Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Anticoncepção
SUMÁRIO
1. Introdução ..........................................................................................................4
2. Eficácia ..............................................................................................................5
3. Escolha do método .............................................................................................6
4. Critérios de elegibilidade ....................................................................................7
5. Métodos comportamentais .................................................................................8
Tabelinha ou método de Ogino-Knaus ........................................................................ 8
Método da curva de temperatura basal ...................................................................... 8
Método do muco cervical ou de billings ................................................................... 10
Sintotérmico ............................................................................................................... 10
Coito interrompido...................................................................................................... 10
Lactação ..................................................................................................................... 10
6. Métodos de barreira .........................................................................................11
Preservativos (camisinha) ......................................................................................... 11
Diafragma ................................................................................................................... 12
Espermicida ................................................................................................................ 13
7. Dispositivos intrauterinos (DIUS) ......................................................................14
Diu de cobre ................................................................................................................ 15
Siu de levonorgestrel (siu- lng) .................................................................................. 15
8. Contracepção hormonal ............................................................................................ 18
Contraceptivo oral combinado (cocs) ....................................................................... 20
Injetável mensal .......................................................................................................... 23
Anel vaginal ................................................................................................................. 23
Adesivo transdérmico ................................................................................................ 23
Contraceptivos apenas de progestogênio (cops) .................................................... 24
9.Contracepção cirúrgica .....................................................................................27
10.Contracepção de emergência ..........................................................................30
Referências ...................................................................................................... 32
Anticoncepção   4
1. INTRODUÇÃO
A anticoncepção é um conjunto de métodos e técnicas utilizadas com o intuito 
de impedir a gravidez. A partir da década de 1996 pela Lei n. 9263, o planejamento 
familiar foi oficialmente empregado no Brasil. O planejamento familiar corresponde 
ao recurso que permite ao casal a decisão do número de filhos e intervalo entre as 
gestações que desejam, de maneira programada e consciente. Acredita-se que no 
Brasil, cerca de 55% das gestações não são planejadas. Esse número é ainda maior 
entre os adolescentes, chegando a 90% das gestações. Hoje em dia, há uma ampla 
gama de métodos contraceptivos disponíveis, possibilitando ao casal escolher o que 
mais atende as suas necessidades. A maioria desses métodos são oferecidos pelo-
Sistema Único de Saúde (SUS), difundindo assim o emprego planejamento familiar. 
Os métodos contraceptivos podem ser agrupados de diferentes maneiras, como o 
tipo de método, o potencial de reversibilidade e de acordo com a sua efetividade. 
Quando se considera a efetividade do método, podemos dividi-lo em: métodos de pri-
meira linha que são mais efetivos, no qual não é necessário a motivação de uso pela 
paciente; métodos de segunda linha, muito efetivos, no qual precisam de atenção 
da paciente em relação ao uso correto; métodos de terceira linha que são efetivos e 
incluem os métodos de barreira e percepção das mudanças corporais; e os métodos 
de quarta linha que são menos efetivos, onde se encontram os espermicidas e o coi-
to interrompido.
Anticoncepção   5
Figura 1: Tipos de métodos de acordo com a efetividade. 
Fonte: vadim-design/Shutterstock.com
2. EFICÁCIA
A eficácia de um método contraceptivo diz respeito à capacidade desse método 
de evitar gestações em um período de tempo, geralmente no decorrer de um ano. O 
escore mais utilizado para identificar a eficácia é o índice de Pearl.
O índice de Pearl é calculado dividindo o número de falhas ocorridas em 12 meses 
em 100 mulheres pelo número total de meses de exposição. Portanto, quanto menor 
o Índice de Pearl, maior é a efetividade do método.
 Se liga! Não confunda o conceito de eficácia com efetividade! A 
eficácia de um método está relacionada ao resultado obtido quando o uso é 
correto. Já a efetividade é o resultado obtido pelo uso rotineiro, ou seja, correto 
e incorreto.
Anticoncepção   6
A eficácia e efetividade variam entre os estudos, pois são influenciadas pela ade-
são ao método em cada população estudada.
Eficácia e efetividade dos anticoncepcionais
ANTICONCEPCIONAL USO PERFEITO USO HABITUAL
Implante 
contraceptivo
0,05 0.05
Vasectomia 0,1 0.15
Esterilização feminina 0,5 0,5
DIU de cobre 0,6 0,8
Lactação 0,9 2,0
Injetáveis mensais 0,3 3
Pílulas combinadas 0,3 3
Adesivo 
transdérmico
0,3 3
Preservativo 
masculino
2 16
Coito interrompido 4 27
Fonte: Autoria própria.
3. ESCOLHA DO MÉTODO
A escolha do método contraceptivo ideal é fundamental para garantir a aderência 
e continuidade do uso, impactando no seu grau de efetividade. Para isso, é funda-
mental que a paciente conheça cada tipo de método, seu modo de uso, benéficos e 
efeitos adversos. Essa escolha é individual e deve ser orientada pelo profissional de 
saúde, pois leva em conta aspectos clínicos, incluindo idade, fatores de risco e doen-
ças associadas e aspectos socioeconômicos. Por isso, é fundamental que o médico 
avalie através da anamnese e exame físico, fatores que contraindiquem o uso do mé-
todo naquela paciente.
