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Curso Técnico EaD Senar
SENAR - Brasília, 2023
MATERIAL 
COMPLEMENTAR
Formação Técnica
Controle Zootécnico 
e Sanitário
Sumário
Introdução ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3
1. Sanidade animal e sua relação com a produção ��������������������������������������������� 3
1.1 Relação entre sanidade animal e produção ���������������������������������������������� 3
1.2 Manejo higiênico-sanitário da ordenha e do leite (controle e 
profilaxia da mastite) ������������������������������������������������������������������������������������������ 8
1.3 Doenças do sistema locomotor ����������������������������������������������������������������� 11
2. Escrituração zootécnica e monitoramento das condições dos animais ������ 15
2.1 Coleta de dados dos manejos sanitários efetuados ������������������������������� 16
3. Legislações sanitárias ���������������������������������������������������������������������������������������� 17
3.1 Programas sanitários federais ������������������������������������������������������������������� 18
3.2 Programas estaduais de sanidade animal ����������������������������������������������� 25
Encerramento ������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 27
Referências ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 28
3
Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
Introdução
O objetivo deste material é aprofundar de forma teórica os assuntos sobre sanidade 
animal para complementar o que você estudou no material didático básico da Unidade 
Curricular Controle Zootécnico e Sanitário. 
Com os conhecimentos sobre as técnicas de manejo zootécnico e sanitário, é possível 
adotar melhores procedimentos para aperfeiçoar as práticas da propriedade rural. 
Assim, ao consultar este material, você poderá obter mais informações sobre os temas 
abordados na unidade, aprofundando seus conhecimentos sobre as melhores práticas 
para a produção animal.
Aproveite seu material e bons estudos!
1. Sanidade animal e sua relação com a produção
Em sua apostila, você aprendeu que o correto manejo sanitário dos rebanhos de cria-
ção reduz:
• os riscos de ocorrência de enfermidades;
• o custo com tratamentos veterinários e medicamentos; e 
• os prejuízos decorrentes da perda devido à morte de animais doentes. 
Agora, você compreenderá com mais detalhes algumas das doenças que acometem os 
rebanhos leiteiros e causam muitas perdas econômicas e conhecerá as causas e as 
formas de controle dessas enfermidades.
1.1 Relação entre sanidade animal e produção
Algumas enfermidades apresentam maior incidência em determinados rebanhos. Nas 
raças leiteiras, as doenças frequentes são:
Mastites Afetam a glândula mamária.
Doenças podais Afetam o sistema locomotor dos animais, principalmente das 
vacas em lactação. 
A mastite bovina, também conhecida por mamite, é uma inflamação da glândula ma-
mária. Ela é responsável por perdas na produção estimadas de até 30%, de acordo 
com Simões e Oliveira (2012). Para diagnóstico e controle das mastites, é importante 
fazer uma distinção entre dois tipos:
CURSO TÉCNICO EAD SENAR4
• Clínicas agudas: cuja identificação é relativamente fácil, pois as alterações na 
glândula mamária ou no leite são visíveis e/ou palpáveis. 
• Subclínicas: não há sinais clínicos visíveis.
Fonte: Getty Images.
No caso da mastite clínica aguda, os sinais apresentados não deixam dúvida, pois os 
animais apresentam edema em um ou mais quartos do úbere, o qual frequentemente 
está quente, dolorido e o leite com alterações físico-químicas, podendo apresentar es-
trias de sangue e secreção purulenta além de febre.
Através do teste de caneca de 
fundo escuro e/ou caneca telada, 
é possível perceber alterações 
nos primeiros jatos de leite.
Já na mastite subclínica, muitas vezes não são percebidos sinais, sendo a doença 
detectada por meio de testes específicos para mastite:
• o California mastitis test (Mastite teste da Califórnia); ou 
• na contagem de células somáticas (CCS) do leite.
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Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
Atenção
Os agentes causadores da mastite são diversos, podendo ser 
bactérias, fungos, leveduras e vírus. Mais de 130 agentes infec-
ciosos já foram identificados como causadores da mastite. 
A mastite se desenvolve pela penetração de microrganismos patogênicos a partir do 
orifício do teto, evoluindo para as cisternas, ductos e alvéolos, onde liberam toxinas 
e provocam lesões. A liberação de substâncias químicas pelas bactérias e células do 
hospedeiro atraem leucócitos para o local da inflamação.
A falta de higiene na ordenha 
e as condições inadequadas 
do ambiente em que as vacas 
vivem, com muita lama, esterco 
e moscas, predispõem a 
ocorrência da doença.
A mastite pode ser altamente contagiosa, o que significa que ela pode ser transmitida 
de um animal para outro. Isso ocorre principalmente por meio do contato das mãos 
do ordenhador com material contaminado, ordenhadeira contaminada, entre outros.
É uma das doenças mais complexas que acometem os bovinos 
de leite e causam prejuízos devido à queda na produção, como 
o descarte do leite impróprio para consumo decorrente das 
alterações na composição, ou devido a tratamento com medi-
camentos, em que o leite dos animais tratados também deve 
ser descartado, ou até perdas eventuais de quartos do úbere, 
ou morte do animal doente.
