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O conhecimento e seus níveis - Módulo 1 Metodologia do Trabalho Acadêmico
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O conhecimento e seus níveis - Módulo 1 Metodologia do Trabalho Acadêmico
O Conhecimento e os Tipos de Conhecimento
Podemos afi rmar que conhecimento é a relação que se estabelece entre o sujeito que conhece ou deseja 
conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer. O conhecimento é produto de uma con-
junção da atividade do sujeito com a manifestação de um objeto que de alguma forma lhe interessa. 
Na raiz de qualquer investigação sobre o conhecimento está a questão da busca da explicação dos 
fatos e fenômenos. Pelo conhecimento o homem penetra as diversas áreas da realidade para dela tomar 
posse.
Ao longo da existência do homem desde a Antiguidade, passando pela Idade Média, Idade Moderna e 
Idade Contemporânea, a evolução do conceito e de métodos de conhecer vem evoluindo.
O conhecimento humano pode ser dividido em tipos diferentes, permitindo quatro espécies de conside-
rações sobre uma mesma realidade.
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O conhecimento e seus níveis - Módulo 1
1 - Conhecimento Sensível ou Senso Comum
Conhecimento empírico é o modo comum de adquirir conhecimento sem que haja refl exão. Nasce da 
experiência do dia-a-dia e está ao alcance de todos. Esse conhecimento, também chamado de conhe-
cimento vulgar, é o conhecimento obtido ao acaso, a partir da observação dos acontecimentos e das 
relações do mundo material exterior. O homem toma consciência das experiências alheias, incorporan-
do, principalmente pela tradição, o legado das ideias transmitidas de geração a geração.
Pelo conhecimento empírico o homem conhece os fatos e as coisas em sua ordem aparente, por experi-
ências feitas ao acaso, sem método, e por investigações pessoais feitas ao sabor das circunstâncias da 
vida.
O conhecimento empírico é intuitivo, impreciso, inconsistente e, às vezes, contraditório. É o conheci-
mento subjetivo, útil e necessário para a sobrevivência biológica do homem no seu meio físico, mas que 
ignora outros fatores mais profundos, interferentes e determinantes em termos da cultura e do meio 
social.
Um dos grandes mitos que cercam o senso comum é associá-lo diretamente às camadas populares, 
como se fosse delas a exclusividade da posse do senso comum. Ao contrário, o senso comum, enquanto 
pensamento estruturante de uma visão de mundo, permeia todas as classes sociais, diferenciando-se, 
obviamente, em função do universo cultural que as distinguem.
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2 - Conhecimento Científi co
O conhecimento científi co vai além do conhecimento empírico. Ao contrário do empírico, procura expli-
car de modo racional aquilo que está sendo observado. Permite compreender as causas e leis que regem 
o fenômeno observado e procura explicá-lo de forma sistematizada e racional. Está preocupado em 
analisar e sintetizar explicações e soluções através de leis e sistemas. Não se contenta com explicações 
sem provas concretas; seus alicerces estão em análises e síntese; em metodologia e racionalidade. 
É um conhecimento apoiado na demonstração e na experimentação. A ciência só aceita o que foi prova-
do. É, ao mesmo tempo, um saber teórico sobre o mundo e um poder prático sobre ele.
A relação entre sujeito e objeto é uma das grandes questões que se colocam na construção do conheci-
mento científi co. Há uma corrente que defende a possibilidade de um conhecimento científi co neutro, 
independente de quem o produz, e outra que acredita ser impossível isentar o sujeito da própria nature-
za desse conhecimento.
A ciência, em todas as suas ramifi cações, adquire funcionalidade através de um método próprio. Este 
método, a serviço da ciência, diz respeito a um conjunto de técnicas aplicadas, sequencialmente, na 
cronologia de uma pesquisa.
Diversos autores contemporâneos trabalham com a defi nição de conhecimento científi co, porém todos 
eles buscaram na fi losofi a suas fontes primárias para a formulação de suas teorias sobre esse tema. 
Ex: A chave está emperrando na fechadura, e de tanto experimentar abrir a porta, acabamos por desco-
brir (conhecer) um jeitinho de girar sem emperrar.
Fonte: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met02b.html
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3 - Conhecimento Filosófi co
O conhecimento fi losófi co é adquirido na procura de respostas para interrogações e questionamentos; 
distingue-se do científi co pelo objeto de investigação e pelo método. Os objetos da ciência são os dados 
próximos, imediatos, perceptíveis pelos sentidos ou por instrumentos, pois sendo de ordem material 
e física são por isso suscetíveis de experimentação. O objeto da Filosofi a é constituído de realidades 
mediatas, não perceptíveis pelos sentidos, por serem de ordem suprassensível.
O conhecimento fi losófi co parte da razão. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do 
debate - do fi losofar. Está ligado à construção de ideias e conceitos, tratando de questões metafísicas.
Ex: Descobrir uma vacina que evite uma doença, descobrir como se dá a respeiração dos batráquios.
Fonte: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met02b.html
Segundo JAPIASSÚ (1996) “O saber científi co se desenvolve de modo autônomo e não mais como um 
momento do caminho da sabedoria: é ele que torna o homem mestre e dominador da natureza”. 
 
Para saber mais, consulte as referências: JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. 
Dicionário básico de fi losofi a. 3. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. 
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4 - Conhecimento Teológico 
Teologia é a refl exão sobre os dogmas de fé. Esses dogmas são revelações divinas que não podem ser 
descobertas pela ciência, pela fi losofi a, e tampouco pelo conhecimento popular. São os conhecimentos 
adquiridos nos livros sagrados e aceitos (racionalmente) pelos homens depois de terem passado pela 
crítica histórica mais exigente. A partir daí, o conteúdo da revelação, comprovado pelos sinais que a 
acompanham, reveste-se de autenticidade, segundo os variados critérios das religiões existentes.
O conhecimento teológico é adquirido a partir da aceitação dos dados da revelação divina, da fé. A 
fi nalidade do Teólogo é provar a existência de Deus. Como os textos Bíblicos foram escritos mediante 
inspiração divina, devem ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. Vale-se, de 
modo geral, do argumento de autoridade.
Exemplo: Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em 
reencarnação; acreditar em espírito etc..
Fonte : http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met02b.htm
Exemplo “O homem é a ponte entre o animal e o além-homem” (Friedrich Nietzsche)
Fonte : http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met02b.htm