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Apostila 01

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1 
 
 
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR CENECITA 
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
CONTABILIDADE GERAL I 
PROFESSORA: Eva Nilce 
 
 
 
 
UNIDADE I 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CIÊNCIA CONTÁBIL 
 
1.1 - CONCEITOS DE CONTABILIDADE 
 É a ciência que estuda, registra e controla os atos e fatos administrativos. 
 
 A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na 
verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e 
sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de 
decisões. 
 
A Contabilidade é a ciência que tem por objeto o patrimônio das entidades e por objetivo o controle 
desse patrimônio, com a finalidade de fornecer informações a seus usuários. 
 
1.2 - OBJETO DA CONTABILIDADE 
O patrimônio é o objeto da Contabilidade, isto é, constitui a matéria sobre a qual se exercem as 
funções contábeis. O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados à entidade. 
 
1.3 - OBJETIVO DA CONTABILIDADE 
O objetivo da Contabilidade é controlar o patrimônio. Na Contabilidade, os objetivos estão 
definidos como as informações que deverão ser geradas para que os diversos usuários possam tomar 
conhecimento da situação da organização em dado momento, com a finalidade de tomar as decisões que 
considerarem necessárias. 
 
1.4 - FINALIDADE DA CONTABILIDADE 
A finalidade da Contabilidade é a de controlar o Patrimônio, assegurar o controle do patrimônio 
administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como o resultado 
das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins, que podem ser lucrativos ou 
meramente ideais (sociais, esportivos e outros), ou seja, fornecer informações a seus usuários. 
 
1.5 - CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE 
O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades (pessoas) físicas ou jurídicas, com 
ou sem fins lucrativos, que possuam patrimônio. Tais entidades são unidades econômico-administrativas, 
cujos objetivos podem ser sociais e/ou econômicos. 
 
1.6 - FUNÇÃO DA CONTABILIDADE 
• Função administrativa: controlar o patrimônio 
• Função econômica: apurar o resultado 
• Resultado: a diferença entre o valor das receitas e o valor das despesas. 
 
1.7 – RESULTADO 
 Resultado é a diferença entre o valor das receitas e o valor das despesas, apurado ao final de cada 
exercício social. 
 
 
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O resultado pode ser: 
• Positivo ou Lucro: Receita > Despesa 
• Negativo ou Prejuízo: Receita < Despesa 
• Nulo: Receita = Despesa 
 
 
1.8 - ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS 
Atos Administrativos são os acontecimentos que ocorrem na empresa e que não provocam 
alterações no Patrimônio. Por exemplos, Admissão de empregados, assinaturas de contratos, aval de títulos, 
fianças em favor de terceiros, etc. 
Fatos Administrativos são acontecimentos que provocam variações nos valores patrimoniais, 
podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido. 
 
 
1.9 - USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
Os usuários da informação contábil podem ser classificados da seguinte forma: 
• usuários internos (gerentes, diretores, encarregados de produção, chefes de departamento etc.); 
• usuários externos (governo, bancos, fornecedores, sindicatos, acionistas ou cotistas etc). 
 
 
1.10 - TÉCNICAS CONTÁBEIS 
Para atingir sua finalidade, a Contabilidade utiliza as seguintes técnicas: 
• Escrituração – registro, em livros próprios (Diário, Razão, Caixa e Contas Correntes), de todos os 
Fatos Administrativos que ocorrem no dia-a-dia das empresas. 
• Elaboração das Demonstrações Contábeis – elaboração de quadros técnicos que apresentam 
dados extraídos dos registros contábeis da empresa. As demonstrações financeiras mais conhecidas 
são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. 
• Auditoria - confirmação dos registros e demonstrações contábeis; verificação da exatidão e dos 
documentos que deram origem aos dados contidos nas demonstrações financeiras, através do exame 
minucioso dos registros contábeis. 
• Análise de Balanços – exame e interpretação dos dados contidos nas Demonstrações Financeiras, 
com o fim de transformar esses dados em informações úteis aos diversos usuários da Contabilidade. 
O registro de todas as ocorrências patrimoniais é feito através de uma técnica a que chamamos de 
escrituração. 
 