As perdas pela mastite subclínica são mais importantes economicamente, pois ocor-
rem com alta frequência, enquanto o predomínio da mastite clínica é baixo. Para cada 
caso de mastite clínica, ocorrem, em média, nove casos da subclínica. As perdas eco-
nômicas se devem a diversos fatores, por exemplo: 
• redução na produção; 
• redução no período de lactação (secagem da vaca); 
CURSO TÉCNICO EAD SENAR6
• encurtamento da vida produtiva da vaca (substituição de vacas com infecção crô-
nica ou que não respondem aos tratamentos); 
• custo de tratamentos (medicamentos, técnicos, período de carência); e
• não pagamento da carga em decorrência da baixa qualidade do leite. 
O leite alterado pela mastite tem menor extrato seco e apresenta os componentes 
produzidos na glândula diminuídos, como a lactose, caseína, gordura, cálcio (Ca) e po-
tássio (K). Por outro lado, os componentes de origem sanguínea, como os leucócitos, 
imunoglobulinas, lipase, sódio (Na) e cloro (Cl), estão aumentados no leite. 
Atenção
As mastites que têm como causa os agentes presentes no ambien-
te onde vivem os animais, denominadas de mastites ambientais, 
podem causar doenças agudas com muitos prejuízos econômicos 
em razão da redução de produtividade de leite e até mesmo mor-
te de animais (PRESTES; LANDIM-ALVARENGA, 2006).
Acompanhe a seguir os principais testes usados para detectar a mastite.
a) Teste da caneca
Diariamente, antes de iniciar a ordenha, deve-se realizar o teste da caneca de fundo 
preto, que é um instrumento para auxiliar no diagnóstico da mastite clínica.
Consiste em jogar os primeiros jatos 
de leite de cada teto, antes de cada 
ordenha, em uma caneca de fundo 
escuro, com a finalidade de observar 
alterações macroscópicas do leite, 
principalmente a presença de gru-
mos ou pus. 
Teste da caneca de fundo preto para detecção 
de mastite clínica. 
Fonte: Embrapa (2013).
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Controle Zootécnico e Sanitário
b) California mastitis test (CMT)
O CMT é uma prova rápida, barata 
e fácil realizada ao pé da vaca que, 
indiretamente, mostra o conteúdo 
de leucócitos do leite. Baseia-se na 
propriedade de certos detergentes 
aniônicos de liberar o ácido deso-
xirribonucleico (DNA) das células 
nucleares. 
Raquete utilizada para realizar o teste CMT. 
Fonte: Getty Images.
O DNA é viscoso e a viscosidade produzida quando odetergente é agregado à amostra 
de leite está proporcionalmente relacionada à concentração de células somáticas (cé-
lulas epiteliais descamadas da glândula e leucócitos) no leite.
Realiza-se o CMT unindo 2 ml de leite do início da ordenha a 2 ml de reativo, aplican-
do-o com um ligeiro movimento de rotação. 
Saiba mais
Acesse a publicação Como identificar a vaca com mastite 
em sua propriedade, da Embrapa, e acompanhe o passo a 
passo para realizar o teste da caneca de fundo preto e o CMT e 
como interpretar os resultados. 
c) Contagem de células somáticas (CCS) 
A contagem eletrônica de células somáticas no leite é baseada na coloração dos núcle-
os celulares.
Contagens acima de 250.000 
células/ml de leite estão 
geralmente relacionadas 
com infecção.
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/140323/1/Cartilha-Mastite-completa.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/140323/1/Cartilha-Mastite-completa.pdf
CURSO TÉCNICO EAD SENAR8
Nos casos de mastite, pode-se fazer o diagnóstico bacteriológico, sendo que o exame 
bacteriológico do leite deve ser realizado em laboratórios especializados em cultivo e 
isolamento de microrganismos. O diagnóstico bacteriológico permite a identificação do 
agente e a realização de antibiograma.
Glossário
Antibiograma: teste feito em laboratório para detectar a sen-
sibilidade dos agentes patogênicos do leite a determinados 
antibióticos.
1.2 Manejo higiênico-sanitário da ordenha e do leite (controle e profilaxia 
da mastite)
Para o processo de antissepsia pré-ordenha, é feita a lavagem, se necessário, dos 
tetos com água, utiliza-se solução antisséptica própria para essa finalidade e é feita a 
secagem com toalha de papel descartável. 
Na manutenção e operação adequada da ordenhadeira, é importante que o processo 
de ordenha comece até um minuto após o estímulo inicial. A ordenha deve ser rea-
lizada durante um período de tempo de 5 a 7 minutos, levando em consideração a 
liberação e a duração da ação da ocitocina.
Atenção
É importante seguir as recomendações do fabricante quanto 
à reposição de peças, regulagem e higienização da ordenhadeira 
mecânica.
Já para o processo de antissepsia pós-ordenha, é feita a imersão dos mamilos em 
solução antisséptica logo após a ordenha. Por meio dessa imersão, é possível elimi-
nar a gota de leite residual, destruir os microrganismos que se encontram no teto, 
prevenir a contaminação de possíveis lesões e evitar a colonização do orifício do teto. 
É recomendável utilizar produtos que contenham condicionadores, como glicerina ou 
lanolina, para promover a suavização da pele.
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Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
Imersão dos tetos em solução antisséptica.
Fonte: Shutterstock.
Atenção
Nos casos em que os bezerros são soltos junto às vacas para 
mamar após a ordenha, não é indicado fazer a antissepsia 
pós-ordenha.
