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Anticoncepção SUMÁRIO 1. Introdução ..........................................................................................................4 2. Eficácia ..............................................................................................................5 3. Escolha do método .............................................................................................6 4. Critérios de elegibilidade ....................................................................................7 5. Métodos comportamentais .................................................................................8 Tabelinha ou método de Ogino-Knaus ........................................................................ 8 Método da curva de temperatura basal ...................................................................... 8 Método do muco cervical ou de billings ................................................................... 10 Sintotérmico ............................................................................................................... 10 Coito interrompido...................................................................................................... 10 Lactação ..................................................................................................................... 10 6. Métodos de barreira .........................................................................................11 Preservativos (camisinha) ......................................................................................... 11 Diafragma ................................................................................................................... 12 Espermicida ................................................................................................................ 13 7. Dispositivos intrauterinos (DIUS) ......................................................................14 Diu de cobre ................................................................................................................ 15 Siu de levonorgestrel (siu- lng) .................................................................................. 15 8. Contracepção hormonal ............................................................................................ 18 Contraceptivo oral combinado (cocs) ....................................................................... 20 Injetável mensal .......................................................................................................... 23 Anel vaginal ................................................................................................................. 23 Adesivo transdérmico ................................................................................................ 23 Contraceptivos apenas de progestogênio (cops) .................................................... 24 9.Contracepção cirúrgica .....................................................................................27 10.Contracepção de emergência ..........................................................................30 Referências ...................................................................................................... 32 Anticoncepção 4 1. INTRODUÇÃO A anticoncepção é um conjunto de métodos e técnicas utilizadas com o intuito de impedir a gravidez. A partir da década de 1996 pela Lei n. 9263, o planejamento familiar foi oficialmente empregado no Brasil. O planejamento familiar corresponde ao recurso que permite ao casal a decisão do número de filhos e intervalo entre as gestações que desejam, de maneira programada e consciente. Acredita-se que no Brasil, cerca de 55% das gestações não são planejadas. Esse número é ainda maior entre os adolescentes, chegando a 90% das gestações. Hoje em dia, há uma ampla gama de métodos contraceptivos disponíveis, possibilitando ao casal escolher o que mais atende as suas necessidades. A maioria desses métodos são oferecidos pelo- Sistema Único de Saúde (SUS), difundindo assim o emprego planejamento familiar. Os métodos contraceptivos podem ser agrupados de diferentes maneiras, como o tipo de método, o potencial de reversibilidade e de acordo com a sua efetividade. Quando se considera a efetividade do método, podemos dividi-lo em: métodos de pri- meira linha que são mais efetivos, no qual não é necessário a motivação de uso pela paciente; métodos de segunda linha, muito efetivos, no qual precisam de atenção da paciente em relação ao uso correto; métodos de terceira linha que são efetivos e incluem os métodos de barreira e percepção das mudanças corporais; e os métodos de quarta linha que são menos efetivos, onde se encontram os espermicidas e o coi- to interrompido. Anticoncepção 