 
CONCEITOS IMPORTANTES: 
• Rédito: é o resultado da atividade econômica e que provoca variação patrimonial, aumentativa ou 
diminutiva; 
• Regime de Caixa: quando na apuração do resultado são considerados apenas os pagamentos e 
recebimentos efetuados no período; 
• Regime de Competência: quando, na apuração do resultado do exercício são consideradas as 
receitas e despesas nas datas a que se referirem, independente dos seus recebimentos ou pagamentos. 
• Exercício Social: é o espaço de tempo (12 meses) findo o qual as pessoas jurídicas apuram os seus 
resultados. Ele pode coincidir ou não com o ano-calendário, de acordo com o previsto no estatuto ou 
contrato social. Perante a legislação do imposto de renda o exercício social deve coincidir com o 
calendário civil. 
 
 
 
 
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UNIDADE II 
 
PATRIMÔNIO 
 
2.1 - CONCEITO E DEFINIÇÃO 
Patrimônio significa, a princípio, o conjunto de bens e os valores a receber pertencentes tanto a 
pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas. Em contabilidade, esses valores a receber são chamados de 
direitos. Entretanto, para se identificar a situação de uma pessoa, não basta relacionar os bens e direitos; é 
preciso saber as dívidas (obrigações) que ela possui. 
 
 
2.2 - BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES 
 
BENS São as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas e que 
podem ser avaliados economicamente. 
 
Classificação: 
Bens Tangíveis, materiais, corpóreos ou concretos: Têm existência física, existem como coisa ou 
objeto; são os que possuem corpo, matéria. 
Exemplos: 
Máquinas, Equipamentos, Veículos, Estoques de Mercadorias, Imóveis, Dinheiro, Móveis, Ferramentas, 
Materiais de Consumo, etc. 
Bens Intangíveis, imateriais, incorpóreos, abstratos: Constituem aplicações absolutamente 
necessárias para a empresa atingir seus objetivos; inexistem como coisa; não palpáveis, não constituídos de 
matéria. 
Exemplos: 
• Marcas de Indústria (Nike, Coca-Cola etc.) 
• Patentes de invenção (documento pelo qual o Estado garante a uma pessoa ou empresa o direito 
exclusivo de explorar uma invenção) 
• Luvas (quantia paga para retirar um indivíduo de um imóvel que você vai ocupar) 
• Fundo de Comércio: ponto comercial/ clientela/ fama da loja (um indivíduo vende uma loja e além 
do valor de venda cobra mais um valor referente ao ponto comercial). 
• Direitos Autorais 
• Despesas Pré-Operacionais 
• Benfeitorias em prédios de terceiros visando a adaptação operacional aos objetivos da empresa 
• Despesas relacionadas com pesquisa e desenvolvimento de produtos 
• Despesas realizadas no período de implantação do empreendimento 
• Direitos adquiridos para exploração de minas, jazidas e reservas florestais. 
 
 
OBS.: O bem intangível inexiste como coisa, mas assume um valor no contexto do patrimônio. É 
importante citar que os direitos adquiridos decorrentes da aplicação de recursos significativos, destinados à 
exploração de minas, jazidas ou reservas florestais, não se confundem com outros tipos de direitos 
conhecidos por negociáveis, tais como: Duplicatas, Notas Promissórias, etc. 
 
 
DIREITOS São os valores que a empresa tem a receber de terceiros. Esses direitos geralmente 
aparecem com os nomes dos elementos seguidos da expressão a Receber. 
 