A terapia preventiva ao secar a vaca deve ser realizada com a medicação indica-
da pelo médico veterinário em todas as vacas. Esse procedimento, além de eliminar 
mastites que não tenham sido curadas durante a lactação, evita novas infecções que, 
frequentemente, ocorrem nos primeiros dias do período seco, reduzindo os casos de 
mastite logo após o parto. Após a ordenha completa de todos os quartos, é necessário:
• realizar antissepsia da extremidade do teto; 
• introduzir a cânula curta ou apenas a porção inicial da cânula longa da bisnaga, 
conforme o caso, e aplicar o medicamento;
• fazer massagem no sentido da glândula para dispersão do produto; e 
• realizar antissepsia pós-ordenha e não ordenhar mais. 
CURSO TÉCNICO EAD SENAR10
Saiba mais
Acesse a publicação Como controlar a mastite bovina, da 
Ourofino Saúde Animal, entenda como realizar a aplicação de 
medicamentos pela via intramamária. 
O período de tratamento da vaca seca é o período em que a vaca não está produ-
zindo leite. Deve-se dar atenção especial à suplementação de vitaminas, recuperação 
da condição corporal e prevenção da mastite. No período de secagem, a glândula está 
mais exposta aos microrganismos, pois o leite não é mais retirado, deixando-a com 
nutrientes favoráveis à multiplicação bacteriana. Além disso, nesse período, os tetos 
estão distendidos e não sofrem a desinfecção.
Todos esses fatores, 
associados à rotina de secagem, 
estressam a vaca, deixando seu 
sistema imunológico debilitado, 
o que favorece processos 
infecciosos que incluem a 
mastite.
Portanto, é indicado que, ao secar a vaca, seja realizado um tratamento com antibióti-
co intramamário. Esse tratamento também ajuda a eliminar infecções subclínicas pro-
venientes da lactação anterior. A seleção dos produtos para o tratamento deve ser feita 
pelo médico veterinário com base na sensibilidade dos microrganismos causadores de 
infecções contraídas por um mesmo animal ou pelo rebanho.
Os animais com mastite clínica devem ser medicados imediatamente de acordo com as 
recomendações do médico veterinário e o leite deve ser descartado pelo período cor-
respondente à utilização do produto. Os animais em tratamento devem ser ordenhados 
ao final da ordenha. 
O descarte dos animais com mastite crônica é uma das práticas mais importantes de 
controle de mastite contagiosa, embora seja pouco adotada. Para adoção de tal práti-
ca, é necessário levar em consideração a relação custo-benefício, pois o valor de abate 
desses animais, geralmente, é inferior ao seu valor de produção.
https://www.ourofinosaudeanimal.com/ourofinoemcampo/categoria/artigos/como-controlar-a-mastite-bovina/
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Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
1.3 Doenças do sistema locomotor
A doença digital bovina (DDB) representa uma das principais enfermidades que 
acometem o gado leiteiro. O termo “pododermatite” é um dos mais empregados, po-
rém em diferentes situações diagnósticas. Esse termo significa a inflamação da pele da 
região digital, todavia, em diversas situações, há o envolvimento de outras estruturas, 
como tecido córneo, articulações, tendões e ligamentos. Há situações, por exemplo, 
em que não há o envolvimento da pele. Assim, o termo “doença digital bovina” re-
fere-se a um conjunto de enfermidades que afetam a extremidade dos membros do 
bovino, incluindo pele, camada subcutânea, tecido córneo, ossos, articulações e liga-
mentos. As principais enfermidades relacionadas à DDB são:
a) Doença da linha branca 
Caracteriza-se pela separação entre a sola e a parede (linha branca) do pé dos animais. 
Saiba mais
Acesse a publicação Doença da linha branca: conheça essa 
doença dos cascos de bovinos, da Revista Agropecuária, 
para saber mais sobre a doença da linha branca.
b) Dermatite digital
É uma erosão com exsudação da pele acima da coroa, junto ao talão. Nos casos crôni-
cos, pode haver granulação com formação de papilomas. 
Saiba mais
Acesse a publicação Dermatite digital em bovinos: causas 
e tratamento, do site MilkPoint, para saber mais sobre a der-
matite digital.
c) Dermatite interdigital 
Dermatite superficial, caracterizada por leve erosão, mais frequente localizada entre os 
talões, podendo se estender até a parte anterior do espaço interdigital. A inflamação 
pode ter caráter agudo, subagudo ou crônico. 
http://www.revistaagropecuaria.com.br/2021/08/06/doenca-da-linha-branca-conheca-essa-doenca-dos-cascos-de-bovinos/
http://www.revistaagropecuaria.com.br/2021/08/06/doenca-da-linha-branca-conheca-essa-doenca-dos-cascos-de-bovinos/
https://www.milkpoint.com.br/colunas/educapoint/como-devem-ser-as-instalacoes-e-o-manejo-do-cocho-de-bovinos-em-confinamento-211770/
https://www.milkpoint.com.br/colunas/educapoint/como-devem-ser-as-instalacoes-e-o-manejo-do-cocho-de-bovinos-em-confinamento-211770/
CURSO TÉCNICO EAD SENAR12
Saiba mais
Acesse o vídeo Dermatite interdigital, no YouTube, para visu-
alizar a imagem dessa inflamação.
d) Erosão do talão
É a perda irregular do tecido córneo do talão e da sola.
Saiba mais
Acesse o artigo Tratamento de lesõesde casco em bovinos 
para visualizar imagens que mostram a erosão do talão. 
e) Hiperplasia interdigital
É uma reação anormal de proliferação do tecido que recobre o espaço interdigital. Com 
o crescimento do tecido cutâneo, ocorre uma pequena reação tumoral. 
