos em andamento.
Avaliação de impactos: avaliação dos projetos concluídos, da e�ciência, da e�cácia e da
efetividade do projeto.
Siga em Frente...
Considerando os ciclos de um projeto, amplia-se a possibilidade de atingir a e�ciência e a
efetividade de um projeto, materializando o acesso a direitos em busca da cidadania, além da
elaboração de um projeto sólido que efetive mudanças no público assistido.
Tendo em vista que um projeto social é uma construção coletiva, que envolve diversos atores
sociais, tais quais comunidade, técnicos, entidades governamentais e não governamentais e
�nanciadores, é possível determinar que exigirá capacidades para facilitação do processo, ou
seja, será necessário relacionar capacidades importantes e especí�cas, como a negociação e o
trabalho em grupo. Referente à negociação, será preciso negociar com os demais atores sociais
a importância, a relevância e a prioridade dos problemas identi�cados, além de recursos e
objetivos. Quanto ao trabalho em grupo, efetiva-se na habilidade de trabalhar em equipe, na
competência de uma escuta ativa e de uma boa comunicação, uma vez que se trata de uma
atividade de cooperação e articulação; além disso, no trabalho em equipe. há diversos e
diferentes per�s, ideais e valores, cuja congruência nem sempre é garantida.
Além dessas capacidades, há etapas do projeto importantes para garantir sua elaboração e
execução. Conforme Cury (2001), as etapas de um projeto são:
Diagnóstico da situação ou análise situacional:
Refere-se à primeira ação inclusa no planejamento do projeto, pois identi�ca o problema, que
será o foco de intervenção e do público-alvo. Também, neste momento, serão elencados os
recursos humanos, �nanceiros e materiais e os possíveis �nanciadores. A identi�cação desses
pontos é possível através da avaliação, que apresentará dados e indicadores que permitem a
leitura da realidade que necessita de intervenção. Outra forma de obter conhecimento sobre a
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SOCIAL
realidade e efetivar trocas é a realização de grupos e reuniões com a equipe técnica, a
comunidade e as instituições.
De�nição dos objetivos e das metas:
A de�nição dos objetivos é o momento mais importante do projeto, pois eles serão os
norteadores das ações. Os objetivos são classi�cados como geral, em que ocorre a descrição do
resultado a ser alcançado na totalidade das ações executadas, e especí�co, que se refere aos
resultados de cada atividade descrita no projeto.
O processo de delimitação do objetivo é responsável por apresentar a intenção de mudança e
seu potencial de transformação social.Dessa forma, não pode apresentar ambiguidades e
necessita de uma escrita coesa e simples, permitindo a compreensão de todos os participantes.
A de�nição dos objetivos exige critérios para sua formulação, tais quais:
Aceitabilidade: todos os atores envolvidos na execução precisam considerar como
pertinente o objetivo traçado.
Exequível:  sua execução precisa ser concluída dentro de um prazo, lembrando que um
projeto é temporal. 
Motivação: impulsionamento do público-alvo para sua execução, criando expectativas e
ações.
Simplicidade: possibilite a compreensão do que se almeja conquistar.
Comunicação: todos que estejam relacionados ao projeto precisam de pleno conhecimento
sobre os objetivos e as metas.
Planejamento das atividades e dos recursos:
Nesta etapa, ocorrerá o planejamento das atividades e dos recursos que serão utilizados. Há a
necessidade da descrição das ações, dos participantes, do responsável técnico, do período de
execução e dos recursos que serão necessários para sua realização e sua forma de captação. 
Para detectar essas necessidades, precisa-se de rotinas que colaborem para o controle e a
organização dos recursos. É recomendado fazer uso de planilhas e orçamentos que garantam
priorizar e de�nir os recursos de imprescindibilidade. O uso de um mapa de prioridades permitirá
a visualização dessas demandas e o estabelecimento de prazos. Veja o exemplo:
Mapa de Prioridades
Prazos Forma de captação Recursos materiais
2 meses Campanha Material de pintura
Prazos Forma de captação Recursos humanos
1 mês Contratação CLT Educador Social
Prazos Forma de captação Recursos �nanceiros
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SOCIAL
3 meses Doação de entidade Valor R$3.000,00
Um projeto social é um processo complexo, que exige esforço coletivo, planejamento e
organização para garantir que todas suas etapas sejam executadas com e�ciência e e�cácia.
Dessa forma, é possível identi�car que as fases do ciclo de vida do projeto englobam todas suas
etapas de execução.
Vamos Exercitar?
Para a elaboração de um projeto social, é necessário ter em vista que se trata de uma proposta
de mudança social. Um projeto social busca melhorias nas condições objetivas de vida de uma
comunidade, território ou indivíduo. Dessa forma, ele deve se atentar a uma leitura crítica da
realidade e se comprometer com a ampliação da cidadania e o acesso aos direitos sociais.
Com base nesses conceitos, o primeiro passo para a elaboração de um projeto é uma análise
situacional, ou seja, a identi�cação de um problema que atinja aquele território, que se apresente
como uma necessidade para os indivíduos que serão assistidos pelo projeto. A preocupação
com o engajamento da comunidade é essencial para garantir a adesão ao projeto.
Após a identi�cação do problema, é o momento de re�exão embasado nas perguntas
norteadoras: para quem, o quê, para quê e como. Essas questões são essenciais para a de�nição
dos objetivos das ações e auxiliam no processo de planejamento e execução das tarefas.
Ressalta-se que um projeto social apenas terá sentido se atender à demanda do território e
obtiver a participação da comunidade.
Um projeto não possui uma receita, não deve ser replicado, pois a intenção da sua elaboração é
atuar em uma atividade não realizada anteriormente e, principalmente, ser pensada para um
público e um objetivo especí�cos. No entanto, há uma estrutura que deve ser respeitada e
considerada para a formulação de um projeto social. Então, após a identi�cação do problema e a
delimitação dos objetivos, será o momento de decidir as atividades, assim como descrever a
forma que serão executadas. Nesta etapa do projeto, além do planejamento, faremos uso das
avaliações, da implementação e da metodologia para garantir atividades que correspondam aos
objetivos do projeto e sejam condizentes com a realidade da público-alvo.
Para garantir a execução das atividades, é preciso realizar o planejamento adequado do
orçamento. O orçamento deve contemplar os recursos materiais, �nanceiros e humanos. Com o
detalhamento das ações previstas, ele consegue deslumbrar quais serão as necessidades para
execução das tarefas e, dessa forma, programar os possíveis custos. Na elaboração do
orçamento, é importante a realização de pesquisas de valores e fornecedores. Destaca-se a
necessidade de notas e recibos.
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SOCIAL
O projeto está em fase de implantação, e as ações estão em execução. Esse é o momento de
monitoramento do projeto, o qual se bene�ciará da avaliação. A avaliação no processo de
monitoramento e acompanhamento das ações permite a identi�cação de desvios, detecta a
viabilidade e o alcance das atividades e mensura a reação do público-alvo.
A prestação de conta é uma etapa crucial, pois é neste momento que �delizamos os
�nanciadores e apresentamos a transparência das nossas ações e contas. Por isso, o controle
�nanceiro dos recursos disponibilizados deve ocorrer desde o início do projeto. Mantendo a
organização dos gastos, das notas �scais e dos extratos bancários, conseguimos realizar uma
prestação de contas e�ciente e precisa.
O processo de elaboração do projeto é complexo, exige disciplina, organização e parcerias.
Entender que um processo social necessita de planejamento é o primeiro passo para obter êxito
nisso. Identi�car as demandas e cumprir as exigências de cada etapa auxiliam na trajetória de
um projeto social que materialize o seu potencial de mudança.
Saiba mais
No livro Introdução à avaliação e ao monitoramento de projetos sociais, o autor apresenta os
processos de avaliação e monitoramento em projetos sociais, salientando a importância dessas
etapas na implementação dos projetos sociais, além de apresentar modelos de avaliação.
Disponível na Biblioteca Virtual.
GIANEZI, M. Introdução à avaliação e ao monitoramento de projetos sociais. Curitiba:
InterSaberes, 2017. 
No livro Captação de recursos para projetos sociais, os autores apresentam a temática do
processo de captação de recursos, ensinando desde o planejamento, a identi�cação de parceiros
e como o uso dos processos avaliativos contribuem para o estabelecimento de parcerias.
Disponível na Biblioteca Virtual.
RAMOS, I. A. C.; MOURA, P. Captação de recursos para projetos sociais. Curitiba: Intersaberes,
2012.
Referências
CARVALHO, M. M. de; RAECHINI, J. R. Fundamentos em gestão de projetos: construindo
competências ara gerenciar projetos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
CURY, T. C. H. Elaboração de projetos sociais. In: ÁVILA, C. M. (org.). Gestão de Projetos Sociais.
3. ed. São Paulo: Associação de Apoio ao Programa Capacitação Solidária, 2001. p. 37-57. 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/52532
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/3251
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ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
RAPOSO, R. Avaliação de ações sociais uma abordagem estratégica. In: ÁVILA, C. M. (org.).
Gestão de Projetos Sociais. 3. ed. São Paulo: Associação de Apoio ao Programa Capacitação
Solidária, 2001. p. 90-101.
Aula 4
Implementação de Projeto Social
Implementação de projeto social
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Olá, estudante!
Você sabe o que é a sistematização do projeto social, a aplicabilidade e a implementação? Esses
pontos são pouco explorados, mas fundamentais para a execução de um projeto e para que este
obtenha sucesso de fato.
Na sistematização, o projeto é redigido de forma o�cial em um documento que pode ser
apresentado aos colaboradores e aos parceiros �nanciadores, permitindo a compreensão do
sistema do projeto. Esse documento esclarece as atividades, os prazos, os valores e os locais.
Com a aplicabilidade, será possível detectar possíveis falhas e permitira correção antes da
implantação do projeto, reduzindo os impactos desses imprevistos. Já na implementação, que
não se trata da implantação, teremos o processo de comunicação e divulgação do projeto. 
Ficou curioso? Convidamos você a assistir a esta videoaula e aprofundar seus conhecimentos
sobre esses assuntos. 
Ponto de Partida
A execução de um projeto social exige a realização de diversas etapas e atividades. Durante todo
o processo, há a necessidade de acompanhamento e monitoração, para a garantia de um projeto
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SOCIAL
�nal o mais �dedigno possível ao escopo inicial.
Nesse contexto de formulação do projeto e controle das atividades, estudaremos sobre a
sistematização das ações do projeto social, sua aplicabilidade e sua implementação,
compreendendo seus conceitos e suas funcionalidades na elaboração de um projeto social. Com
domínio dessas informações, será possível a elaboração de um projeto social condizente com a
realidade do território, assim como propiciar o reconhecimento de fatores externos que também
in�uenciam na execução de um projeto, tais como momento político, verbas públicas e
�nanciadores.
Assim, estude este conteúdo e amplie suas aptidões para uma leitura crítica e analítica da
realidade que o projeto e a instituição estejam inseridos. 
Vamos Começar!
Um projeto social é uma atividade complexa, formada por diversas etapas. No início de um
projeto, há determinação do objeto de intervenção, do público-alvo, a delimitação dos objetivos,
do planejamento das ações e a elaboração do orçamento. Após essas etapas, é o momento de
sistematizar essas informações, ou seja, trata-se de documentar o�cialmente o planejamento
das ações e a metodologia.
Esse registro é materializado na escrita do projeto, um documento que sistematiza e esboça a
previsão de todas as ações envolvidas, permitindo racionalizar de forma sistêmica as tomadas
de decisões e o processo de evolução através do uso de técnicas direcionadas, e assim obter os
resultados estipulados. Nesse momento, haverá também a indicação dos recursos necessários
para a execução do projeto, como a indicação dos meios de captação, sejam eles �nanceiros,
recursos humanos ou materiais. 
A sistematização é um conceito que vem sendo cunhado para designar uma forma metodológica
de elaboração do conhecimento. Assim, a sistematização é mais do que organização de dados, é
um conjunto de práticas e conceitos que propiciam a re�exão e a reelaboração do pensamento, a
partir do conhecimento da realidade...”. (Ecos do Brasil, 2000, p. 8) 
Dessa forma, a sistematização busca tornar a elaboração dos projetos sociais uma ciência que
permita a construção do conhecimento da realidade social, sem criar roteiros rígidos e in�exíveis,
os quais não permitiriam reconhecer as potencialidades de um determinado território ou
comunidade.
Com a sistematização, é possível analisar a aplicabilidade dos processos, pois ela permite
visualizar os gargalos e impedimentos para a execução das ações, além da análise da relação de
causa e efeito. A aplicabilidade dos processos busca, através de técnicas de organização e
controle, tais como cronogramas e árvore do problema, identi�car os pontos críticos que
incidirão na �nalização do projeto, como os prazos de execução.
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SOCIAL
Após sistematizar o projeto e averiguar a aplicabilidade das ações, é o momento de
implementação do projeto. Ainda não se trata da implantação, pois são processos distintos,
como nos diz Baptista (2007, p. 103): 
Implementar signi�ca tomar providências concretas para a realização de algo planejado. A fase
de implementação pode ser considerada como a busca, formalização e incorporação de recursos
humanos, físicos, �nanceiros e institucionais que viabilizem o projeto, bem como a
instrumentalização jurídico-administrativa do planejamento. 
O processo de implementação não se trata do processo de implantação. Na implementação,
ocorre o preparo da instituição, da equipe, do público assistido para a fase de execução, quando
as atividades serão realizadas. Essa preparação se refere à busca do �nanciamento, ao preparo
do local de realização das atividades, à divulgação do projeto e à alocação de recursos humanos.
Dessa forma, prosseguimos para a etapa de implantação e execução, quando o projeto será
operacionalizado, colocando o planejamento em ação.
Siga em Frente...
O projeto social envolve muitos atores sociais, não se trata de uma atividade individual, de um
esforço único, mas, sim, da ação de um coletivo, da participação da comunidade e da equipe
técnica. Tendo em vista a quantidade de participantes envolvidos, todos os processos citados
anteriormente auxiliam no controle das ações, do tempo, do risco e das informações. Esse
controle permitirá uma execução mais aproximada do escopo inicial do projeto.
Com a sistematização do projeto, é possível visualizar as atividades propostas, de�nir prazos e
especi�car os recursos necessários, o que permite uma análise desde a intencionalidade das
ações, do tempo, do número de participantes e do técnico responsável. Esses itens garantirão a
aplicabilidade das ações, pois, ao analisar essas fases, será possível visualizar erros anteriores e
detectar problemas mal formulados, objetivos mal traçados e excesso de expectativas. A
formalização do projeto em um documento se torna indispensável, principalmente, no processo
de captação de recursos, uma vez que a apresentação dos dados é o primeiro contato com
possíveis �nanciadores ou até mesmo para a participação em editais.
Para a escrita do projeto, não há um modelo único, mas alguns dados são essenciais, tais quais:
Sumário: apresenta o resumo do projeto, que deve ser sucinto e se atentar aos pontos mais
importantes.
Apresentação: apresentar a instituição, os valores, a missão e a localização. Engajamento
com o projeto e seu histórico.
Descrição da situação-problema: contextualizar o problema identi�cado e dar indicação
dos bene�ciários.
Metas e objetivos: coerentes, precisos e com intencionalidade de mudança.
Metodologia: descrição das atividades e da forma de execução.
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Avaliação: método que será utilizado para mensurar os resultados obtidos, além das
avaliações processuais.
Orçamento: apresentação das necessidades �nanceiras, de recursos humanos e materiais,
assim como das formas de aquisição e indicação de valores.
O planejamento permeia todas as etapas do projeto e se apresenta como determinante do
sucesso ou fracasso das ações. Sem um bom planejamento, que possibilite a sistematização do
projeto e a aplicabilidade das atividades, fatalmente empecilhos seriam encontrados durante o
processo de implantação e execução. Assim, as etapas anteriores garantirão que o projeto
possua um planejamento adequado, para que a etapa seguinte seja executada, uma vez que o
�m de uma etapa provavelmente será o início da próxima, mesmo havendo sobreposição de
etapas. Durante a implementação do projeto, que antecede a implantação, ocorre a veri�cação
de aplicabilidade das ações, a captação dos recursos, a identi�cação dos possíveis doadores e
voluntários e reunião com a comunidade para divulgação do projeto e ações.
A implementação será também responsável pela análise do momento político, que pode interferir
na efetividade do projeto, uma vez que os projetos dependem da liberação de verbas públicas.
Essa etapa avalia a questão administrativa dos gestores, da equipe e de outros serviços que
possam contribuir na execução do projeto.
Assim como no processo de elaboração, todas as etapas corroboram para o mesmo objetivo:
ampliar a cidadania e garantir o acesso aos direitos à população. Com esse intuito, as etapas de
sistematização, de aplicabilidade e de implementação preparam o terreno para a execução do
projeto. No entanto, o uso de técnicas de controle não garante que o objetivo traçado seja
alcançando, pois a relação entre esses processos é de incertezaas ações e decisões dos
gestores, proporcionando maior e�ciência, competitividade e alcance de resultados. Ao alinhar
teoria e prática, é possível obter uma visão mais abrangente e aplicável desses conceitos,
contribuindo para a excelência na gestão organizacional.
Ainda, esses exemplos destacam uma relação intrínseca entre administração e planejamento no
contexto pro�ssional do assistente social, demonstrando como a administração fornece a
estrutura, a coordenação e a supervisão necessárias para uma implementação e�caz dos planos
elaborados no âmbito do planejamento.
É na combinação desses dois elementos e na apropriação desse processo em seu cotidiano que
você poderá tomar decisões assertivas (da perspectiva da informação), poderá gerir de modo
mais e�ciente os recursos disponíveis (sejam estes humanos e/ou materiais) e, ainda, alcançar
os objetivos técnicos e organizacionais de forma estratégica.
É a vinculação da teoria e da prática que possibilita ao pro�ssional o uso dos conceitos e das
ferramentas da administração e do planejamento de maneira integrada, gerando resultados
signi�cativos da perspectiva técnica e da perspectiva institucional, e é neste sentido que você
precisa se apropriar desses conceitos. 
Saiba mais
Estudante, uma indicação de recurso que pode lhe auxiliar no aprofundamento do seu
aprendizado e ser útil no mercado de trabalho é a plataforma Trello. Ela é uma ferramenta de
gestão de projetos e organização pessoal que permite criar quadros, listas e cartões para
acompanhar tarefas, projetos e processos. Baseia-se no conceito de kanban, uma metodologia
visual que facilita a visualização do �uxo de trabalho.
O Trello é amplamente utilizado em ambientes corporativos e equipes de trabalho para organizar
projetos, atribuir tarefas, acompanhar o progresso e facilitar a comunicação. Os recursos visuais
e intuitivos dele permitem que os usuários tenham uma visão clara do status de cada tarefa e do
projeto como um todo.
Outra indicação que pode lhe auxiliar trata-se da monday.com, a qual transcende a tradicional
de�nição de uma plataforma de gestão de projetos, proporcionando muito mais do que apenas
https://trello.com/b/LdwhRbsg/bancos-de-imagens-refer%C3%AAncias
https://monday.com/lang/pt
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
organização e controle de tempo e tarefas. Ao adotar a monday.com, as equipes têm a vantagem
de manter todo o trabalho centralizado em um único lugar, o que potencializa a colaboração e a
responsabilidade. Essa ferramenta vai além ao impulsionar o engajamento dos funcionários,
motivando-os a trabalhar de forma mais produtiva e e�ciente. 