Algumas questões como o tabagismo, presença de hipertensão arterial, amamen-
tação, problemas cardiovasculares, histórico de câncer de mama, problemas hepáti-
cos, uso de medicações e enxaqueca, devem ser levantadas durante a consulta, visto 
que são essenciais para a definição do método contraceptivo.
Anticoncepção   7
4. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE
Os critérios de elegibilidade são orientações da Organização Mundial de Saúde 
(OMS) sobre a prescrição de métodos contraceptivos levando em consideração o ris-
co-benefício para a saúde de cada paciente. Dessa forma, a partir de critérios como 
comorbidades, medicações em uso e antecedentes médicos, o método pode ser ou 
não indicado para a paciente.
Os métodos anticoncepcionais podem ser classificados em quatro categorias de 
acordo com a OMS (2015) :
Categorias doa anticoncepcionais de acordo com a OMS
CATEGORIA RECOMENDAÇÃO
CATEGORIA 1 O método pode ser utilizado sem qualquer restrição.
CATEGORIA 2
O uso do método pode apresentar algum risco, habitualmente menor do que os benefí-
cios decorrentes de seu uso.
CATEGORIA 3
 O uso do método pode estar associado a um risco, considerado superior aos be-
nefícios decorrentes de seu uso. Portanto, o método não é o mais apropriado para 
aquela pessoa. Aqui estão enquadradasas “contraindicações relativas” para o uso do 
contraceptivo.
CATEGORIA 4
O uso do método determina um risco à saúde, inaceitável. É este método contraindicado, 
ou seja, são contraindicações absolutas.
Fonte: Autoria própria.
 Se liga! Para fins práticos, salvo em algumas exceções, os métodos 
nas categoriais 1 e 2 podem ser utilizados. Já os métodos nas categoriais 3 e 4 
não devem ser utilizados.
Discutiremos os critérios de elegibilidade de cada método contraceptivo no seu 
tópico específico.
Anticoncepção   8
5. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
Os métodos anticoncepcionais comportamentais se baseiam na identificação do 
período fértil por meio da observação de sinais e sintomas, durante o qual as rela-
ções sexuais devem ser evitadas. Esses métodos possuem a vantagem se serem 
baratos, naturais, sem efeitos adversos e são bem aceitos quando as crenças reli-
giosas do casal não permitem outros métodos. No entanto, possuem altas taxas de 
falhas, pois requerem longos períodos de abstinência sexual e estão susceptíveis à 
irregularidade menstrual. Além disso, esses métodos não protegem contra infecções 
sexualmente transmissíveis (ISTs). O período fértil da mulher pode ser identificado 
por meio da observação da curva de temperatura corporal, das características do 
muco cervical e duração e fisiologia do ciclo menstrual. No quadro 3 está descrito os 
principais métodos comportamentais.
Métodos anticoncepcionais comportamentais
Métodos anticoncepcionais comportamentais
Tabelinha (método de Ogino-Knaus)
Temperatura basal
Muco cervical (método de Billings)
Sintotérmico
Coito interrompido
Lactação
Fonte: Autoria própria.
Tabelinha ou método de Ogino-Knaus
Para usar esse método, a mulher deve registrar o número de dias de cada ciclo 
menstrual por, pelo menos, seis meses. 
Anticoncepção   9
 Se liga! O ciclo menstrual começa no primeiro dia da menstruação 
e termina no último dia antes da menstruação seguinte. Caso a mulher tenha 
diferença de dias entre os ciclos maior que 10 dias, esse método NÃO pode ser 
usado! Para calcular o período em que se deve adotar a abstinência sexual, bas-
ta subtrair 18 da duração do seu ciclo mais curto para saber o primeiro dia de 
seu período fértil e subtrair 11 dias do ciclo mais longo, que corresponde ao úl-
timo dia de seu período fértil. Por exemplo, a paciente que teve o seu ciclo mais 
curto de 25 dias e o mais longo de 30 dias, deverá ficar em abstinência sexual 
no 7° ao 19° dias do ciclo. Veja bem, subtraindo 18 do ciclo mais curto (25 dias) 
temos 7. Já subtraindo 11 do ciclo mais longo (30 dias) temos 19.
INÍCIO DO PERÍODO DE ABSTINÊNCIA TÉRMINO DO PERÍODO DE ABSTINÊNCIA
Ciclo mais curto - 18 Ciclo mais longo -11
Método da curva de temperatura basal
Nesse método a mulher deve observar as variações da temperatura corporal 
basal, buscando identificar o provável dia de ovulação. O princípio se baseia no 
fato de que após a ovulação, o aumento da progesterona liberada pelo corpo lúteo 
atinge o centro termorregulador do hipotálamo, levando ao aumento da temperatu-
ra corporal em 0,2 a 0,5 graus. Para utilizar esse método, a mulher precisa verificar 
sua temperatura diariamente, de preferência com o mesmo termômetro, no mesmo 
local do corpo e no mesmo horário, preferencialmente pela manhã antes de sair da 
cama. O período de abstinência deve ser desde o primeiro dia do ciclo menstrual 
até três dias após a elevação da temperatura basal. O problema desse método 
é que necessita de grande disciplina da mulher, além de ter um longo período de 
abstinência. Outra questão que limita o seu uso é que nem todas as pacientes pos-
suem esse efeito termorregulador com a liberação da progesterona, não formando 
um gráfico bifásico como mostra a figura a seguir..
