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FARMACODINÂMICA Área da farmacologia que estuda os mecanismos de ação dos fármacos, assim como sua interação com o alvo. Droga Forma bruta do medicamento Fármaco Droga com ação farmacológica Modifica sistema fisiológico Medicamento Produto farmacêutico (um ou mais fármacos) Conceitos importantes: Conceitos importantes: Remédio Qualquer meio usado para prevenir ou curar doença Placebo Substância inerte, com efeito terapêutico devido a crença... Nocebo Substância com efeito placebo negativo. “piora a saúde”. Ação dos medicamentos Fornece elementos carentes ao organismo Combate infecções Desintoxicações Prevenção Bloqueio de funções normais Auxilia diagnóstico Corrige funções desreguladas Divisões da farmacologia Farmacodinâmica: mecanismo de ação dos fármacos; Farmacocinética: destino dos fármacos; Farmacologia pré-clínica: eficácia e reações adversas (RAM) do fármaco nos animais; Farmacologia clínica: eficácia e RAM do fármaco no homem (voluntário sadio; voluntário doente). Fármacos não CRIAM efeitos no organismo, eles MODIFICAM uma função já existente!!!!! Farmacodinâmica Estudo dos processos bioquímicos e fisiológicos subjacentes à ação dos fármacos: Mecanismo de ação. Interação fármaco-receptor. Eficácia. Perfil de segurança. Farmacodinâmica O que o fármaco fará com o organismo? Nível celular. Nível sistêmico Farmacodinâmica Estuda o modo como os fármacos influenciam os processos do organismo pela sua interação com receptores específicos... Mecanismos de ação e seus efeitos resultantes ALVOS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS Proteínas; DNA; RNA; Membranas Biológicas. RECEPTORES Agonistas Antagonistas RECEPTORES Categoria do Receptores Receptores de ligantes específicos receptores de membrana (transmembrana). receptores intracelulares. Receptores enzimáticos. Receptores carreadores de transporte. Categoria do Receptores Receptores As ligações químicas se formam entre as moléculas do fármaco e os sítios de ligação de seus receptores... essas ligações são geralmente de natureza fraca, reversível, mas dinâmica. Receptores Ionotrópicos Neurotransmissores RECEPTORES IONOTRÓPICOS Também chamados de canais iônicos dependentes de ligante Receptores Ionotrópicos Neurotransmissores Hormônios Citocinas RECEPTORES METABOTRÓPICOS São receptores inicialmente ligados ao metabolismo São frequentemente chamados de receptores acoplados a Proteína G (GPCR) Receptores Catalíticos Fatores de Crescimento Citocinas Fatores Tróficos Hormônios RECEPTORES CATALÍTICOS São proteínas transmembrana que possuem atividade catalítica intrínseca Possuem inúmeras funções celulares Quando são ativados, desencadeiam uma cascata de ativação de proteínas intracelulares por meio da fosforilação de resíduos de tirosina (tirosina quinases) ou serina/treonina (serina/treonina quinases) Receptores Intracelulares Hormônios RECEPTORES INTRACELULARES São receptores localizados no interior das células São ativados por substâncias LIPOFÍLICAS! Atuam DIRETAMENTE no DNA da célula Ativam fatores de transcrição genéticos Afinidade dos Receptores Tendência ou grau com que moléculas de um fármaco são atraídas para seus receptores; Fornece uma indicação da força das ligações químicas que se formam entre as moléculas e os receptores. complexos fármaco-receptor (FR). Fármacos com uma alta afinidade por seus receptores exibirão uma tendência m_____ de se combinar com esses receptores do que fármacos com baixas afinidades. Quanto maior for a afinidade de um fármaco por seus receptores, mais potente será o fármaco. Processo de ação do fármaco Moléculas de fármacos podem ser vistas como mensageiros químicos que conduzem mensagens (sinais químicos) para alvos biológicos. Realiza mudanças bioquímicas ou elétricas em órgãos efetores. Transdução de sinal : eventos iniciais servem para amplificar e transmitir a mensagem original para as partes funcionais das células-alvo. O processo de transdução de sinal pode acontecer por influência direta da permeabilidade da membrana (abertura de canais de íons) como por um processo acoplado à proteína G. Processo de ação do fármaco Tempo que uma molécula do fármaco realmente passa em seu receptor é medido em milissegundos. Isso implica que a dissociação fármaco-receptor também ocorra. Constante de Dissociação (KD) Mede a afinidade do fármaco a um dado receptor. Definida como a concentração do fármaco necessária em solução para atingir 50% de ocupação dos seus receptores. Em farmacologia, diz-se que um equilíbrio foi atingido quando a taxa de associação se iguala à taxa de dissociação fármacoreceptor. Biofase Área que circunda diretamente o sítio de ligação do receptor. Fármacos precisam alcançar a biofase em concentrações suficientemente altas para permitir que se liguem a um número adequado de receptores para produzir efeito clínico significativo. Alguns fármacos podem ser administrados diretamente em sua biofase ... Doses menores e menos efeitos adversos sistêmicos. Transdução de Sinais Químicos Quando a permeabilidade da membrana é influenciada, a resposta pode ser esperada dentro de milissegundos, enquanto as respostas acopladas à proteína G se manifestam dentro de segundos a minutos. Receptores acoplados à proteína G fazem uso de mensageiros secundários intracelulares para sua transdução de sinal. Fármacos podem ativar ou inibir mensageiros secundários intracelulares. cAMP, inositol trifosfato (IP3) e o diacilglicerol (DAG) e até íons de Ca++ intracelulares. Receptores de membrana Proteínas transmembrana específicas (proteínas de canal) formam canais de íons na membrana plasmática. Canais de íons exibem seletividade