Saiba mais
Acesse a publicação Hiperplasia interdigital em bovinos 
para saber mais sobre a hiperplasia interdigital.
f) Pododermatite asséptica difusa
Caracteriza-se por causar uma reação inflamatória não contaminada que pode se apre-
sentar nas formas aguda, subaguda ou crônica do tecido pododermal, atingindo ge-
ralmente um ou mais membros do animal ou até expandindo-se para todo o sistema 
locomotor. A doença é conhecida como laminite bovina.
https://www.youtube.com/watch?v=Jlx2gAwSoCo
https://rehagro.com.br/blog/tratamento-de-cascos-em-bovinos/
https://www.revistaveterinaria.com.br/hiperplasia-interdigital-em-bovinos/
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Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
Saiba mais
Acesse a publicação Laminite bovina para saber mais sobre 
o assunto.
g) Pododermatite asséptica localizada
Geralmente, a causa mais comum dessa condição é um traumatismo localizado causa-
do devido ao piso irregular ou presença de pedra. Os principais sinais clínicos incluem 
dor e claudicação. 
h) Pododermatite do paradígito
Ocorre uma reação inflamatória e perda de tecido das sobreunhas por necrose.
i) Pododermatite séptica
Ocorre uma reação inflamatória contaminada, de forma difusa ou circunscrita, do te-
cido do cório. 
Saiba mais
Acesse o vídeo Pododermatite séptica difusa para saber 
mais sobre o assunto.
É importante ressaltar que o manejo intensivo dos animais é o principal fator associado 
ao aparecimento da DDB. 
Embora exista influência de fatores genéticos no aparecimento da patologia, principal-
mente nos casos de pododermatite interdigital e as consequentes deformações ungu-
lares devido às doenças dos cascos, os fatores que predispõem a doença podais são as 
dietas ricas em carboidratos e a falta de correção adequada dos cascos, especialmente 
para animais mantidos em instalações com pisos úmidos e ásperos. Essas condições 
aumentam a probabilidade de ocorrência de doenças podais. Na dieta com excesso de 
carboidratos, instala-se, inicialmente, um quadro de acidose ruminal e, por consequ-
ência, uma laminite. Uma dor intensa provoca alteração postural do animal, levando ao 
agravamento do quadro por formação de úlceras nos talões. Assim como na laminite, 
cascos sem casqueamento e/ou pisos duros e irregulares podem provocar mudança 
postural e desencadear a doença. 
https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/laminite-em-bovinos#:~:text=A%20laminite%20nada%20mais%20%C3%A9,et%20al.%2C%202009
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=sjsoNsGpYE4
CURSO TÉCNICO EAD SENAR14
Qualquer situação em que 
haja alteração na postura 
para caminhar, pode levar a 
enfermidades do casco.
Nos casos de apoio excessivo dos talões dos cascos, podem ocorrer úlceras contamina-
das com detritos, provocando infecção difusa, chamada pododermatite séptica, que 
pode atingir a articulação, causando artrite e tendinite séptica.
A excessiva umidade do piso, por 
sua vez, é um fator de suma im-
portância no aparecimento da DDB. 
Cascos mantidos por muito tempo 
em pisos úmidos, com fezes e uri-
na, tornam-se mais frágeis e ma-
cerados. Qualquer que seja a causa 
inicial da DDB, em geral, acaba sen-
do contaminada por bactérias. Nas 
lesões podem ocorrer miíases até a 
inflamação agravar e se tornar uma 
dermatite séptica necrótica.
Fonte: Getty Images.
Para realizar o controle e a profilaxia, muitas vezes, o custo do tratamento pode exce-
der o valor do animal, então, todas as atenções devem estar voltadas para a prevenção 
dessa doença. 
Em qualquer situação, deve ser feita a apara do excesso de casco com instrumental 
apropriado. Essa ação alivia a tensão sobre os tendões, ossos e ligamentos. Os animais 
que recebem dietas altamente energéticas devem ser tratados com rações tampona-
das para evitar a acidose ruminal. No momento da secagem, deve-se realizar a apara 
anual dos cascos, que é outra medida muito importante.
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Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
Atenção
Deve ser evitada a presença de umidade, fezes e urina nas ins-
talações, bem como deve ser limitado o acesso às várzeas e 
baixadas úmidas. Pisos ásperos e com irregularidades precisam 
ser corrigidos. É importante que seja adotado um sistema regu-
lar de seleção de matrizes e reprodutores, descartando aqueles 
que possuam predisposição genética para o aparecimento da 
DDB. O uso de pedilúvios é outro elemento adicional na profila-
xia da DDB. 
Para o pedilúvio, pode-se utilizar o cloridrato de biguanida a 1%, que apresenta a melhor 
eficiência bactericida, ou formol, sulfato de cobre, cal e sulfato de zinco, todos a 5%.
Saiba mais
Para saber mais sobre prevenção com pedilúvio, acesse a posta-
gem Como evitar a claudicação no rebanho bovino?
E sobre as doenças podais, acesse o Manual de patologia po-
dal bovina. 
2. Escrituração zootécnica e monitoramento das condições 
dos animais
A escrituração zootécnica é a forma mais efetiva de registrar os eventos relativos aos 
animais em rebanho ou individualmente. 
Por meio da coleta e análise de dados de produção, precisos e confiáveis, pode-se per-
ceber a realidade, quais são os pontos fracos que necessitam ser melhorados, fazer as 
correções necessárias, aprimorar os processos e estabelecer novas metas. Além disso, 
pode-se identificar novas possibilidades, objetivando tornar a empresa mais produtiva 
do ponto de vista econômico.