Anticoncepção   10
Método do muco cervical ou de Billings
Durante o ciclo menstrual, o colo cervical sofre influência hormonal. Nesse méto-
do, busca-se observar as características do muco cervical sob ação estrogênica, du-
rante período ovulatório. Nessa fase, o muco cervical torna-se filante, como clara de 
ovo, permitindo ao espermatozoide a sobrevivência e locomoção. Após a ovulação, 
sob ação progestágena o muco fica espesso e escasso. Para o uso desse método, 
a mulher precisa observar as características do muco, examinando diariamente sua 
secreção. O período de abstinência vai do primeiro dia de percepção do muco até o 
quarto dia de percepção máxima da umidade. Vale lembrar que o sêmen e produtos 
vaginais como lubrificantes e pomadas prejudicam a observação do muco.
Sintotérmico
O método sintotérmico combina o método da temperatura basal com o método do 
muco cervical, associado a sinais e sintomas que podem ocorrer durante a ovulação, 
como sensibilidade mamária, dor pélvica e mudanças de humor. Nesse caso, o perío-
do de abstinência sexual vai desde o primeiro dia do ciclo até o quarto dia após o pi-
co das secreções cervicais ou o terceiro dia após a elevação da temperatura. Sendo 
que na ocorrência do primeiro fator, deve-se o segundo para ter relação sexual.
Coito interrompido
Esse método se baseia na retirada do pênis da vagina antes da ejaculação. Por 
isso, requer grande atenção do homem durante o ato sexual. Além disso, apesar de 
incomum, o fluido seminal que precede a ejaculação, pode conter espermatozoides, 
levando a uma possível gestação indesejada. Dessa forma, esse método possui al-
tas taxas de falhas, 25% ao ano.
Lactação
Durante o aleitamento materno ocorrem alterações hormonais no eixo hipotálamo
-hipófise-ovário, levando à anovulação. Esse método além de não ter custos, promo-
ve inúmeros benefícios para a mulher e para o bebê. Além disso, o método não tem 
contraindicações, desde que a amamentação seja exclusiva. No entanto, sabe-se 
que parte das mulheres ovulam em torno do terceiro mês de pós-parto, mesmo ama-
mentando. Esse fato pode gerar risco de gravidez não planejada.
Anticoncepção   11
6. MÉTODOS DE BARREIRA
São métodos que formam uma barreira entre os espermatozoides e a cavidade 
uterina, impedindo a fecundação. O nível de eficiência desses métodos varia entre 2 
a 6%, a depender se seu uso é correto. Todos os métodos de barreira, além do efeito 
contraceptivo, também reduzem a transmissão de ISTs.
Preservativos (camisinha)
Dentre os métodos de barreira os preservativos são os mais utilizados. Existem 
preservativos masculinos e femininos que podem ser feitos de látex ou poliuretrano. 
Sua taxa de falha geralmente está ligada ao uso incorreto. Além do efeito contra-
ceptivo, é o método mais eficaz de prevenção de ISTs. Além disso, está associado a 
redução de neoplasias do colo do útero pela diminuição da transmissão do papilo-
mavírus humano (HPV). Por isso, é indicado o seu uso em associação com outros 
métodos. O preservativo feminino é feito de poliuretano ou látex sintético e tem um 
anel flexível em cada extremidade. O anel aberto fica fora do canal vaginal e o anel 
fechado interno é colocado no espaço entre a sínfise e o colo uterino. Possui o bene-
fício de poder ser inserido até 8 horas antes da relação e não necessita da retirada 
imediata após a ejaculação. Contudo, tem baixa taxa de adesão. Já o preservativo 
masculinotirar vírgula. geralmente é feito de látex e amplamente difundido. Possui 
baixo índice de falha, todavia, para melhor eficácia, é necessário o uso correto.
Figura 2: Colocação do preservativo feminino. 
Fonte: Artemida-psy/Shutterstock.com
Anticoncepção   12
 Se liga! Os preservativos masculinos não devem ser usados por 
homens que apresentam perda de ereção durante o intercurso sexual. Além dis-
so, não devem ser usados junto com o feminino, pois aumenta o risco de rompi-
mento ou deslocamento.
Orientações de uso do preservativo masculino
ORIENTAÇÕES DE USO DO PRESERVATIVO MASCULINO
Deve ser colocado com o pênis ereto e seco
Desenrolar o preservativo pelo lado correto da glande até a base do pênis
Comprimir o reservatório situado na extremidade fechada, para que não haja entrada de arRetirar o pênis ainda ereto da vagina imediatamente após a ejaculação
A base do preservativo deve ser segura durante a retirada.
