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FORTALEZAS DE SANTA CATARINA FORTE X FORTALEZA O FORTE compõe-se de uma ou mais baterias de Artilharia localizadas na mesma obra. A FORTALEZA compõe-se de duas ou mais baterias localizadas em obras independentes e com largo intervalo entre elas. Possui mais armas e maior área de abrangência. A defesa da Ilha de Santa Catarina era considerada difícil, em virtude das muitas praias, todas fáceis de aportar. Silva Paes projetou três fortalezas para guarnecer o acesso à Baía Norte: Santa Cruz (1739), na Ilha de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa (1740). Para defender a entrada da Baía Sul, um canal mais estreito, construiu apenas a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição (1742), na Ilha de Araçatuba. Nas décadas seguintes, alguns fortes de menores proporções foram erguidos mais próximos ao centro da Vila, totalizando 12 fortificações antes do final do século XVIII: Fortaleza de Santa Cruz 1739 Fortaleza de São José da Ponta Grossa 1740 Fortaleza de Santo Antônio de Ratones 1740 Bateria de São Caetano 1765 Forte de Marechal Moura de Naufragados 1909 Fortaleza Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba 1742 Fortaleza de Santana do Estreito 1761 Forte de Santa Bárbara 1774 Os Fortes de São João (Continente), Lagoa (Lagoa da Conceição), São Francisco Xavier (Praia de Fora) e São Luiz (Praia de Fora) não existem mais. Já no século XX, construiu-se ainda o Forte Marechal Moura, hoje em ruínas, junto ao Farol de Naufragados, no sul da Ilha de Santa Catarina. Este forte foi erguido, entre 1909 e 1913, dentro de um programa de construção de baterias isoladas de artilharia de costa, armado com canhões de longo alcance. A construção das fortificações do século XVIII seguia as orientações técnicas presentes nos tratados e manuais elaborados, entre outros, pelos portugueses Serrão Pimentel (“Método Lusitano de Desenhar as Fortificações”, de 1680) e Azevedo Fortes (“O Engenheiro Português”, de 1728). Este último era engenheiro-mor do Reino e esteve pessoalmente na Ilha de Santa Catarina, em 1740, vistoriando as obras de Silva Paes. Predominando a alvenaria de pedra e cal, tanto na construção das muralhas quando dos edifícios. A mão de obra mais especializada era contratada junto a empreiteiras privadas e artífices, e complementada pelo trabalho escravo de índios, negros, e, algumas vezes, das tropas. Os principais materiais de construção eram obtidos nas vizinhanças das fortalezas, como a pedra, a madeira, as telhas cerâmicas, a areia e a cal, está última produzida com as conchas de moluscos. O superestimado óleo de baleia pode ter sido também utilizado nas construções militares. Em 1777, a imensa e desproporcional superioridade numérica de homens, armas e embarcações espanholas foi o que selou o destino da Ilha de Santa Catarina. O Tratado de Santo Ildefonso, assinado poucos meses após a invasão, devolveu a Ilha de Santa Catarina aos portugueses e consolidou definitivamente a posse espanhola sobre a Colônia de Sacramento, arrefecendo as disputas entre as duas coroas ibéricas. LOCALIZAÇÃO FORTALEZAS E FORTES Fortaleza de Santa Cruz Fortaleza de Santo Antônio de Ratones Fortaleza de São José da Ponta Grossa Bateria de São Caetano Fortaleza de Santana do Estreito Forte de Marechal Moura de Naufragados Fortaleza Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba Forte de Santa Bárbara FORTALEZA DE SANTA CRUZ , 1739 - Ilha de Anhatomirim MAPA PORTADA CASA DO COMANDANTE QUARTEL DA TROPA QUARTEL DA TROPA QUARTEL DA TROPA CASA DO COMANDANTE INTERIOR- QUARTEL DA TROPA Fortaleza de Santa Cruz antes do projeto Fortalezas (UFSC) FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA , 1740 – Praia do Forte Principais diferenças das Fortalezas da Ilha de SC: Inteligente ajuste às variadas condições topográficas locais, criando uma rica diversidade de soluções tipológicas, tanto entre si, como em relação às demais fortificações brasileiras. Terraplenos ou platôs geralmente contidos por trechos descontínuos de muralhas baixas, formando desenhos irregulares, com os canhões atirando diretamente sobre os parapeitos dessas muralhas. Os edifícios não estão enclausurados no interior da fortificação, como era comum, mas sim descortinados na paisagem. Fortaleza de SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA MAPA INTERIOR - QUARTEL DA TROPA PORTADA CAPELA INTERIOR DA CASA DE PÓLVORA Fortaleza de São José da Ponta Grossa antes do projeto Fortalezas (UFSC) FORTALEZA DE SANTO ANTÔNIO DE RATONES, 1740 FORTALEZA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE ARAÇATUBA, 1742 FORTALEZA DE SANTANA DO ESTREITO, 1761 BATERIA DE SÃO CAETANO, 1765 FORTE DE SANTA BÁRBARA, 1774 FORTE DE MARECHAL MOURA DE NAUFRAGADOS, 1909 FONTES: http://www.fortalezasmultimidia.com.br/santa_catarina/index.php?data=anh atomirim http://www.fortalezasmultimidia.com.br/santa_catarina/index.php?data=anh atomirim
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