Referências
BARRETO, J. M. Introdução à Administração. Salvador: UFBA, 2017. 
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna
administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 
COTA, I. A. Elaboração de um plano estratégico para uma microempresa do ramo de instalação e
manutenção elétrica do interior de Minas Gerais. 2019. 55 f. Monogra�a (Graduação em
Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Ouro Preto, João Monlevade, 2019. 
DAYCHOUM, M. 40+ 20 ferramentas e técnicas de gerenciamento. Rio de Janeiro: Brasport,
2018. 
SERTEK, P. Administração e planejamento estratégico. São Paulo: Ibpex, 2007. 
Aula 2
Contextualizações em Administração e Planejamento
Contextualizações em Administração e Planejamento
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Dica para você
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Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Olá, estudante!
Esta videoaula abordará a relação entre administração, economia e desenvolvimento estratégico.
Neste sentido, torna-se evidente a importância de compreender as etapas do processo
administrativo, como o planejamento, a organização, a direção e o controle. Cada etapa é
fundamentada em ferramentas, princípios e formulações especí�cas que orientam a tomada de
decisão e o alcance de metas.
A aplicação prática desses conceitos é fundamental para o sucesso das ações pro�ssionais,
bem como das instituições de um modo geral. Quando se pensa no âmbito das instituições e
organizações – locus de atuação pro�ssional do assistente social enquanto trabalhador inserido
na divisão sociotécnica do trabalho –, a de�nição de estratégias de expansão no universo dos
mercados ou até mesmo a gestão de equipes e a análise de desempenho colocam a
administração na posição do campo estratégico de desenvolvimento, capaz de impulsionar o
crescimento e a competitividade institucional e pro�ssional.
Neste contexto, esta videoaula oferecerá a você um panorama geral dos principais conceitos
relacionados à administração, à economia e ao desenvolvimento estratégico, destacando
exemplos práticos e situações do cotidiano pro�ssional que ilustram a aplicabilidade deles. O
explorar da interseção teoria e prática servirá a você como um armazenamento de saberes cujos
“insights” valiosos no futuro permitirão o sucesso organizacional de seu trabalho.
Convidamos você a trilhar essa trajetória de saber!
Ponto de Partida
A administração desempenha um papel fundamental na interseção entre economia e
desenvolvimento estratégico de uma organização. Nesse contexto, a habilidade de tomar
decisões estratégicas informadas e e�cazes é essencial para o sucesso das ações pro�ssionais
em qualquer âmbito. Esta aula explorará a temática da administração, da economia e do
desenvolvimento estratégico, destacando a importância dessa integração para impulsionar o
crescimento, a competitividade e a sustentabilidade das instituições e, claro, dos pro�ssionais na
atuação cotidiana.
Em resumo, a administração, a economia e o desenvolvimento estratégico estão intrinsecamente
ligados e desempenham um papel crucial para o sucesso e a sobrevivência das organizações e
instituições em um mundo cada vez mais competitivo, assim, compreender e aplicar os
princípios da administração, considerando os aspectos econômicos, é essencial para a tomada
de decisões informadas e e�cazes.
É neste sentido que esta aula apela para a sua atenção, para obter um aprofundamento deste
aprendizado que lhe permitirá atingir o ponto médio desta disciplina! 
Vamos Começar!
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Administração e sua relação com a economia
Ao considerar a administração e sua relação com a economia, Chiavenato (2005) a�rma que a
administração e a economia estão intrinsecamente relacionadas, uma vez que a administração é
responsável por planejar, organizar, dirigir e controlar recursos dentro de uma organização,
visando alcançar objetivos especí�cos; a economia, por sua vez, estuda a produção, a
distribuição e o consumo de bens e serviços em uma sociedade.
A administração desempenha um papel fundamental na economia, pois in�uencia diretamente a
forma como as organizações utilizam seus recursos e como interagem com o mercado. Quando
o assunto são as organizações e instituições, as práticas de gestão e�cientes e a administração
buscam otimizar o uso dos recursos disponíveis, com o intuito de maximizar a produtividade e a
e�ciência, bem como garantir a sustentabilidade �nanceira delas.
Por outro lado, a economia também in�uencia a administração à medida que as condições
econômicas, como taxas de juros, in�ação, câmbio e crescimento do PIB, afetam diretamente as
decisões gerenciais. Um exemplo disso é que, em períodos de recessão econômica, as empresas
podem adotar estratégias de redução de custos, reavaliar investimentos e buscar maior
e�ciência operacional; já em momentos de crescimento econômico, as organizações podem
investir em expansão, contratação de novos funcionários e desenvolvimento de novos produtos.
No que diz respeito à interdependência da administraçãoe sofre in�uências políticas,
econômicas e sociais, mas contribui para que a execução do projeto seja direcionada e
comprometida com seus ideais.
Vamos Exercitar?
A escrita do projeto apresenta de forma sistematizada os motivos que instigaram uma
instituição a propor intervenção a uma determinada demanda e população, além de especi�car o
resultado esperado e a forma para alcançar essas metas, comprometendo-se com o
reconhecimento das lutas políticas pelo direito e defesa da cidadania como fator fundamental no
processo de elaboração de um projeto social, exigindo uma equipe técnica engajada com a
possibilidade de mudanças sociais. 
Com esses princípios, uma equipe que atua em uma determinada comunidade elaborará um
projeto, elencando a demanda, o público-alvo e os objetivos. Após a tomada de decisão, será o
momento de transcrever suas ações e atividades, ou seja, a sistematização do projeto. Essa fase
propicia a re�exão sobre os objetivos almejados e as motivações que elencaram aquela
necessidade, possibilitando uma discussão aprofundada sobre as demandas e suas causas. 
Também, possibilita estabelecer a relação do público-alvo com a instituição. Por exemplo: um
Disciplina
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SOCIAL
território apresenta uma população numerosa de idosos, que não dispõe de atividades de
convivência comunitária, sendo possível pensar em trabalhos envolvendo atividades físicas,
passeios culturais e uso do espaço público, garantindo a relação do indivíduo com o espaço
onde reside e sua comunidade.
A transcrição das atividades permite, através de uma escrita, transmitir a intencionalidade e a
potencialidade de mudança de um projeto social, buscando atender a realidade do território e de
seus sujeitos. Vale salientar que os objetivos são os norteadores do projeto, por isso a
importância da congruência entre atividades e objetivos. Durante a veri�cação de aplicabilidade
do projeto, essa congruência será analisada, assim como as organizações, os interesses e as
competências, para garantir que as atividades propostas produzam o resultado esperado.
No processo de elaboração do projeto, é possível encontrar ações que apresentem impacto, no
entanto não atingem os resultados esperados. Por isso, a aplicabilidade surge como um
processo antecessor à implementação ou à implantação do projeto, visando possíveis ajustes. 
Por exemplo: em um projeto com atuação com crianças, serão realizadas reuniões semanais
com os pais no horário diurno. No entanto, observam-se muitas ausências. Com uma análise
através da aplicabilidade, constata-se que o horário estipulado para o encontro coincide com o
trabalho e outras atividades dos responsáveis. Sem essa averiguação, o projeto poderia iniciar e
não progredir, somente por não considerar a questão do tempo da família.
Projeto escrito, con�rmação da possibilidade de execução das ações e momento da
implementação são ações essenciais para o sucesso do projeto. Para que um projeto seja
executado, algumas etapas precisam ser realizadas, e a implementação o colocará em
movimento, compartilhando as informações, buscando patrocinadores e preparando todos os
atores sociais envolvidos para a implantação e execução do projeto.
Para efetuar uma proposta de parceria, será necessária a apresentação do projeto, o que é
possível pelo processo de sistematização. Para os possíveis �nanciadores, além do documento
para análise do projeto, é necessário comprovar que ações descritas são passíveis de execução.
Por sua vez, a implementação permitirá o engajamento da comunidade, dos técnicos e da
organização, atuando para o amplo conhecimento do serviço que se deseja prestar. Os projetos
sociais se apresentam como um dos caminhos para superação das vulnerabilidades e acesso
aos direitos, por isso o empenho em sua formulação e execução é essencial para a atuação
pro�ssional do serviço social.
Saiba mais
Na obra Gestão de Projetos Sociais, a autora aborda a gestão de projetos de forma ampla,
abarcando todas as áreas de gestão, sistematização do projeto, operacionalização e
metodologia. Ela descreve todos os momentos do projeto até sua execução e captação de
recursos. Obra de grande valia para a temática de projetos sociais. Disponível na Biblioteca
Virtual.
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/185743
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
HACK, N. S. Gestão de projetos sociais. 1. ed. São Paulo: Contentus, 2020. E-book. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 27 ago. 2024. 
Na obra Gestão Pública de Serviços Sociais, a autora apresenta a gestão pública de serviços
sociais como forma de materialização dos direitos através da elaboração de projetos sociais.
Apresenta as discussões iniciais para a formulação do projeto, sua construção e os processos
para sua execução. De forma compacta, apresenta de forma prática as etapas dos projetos
sociais. Disponível na Biblioteca Virtual.
KAUCHAKJE, S. Gestão pública de serviços sociais. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2012. E-book.
Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 27 ago. 2024.
 
Referências
BAPTISTA, M. V. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação. São Paulo: Veras,
2007. 
CARVALHO, M. M. de: RAECHINI, J. R. Fundamentos em gestão de projetos: construindo
competências para gerenciar projetos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
RAPOSO, R. Avaliação de ações sociais uma abordagem estratégica. In: ÁVILA, C. M. (org.).
Gestão de Projetos Sociais. 3. ed. São Paulo: Associação de Apoio ao Programa Capacitação
Solidária, 2001. p. 90-101. 
SECCHI, L.; COELHO, F. S.; PIRES, V. Políticas públicas: conceitos, casos práticos, questões de
concurso. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2020.
Aula 5
Encerramento da Unidade
Formulação de planos, projetos e programas
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Você chegou ao �nal de mais uma unidade de ensino! Os projetos sociais se tornaram
possibilidades de efetivação de políticas públicas e sociais, mas isso somente é possível com a
elaboração crítica de projetos sociais, coerentes com a realidade em que está inserido e que
atenda de fato às necessidades do território.
Nesta videoaula, você retomará e consolidará os conhecimentos acerca das etapas de
elaboração de um projeto social e conhecerá os processos avaliativos e sua corroboração para a
efetividade das ações desenvolvidas e sua aplicação no cotidiano pro�ssional.
Este é o encerramento de mais uma etapa de conhecimento, então desfrute-o!
Ponto de Chegada
Olá, estudante!
O planejamento no Serviço Social é uma possibilidade de sistematização das ações do cotidiano
e, principalmente, uma grande oportunidade de atuação com projetos sociais. No contexto de
uma sociedade capitalista, em que a desigualdade se torna cada dia mais presente e acirrada, a
possibilidade em promover o acesso a direitos através de projetos sociais tem se tornado a
forma mais efetiva de atuação. Isso somente é possível porque os projetos são a parte
executável de um programa, o qual, por sua vez, está inserido em um plano.
Os projetos sociais surgem como uma forma de mitigar essas desigualdades, pois têm como
objetivo atuar em necessidades sociais de um determinado território, indivíduo ou comunidade.
Mas, essa ferramenta apenas exerce seu papel se formulada com comprometimento ético, com
leitura crítica da realidade e atendendo aos seus requisitos metodológicos. Assim, compreender
como pensar um projeto e entender sua elaboração e os processos até sua execução são
essenciais para um trabalho que seja e�ciente e que traga efetividade às suas ações.
Oprimeiro passo para a elaboração de um projeto é o diagnóstico social. É preciso identi�car um
problema que afete, de forma coletiva, aquele território e que permita uma intervenção. Após
esse levantamento, é preciso de�nir seus objetivos, que é o momento mais importante do
projeto, pois é o norteador de todas as ações. Os objetivos são divididos em geral e especí�cos.
Posteriormente, deve-se planejar as atividades que descrevam as ações, a metodologia, os
resultados e o tempo de duração do projeto.
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ADMINISTRAÇÃO E
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SOCIAL
A elaboração do projeto deve ser pautada nas perguntas norteadoras: para quem, o quê, para quê
e como. Elas direcionarão o seu projeto para atender às demandas daquele território, uma vez
que elas instigam a participação do público-alvo, o qual, na verdade, é o destinatário dos
serviços.
Outra etapa importante do projeto é a avaliação, que não deve ocorrer apenas no encerramento,
mas durante todo o processo elaboração, planejamento, acompanhamento e monitoramento.
Através da avaliação, será possível compreender a viabilidade �nanceira, política e social do
projeto, assim como corrigir possíveis distorções durante sua implementação. No entanto, essas
informações somente serão mensuradas se houver a coleta de dados e a análise através dos
indicadores, pois estes fornecerão parâmetros da situação anterior e posterior do território para a
execução do projeto. É preciso se atentar a esse processo, pois os indicadores serão seus
aliados no momento de apresentação dos resultados.
No processo de elaboração de um projeto social, suas etapas são importantes para o
cumprimento das metas. Além do foco no objetivo traçado e da adesão do público-alvo, outro
fator para viabilizar o projeto é a captação de recursos (humanos, materiais ou �nanceiros).
Necessidades identi�cadas no processo de sistematização do projeto, quando as atividades são
descritas. Dessa forma, a formalização do projeto, além de possibilitar a identi�cação das
necessidades e potencialidades, permite a apresentação da proposta a possíveis �nanciadores e
parceiros.
Durante essa unidade, você observou que um projeto social é uma ação complexa e composta de
diversas etapas, sem hierarquização, pois todas são importantes, se completam e contribuem
para a execução de projeto com embasamento teórico e social. O projeto social deve, portanto,
atender à real necessidade do território, visando ao acesso aos direitos e à ampliação da
cidadania. 
É Hora de Praticar!
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Nesta unidade, você foi apresentado às etapas de elaboração de um projeto, e �cou clara a
importância de uma leitura crítica da realidade em que se atua, para identi�car as necessidades e
desenhar as propostas.
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SOCIAL
Viu-se também que, para um projeto atender às reais necessidades de um território, é preciso
atentar-se às suas demandas, reconhecer suas potencialidades e di�culdades e, em conjunto,
propor melhorias que estejam relacionadas às suas necessidades. Vale ressaltar que o projeto é
uma construção coletiva, pois somente um técnico não seria capaz de realizar todas as ações e
atividades necessárias para o desenvolvimento dele. Além disso, um projeto social é a parte
executável de um programa, ou seja, este trabalho necessita de embasamento teórico e estará
respaldado por políticas públicas e sociais.
Para contextualizar seu aprendizado, imagine que você foi contratado por uma instituição que
atua com adolescentes em um determinado território. Nela, você atuará com adolescentes na
faixa etária de 12 a 16 anos. Em sua maioria, são adolescentes cujas famílias encontram-se em
situação de vulnerabilidade social e foram encaminhados para acompanhamento na instituição
devido à necessidade de reforço escolar. Durante sua atuação, você identi�cou que esses jovens
não dispunham de atividades no território (trabalho, cultura, lazer) e que a maioria permanecia
nas ruas, exposta a riscos sociais. Eles relatam o desejo de possuírem uma renda e de terem
uma pro�ssão.
Considerando a sistematização de nossas ações, a luta pela ampliação da cidadania e o acesso
aos direitos e contextualizando com os estudos dessa unidade, você consegue identi�car
alguma possibilidade de intervenção? Caso identi�que a necessidade de um projeto, quais
seriam as etapas para a formulação dessa proposta?
Você deve estar ciente de que, para a execução de uma intervenção, faz-se necessário o
conhecimento da comunidade. Deverá considerar suas possibilidades, reconhecendo potenciais
parceiros, bem como empenhar-se no estabelecimento de vínculos entre a instituição e seu
público-alvo, uma vez que, antes de realização de qualquer intervenção, é preciso garantir que o
público se sinta acolhido em suas demandas e, principalmente, provocar sua participação
durante o processo de decisão.
Agora, considere os seguintes questionamentos como forma de re�exão à prática pro�ssional:
Considere a realidade do território em que você reside e, a partir da leitura desta realidade,
estabeleça os parâmetros de elaboração para um projeto social.
Considere as perguntas norteadoras para estabelecer os parâmetros e as diretrizes de área
de enfrentamento a que estará destinado seu projeto, bem como público-alvo e
atividades/ações.
Neste ponto, você já sabe que há mais de uma forma de resolver este e qualquer outro desa�o
proposto. Na prática pro�ssional, você deve contar, inclusive, com colegas de pro�ssão ou de
outras categorias pro�ssionais para pensar em soluções.
Retomadas essas considerações, veja um dos direcionamentos possíveis.
O primeiro passo para a elaboração de um projeto é a identi�cação do problema, ou o
diagnóstico da situação. Essa fase antecede a elaboração do projeto, pois, em muitos casos, é
essa situação que despertou o interesse/a necessidade de se apresentar propostas para aquele
problema. No nosso estudo de caso, falamos de adolescentes com idade de 12 a 16 anos, e
precisamos considerar as ações pautadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Possibilidade: identi�car na comunidade atividades realizadas no contraturno escolar.
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SOCIAL
Considerando o relato desses adolescentes, é possível identi�car a necessidade de quali�cação
pro�ssional. Ressalta-se o artigo 60 do Estatuto da Criança e Adolescente: “Art. 60. É proibido
qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz” (Brasil,
1990, [s. p.]).
Aqui, é possível identi�car as demandas, por isso a importância da participação da população
nos processos de decisão. A primeira demanda pode ser apresentada por um pro�ssional que
entenda que o mais importante é retirar esses adolescentes das ruas, afastando-os das
situações de risco. Quanto ao desejo dos jovens de trabalhar, se nos atentarmos ao fato de eles
serem menores de 14 anos, não haverá essa possibilidade.
Tendo em vista que os projetos precisam ter sentido para seus bene�ciários, seria mais
interessante buscar parceiros para a elaboração de um projeto que direcione/prepare esse jovem
para o mercado de trabalho. Salienta-se que apenas uma instituição não consegue suprir todas
as demandas apresentadas, havendo a necessidade de construção e fortalecimento da rede
entre os serviços. Ao mesmo tempo, a equipe engajada no projeto deve pensar em outras
intervenções para os adolescentes que não estejam aptos, ou que não possuam a idade
adequada para o mercado de trabalho.
Mesmo com a apresentação da demanda dos jovens, o olhar técnico sobre a urgência em retirá-
los da situação de risco é muito pertinente e necessária, uma vez que se trata de uma
intervenção de proteção. Dessa forma, o projeto deve ocorrer de forma simultânea em busca de
alternativas para minimizar o período ocioso dos adolescentes,propondo atividades
pro�ssionalizantes para aqueles que as desejam.
Após identi�car o problema que exige intervenção, é chegado o momento de compreender os
objetivos dessas ações e os resultados esperados com essa mobilização.
Este estudo demonstra como a atuação com projetos é ampla e possui diversas variáveis.
Mesmo atuando com a mesma temática para essa população, é possível a elaboração de
inúmeros projetos. Com isso, �ca evidente como a delimitação do problema e do resultado
esperado norteia a elaboração e a execução do projeto. Sem isso, a possibilidade de dispersão
se torna iminente, comprometendo a implantação e, portanto, o sucesso da conclusão do
projeto.
Os projetos são processos de trabalho com objetivo especí�co e com prazo delimitado, ou seja,
possuem início e �m bem de�nidos. No entanto, seus desdobramentos serão percebidos a longo
prazo, previamente estipulados e, se possível, de forma efetiva.