Não utilizar lubrificantes a base de óleo, pois eles aumentam o risco de ruptura do preservativo
Fonte: FEBRASGO 2015.
 Saiba mais! Além do preservativo masculino de látex, também 
existem aqueles feitos de membrana animal. Mas fique atento! Apesar de pre-
venir contra a gravidez, estes preservativos apresentam porosidades inseguras 
para prevenir DST, permitindo a passagem dos vírus HIV, hepatite B e do herpes 
simples.
Diafragma
O diafragma é um disco de borracha ou látex, colocado na vagina, recobrindo colo do 
útero para impedir a entrada de espermatozoides. Possui vários tamanhos, por isso, an-
tes do início do uso, é necessária uma consulta com o ginecologista para ser indicado o 
tamanho mais adequado para a paciente. Geralmente é usado em associação aos es-
permicidas, adquirindo em conjunto um bom índice de efetividade. O espermicida é co-
locado no centro do dispositivo e mantido em contato com o colo do útero. Caso o ato 
sexual demore mais de 2 horas para ocorrer, o espermicida deve ser aplicado na parte 
superior da vagina, visando garantir maior proteção. O diafragma é colocado na vagina 
até no máximo 1 hora antes da relação sexual, deve ser retirado no mínimo 6 horas de-
pois e nunca deve ultrapassar 24 horas. Sua colocação requer certa habilidade, sendo 
que seu mau posicionamento pode resultar em falha do método.
Anticoncepção   13
 Se liga! O diafragma não deve ser usado em pacientes com infec-
ções geniturinárias em curso, histórico de Síndrome do choque tóxico ou doen-
ça valvar complicada.
Figura 3: Diafragma instalado. 
Fonte: Tefi/Shutterstock.com
Espermicida
Os espermicidas são substâncias em forma de tabletes de espuma, geleia ou 
creme que provocam a ruptura da membrana das células dos espermatozoides ma-
tando-os ou retardando sua passagem pelo canal cervical. A substância mais utili-
zada é o nonoxinol-9, mas também existe no mercado o octoxinol-9 e o menfegol. É 
recomendado o seu uso apenas em associação com outros métodos contraceptivos, 
como o diafragma. No entanto, não deve ser usada com preservativos masculinos, 
pois pode aumentar o risco de contaminação pelo vírus da imunodeficiência humana 
(HIV).
Anticoncepção   14
7. DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS 
(DIUS)
Os DIUs, junto com o implante de etonogestrel, faz parte dos LARCs (Long acting 
reversible contraceptives) que são os contraceptivos de longa duração. Consistem 
em um objeto de formato variável que é inserido na cavidade uterina. Eles são am-
plamente difundidos como métodos contraceptivos reversíveis, possuem pequenas 
taxas de falha e descontinuidade, poucas contraindicações e têm um ótimo custo
-benefício. No Brasil, os dois DIUs utilizados são o dispositivo intrauterino de cobre 
(DIU-Cu) e o sistema intrauterino liberador de levonogestrel (SIU de levonogestrel).
MAPA MENTAL CONTRACEPTIVOS DE BARREIRA
Preservativos
Contraceptivos 
de barreira
Reduz o risco de 
CA de colo de útero
Método mais 
utilizado
Masculino 
e feminino
Diafragma Esponjas
Tem vários tipos 
de tamanho
Geralmente uso 
com espermicidas
Não disponível 
no Brasil
Protege contra HIV
Fonte: Autoria própria.
Anticoncepção   15
DIU de cobre
O DIU-Cu é o dispositivo mais utilizado no Brasil, sendo o único LARC fornecido pelo 
SUS no Brasil. Tem formato de T, é feito de um fio de prata corado com cobre e pode 
ser eficaz de 10 a 12 anos a depender da literatura. O DIU-Cu age por meio da indução 
de uma reação de corpo estranho, levando à inflamação, visto que o cobre induz a 
liberação de interleucinas e citocinas que têm ação espermicida. Além disso, leva a 
mudanças bioquímicas e morfológicas no endométrio, além de produzir modificações 
no muco cervical e alterar a espermomigração e transporte do óvulo. Existem algumas 
contraindicações em relação ao seu uso. 
Contraindicações do DIU de cobre
CONTRAINDICAÇÕES DO DIU DE COBRE
Gravidez
Alteração da cavidade endometrial
Presença de infecções (sepse puerperal, aborto séptico, dip*)
Sangramento uterino inexplicado
Câncer cervical ou endometrial
Período de 48horas a 4 semanas após o parto
Alergia ao cobre
Fonte: FEBRASGO 2015.
Em relação ao risco de infecção existem divergências na literatura. Novos estudos 
indicam que os DIUs de cobre têm efeito protetor para a DIP, porque deixam o útero do 
colo hostil aos germes que habitam essa região como clamídia e gonococo. Apesar dos 
inúmeros benefícios, esse método também está relacionado a alguns efeitos adversos 
como aumento da dismenorreia e aumento do sangramento uterino. Além disso, apesar 
de raro, existe o risco de perfuração uterina e expulsão do DIU. 
