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AULA03_ARQUITETURARURAL

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ARQUITETURA RURAL 
Os engenhos do Brasil Colonial 
Em meados do século XVI o açúcar era considerado uma especiaria e 
tornou-se a razão econômica para a colonização. 
Os portugueses defendiam os portos 
por onde era escoada a produção. 
 
As unidades produtoras eram os 
engenhos, que foram assentados 
nas áreas rurais. 
 
O açúcar foi o produto de 
exportação mais 
importante em todo período 
colonial, não sendo superado nem 
pelo ouro de Minas Gerais. 
Os primeiros engenhos de açúcar se localizavam nas proximidades 
dos rios, pois era necessário energia hidráulica. 
 
A produção de açúcar em engenhos durou até o século XX. 
Os senhores de engenho residiam nas cidades e só deslocavam-se para 
o campo no período da produção do açúcar. 
 
Os engenhos de açúcar eram compostos por quatro edifícios: 
A moita, a senzala, a casa grande e a capela. Cada um 
abrigava um programa de atividades. 
 
De maneira geral esses edifícios eram independentes, mas também ocorriam 
casos de justaposição. 
Antigo engenho de 
açúcar poço comprido 
Vicência, Pernambuco. 
Antigo engenho de 
açúcar Freguesia 
Candeias, Bahia. 
Antigo engenho de açúcar poço comprido 
Vicência, Pernambuco. 
 
Nos engenhos foram utilizados todos os sistemas construtivos conhecidos 
no período colonial: 
Taipa de pau-a-pique 
Alvenaria de pedras, tijolos ou adobe. 
 
Coberturas: estruturas de madeira recobertas com palha ou telhas 
cerâmicas. 
 
Pisos: tijolos e lajotas de barro (térreo), assoalho de madeira (superior). 
 
Uso de tijolos em formas circulares ou semicirculares compunham as 
fustes das colunas. 
 
A opção desses sistemas dependia das posses dos senhores 
do engenho e dos materiais disponíveis na região. 
 
 
 
 
 
Moitas 
 
Primeiro edifício a ser construído = prioridade às atividades produtivas. 
 
As rodas d’água e a lógica de produção definiam o partido arquitetônico 
das moitas. Não existia preocupação com a composição estética. 
 
Planta retangular, refletindo o desenvolvimento linear das atividades. 
Alvenaria de tijolos com cobertura em madeira e tenhas cerâmicas. Ou 
simples telheiro apoiada em colunas. 
Plantas em “L”, em “U” e 
chaminés surgem somente 
no século XIX, com o 
aparecimento das máquinas 
à vapor. 
 
 
As moitas também foram construídas com caráter exclusivamente 
utilitário. 
 
 Senzala 
 
“Casa” da família negra escrava. 
Telheiro comprido, de chão batido, 
sem conforto e sem mobiliário 
adequado. 
 
Térreas. Parede de taipa ou pau-a-
pique, cobertas com palha ou telhas 
cerâmicas. 
 
As senzalas também foram construídas 
sem intenção plástica. 
 
 
 
 
Senzala do engenho Matas 
Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco 
 
 
 
O tipo mais frequente de senzala caracteriza-se por um 
conjunto de pequenos compartimentos conjugados, 
dispostos em linha reta, nem sempre com janelas, mas 
com portas voltadas para a varanda. 
 
 
 
 
Casa grande 
 
Casa de habitação da família branca 
senhorial. 
 
Centro social, familiar, de decisões 
políticas e econômicas. 
 
Vasta e custosa, com varanda, com 
enorme cozinha e sala de jantar e 
numerosos quartos. Intenção plástica. 
 
Implantadas geralmente em uma 
posição estratégica: alto de uma 
colina, de frente para a fábrica. 
 
 As casas grandes dos primeiros séculos 
lembravam as casas rurais de Portugal. 
 
 
Antigo engenho de açúcar Freguesia 
Candeias, Bahia. 
Tinham dois pavimentos, um 
alpendre ao longo da fachada 
principal que protegia a 
escada externa de acesso ao 
pavimento superior. 
 
1- Capela; 2-Quartos de hóspedes; 3- Sala de jantar; 4- Sala de estar; 5-
Tribuna das mulheres. 
Paredes: Taipa de pau-a-pique. 
Pavimento térreo geralmente destinava-se aos depósitos. 
 
Telhado: estrutura de madeira coberto com telhas cerâmicas. Quatro águas. 
 
No século XVII e no século 
seguinte, somente na Bahia, 
surgiu um tipo diferente de 
casa-grande, com pátio 
interno. 
 
 Com a abertura dos portos 
em 1808 e a vinda da Missão 
Francesa para o Rio de Janeiro 
em 1816, o neoclassicismo 
se manifesta nas construções 
urbanas oficiais e 
particulares, e isso repercute 
também nas zonas rurais. 
 
 
 
Constroem-se casas-grandes com características bem diferentes das 
anteriores. 
 
Essas novas casas não possuem alpendres, que era o elemento que 
caracterizava essas construções. 
 
 Edifício de grande porte. Possui dois pavimentos. 
Telhado quatro águas. 
 
Janelas com arcos plenos. 
Casa-grande 
do Engenho 
Gaipió 
Ipojuca, 
Pernambuco 
VARANDA E ALPENDRE. 
No século XIX surgem também dois tipos de casa-grande de engenho: 
O bangalô e o chalé. 
 
Bangalô: Edifício de porte médio e térreo. Podia ter porão semi-
enterrado. Telhado de quatro águas. As varandas acompanhavam as três 
fachadas da casa, e eram suportados por colunas de alvenarias. 
 
Planta em formato de “U”. 
 
 
Casa-grande do Engenho 
Sapucaji 
Pernambuco 
Chalé: final do século XIX. 
 
Porte médio. Planta semelhante ao bangalô. Telhado em duas águas. 
Cumeeira perpendicular à fachada principal. 
 
Alpendre nas três fachadas principais, em forma de “U”, coberto por um 
telhado mais baixo e independentes. 
 
Janelas com bandeiras em arcos ogivais. 
 
 
Casa-grande do Engenho São 
João 
Recife, Pernambuco. 
Componentes arquitetônicos pré-
fabricados na Bélgica. 
Não se pode classificar as casas-grandes dos engenhos de 
açúcar segundo seus estilos, pois as suas qualidades 
formais não resultaram da aplicação de código algum que 
vise à fruição estética. 
Capela 
 
As capelas, ao contrário dos outros 
edifícios do mesmo engenho, são 
aquelas em que é possível reconhecer 
estilos. 
 Esmero estético. 
 
As capelas podem ser caracterizadas 
como barrocas, rococó, 
neoclássicas e ecléticas. 
 
Planta simples. Nave, capela-mor e 
sacristia (térreo). Coro (superior). 
Forro e imagens de madeira. 
 
 Os elementos decorativos desses 
edifícios se encontram tanto no exterior 
quanto no interior. 
Interior da capela do engenho São Braz 
Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. 
As capelas eram construídas com materiais mais resistentes que os 
demais edifícios. Uso de alvenaria de pedra: caráter simbólico. 
 
O tipo mais encontrado de capela é aquela que possui alpendre na 
fachada principal. 
 
 
 
 
Capela do engenho São Braz 
Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco.

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