Assim, o processo de elaboração de projeto exige que suas ações sejam repletas de
intencionalidade, que os objetivos sejam evidentes e que o comprometimento pro�ssional esteja
deveras associado à garantia e à ampliação do acesso à cidadania.  
A sistematização do projeto, além de possibilitar a re�exão sobre cada etapa, permite um
planejamento condizente com a realidade na qual a instituição está inserida. O
comprometimento com ações que apresentem signi�cativas mudanças é um sinal de que
pro�ssionalmente você está implicado com o público assistido e com o projeto ético-político de
defesa da cidadania e democracia.
 
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
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SOCIAL
Figura 1 | Perguntas norteadoras
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, [2024]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 17 ago. 2024. 
CURY, T. C. H. Elaboração de projetos sociais. In: ÁVILA, C. M. (org.). Gestão de Projetos Sociais.
3. ed. São Paulo: Associação de Apoio ao Programa Capacitação Solidária, 2001. p. 37-57. 
SERRANO, G. P. Elaboração de projetos sociais: caso práticos. Porto: Porto Editora, 2015.
,
Unidade 4
Gestão de Administração e Planejamento em Serviço Social
Aula 1
Fase: Monitoramento
Fase: monitoramento
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
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Olá, estudante!
Você está prestes a assistir à videoaula sobre monitoramento em serviço social. Neste conteúdo,
você entenderá o conceito de monitoramento na prática pro�ssional e explorará cada etapa
desse processo, que é um poderoso ferramental para nossa prática pro�ssional. Entendendo e
aplicando as ferramentas usadas na pro�ssão, você se tornará um ótimo pro�ssional.
Esta videoaula foi pensada para você, então aproveite!
Ponto de Partida
Olá, estudante!
O tema desta videoaula é o monitoramento como instrumental do serviço social e sua
importância na prática pro�ssional. 
Como prática essencial que busca avaliar e acompanhar as intervenções realizadas, o
monitoramento bem aplicado, com a de�nição de indicadores qualitativos e quantitativos,
garante a efetividade e a qualidade das intervenções realizadas.
Durante a aula, você terá a chance de discutir esses conceitos essenciais, aprender sobre as
diferentes etapas do monitoramento e compreender como aplicá-lo de forma efetiva na prática
do pro�ssional de serviço social.
Prepare-se para uma aula que certamente contribuirá para o desenvolvimento de seus
conhecimentos e de suas habilidades no serviço social.
Avante!
Vamos Começar!
Disciplina
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
O conceito da palavra monitoramento em si é o processo de observar, avaliar e acompanhar de
forma sistemática e contínua determinados eventos, fenômenos, atividades ou sistemas. Ele
envolve a coleta de dados, a análise das informações coletadas e a utilização dos resultados
para tomar decisões e realizar ajustes necessários. É uma ferramenta que permite acompanhar a
evolução de um determinado processo, projeto, programa, sistema ou qualquer outra área de
interesse.
O monitoramento como prática do pro�ssional de serviço social é uma ferramenta essencial que
busca avaliar e acompanhar de forma sistemática as intervenções realizadas pelos pro�ssionais
nessa área. Trata-se de um processo complexo que envolve várias etapas, a �m de mensurar o
impacto das ações e identi�car possíveis ajustes e melhorias. Ele não se restringe apenas à
avaliação dos resultados mas também envolve a re�exão crítica sobre os processos de trabalho
e se relaciona dialeticamente com o próprio pro�ssional que o monitora (Tavares, 2009).
Para trabalhar o monitoramento como prática do serviço social, é necessário trabalhar com suas
ferramentas, que são instrumentos e técnicas utilizados para coletar, analisar e interpretar dados
relevantes sobre as intervenções e os resultados alcançados. Essas ferramentas são utilizadas
para acompanhar e avaliar o progresso das ações sociais, identi�car desa�os, tomar decisões
informadas e promover o aprimoramento das práticas.
Como ferramental de grande importância, o monitoramento no serviço social tem como objetivo
principal promover a efetividade das intervenções; é uma das maneiras de garantir que os
recursos sejam utilizados de maneira adequada e medir que os resultados esperados sejam
alcançados.
Nesse contexto, ele busca avaliar e acompanhar o impacto das intervenções realizadas, a �m de
garantir a efetividade dos serviços prestados. Isso signi�ca veri�car se as ações estão
alcançando os resultados esperados, se as necessidades dos usuários estão sendo atendidas e
se os objetivos traçados estão sendo cumpridos.
O monitoramento no serviço social está voltado para a avaliação do trabalho desenvolvido pela
equipe pro�ssional, bem como para a identi�cação de possíveis ajustes e melhorias nos
processos, nas intervenções diretas com os usuários, ou nas abordagens adotadas dos
programas, projetos ou políticas públicas. É uma oportunidade de re�exão e aprendizado
contínuo, com o objetivo de promover a excelência na prestação de qualquer serviço, a �m de
otimizar os recursos disponíveis.
É importante esclarecer que não se trata de uma prática de �scalização do usuário. Ao contrário,
o monitoramento é uma ferramenta que visa acompanhar e avaliar o desenvolvimento das ações
e intervenções realizadas em benefício dele. Não é uma prática intrusiva ou invasiva que visa
controlar ou �scalizar o usuário. Pelo contrário, busca-se construir uma relação de con�ança e
parceria, baseada no respeito mútuo e na valorização da autonomia dele. É uma oportunidade de
diálogo, escuta ativa e participação do usuário no processo de avaliação e aprimoramento dos
serviços prestados.
Disciplina
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Em suma, o monitoramento como prática pro�ssional é complexa e abrangente, que busca
avaliar e acompanhar as intervenções realizadas nesse campo. Por meio da coleta, análise e
interpretação de dados, é possível mensurar o impacto das ações, identi�car desa�os e
promover a qualidade e efetividade do trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais. Trata-se
de um processo contínuo e participativo, que requer o engajamento de todos os atores
envolvidos, visando à construção de uma sociedade mais justa e emancipação dos usuários.
Siga em Frente...
O monitoramento desempenha diversas funções no campo do serviço social, contribuindo para a
efetividade das intervenções e o aprimoramento dos serviços prestados. A seguir, algumas delas:
Avaliação de impacto
O monitoramento permite avaliar o impacto das intervenções desenvolvidasna área. Isso envolve
veri�car se essas ações estão alcançando os resultados desejados e promovendo mudanças
positivas na vida dos usuários.
Acompanhamento do processo
O monitoramento acompanha e avalia o desenvolvimento das ações ao longo do tempo,
veri�cando se as etapas previstas estão sendo cumpridas e se os prazos estão sendo
respeitados.
Identi�cação de desa�os
O monitoramento ajuda a identi�car desa�os, problemas e obstáculos que possam surgir durante
a implementação das intervenções. Ele permite uma análise mais aprofundada das di�culdades
enfrentadas, possibilitando a busca por soluções adequadas e a tomada de medidas para
superar esses desa�os.
Gestão de recursos
O monitoramento auxilia na gestão dos recursos disponíveis na determinada intervenção. Ele
permite veri�car se estão sendo utilizados de forma e�ciente e transparente, evitando
desperdícios e direcionando os recursos para as áreas prioritárias.
Aprimoramento das práticas
O monitoramento proporciona uma oportunidade de aprendizado e aprimoramento contínuo das
práticas de serviço social. Ele permite a identi�cação de boas práticas, troca de experiências e
compartilhamento de conhecimentos entre os pro�ssionais. Com base nos resultados do
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ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
monitoramento, podem ser implementadas melhorias nas abordagens, metodologias e
estratégias de intervenção.
Orientação para a tomada de decisões
O monitoramento fornece informações e dados relevantes que embasam a tomada de decisões
no serviço social. Permite uma análise fundamentada e baseada em evidências, facilitando a
escolha de estratégias e direcionamento de recursos de acordo com as necessidades
identi�cadas.
A operacionalização do monitoramento pode ser destacada pelas ferramentas de monitoramento
que variam de acordo com o contexto e os objetivos que serão trabalhados.
As principais ferramentas utilizadas incluem:
Indicadores: são medidas quantitativas ou qualitativas que re�etem o desempenho, o
impacto ou a efetividade das intervenções. Os indicadores permitem mensurar e monitorar
o progresso, fornecendo dados concretos e mensuráveis sobre o alcance dos objetivos.
Questionários e entrevistas: são instrumentos utilizados para coletar dados por meio de
perguntas estruturadas ou entrevistas diretas com os usuários, pro�ssionais e outros
envolvidos. Essas ferramentas permitem obter informações sobre as percepções,
experiências e necessidades dos usuários, bem como avaliar a qualidade dos serviços
prestados.
Observação direta: é uma ferramenta que permite aos pro�ssionais monitorar e registrar o
comportamento, as interações e os resultados das intervenções em tempo real. Por meio
dessa ferramenta, é possível identi�car possíveis lacunas, desa�os ou oportunidades de
melhoria.
Registros e documentos: o monitoramento em serviço social também envolve a análise de
registros e documentos relevantes, como relatórios de atendimento, prontuários dos
usuários e relatórios de atividades. Esses registros fornecem informações detalhadas
sobre o desenvolvimento das intervenções, o progresso dos usuários e os resultados
alcançados.
Avaliação participativa: é uma ferramenta que envolve a participação ativa dos usuários e
demais atores envolvidos no monitoramento. Essa abordagem busca promover o diálogo, a
escuta ativa e a colaboração, permitindo que as perspectivas e experiências dos usuários
sejam consideradas no processo de monitoramento.
Essas são algumas das principais funções e ferramentas do monitoramento em serviço social.
Elas desempenham um papel fundamental na avaliação, no acompanhamento e no
aprimoramento das intervenções, contribuindo para a qualidade e efetividade dos serviços
prestados e o alcance dos objetivos de promoção do bem-estar social.
Vamos Exercitar?
Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Pensando a prática, re�ita sobre as etapas do monitoramento. Para sua concretude, o
monitoramento precisa ser realizado por meio de uma série de etapas e atividades que envolvem
a coleta, a análise e a interpretação de dados. Algumas das principais etapas de realizar o
monitoramento em serviço social são: a de�nição de indicadores, a coleta de dados, a análise
dos dados, a interpretação dos resultados e a tomada de decisões. Veja, na imagem a seguir,
para melhor memorizá-la.
Figura 1 | Etapas de monitoramento em Serviço Social
De�nição de indicadores
Inicialmente, é necessário estabelecer indicadores especí�cos que permitam medir e avaliar os
resultados das ações e intervenções, ou seja, nessa etapa é necessário ter em mente o que será
medido e/ou o que precisa ser monitorado dos aspectos especí�cos do trabalho realizado pelo
pro�ssional. Esses indicadores podem ser: quantidades de atendimentos realizados, taxa de
sucesso nos encaminhamentos, satisfação dos usuários, programas e projetos desenvolvidos,
políticas públicas e�cazes, entre outros aspectos relevantes para o trabalho do pro�ssional de
serviço social.
Coleta de dados
Os dados podem ser coletados por meio de diferentes métodos, como entrevistas com usuários,
observação direta das práticas de trabalho, documentações, questionários, durante a intervenção
social, entre outros. É importante ter em mente sempre os objetivos dessa ação e fazer o devido
planejamento da coleta desses dados, garantindo a privacidade e a con�dencialidade deles,
seguindo os princípios éticos de sigilo do serviço social.
Análise dos dados
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ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Após a coleta de dados, o monitoramento também requer a análise cuidadosa das informações
obtidas. Os dados são analisados para identi�car padrões, tendências e informações relevantes
no contexto dos indicadores. Nesse sentido, é necessário utilizar métodos e técnicas de
pesquisa adequadas, como a tabulação de dados e a construção de grá�cos.
Interpretação dos resultados
Com base na análise dos dados, os resultados são interpretados e avaliados em relação aos
objetivos e às metas estabelecidos. Isso inclui a re�exão sobre o impacto das intervenções, a
identi�cação de pontos fortes e desa�os e possíveis ajustes necessários para aprimorar o
trabalho social.
Tomada de decisões
Os resultados e as conclusões do monitoramento são compartilhados com a equipe de serviço
social, a equipe multidisciplinar, os gestores, os parceiros e outros agentes envolvidos. Isso
permite a discussão, o diálogo e a tomada de decisões analisadas, visando a melhorias e ajustes
nas práticas e intervenções, podendo impactar diretamente os usuários até ser usada como base
na elaboração de políticas públicas.
Contudo, é possível de�nir que o monitoramento como ferramenta da prática do pro�ssional de
serviço social é uma questão complexa e abrangente, que busca avaliar e acompanhar as
intervenções realizadas nesse campo. Além disso, é um processo contínuo e participativo, que
envolve a re�exão crítica, a colaboração entre os pro�ssionais de diversas áreas e a valorização
das perspectivas e experiências dos usuários, possibilitando mensurar o impacto das ações,
identi�car desa�os e promover a qualidade e efetividade do trabalho desenvolvido pelos
assistentes sociais, contribuindo para completude dos direitos sociais do indivíduo. 
Saiba mais
Uma sugestão de aprofundamento da temática estudada é o livro Avaliação e Monitoramento de
Projetos Sociais, de Rosana Tavares, que aborda de forma abrangente os processos de avaliação
e monitoramento aplicados a projetos sociais. A autora explora os fundamentos teóricos e
práticos dessas práticas, com ênfase na avaliação e no monitoramento. A obra apresenta
técnicas, ferramentas e estratégias para o acompanhamento sistemático e contínuo dos projetos
sociais, visando avaliar seu progresso, identi�car desa�os, ajustar estratégias e garantir a
e�cácia das intervenções. Além disso, destaca a importância do monitoramento participativo,
envolvendo os atores-chave do projeto, e a utilização dos resultados obtidos para aprimorar as
ações e alcançar os objetivospropostos. É uma obra que oferece subsídios valiosos para
pro�ssionais que desejam implementar práticas efetivas de monitoramento em projetos sociais. 
Outra sugestão é acessar o livro da nossa biblioteca virtual, Administração e Planejamento do
Serviço Social, de Lucélia da Silva Ferreira, que aborda de forma detalhada todo o contexto do
https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/administracaoe-planejamento-do-servico-social-1673279355745.pdf
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
planejamento em serviço social. Destacamos a leitura a partir da Unidade 4 (página 161), que
trata de forma aprofundada a temática do monitoramento em serviço social com exemplos que
podem ser colocados em sua prática de atuação como pro�ssional da área de serviço social.
Referências
BAPTISTA, M. V. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação. São Paulo: Veras,
2007. 
BEZERRA, M. S.; GARDIANO, F. C. Formação e trabalho pro�ssional: a pesquisa em serviço social
como ferramenta cotidiana no enfrentamento das expressões da questão social. Anais do XVI
Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social, v. 1, n. 1, 2018. 
FERREIRA, L. da S. Administração e planejamento do serviço social. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A., 2017. 
OAKLEY, P.; CLAYTON, A. Monitoramento e avaliação do empoderamento. São Paulo: Instituto
Pólis, 2003. 
OLIVEIRA, M.; BERGUE, S. T. (orgs.). Políticas Públicas: de�nições, interlocuções e experiências.
Caxias do Sul: EDUCS, 2012. 
TAVARES, R. de F. B. E. et al. Avaliação e monitoramento de projetos sociais. Curitiba: IESDE
Brasil S.A., 2009. 
VAITSMAN, J.; RODRIGUES, R. W. S.; PAES-SOUSA, R. O sistema de avaliação e monitoramento
das políticas e programas sociais: a experiência do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome do Brasil. Brasília: Unesco, 2006. Disponível em:
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000148514_por. Acesso em: 4 jun. 2023.
Aula 2
Fase: Avaliação
Fase: avaliação
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
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Dica para você
Aproveite o acesso para baixar os slides do vídeo, isso pode deixar sua
aprendizagem ainda mais completa.
Olá, estudante!
Neste conteúdo, será explorada a importância da avaliação no campo do serviço social, suas
principais funções e as diversas ferramentas utilizadas nesse processo.
No �nal desta videoaula, você terá uma visão abrangente e esclarecedora sobre a avaliação em
serviço social e como ela pode ser aplicada de forma estratégica para promover melhorias nas
práticas e garantir a qualidade dos serviços prestados.
Aproveite o vídeo e esteja preparado para uma experiência enriquecedora!
Ponto de Partida
Olá, estudante!
Você estudará a avaliação e o seu papel fundamental no campo do serviço social,
proporcionando uma base sólida para o planejamento, a implementação e o acompanhamento
de intervenções sociais. Com o objetivo de entender e melhorar a e�cácia dos programas e das
práticas sociais, a avaliação no serviço social permite uma análise crítica e sistemática das
ações desenvolvidas nesse campo.
Nesta aula, conceituaremos de forma aprofundada a avaliação no serviço social, suas funções e
as ferramentas para sua aplicabilidade pelo pro�ssional de serviço social.
Certamente, a aula te proporcionará um arcabouço enriquecedor de conhecimento para a
construção do seu alicerce enquanto pro�ssional.
Vamos lá?
Vamos Começar!
Apesar das diversas interpretações da palavra avaliar, o que mais se identi�ca com o objetivo
desta aula é “atribuir valor e mérito ao objeto em estudo”; assim, avaliar é atribuir juízo de valor
sobre uma ação ou uma matéria (Santos; Cardoso, 2021, p. 1).
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Desta forma, pode-se dizer que a avaliação é um processo sistemático e crítico de coleta, análise
e interpretação de informações para determinar o valor, a qualidade, a e�cácia, a efetividade e o
impacto de algo. Ela é utilizada em diversos campos e áreas de conhecimento, como educação,
saúde, economia, gestão, entre outros.
No serviço social, a avaliação é um processo complexo e multifacetado que desempenha um
papel essencial na compreensão e no aprimoramento das intervenções sociais. Como conceito,
a avaliação refere-se à análise sistemática e crítica das ações desenvolvidas, com o objetivo de
medir o impacto, a e�cácia e a efetividade das práticas, dos programas e das políticas sociais
voltadas para os usuários.
No campo de atuação, as ferramentas da avaliação podem ser de�nidas como um processo
sistemático de coleta e análise de dados, com o objetivo de fornecer informações embasadas e
contextualizadas para a tomada de decisões, o planejamento estratégico e a melhoria das ações
desenvolvidas.
Como função, visa analisar a efetividade, a e�cácia e o impacto das intervenções sociais, levando
em consideração os objetivos estabelecidos, as necessidades das populações atendidas e os
contextos em que ocorrem.
A avaliação no serviço social abrange uma ampla gama de atividades, programas e políticas,
desde iniciativas comunitárias locais até políticas sociais nacionais. Ela considera a participação
ativa dos indivíduos, das famílias e das comunidades envolvidas, reconhecendo sua expertise
como fonte legítima de conhecimento. Além disso, a avaliação no serviço social busca promover
uma análise crítica dos contextos sociais, econômicos e políticos em que as intervenções
ocorrem, visando à promoção da justiça social e à redução das desigualdades.
É importante diferenciar a avaliação do monitoramento no serviço social, embora ambos sejam
processos complementares e interligados. O monitoramento refere-se ao acompanhamento
contínuo e sistemático das atividades, dos programas ou das políticas sociais em tempo real,
com o propósito de veri�car se as metas e as atividades planejadas estão sendo implementadas
conforme o planejado. Ele se concentra na coleta regular de dados e informações que permitem
o acompanhamento do progresso, a identi�cação de desvios e a correção de rumos durante a
implementação das intervenções.