 Se liga! O DIU de cobre não está relacionado ao aumento de gravi-
dez ectópica.
SIU de levonorgestrel (SIU- LNG)
O SIU- LNG, também conhecido pelo nome comercial Mirena, é um dispositivo de 
poliuretrano em forma de T que libera 20 mcg levonorgestrel por dia. Tem validade de 
cerca de 5 anos, apesar de alguns estudos admitirem até 7 anos. Funciona levando 
Anticoncepção   16
ao efeito a atrofia do endométrio, tornando o muco cervical espesso e dificultando a 
espermomigração e motilidade tubária. Além disso, provoca a reação inflamatória de 
corpo estranho, como o DIU de cobre. Possui o benefício de reduzir a dismenorreia e 
causar amenorreia em alguns casos. No entanto, em algumas pacientes pode levar 
a cefaleia, mastalgia, acne, depressão, cisto ovarianos funcionais e spotting (sangra-
mento uterino irregular). Além de ter as mesmas contraindicações do DIU de cobre 
(ver em quadro acima), o SIU-LNG não é recomendado em mulheres com câncer de 
mama atual ou prévio, tumor hepático, trombose venosa profunda ou tromboembo-
lismo pulmonar atual, lúpus eritematoso sistêmico com anticorpo antifosfolipídeo 
positivo ou desconhecido. Além disso, não é indicada a continuidade do uso em pa-
cientes que iniciaram quadro de enxaqueca com aura. Apesar de raro, pode levar à 
expulsão, dor ou sangramento, perfuração uterina, infecção e gravidez ectópica.
Figura 4: Sistema intrauterino de levonorgestrel. 
Fonte: Skalapendra/Shutterstock.com
Para a inserção dos DIUs, deve ser realizada uma anamnese e exame físico mi-
nucioso, buscando identificar contraindicações ao método. O melhor momento para 
ser inserido é durante a menstruação, pois nesse período o colo do útero está mais 
pérvio, facilitando a inserção. A contracepção é imediata e pode ser colocado em 
qualquer idade, inclusive em pacientes sem prole constituída.
Anticoncepção   17
 Se liga! Apesar de muito usado na prática, a USG não é obrigatória 
para inserção dos DIUs. Não caia nessa pegadinha!
Pacientes com imunidade comprometida como em mulheres com o vírus da imu-
nodeficiência humana (HIV) e usuárias de corticoide em altas doses, presença de 
câncer ovário, doença trofoblástica benigna, ISTs e tuberculose pélvica têm contrain-
dicação relativa ao uso de dispositivos intrauterinos. Em 48 horas a quatro semanas 
após o parto, não é indicada a colocação do DIU, pois o risco de expulsão é maior.
 Saiba mais! Usuárias de DIU que apresentam sinais clínicos ou 
culturas sugestivas de infecção por clamídia ou gonococo devem ser tratadas 
com antibióticos, mas não é necessário a remoção do DIU. Por outro lado, na 
presença de sinais de ascensão endometrial ou tubária, deve-se instituir terapia 
antibiótica e retirar o DIU prontamente.
Anticoncepção   18
8. CONTRACEPÇÃO HORMONAL
Os contraceptivos hormonais são métodos extremamente difundidos e eficazes. 
No entanto, seu índice de sucesso depende fundamentalmente da paciente. Com 
isso, na prática seu índice de falhas aumenta consideravelmente decorrente do uso 
incorreto, chegando a taxas de gravidez no primeiro ano de uso entre 3 e 9 por 100 
usuárias. Dentre esses contraceptivos os mais conhecidos são: contraceptivos orais 
combinados (COCs), contraceptivos contendo apenas progestogênio (COPs) e con-traceptivos com estrogênios e/ou progestogênios de uso sistêmico por injeção, ade-
sivo transdérmico ou anel intravaginal. 
Contraceptivos hormonais combinados (CHCs): Os CHCs possuem a combinação 
de um estrogênio e um progestogênio no mesmo método. Desse grupo fazem parte 
MAPA MENTAL CONTRACEPTIVOS INTRA UTERINOS
Contraceptivos 
intrauterinos
DIU SIU
Espermicida
Dura 10 anos
Não hormonal
Permite a ovulação 
e menstruação
Feito de cobre
Pode ter efeito 
anovulátorio
Inibe a menstruação 
na maioria das vezes
Dura 5 anos
Hormonal
Fonte: Autoria própria.
Anticoncepção   19
as pílulas contraceptivas de uso oral, o injetável mensal, o adesivo transdérmico e o 
anel intravaginal. Apresentam bons níveis de efetividade e continuidade do uso do 
método.