5 Figura 1: Tipos de métodos de acordo com a efetividade. Fonte: vadim-design/Shutterstock.com 2. EFICÁCIA A eficácia de um método contraceptivo diz respeito à capacidade desse método de evitar gestações em um período de tempo, geralmente no decorrer de um ano. O escore mais utilizado para identificar a eficácia é o índice de Pearl. O índice de Pearl é calculado dividindo o número de falhas ocorridas em 12 meses em 100 mulheres pelo número total de meses de exposição. Portanto, quanto menor o Índice de Pearl, maior é a efetividade do método. Se liga! Não confunda o conceito de eficácia com efetividade! A eficácia de um método está relacionada ao resultado obtido quando o uso é correto. Já a efetividade é o resultado obtido pelo uso rotineiro, ou seja, correto e incorreto. Anticoncepção 6 A eficácia e efetividade variam entre os estudos, pois são influenciadas pela ade- são ao método em cada população estudada. Eficácia e efetividade dos anticoncepcionais ANTICONCEPCIONAL USO PERFEITO USO HABITUAL Implante contraceptivo 0,05 0.05 Vasectomia 0,1 0.15 Esterilização feminina 0,5 0,5 DIU de cobre 0,6 0,8 Lactação 0,9 2,0 Injetáveis mensais 0,3 3 Pílulas combinadas 0,3 3 Adesivo transdérmico 0,3 3 Preservativo masculino 2 16 Coito interrompido 4 27 Fonte: Autoria própria. 3. ESCOLHA DO MÉTODO A escolha do método contraceptivo ideal é fundamental para garantir a aderência e continuidade do uso, impactando no seu grau de efetividade. Para isso, é funda- mental que a paciente conheça cada tipo de método, seu modo de uso, benéficos e efeitos adversos. Essa escolha é individual e deve ser orientada pelo profissional de saúde, pois leva em conta aspectos clínicos, incluindo idade, fatores de risco e doen- ças associadas e aspectos socioeconômicos. Por isso, é fundamental que o médico avalie através da anamnese e exame físico, fatores que contraindiquem o uso do mé- todo naquela paciente. Algumas questões como o tabagismo, presença de hipertensão arterial, amamen- tação, problemas cardiovasculares, histórico de câncer de mama, problemas hepáti- cos, uso de medicações e enxaqueca, devem ser levantadas durante a consulta, visto que são essenciais para a definição do método contraceptivo. Anticoncepção 7 4. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE Os critérios de elegibilidade são orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a prescrição de métodos contraceptivos levando em consideração o ris- co-benefício para a saúde de cada paciente. Dessa forma, a partir de critérios como comorbidades, medicações em uso e antecedentes médicos, o método pode ser ou não indicado para a paciente. Os métodos anticoncepcionais podem ser classificados em quatro categorias de acordo com a OMS (2015) : Categorias doa anticoncepcionais de acordo com a OMS CATEGORIA RECOMENDAÇÃO CATEGORIA 1 O método pode ser utilizado sem qualquer restrição. CATEGORIA 2 O uso do método pode apresentar algum risco, habitualmente menor do que os benefí- cios decorrentes de seu uso. CATEGORIA 3 O uso do método pode estar associado a um risco, considerado superior aos be- nefícios decorrentes de seu uso. Portanto, o método não é o mais apropriado para aquela pessoa. Aqui estão enquadradasas “contraindicações relativas” para o uso do contraceptivo. CATEGORIA 4 O uso do método determina um risco à saúde, inaceitável. É este método contraindicado, ou seja, são contraindicações absolutas. Fonte: Autoria própria. Se liga! Para fins práticos, salvo em algumas exceções, os métodos nas categoriais 1 e 2 podem ser utilizados. Já os métodos nas categoriais 3 e 4 não devem ser utilizados. Discutiremos os critérios de elegibilidade de cada método contraceptivo no seu tópico específico. Anticoncepção 8 5. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS Os métodos anticoncepcionais comportamentais se baseiam na identificação do período fértil por meio da observação de sinais e sintomas, durante o qual as rela- ções sexuais devem ser evitadas. Esses métodos possuem a vantagem se serem baratos, naturais, sem efeitos adversos e são bem aceitos quando as crenças reli- giosas do casal não permitem outros métodos. No entanto, possuem altas taxas de falhas, pois requerem longos períodos de abstinência sexual e estão susceptíveis à irregularidade menstrual. Além disso, esses métodos não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O período fértil da mulher pode ser identificado por meio da observação da curva de temperatura corporal, das características do muco cervical e duração e fisiologia do ciclo menstrual. No quadro 3 está descrito os principais métodos comportamentais. Métodos anticoncepcionais comportamentais Métodos anticoncepcionais comportamentais Tabelinha (método de Ogino-Knaus) Temperatura basal Muco cervical (método de