 
 
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Exemplos: 
- Duplicatas a Receber 
- Notas Promissórias a Receber 
- Juros a Receber 
- Aluguéis a Receber 
 
 
OBRIGAÇÕES são todos os valores que a empresa tem a pagar para terceiros. Essas obrigações 
geralmente aparecem com os nomes dos elementos seguidos da expressão a Pagar ou a Recolher. 
 Exemplos:- Duplicatas a Pagar 
- Notas Promissórias a Pagar 
- Salários a pagar 
- Aluguéis a pagar 
- Contribuições sociais a Recolher 
 
 
2.3 - ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS 
Todos os relatórios elaborados a partir da escrita contábil deverão ressaltar esses dois aspectos: 
Qualitativo: consiste em qualificar, dar nomes aos elementos componentes do respectivo relatório, 
permitindo que se conheça a natureza de cada um; 
Quantitativo: consiste em atribuir, aos respectivos elementos, seus valores em moeda. 
 
 
2.4 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO 
 Vimos que o Patrimônio é um conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma empresa. Para 
que a Contabilidade desempenhe seu papel de fornecer informações sobre a situação do Patrimônio, ela 
precisa apresentar esses elementos patrimoniais de alguma forma. A maneira que a Contabilidade utiliza para 
representar a situação patrimonial é a forma gráfica. Os bens, direitos e obrigações podem ser didaticamente 
dispostos em um gráfico em forma de T. 
 
 
 
O gráfico, como podemos observar, tem dois lados: 
• No lado esquerdo, colocamos os bens e os direitos. 
• No lado direito, colocamos as obrigações. 
 
O Patrimônio é formado por uma parte positiva chamada ATIVO e uma parte negativa 
chamada PASSIVO/PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 
 
 Já que na maioria das entidades o Ativo (Bens e Direitos) suplanta o Passivo (Obrigações), a 
representação mais comum de seus patrimônios, isto é, seu Balanço Patrimonial assume a forma: 
 
ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 (Lado Esquerdo) (Lado Direito) 
5 
 
 
2.4.1 - ATIVO (APLICAÇÃO DE RECURSOS) 
É o conjunto de bens e direitos decorrentes de transações passadas e que tenha a potencialidade de 
geração de caixa. 
O aspecto de geração de caixa é extremamente importante na conceituação de um ativo, pois, no 
momento em que se resolve iniciar uma atividade qualquer, recursos são transferidos na expectativa de que a 
geração de caixa seja suficiente para prover aos investidores lucros superiores àqueles que obteriam com os 
recursos aplicados em outra atividade. 
Ativo, portanto, são todos os bens e direitos de propriedade da empresa, expressos em moeda, e que 
representam benefícios presentes ou futuros para a mesma. Para ser considerado um ativo é preciso 
preencher quatro características, simultaneamente: 
a) Ser bem ou direito; 
b) Ser de propriedade da empresa 
c) Ser mensurável em dinheiro; 
d) Trazer benefícios presentes ou futuros. 
Exemplos: 
· Dinheiro depositado no banco 
· Duplicatas a receber 
· Estoque de mercadorias para venda 
· Móveis para uso 
· Veículos 
· Edifícios 
· Terrenos 
 
 
2.4.2 - PASSIVO (ORIGENS DE RECURSOS) 
Representa as obrigações da empresa. 
 
PASSIVO EXIGÍVEL 
Representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com terceiros. É tudo aquilo 
que a empresa deve; são as dívidas que ela contraiu. A palavra “terceiros” abrange o conjunto de pessoas 
físicas e jurídicas com quem a empresa tem dívidas: fornecedores, funcionários (salários), governo (impostos), 
bancos (empréstimos bancários) encargos sociais (FGTS, previdência social), encargos financeiros 
(financiamentos), etc. 
O Passivo Exigível evidencia o endividamento da empresa. 
 Exemplos: 
· Duplicatas a pagar 
· Empréstimos a pagar 
· Juros a pagar 
· Seguros a pagar 
 
