Demonstração do Resultado do Exercício

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Contabilidade Geral 
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Demonstração do Resultado do Exercício. 
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SUMÁRIO 
 
 
SUMÁRIO ........................................................................................................................................................................................ 1 
SIGLAS ............................................................................................................................................................................................ 2 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ....................................................................... 3 
DRE DE ACORDO COM A LEI 6.404/76 ................................................................................................................... 4 
Estrutura da DRE de acordo com a Lei 6.404/76 .................................................................................... 5 
DRE DE ACORDO COM O CPC 26 ................................................................................................................................ 11 
CADERNO DE QUESTÕES ............................................................................................................................................... 15 
 
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SIGLAS 
 
BP Balanço Patrimonial 
DC Demonstração Contábil 
DRE Demonstração do Resultado do Exercício 
CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
CMV Custo das Mercadorias Vendidas 
IR Imposto de Renda 
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados 
JSCP Juros Sobre Capital Próprio 
LAIR Lucro Antes do Imposto de Renda 
PL Patrimônio Líquido 
LLE Lucro Líquido do Exercício 
 
 
 
 
 
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil, 
exigida pela Lei 6.404/76 e CPC 26, que evidencia o lucro ou prejuízo de uma entidade 
num determinado período, através da comparação entre receitas e despesas sob o 
regime de competência. Apresentada de forma vertical, deduz despesas das receitas 
para determinar o resultado, que é então incorporado ao PL. A DRE abrange apenas 
contas temporárias de resultado, sendo zeradas ao fim do exercício para apuração 
do resultado. 
 
 
Figura 1 
 
DRE
DC obrigatória (CPC 26 e Lei 
6.404/76)
Confronta receitas e despesas
Evidencia lucro ou prejuízo no 
período
Regime de competência
Apresentada de foma vertical
O resultado é posteriormente 
incorporado no PL
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DRE DE ACORDO COM A LEI 6.404/76 
 
A Lei 6.404/76 determina o seguinte sobre a DRE: 
 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os 
abatimentos e os impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e 
serviços vendidos e o lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das 
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas 
operacionais; 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão 
para o imposto; 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes 
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de 
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que 
não se caracterizem como despesa; 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do 
capital social. 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da 
sua realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
 
 
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Estrutura da DRE de acordo com a Lei 6.404/76 
 
Segundo a Lei das SA’s, a DRE deve possuir a seguinte estrutura: 
1. Receita Operacional Bruta das Vendas e Serviços (ou Vendas Brutas) 
2. (-) Deduções da Receita Bruta 
 (-) Devoluções de vendas e vendas canceladas 
 (-) Descontos incondicionais concedidos (comerciais) 
 (-) Abatimentos concedidos 
 (-) Tributos incidentes sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS e COFINS) 
 (-) Ajuste a valor presente de vendas* 
3. (=) Receita Operacional Líquida (Receita Líquida ou Vendas Líquidas) 
4. (-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e dos Serviços Prestados (CSP) 
5. (=) Resultado Operacional Bruto (Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto) 
6. (-) Despesas Operacionais 
 (-) Despesas com vendas (ou despesas comerciais) 
 (-) Despesas gerais e administrativas 
 (-) Despesas financeiras, deduzidas das receitas financeiras 
 (-) Outras despesas operacionais 
7. (+) Outras receitas operacionais 
8. (=) Resultado Operacional Líquido (Lucro ou Prejuízo Operacional) 
9. (-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais) 
10. (+) Outras receitas (antigas receitas não operacionais) 
11 = Resultado antes do Imposto de Renda e CSLL (LAIR) 
12. (-) Despesa com provisão p/ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 
13. (-) Despesa com provisão para Imposto de Renda (IR) 
14. (=) Resultado após o IR e CSLL (ou Resultado antes das participações) 
15. (-) Participações de: 
 (-) debêntures 
 (-) empregados 
 (-) administradores 
 (-) partes beneficiárias 
 (-) instituições de assistência ou previdência de empregados 
16. (=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício 
 
 
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A Lei 6.404/76 exige também a divulgação do lucro ou prejuízo líquido do 
exercício por ação do capital social. 
 
Lucro líquido por ação = 
Lucro líquido do exercício (LLE)
Total de ações 
 
Ademais, quando a operação estiver sujeita a incidência de IPI, a receita bruta é 
obtida a partir do faturamento bruto deduzido do IPI. 
 
 
Figura 2 
 
 
 
A seguir vamos apresentar cada um dos componentes da DRE. 
 
