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Aula_Histo_TecMuscular

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1
Tecido Muscular
• É responsável pelos movimentos corporais.
• É constituído por células alongadas e muitos 
filamentos citoplasmáticos (citoesqueleto), 
responsáveis pela contração.
• Tem origem mesodérmica. As células sofrem 
diferenciação, com alongamento gradativo e 
síntese de proteínas filamentosas.
Sistema Muscular (Estriado Esquelético)
Origem do Tecido Muscular e Diferenciação Celular Desenvolvimento do Músculo
Figure. Conversion of myoblasts into muscles in culture. 
Developmental Biology
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=dbio&part=A3475
O Tecido Muscular apresenta células muito diferenciadas. É 
um tecido que se distingue de outros tecidos celulares. 
Desta forma, algumas de suas estruturas celulares 
adquiriram denominação própria. Por exemplo:
• Membrana Plasmática = Sarcolema
• Citoplasma = Sarcoplasma
• Retículo Endoplasmático = Retículo Sarcoplasmático
• Mitocôndrias = Sarcossomos
Funções do Tecido Muscular:
• Movimento – são responsáveis pela locomoção e 
manipulação, permitindo responder rapidamente às 
alterações do ambiente externo e interno.
• Manutenção da Postura – os músculos funcionam 
continuamente, realizando pequenos ajustes um após outro, 
permitindo nos manter na postura desejada (sentado ou em 
pé), apesar da constante força da gravidade.
• Produção de calor – como a energia do ATP é liberada para 
a contração muscular ocorrer, aproximadamente 
três/quartos desta energia escapa
2
De acordo com as características morfológicas e funcionais, 3 tipos de Tecidos 
Musculares são classificados:
• Tecido Muscular Liso – Apresenta células fusiformes e sem estrias transversais. 
A contração é lenta e está sujeito ao controle involuntário. É encontrado 
formando as paredes dos órgãos ocos como vasos, útero e intestino.
• Tecido Muscular Estriado Esquelético – Apresenta células cilíndricas, muito 
longas e multinucleadas, com estriações transversais. A contração é rápida, 
vigorosa e sujeita ao controle voluntário. É encontrado nos músculos que estão 
ligados ou inseridos nos ossos e pele.
• Tecido Muscular Estriado Cardíaco – Apresenta células longas com poucas 
ramificações, que se unem umas às outras, através de estruturas denominadas 
Discos Intercalares. Apresenta estriações transversais. A contração é 
involuntária, vigorosa e rítmica. Forma as paredes do coração.
Os três tipos de tecidos classificados anteriormente formam 
respectivamente três tipos de músculos encontrados no corpo humano:
1. TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO
• É formado por feixes de células muito longas (até 30cm) e diâmetro 
variando de 10 a 100 µm. Suas células também são conhecidas por 
fibras musculares estriadas. Tem como origem, no embrião, através da 
fusão de células alongadas, os mioblastos.
• Os feixes de fibras musculares apresentam uma organização peculiar. 
Cada músculo é revestido externamente por uma membrana conjuntiva, 
o Epimísio. Do Epimísio partem septos de tecido conjunto subdividindo 
as fibras musculares em feixes menores , formando o Perimísio. Cada 
célula é então recoberta pela Lâmina Basal e fibras reticulares, formando 
o Endomísio.
Britannica.com
• O tecido conjuntivo que organiza as fibras musculares, 
também faz com que as fibras musculares permaneçam 
unidas, permitindo que a força de contração gerada atue 
sobre o músculo inteiro. Isto contribui para uma eficiente 
força de contração e controle dos movimentos. A função do 
tecido conjuntivo, é muito importante na biomecânica do 
movimento pois, permite que a força de contração seja 
transmitida a outras estruturas conectadas ao Tecido 
Muscular Estriado Esquelético, como tendões, ossos e 
ligamentos.
• Muitos vasos penetram no músculo através dos septos de 
tecido conjuntivo, formando uma rica rede de capilares.
Na fibra muscular, temos:
• O Sarcoplasma que é preenchido por miofibrilas.
• O Retículo Sarcoplasmático forma uma rede de cisternas que envolvem 
grupos de miofilamentos, separando-os em feixes cilíndricos. Regula o 
fluxo de Ca++, para controlar o ciclo da contração.
• O Sistema de Túbulos Transversais ou Sistema T é responsável pela 
contração uniforme de cada fibra muscular. São formações tubulosas 
formadas através do sarcolema que se afunda entre o Retículo 
Sarcoplasmático. As ramificações formadas, envolvem as Bandas A e I 
de cada sarcômero. Em cada lado do cada Túbulo T existe uma 
expansão ou cisterna terminal do Retículo sarcoplasmático denominado 
Tríade.