Os dados que precisam fazer parte da escrituração zootécnica são:
https://www.fundacaoroge.org.br/blog/como-evitar-a-claudicacao-no-rebanho-bovino
https://www.apcrf.pt/fotos/editor2/iv_manual.pdf
https://www.apcrf.pt/fotos/editor2/iv_manual.pdf
CURSO TÉCNICO EAD SENAR16
1
Identificação dos animais, rastreabilidade para a segurança alimentar, o cadastro 
dos animais com número, raça, cor de pelagem, composição racial, presença ou não 
de chifre, data de nascimento, data e motivo da entrada no rebanho, peso ao nascer.
2 Dados referentes à genealogia, que consiste na identificação dos ancestrais como 
pai, mãe, avô e avó.
3 Desenvolvimento ponderal com as anotações de pesagens e ganho em peso do nas-
cimento até a fase atual.
4 Controle reprodutivo com o intervalo entre partos, período de serviço, prolificidade, 
fertilidade e período seco no caso das fêmeas leiteiras.
5
Data de cobertura, dados do reprodutor, data do parto, informações sobre as crias, o 
controle produtivo nas fêmeas leiteiras com controle da produção individual, porcen-
tagens de gordura do leite, proteína e extrato seco total e encerramento da lactação. 
De posse de todos os dados anteriormente, temos: a produção total da matriz, dias de 
produção, produção média, máxima e mínima, controle sanitário realizado, como vaci-
nações, vermifugações, exames, ocorrência de traumatismos, doenças e tratamentos, 
enfim, quaisquer informações relacionadas ao animal em questão.
2.1 Coleta de dados dos manejos sanitários efetuados
Registrar todos os manejos efetuados, bem como todos os itens utilizados, como me-
dicamentos, vacinas, ração, sêmen e demais materiais, são necessários para controlar 
os custos de produção. Da mesma forma, é preciso registrar os dados relativos à pro-
dução, como produção diária de leite, nascimentos, desmama, abortos, mortes, pesa-
gens e vendas, para saber como anda a produtividade da criação. O uso de planilhas, 
aplicativos ou programas criados com a finalidade de auxiliar o produtor a gerenciar 
melhor a atividade facilitam as tomadas de decisão. 
A seguir, conheça um modelo de planilha simples utilizado no controle de mastite do 
rebanho leiteiro.
Registro da ocorrência de mastite clínica
Identificação 
do animal 
(número)
Ocorrência de 
mastite clínica 
(data)
Quarto(s) 
afetado(s)
Tratamento 
realizado 
(produto, 
dosagem)
Período dedescarte do 
leite
312 14/05/2021 Direito anterior e 
posterior
Antibiótico 
intramamário 
–1x/dia por 3 dias
96h após a última 
aplicação
210 20/08/2021
Exceto quarto es-
querdo anterior (3 
quartos afetados)
Antibiótico 
injetável � 20 ml 
1x/dia por 3 dias
12h após a última 
aplicação ou duas 
ordenhas.
… …
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
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Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
Registro da ocorrência de mastite subclínica
Resultado obtido em teste diário ou semanal para mastite subclínica 
(California mastitis Test)
Data do teste:
Identificação 
do animal 
(número)
Resultado
Quarto(s) 
afetado(s)
Tratamento 
(produto, 
dosagem)
Período de 
descarte do 
leite
510 Positivo Esquerdo 
posterior
Antibiótico in-
tramamário � 1 
bisnaga por 3 dias
2 dias
… … … … …
… … … … …
… … … … …
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Sempre mantenha os registros de controle reprodutivo atualizados, pois eles são ne-
cessários para acompanhar os casos de repetições de cio das fêmeas diagnosticadas 
prenhas. Ao realizar o diagnóstico de gestação, deve-se atualizar o registro em fichas 
individuais e, no caso de ocorrências de repetição de cio ou visível aborto, realizar as 
anotações pertinentes. São dados importantes que podem indicar possíveis falhas re-
produtivas. A eficiência reprodutiva individual é um dado importante no momento de 
selecionar as fêmeas que permanecem no lote da reprodução e indicar aquelas que 
devem ser descartadas.
Comentários do autor
A interrupção da gestação por morte embrionária ou aborto, 
pode ser provocada por causas infecciosas e não infecciosas. As 
causas infecciosas diagnosticadas com maior frequência são: 
brucelose, tricomonose, campilobacteriose, listeriose, leptospi-
rose, rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) e diarreia viral bovi-
na (BVD).
Nos casos em que ocorrem abortos por causa desconhecida, é indicado submeter 
os animais da reprodução a exames sorológicos para investigar possíveis doenças 
reprodutivas.
3. Legislações sanitárias
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) regulamenta uma série de programas de 
defesa sanitária agropecuária que tem como objetivo promover a abertura de mercados 
CURSO TÉCNICO EAD SENAR18
internacionais para os produtos brasileiros, a valorização dos produtos agropecuários 
nacionais, como carne, leite, ovos e mel, e a segurança alimentar da população.
As legislações sanitárias têm como objetivo regulamentar as ações dos agentes respon-
sáveis pela vigilância sanitária animal no âmbito federal, estadual e municipal de saúde.
O princípio da vigilância sanitária 
é a prevenção por meio de 
medidas profiláticas, as quais 
visam erradicar ou baixar a 
ocorrência de doenças a níveis 
mínimos.