 
2.4.3 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO (ORIGENS DE RECURSOS) 
Representa o registro do valor que os proprietários de uma empresa têm aplicado no negócio. A 
aplicação inicial dos proprietários denomina-se, contabilmente, Capital. Na constituição da sociedade, o valor 
do capital coincide com o valor do PL. A partir daí não necessariamente coincide, porque este último 
incorpora todas as variações patrimoniais. 
Se uma empresa apresenta lucro, o valor do PL será representado pela soma do Capital + Lucro 
obtido. Se, ao contrário, a empresa apresenta prejuízo, o PL será representado pelo Capital subtraído do 
prejuízo. 
O PL também pode ser definido como sendo a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma 
entidade, em um determinado momento e pode ser proveniente das seguintes fontes: Investimentos e Lucros. 
 
 
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2.4.4 - DIFERENÇA ENTRE PASSIVO EXIGÍVEL E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Pela representação gráfica, temos no lado esquerdo o Ativo, que são todos os bens e direitos de 
propriedade da empresa. No lado direito, temos as obrigações que a empresa tem com terceiros. É uma 
obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida a liquidação da mesma. Temos, 
também, o Patrimônio Líquido evidenciando recursos dos proprietários aplicados no empreendimento. 
 
 “A Lei das Sociedades Anônimas denomina de Passivo todo o lado direito do Balanço Patrimonial. 
Dessa forma, o Patrimônio Líquido estaria incluído na denominação Passivo. Este enfoque da Lei não é bem 
aceito nos meios contábeis, uma vez que o termo Passivo tem uma conotação de conjunto de dívidas, 
encargos e obrigações com terceiros, não sendo suficientemente extenso para abranger o Patrimônio Líquido. 
 
De certa forma, o Patrimônio Líquido também é uma obrigação da empresa para com os seus 
proprietários. Todavia, é uma obrigação não exigível, isto é, os proprietários não exigem da empresa o 
reembolso da sua aplicação, pois têm um interesse de continuidade da mesma. 
 
 
2.5 - EQUILÍBRIO PATRIMONIAL 
Balanço lembra balança de dois pratos. Para refletir situação normal, os dois pratos da balança 
precisam estar em equilíbrio. Como ocorre com a balança, o balanço também precisa estar em equilíbrio. 
Para o Balanço Patrimonial refletir adequadamente a situação financeira da entidade, o total do lado do Ativo 
deverá ser igual ao total do lado do Passivo. 
 
No lado esquerdo, denominado lado do Ativo, são classificados os elementos positivos (Bens e 
Direitos). No lado direito, denominado lado do Passivo, são classificados os elementos negativos 
(Obrigações). 
 
 
INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 
Relatório Contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela Contabilidade, cujo 
objetivo é fornecer aos usuários os principais fatos registrados no período e distinguem-se entre os 
obrigatórios e não obrigatórios. 
 
Os relatórios obrigatórios são aqueles exigidos por lei e são conhecidos como Demonstrações 
Financeiras/Demonstrações Contábeis. São exigidos para as sociedades anônimas e parte deles 
estendidos a outros tipos societários, através do Imposto de Renda. 
 
Os relatórios contábeis não obrigatórios não são menos importantes. Existem relatórios não 
obrigatórios imprescindíveis para a administração. A Lei 6.404/76, de 15/12/76 e posteriores atualizações 
estabelece, para as Sociedades Anônimas que, ao fim do exercício social e com base na escrituração contábil 
fará elaborar as seguintes Demonstrações Financeiras (ou Contábeis), as quais deverão ser publicadas em 
dois jornais - Diário Oficial e um de grande circulação: 
 
Essas demonstrações serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados. 
Pela legislação do Imposto de Renda, as sociedades por quotas de responsabilidade limitada e outros tipos 
societários deverão apresentar as seguintes demonstrações: 
• Balanço Patrimonial (BP); 
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).

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