Por outro lado, a avaliação vai além do monitoramento, incorporando uma análise mais
aprofundada e crítica dos resultados alcançados e dos processos envolvidos. Ela busca
compreender não apenas se as atividades estão sendo realizadas mas também os efeitos e
impactos dessas ações sobre os indivíduos, as famílias e as comunidades atendidas.
Para Tavares (2009, p. 24), a diferença entre monitoramento e avaliação “são atividades
complementares, que estão profundamente relacionadas. Essa divisão é somente analítica”.
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ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
A avaliação de serviço social é uma prática essencial para veri�car a efetividade das
intervenções e garantir a qualidade dos serviços prestados. Ela envolve a análise sistemática e
crítica das ações sociais, buscando compreender seu impacto, sua e�cácia e sua relevância para
as pessoas atendidas.
Como função, a avaliação depende do contexto e de seus objetivos. As mais aplicadas são:
identi�car desa�os e oportunidades de melhoria, avaliar o impacto e a efetividade das
intervenções, garantir a qualidade dos serviços prestados, promover a participação dos usuários
no processo de avaliação e fornecer evidências para embasar decisões estratégicas e políticas.
Siga em Frente...
As etapas podem variar dependendo do contexto e dos objetivos especí�cos, mas geralmente
incluem:
Planejamento da avaliação: são de�nidos os objetivos da avaliação, os critérios de
avaliação, os indicadores de desempenho e os métodos a serem utilizados. É importante
estabelecerum plano de avaliação claro e estruturado, considerando a participação dos
diversos atores envolvidos.
Coleta de dados: são utilizadas diversas ferramentas e técnicas para coletar informações
relevantes sobre as intervenções e seu impacto. Isso pode incluir questionários, entrevistas,
observação direta, revisão de documentos, entre outros.
Análise dos dados: após a coleta de dados, é realizada a análise dos resultados obtidos.
Isso envolve a organização, a tabulação e a interpretação dos dados coletados, utilizando
métodos estatísticos e técnicas de análise qualitativa.
Interpretação dos resultados: busca compreender o signi�cado dos resultados, re�etir
sobre suas implicações e identi�car recomendações para aprimorar as práticas. A
interpretação dos resultados também envolve considerar as perspectivas dos usuários e
dos demais envolvidos no processo.
Utilização dos resultados: a última etapa da avaliação é a utilização dos resultados para
promover melhorias nas intervenções. Os resultados da avaliação são compartilhados com
os responsáveis pela tomada de decisões, gestores, pro�ssionais e usuários.
Para o processo de avaliação, existem várias ferramentas, incluindo:
Questionários e entrevistas estruturadas: permitem coletar informações de forma
padronizada e quantitativa sobre as percepções e experiências dos usuários, pro�ssionais
e outros envolvidos.
Observação direta: permite monitorar o comportamento e as interações durante as
intervenções, fornecendo informações qualitativas sobre a implementação e o impacto.
Revisão de documentos: envolve a análise de registros e documentos relevantes, como
relatórios de atendimento, prontuários dos usuários e relatórios de atividades, para obter
informações detalhadas sobre o desenvolvimento das intervenções.
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Grupos focais: permitem obter percepções e opiniões mais aprofundadas por meio de
discussões em grupo com usuários e pro�ssionais.
Indicadores de desempenho: são medidas quantitativas que re�etem o progresso e o
impacto das intervenções, permitindo uma avaliação objetiva.
Como você pôde perceber, as etapas e as ferramentas de monitoramento e avaliação são
bastante parecidas, no entanto, enquanto o monitoramento é focado no acompanhamento e nos
ajustes durante a implementação, a avaliação é voltada para a análise retrospectiva do impacto e
da efetividade das intervenções. As ferramentas de monitoramento são aplicadas para coletar
informações em tempo real, identi�car desvios e promover ajustes imediatos, enquanto as
ferramentas de avaliação são usadas para coletar informações mais aprofundadas e fornecer
uma visão global das intervenções.
A avaliação no serviço social é um processo sistemático e crítico que envolve várias etapas,
desde o planejamento até a utilização dos resultados. Ela tem uma função e utiliza uma
variedade de ferramentas e técnicas para coletar e analisar dados relevantes, visando
compreender o impacto e a efetividade das intervenções, promovendo melhorias na prática
pro�ssional.
Em resumo, a avaliação no serviço social é um processo complexo e abrangente que busca
compreender, mensurar e aprimorar as intervenções sociais. Ela se diferencia do monitoramento,
pois vai além do acompanhamento em tempo real, incorporando uma análise crítica e
aprofundada dos resultados e processos, com o objetivo de fornecer informações embasadas e
contextuais para a tomada de decisões e para a melhoria contínua das práticas, programas e
políticas sociais implementadas.
Vamos Exercitar?
A avaliação desempenha um papel crucial no campo do serviço social, sendo aplicada em
diversas áreas e contribuindo para o aprimoramento das práticas, dos programas e das políticas
sociais. As funções da avaliação ajudam a entender a aplicabilidade da avaliação através das
ferramentas utilizadas que fornecem informações relevantes para a tomada de decisões
embasadas na promoção da equidade e no fortalecimento das intervenções sociais.
É nas funções da avaliação no serviço social, por exemplo, que nos é permitido mensurar o
impacto e a e�cácia das intervenções, e utilizando as ferramentas, como a coleta e análise de
dados, é permitido veri�car se os objetivos estabelecidos estão sendo alcançados, identi�car os
resultados obtidos e avaliar a efetividade das práticas implementadas.
Considere um exemplo prático de aplicação das ferramentas de avaliação no serviço social em
um programa de inserção socioeconômica voltado para jovens em situação de vulnerabilidade. O
objetivo do programa é capacitar e oferecer oportunidades de emprego para que esses jovens
possam melhorar suas condições de vida.
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Para esse caso, pode ser criado um questionário para traçar um per�l desse jovem, como faixa
etária, local que reside, nível educacional e áreas de interesse. Outra ferramenta que pode ser
utilizada é a entrevista, perguntando ao jovem sobre suas experiências de vida e os obstáculos
de não conseguir uma colocação no mercado de trabalho. Também, pode-se utilizar a
observação, pois, observando o jovem em outras atividades, pode-se identi�car suas di�culdades
e as potencialidades que �cam ocultas em outras ferramentas de avaliação. O pro�ssional
também pode se utilizar da análise documental, a qual pode ser o prontuário do usuário, os
relatórios, ou os registros de participação que evidenciarão informações que complementarão
outras formas das ferramentas de análise. O assistente social também pode proporcionar os
grupos focais, os quais proporcionam um ambiente de discussão e troca de experiências entre
os participantes, permitindo que expressem suas opiniões e sugiram melhorias para o programa.
Um ponto que deve ser destacado é a diferença do monitoramento e da avaliação no que tange à
sua aplicabilidade. Ele pode ser ilustrado no seguinte exemplo: imagine um programa de
intervenção em uma comunidade, o qual visa à redução da violência doméstica. O
monitoramento desse programa envolve o acompanhamento constante das atividades,
veri�cando se as metas estão sendo cumpridas, se os recursos estão sendo utilizados
adequadamente e se o cronograma está sendo seguido. São coletados dados sobre o número de
sessões de conscientização realizadas, a quantidade de pessoas alcançadas e as respostas
iniciais dos participantes.
Já a avaliação, nesse caso vai além do monitoramento. Ela busca analisar a efetividade do
programa em reduzir a violência doméstica. São coletados dados adicionais, como as mudanças
na percepção das pessoas sobre a violência, o número de denúncias feitas, a qualidade dos
serviços de apoio oferecidos, entre outros aspectos. A avaliação fornece uma análise mais
aprofundada sobre os resultados alcançados, os fatores que in�uenciam tais resultados e as
lições aprendidas ao longo do processo.
A avaliação no serviço social é um processo complexo e dinâmico que desempenha um papel
central na promoção do bem-estar das pessoas e das comunidades. Ao promover uma
abordagem ética, sensível às diversidades e comprometida com a equidade, a avaliação no
serviço social contribui para a transformação social, a promoção da justiça e a melhoria das
práticas pro�ssionais e, consequentemente, da qualidade de vida das pessoas.
Saiba mais
Uma sugestão de complementação de estudo é um livro da nossa biblioteca virtual chamado
Administração e Planejamento do Serviço Social, de Lucélia da Silva Ferreira, que aborda de
forma detalhada todo o contexto do planejamento em serviço social. Destacamos a leitura a
partir da Unidade 4 (a partir da página 175), que trata de forma aprofundada sobre a avaliação no
serviço social desde o seu contexto histórico até a sua aplicabilidade, com diversos exemplos
que ajudarão na sua construção de conhecimento como pro�ssional de serviço social.
https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/administracaoe-planejamento-do-servico-social-1673279355745.pdf
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇOSOCIAL
Outra sugestão de aprofundamento dos seus estudos é o artigo Avaliação de Programas e
Serviços Sociais no Brasil: uma análise das práticas no contexto atual (páginas 122 a 141), que
trata da avaliação no serviço social em programas e em serviços sociais; além disso, mostra
uma abordagem que supera o tecnicismo e o funcionalismo da prática pro�ssional. 
Referências
BROUSSELLE, A. et al. (orgs.). Avaliação: conceitos e métodos. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2011. 
FERREIRA, L. da S. Administração e planejamento do serviço social. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A., 2017. 
GASPARINI, M. F. V.; FURTADO, J. P. Avaliação de Programas e Serviços Sociais no Brasil: uma
análise das práticas no contexto atual. Serviço Social & Sociedade, p. 122-141, 2014. 
LIMA, T. A. dos S. de. Avaliação em serviço social nos processos de trabalho no CREAS. Revista
Serviço Social em Perspectiva, v. 6, n. Especial, p. 46-60, 2022. 
SANTOS, L. C. dos; CARDOSO, P. H. G. Concepções de professores sobre a avaliação. In:
CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 7., 2021. Anais [...]. [S. l.]: CONEDU, 2021. Disponível em:
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_MD1_SA2_ID1505_
24052020164559.pdf. Acesso em: 13 jul. 2023. 
TAVARES, R. de F. B. E. et al. Avaliação e monitoramento de projetos sociais. Curitiba: IESDE
Brasil S.A., 2009.
Aula 3
Gestão de Políticas Públicas
Gestão de Políticas Públicas
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SOCIAL
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Olá, estudante!
Nesta videoaula, desvendaremos como ocorre o processo de acompanhamento das políticas
públicas, suas funções e sua importância para toda a sociedade. Também, abordaremos, de
forma conceitual, os princípios e as aplicações sobre o controle das políticas públicas e a
participação do cidadão como sujeito partícipe. Você terá uma visão resumida sobre a gestão de
políticas públicas e como ela pode ser aplicada de forma estratégica.
Aproveite a videoaula e se prepare para uma experiência enriquecedora! Vamos lá?!
Ponto de Partida
Nesta aula, você estudará como se dá a gestão de políticas públicas no serviço social,
explorando a sua relevância e o seu impacto signi�cativo no âmbito do serviço social.
Compreenderá como as políticas públicas moldam o cenário social, econômico e político em que
vivemos, e como o assistente social desempenha um papel fundamental na sua implementação,
monitoramento e avaliação.
Você terá a oportunidade de explorar os fundamentos teóricos e conceituais da formulação e
implementação de políticas, bem como as estratégias práticas para atuar em diversos setores,
tais como saúde, educação, assistência social, habitação, entre outros.
Venha trilhar esse caminho e explorar as possibilidades de ação no campo das políticas sociais!
Vamos Começar!
As políticas públicas são ações, programas e diretrizes adotadas por governos e instituições
públicas para enfrentar problemas e desa�os sociais, econômicos, ambientais, de saúde,
educação, entre outros. Elas podem abranger uma ampla gama de áreas e setores da sociedade.
O objetivo delas é promover o bem-estar da população, buscando soluções para as necessidades
e demandas da sociedade como um todo. “Elas foram criadas como resposta do Estado às
demandas que emergem da sociedade e do seu próprio interior, sendo expressão do
compromisso público de atuação numa determinada área a longo prazo” (Carvalho, 2002, p.
12).   
Neste contexto, a gestão de políticas públicas refere-se ao conjunto de processos, estratégias e
ações utilizados para formular, implementar, monitorar e avaliar as ações adotadas por governos
e instituições públicas que são voltadas para atender às necessidades e demandas da sociedade
em diferentes áreas, como saúde, educação, assistência social, meio ambiente, segurança, entre
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SOCIAL
outras. Nesse sentindo, a gestão de políticas públicas envolve um planejamento estratégico e a
alocação de recursos para alcançar os objetivos traçados e promover o bem-estar social de
forma sustentável.
No contexto do serviço social, a gestão de políticas públicas tem um papel de destaque, visto
que é uma das pro�ssões que materializa e viabiliza as políticas públicas para a população, pois
está inserida na linha de frente da esfera social, analisando, formulando e implementando essas
políticas, buscando assegurar a justiça social, a equidade e a proteção dos direitos individuais e
coletivos.
Dessa forma, os pro�ssionais da área têm a responsabilidade de atuar como mediadores entre
as demandas da sociedade e a estrutura governamental, buscando a articulação entre diferentes
atores e a efetivação das políticas para a população mais vulnerável. Eles devem analisar
criticamente as políticas existentes, identi�car lacunas e propor melhorias, considerando as
necessidades especí�cas dos usuários dos serviços prestados.
Para isso, os pro�ssionais de serviço social se utilizam de diversas ferramentas, como a
pesquisa, o levantamento de dados e a análise das políticas em vigor, a �m de embasar suas
intervenções e contribuir para a construção de políticas mais inclusivas e e�cazes.
Nesse contexto da gestão de políticas públicas, podemos dizer que o controle social também é
uma ferramenta fundamental, pois exerce um papel importante, já que sua função é o
acompanhamento e a �scalização da execução das políticas sociais e dos serviços prestados,
com o objetivo de garantir que sejam oferecidos com qualidade, e�ciência, equidade e respeito
aos direitos dos usuários. O controle é uma dimensão importante da prática do assistente social,
uma vez que ele deve zelar pela correta aplicação das políticas públicas e dos recursos
destinados ao atendimento das demandas sociais.
Siga em Frente...
As políticas públicas desempenham um papel primordial na vida das pessoas, e o seu controle
fortalece o manejo das políticas públicas. Como mediador, o assistente social pode ser um
facilitador, exercendo um papel ativo na governança, contribuindo para a melhoria contínua das
políticas e alcançando melhores resultados em benefício de toda a população.
As políticas públicas desempenham uma função essencial na sociedade moderna, sendo um
instrumento fundamental para o Estado promover o bem-estar social, a igualdade de
oportunidades e o desenvolvimento sustentável. A função das políticas públicas é abordar
problemas e necessidades coletivas, buscando soluções para questões que afetam a população
como um todo.
Uma das principais funções das políticas públicas é atender às demandas e necessidades da
sociedade. Elas têm o propósito de identi�car problemas e desa�os enfrentados pelos cidadãos
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PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
e implementar ações concretas para resolvê-los. Isso pode envolver a oferta de serviços
públicos, como saúde, educação, segurança, moradia, transporte e assistência social, visando
melhorar a qualidade de vida e garantir o acesso a direitos básicos.
No Brasil, podemos destacar quatro tipos de políticas públicas. São elas: as políticas públicas
distributivas, as quais têm como objetivo reduzir desigualdades e promover a equidade social,
garantindo que determinados grupos ou regiões que historicamente foram menos favorecidos
tenham acesso a recursos e oportunidades. Exemplo: política de cotas e projeto de infraestrutura
em casode enchente. As políticas públicas redistributivas visam transferir recursos de grupos
mais privilegiados para grupos menos favorecidos, buscando promover a equidade e a justiça
social. Exemplo: Bolsa Família e �nanciamento estudantil. As políticas públicas constitutivas são
um tipo de política que busca moldar ou criar estruturas e instituições que in�uenciem a
formação e a transformação da sociedade. Elas têm como objetivo estabelecer novas bases
institucionais, normativas e culturais para promover mudanças sociais mais profundas. Exemplo:
política de inclusão social e política de educação e cultura. As políticas públicas regulatórias têm
como objetivo estabelecer normas, regras e regulamentos para guiar a atuação de agentes
públicos e privados em determinado setor da sociedade. Essas políticas têm como foco a
regulação de atividades, serviços ou comportamentos, buscando garantir o cumprimento de
padrões, proteger direitos, promover a segurança e assegurar o funcionamento adequado e
equilibrado de determinados setores. Exemplo: regulação ambiental, regulação de produtos e
regulação da saúde.
No entanto, a implementação das políticas públicas pode enfrentar desa�os, como a alocação
inadequada de recursos, a burocracia, a falta de coordenação entre os órgãos governamentais e
a ausência de mecanismos de prestação de contas. É aí que entra o controle das políticas
públicas.
Por meio do controle, é possível veri�car se os recursos estão sendo utilizados de forma
adequada, se as ações estão sendo realizadas de acordo com as normas e se os resultados
estão sendo alcançados. Ele também permite identi�car eventuais problemas e desa�os na
implementação das políticas, possibilitando a adoção de medidas corretivas e o aprimoramento
das ações governamentais.
Além disso, o controle contribui para a transparência na gestão pública, permitindo que a
população tenha acesso a informações sobre as políticas implementadas e seus resultados. Isso
fortalece a participação cidadã, a prestação de contas dos gestores e a con�ança na
democracia.
Em resumo, a função das políticas públicas e o seu controle são complementares e
interdependentes. Enquanto as políticas públicas buscam atender às necessidades e aos
desa�os da sociedade, o controle assegura que essas políticas sejam executadas de forma
e�caz, transparente e em benefício da população. Ambos são fundamentais para o bom
funcionamento do Estado, a promoção do bem-estar social e o fortalecimento da democracia.
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SOCIAL
Vamos Exercitar?
As políticas públicas no Brasil são instrumentos de intervenção do Estado que têm como objetivo
atender às necessidades e demandas da sociedade em diversas áreas, como saúde, educação,
assistência social, habitação, segurança, entre outras. No entanto, a prática das políticas
públicas no país é permeada por desa�os e complexidades que re�etem a diversidade e as
desigualdades presentes na sociedade brasileira.
Para suprimir esses desa�os, é necessário que se tenha uma participação ativa dos indivíduos
na tomada de decisões políticas e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Para
Benevides (2001), é necessária essa cidadania democrática para que se atinja a totalidade
desses direitos por meios das políticas públicas. Conforme o autor: 
A cidadania democrática pressupõe a igualdade diante da lei, a igualdade da participação política
e a igualdade de condições socioeconômicas básicas, para garantir a dignidade humana. Essa
terceira igualdade é crucial, pois exige uma meta a ser alcançada, não só por meios de leis, mas
pela correta implementação de políticas públicas. (Benevides, 2001, p. 4) 
Na prática, a formulação das políticas públicas é realizada por meio de um processo que envolve
diferentes etapas e que tem como foco a defesa da integralidade de toda uma sociedade.
Primeiramente, é feita a identi�cação dos problemas e das demandas sociais que necessitam de
intervenção governamental. Em seguida, ocorre a elaboração das políticas, considerando as
evidências técnicas, os recursos disponíveis e o contexto político e econômico.
Uma vez formuladas, as políticas públicas são implementadas através da execução de
programas, projetos e ações especí�cas. A implementação envolve a alocação de recursos, a
de�nição de responsabilidades entre os órgãos governamentais e a mobilização de diversos
atores sociais para a efetivação das ações.
