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AULA 01

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UNIPÊ – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
CURSO DE DIREITO – DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
PROFESSOR: JUIZ JOSIVALDO FÉLIX DE OLIVEIRA
UNIDADE I - O PROCESSO DE EXECUÇÃO 
NOTA DE AULA N. º 01.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A ordem Jurídica = Visa compor os conflitos de interesses protegendo o lícito e reprimindo o ilícito.
Dicotomia do Sistema Processual Civil Brasileiro.
Processo de Conhecimento = o Juiz examina a lide, pesquisa o direito dos litigantes e prolata a sentença.
Processo de Execução = o juiz parte da certeza do direito do credor, atestada pelo título executivo.
1.3. Ato Executivo = Resultado final a que tende todo o processo de execução, podendo ser definido como, “o ato por meio do qual o Estado, através de seus órgãos jurisdicionais, transfere algum valor jurídico do patrimônio do demandado para o patrimônio do demandante, para a satisfação de uma pretensão a este reconhecida e declarada legítima pela ordem jurídica.�
Escorço Histórico.
D. Romano antigo = Característica privatística, a atuação do pretor consistia em não tomar medidas executivas, mas em liberar a atividade do credor. A execução se fazia na pessoa do devedor, podendo este ser até vendido pelo credor.
Em Portugal = 1) período das Ordenações – a execução era estatal sobre o patrimônio do devedor, mantido a precedência de quem primeiro penhorava. 2) período contemporâneo – Desjudicialização da execução. O juiz atua na forma de tutela de controle em caso de litígio surgido na pendência da execução (art. 809 – 1 – b) ou quando deva proferir despacho liminar sobre atos executivos (arts. 809 – 1 – a, 812 e 812-A). Os atos executivos de penhora venda ou pagamento, cabe ao “agente de execução” que um auxiliar da justiça.
Suécia = (Desjudicialização) – Promoção da execução pelo Serviço Público de Cobrança Forçada.
França, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Grécia (União Européia) = Idem. “huissier”; na Escócia, temos o “Sheriff Officer). 
Alemanha e Austria = agente de execução (Gerichtsvollzieher).
O Regulamento 737 – primeiro diploma processual pátrio regulou a ação executiva em seu artigo 308, §§ 1º e 3º para certos atos de comércio.
O Regulamento 738, disciplinou o processo de execução coletiva do devedor comerciante – falência -.
O código de 1939 previa execução de títulos extrajudiciais e executórias da sentença.
Pelo Código em vigor = Execução: a) para cumprimento da sentença (art. 475 – J – Lei 11.232 de 22/12/2005) prevista no Livro I, é fase complementar do processo de conhecimento; b) Titulo Executivo Extrajudicial (art. 586 e seguintes CPC – Lei 11.382 de 06/12/2006. 
Princípios informativos da tutela jurisdicional executiva.
Princípio da Realidade – Toda execução é real, isto é, a atividade executiva incide, direta e exclusivamente, sobre o patrimônio do devedor (art. 591 CPC);
Princípio da satisfação – A execução tende apenas à satisfação do direito do credor. Vale dizer que há uma limitação imposta à atividade jurisdicional executiva, cuja incidência sobre o patrimônio do devedor há de se fazer, em princípio parcialmente, isto é, não atingindo todos os seus bens, mas apenas a porção indispensável à realização do direito do credor (art. 659 e 692 § único).
Princípio da utilidade da execução = a execução deve ser útil ao credor, e, por isso, não se permite a sua utilização como instrumento de castigo ou sacrifício do devedor. (art. 659, § 2º, e 692 CPC).
Princípio da economia da execução = deve ser realizada a execução de forma que satisfazendo o direito do credor, seja o menos gravoso possível ao devedor (art. 620 CPC).
