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Direito Constitucional I – 16 de fevereiro de 2012 Quantos centros de poder se manifestam dentro do Estado? Mais de um, União, estados, municípios e o Distrito Federal; logo o Brasil é um estado composto. Mas é um Estado composto por federação ou confederação? Para responder a este questionamento deve-se saber a diferença entre federação e confederação. Confederação Federação Unidades parciais têm direito à separação, secessão. As unidades parciais não têm o direito de secessão. Unidades parciais soberanas. Unidades parciais autônomas. Nasce a partir de um tratado internacional. Nasce a partir de uma constituição. Histórico 1776 – Inglaterra tinha 13 colônias, e estas se tornaram Estados Independentes; 1777 – Os 13 Estados Independentes se uniram e fizeram um tratado internacional, formou-se uma confederação; 1787 – Os 13 Estados Independentes mandaram representantes à Filadélfia que abriram mão de sua soberania e transformaram-se uma federação; Tipos de Federação Centrífuga: um único Estado Soberano, que por meio da desagregação se subdivide em diversas Unidades Parciais Autônomas; Centrípeta: vários Estados Soberanos que abrem mão de sua soberania para se tornarem um único Estado Soberano com diversas Unidades Parciais Autônomas. Características da Federação - Indissolubilidade do vínculo: não há o direito de secessão (Art. 1º - CF), Lei 7.170/83, atentar contra a indissolubilidade é crime, ocorrendo isso ocorrerá uma Intervenção Federal (art. 34, inciso I - CF); - Divisão constitucional de competência: Arts. 22 e 23 Competência da União; Arts. 29 e 30 competência dos municípios; Art. 25 competência dos estados; Art. 30 competência do DF (Art. 60, §4º - Forma de Estado é cláusula pétrea); Formas de Governo De que maneira o poder é exercido dentro de um determinado território? Respondendo a essa pergunta encontra-se a Forma de Governo, (a.C.340 – Aristóteles – Três formas de governo: Monarquia – governo de uma pessoa soberana, se ela for viciada a monarquia torna-se tirania; Aristocracia – governo de poucos, de uma determinada classe, e esta sendo viciada torna-se em oligarquia; e por fim República – governo de muitos, e esta sendo viciada torna-se em demagogia.). Na Monarquia o poder é exercido de forma hereditária, vitalícia e irresponsável; Na República o poder é exercido de forma eletiva, temporária e responsável (Art. 37, §6º - a forma republicana não é cláusula pétrea). Honestidade cívica – republicanismo, possibilidade de responsabilizar o servidor por seus atos. A forma de governo é um princípio constitucional sensível, pois conforme o Art. 34, VII sofrerá a sanção de Intervenção Federal. Sistemas ou Regimes de Governo De que maneira o Legislativo e o Executivo se relacionam dentro do Estado? Se houver dependência entre o Executivo em relação ao Legislativo haverá um regime Parlamentarista; Se houver independência entre o Executivo em relação ao Legislativo haverá o regime Presidencialista. Diferenças entre Presidencialismo e Parlamentarismo Parlamentarismo Presidencialismo (Art. 76) Duas autoridades distintas exercem a função executiva: Chefe de Estado e Chefe de Governo; Uma autoridade exerce a função executiva: Presidente da República; Mandato com prazo determinado do Primeiro Ministro (chefe de governo) poderá ser reduzido; Mandato com prazo determinado, não podendo o Legislativo reduzi-lo; Obs.: Executivo dual = Parlamentarismo – Executivo Monocrático = presidencialismo Espécies de Parlamentarismo - Parlamentarismo Monárquico Constitucional: necessariamente haverá um rei, ou monarca na figura de Chefe de Estado, e na figura de Chefe de Governo há o Primeiro Ministro. Exemplo: Inglaterra e Espanha; - Parlamentarismo Republicano Constitucional: haverá um presidente da república como Chefe de Estado, e como Chefe de Governo o Primeiro Ministro. Exemplo: França, Israel e Itália. Obs.: O Brasil, de 1961 até 1963 teve seu regime de governo como o Parlamentarista Republicano; Chefe de Estado – João Goulart e Chefe de Governo – Tancredo Neves. Obs.: Sistema de Governo não é cláusula pétrea, PEC do Collor para transformar o país em Parlamentarista. Recepção de Tratados Internacionais Tratado internacional – acordo bilateral de vontades entre dois Estados (Países) O tratado internacional no Brasil deve ser feito por meio de um dualismo jurídico, significa dizer que quando o Executivo executa um tratado o Legislativo o homologará. Fases para que o tratado internacional adentre o ordenamento jurídico brasileiro: - Assinatura do tratado internacional pelo presidente da república (ainda não produz efeitos no Brasil); - Congresso Nacional deve aprovar o Tratado Internacional, por um simples decreto legislativo (Art. 49, I)(ainda não produz efeitos no Brasil); - Promulgação do tratado internacional; promulgará através de um decreto do chefe do Executivo. Por regra – o Tratado Internacional tem peso de Lei Ordinária, se o tratado versar sobre direitos humanos terá força de Emenda Constitucional (Pacto de São José da Costa Rica).
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