O mecanismo de ação dos CHCs ocorre pela inibição da ovulação. Vamos re-
lembrar, no ciclo menstrual o hormônio folículo estimulante (FSH) é responsável 
pelo recrutamento e desenvolvimento folicular. Já o hormônio luteinizante (LH) é o 
responsável pela ovulação. O componente de estrogênio dos CHCs inibe o FSH, en-
quanto que o progestogênio age inibindo o LH. Ora, se esses dois hormônios estão 
bloqueados, não pode ocorrer recrutamento folicular, amadurecimento do folículo 
dominante e nem ovulação. Além disso, a progesterona presente nesses contra-
ceptivos torna o muco cervical espesso, dificultando a espermomigração, reduz a 
motilidade tubária e ainda tem efeito antiproliferativo no endométrio. Já o estrogênio 
contido na formulação estabiliza o endométrio, reduzindo os sangramentos e au-
menta a produção hepática da globulina carreadora de hormônios sexuais (SHBG), 
reduzindo a fração livre de testosterona. Sabendo disso, fica fácil elencar vários be-
néficos dos CHCs:
Benefícios do uso dos contraceptivos 
hormonais combinados
1. Reduz o fluxo menstrual
2. Reduz a dismenorreia
3. Reduz os transtornos pré-menstruais
4. Regulariza o ciclo menstrual
5. Diminui o risco de câncer de mama e de 
endométrio
6. Reduz o risco de DIP e gestação ectópica
Possuem alguns efeitos adversos relacionados aos hormônios utilizados. Além 
disso, devido aos hormônios utilizados os CHCs possuem inúmeras contraindica-
ções relativas e absolutas.
Efeitos adversos relacionados ao estrogênio e aos progestagênios
Efeitos adversos dos estrogênios Efeitos adversos dos progestagênios
Náuseas e vômitos Tontura
Mastalgia Fadiga
Cefaleia Elevação do apetite
Irritabilidade Acne
Edema Pele oleosa
Cloasma Alteração do padrão de sangramento
Alteração resposta sexual Aumento de peso
Fonte: Tratado de Ginecologia Febrasgo, 2019.
Anticoncepção   20
Apresentaremos no quadro abaixo as contraindicações absolutas (categoria 4) mais 
importantes de acordo com os critérios de elegibilidade da Organização Mundial de 
Saúde (OMS).
Contraindicações absolutas dos CHCs
Contraindicações absolutas dos chcs
Enxaqueca com aura
Enxaqueca e idade maior que 35 anos
Tabagismo e idade maior que 35 anos
Tep e tvp prévios
Câncer de mama
Hipertensão arterial sistêmica não controlada
Infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular encefálico
Diabetes mellitus com vasculopatia
Tumor hepático
Hepatopatias
Doenças da vesícula biliar atual ou colestase
Cirurgia com imobilização
Uso de alguns anticonvulsivantes
Amamentação (menos que 6 semanas)
LES com anticorpo antifosfolípideo positivo ou desconhecido
Fonte: baseado em Tratado de Ginecologia Febrasgo, 2019.
Contraceptivo oral combinado (COCs)
 Também são conhecidos como pílulas anticoncepcionais. O principal estrogênio uti-
lizado é o etinilestradiol. Mas novas formulações podem conter o estradiol e o valerato 
de estradiol que são estrogênios naturais. Os COCs que possuem etinilestradiol em sua 
composição podem ser classificados pela dose estrogênica, em pílulas de alta ou baixa 
dose. As pílulas que contêm doses abaixo de 50 mcg de etinilestradiol são as de baixa 
dose, aquelas com quantidade superior a 50 mcg são as de alta dose. De acordo com o 
tipo de progestagênios contido, os COCs podem ser classificados em primeira, segunda 
ou terceira geração. Os COCs de primeira geração são os que possuem levonorgestrel 
(progestágeno) associado a 50 mcg de etinilestradiol. Já as de segunda geração con-
têm o etinilestradiol em doses menores, associado ao levonorgestrel. Se a pílula tiver 
desogestrel ou gestodeno associado ao progestágeno, são denominadas de terceira 
geração. Pode ser utilizado de maneira contínua ou estendida. No uso contínuo, não há 
interrupção das pílulas e no uso estendido, as pausas acontecem 3 a 4 vezes por ano, 
Anticoncepção   21
dependendo do produto. As pílulas devem ser iniciadas no primeiro dia do ciclo mens-
trual. As cartelas a depender do tipo esquema utilizado indicam pausas mensais que 
podem variar de quatro a sete dias. Nesses casos, após a primeira cartela inicia-se a 
segunda no quinto ou oitavo dia, respectivamente. Alguns anticoncepcionais de 28 dias 
podem ser utilizados sem pausa. O importante é utilizar diariamente para evitar falhas. 
No caso de esquecimento, deve se fazer o uso da pílula esquecida mais a pílula do dia 
para evitar sangramento por colapso endometrial. Já o restante da cartela deve ser con-
sumido com uma pílula por dia. Em caso de mais de um dia esquecido, deve-se utilizar 
um contraceptivo de barreira por pelo menos 7 dias para evitar gestação.
 Saiba mais! Alguns medicamentos como anticonvulsivantes, 
antibióticos, antifúngicos e antirretrovirais estão associados à redução da 
concentração dos anticoncepcionais orais, afetando a sua eficácia. Os princi-
pais são Rifampicina, Griseofluvina, Nelfinavir, Lopinavir, Ritonavir, Nevirapina, 
Barbitúricos (fenobarbital e primidona), Carbamazepina, Oxcarbamazepina, 
Felbamato, Fenitoína e Topiramato.