O controle das políticas públicas é uma etapa fundamental para garantir sua efetividade,
e�ciência e transparência. No Brasil, o controle das políticas públicas pode ocorrer de diferentes
formas:
Controle interno: realizado pelos próprios órgãos e entidades públicas, através de
mecanismos de gestão e avaliação dos resultados das políticas implementadas.
Controle externo: exercido por órgãos de controle independentes, como o Tribunal de
Contas da União (TCU) e os Tribunais de Contas estaduais e municipais.
Controle social: é um mecanismo de participação direta da sociedade na avaliação e
�scalização das políticas públicas.
Auditorias: podem ser realizadas por órgãos de controle interno ou externo para veri�car a
aplicação dos recursos públicos e a efetividade das políticas.
Avaliações de impacto: são estudos realizados para mensurar os resultados e os efeitos
das políticas públicas na sociedade, avaliando se os objetivos propostos foram alcançados
e quais as mudanças promovidas.
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ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
É importante destacar que o controle das políticas públicas busca, principalmente, garantir a
transparência e a prestação de contas por parte dos gestores públicos, bem como promover a
participação ativa da sociedade no processo de tomada de decisões. Essa participação é
fundamental para que as políticas sejam mais democráticas, responsivas e alinhadas com as
reais necessidades da população, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa,
inclusiva e igualitária.
Saiba mais
Como sugestão de complementação de estudo, sugerimos a leitura de um livro da nossa
biblioteca virtual, chamado Administração e Planejamento do Serviço Social, de Lucélia da Silva
Ferreira, que aborda de forma abrangente as políticas públicas. Além de um pouco da história
das políticas públicas, a autora explora os diversos tipos de avaliação em políticas públicas e
como os pro�ssionais da área de serviço social podem trabalhar com essa temática.
Destacamos a leitura a partir da Unidade 4 (a partir da página 191). 
Outra sugestão de aprofundamento dos seus estudos é o livro Políticas Públicas no Brasil, que
trata da evolução das políticas públicas, do desenvolvimento e dos condicionantes institucionais
do desenho das políticas públicas em nosso território. Além disso, você verá como as políticas
públicas são implementadas e como são necessárias abordagens analíticas especí�cas.
Referências
BENEVIDES, M. V. A questão social no Brasil. Videtur, v. 3, p. 7-14, 2001. Disponível em:
http://dhnet.org.br/direitos/militantes/mariavictoria/benevides_questao_br_dhesc.pdf. Acesso
em: 27 jul. 2023. 
CARVALHO, A. M. (Ed.). Políticas públicas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. 
CNN BRASIL. Políticas Públicas: entenda o que são, para que servem e veja exemplos. CNN
Brasil, 2023. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/politicas-
publicas/#:~:text=As%20pol%C3%ADticas%20p%C3%BAblicas%20servem%20de,meio%20ambie
nte%20e%20servi%C3%A7os%20p%C3%BAblicos. Acesso em: 17 ago. 2024. 
FERREIRA, L. da S. Administração e planejamento do serviço social. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A., 2017. 
FREITAS, L. O. Políticas públicas, descentralização e participação popular. Revista Katálysis, v. 18,
p. 113-122, 2015. 
https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/administracaoe-planejamento-do-servico-social-1673279355745.pdf
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=iBP0AgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA9&dq=pol%C3%ADticas+p%C3%BAblicas&ots=aGfPcPGb-8&sig=gI5UQhsASqOljb6saLG25cKM3MU#v=onepage&q=pol%C3%ADticas%20p%C3%BAblicas&f=falsehttp://dhnet.org.br/direitos/militantes/mariavictoria/benevides_questao_br_dhesc.pdf
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/politicas-publicas/#:~:text=As%20pol%C3%ADticas%20p%C3%BAblicas%20servem%20de,meio%20ambiente%20e%20servi%C3%A7os%20p%C3%BAblicos
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/politicas-publicas/#:~:text=As%20pol%C3%ADticas%20p%C3%BAblicas%20servem%20de,meio%20ambiente%20e%20servi%C3%A7os%20p%C3%BAblicos
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SOCIAL
HOCHMAN, G.; ARRETCHE, M.; MARQUES, E. Políticas públicas no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz,
2007. 
MACIEL, C. A. B. Políticas públicas e controle social: encontros e desencontros da experiência
brasileira. Revista Intercâmbio dos Congressos de Humanidades, Brasília, p. 1-18, 2007. 
OLIVEIRA, J. A. P. de. Desa�os do planejamento em políticas públicas: diferentes visões e
práticas. Revista de Administração Pública, v. 40, p. 273-287, 2006. 
RODRIGUES, C. M. Conceito de seletividade de políticas públicas e sua aplicação no contexto da
política de extensão rural no Brasil. Cadernos de Ciência & Tecnologia, v. 14, n. 1, p. 113-154,
1997. 
Aula 4
Serviço Social: relações de gestão de administração e planejamento
Serviço social: relações de gestão de administração e planejamento
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Olá, estudante!
Nesta videoaula, você explorará os aspectos fundamentais da atuação do assistente social e sua
relação com os processos de gestão, administração e planejamento no campo do serviço social.
Além disso, verá qual é a colaboração do pro�ssional de serviço social nas políticas públicas,
suas formas de avaliação e monitoramento e as potencialidades e contradições que a atuação
do assistente social se defronta.
Contudo, você terá uma visão resumida sobre a gestão de políticas públicas e como ela pode ser
aplicada de forma estratégica.
Aproveite a videoaula e se prepare para uma experiência enriquecedora!
Disciplina
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SOCIAL
Ponto de Partida
Esta aula tem como propósito apresentar os princípios e conceitos que embasam as relações de
gestão, administração e planejamento dentro da prática pro�ssional, bem como os critérios e
parâmetros da avaliação e monitoramento em serviço social.
Ao longo deste curso, as múltiplas dimensões desses temas e sua intersecção com o trabalho
do assistente social têm sido exploradas, fornecendo uma compreensão abrangente das
ferramentas e estratégias.
Os critérios e parâmetros da avaliação e do monitoramento na área, as relações da dimensão
teórico-metodológica e técnico-operativa e os instrumentos de avaliação e monitoramento de
políticas públicas para o serviço social têm sido aprofundados.
Espera-se que, ao �nal deste curso, você esteja preparado para enfrentar os complexos cenários
sociais, aplicando o conhecimento adquirido de forma ética e crítica.
Vamos Começar!
A dimensão teórico-metodológica no serviço social refere-se à base conceitual que fundamenta
a pro�ssão. De acordo com Guerra (2000), ela é uma instrumentalidade no trabalho do assistente
social e tem uma característica histórico-social especí�ca, que se refere a uma capacidade
particular desenvolvida pela pro�ssão no contexto das relações sociais. Essa habilidade permite
que os pro�ssionais concretizem suas intenções através de respostas adequadas e e�cazes.
Através desse embasamento, o pro�ssional é capaz de interpretar e intervir nas diversas
demandas sociais, como as políticas públicas, subsidiando a sua atuação enquanto pro�ssional.
A perspectiva técnico-operativa diz respeito à aplicação prática do conhecimento teórico. Essa
dimensão envolve a utilização de diferentes metodologias de trabalho, técnicas de intervenção e
recursos disponíveis para a realização do acompanhamento, mediação e avaliação. Segundo
Garcez (2022, [s. p.]), “a dimensão técnico-operativa é a forma de aparecer da pro�ssão, pela qual
é conhecida e reconhecida. Dela emana a imagem social da pro�ssão e sua autoimagem", ou
seja, é como o pro�ssional de serviço social traduz os fundamentos conceituais em intervenções
e ações concretas. Essa dimensão envolve a utilização de diferentes metodologias de trabalho,
técnicas de intervenção e recursos disponíveis para a realização do acompanhamento, da
mediação e da avaliação das políticas públicas. É por meio da articulação entre teoria e prática,
conhecida também como práxis, que o pro�ssional consegue atender às especi�cidades das
demandas sociais e das políticas públicas, possibilitando o empoderamento e a inclusão dos
sujeitos e grupos sociais.
Como instrumental do serviço social, a dimensão teórico-metodológica e técnico-operativa é
essencial para o estabelecimento de critérios e parâmetros de avaliação e monitoramento. Esses
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critérios devem ser estabelecidos a partir de indicadores mensuráveis e objetivos que permitam
identi�car avanços e retrocessos, e a avaliação deve ser realizada de forma participativa,
incluindo os bene�ciários e a sociedade civil na análise dos resultados.
O monitoramento, por sua vez, deve ser realizado de forma contínua e sistemática, utilizando
instrumentos de acompanhamento e coleta de dados que permitam uma visão abrangente do
processo. Esse acompanhamento é essencial para identi�car possíveis desvios em relação aos
objetivos estabelecidos, possibilitando ações corretivas e ajustes necessários ao longo das
intervenções e/ou das políticas públicas.
Em síntese, a dimensão teórico-metodológica e técnico-operativa do Serviço Social é uma base
sólida para a atuação dos pro�ssionais na gestão e administração da prática pro�ssional. Ao
pontuar critérios e parâmetros de planejamento, avaliação e monitoramento, o serviço social
contribui para uma gestão mais e�ciente, transparente e comprometida com a garantia dos
direitos e a melhoria da qualidade de vida da população assistida. Essa abordagem teórica e
prática é um diferencial essencial para o fortalecimento e a construção contínua do saber
pro�ssional e para a formação de uma sociedade mais justa e inclusiva dentro do projeto ético-
político pro�ssional.
Siga em Frente...
Os critérios de avaliação e monitoramento no serviço social são fundamentais para garantir a
efetividade das intervenções e o alcance dos objetivos propostos em projetos, programas e
políticas sociais. Essa prática contínua de acompanhamento permite uma análise sistemática
das ações desenvolvidas, possibilitando ajustes e correções de rota quando necessário. Neste
contexto, abordaremos alguns dos principais critérios utilizados no serviço social para avaliação
e monitoramento das intervenções sociais e no tocante às políticas públicas.
Pertinência e relevância: o primeiro critério de avaliação diz respeito à pertinência e
relevância das ações em relação às demandas e necessidades sociais identi�cadas. É
essencial avaliar se as intervenções propostas são adequadas e alinhadas às realidades e
aos desa�os enfrentados pela população atendida.
Alcance e abrangência: o critério de alcance e abrangência analisa o número de pessoas ou
grupos bene�ciados pelas ações do serviço social. Veri�ca-se se as intervenções estão
atingindo o público-alvo esperado e se conseguem alcançar um impacto signi�cativo nas
vidas das pessoas atendidas.
Efetividade: a efetividade é um critério central na avaliação e no monitoramento. Refere-se à
capacidade das ações de produzir os resultados esperados, proporcionando melhorias
concretas na qualidade de vida, na promoção da justiça social e na garantiados direitos
dos indivíduos e das comunidades assistidas.
E�ciência: o critério de e�ciência avalia se as ações estão sendo desenvolvidas de forma
e�ciente em termos de recursos, tempo e esforços empregados. Veri�ca-se se o custo-
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benefício das intervenções é favorável e se os resultados estão sendo alcançados de
maneira otimizada.
Sustentabilidade: a avaliação da sustentabilidade é fundamental para garantir que as ações
do serviço social tenham impacto a longo prazo. Analisa-se se as intervenções são
sustentáveis do ponto de vista social, ambiental e �nanceiro, para assegurar que seus
efeitos perdurem após o término do projeto ou programa.
Participação e empoderamento: o critério de participação e empoderamento destaca a
importância da inclusão das pessoas atendidas no processo de avaliação e
monitoramento. A participação dos bene�ciários possibilita que eles sejam protagonistas
de suas próprias trajetórias de desenvolvimento e permite ajustar as intervenções de
acordo com suas necessidades e aspirações.
Qualidade e excelência: o critério de qualidade e excelência avalia a e�cácia das
metodologias e abordagens empregadas, a formação e competências dos pro�ssionais
envolvidos e a adequação dos recursos utilizados para alcançar os resultados desejados.
É importante destacar que os critérios de avaliação e monitoramento no serviço social devem ser
de�nidos de forma colaborativa, envolvendo todos os atores envolvidos das políticas públicas ou
os enredados das intervenções sociais.
A combinação desses critérios oferece uma visão abrangente e criteriosa das ações
desenvolvidas, contribuindo para o aprimoramento contínuo das intervenções sociais e para a
construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e igualitária. Além disso, Ferreira (2017)
acrescenta que o uso desses ferramentais são facilitadores da prática pro�ssional para garantir
o compromisso da qualidade dos serviços prestados descritos no código de ética da pro�ssão.  
[...] é importante salientar que a avaliação e monitoramento de projetos é um dever ético e que o
assistente social deve estar preparado para realizar um trabalho com transparência, sempre
lembrando que monitorar as ações planejadas é de fundamental importância no exercício da
prática pro�ssional. (Ferreira, 2017, p. 169)
Vamos Exercitar?
O trabalho do assistente social é intrinsecamente marcado por uma dicotomia complexa e
desa�adora, que o coloca em um cenário de constante con�ito entre atender aos interesses da
classe dominante e suprir as necessidades de sobrevivência da população mais vulnerável.
De um lado, o assistente social pode ser convocado a colaborar com a implementação de
políticas e ações que, em certos contextos, servem aos interesses da classe dominante,
reforçando estruturas de poder já estabelecidas. Essa realidade pode exigir do pro�ssional um
delicado equilíbrio entre seu compromisso ético com a justiça social e a necessidade de operar
dentro de um sistema muitas vezes desigual.
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SOCIAL
Por outro lado, a atuação do assistente social também se concentra na satisfação das
necessidades básicas e de sobrevivência da população em situação de vulnerabilidade. São
esses indivíduos e grupos que enfrentam desigualdades econômicas, sociais e políticas,
frequentemente precisando de intervenções que vão além das estruturas tradicionais.
Como menciona Iamamoto (1998, p. 27-28), 
[...] o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura [...] o
desenvolvimento nesta sociedade redunda uma enorme possibilidade de o homem ter acesso à
natureza, à cultura, à ciência, en�m, desenvolver as forças produtivas do trabalho social [...] na
sua contra-face, faz crescer a distância entre a concentração/acumulação de capital e a
produção crescente da miséria, da pauperização que atinge a maioria da população. 
Apesar dessa contradição, ao assistente social, no tocante das políticas públicas, �ca a
responsabilidade por executar a gestão, que envolve coordenar e realizar a inclusão dos usuários
nos programas, interpretar as diretrizes e instruções e reorganizar as atividades para garantir a
implementação e�caz das políticas. Além disso, ele acompanha o progresso e o envolvimento
dos usuários na proposta de trabalho estabelecida, avaliando o processo ao comparar os
objetivos de�nidos pelos gestores públicos com as metas alcançadas. Conforme menciona
Torres e Lanza (2013, p. 209), 
A execução da gestão cabe ao assistente social: organizar e realizar o processo de inclusão do
usuário, interpretar as exigências e determinações e rearranjar as atividades para proceder à
operacionalização dos programas, acompanhar o desenvolvimento do usuário e sua adesão à
proposta de trabalho estabelecida e avaliar o processo, comparando os objetivos previamente
estabelecidos pelos gestores públicos e as metas atingidas. 
Nesse contexto, o assistente social assume o papel de defensor dos direitos humanos, atuando
como uma voz para aqueles que frequentemente não têm a capacidade de se fazer ouvir. Ele
proporciona apoio, encaminhamentos, orientação prática e auxílio na navegação de sistemas
burocráticos complexos.
Contudo, o assistente social é desa�ado a buscar a transformação dos sistemas sociais
enquanto opera dentro deles. Ele é um agente de transformação capaz transformar as políticas
públicas e as práticas para garantir que as necessidades básicas de todos sejam atendidos, ao
mesmo tempo que contribui para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Saiba mais
No artigo Desa�os do Planejamento em Políticas Públicas: diferentes visões e práticas, Oliveira
nos propõe uma re�exão sobre as metodologias para o planejamento de políticas públicas e os
seus principais desa�os, como a burocracia, o tecnicismo e as previsões econômicas.       
https://www.scielo.br/j/rap/a/nJqFsXyTfDk8W8SVRRVFfgw/
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SOCIAL
Enquanto pro�ssional, é de crucial importância entender esses desa�os para uma boa prática
pro�ssional. Boa leitura! 
Outro artigo interessante para aprofundar seus conhecimentos da aula é o de Andrei Trevisan,
intitulado Avaliação de políticas públicas: uma revisão teórica de um campo em construção. Ele
faz um levantamento teórico da literatura sobre políticas públicas em geral e, mais
especi�camente, sobre a avaliação dessas políticas. Ele explora as origens e os conceitos das
políticas públicas, incluindo sua aplicação recente no contexto brasileiro. O texto analisa a
evolução da avaliação de políticas públicas ao longo das décadas. Boa leitura! 
Referências
BIN, D.; CASTOR, B. V. J. Racionalidade e política no processo decisório: estudo sobre orçamento
em uma organização estatal. Revista de Administração Contemporânea, v. 11, p. 35-56, 2007. 
PEREIRA, M. F. Planejamento estratégico. 2007. 
ROCHA, A. A. R. de M. O planejamento no cotidiano de uma instituição hipercomplexa: o caso da
SES-Sergipe. 2008. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Universidade Federal da Bahia,
Salvador, 2008. 
ROHDE, C. M. S. et al. Planejamento e os limites da racionalidade. 1996. 
SAMPAIO, C. A. C.; MANTOVANELI JR., O.; FERNANDES, V. Racionalidade de tomada de decisão
para o planejamento e a gestão territorial sustentável. Redes. Revista do Desenvolvimento
Regional, v. 16, n. 2, p. 131-155, 2011.  
Aula 5
Encerramento da Unidade
Gestão de administração e planejamento em serviço social
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Agora, veremos o vídeo de resumo da aula, no qual veri�caremose à economia, é importante a�rmar que
administração in�uencia a economia por meio de suas práticas de gestão e tomadas de
decisões estratégicas, enquanto a economia fornece o contexto e os indicadores que in�uenciam
as decisões da administração. Ambas as áreas são essenciais para o funcionamento das
organizações e o desenvolvimento econômico de uma sociedade (Chiavenato, 2005), e essa
percepção se faz necessária, uma vez que, no cotidiano pro�ssional, você, quando assistente
social, tendo seu cotidiano diretamente relacionado ao fato de ser uma pro�ssão inserida na
divisão sociotécnica do trabalho, será o pro�ssional que atuará diretamente com os processos
de gestão. 
Administração como campo estratégico de desenvolvimento ao
planejamento
A administração, segundo Rosa (2019), é um campo estratégico de desenvolvimento quando se
trata de planejamento, pois desempenha um papel crucial na de�nição de metas, alocação de
recursos e direcionamento das ações necessárias para alcançar os objetivos organizacionais.
O planejamento é uma função essencial da administração, pois permite que as organizações
identi�quem seus objetivos e determinem os melhores caminhos para alcançá-los. É através do
planejamento estratégico que as organizações de�nem sua visão de futuro, estabelecem metas
e desenvolvem planos de ação para atingir esses objetivos. O planejamento também envolve a
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SOCIAL
análise do ambiente externo e interno, identi�cando oportunidades e ameaças, bem como os
recursos e as capacidades necessários para enfrentá-las.
Ora, veja que a administração desempenha um papel estratégico no planejamento, pois é
responsável por reunir informações relevantes, analisar dados, identi�car tendências e tomar
decisões informadas. Os administradores utilizam ferramentas e técnicas de planejamento,
como análise SWOT, análise de mercado, projeções �nanceiras e análise de risco, para embasar
suas decisões e garantir que os planos sejam realistas e viáveis.