Billings) Sintotérmico Coito interrompido Lactação Fonte: Autoria própria. Tabelinha ou método de Ogino-Knaus Para usar esse método, a mulher deve registrar o número de dias de cada ciclo menstrual por, pelo menos, seis meses. Anticoncepção 9 Se liga! O ciclo menstrual começa no primeiro dia da menstruação e termina no último dia antes da menstruação seguinte. Caso a mulher tenha diferença de dias entre os ciclos maior que 10 dias, esse método NÃO pode ser usado! Para calcular o período em que se deve adotar a abstinência sexual, bas- ta subtrair 18 da duração do seu ciclo mais curto para saber o primeiro dia de seu período fértil e subtrair 11 dias do ciclo mais longo, que corresponde ao úl- timo dia de seu período fértil. Por exemplo, a paciente que teve o seu ciclo mais curto de 25 dias e o mais longo de 30 dias, deverá ficar em abstinência sexual no 7° ao 19° dias do ciclo. Veja bem, subtraindo 18 do ciclo mais curto (25 dias) temos 7. Já subtraindo 11 do ciclo mais longo (30 dias) temos 19. INÍCIO DO PERÍODO DE ABSTINÊNCIA TÉRMINO DO PERÍODO DE ABSTINÊNCIA Ciclo mais curto - 18 Ciclo mais longo -11 Método da curva de temperatura basal Nesse método a mulher deve observar as variações da temperatura corporal basal, buscando identificar o provável dia de ovulação. O princípio se baseia no fato de que após a ovulação, o aumento da progesterona liberada pelo corpo lúteo atinge o centro termorregulador do hipotálamo, levando ao aumento da temperatu- ra corporal em 0,2 a 0,5 graus. Para utilizar esse método, a mulher precisa verificar sua temperatura diariamente, de preferência com o mesmo termômetro, no mesmo local do corpo e no mesmo horário, preferencialmente pela manhã antes de sair da cama. O período de abstinência deve ser desde o primeiro dia do ciclo menstrual até três dias após a elevação da temperatura basal. O problema desse método é que necessita de grande disciplina da mulher, além de ter um longo período de abstinência. Outra questão que limita o seu uso é que nem todas as pacientes pos- suem esse efeito termorregulador com a liberação da progesterona, não formando um gráfico bifásico como mostra a figura a seguir.. Anticoncepção 10 Método do muco cervical ou de Billings Durante o ciclo menstrual, o colo cervical sofre influência hormonal. Nesse méto- do, busca-se observar as características do muco cervical sob ação estrogênica, du- rante período ovulatório. Nessa fase, o muco cervical torna-se filante, como clara de ovo, permitindo ao espermatozoide a sobrevivência e locomoção. Após a ovulação, sob ação progestágena o muco fica espesso e escasso. Para o uso desse método, a mulher precisa observar as características do muco, examinando diariamente sua secreção. O período de abstinência vai do primeiro dia de percepção do muco até o quarto dia de percepção máxima da umidade. Vale lembrar que o sêmen e produtos vaginais como lubrificantes e pomadas prejudicam a observação do muco. Sintotérmico O método sintotérmico combina o método da temperatura basal com o método do muco cervical, associado a sinais e sintomas que podem ocorrer durante a ovulação, como sensibilidade mamária, dor pélvica e mudanças de humor. Nesse caso, o perío- do de abstinência sexual vai desde o primeiro dia do ciclo até o quarto dia após o pi- co das secreções cervicais ou o terceiro dia após a elevação da temperatura. Sendo que na ocorrência do primeiro fator, deve-se o segundo para ter relação sexual. Coito interrompido Esse método se baseia na retirada do pênis da vagina antes da ejaculação. Por isso, requer grande atenção do homem durante o ato sexual. Além disso, apesar de incomum, o fluido seminal que precede a ejaculação, pode conter espermatozoides, levando a uma possível gestação indesejada. Dessa forma, esse método possui al- tas taxas de falhas, 25% ao ano. Lactação Durante o aleitamento materno ocorrem alterações hormonais no eixo hipotálamo -hipófise-ovário, levando à anovulação. Esse método além de não ter custos, promo- ve inúmeros benefícios para a mulher e para o bebê. Além disso, o método não tem contraindicações, desde que a amamentação seja exclusiva. No entanto, sabe-se que parte das mulheres ovulam em torno do terceiro mês de pós-parto, mesmo ama- mentando. Esse fato pode gerar risco de gravidez não planejada. Anticoncepção 11 6. MÉTODOS DE BARREIRA São métodos que formam uma barreira entre os espermatozoides e a cavidade uterina, impedindo a fecundação. O nível de eficiência desses métodos varia entre 2 a 6%, a depender se seu uso é correto. Todos os métodos de barreira, além do efeito contraceptivo, também reduzem a transmissão de ISTs. Preservativos (camisinha) Dentre os métodos de barreira os preservativos são os mais utilizados. Existem preservativos masculinos e femininos que podem ser feitos