 
Figura 3 
1. Receita bruta
Receitas obtitas na 
atividade principal da 
empresa com venda de 
mercadorias e serviços
A contabilização é 
realizada pelo valor 
bruto, incluindo os 
impostos
Apesar do regime de competência, há casos em que o reconhecimento da 
receita é proporcional ao custo incorrido no período. Veja a questão 
abaixo aplicada pela FGV. 
SE LIGA! 
Receita bruta = Faturamento bruto IPI sobre faturamento - 
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Figura 4 
 
 
 
 
 
Figura 5 
2. Deduções da 
Receita Bruta
Devolução de vendas e 
vendas anuladas
São devoluções de vendas 
dentro do exercício social. 
Devoluções de exercícios 
anteriores são despesas 
operacionais.
Abatimento sobre vendas
Descontos concedidos após a 
entrega dos produtos e a 
emisão da NF. Não afeta a 
base de cálculo dos impostos.
Descontos incondicionais 
concedidos
Ocorre no momento da venda 
e é destacado na nota fiscal e 
não há condição para sua 
concessão
Impostos de contribuições 
sobre vendas e ServiçosICMS, ISS, Cofins, 
PIS/PASEP
Ajuste a valor presente 
sobre clientes
Passou a ser dedução da 
receita bruta com a Lei 
12.973/2014
Fatos que alteram 
o valor da venda
A obrigatoriedade do ajuste a valor presente ser lançado como dedução da 
receita bruta de vendas vale somente para a legislação fiscal. A legislação 
comercial não reconhece o ajuste a valor presente como dedução da receita 
bruta de venda. 
SE LIGA! 
3. Receita 
operacional líquida = Receita Bruta Deduções da receita 
bruta - 
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 8 
 
Figura 6 
 
 
 
Figura 7 
 
 
 
Figura 8 
 
 
4. Custo das Mercadorias 
Vendidas (CMV)
Estoque inicial + compras 
líquidas - estoque final
6.
 D
es
pe
sa
s o
pe
ra
ci
on
ai
s
Despesas com vendas
Gastos com promoção, colocação e 
distribuição dos produtos 
vendidos, inclusive PECLD, 
pesquisa e publicidade.
Despesas gerais e 
administrativas
Gastos com a gestão da empresa, 
inclusive salários alugueis e 
provisões
Despesas financeiras
Juros passivos, descontos 
condicionais concedidos, 
comissões passivas, JSCP, e outros
Perda de equivalência 
patrimonial e perdas estimadas 
para ajuste ao valor de mercado
Variações monetárias passivas
Despesa com depreciação, 
amortização e exaustão
5. Resultado bruto 
(lucro/prejuízo bruto) = Receita 
Líquida 
CMV - 
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 9 
 
Figura 9 
 
 
 
Figura 10 
 
 
 
 
 
Figura 11 
7. 
Ou
tr
as
 re
ce
ita
s o
pe
ra
ci
on
ai
s
Receitas financeiras Juros ativos, descontos 
condicionais obtidos, e outros
Ganho de equivalência 
patrimonial
Variações monetárias ativas
Receitas de aluguel
Dividendos recebidos 
(investimentos avaliados pelo 
custo)
Outras 
receitas/despesas 
(itens 9 e 10 da 
DRE)
Ganhos e perdas 
decorrentes das baixas de 
bens ou de direitos 
classificados nos grupos 
investimentos, 
imobilizado e intangível
São as antigas 
receitas/despesas 
não operacionais
IR/CSLL
(itens 12 e 13)
São calculados a partir do lucro ou 
"resultado antes do do IR e CSLL 
(LAIR)" - item 11
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2638619
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1990322
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 10 
 
Figura 12 
 
 
 
Figura 13 
 
 
 
 
15. Participações
Lei 6.404/76, Art. 190. As participações 
estatutárias de empregados, administradores e 
partes beneficiárias serão determinadas, 
sucessivamente e nessa ordem, com base nos 
lucros que remanescerem depois de deduzida 
a participação anteriormente calculada.
Or
de
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1. Debêntures
2. Empregados
3 . Administradores
4. Partes beneficiárias
5. Fundos de assintência ou 
previdência de empregados
As taxas de cada participação podem ser diferentes, mas não podem ser 
maiores que 10% do resultado do período. 
SE LIGA! 
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DRE DE ACORDO COM O CPC 26 
 
O item 82 do CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis de fine o seguinte: 
 