Além disso, a administração é responsável por coordenar e integrar os diversos departamentos e
áreas funcionais dentro de uma organização, garantindo que o planejamento seja implementado
de forma e�caz, considerando que os administradores atribuirão responsabilidades, de�nição de
prazos, monitoramento do progresso e ainda, se necessário, ajustes que garantam que o
planejamento seja executado com sucesso.
Finalmente, como campo estratégico de desenvolvimento no planejamento, a administração
envolverá a de�nição de metas, alocação de recursos, tomada de decisões informadas e
coordenação das atividades necessárias para alcançar os objetivos organizacionais, o que
também é determinante de objetivos pro�ssionais, pois é através do planejamento estratégico e
da implementação e�caz dos planos que a administração se consolidará como contributiva para
o crescimento, a sustentabilidade e o sucesso das organizações.
Siga em Frente...
Etapas administrativas segundo princípios na administração
Segundo Batista (2012), a administração é uma disciplina que desempenha um papel
fundamental na relação entre a economia e o desenvolvimento estratégico de uma organização.
Ela envolve a coordenação e o gerenciamento dos recursos disponíveis para alcançar os
objetivos estabelecidos. Nesse contexto, a administração utiliza uma série de etapas,
ferramentas, princípios e formulações para orientar o processo de planejamento e tomada de
decisão.
Etapa 1 – Planejamento: o planejamento é a primeira etapa do processo administrativo e
envolve a de�nição de metas e objetivos, a análise do ambiente externo e interno, a
identi�cação de recursos necessários e a formulação de estratégias para atingir os
objetivos estabelecidos. Nessa etapa, são utilizadas ferramentas, como análise SWOT
(Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), análise PESTEL (Político, Econômico,
Social, Tecnológico, Ambiental e Legal) e análise de mercado.
Etapa 2 – Organização: a organização é a etapa em que são de�nidas as estruturas
hierárquicas, as responsabilidades e as tarefas de cada membro da organização. É
importante estabelecer uma estrutura organizacional e�ciente que permita a coordenação
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SOCIAL
e a comunicação entre os diversos departamentos e indivíduos. Ferramentas, como
organogramas, manuais de procedimentos e de�nição de cargos e responsabilidades, são
comumente utilizadas nessa etapa.
Etapa 3 – Direção: a direção é a etapa em que os gestores in�uenciam e motivam os
membros da organização a trabalhar em prol dos objetivos estabelecidos. Ela envolve a
liderança, a comunicação efetiva, o estabelecimento de metas individuais e em grupo, a
delegação de autoridade e a resolução de con�itos. Princípios, como liderança situacional,
teorias motivacionais (como a de Maslow e a de Herzberg) e técnicas de comunicação são
aplicados nessa etapa.
Etapa 4 – Controle: o controle consiste na monitorização do desempenho da organização
em relação às metas e aos objetivos estabelecidos. Nessa etapa, são utilizadas
ferramentas como indicadores de desempenho, análise de desvios, relatórios �nanceiros,
pesquisas de satisfação do cliente e feedback dos colaboradores. O controle permite
identi�car problemas e oportunidades de melhoria, possibilitando ajustes necessários para
alcançar os resultados desejados.
Além das etapas do processo administrativo, existem princípios que norteiam a administração e
cujo reconhecimento permitirá a você complementar a compreensão das etapas do processo
administrativo, como:
Princípio da e�ciência: busca utilizar os recursos disponíveis da melhor maneira possível
para alcançar os objetivos.
Princípio da e�cácia: visa alcançar os objetivos estabelecidos de forma satisfatória.
Princípio da produtividade: busca maximizar a produção ou os resultados obtidos com os
recursos disponíveis.
Princípio da competitividade: incentiva a busca pela vantagem competitiva, destacando-se
no mercado.
Princípio da sustentabilidade: considera as questões ambientais e sociais no processo
decisório, buscando um desenvolvimento equilibrado e de longo prazo.
No que se refere à administração como campo estratégico de desenvolvimento ao planejamento,
é importante considerar a sua aplicação em diferentes áreas, como gestão de recursos humanos,
�nanças, marketing, operações e estratégia empresarial/organizacional. Cada uma dessas áreas
possui suas próprias ferramentas, princípios e formulações especí�cas, mas todas estão
interligadas e contribuem para o desenvolvimento estratégico da organização como um todo,
como nos mostram as leituras dos conteúdos de Fusco (2007).
Logo, a administração desempenha um papel crucial na relação entre a economia e o
desenvolvimento estratégico das organizações, uma vez que utiliza etapas, como planejamento,
organização, direção e controle, além de ferramentas, princípios e formulações especí�cas, para
orientar o processo de tomada de decisão e alcançar os objetivos estabelecidos.
Lembre-se: a administração também atua como campo estratégico de desenvolvimento ao
planejamento, proporcionando direcionamento e orientação para as diferentes áreas funcionais
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SOCIAL
de uma instituição e, portanto, sua atuação pro�ssional deve estar carregada das atribuições
afetas. 
Vamos Exercitar?
Este é o ponto, caro estudante, em que certamente você aguarda a oportunidade de aproximar a
teoria até aqui estudada com o cotidiano pro�ssional. Para ilustrar a relação entre a
administração, a economia e o desenvolvimento estratégico em situações da práxis, você pode
vistar os itens que seguem:
Planejamento estratégico: imagine uma empresa de tecnologia que deseja expandir seus
negócios internacionalmente. Nesse caso, o planejamento estratégico envolveria a análise
do ambiente externo, identi�cando oportunidades em mercados estrangeiros, e a análise
interna, avaliando recursos e competências essenciais para a expansão. Com base nessa
análise, a empresaos principais pontos
estudados. Abordaremos a importância do monitoramento e da avaliação no ciclo de políticas
públicas e como esses processos in�uenciam positivamente a sociedade, enquanto os
assistentes sociais desempenham um papel vital nesse contexto. Vamos lá?!
Ponto de Chegada
Olá, estudante!
O monitoramento e a avaliação são instrumentalidades do serviço social que podem ser usadas
em políticas públicas e que são elementos essenciais no ciclo de desenvolvimento e
implementação de programas governamentais. Esses processos garantem a e�cácia, a e�ciência
e o aprimoramento contínuo das ações planejadas, visando ao bem-estar da sociedade.
O monitoramento em si consiste na coleta sistemática de informações sobre o progresso e o
desempenho das políticas públicas em andamento. É um processo contínuo que envolve a
observação regular das atividades e dos resultados, permitindo correções e ajustes conforme
necessário. Suas funções incluem o acompanhamento do cumprimento de metas, a
identi�cação de desvios e a garantia de que as ações estejam alinhadas aos objetivos
estabelecidos. O monitoramento ocorre ao longo de todo o ciclo da política pública, desde o
planejamento até a implementação e avaliação.
As etapas do monitoramento envolvem a de�nição de indicadores mensuráveis, a coleta e
análise de dados, a interpretação dos resultados e a tomada de medidas para melhorar o
desempenho.
Outra instrumentalidade é a avaliação, que é uma análise sistemática e objetiva dos resultados,
dos impactos e da e�cácia das políticas públicas. Ela visa determinar se os objetivos foram
alcançados, identi�cando sucessos e desa�os. Suas funções abrangem a identi�cação de lições
aprendidas, a alocação e�ciente de recursos, a prestação de contas à sociedade e a melhoria das
futuras intervenções.
As etapas da avaliação incluem a de�nição de critérios de avaliação, a coleta de dados
relevantes, a análise dos resultados à luz dos objetivos estabelecidos e a elaboração de
relatórios conclusivos. Sua aplicabilidade contribui para a tomada de decisões informadas e o
redirecionamento de políticas ine�cazes.
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SOCIAL
No entanto, apesar de serem parecidos, há uma diferença crucial entre monitoramento e
avaliação, que reside em sua abrangência temporal e foco. O monitoramento é um processo
contínuo e de curto prazo, concentrando-se na observação regular das atividades em andamento
e na detecção precoce de problemas. A avaliação, por sua vez, é uma análise mais abrangente e
de médio a longo prazo, centrando-se nos resultados alcançados e nos impactos das ações
realizadas. 
Políticas públicas: tipos e aplicabilidade
As políticas públicas são instrumentos do Estado para atender às demandas e necessidades da
sociedade. Elas podem ser classi�cadas em políticas sociais, econômicas e ambientais, cada
uma voltada para áreas especí�cas. Políticas sociais visam melhorar o bem-estar dos cidadãos,
como saúde e educação. Políticas econômicas buscam estimular o crescimento e a estabilidade
econômica. Políticas ambientais têm como objetivo a proteção do meio ambiente e dos recursos
naturais. 
O assistente social na atuação de políticas públicas
Os assistentes sociais desempenham um papel fundamental na implementação e efetivação das
políticas públicas. Eles atuam como mediadores entre as políticas e a comunidade, identi�cando
as necessidades locais e garantindo que as ações governamentais sejam relevantes e
acessíveis. Além disso, esses pro�ssionais contribuem para a formulação de políticas inclusivas
e participativas, promovendo a justiça social e a equidade.
Em conclusão, o monitoramento e a avaliação de políticas públicas são processos interligados e
essenciais para garantir a e�cácia e o impacto positivo das ações governamentais. As políticas
públicas, por sua vez, desempenham um papel vital na promoção do bem-estar social dos
atendidos. Os assistentes sociais, como agentes de transformação, têm um papel crucial na
promoção e na implementação de políticas públicas que atendam às necessidades da sociedade
de forma justa e inclusiva.
É Hora de Praticar!
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Disciplina
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO DE SERVIÇO
SOCIAL
Para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você é assistente social de um Centro de
Referência da Assistência Social (CRAS) e lhe foi incumbida a avaliação e a e�cácia de um
programa de renda básica, no valor de meio salário, implantado no município da sua atuação
pro�ssional e que já tem duração de dois anos. O programa visa oferecer suporte �nanceiro
mensal para as famílias de baixa renda, a �m de reduzir a pobreza e promover a inclusão social.
Ele visa também a um complemento dos benefícios de transferência de renda federal das
famílias já bene�ciadas, como também para aquelas que, por muito pouco, não conseguiram se
encaixar em outros programas de transferência de renda.
A região enfrenta diversos desa�os socioeconômicos, não há indústrias e existem poucos
comércios, além de �car afastada de diversos centros. O acesso a bens básicos é bem restrito. A
população é composta, principalmente, por famílias de baixa renda que lutam para atender às
suas necessidades básicas, como alimentação, moradia, educação e saúde. Diante desse
cenário, a administração municipal, através da Secretaria de Assistência Social, decidiu
implementar o programa Renda Básica, com o objetivo de reduzir a pobreza e promover a
inclusão social.
Para metri�car o resultado, é necessário fazer um plano de avaliação claro e estruturado,
considerando a participação dos diversos atores envolvidos, como os pro�ssionais que atuam no
projeto e usuários.
Depois, será necessária a coleta de dados, que pode ser através de entrevistas questionários,
revisão de documentos, entre outros.
Após a coleta de dados e sua interpretação dos resultados, será realizada a análise dos
resultados obtidos. Isso envolve a organização, a tabulação e a interpretação dos dados
coletados, utilizando métodos estatísticos e técnicas de análise qualitativa.
Com base nessas análises abrangentes, você veri�cará a e�cácia do programa e proporá ajustes
para a sua continuidade. Os resultados obtidos por meio das diferentes perspectivas dos atores
envolvidos podem fornecer insights valiosos para otimizar a implementação, aprimorar os
resultados e garantir que o programa esteja alinhado com as necessidades da população
bene�ciada. As recomendações de ajustes podem variar desde modi�cações operacionais até
mudanças estratégicas mais amplas, visando à melhoria contínua do programa ao longo do
tempo.
Agora, considere os seguintes questionamentos como forma de re�exão à prática pro�ssional:
No cotidiano pro�ssional, sem o conhecimento teórico assimilado sobre monitoramento e
avaliação, certamente, equívocos nos processos de planejamento seriam eminentes. Você
consegue idealizar situações do cotidiano para aplicabilidade dos conceitos de
monitoramento?
E para os conceitos de avaliação?
Sendo capaz de realizar essa re�exão e associação com o cotidiano, você está apto à proposta
prática!
Para a resolução do estudo de caso proposto, será necessário veri�car a e�cácia de um
programa e propor ajustes para a sua continuidade, o que requer uma abordagem abrangente
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SOCIAL
que envolve a análise de todos os atores envolvidos. Aqui está como isso pode ser feito:
1. Análise dos bene�ciários:
Realizar entrevistas individuais ou grupos focais com os bene�ciários do programa para
entender como suas vidas foram afetadas positivamente ou negativamente.
Avaliar se os objetivos originais do programa estão sendo atingidos, como melhoria nas
condições de vida, acesso a serviços básicos e redução da pobreza.
Identi�car quaisquer desa�os enfrentados pelos bene�ciários
2. Análise daequipe envolvida
Entrevistar os responsáveis pela implementação do programa para entender os desa�os
operacionais enfrentados e como eles estão lidando com eles.
Avaliar se os procedimentos internos estão e�cientes e se há necessidade de otimização
ou ajustes.
3. Análise de dados e indicadores:
Coletar e analisar dados quantitativos sobre a evolução dos indicadores sociais, como taxa
de pobreza, acesso à educação, saúde e emprego.
Comparar os resultados com metas pré-estabelecidas para determinar o grau de alcance
dos objetivos.
4.    Avaliação �nanceira:
Realizar uma análise detalhada dos custos de implementação do programa em relação aos
benefícios proporcionados.
Avaliar se os recursos estão sendo alocados de maneira e�caz e e�ciente.
5. Comparação com boas práticas:
Pesquisar programas similares em outras localidades ou países e analisar suas
abordagens, resultados e lições aprendidas.
Ao concluir esse estudo de caso, como assistente social, você deve revisar os objetivos iniciais
do programa Renda Básica em questão. Isso serve como ponto de referência para avaliar se os
resultados alcançados estão alinhados com as metas estabelecidas. A coleta de dados é
fundamental nesse estágio, e o assistente social utiliza indicadores pré-de�nidos para medir o
progresso e a e�cácia das ações implementadas.
Por meio do monitoramento contínuo, o assistente social coleta informações detalhadas sobre a
implementação da política, analisando se as atividades planejadas estão sendo executadas
conforme o esperado. Ele observa qualquer desvio ou obstáculo, identi�cando possíveis
problemas que podem afetar os resultados pretendidos.
A avaliação, ferramenta importante para o pro�ssional, proporciona uma visão mais abrangente
dos impactos dessa política pública. O assistente social utiliza métodos de pesquisa para
analisar os dados coletados, avaliando como a política está afetando a vida das pessoas, a
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SOCIAL
comunidade e a sociedade em geral. Ele investiga se os resultados são positivos e sustentáveis,
além de identi�car áreas que requerem melhorias.
O assistente social também considera a perspectiva dos bene�ciários, coletando de suas
perspectivas e sobre suas experiências e percepções em relação ao programa. Isso enriquece a
avaliação, fornecendo informações valiosas sobre o impacto real da política em suas vidas e
revelando possíveis lacunas entre as intenções da política e sua implementação prática.
Pontua-se que é fundamental esse estudo de caso analisado pelo assistente social por meio do
monitoramento e da avaliação, sendo essas ferramentas essenciais para uma gestão e�caz das
políticas públicas. Esse processo permite a tomada de decisões informadas, garantindo a
transparência na administração dos recursos públicos, e reforça o compromisso com a justiça
social e a melhoria das condições de vida da comunidade.
Com base na análise abrangente das ferramentas utilizadas, o programa Renda Básica no
município em questão demonstrou ser uma abordagem e�caz para combater a pobreza e
promover a inclusão social. Através da combinação de dados quantitativos e qualitativos, foi
possível compreender os efeitos tangíveis nas vidas das famílias bene�ciadas. Através da
análise, foi possível comprovar a participação ativa da sociedade civil no processo de avaliação,
fortalecendo a transparência e a prestação de contas, contribuindo para a e�cácia global do
programa. Com essa renda, as famílias tiveram acesso a itens, como alimentos mais elaborados,
produtos de higiene pessoal e limpeza e itens escolares. Com base nesses resultados positivos,
o pro�ssional pode recomendar a continuidade e o aperfeiçoamento do programa Renda Básica
nesse município, visando aprimorar ainda mais o bem-estar das famílias em situação de
vulnerabilidade.
Veja os principais conceitos estudados nessa unidade:
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SOCIAL
Figura 1 | Abordagens de avaliação
 
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SOCIAL
BAPTISTA, M. V. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação. São Paulo: Veras,
2007. 
BEZERRA, M. S.; GARDIANO, F. C. Formação e trabalho pro�ssional: a pesquisa em serviço social
como ferramenta cotidiana no enfrentamento das expressões da questão social. Anais do XVI
Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social, v. 1, n. 1, 2018. 
BIN, D.; CASTOR, B. V. J. Racionalidade e política no processo decisório: estudo sobre orçamento
em uma organização estatal. Revista de Administração Contemporânea, v. 11, p. 35-56, 2007. 
BROUSSELLE, A. et al. (orgs.). Avaliação: conceitos e métodos. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2011. 
FERREIRA, L. da S. Administração e planejamento do serviço social. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A., 2017. 
GARCEZ, Thiago. As dimensões técnico-operativa, teórico-metodológica e ético-política do
Serviço Social. Portal do Serviço Social, 2022. Disponível em: https://portaldoss.com.br/as-
dimensoes-tecnico-operativa-teorico-metodologica-e-etico-politica-do-servico-
social/#:~:text=A%20dimens%C3%A3o%20t%C3%A9cnico%2Doperativa%20diz,elas%20se%20art
iculam%20entre%20si. Acesso em: 1º ago. 2023.
GASPARINI, M. F. V.; FURTADO, J. P. Avaliação de Programas e Serviços Sociais no Brasil: uma
análise das práticas no contexto atual. Serviço Social & Sociedade, p. 122-141, 2014. 
GUERRA, Y. A “virada” do Serviço Social. Revista Inscrita, Brasília, ano 8, n. 12, 2009. 
IAMAMOTO, M. V. A Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação pro�ssional. São
Paulo: Cortez, 1998. 
IAMAMOTO, M. V. Instrumentalidade do processo de trabalho e serviço social. Serviço Social &
Sociedade, São Paulo, n. 62, 2000. 
LIMA, T. A. dos S. de. Avaliação em serviço social nos processos de trabalho no CREAS. Revista
Serviço Social em Perspectiva, v. 6, n. Especial, p. 46-60, 2022. 
OAKLEY, P.; CLAYTON, A. Monitoramento e avaliação do empoderamento. São Paulo: Instituto
Pólis, 2003. 
OLIVEIRA, M.; BERGUE, S. T. (orgs.). Políticas Públicas: de�nições, interlocuções e experiências.
Caxias do Sul: EDUCS, 2012. 
PEREIRA, Maurício Fernandes. Planejamento estratégico. 2007. 
ROCHA, A. A. R. de M. O planejamento no cotidiano de uma instituição hipercomplexa: o caso da
SES-Sergipe. 2008. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Universidade Federal da Bahia,
Salvador, 2008. 
ROHDE, C. M. S. et al. Planejamento e os limites da racionalidade. 1996. 