de látex ou poliuretrano. Sua taxa de falha geralmente está ligada ao uso incorreto. Além do efeito contra- ceptivo, é o método mais eficaz de prevenção de ISTs. Além disso, está associado a redução de neoplasias do colo do útero pela diminuição da transmissão do papilo- mavírus humano (HPV). Por isso, é indicado o seu uso em associação com outros métodos. O preservativo feminino é feito de poliuretano ou látex sintético e tem um anel flexível em cada extremidade. O anel aberto fica fora do canal vaginal e o anel fechado interno é colocado no espaço entre a sínfise e o colo uterino. Possui o bene- fício de poder ser inserido até 8 horas antes da relação e não necessita da retirada imediata após a ejaculação. Contudo, tem baixa taxa de adesão. Já o preservativo masculinotirar vírgula. geralmente é feito de látex e amplamente difundido. Possui baixo índice de falha, todavia, para melhor eficácia, é necessário o uso correto. Figura 2: Colocação do preservativo feminino. Fonte: Artemida-psy/Shutterstock.com Anticoncepção 12 Se liga! Os preservativos masculinos não devem ser usados por homens que apresentam perda de ereção durante o intercurso sexual. Além dis- so, não devem ser usados junto com o feminino, pois aumenta o risco de rompi- mento ou deslocamento. Orientações de uso do preservativo masculino ORIENTAÇÕES DE USO DO PRESERVATIVO MASCULINO Deve ser colocado com o pênis ereto e seco Desenrolar o preservativo pelo lado correto da glande até a base do pênis Comprimir o reservatório situado na extremidade fechada, para que não haja entrada de arRetirar o pênis ainda ereto da vagina imediatamente após a ejaculação A base do preservativo deve ser segura durante a retirada. Não utilizar lubrificantes a base de óleo, pois eles aumentam o risco de ruptura do preservativo Fonte: FEBRASGO 2015. Saiba mais! Além do preservativo masculino de látex, também existem aqueles feitos de membrana animal. Mas fique atento! Apesar de pre- venir contra a gravidez, estes preservativos apresentam porosidades inseguras para prevenir DST, permitindo a passagem dos vírus HIV, hepatite B e do herpes simples. Diafragma O diafragma é um disco de borracha ou látex, colocado na vagina, recobrindo colo do útero para impedir a entrada de espermatozoides. Possui vários tamanhos, por isso, an- tes do início do uso, é necessária uma consulta com o ginecologista para ser indicado o tamanho mais adequado para a paciente. Geralmente é usado em associação aos es- permicidas, adquirindo em conjunto um bom índice de efetividade. O espermicida é co- locado no centro do dispositivo e mantido em contato com o colo do útero. Caso o ato sexual demore mais de 2 horas para ocorrer, o espermicida deve ser aplicado na parte superior da vagina, visando garantir maior proteção. O diafragma é colocado na vagina até no máximo 1 hora antes da relação sexual, deve ser retirado no mínimo 6 horas de- pois e nunca deve ultrapassar 24 horas. Sua colocação requer certa habilidade, sendo que seu mau posicionamento pode resultar em falha do método. Anticoncepção 13 Se liga! O diafragma não deve ser usado em pacientes com infec- ções geniturinárias em curso, histórico de Síndrome do choque tóxico ou doen- ça valvar complicada. Figura 3: Diafragma instalado. Fonte: Tefi/Shutterstock.com Espermicida Os espermicidas são substâncias em forma de tabletes de espuma, geleia ou creme que provocam a ruptura da membrana das células dos espermatozoides ma- tando-os ou retardando sua passagem pelo canal cervical. A substância mais utili- zada é o nonoxinol-9, mas também existe no mercado o octoxinol-9 e o menfegol. É recomendado o seu uso apenas em associação com outros métodos contraceptivos, como o diafragma. No entanto, não deve ser usada com preservativos masculinos, pois pode aumentar o risco de contaminação pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Anticoncepção 14 7. DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS (DIUS) Os DIUs, junto com o implante de etonogestrel, faz parte dos LARCs (Long acting reversible contraceptives) que são os contraceptivos de longa duração. Consistem em um objeto de formato variável que é inserido na cavidade uterina. Eles são am- plamente difundidos como métodos contraceptivos reversíveis, possuem pequenas taxas de falha e descontinuidade, poucas contraindicações e têm um ótimo custo -benefício. No Brasil, os dois DIUs utilizados são o dispositivo intrauterino de cobre (DIU-Cu) e o sistema intrauterino liberador de levonogestrel (SIU de levonogestrel). MAPA MENTAL CONTRACEPTIVOS DE BARREIRA Preservativos Contraceptivos de barreira Reduz o risco de CA de colo de útero Método mais utilizado Masculino e feminino Diafragma Esponjas Tem vários tipos de tamanho Geralmente uso com espermicidas Não disponível no Brasil Protege