3.1 Programas sanitários federais
A seguir, conheça as principais doenças de notificação obrigatória em diferentes 
espécies.
a) Aves
Doenças erradicadas ou 
nunca registradas no país 
que requerem notificação 
imediata de caso suspeito 
ou diagnóstico
• Influenza aviária
• Hepatite viral do pato
• Rinotraqueíte do peru
• Febre do Nilo Ocidental
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso suspeito
• Doença de Newcastle
• Laringotraqueíte infecciosa aviária
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso confirmado
• Salmonelas (S. Enteritidis, S. Typhimu-
rium, S. Gallinarum e S. Pullorum)
• Micoplasmas (M. gallisepticum, M. melea-
gridis e M. synoviae)
• Clamidiose aviária
19
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Controle Zootécnico e Sanitário
Doenças que requerem 
notificação mensal de 
qualquer caso confirmado
• Adenovirose
• Anemia infecciosa das galinhas
• Bronquite infecciosa aviária
• Coccidiose aviária
• Colibacilose
• Coriza aviária
• Doença de Marek
• Doença infecciosa da Bursa/Doença de 
Gumboro;
• EDS-76 (Síndrome da queda de postura)
• Encefalomielite aviária
• Epitelioma aviário/bouba/varíola aviária
• Espiroquetose aviária (Borrelia anserina)
• Leucose aviária
• Pasteurelose aviária/cólera aviária
• Reovirose/artrite viral
• Reticuloendoteliose
• Salmoneloses (exceto S. Enteritidis, 
S. Typhimurium, S. Gallinarum e S. 
Pullorum)
• Tuberculose aviária
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
b) Abelhas
Doenças erradicadas ou 
nunca registradas no país 
que requerem notificação 
imediata de caso suspeito 
ou diagnóstico
• Infestação pelo pequeno escaravelho das 
colmeias (Aethina tumida)
CURSO TÉCNICO EAD SENAR20
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso suspeito
• Cria Pútrida Americana
• Cria Pútrida Europeia
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso confirmado
• Infestação das abelhas melíferas por 
ácaros
• Tropilaelaps spp.
Doenças que requerem 
notificação mensal de 
qualquer caso confirmado
• Acariose/acarapiose das abelhas melíferas
• Cria giz (Ascosphaera apis)
• Varroatose (varroa/varroase)
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
c) Equinos
Doenças erradicadas ou 
nunca registradas no país 
que requerem notificação 
imediata de caso suspeito 
ou diagnóstico
• Arterite viral equina
• Durina/sífilis (Trypanosoma equiperdum)
• Encefalomielite equina venezuelana
• Metrite contagiosa equina
• Peste equina
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso suspeito
• Anemia infecciosa equina
• Encefalomielite equina do leste
• Encefalomielite equina do oeste
• Mormo
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso confirmado
• Não há
21
Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
Doenças que requerem 
notificação mensal de 
qualquer caso confirmado
• Adenite equina/papeira/garrotilho
• Exantema genital equino
• Gripe equina
• Linfangite ulcerativa (Corynebacterium 
pseudotuberculosis)
• Piroplasmose equina
• Rinopneumonia equina
• Salmonelose (S. abortus equi)
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
d) Ovinos e caprinos
Doenças erradicadas ou 
nunca registradas no país 
que requerem notificação 
imediata de caso suspeito 
ou diagnóstico
• Aborto enzoótico das ovelhas (clamidiose)
• Doença de Nairobi 
• Maedi-visna vírus
• Peste dos pequenos ruminantes
• Pleuropneumonia contagiosa caprina
• Varíola ovina e varíola caprina
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso suspeito
• Scrapie
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso confirmado
• Agalaxia contagiosa
Doenças que requerem 
notificação mensal de 
qualquer caso confirmado
• Adenomatose pulmonar ovina
• Artrite-encefalite caprina
• Ceratoconjuntivite rickettsia
• Epididimite ovina (Brucella ovis)
• Linfadenite caseosa
• Salmonelose (S. abortusovis)
• Sarna ovina
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
CURSO TÉCNICO EAD SENAR22
e) Suínos
Doenças erradicadas ou 
nunca registradas no país 
que requerem notificação 
imediata de caso suspeito 
ou diagnóstico
• Encefalomielite por vírus Nipah
• Doença vesicular suína
• Gastroenterite transmissível
• Peste suína africana
• Síndrome reprodutiva e respiratória suína 
(PRRS)
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso suspeito
• Não há
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso confirmado
• Cisticercose Suína
Doenças que requerem 
notificação mensal de 
qualquer caso confirmado
• Circovirose
• Erisipela suína
• Influenza dos suínos
• Parvovirose suína
• Pneumonia enzoótica (Mycoplasma 
hyopneumoniae)
• Rinite atrófica
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
f) Bovinos
Doenças erradicadas ou 
nunca registradas no país 
que requerem notificação 
imediata de caso suspeito 
ou diagnóstico
• Dermatose nodular contagiosa
• Pleuropneumonia contagiosa bovina
• Tripanosomose (transmitida via mosca 
tsé-tsé)
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso suspeito
• Brucelose (Brucella abortus)
• Teileriose
• Tuberculose
23
Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquercaso confirmado
• Não há
Doenças que requerem 
notificação mensal de 
qualquer caso confirmado
• Anaplasmose bovina
• Babesiose bovina
• Campilobacteriose genital bovina (Cam-
pylobacter fetus subsp. venerealis)
• Diarreia viral bovina
• Leucose enzoótica bovina
• Rinotraqueíte infecciosa bovina/vulvova-
ginite pustular infecciosa
• Septicemia hemorrágica (Pasteurella 
multocida)
• Varíola bovina
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
g) Animais aquáticos (ostras)
Doenças erradicadas ou 
nunca registradas no país 
que requerem notificação 
imediata de caso suspeito 
ou diagnóstico
• Infecção por Bonamia ostreae
• Infecção por Bonamia exitiosa
• Infecção por Mikrocytos mackini
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso suspeito
• Crassostrea rhizophorae
• Crassostrea gasar
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso confirmado
• Não há
Doenças que requerem 
notificação mensal de 
qualquer caso confirmado
• Não há
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
CURSO TÉCNICO EAD SENAR24
h) Animais aquáticos (crustáceos)
Doenças erradicadas ou 
nunca registradas no país 
que requerem notificação 
imediata de caso suspeito 
ou diagnóstico
• Necrose hepatopancreática aguda 
(AHPND)
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso suspeito
• Síndrome da mancha branca (WSDV)
• Necrose infecciosa hipodermal e hemato-
poiética (IHHNV)
• Mionecrose infecciosa (IMNV)
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso confirmado
• Não há
Doenças que requerem 
notificação mensal de 
qualquer caso confirmado
• Não há
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
i) Animais aquáticos (peixes)
Doenças erradicadas ou 
nunca registradas no país 
que requerem notificação 
imediata de caso suspeito 
ou diagnóstico
• Tilápia Lake Virus (TiLV)
• Anemisa Infecciosa do Salmão (ISA)
25
Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso suspeito
• Estreptococose das Tilápias (Oreochromis 
spp.)
• Truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss)
• Franciselose da Tilápia (Oreochromis 
spp.)
• Septicemia móvel causada por Aeromo-
nas acomete a tilápia (Oreochromis spp.)
• Pintado (Pseudoplatystoma corruscans)
• Pacu (Piaractus mesopotamicus)
• Infecção por Weissella ceti da truta arco-
-íris (Oncorhynchus mykiss)
• Viremia Primaveril da carpa da carpa-co-
mum (Cyprinus carpio carpio)
• Truta arco-íris (O. mykiss)
• Peixinho dourado (goldfish) (Carassius 
auratus)
Doenças que requerem 
notificação imediata de 
qualquer caso confirmado
• Não há
Doenças que requerem 
notificação mensal de 
qualquer caso confirmado
• Não há
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
3.2 Programas estaduais de sanidade animal
A seguir, uma lista com o endereço eletrônico das agências estaduais de defesa agro-
pecuária de todos os estados brasileiros.
CURSO TÉCNICO EAD SENAR26
Estado Agências estaduais de defesa agropecuária
Acre - AC Instituto de Defesa Agropecuária e Flores-
tal (IDAF)
Alagoas - AL Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária 
de Alagoas
Amapá - AP Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária 
do Estado do Amapá (DIAGRO)
Amazonas - AM Agência de Defesa Agropecuária e Florestal 
do Estado do Amazonas (ADAF)
Bahia - BA Agência de Defesa Agropecuária da Bahia 
(ADAB)
Ceará - CE Agência de Defesa Agropecuária do Estado 
do Ceará (ADAGRI)
Distrito Federal - DF Diretoria de Sanidade Agropecuária e Fisca-
lização (DISAF)
Espírito Santo - ES Instituto de Defesa Agropecuária e Flores-
tal do Espírito Santo (IDAF)
Goiás - GO Agência Goiana de Defesa Agropecuária 
(Agrodefesa)
Maranhão - MA Agência Estadual de Defesa Agropecuária 
(AGED)
Mato Grosso - MT Instituto de Defesa Agropecuária do Mato 
Grosso (INDEA)
Mato Grosso do Sul - MS Agência Estadual de Defesa Sanitária Ani-
mal e Vegetal (IAGRO)
Minas Gerais - MG Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)
Pará - PA Agência de Defesa Agropecuária do Estado 
do Pará (ADEPARÁ)
Paraíba - PB Agência Estadual de Vigilância Sanitária 
(AGEVISA)
Paraná - PR Agência de Defesa Agropecuária do Paraná 
(ADAPAR)
Pernambuco - PE Agência de Defesa e Fiscalização Agropecu-
ária do Estado de Pernambuco (ADAGRO)
http://idaf.acre.gov.br/
http://idaf.acre.gov.br/
http://www.defesaagropecuaria.al.gov.br/
http://www.defesaagropecuaria.al.gov.br/
http://www.diagro.ap.gov.br/
http://www.diagro.ap.gov.br/
http://www.adaf.am.gov.br/
http://www.adaf.am.gov.br/
http://www.adab.ba.gov.br/
http://www.adab.ba.gov.br/
https://www.ceara.gov.br/
https://www.ceara.gov.br/
https://seagri.df.gov.br/
https://seagri.df.gov.br/
https://idaf.es.gov.br/
https://idaf.es.gov.br/
https://www.agrodefesa.go.gov.br/
https://www.agrodefesa.go.gov.br/
https://aged.ma.gov.br/
https://aged.ma.gov.br/
https://www.indea.mt.gov.br/
https://www.indea.mt.gov.br/
https://www.iagro.ms.gov.br/
https://www.iagro.ms.gov.br/
http://www.ima.mg.gov.br/
http://www.adepara.pa.gov.br/
http://www.adepara.pa.gov.br/
https://agevisa.pb.gov.br/
https://agevisa.pb.gov.br/
https://www.adapar.pr.gov.br/
https://www.adapar.pr.gov.br/
https://www.adagro.pe.gov.br/
https://www.adagro.pe.gov.br/
27
Gestão das Operações da Cadeia Pecuária
Controle Zootécnico e Sanitário
Piauí - PI Agência de Defesa Agropecuária do Estado 
do Piauí (ADAPI)
Rio de Janeiro - RJ Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e 
Abastecimento (SEAPPA)
Rio Grande do Norte - RN Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuá-
ria (IDIARN)
Rio Grande do Sul - RS Secretaria de Agricultura, Pecuária e De-
senvolvimento Rural (SEAPDR)
Rondônia - RO Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopas-
toril do Estado de Rondônia (IDARON)
Roraima - RR Agência de Defesa Agropecuária de Rorai-
ma (ADERR)
Santa Catarina - SC Companhia Integrada de Desenvolvimento 
Agrícola de Santa Catarina (CIDASC)
São Paulo - SP Coordenadoria de Defesa Agropecuária 
(CDA)
Sergipe - SE Empresa de Desenvolvimento Agropecuário 
de Sergipe (EMDAGRO)
Tocantins - TO Agência de Defesa Agropecuária do Estado 
do Tocantins (ADAPEC)
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Encerramento
O futuro da pecuária está atrelado aos pilares que embasam a atividade, que são a 
genética, sanidade e nutrição. E o controle zootécnico e sanitário pode contribuir 
com o desenvolvimento da atividade de criação de animais de interesse econômico e 
sustentar a cadeia produtiva em todo o território nacional. 