• No sarcoplasma existe: 1 - Glicogênio, depositado sob a forma de 
grânulos para fornecer energia (ATP) durante a contração muscular. 2 
– Mioglobina, de cor vermelho-escura, para depósito de oxigênio.
3
As fibras musculares diferem umas das outras. Existem três tipos de fibras 
musculares que podem ser identificadas com base nas diferenças na (1) 
eficiência da ATPase na miosina; (2) na quantidade de mioglobina presente; e, 
(3) na via metabólica para síntese de ATP.
• Tipo I ou lentas (Slow-twitch fatigue-resistant fibers) – são tipicamente pequenas 
fibras vermelhas contendo “slow-acting myosing ATPases” e, contraem 
lentamente. A cor vermelha das fibras reflete o grande suprimento de mioglobina
(a qual armazena oxigênio e aumenta a taxa de difusão de oxigênio na célula 
muscular). As fibras lentas contêm uma abundância de mitocôndrias e uma rica 
rede de capilares sangüíneos e, as enzimas que catalisam os processos 
aeróbios* para a síntese de ATP são muito ativas. Todos estes fatores junto 
com a grande quantidade de mioblogina, revelam a dependência de oxigênio por 
estas fibras. Devido ao fato de que estas fibras podem obter virtualmente quase 
que toda a energia dos processos aeróbios (até quando oxigênio está 
disponível), estas são extremamente resistentes à fadiga e altamente 
especializadas para atividades “endurance” ou, para o desempenho de 
contrações fortes e prolongadas.
• *A energia obtida é através da fosforilação oxidativa de ácidos graxos e, 
portanto dependente de oxigênio.
• Tipo II ou rápidas (Fast-twitch fatigable fibers) – Pouca mioglobina , 
coloração vermelho-clara. Apresenta diâmetro cerca de duas vezes 
maior do que as fibras tipo I. Contém “fast-acting myosin ATPases e 
contraem rapidamente. Contém pouca mitocôndria porém apresentam 
grande reserva de glicogênio.
• A energia é obtida através da glicólise. Como a via anaeróbica produz 
pouca quantidade de ATP, o glicogênio dura pouco tempo e, o ácido 
lático acumula rapidamente (por isto são fibras não resistente à fadiga). 
Porém, como estas fibras apresentam um diâmetro consideravelmente 
maior, indicativo do grande número de filamentos contrácteis, permite 
que estas fibras gerem poderosas contrações antes da fadiga. Portanto, 
estas fibras são mais adequadas para atividades de movimentos 
rápidos, intensos por períodos curtos.
• Tipo Intermediário (fast-twitch fatigue-resistant fibers) – são 
fibras com coloração vermelha, e com tamanho (diâmetro) 
intermediário entre os outros dois tipos de fibras. Contém 
fast-acting myosin ATPases igual as fibras do tipo II, porém 
são dependentes em oxigênio, como as fibras do tipo I. 
Contém grande quantidade de mioglobina, e um rico 
suprimento de capilares. Como são dependentes no 
mecanismo aeróbio, são resistentes à fadiga, porém menos 
do que as fibras do tipo I.
www.elmhurst.edu/.../568globularprotein.html
• A grande maioria dos músculos do corpo contém uma mistura destes
tipos de fibras, permitindo com que os músculos apresentem um 
espectro de velocidades de contração e resistência à fadiga. É 
interessante lembrar que os músculos com funções especializadas 
contêm predominância de um tipo de fibra. Por exemplo, grande 
quantidade de fibras Tipo II são encontradas em músculos das mãos e 
braços, os quais são especializados em movimentos rápidos. Os 
músculos externos do olho que posicionam os olhos também são ricos 
em fibras tipo II, permitindo movimentos rápidos e precisamente 
controlados. Por um outro lado, músculos das costas contém grandes 
quantidades de fibrastipo I, adequadas para as contrações lentas e 
repetitivas, necessárias para manter a postura corporal ereta.
• Embora todos nós tenhamos uma mistura dos três tipos de fibras 
musculares, as características genéticas de uma pessoa podem 
determinar a capacidade atlética. Por exemplo, corredores de maratonas 
podem apresentar uma grande porcentagem de fibras Tipo I (cerca de 
80%), enquanto que os corredores “sprinters” podem apresentar grande 
concentração de fibras Tipo II (cerca de 60%). Levantadores de peso 
possuem quantidades iguais dos dois tipos de fibras.
Treinamento Intenso e Dor Muscular
A dor aparece pela disfunção mecânica e Inflamação Muscular, atuando sobre os 
receptores da dor (nociceptores). Este estado é conhecido como Dor Muscular de 
Início Tardio (DOMS). Os sinais aparecem nas primeiras 24 horas, alcançando o 
ponto máximo em 48 horas após o exercício físico.