contra HIV Fonte: Autoria própria. Anticoncepção 15 DIU de cobre O DIU-Cu é o dispositivo mais utilizado no Brasil, sendo o único LARC fornecido pelo SUS no Brasil. Tem formato de T, é feito de um fio de prata corado com cobre e pode ser eficaz de 10 a 12 anos a depender da literatura. O DIU-Cu age por meio da indução de uma reação de corpo estranho, levando à inflamação, visto que o cobre induz a liberação de interleucinas e citocinas que têm ação espermicida. Além disso, leva a mudanças bioquímicas e morfológicas no endométrio, além de produzir modificações no muco cervical e alterar a espermomigração e transporte do óvulo. Existem algumas contraindicações em relação ao seu uso. Contraindicações do DIU de cobre CONTRAINDICAÇÕES DO DIU DE COBRE Gravidez Alteração da cavidade endometrial Presença de infecções (sepse puerperal, aborto séptico, dip*) Sangramento uterino inexplicado Câncer cervical ou endometrial Período de 48horas a 4 semanas após o parto Alergia ao cobre Fonte: FEBRASGO 2015. Em relação ao risco de infecção existem divergências na literatura. Novos estudos indicam que os DIUs de cobre têm efeito protetor para a DIP, porque deixam o útero do colo hostil aos germes que habitam essa região como clamídia e gonococo. Apesar dos inúmeros benefícios, esse método também está relacionado a alguns efeitos adversos como aumento da dismenorreia e aumento do sangramento uterino. Além disso, apesar de raro, existe o risco de perfuração uterina e expulsão do DIU. Se liga! O DIU de cobre não está relacionado ao aumento de gravi- dez ectópica. SIU de levonorgestrel (SIU- LNG) O SIU- LNG, também conhecido pelo nome comercial Mirena, é um dispositivo de poliuretrano em forma de T que libera 20 mcg levonorgestrel por dia. Tem validade de cerca de 5 anos, apesar de alguns estudos admitirem até 7 anos. Funciona levando Anticoncepção 16 ao efeito a atrofia do endométrio, tornando o muco cervical espesso e dificultando a espermomigração e motilidade tubária. Além disso, provoca a reação inflamatória de corpo estranho, como o DIU de cobre. Possui o benefício de reduzir a dismenorreia e causar amenorreia em alguns casos. No entanto, em algumas pacientes pode levar a cefaleia, mastalgia, acne, depressão, cisto ovarianos funcionais e spotting (sangra- mento uterino irregular). Além de ter as mesmas contraindicações do DIU de cobre (ver em quadro acima), o SIU-LNG não é recomendado em mulheres com câncer de mama atual ou prévio, tumor hepático, trombose venosa profunda ou tromboembo- lismo pulmonar atual, lúpus eritematoso sistêmico com anticorpo antifosfolipídeo positivo ou desconhecido. Além disso, não é indicada a continuidade do uso em pa- cientes que iniciaram quadro de enxaqueca com aura. Apesar de raro, pode levar à expulsão, dor ou sangramento, perfuração uterina, infecção e gravidez ectópica. Figura 4: Sistema intrauterino de levonorgestrel. Fonte: Skalapendra/Shutterstock.com Para a inserção dos DIUs, deve ser realizada uma anamnese e exame físico mi- nucioso, buscando identificar contraindicações ao método. O melhor momento para ser inserido é durante a menstruação, pois nesse período o colo do útero está mais pérvio, facilitando a inserção. A contracepção é imediata e pode ser colocado em qualquer idade, inclusive em pacientes sem prole constituída. Anticoncepção 17 Se liga! Apesar de muito usado na prática, a USG não é obrigatória para inserção dos DIUs. Não caia nessa pegadinha! Pacientes com imunidade comprometida como em mulheres com o vírus da imu- nodeficiência humana (HIV) e usuárias de corticoide em altas doses, presença de câncer ovário, doença trofoblástica benigna, ISTs e tuberculose pélvica têm contrain- dicação relativa ao uso de dispositivos intrauterinos. Em 48 horas a quatro semanas após o parto, não é indicada a colocação do DIU, pois o risco de expulsão é maior. Saiba mais! Usuárias de DIU que apresentam sinais clínicos ou culturas sugestivas de infecção por clamídia ou gonococo devem ser tratadas com antibióticos, mas não é necessário a remoção do DIU. Por outro lado, na presença de sinais de ascensão endometrial ou tubária, deve-se instituir terapia antibiótica e retirar o DIU prontamente. Anticoncepção 18 8. CONTRACEPÇÃO HORMONAL Os contraceptivos hormonais são métodos extremamente difundidos e eficazes. No entanto, seu índice de sucesso depende fundamentalmente da paciente. Com isso, na prática seu índice de falhas aumenta consideravelmente decorrente do uso incorreto, chegando a taxas de gravidez no primeiro ano de uso entre 3 e 9 por 100 usuárias. Dentre esses contraceptivos os mais conhecidos são: contraceptivos orais combinados (COCs), contraceptivos contendo apenas progestogênio (COPs) e con-traceptivos com estrogênios e/ou progestogênios de uso sistêmico por injeção, ade- sivo