Esperamos que, por meio da leitura deste material, você tenha compreendido a im-
portância dos conhecimentos relativos ao controle de enfermidades e melhoria da 
sanidade animal. Continue buscando informações para melhorar seus conhecimentos 
no tema.
http://www.adapi.pi.gov.br/
http://www.adapi.pi.gov.br/
https://www.agricultura.rj.gov.br/
https://www.agricultura.rj.gov.br/
http://www.idiarn.rn.gov.br/
http://www.idiarn.rn.gov.br/
https://www.agricultura.rs.gov.br/inicial
https://www.agricultura.rs.gov.br/inicial
http://www.idaron.ro.gov.br/
http://www.idaron.ro.gov.br/
http://www.aderr.rr.gov.br/
http://www.aderr.rr.gov.br/
https://www.cidasc.sc.gov.br/
https://www.cidasc.sc.gov.br/
https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/
https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/
https://emdagro.se.gov.br/
https://emdagro.se.gov.br/
https://www.to.gov.br/adapec/
https://www.to.gov.br/adapec/
CURSO TÉCNICO EAD SENAR28
Referências
BORGES, J. R. J. et al. Doenças dos Dígitos dos Bovinos: Nomenclatura Padronizada 
para o Brasil. Revista Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Brasília, n.73, 
p. 45-52, 2017.
BRITO, M. A. V. P.; ARCURI, E. F.; BRITO, J. R. F. Testando a qualidade do leite. In: 
DURÃES, M. C. et al. MINAS LEITE, 2., 2000, Juiz de Fora. Avanços tecnológicos para 
o aumento da produtividade leiteira. Anais [...]. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 
2000. p. 83-94.
EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Teste clínico no leite. Dis-
ponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-imagens/-/midia/759001/
teste-clinico-no-leite. Acesso em: 18 maio 2023.MAPA. Ministério da Agricultura e Pecuária. Sistema unificado de atenção à sanidade 
agropecuária. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/
suasa. Acesso em: 12 mar. 2023.
PERES NETO, F.; ZAPPA, V. Mastite em vacas leiteiras: revisão de literatura. Revista 
Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, Graça, n. 16, p.1-28, 2011.
PRESTES, N. C.; LANDIM-ALVARENGA, F. C. Obstetrícia Veterinária. 1. ed. Rio de Ja-
neiro: Guanabara Koogan, 2006.
SIMÕES, T. V. M. D.; OLIVEIRA, A. A. de. Mastite Bovina: considerações e impactos 
econômicos. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2012. 25 p. Disponível em: ht-
tps://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/79084/1/Doc-170.
pdf. Acesso em: 16 mar. 2023.
SOARES, A. K. de A. L. et al. Impacto das doenças podais na criação de vacas leiteiras: 
revisão de literatura. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal, Fortaleza, v. 13, 
n. 2, p. 304-319, jun. 2019.
https://www.embrapa.br/busca-de-imagens/-/midia/759001/teste-clinico-no-leite
https://www.embrapa.br/busca-de-imagens/-/midia/759001/teste-clinico-no-leite
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/suasa
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/suasa
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/79084/1/Doc-170.pdf.
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/79084/1/Doc-170.pdf.
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/79084/1/Doc-170.pdf.
SGAN 601 MÓDULO K - EDIFÍCIO ANTÔNIO
ERNESTO DE SALVO - 1º ANDAR - BRASÍLIA
DISTRITO FEDERAL - CEP: 70830-021
FONE: + 55 61 2109 1300
ETEC.SENAR.ORG.BR
SENAR.ORG.BR
	Introdução
	1. Sanidade animal e sua relação com a produção
	1.1 Relação entre sanidade animal e produção
	1.2 Manejo higiênico-sanitário da ordenha e do leite (controle e profilaxia da mastite)
	1.3 Doenças do sistema locomotor
	2. Escrituração zootécnica e monitoramento das condições dos animais
	2.1 Coleta de dados dos manejos sanitários efetuados
	3. Legislações sanitárias
	3.1 Programas sanitários federais
	3.2 Programas estaduais de sanidade animal
	Encerramento
	Referências

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