Anticoncepção   22
MAPA MENTAL. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS
Ação
Bloqueio da ovulação
COCs
RiscosContraindicações
ClassificaçõesÍndice de Pearl
Mecanismo principal Impede pico de LH
CA de mama
Doença hepática
Enxaqueca com aura
Trombofilias
Uso de algumas 
medicações
Tabagismo e 
idade > 35 anos
HAS não controlada
Histórico de AVC ou IAM
DM com complicação N° de gestações a 
cada 100 mulheres/ano
0,2 – Uso perfeito
3,0- Uso típico
Pela dose de 
estrogênio
Pelo progestagênio 
Alta ou baixa 
doseOs contraceptivos de emergência atuais geralmente 
são efetivos e seguros, apresentando poucos efeitos adversos. Com isso, reduz a 
quantidade de abortamentos inseguros e garante o planejamento familiar. O meca-
nismo de ação desses métodos varia de acordo com o período do ciclo menstrual no 
qual é utilizado. Se o uso ocorre na primeira fase do ciclo, antes do pico do LH (hor-
mônio luteinizante), ele altera o desenvolvimento folicular, impedindo ou retardando 
a ovulação. Já quando é usado na segunda fase do ciclo menstrual, ou seja, após a 
ovulação, ele modifica as características do muco cervical, deixando-o mais viscoso 
e com isso alteração o transporte dos espermatozoides.
Atualmente estão disponíveis vários métodos contraceptivos de emergência. Os mais 
utilizados são o método Yuzpe e o contraceptivo de levonorgestrel isolado, ambos são 
igualmente eficazes, podendo ser utilizado até 5 dias após o ato sexual desprotegido. 
Entretanto, sua eficácia é inversamente proporcional ao tempo decorrido desde a ativida-
de sexual, sendo recomendado o uso até 72 horas após o ato. Pela comodidade posoló-
gica e menos efeitos colaterais, o método de levonorgestrel é o mais indicado.
•	Método Yuzpe: É um contraceptivo combinado que consiste no uso de duas 
doses de 100 mcg de etinilestradiol e 500 mcg de levonorgestrel, com intervalo 
de 12 horas; sendo que a primeira deve ser tomada o mais próximo possível da 
atividade sexual desprotegida e até 72 horas depois.
•	 Contraceptivo de levonogestrel isolado: Nesse método deve-se ingerir o levo-
norgestrel na dose de 1,5 mg em dose única ou fracionada em duas tomadas, 
com intervalo de 12 horas. Ambas as formas de uso são igualmente eficazes.
Os contraceptivos de emergência possuem pouco feito nas menstruações posteriores, 
sendo que cerca de 60% das pacientes terão a menstruação no período habitual. Além disso, 
a única contraindicação do uso é a gravidez documentada, apesar de estudos não demons-
trarem efeitos teratogênicos para o feto. Podem ocorrer alguns efeitos adversos como náu-
seas, vômitos, cefaleia e aumento da sensibilidade mamária. No entanto, não há nenhuma 
evidência de que os contraceptivos de emergência exerçam abortamento.
 Se liga! O uso repetido desses métodos pode estar relacionado à 
diminuição da sua eficácia e acentuar distúrbios menstruais.
Anticoncepção   31
MAPA MENTAL GERAL
Métodos 
comportamentais
ANTICONCEPÇÃO
ElegibilidadeMétodos de barreira
EficáciaDispositivos 
intrauterinos
Método do muco 
cervical Tabelinha Amenorreia lactacional Temperatura basal
 CAT 1: 
S/ restrição
CAT 2: 
Vantagens > Riscos
CAT 3: 
Riscos > Vantagens
CAT 4: 
Risco inaceitável
Muito efetivo Mais efetivosMenos efetivos
Comportamentais Anticoncepção 
hormonal
Pílulas de 
progestágenoCombinados
Esterilização
DIU
DIU
SIU
Dura 10 anos
Dura 5 anos
Diafragma
Espermicida
Preservativo
Fonte: Autoria própria.
Anticoncepção   32
REFERÊNCIAS
Hoffman BL et al. Ginecologia de WILLIAMS. 2. ed. Porto Alegre: Artmed. 2014. 
Hall JE, Guyton AC. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2017. 
Machado RB. Uso de dispositivos intrauterinos (DIU) em nulíparas. São Pau lo: 
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 
2017. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no. 1/Comissão Nacional 
Especializada em Anticoncepção). 
Fernandes CE, Sá MFS de (eds). Tratado de ginecologia Febrasgo. 1. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2019. 
Goodman LS, Gilman AG (Eds.). Goodman e Gilman: as bases farmacológicas da te-
rapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2003. 
Freitas F. Rotinas em Ginecologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
Contraceptivos naturais. [acesso em fev. 2020]. Disponível em: https://prazercomse-
guranca.wordpress.com. 
Ministério da Saúde (BR). Laqueadura tubária – como é feita e chance de reversão. 