transdérmico ou anel intravaginal. Contraceptivos hormonais combinados (CHCs): Os CHCs possuem a combinação de um estrogênio e um progestogênio no mesmo método. Desse grupo fazem parte MAPA MENTAL CONTRACEPTIVOS INTRA UTERINOS Contraceptivos intrauterinos DIU SIU Espermicida Dura 10 anos Não hormonal Permite a ovulação e menstruação Feito de cobre Pode ter efeito anovulátorio Inibe a menstruação na maioria das vezes Dura 5 anos Hormonal Fonte: Autoria própria. Anticoncepção 19 as pílulas contraceptivas de uso oral, o injetável mensal, o adesivo transdérmico e o anel intravaginal. Apresentam bons níveis de efetividade e continuidade do uso do método. O mecanismo de ação dos CHCs ocorre pela inibição da ovulação. Vamos re- lembrar, no ciclo menstrual o hormônio folículo estimulante (FSH) é responsável pelo recrutamento e desenvolvimento folicular. Já o hormônio luteinizante (LH) é o responsável pela ovulação. O componente de estrogênio dos CHCs inibe o FSH, en- quanto que o progestogênio age inibindo o LH. Ora, se esses dois hormônios estão bloqueados, não pode ocorrer recrutamento folicular, amadurecimento do folículo dominante e nem ovulação. Além disso, a progesterona presente nesses contra- ceptivos torna o muco cervical espesso, dificultando a espermomigração, reduz a motilidade tubária e ainda tem efeito antiproliferativo no endométrio. Já o estrogênio contido na formulação estabiliza o endométrio, reduzindo os sangramentos e au- menta a produção hepática da globulina carreadora de hormônios sexuais (SHBG), reduzindo a fração livre de testosterona. Sabendo disso, fica fácil elencar vários be- néficos dos CHCs: Benefícios do uso dos contraceptivos hormonais combinados 1. Reduz o fluxo menstrual 2. Reduz a dismenorreia 3. Reduz os transtornos pré-menstruais 4. Regulariza o ciclo menstrual 5. Diminui o risco de câncer de mama e de endométrio 6. Reduz o risco de DIP e gestação ectópica Possuem alguns efeitos adversos relacionados aos hormônios utilizados. Além disso, devido aos hormônios utilizados os CHCs possuem inúmeras contraindica- ções relativas e absolutas. Efeitos adversos relacionados ao estrogênio e aos progestagênios Efeitos adversos dos estrogênios Efeitos adversos dos progestagênios Náuseas e vômitos Tontura Mastalgia Fadiga Cefaleia Elevação do apetite Irritabilidade Acne Edema Pele oleosa Cloasma Alteração do padrão de sangramento Alteração resposta sexual Aumento de peso Fonte: Tratado de Ginecologia Febrasgo, 2019. Anticoncepção 20 Apresentaremos no quadro abaixo as contraindicações absolutas (categoria 4) mais importantes de acordo com os critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS). Contraindicações absolutas dos CHCs Contraindicações absolutas dos chcs Enxaqueca com aura Enxaqueca e idade maior que 35 anos Tabagismo e idade maior que 35 anos Tep e tvp prévios Câncer de mama Hipertensão arterial sistêmica não controlada Infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular encefálico Diabetes mellitus com vasculopatia Tumor hepático Hepatopatias Doenças da vesícula biliar atual ou colestase Cirurgia com imobilização Uso de alguns anticonvulsivantes Amamentação (menos que 6 semanas) LES com anticorpo antifosfolípideo positivo ou desconhecido Fonte: baseado em Tratado de Ginecologia Febrasgo, 2019. Contraceptivo oral combinado (COCs) Também são conhecidos como pílulas anticoncepcionais. O principal estrogênio uti- lizado é o etinilestradiol. Mas novas formulações podem conter o estradiol e o valerato de estradiol que são estrogênios naturais. Os COCs que possuem etinilestradiol em sua composição podem ser classificados pela dose estrogênica, em pílulas de alta ou baixa dose. As pílulas que contêm doses abaixo de 50 mcg de etinilestradiol são as de baixa dose, aquelas com quantidade superior a 50 mcg são as de alta dose. De acordo com o tipo de progestagênios contido, os COCs podem ser classificados em primeira, segunda ou terceira geração. Os COCs de primeira geração são os que possuem levonorgestrel (progestágeno) associado a 50 mcg de etinilestradiol. Já as de segunda geração con- têm o etinilestradiol em doses menores, associado ao levonorgestrel. Se a pílula tiver desogestrel ou gestodeno associado ao progestágeno, são denominadas de terceira geração. Pode ser utilizado de maneira contínua ou estendida. No uso contínuo, não há interrupção das pílulas e no uso estendido, as pausas acontecem 3 a 4 vezes por ano, Anticoncepção 21 dependendo do produto. As pílulas devem ser iniciadas no primeiro dia do ciclo mens- trual. As cartelas a depender do tipo esquema utilizado indicam pausas mensais que podem variar de quatro a sete dias. Nesses casos, após a primeira cartela inicia-se a segunda no quinto ou oitavo dia, respectivamente. Alguns anticoncepcionais de 