SAMPAIO, C. A. C; MANTOVANELI JR., O.; FERNANDES, V. Racionalidade de tomada de decisão
para o planejamento e a gestão territorial sustentável.  Redes. Revista do Desenvolvimento
Regional, v. 16, n. 2, p. 131-155, 2011. 
SANTOS, L. C. dos; CARDOSO, P. H. G. Concepções de professores sobre a avaliação. In:
CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 7., 2021. Anais [...]. [S. l.]: CONEDU, 2021. Disponível em:
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_MD1_SA2_ID1505_
24052020164559.pdf. Acesso em: 13 jul. 2023. 
TAVARES, R. de F. B. E. et al. Avaliação e monitoramento de projetos sociais. Curitiba: IESDE
Brasil S.A., 2009.   
VAITSMAN, J.; RODRIGUES, R. W. S.; PAES-SOUSA, R. O sistema de avaliação e monitoramento
das políticas e programas sociais: a experiência do Ministério do Desenvolvimento Social e
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https://portaldoss.com.br/as-dimensoes-tecnico-operativa-teorico-metodologica-e-etico-politica-do-servico-social/#:~:text=A%20dimens%C3%A3o%20t%C3%A9cnico%2Doperativa%20diz,elas%20se%20articulam%20entre%20sihttps://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_MD1_SA2_ID1505_24052020164559.pdf
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_MD1_SA2_ID1505_24052020164559.pdf
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Combate à Fome do Brasil. Brasília: Unesco, 2006. Disponível em:
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000148514_por. Acesso em: 4 jun. 2023.poderia de�nir metas claras e estabelecer uma estratégia de entrada em
novos mercados, como por meio de parcerias locais ou abertura de �liais.
Organização e estruturação: em uma grande indústria de manufatura, a organização e a
estruturação são fundamentais para garantir a e�ciência e o bom funcionamento dos
processos produtivos. Através da criação de um organograma e da de�nição de cargos e
responsabilidades, a empresa pode estabelecer uma hierarquia adequada, determinar as
linhas de comunicação e estabelecer a coordenação entre os diversos departamentos,
como produção, logística, qualidade e vendas.
Gestão de equipes e motivação: em uma equipe de vendas, a direção é essencial para
motivar os vendedores a alcançar as metas estabelecidas. O gestor pode utilizar técnicas
de liderança, como a liderança situacional, adaptando seu estilo de liderança às
necessidades individuais de cada membro da equipe. Além disso, a aplicação de teorias
motivacionais, como a hierarquia de necessidades de Maslow, pode ajudar a identi�car e
atender às necessidades dos vendedores, aumentando seu engajamento e desempenho.
Controle de desempenho e análise de resultados: em uma cadeia de restaurantes, o
controle de desempenho é fundamental para garantir a qualidade e a consistência dos
serviços. Através do monitoramento de indicadores de desempenho, como satisfação do
cliente, tempo de espera e taxa de ocupação, a empresa pode identi�car áreas de melhoria
e implementar ações corretivas. Além disso, a análise dos resultados �nanceiros, como
receita, custos e lucros, permite uma avaliação objetiva do desempenho �nanceiro da
empresa.
Administração de crises: um exemplo de aplicação da administração em situações de crise
seria o gerenciamento de uma empresa de aviação após um acidente aéreo. Nesse caso, a
administração estratégica seria essencial para lidar com a crise de relações públicas,
implementar medidas de segurança adicionais, revisar os procedimentos operacionais e
restabelecer a con�ança dos passageiros. A empresa precisaria tomar decisões rápidas e
efetivas para mitigar os impactos negativos e reconstruir sua reputação.
Desenvolvimento de estratégias competitivas: em uma indústria altamente competitiva, o
desenvolvimento de estratégias competitivas é essencial para garantir a sobrevivência e o
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SOCIAL
crescimento de uma empresa. Por exemplo, em uma empresa de alimentos, a
administração pode adotar estratégias de diferenciação, oferecendo produtos exclusivos e
de alta qualidade, ou optar por estratégias de baixo custo, buscando e�ciência na produção
e distribuição. A escolha da estratégia correta depende da análise do ambiente externo, da
concorrência e dos recursos internos da empresa.
Esses exemplos demonstram como a administração, quando aplicada na prática, desempenha
um papel crucial na tomada de decisões, na coordenação de recursos e na busca por resultados
efetivos. Segundo Madruga (2015), através do uso de ferramentas, princípios e formulações
adequadas, os gestores podem enfrentar desa�os do cotidiano pro�ssional e buscar
oportunidades de crescimento e desenvolvimento para suas organizações.
Saiba mais
Você pode consultar uma excelente fonte de recursos para a temática de administração,
economia e desenvolvimento estratégico consultando literaturas especializadas. Existem
diversos livros e artigos que abordam esses assuntos de forma aprofundada, fornecendo
insights valiosos e estudos de caso relevantes. Aqui está uma sugestão de leitura para você: o
livro A Gestão Estratégica na Administração, de Rudy de Barros Ahrens.
Outra excelente fonte de recursos é o livro Introdução à Economia, o qual tem como objetivo
despertar o seu interesse pelo estudo da economia e ampliar os seus conhecimentos com os
principais conceitos, pressupostos e teorias que compõem a ciência econômica.
Referências
BATISTA, F. F. Modelo de gestão do conhecimento para a administração pública brasileira: como
implementar a gestão do conhecimento para produzir resultados em benefício do cidadão. Rio de
Janeiro: IPEA, 2012. 
CHIAVENATO, I. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações.
Barueri: Manole, 2005. 
FUSCO, J. P. A. Operações e gestão estratégica da produção. Fortaleza: Arte & Ciência, 2007. 
MADRUGA, R. P. Administração de marketing no mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: FGV,
2015. 
ROSA, L. Q. P. Plano de marketing da Rita de Cássia Quirino Ramos ME. 2019. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Universidade do Sul de Santa Catarina,
Florianópolis, 2019.  
https://atenaeditora.com.br/catalogo/ebook/a-gestao-estrategica-na-administracao
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Aula 3
As dimensões do planejamento
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Dica para você
Aproveite o acesso para baixar os slides do vídeo, isso pode deixar sua
aprendizagem ainda mais completa.
Olá, estudante!
Até aqui, mais de 50% do conteúdo teórico da disciplina já foi abordado, e compete a você
aprofundamento dos conceitos associados à disciplina de Administração, para que os
alinhamentos �nais sejam possíveis. Assim, nesta videoaula, exploraremos saberes essenciais
para obter sucesso para de�nir qualquer processo de planejamento, entendendo as dimensões
do planejamento de uma perspectiva abrangente, considerando as dimensões de racionalidade e
operacional.
No decorrer desta videoaula, você compreenderá como a integração harmoniosa dessas
dimensões é essencial para o crescimento sustentável, a adaptação às mudanças do mercado e
o sucesso em projetos e iniciativas institucionais e pro�ssionais, tendo em vista que são estes
os responsáveis diretos pelo planejamento, pela execução, pelo monitoramento e pela avaliação
no cotidiano.
Como teoria e prática se entrelaçam, trazendo clareza e solidez para o processo de
planejamento, capacitando líderes e equipes a alcançar resultados sólidos e duradouros,
convidamos você a dar o play nesta videoaula! 
Ponto de Partida
O planejamento é uma peça fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento, seja ele
pessoal ou organizacional. Nesse contexto, compreender as dimensões dele é essencial para
traçar estratégias sólidas e alcançar objetivos de forma e�ciente.
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A primeira dimensão a ser abordada é a da racionalidade, que engloba a análise crítica e lógica
das informações disponíveis para embasar as decisões tomadas durante o processo de
planejamento. É por meio dessa dimensão que se busca minimizar riscos e otimizar recursos,
garantindo uma abordagem fundamentada e consciente.
A segunda dimensão a ser explorada é a operacional, que se concentra na execução prática do
planejamento, na qual a ênfase está em estabelecer metas tangíveis, alocar recursos
adequadamente e desenvolver um cronograma viável, permitindo transformar ideias em ações
concretas.
Esta aula é o lugar para você explorar o reconhecimento dessas dimensões e sua aplicabilidade
em a�rmar o planejamento em seu cotidiano pro�ssional.
Vamos Começar!
A importância das dimensões do planejamento
Considerar a importância das dimensões do planejamento, segundo Teixeira, Dantas e Barreto
(2015), é determinar o planejamento enquanto processo estratégico que envolve a de�nição de
metas, objetivos e ações necessárias para alcançá-los. Para uma abordagem abrangente e
e�ciente, é importante considerar diversas dimensões que compõem esse processo. Ao
considerar essas dimensões de forma integrada, o planejamento se torna uma ferramenta
poderosa para alcançar metas, antecipar desa�os e melhorar o desempenho das organizações,
proporcionando uma base sólida para o crescimento sustentávele o sucesso a longo prazo.
As dimensões do planejamento desempenham um papel crucial na e�cácia e no sucesso das
atividades, sejam elas pessoais ou empresariais, e a importância dessas dimensões reside no
fato de que cada uma delas aborda aspectos especí�cos que, quando combinados, criam uma
abordagem holística e bem fundamentada para o alcance de metas e objetivos.
No que tange às dimensões no planejamento, segundo Guerra, Backx e Santos (2012), a
dimensão da racionalidade no planejamento é uma abordagem sistemática e lógica para tomar
decisões embasadas em fatos, dados e análises. Ela busca eliminar a subjetividade excessiva e
as decisões baseadas apenas em intuição, proporcionando uma estrutura sólida e objetiva para o
processo de planejamento. É essa dimensão que se mostra fundamental em diversos aspectos
do planejamento, e alguns dos pontos-chave desse processo precisam ser destacados. Veja:
Análise crítica: a racionalidade no planejamento exige uma avaliação rigorosa dos cenários,
considerando os prós e contras de diferentes opções. Através dessa análise crítica, é
possível identi�car os cursos de ação mais promissores e minimizar os riscos envolvidos.
Uso de dados e informações: ao basear-se em dados concretos e informações con�áveis, a
dimensão da racionalidade oferece uma fundação sólida para o planejamento. A coleta de
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dados relevantes permite uma compreensão mais precisa do ambiente e das tendências,
facilitando o desenvolvimento de estratégias adequadas.
Aumento da e�ciência: decisões racionais implicam um uso mais e�ciente dos recursos
disponíveis, sejam eles �nanceiros, humanos ou materiais. Ao priorizar as ações mais
e�cazes, o planejamento racional maximiza os resultados alcançados com o mínimo de
recursos.
Já a dimensão operacional no planejamento, de acordo com Anselmo (2009), é responsável por
colocar em prática as estratégias e ações de�nidas nas etapas anteriores do processo de
planejamento. É nessa dimensão que as metas e os objetivos traçados começam a se
materializar, e a atenção se volta para a execução efetiva das atividades planejadas. Alguns
pontos relevantes sobre a importância e as características da dimensão operacional são:
Execução das ações: a dimensão operacional é o momento em que as ações planejadas
são executadas. Ela envolve o estabelecimento de tarefas especí�cas, a designação de
responsabilidades e a criação de um cronograma para guiar a implementação.
Alocação de recursos: nessa dimensão, é fundamental garantir que os recursos
necessários estejam disponíveis e sejam alocados de forma adequada para o sucesso das
atividades. Isso inclui recursos �nanceiros, materiais, tecnológicos e, especialmente,
recursos humanos.
Monitoramento e controle: a dimensão operacional requer um monitoramento constante do
progresso das atividades em relação ao planejado. Esse acompanhamento permite
identi�car desvios e tomar ações corretivas para manter o plano alinhado aos objetivos.
Flexibilidade e adaptação: à medida que a execução progride, pode ser necessário fazer
ajustes no plano original para responder a mudanças ou imprevistos. A dimensão
operacional deve permitir �exibilidade para adaptar-se às circunstâncias em constante
evolução.
Siga em Frente...
Racionalidade e operacionalidade no planejamento e suas
relações
Para que haja e�ciência e e�cácia em um processo de planejamento é fundamental compreender
as dimensões do planejamento, incluindo a dimensão da racionalidade e a dimensão operacional,
que desempenham papéis cruciais em todo o processo.
Entendendo as dimensões do planejamento, a primeira etapa consiste na de�nição clara de
objetivos e metas especí�cas, proporcionando uma direção para o planejamento como um todo.
A seguir, identi�ca-se as diferentes dimensões do planejamento, tais como a dimensão
estratégica, tática, operacional, contingencial, de avaliação e participativa. Cada dimensão
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aborda aspectos distintos do planejamento, contribuindo para uma visão mais abrangente e
detalhada (Gandin, 2001).
Em relação à dimensão da racionalidade, a coleta e a análise de dados desempenham um papel
central. Ferramentas, como análise SWOT, análise PESTEL e análise de cenários, são usadas para
obter insights sobre o ambiente interno e externo, identi�cando oportunidades e ameaças. A
tomada de decisão fundamentada baseia-se nos dados coletados e analisados, permitindo
escolhas embasadas e objetivas.
Por sua vez, a dimensão operacional é responsável por transformar as estratégias em ações
concretas. Nessa etapa, elaboram-se planos de ação detalhados, com a de�nição de
responsabilidades e alocação de recursos apropriados. O estabelecimento de cronogramas
realistas é fundamental para monitorar o progresso e garantir o cumprimento dos prazos.
Na interseção dessas dimensões, é essencial garantir a �exibilidade e a capacidade de
adaptação do planejamento às mudanças do ambiente. A avaliação contínua do desempenho,
por meio de indicadores-chave de desempenho (KPIs), possibilita identi�car desvios e realizar
ajustes conforme necessário. Além disso, a participação de diferentes partes interessadas ao
longo do processo fortalece a dimensão participativa, promovendo o engajamento e a
colaboração.
Ao relacionar e aprofundar esses três conteúdos, percebe-se que um planejamento e�caz é
construído com base em uma análise criteriosa, decisões racionais e uma execução e�ciente. A
integração harmoniosa dessas dimensões permite que o planejamento alcance seus objetivos,
minimize riscos e adapte-se às mudanças, proporcionando resultados sólidos e sustentáveis. É
importante lembrar que o planejamento é um processo contínuo e dinâmico, e a interação entre
essas dimensões é fundamental para o sucesso a longo prazo (Gandin, 2001).
Logo, entender as dimensões do planejamento, especialmente a dimensão da racionalidade e a
dimensão operacional, é de extrema importância para o alcance de resultados positivos e bem-
sucedidos em qualquer empreendimento. A de�nição clara de objetivos e metas é o ponto de
partida para direcionar o planejamento, enquanto a identi�cação das diferentes dimensões
fornece uma abordagem completa e abrangente.
A dimensão da racionalidade enfatiza a coleta e análise de dados, a tomada de decisões
fundamentadas e a de�nição de indicadores para medir o progresso ao longo do processo. Por
outro lado, a dimensão operacional se concentra na tradução das estratégias em ações práticas,
planejamento de recursos, monitoramento e controle contínuo.
O sucesso do planejamento requer uma sinergia entre essas dimensões, incorporando
�exibilidade e capacidade de adaptação às mudanças do ambiente. Além disso, a participação
de diversas partes interessadas contribui para enriquecer o planejamento, trazendo perspectivas
diversas e engajando as pessoas na execução das atividades.
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Portanto, uma abordagem que integre de forma harmoniosa as dimensões do planejamento
permitirá a obtenção de resultados e�cazes e a evolução contínua do processo. A compreensão
cuidadosa e a aplicação adequada dessas dimensões fornecem a base sólida para enfrentar
desa�os e alcançar metas de forma e�ciente e efetiva (Martins, 2014). 
Vamos Exercitar?
Entender as dimensões do planejamento, a dimensão da racionalidade e a dimensão operacional
é crucial para alcançar o sucesso em qualquer empreendimento. No contexto das dimensões do
planejamento, é fundamental compreender a interação entre a dimensão estratégica, tática e
operacional. Veja um exemplo: uma empresa de tecnologia almeja expandir suas operações para
mercados internacionais. Para isso, precisará estabelecer uma visão de longo prazo (dimensão
estratégica) que de�na os países-alvo e os objetivos de crescimento.
Em seguida, será necessário elaborar planos detalhados para cada mercado especí�co
(dimensão tática), incluindo estratégias de marketing, distribuiçãoe parcerias locais. Finalmente,
a implementação prática (dimensão operacional) envolverá o estabelecimento de escritórios, a
contratação de equipes locais e a execução das estratégias delineadas.
No que diz respeito à dimensão da racionalidade, uma empresa de varejo enfrenta o desa�o de
escolher entre duas localizações para abrir uma nova �lial. Através da análise de dados
demográ�cos, potencial de vendas e custos operacionais, a decisão é tomada com base em
informações concretas e análises objetivas. Dessa forma, a racionalidade garante que a empresa
escolha a opção que oferece o melhor retorno sobre o investimento e maior chance de sucesso.
Já na dimensão operacional, uma equipe de marketing de uma startup está lançando um novo
produto no mercado. Para garantir a execução e�ciente do plano de marketing, eles estabelecem
um cronograma detalhado com etapas claras, como o lançamento de campanhas de mídia
social, anúncios on-line e parcerias com in�uenciadores. O monitoramento contínuo dos
resultados permite ajustar a abordagem conforme necessário, para maximizar o alcance e o
impacto da campanha (Paz; Kipper, 2016).
Em síntese, a compreensão das dimensões do planejamento, a aplicação da racionalidade na
tomada de decisões e a execução e�ciente são fundamentais para o sucesso em diferentes
áreas de negócios. Ao combinar teoria e prática, as organizações podem alcançar metas
estratégicas, tomar decisões embasadas em dados e implementar ações bem-sucedidas. Essa
abordagem integrada permite otimizar recursos, minimizar riscos e adaptar-se às mudanças,
construindo uma base sólida para o crescimento e o alcance dos objetivos desejados.
As dimensões do planejamento, a dimensão da racionalidade e a dimensão operacional são
elementos cruciais para o sucesso de qualquer empreendimento. Integrar teoria e prática ao
compreender esses conceitos é essencial para alcançar resultados sólidos e sustentáveis no
cotidiano pro�ssional.
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SOCIAL
Ao entender as dimensões do planejamento e aplicá-las de forma sinérgica, as organizações
podem construir estratégias abrangentes que consideram todas as facetas relevantes do
processo. A dimensão estratégica estabelece a visão e os objetivos de longo prazo, enquanto a
dimensão tática elabora planos intermediários para alcançar metas de curto e médio prazo. A
dimensão operacional entra em ação na execução prática das atividades planejadas, garantindo
que os recursos sejam alocados e�cientemente e as metas sejam alcançadas.
A dimensão da racionalidade traz fundamentação às decisões, embasando-as em análises
objetivas e dados concretos. Isso minimiza riscos e maximiza resultados, permitindo que as
organizações façam escolhas mais acertadas (Paz; Kipper, 2016).
Por meio de exemplos e aplicações práticas, �ca evidente que a sinergia entre essas dimensões
é fundamental para uma atuação bem-sucedida no mercado competitivo. Através de uma visão
abrangente, tomadas de decisões fundamentadas e execução e�ciente, as organizações podem
otimizar recursos, enfrentar desa�os e adaptar-se às mudanças do ambiente de negócios.
Saiba mais
Estudante, uma indicação útil trata-se do material denominado Planejamento estratégico: dos
primeiros passos até a execução, elaborado pelo Sebrae. Esse material detalha o conceito
subjacente ao planejamento estratégico e, sobretudo, a forma como ele opera no âmbito
empresarial. 