Ministério da Saú de, 2020. [acesso em fev. 2020]. Disponível em: https://www.md-
saude.com/ginecologia/anticoncepcionais/laqueadura-tuba ria/. W
sanarflix.com.br
Copyright © SanarFlix. Todos os direitos reservados.
Sanar
Rua Alceu Amoroso Lima, 172, 3º andar, Salvador-BA, 41820-770Os contraceptivos de emergência atuais geralmente 
são efetivos e seguros, apresentando poucos efeitos adversos. Com isso, reduz a 
quantidade de abortamentos inseguros e garante o planejamento familiar. O meca-
nismo de ação desses métodos varia de acordo com o período do ciclo menstrual no 
qual é utilizado. Se o uso ocorre na primeira fase do ciclo, antes do pico do LH (hor-
mônio luteinizante), ele altera o desenvolvimento folicular, impedindo ou retardando 
a ovulação. Já quando é usado na segunda fase do ciclo menstrual, ou seja, após a 
ovulação, ele modifica as características do muco cervical, deixando-o mais viscoso 
e com isso alteração o transporte dos espermatozoides.
Atualmente estão disponíveis vários métodos contraceptivos de emergência. Os mais 
utilizados são o método Yuzpe e o contraceptivo de levonorgestrel isolado, ambos são 
igualmente eficazes, podendo ser utilizado até 5 dias após o ato sexual desprotegido. 
Entretanto, sua eficácia é inversamente proporcional ao tempo decorrido desde a ativida-
de sexual, sendo recomendado o uso até 72 horas após o ato. Pela comodidade posoló-
gica e menos efeitos colaterais, o método de levonorgestrel é o mais indicado.
•	Método Yuzpe: É um contraceptivo combinado que consiste no uso de duas 
doses de 100 mcg de etinilestradiol e 500 mcg de levonorgestrel, com intervalo 
de 12 horas; sendo que a primeira deve ser tomada o mais próximo possível da 
atividade sexual desprotegida e até 72 horas depois.
•	 Contraceptivo de levonogestrel isolado: Nesse método deve-se ingerir o levo-
norgestrel na dose de 1,5 mg em dose única ou fracionada em duas tomadas, 
com intervalo de 12 horas. Ambas as formas de uso são igualmente eficazes.
Os contraceptivos de emergência possuem pouco feito nas menstruações posteriores, 
sendo que cerca de 60% das pacientes terão a menstruação no período habitual. Além disso, 
a única contraindicação do uso é a gravidez documentada, apesar de estudos não demons-
trarem efeitos teratogênicos para o feto. Podem ocorrer alguns efeitos adversos como náu-
seas, vômitos, cefaleia e aumento da sensibilidade mamária. No entanto, não há nenhuma 
evidência de que os contraceptivos de emergência exerçam abortamento.
 Se liga! O uso repetido desses métodos pode estar relacionado à 
diminuição da sua eficácia e acentuar distúrbios menstruais.
Anticoncepção   31
MAPA MENTAL GERAL
Métodos 
comportamentais
ANTICONCEPÇÃO
ElegibilidadeMétodos de barreira
EficáciaDispositivos 
intrauterinos
Método do muco 
cervical Tabelinha Amenorreia lactacional Temperatura basal
 CAT 1: 
S/ restrição
CAT 2: 
Vantagens > Riscos
CAT 3: 
Riscos > Vantagens
CAT 4: 
Risco inaceitável
Muito efetivo Mais efetivosMenos efetivos
Comportamentais Anticoncepção 
hormonal
Pílulas de 
progestágenoCombinados
Esterilização
DIU
DIU
SIU
Dura 10 anos
Dura 5 anos
Diafragma
Espermicida
Preservativo
Fonte: Autoria própria.
Anticoncepção   32
REFERÊNCIAS
Hoffman BL et al. Ginecologia de WILLIAMS. 2. ed. Porto Alegre: Artmed. 2014. 
Hall JE, Guyton AC. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2017. 
Machado RB. Uso de dispositivos intrauterinos (DIU) em nulíparas. São Pau lo: 
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 
2017. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no. 1/Comissão Nacional 
Especializada em Anticoncepção). 
Fernandes CE, Sá MFS de (eds). Tratado de ginecologia Febrasgo. 1. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2019. 
Goodman LS, Gilman AG (Eds.). Goodman e Gilman: as bases farmacológicas da te-
rapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2003. 
Freitas F. Rotinas em Ginecologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
Contraceptivos naturais. [acesso em fev. 2020]. Disponível em: https://prazercomse-
guranca.wordpress.com. 
Ministério da Saúde (BR). Laqueadura tubária – como é feita e chance de reversão. 
Ministério da Saú de, 2020. [acesso em fev. 2020]. Disponível em: https://www.md-
saude.com/ginecologia/anticoncepcionais/laqueadura-tuba ria/. W
sanarflix.com.br
Copyright © SanarFlix. Todos os direitos reservados.
Sanar
Rua Alceu Amoroso Lima, 172, 3º andar, Salvador-BA, 41820-770

Mais conteúdos dessa disciplina