A teoria postulada que o lactato cristalizava intramuscularmente, provocando lesões, 
ou que o acúmulo de ácido láctico provocada a dor muscular foi desprezada.
Evidências científicas demonstram 
que o ácido lático desaparece da 
circulação sangüínea no músculo em 
minutos após o cessar o exercício 
(repouso imediato).
Atualmente, defende-se a hipótese 
da lesão estrutural do tecido como 
fator desencadeante das dores 
musculares. O dano muscular 
(ruptura de sarcolema, de miofibrilas, 
proteínas entre outros) é maior no 
esforço excêntrico.
Biopsia de um atleta antes de correr uma maratona 
(a) e, depois de ter corrido (b). Observar a 
lesão/rotura tecidual muscular e conseqüente 
remodelamento muscular em (b).
4
Porém, alguns atletas utilizam este processo (lesão/rotura)para atingir 
alguns objetivos, como induzir a hipertrofia e/ou hiperplasia muscular 
(remodelamento muscular).
2. TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO
• Formado por células alongadas que se interligam entre si.
• Apresentam estriações transversais.
• Distingue-se das células musculares esqueléticas por possuírem 1 ou 2 
núcleos centrais.
• Possui mais sarcoplasma, sarcossomos e glicogênio.
www.harunyahya.com/.../blood_heart_11.php
• Além das estriações transversais, nota-se a presença de linhas 
transversais que aparecem em intervalos regulares, os Discos 
Intercalares.
• Apresenta três especializações juncionais do sarcolema:
1. Fascia Adherens (ou Zônula de Adesão), na parte transversal.
2. Mácula Adherens (ou desmossomo), que adere as células vizinhas.
3. Gap Junctions (ou junções comunicantes), que permitem a passagem 
de íons em cadeias de células musculares, formando um sincício.
www.phschool.com/.../cardio1/muscle.html
Tecido Muscular Cardíaco. Corte longitudinal. Observar a presença de núcleo 
central, estriações transversais, discos intercalares.
3. TECIDO MUSCULAR LISO
• Formado pela associação de células longas fusiformes. 
Possui de 5 a 10 µm de diâmetro e 80 a 200 µm de 
comprimento. Apresenta núcleo único e central.
• As células estão dispostas em camadas, revestidas e 
mantidas juntas através de uma rede delicada de fibras 
reticulares. Cada célula é revestida externamente pelo 
glicocálice Também existem vasos e nervos presentes.
• A atividade contrátil não apresenta a mesma organização 
ordenada das fibras estriadas. Não possui Sistema T e, o 
Retículo Sarcoplasmático é reduzido.
• As células do Músculo Liso podem sintetizar colágeno tipo 
III (fibras reticulares), fibras elásticas e proteoglicanas.
5
Tecido Muscular Liso
www.trinity.edu/.../HTML/Bio1319/Lab7/lab_7_.htm
webanatomy.net/histology/muscle_histology.htm
class.kmu.edu.tw/.../modelspage/modelspage.htm
Regeneração
• O Tecido Muscular praticamente não se regenera, exceto 
nos primeiros anos de vida do indivíduo.
• As lesões do Tecido Estriado Cardíaco (coração) – é 
reparada através da proliferação de tecido conjuntivo, que 
forma uma cicatriz.
• O Músculo Estriado Esquelético regenera-se pela ativação 
das células satélites.
• O Músculo Liso – exibe certa regeneração. Ocorrendo a 
lesão, as células musculares que permaneceram viáveis 
entram em mitose e reparam o tecido.
Lesão, Inflamação e Regeneração
A lesão é seguida de regeneração dos tecidos e, está 
dependente de um processo inflamatório. 
A inflamação é um sintoma comum decorrente de 
muitos ferimentos ou lesões.
A inflamação ocorre como uma resposta do 
organismo a infecções, lesões teciduais ou ambas. 
A inflamação é importante para a regeneração dos 
tecidos. Porém, uma inflamação descontrolada 
pode atrasar a regeneração. Por isto, o uso de anti-
inflamatórios pode ser benéfico para a recuperação 
dos tecidos.
Usualmente utiliza-se os anti-inflamatórios não-esteróides. 
Os anti-inflamatórios (corticóides) têm um maior poder 
anti-inflamatório, porém os efeitos colaterais são 
também significativos, e.g. induzindo a redução da 
função imunológica e levando a propensão de infecções.
Os sintomas e sinais da inflamação no local da lesão são:
• Calor
• Vermelhidão
• Inchaço
• Dor
(ver aula Inflamação e Regeneração – Tecido Conjuntivo) 
6
Desenho esquemático representando a ultra-estrutura e o mecanismo de 
contração no músculo esquelético.

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