Princípio da especificidade ou do resultado (Araken de Assis) = propicia ao credor, na medida do possível, precisamente aquilo que ele obteria, se a obrigação fosse cumprida pessoalmente pelo devedor. Ex.: Contrato para construir um imóvel. Se o devedor inadimplir, o credor pode propor ação que vise o cumprimento (obrigação de fazer) quer seja pelo próprio devedor, quer seja por um terceiro as expensas do devedor. Excepcionalmente o objeto da prestação se torna impossível, o que enseja ao credor optar pela execução substitutiva de perdas e danos (pagamento em dinheiro), e para tanto pode se valer do comando dos artigos 627, caput, 461-A, § 3º c/c o art. 461, § 1º do CPC.
Princípio do ônus ou responsabilidade (Araken de Assis) da execução = fundamenta-se no imperativo de que a execução corre às expensas do executado (arts. 651 e 659 CPC). (arts. 395, 401 CC/2002; 956, 959 CC/16); exceto na execução provisória quando o ônus é do exeqüente. 
Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana = tem por fito evitar que a execução leve o executado à situação de ruína total, à fome e ao desabrigo seu e da família, daí o legislador ter conferido a impenhorabilidade de certos bens (art. 649).
Princípio da disponibilidade da execução = o credor pode propor ou não a execução, como também pode de ela desistir com ou sem o consentimento do devedor (art. 569), todavia se desistir ficará responsável pelas custas. 
Princípio da autonomia (Araken de Assis) = Características:
Nem todo processo de conhecimento tem como conseqüência uma execução forçada; o cumprimento voluntário da condenação torna impossível a execução forçada,
Nem toda execução tem como pressuposto uma sentença condenatória derivada de anterior processo de conhecimento, pois pode ser baseada em títulos extrajudiciais,
Os processos de cognição e execução podem correr ao mesmo tempo e paralelamente, como exemplo a hipótese de execução provisória.�
Princípio do título (Araken de Assis) = (art. 586) Toda execução tem por base um título executivo judicial (art. 475 –N CPC) ou extrajudicial (art. 585).
Princípio da adequação (Araken de Assis ) = (art. 615, I) – Reflete a manifestação de dois outros princípios quais sejam o da proporcionalidade e o da razoabilidade nos domínios executivos. Em suma aplica-se na execução a via executiva idônea para atingir o bem, quando “por mais de um modo pode ser efetuada” (art. 615, I). Exemplo: Obrigação de prestar alimentos, onde o credor dispõe de vários meios executórios (art. 732 e 733 do CPC), mas seu emprego se governa pela ordem legal prevista nos artigos 16, 17 e 18 da Lei 5.478/68. 
Princípios do contraditório e ampla defesa (Misael Montenegro Filho) .
BIBLIOGRAFIA.
GRECO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro – Processo de execução e procedimentos especiais. 3º vol. Saraiva – São Paulo.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Processo de Execução Cumprimento da Sentença e Processo Cautelar – 39 edição - Forense – Rio de Janeiro, 2006.
THEODORO JUNIOR, Humberto. A reforma da Execução do Titulo Extrajudicial. Forense. Rio de Janeiro. 2007. 
SILVA, Ovídio Araújo Baptista da Curso de Processo Civil. Execução obrigacional, execução real e ações mandamentais. Vol. 2 – 3ª edição – ERT. São Paulo, 1988.
ASSIS, Araken de. Manual do Processo de Execução. 8ª edição. ERT. São Paulo. 2002.
ASSIS, Araken de. Cumprimento da Sentença. Forense. Rio de Janeiro. 2006.
FUX, Luiz. Curso de Direito Processual Civil. – Forense – Rio de Janeiro 2001.
FUX, Luiz. A Reforma do Processo Civil. Editora Impetus. Rio de Janeiro. 2006.
SANTOS, Ernane Fidélis dos. Manual do Direito Processual Civil. - Vol. 3. 9ª edição. Saraiva: São Paulo. 2003.
SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito P	rocessual Civil. – 3º Vol. Editora Saraiva. São Paulo 2001.
� SILVA, Ovídio Araújo Baptista. Curso de Processo Civil – Execução obrigacional, execução real, ações mandamentais – Vol. 02 – ERT. 1998.
� THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Processo de Execução e processo cautelar. Vol. II – 28ª edição – Forense – Rio de janeiro, 2000.

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