Referências
ANSELMO, J. L. Gerenciamento de projetos em negócios baseados em projetos: uma proposta
integrada das dimensões operacional, organizacional e estratégica. 2009. Tese (Doutorado em
Administração) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. 
GANDIN, D. A posição do planejamento participativo entre as ferramentas de intervenção na
realidade. Currículo sem Fronteiras, v. 1, n. 1, p. 81-95, 2001. 
GUERRA, Y.; BACKX, S.; SANTOS, C. M. dos. A dimensão técnico-operativa no Serviço Social:
desa�os contemporâneos. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2012. 
MARTINS, M. Q. L. de M. O planejamento como instrumento de minoração das desigualdades
regionais. 2014. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal, 2014. 
PAZ, F. J.; KIPPER, L. M. Sustentabilidade nas organizações: vantagens e desa�os. Revista
Gestão da Produção Operações e Sistemas, v. 11, n. 2, p. 85-85, 2016. 
https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/0aa82f4bf4a127a2415a80135aacbe8c/$File/30453.pdf
https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/0aa82f4bf4a127a2415a80135aacbe8c/$File/30453.pdf
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SOCIAL
TEIXEIRA, C. A. C.; DANTAS, G. G. T.; BARRETO, C. A. A importância do planejamento estratégico
para as pequenas empresas. Revista Eletrônica Cientí�ca da FAESB, v. 1, n. 1, 2015. 
Aula 4
Planejamento e Metodologia
Planejamento e metodologia
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Dica para você
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Estudante, esta videoaula explorará três conteúdos essenciais para uma atuação bem-sucedida
no cotidiano pro�ssional: a aplicabilidade cotidiana do planejamento, os pressupostos da
dimensão da racionalidade e a dinâmica do processo de planejamento.
O planejamento é uma ferramenta poderosa que guia a tomada de decisões informadas,
permitindo alcançar metas e enfrentar desa�os com e�cácia. Essa a�rmativa deve �car
evidenciada em sua práxis.
Esses três conteúdos se entrelaçam e formam o que se determina como base para uma atuação
estratégica e e�ciente no cotidiano pro�ssional, assim como a integração do planejamento, da
racionalidade e da dinâmica é uma abordagem poderosa para enfrentar os desa�os do ordinário,
maximizar resultados e alcançar o sucesso nas empreitadas do dia a dia.
Ponto de Partida
Em um mundo dinâmico, de negócios e atividades pro�ssionais, o planejamento é uma
ferramenta essencial para alicerçar o sucesso e a e�cácia das ações empreendidas. A
aplicabilidade cotidiana do planejamento se manifesta em todas as esferas da vida pro�ssional,
desde o gerenciamento de projetos até a tomada de decisões estratégicas.
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ADMINISTRAÇÃO E
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SOCIAL
Por meio da dimensão da racionalidade, o planejamento busca fundamentar suas escolhas em
análises lógicas e objetivas, minimizando riscos e maximizando resultados. Assim, no cotidiano,
a tomada de decisões embasadas em dados concretos torna-se uma prática indispensável. A
dinâmica do processo de planejamento, por sua vez, implica um ciclo contínuo de avaliação,
execução e adaptação, permitindo que os pro�ssionais ajustem suas estratégias conforme o
ambiente e as circunstâncias se transformam.
Há importância e igual benefício no conhecimento desses temas para sua formação pro�ssional,
sendo crucial ao aprimoramento da práxis pro�ssional que o alinhamento dos saberes das
dimensões do planejamento ao cotidiano esteja moldado, assim, desta perspectiva de
aprendizagem, você deve adentrar a esta videoaula. 
Vamos Começar!
Aplicabilidade cotidiana do planejamento
A aplicabilidade cotidiana do planejamento é uma prática indispensável em diversas esferas da
vida pro�ssional e pessoal. No âmbito empresarial, o planejamento é fundamental para guiar
ações estratégicas e operacionais, possibilitando que as organizações alcancem seus objetivos
de forma e�ciente. Seja na gestão de projetos, no desenvolvimento de produtos, na expansão de
negócios ou na de�nição de metas, o planejamento oferece uma base sólida para tomar
decisões fundamentadas (Rocha, 2008).
No cotidiano pro�ssional, o planejamento ajuda a otimizar recursos, minimizar riscos e evitar
desperdícios. Permite antecipar desa�os e preparar respostas adequadas a situações
imprevistas. Pro�ssionais que incorporam o planejamentoem suas atividades têm maior
probabilidade de alcançar resultados satisfatórios e consistentes, fortalecendo sua reputação e
carreira.
Além do ambiente corporativo, o planejamento é aplicado em diversas outras esferas da vida
diária. Na organização de tarefas pessoais, como estudos, viagens e eventos, o planejamento
permite uma gestão mais e�caz do tempo e dos recursos disponíveis. 
Dimensão da racionalidade no cotidiano
A dimensão da racionalidade desempenha um papel fundamental no cotidiano de indivíduos e
organizações, orientando tomadas de decisão embasadas em análises lógicas e objetivas. No
dia a dia, somos constantemente confrontados com escolhas que afetam nossas vidas pessoais
e pro�ssionais, e a racionalidade nos auxilia a fazer escolhas mais informadas e sensatas.
No contexto pro�ssional, a dimensão da racionalidade é aplicada em diversas situações, como
na seleção de estratégias de negócios, no planejamento �nanceiro, na gestão de projetos e na
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resolução de problemas. Ela envolve a coleta de informações relevantes, a análise de dados, a
avaliação de riscos e benefícios e a consideração de possíveis alternativas. Tomar decisões
racionais é essencial para alcançar resultados sólidos, evitar prejuízos e maximizar
oportunidades (Rohde, 1996).
No âmbito pessoal, a racionalidade tem a �nalidade de auxiliar em decisões, como investir em
educação, saúde, moradia ou lazer, levando em conta nossas metas e nossos valores pessoais.
A escolha racional permitirá pensar a longo prazo e ponderar opções e as consequências das
ações pro�ssionais. 
Processo de planejamento
Segundo Pereira (2007), o processo de planejamento é uma abordagem estruturada e contínua
que visa estabelecer metas, de�nir estratégias, traçar caminhos e tomar decisões embasadas
para alcançar objetivos desejados. Essa prática é essencial para indivíduos e organizações que
buscam atingir resultados e�cazes e sustentáveis em suas atividades.
O processo de planejamento começa com uma fase de análise e diagnóstico, na qual se avalia a
situação atual e identi�ca-se oportunidades e desa�os. A partir daí, estabelecem-se metas e
objetivos claros e mensuráveis, fornecendo uma direção clara para o planejamento.
Em seguida, entra-se na etapa de formulação de estratégias, em que se criam planos de ação
para alcançar os objetivos estabelecidos. Esses planos podem abranger diferentes áreas, como
marketing, �nanças, recursos humanos, entre outras, e devem ser alinhados com a visão geral do
planejamento.
Após a formulação das estratégias, passa-se para a fase de implementação, na qual os planos
são colocados em prática. Nessa etapa, é fundamental alocar recursos adequados e de�nir
responsabilidades para garantir a execução e�ciente das ações planejadas.
Contudo, o processo de planejamento não termina com a implementação. É necessário
monitorar e avaliar constantemente o progresso, comparando os resultados alcançados com os
objetivos propostos. Essa análise contínua permite identi�car desvios, ajustar estratégias e
corrigir possíveis problemas, tornando o processo de planejamento adaptável e dinâmico
(Pereira, 2007).
Siga em Frente...
Interligação entre planejamento, seu processo e a dimensão da
racionalidade
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SOCIAL
Segundo Bin e Castor (2007), a aplicabilidade cotidiana do planejamento abrange uma ampla
gama de situações e atividades, tanto no âmbito pessoal quanto pro�ssional. No cotidiano
pessoal, o planejamento se manifesta na organização de tarefas diárias, na de�nição de metas a
serem alcançadas e na gestão do tempo. Já no cotidiano pro�ssional, o planejamento se torna
essencial para guiar as estratégias de negócios, alocar recursos, gerenciar projetos e alcançar
metas. Ferramentas, como o Canvas do Modelo de Negócios, a análise PESTEL e a matriz de
priorização, são exemplos de instrumentos que auxiliam no planejamento, permitindo uma
abordagem mais estruturada e abrangente.
Por sua vez, os pressupostos da dimensão da racionalidade no cotidiano enfatizam a
importância de tomar decisões embasadas em informações objetivas e análises criteriosas. A
racionalidade pressupõe que indivíduos e organizações busquem informações relevantes,
avaliem alternativas e considerem custos e benefícios antes de tomar uma decisão. Princípios,
como a maximização do benefício e a minimização do custo, são fundamentais nessa
abordagem. Entretanto, é válido reconhecer que, em algumas situações, a racionalidade pode ser
in�uenciada por vieses cognitivos e emoções, e o desa�o reside em equilibrar a lógica com a
intuição.
A dinâmica do processo de planejamento é um ciclo contínuo que envolve diversas etapas.
Inicialmente, ocorre a análise do cenário atual, identi�cando forças, fraquezas, oportunidades e
ameaças (análise SWOT). Em seguida, são estabelecidos objetivos claros e mensuráveis,
seguido pela formulação de estratégias e planos de ação. Ao implementar as ações planejadas, é
importante monitorar constantemente os resultados e avaliar o progresso em relação aos
objetivos traçados. Essa avaliação contínua permite que ajustes e correções sejam feitos
conforme necessário, tornando o planejamento uma prática adaptável e ágil.
Ao relacionar e aprofundar esses três conteúdos, �ca evidente que a aplicabilidade cotidiana do
planejamento, fundamentada nos pressupostos da racionalidade, é um processo dinâmico que
contribui signi�cativamente para a tomada de decisões informadas e estratégicas. A adoção de
ferramentas, princípios e etapas no processo de planejamento proporciona uma abordagem mais
estruturada, acarretando em resultados mais e�cazes e alinhados com os objetivos
estabelecidos. Dessa forma, o planejamento se torna uma valiosa ferramenta para indivíduos e
organizações enfrentarem desa�os, alcançarem metas e se destacarem no cenário competitivo
do cotidiano (Bin; Castor, 2007).
A aplicabilidade cotidiana do planejamento, os pressupostos da dimensão da racionalidade no
cotidiano e a dinâmica do processo de planejamento estão intrinsecamente conectados para
proporcionar e�ciência, e�cácia e sucesso em diversas esferas da vida.
Tendo o planejamento como uma ferramenta poderosa que permeia tanto o âmbito pessoal
quanto o pro�ssional e que permite a de�nição de objetivos claros, a criação de estratégias bem
fundamentadas e a tomada de decisões informadas, é possível destacar que a racionalidade
desempenha um papel crucial ao embasar essas decisões em análises lógicas e objetivas,
considerando custos e benefícios e identi�cando alternativas viáveis. À dinâmica do processo de
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planejamento, com suas etapas contínuas de análise, formulação, implementação e avaliação,
confere uma abordagem adaptável e ágil para enfrentar desa�os e aproveitar oportunidades.
Vamos Exercitar?
Os três conteúdos – aplicabilidade cotidiana do planejamento, pressupostos da dimensão da
racionalidade no cotidiano e dinâmica do processo de planejamento – são fundamentais para
orientar ações estratégicas e decisões informadas no cotidiano pro�ssional, permitindo a
maximização de resultados e o enfrentamento de desa�os de forma e�ciente.
No âmbito da aplicabilidade cotidiana do planejamento, imagine uma empresa que deseja
expandir sua atuação para um novo mercado. Antes de tomar essa decisão, ela realiza uma
análise detalhada do mercado-alvo, considerando fatores, como demanda, concorrência e
regulamentações locais. Com base nessas informações, estabelece metas e objetivos claros
para sua entrada no novo mercado e formula estratégias especí�cas para alcançá-los. A empresa
utiliza ferramentas de planejamento, como a análise de mercado, a análise de custo-benefício e o
estabelecimento de um cronograma de ações, para a implementação do plano. Dessa forma, o
planejamento se torna uma base sólida para a expansão bem-sucedida da empresa, minimizando
riscos e aumentando suas chances de sucesso (Sampaio; Júnior;Fernandes, 2011).
No contexto dos pressupostos da dimensão da racionalidade, considere um gestor de projetos
que precisa decidir qual fornecedor contratar para um projeto especí�co. O gestor utiliza uma
abordagem racional ao coletar informações sobre os fornecedores e comparar preços, qualidade
dos produtos e prazos de entrega. Com base nessas análises, ele toma uma decisão embasada,
optando pelo fornecedor que oferece o melhor custo-benefício para o projeto. Nesse caso, a
racionalidade guia a decisão, minimizando o risco de escolhas impulsivas ou emocionais, e
garantindo que a decisão tomada esteja fundamentada em dados concretos.
Quanto à dinâmica do processo de planejamento, podemos ilustrar com o exemplo de um
empreendedor que deseja abrir um novo restaurante. Ele começa analisando a localização, o
per�l do público-alvo e a concorrência. Com base nessa análise, ele de�ne seus objetivos, como
a quantidade de clientes a serem atendidos diariamente e a margem de lucro desejada. A partir
disso, formula suas estratégias, como o menu a ser oferecido, o estilo de atendimento e as ações
de marketing. Ao implementar o plano, ele monitora o desempenho do restaurante, avalia a
satisfação dos clientes e faz ajustes conforme necessário. Essa abordagem cíclica e adaptável
permite ao empreendedor melhorar continuamente seu negócio, otimizando seu desempenho e
garantindo o alcance de suas metas.
Em resumo, os três conteúdos estão interligados e são aplicados de forma prática no cotidiano
pro�ssional. O planejamento estratégico embasado em racionalidade guia decisões informadas
e fundamentadas, permitindo a adaptação contínua para alcançar metas e enfrentar desa�os
com sucesso. O uso desses conceitos é uma fórmula valiosa para prosperar nos ambientes
pro�ssionais dinâmicos e competitivos (Sampaio; Júnior; Fernandes, 2011).
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SOCIAL
Saiba mais
Uma indicação nova e exclusiva para auxiliar o aprendizado é a plataforma Notion, a qual é uma
ferramenta multifuncional que oferece um ambiente colaborativo e organizado para o
gerenciamento de projetos, tarefas e informações.
Com a Notion, é possível criar um espaço personalizado para suas anotações, registros e
planejamentos de estudos e para acompanhar o progresso de seus projetos. A plataforma
permite a criação de páginas interativas, tabelas, listas de tarefas, calendários e muito mais,
tornando o aprendizado e a organização uma experiência mais �uida e e�ciente. Além disso,
oferece integrações com outras ferramentas populares, como Google Drive, Trello e Slack,
permitindo que você centralize suas informações e �uxos de trabalho em um único local. Com
sua interface intuitiva e recursos versáteis, a Notion é uma excelente ferramenta para
pro�ssionais que desejam otimizar sua produtividade e aprofundar o aprendizado em suas
atividades cotidianas.
Referências
orçamento em uma organização estatal. Revista de Administração Contemporânea, v. 11, p. 35-
56, 2007. 
PEREIRA, M. F. Planejamento estratégico. 2007. 
ROCHA, A. A. R. de M. O planejamento no cotidiano de uma instituição hipercomplexa: o caso da
SES-Sergipe. 2008. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Universidade Federal da Bahia,
Salvador, 2008. 
ROHDE, C. M. S. et al. Planejamento e os limites da racionalidade. 1996. 
SAMPAIO, C. A. C.; MANTOVANELI JR., O.; FERNANDES, V. Racionalidade de tomada de decisão
para o planejamento e a gestão territorial sustentável. Redes. Revista do Desenvolvimento
Regional, v. 16, n. 2, p. 131-155, 2011.  
Aula 5
Encerramento da Unidade
Administração e planejamento
https://www.notion.so/
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Olá, estudante!
Este é o ponto �nal da trajetória percorrida na primeira unidade de ensino, e esta videoaula é um
resumo dos conteúdos em administração e planejamento. No decorrer deste percurso, você
estudou os conceitos fundamentais dessas áreas que são essenciais para o sucesso pro�ssional
e, por conseguinte, organizacional.
Em um cenário que observou desde a origem dos estudos em administração e planejamento até
a importância dessas disciplinas e sua evolução ao longo da história, espera-se que você tenha
compreendido que elas se tornaram pilares da gestão nos tempos modernos.
Neste momento, sua habilidade em compreender a relação entre administração, economia e
estratégia de desenvolvimento, bem como sua percepção sobre como essas áreas se
in�uenciam e se complementam na tomada de decisões gerenciais no cotidiano, devem
corroborar para que as próximas etapas dessa jornada lhe capacitem ao fomento das
competências desta disciplina.
Gestão e planejamento prepararão você para enfrentar os desa�os do cotidiano contemporâneo
de atuação com con�ança, habilidades e competências especí�cas, então acompanhe o
encerramento da unidade como uma inspiração ao sucesso pro�ssional.
Esta videoaula foi pensada para você, então aproveite-a!
Ponto de Chegada
Estudante, agora na linha de chegada, os conhecimentos essenciais sobre administração e
planejamento a que teve acesso formaram uma base sólida para compreender a evolução
histórica dessas áreas e sua importância na sociedade contemporânea. Neste texto, a
abordagem da competência desenvolvida ao longo da disciplina explora a forma como esses
conceitos se relacionam e como podem ser aplicados no contexto cotidiano pro�ssional.
A administração, como campo de estudo, tem suas origens no início do século XX, quando
pioneiros, como Frederick Taylor e Henri Fayol, desenvolveram princípios e teorias que moldaram
a gestão moderna. Ao entender as raízes históricas da administração, percebemos como ela se
tornou a espinha dorsal para o funcionamento e�ciente das organizações. Compreender seus
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fundamentos é crucial para o gerenciamento bem-sucedido de recursos humanos, �nanceiros e
tecnológicos.
Paralelamente, o planejamento emerge como uma atividade inseparável da administração. Suas
dimensões – a racionalidade e a operacionalidade – são fundamentais para o desenvolvimento
de estratégias coesas e a tomada de decisões informadas. O planejamento estratégico, tático e
operacional orienta a empresa em direção aos seus objetivos, garantindo maior e�cácia e
e�ciência na alocação de recursos e na adaptação a um ambiente competitivo e volátil.
A relação da administração com a economia e a estratégia de desenvolvimento também merece
destaque. A economia in�uencia as decisões gerenciais ao fornecer informações sobre o
mercado, os custos, a demanda e a concorrência. A análise econômica é vital para a
sobrevivência e o crescimento sustentável das empresas. Por outro lado, a estratégia de
desenvolvimento de�ne como a organização se posicionará em seu setor, identi�cando
oportunidades e minimizando ameaças.
É fundamental compreender que a administração e o planejamento não se restringem apenas ao
mundo dos negócios. Seus princípios podem ser aplicados em contextos diversos, como
instituições públicas e organizações sem �ns lucrativos. Além disso, a metodologia de
planejamento é uma ferramenta valiosa para a de�nição de metas pessoais e para a execução de
projetos sociais.
Conhecer a origem dos estudos em administração e planejamento, relacioná-los com a
economia e a estratégia de desenvolvimento e compreender as dimensões do planejamento e
suas metodologias foram alcançados. Essas competências capacitam você, futuro pro�ssional,
para enfrentar os desa�os do cotidiano com uma visão mais estratégica e e�ciente, tornando-o
apto a tomar decisões fundamentadas e, ainda, preparado para o contínuo sucesso
organizacional e pessoal.
Neste sentido, em continuidade,

Mais conteúdos dessa disciplina