28 dias podem ser utilizados sem pausa. O importante é utilizar diariamente para evitar falhas. No caso de esquecimento, deve se fazer o uso da pílula esquecida mais a pílula do dia para evitar sangramento por colapso endometrial. Já o restante da cartela deve ser con- sumido com uma pílula por dia. Em caso de mais de um dia esquecido, deve-se utilizar um contraceptivo de barreira por pelo menos 7 dias para evitar gestação. Saiba mais! Alguns medicamentos como anticonvulsivantes, antibióticos, antifúngicos e antirretrovirais estão associados à redução da concentração dos anticoncepcionais orais, afetando a sua eficácia. Os princi- pais são Rifampicina, Griseofluvina, Nelfinavir, Lopinavir, Ritonavir, Nevirapina, Barbitúricos (fenobarbital e primidona), Carbamazepina, Oxcarbamazepina, Felbamato, Fenitoína e Topiramato. Anticoncepção 22 MAPA MENTAL. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS Ação Bloqueio da ovulação COCs RiscosContraindicações ClassificaçõesÍndice de Pearl Mecanismo principal Impede pico de LH CA de mama Doença hepática Enxaqueca com aura Trombofilias Uso de algumas medicações Tabagismo e idade > 35 anos HAS não controlada Histórico de AVC ou IAM DM com complicação N° de gestações a cada 100 mulheres/ano 0,2 – Uso perfeito 3,0- Uso típico Pela dose de estrogênio Pelo progestagênio Alta ou baixa doseOs contraceptivos de emergência atuais geralmente são efetivos e seguros, apresentando poucos efeitos adversos. Com isso, reduz a quantidade de abortamentos inseguros e garante o planejamento familiar. O meca- nismo de ação desses métodos varia de acordo com o período do ciclo menstrual no qual é utilizado. Se o uso ocorre na primeira fase do ciclo, antes do pico do LH (hor- mônio luteinizante), ele altera o desenvolvimento folicular, impedindo ou retardando a ovulação. Já quando é usado na segunda fase do ciclo menstrual, ou seja, após a ovulação, ele modifica as características do muco cervical, deixando-o mais viscoso e com isso alteração o transporte dos espermatozoides. Atualmente estão disponíveis vários métodos contraceptivos de emergência. Os mais utilizados são o método Yuzpe e o contraceptivo de levonorgestrel isolado, ambos são igualmente eficazes, podendo ser utilizado até 5 dias após o ato sexual desprotegido. Entretanto, sua eficácia é inversamente proporcional ao tempo decorrido desde a ativida- de sexual, sendo recomendado o uso até 72 horas após o ato. Pela comodidade posoló- gica e menos efeitos colaterais, o método de levonorgestrel é o mais indicado. • Método Yuzpe: É um contraceptivo combinado que consiste no uso de duas doses de 100 mcg de etinilestradiol e 500 mcg de levonorgestrel, com intervalo de 12 horas; sendo que a primeira deve ser tomada o mais próximo possível da atividade sexual desprotegida e até 72 horas depois. • Contraceptivo de levonogestrel isolado: Nesse método deve-se ingerir o levo- norgestrel na dose de 1,5 mg em dose única ou fracionada em duas tomadas, com intervalo de 12 horas. Ambas as formas de uso são igualmente eficazes. Os contraceptivos de emergência possuem pouco feito nas menstruações posteriores, sendo que cerca de 60% das pacientes terão a menstruação no período habitual. Além disso, a única contraindicação do uso é a gravidez documentada, apesar de estudos não demons- trarem efeitos teratogênicos para o feto. Podem ocorrer alguns efeitos adversos como náu- seas, vômitos, cefaleia e aumento da sensibilidade mamária. No entanto, não há nenhuma evidência de que os contraceptivos de emergência exerçam abortamento. Se liga! O uso repetido desses métodos pode estar relacionado à diminuição da sua eficácia e acentuar distúrbios menstruais. Anticoncepção 31 MAPA MENTAL GERAL Métodos comportamentais ANTICONCEPÇÃO ElegibilidadeMétodos de barreira EficáciaDispositivos intrauterinos Método do muco cervical Tabelinha Amenorreia lactacional Temperatura basal CAT 1: S/ restrição CAT 2: Vantagens > Riscos CAT 3: Riscos > Vantagens CAT 4: Risco inaceitável Muito efetivo Mais efetivosMenos efetivos Comportamentais Anticoncepção hormonal Pílulas de progestágenoCombinados Esterilização DIU DIU SIU Dura 10 anos Dura 5 anos Diafragma Espermicida Preservativo Fonte: Autoria própria. Anticoncepção 32 REFERÊNCIAS Hoffman BL et al. Ginecologia de WILLIAMS. 2. ed. Porto Alegre: Artmed. 2014. Hall JE, Guyton AC. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Machado RB. Uso de dispositivos intrauterinos (DIU) em nulíparas. São Pau lo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2017. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no. 1/Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção). Fernandes CE, Sá MFS de (eds). Tratado de ginecologia Febrasgo. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. Goodman LS, Gilman AG (Eds.). Goodman e Gilman: as bases farmacológicas da te- rapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2003. Freitas F. Rotinas em Ginecologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. Contraceptivos naturais. [acesso em fev. 2020]. Disponível em: https://prazercomse- guranca.wordpress.com. Ministério da Saúde (BR). Laqueadura tubária – como é feita e chance de reversão. Ministério da Saú de, 2020. [acesso em fev. 2020]. Disponível em: https://www.md- saude.com/ginecologia/anticoncepcionais/laqueadura-tuba ria/. W sanarflix.com.br Copyright © SanarFlix. Todos os direitos reservados. Sanar Rua Alceu Amoroso Lima, 172, 3º andar, Salvador-BA, 41820-770Os contraceptivos de emergência atuais geralmente são efetivos e seguros, apresentando poucos efeitos adversos. Com isso, reduz a quantidade de abortamentos inseguros e garante o planejamento familiar. O meca- nismo de ação desses métodos varia de acordo com o período do ciclo menstrual no qual é utilizado. Se o uso ocorre na primeira fase do ciclo, antes do pico do LH (hor- mônio luteinizante), ele altera o desenvolvimento folicular, impedindo ou retardando a ovulação. Já quando é usado na segunda fase do ciclo menstrual, ou seja, após a ovulação, ele modifica as características do muco cervical, deixando-o mais viscoso e com isso alteração o transporte dos espermatozoides. Atualmente estão disponíveis vários métodos contraceptivos de emergência. Os mais utilizados são o método Yuzpe e o contraceptivo de levonorgestrel isolado, ambos são igualmente eficazes, podendo ser utilizado até 5 dias após o ato sexual desprotegido. Entretanto, sua eficácia é inversamente proporcional ao tempo decorrido desde a ativida- de sexual, sendo recomendado o uso até 72 horas após o ato. Pela comodidade posoló- gica e menos efeitos colaterais, o método de levonorgestrel é o mais indicado. • Método Yuzpe: É um contraceptivo combinado que consiste no uso de duas doses de 100 mcg de etinilestradiol e 500 mcg de levonorgestrel, com intervalo de 12 horas; sendo que a primeira deve ser tomada o mais próximo possível da atividade sexual desprotegida e até 72 horas depois. • Contraceptivo de levonogestrel isolado: Nesse método deve-se ingerir o levo- norgestrel na dose de 1,5 mg em dose única ou fracionada em duas tomadas, com intervalo de 12 horas. Ambas as formas de uso são igualmente eficazes. Os contraceptivos de emergência possuem pouco feito nas menstruações posteriores, sendo que cerca de 60% das pacientes terão a menstruação no período habitual. Além disso, a única contraindicação do uso é a gravidez documentada, apesar de estudos não demons- trarem efeitos teratogênicos para o feto. Podem ocorrer alguns efeitos adversos como náu- seas, vômitos, cefaleia e aumento da sensibilidade mamária. No entanto, não há nenhuma evidência de que os contraceptivos de emergência exerçam abortamento. Se liga! O uso repetido desses métodos pode estar relacionado à diminuição da sua eficácia e acentuar distúrbios menstruais. Anticoncepção 31 MAPA MENTAL GERAL Métodos comportamentais ANTICONCEPÇÃO ElegibilidadeMétodos de barreira EficáciaDispositivos intrauterinos Método do muco cervical Tabelinha Amenorreia lactacional Temperatura basal CAT 1: S/ restrição CAT 2: Vantagens > Riscos CAT 3: Riscos > Vantagens CAT 4: Risco inaceitável Muito efetivo Mais efetivosMenos efetivos Comportamentais Anticoncepção hormonal Pílulas de progestágenoCombinados Esterilização DIU DIU SIU Dura 10 anos Dura 5 anos Diafragma Espermicida Preservativo Fonte: Autoria própria. Anticoncepção 32 REFERÊNCIAS Hoffman BL et al. Ginecologia de WILLIAMS. 2. ed. Porto Alegre: Artmed. 2014. Hall JE, Guyton AC. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Machado RB. Uso de dispositivos intrauterinos (DIU) em nulíparas. São Pau lo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2017. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no. 1/Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção). Fernandes CE, Sá MFS de (eds). Tratado de ginecologia Febrasgo. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. Goodman LS, Gilman AG (Eds.). Goodman e Gilman: as bases farmacológicas da te- rapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2003. Freitas F. Rotinas em Ginecologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. Contraceptivos naturais. [acesso em fev. 2020]. Disponível em: https://prazercomse- guranca.wordpress.com. Ministério da Saúde (BR). Laqueadura tubária – como é feita e chance de reversão. Ministério da Saú de, 2020. [acesso em fev. 2020]. Disponível em: https://www.md- saude.com/ginecologia/anticoncepcionais/laqueadura-tuba ria/. W sanarflix.com.br Copyright © SanarFlix. Todos os direitos reservados. Sanar Rua Alceu Amoroso Lima, 172, 3º andar, Salvador-BA, 41820-770