82. Além dos itens requeridos em outros pronunciamentos, a demonstração do 
resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas, obedecidas 
também às determinações legais: 
(a) receitas, apresentando separadamente receita de juros calculada utilizando 
o método de juros efetivos; (Alterada pela Revisão CPC 12) 
(aa) ganhos e perdas decorrentes do desreconhecimento de ativos financeiros 
mensurados pelo custo amortizado; (Alterada pela Revisão CPC 12) 
(b) custos de financiamento; 
(ba) perda por redução ao valor recuperável (incluindo reversões de perdas por 
redução ao valor recuperável ou ganhos na redução ao valor recuperável), 
determinado de acordo com a Seção 5.5 do CPC 48; 
(c) parcela dos resultados de empresas investidas, reconhecida por meio do 
método da equivalência patrimonial; 
(ca) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao 
custo amortizado de modo que seja mensurado ao valor justo por meio do 
resultado, qualquer ganho ou perda decorrente da diferença entre o custo 
amortizado anterior do ativo financeiro e seu valor justo na data da 
reclassificação (conforme definido no CPC 48); 
(cb) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao 
valor justo por meio de outros resultados abrangentes de modo que seja 
mensurado ao valor justo por meio do resultado, qualquer ganho ou perda 
acumulado reconhecido anteriormente em outros resultados abrangentes que 
sejam reclassificados para o resultado; 
(d) tributos sobre o lucro; 
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(ea) um único valor para o total de operações descontinuadas (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 31); 
(f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da 
emissão deste Pronunciamento, a demonstração do resultado deve incluir 
ainda as seguintes rubricas: 
(i) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos; 
(ii) lucro bruto; 
(iii) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e 
receitas operacionais; 
(iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras; 
(v) resultado antes dos tributos sobre o lucro; 
(vi) resultado líquido do período 
 
A estrutura da DRE conforme o CPC 26 é a seguinte: 
Receitas 
(-) CMV 
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas com vendas 
(-) Despesas gerais e administrativas 
(-) Outras despesas 
(+) Outras receitas 
(+/-) Resultado de equivalência patrimonial 
(=) Resultado antes das receitas e despesas financeiras 
(-) Despesas financeiras 
(+) Receitas financeiras 
(=) Resultado antes dos tributos sobre o lucro 
(-) Despesa com tributos sobre o lucro 
(=) Resultado Líquido das Operações Continuadas 
(+/-) Resultado líquido das operações descontinuadas 
(=) Resultado Líquido do Período 
 
 
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O CPC 26 determina, no seu item 99, que a entidade deve apresentar uma análise das 
despesas utilizando uma classificação baseada na sua natureza, se permitida 
legalmente, ou na sua função dentro da entidade, devendo eleger o critério que 
proporcionar informação confiável e mais relevante, obedecidas as determinações 
legais. 
 
Ademais, as despesas devem ser subclassificadas afim de destacar componentes do 
desempenho que possam diferir em termos de frequência, potencial de ganho ou de 
perda e previsibilidade. Essa análise dever ser proporcionada em uma de duas 
formas possíveis: método da natureza da despesa e método da função da despesa. 
 
 
Figura 14 
Su
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ss
ifi
ca
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o 
da
s d
es
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sa
s
Método da natureza da 
despesa
As despesas são agregadas na 
DRE de acordo com a sua 
natureza, e não realocados entre 
as funções dentro da entidade
Ex.: depreciações, compras de 
materiais, despesas com 
transporte, benefícios aos 
empregados e despesas de 
publicidade
Método da função da despesa 
(ou dos custos dos produtos e 
serviços vendidos)
As despesas são classificadas de 
acordo com a sua função como 
partedo custo dos produtos ou 
serviços vendidos ou, por 
exemplo, das despesas de 
distribuição ou das atividades 
administrativas
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O exemplo abaixo detalha a diferença na utilização dos dois métodos. 
 
Método danatureza da despesa Método da função da despesa 
Receitas 5.000 Receitas 5.000 
Outras Receitas 0 Custo dos produtos e serviços 
vendidos 
(700) 
Variação do estoque de produtos 
acabados e em elaboração (300) Lucro bruto 4.300 
Consumo de matérias-primas e materiais (400) Outras receitas 0 
Despesa com benefícios a empregados (80) Despesas de vendas (50) 
Depreciações e amortizações (150) Despesas administrativas (230) 
Outras despesas (100) Outras despesas (100) 
Total da despesa (1080) Resultado antes dos tributos 3.920 
Resultado antes dos tributos 3.920 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com a Lei 6.404/76, as entidades devem utilizar o método da 
função na classificação das despesas. Ademais, o CPC 26 destaca que, 
quando for usada a classificação com base no método da função das 
despesas, a entidade deve divulgar informação adicional acerca da natureza 
da despesa, incluindo as despesas de depreciação e de amortização e as 
despesas com benefícios aos empregados. 
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Esquematizado 12 
 15 
CADERNO DE QUESTÕES 
 
CEBRASPE 
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FGV 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3GEcD 
FCC 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3GEcK 
VUNESP 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3GEcI 
CESGRANRIO 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3GEcQ 
 
 
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