por seus íons específicos. Canais de íons separados para Na+, Ca++ e Clpodem estar presentes em uma única membrana plasmática. Canais de íons são regulados por ligantes ou por meio de sua sensibilidade a impulsos elétricos (regulados por voltagem). Receptores de membrana Alguns fármacos podem se ligar a áreas-alvo diretamente nas proteínas de canal. Uma vez que o complexo FR tenha sido formado, a conformação do canal é modificada. Com isso, a permeabilidade do canal para seus íons específicos é aumentada. Canal é “aberto” Íons movem-se ao longo de seus gradientes eletroquímicos rapidamente para dentro da célula, onde iniciarão respostas biológicas. Interações Fármaco-Receptor Os fármacos podem ser classificados em agonistas, antagonistas ou dualistas dependendo da habilidade de seus complexos FR de extrair ou iniciar respostas celulares ou efeitos celulares ativos. Atividade (Eficácia) Intrínseca Descreve a efetividade biológica do complexo FR = habilidade de o fármaco obter uma resposta celular. Em termos de atividade intrínseca, os fármacos podem ser categorizados em agonistas e antagonistas. Fármacos Agonistas Dão origem a alterações no funcionamento celular que produzem efeitos de vários tipos. A potência dos agonistas depende de 2 parâmetros: afinidade (tendência de ligar-se a receptores) e eficácia intrínseca. Podem ser: totais, parciais e inversos. Agonistas Inversos/Parciais/Totais Agonistas Inversos: Ligam-se à conformação inativa do receptor e a estabilizam, desviando, assim, o equilíbrio para o estado inativo do receptor. Agonistas Totais (Plenos): Apresentam eficácia intrínseca igual a 1 sendo capazes de provocar respostas celulares máximas. Possuem alta eficácia. Agonistas Parciais: São capazes de produzir apenas efeitos submáximos. Conhecidos como antagonistas-agonistas. Se um agonista total já estiver presente, ele desempenhará suas propriedades de antagonismo competitivo. Fármacos Antagonistas Ligam-se a receptores sem originar alterações no funcionamento celular. Exibem eficácia intrínseca igual a ZERO e são chamados comumente de antagonistas competitivos. Antagonistas Competitivos Geralmente mostram afinidades mais altas por seus receptores do que seus agonistas correspondentes. São conhecidos como bloqueadores de receptoressimplesmente bloqueando receptores para evitar que agonistas formem complexos agonista-receptor funcionais. Podem deslocar o agonista correspondente de seu sítio de ligação no receptor, graças a sua maior afinidade. Uma vez que esteja ligado ao receptor, um aumento na concentração do agonista na biofase poderá novamente deslocar o antagonista de seu sítio de ligação = antagonismo competitivo reversível. Antagonistas Multipotentes Fármacos que são capazes de agir como bloqueadores em mais de um sistema de receptores. Suas estruturas químicas lhe permitem algum grau de efeitos antagonistas não seletivos de natureza antimuscarínica, antihistamínica, adrenérgica. Antagonistas Não Competitivos São usados para anular ativamente os efeitos de fármacos agonistas ou outras substâncias químicas no organismo. Existem 4 tipos descritos (funcionais, químicos, metafinoides e bioquímicos). Antagonista Funcional/químico/metafinoide/bioquímico Agonista funcional age em um sistema de receptores diferente, no qual produz efeitos biológicos opostos àqueles produzidos pelo agonista inicial. Também conhecidos como fisiológico. Antagonista Químico: Forma uma ligação química com o agonista, por meio da qual diminui sua afinidade por seus sítios de ligação nos receptores. Concentração e efetividade do agonista é, então, reduzida. Antagonista Metafinoide: Muda a conformação dos sítios de ligação dos receptores utilizados pelos agonistas influenciando a ocupação do receptor pelo agonista. No caso de enzimas, é chamado de alostérico. Antagonista Bioquímico: Reduz diretamente a concentração do agonista na biofase. Isto pode ser alcançado tanto pela aceleração da biotransformação ou da excreção do agonista quanto pela competição com o agonista pelo transporte até seus receptores Antagonistas Não Competitivos Mecanismo de ação dos hormônios esteroides (glicocorticoides). O processo se inicia pela passagem do glicocorticoide (GC), lipofílico, pela membrana plasmática da célula alvo, por difusão passiva. No citoplasma, o GC se liga ao seu receptor glucocorticoid cytosolic receptor (GCR) que são proteínas citoplasmáticas. O complexo GC-receptor sofre transformação estrutural. Torna-se capaz de penetrar no núcleo celular no qual se liga a regiões promotoras de genes. Receptores Enzimáticos A maioria dos fármacos que têm enzimas como alvo agirá para inibir o funcionamento normal dessas enzimas. Inibir a função da enzima implica em: Aumento na concentração do substrato, já que a ação do catalisador foi removida. Ou diminuição na concentração dos produtos da atividade da enzima. Receptores Carreadores de Transporte Alguns fármacos podem ligar-se a proteínas plasmáticas ou de tecidos, tornando-as farmacologicamente inativas em seu estado conectado. Fármacos que se ligam a essas proteínas carreadoras inibirão o funcionamento normal dessas proteínas, competindo com os substratos endógenos que deveriam ser transportados pelas carreadoras em questão. Do ponto de vista farmacológico, essas proteínas não constituem alvos verdadeiros de fármacos, mas influenciam a distribuição dos fármacos em questão. image1.jpeg image2.jpeg image3.jpeg image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.jpeg image12.jpeg image13.jpg image14.jpeg image15.jpg image16.jpg image17.png image18.jpeg image19.jpg image20.jpeg image21.jpg image22.gif image23.jpg image24.jpeg image25.jpg