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EXERCICIO - 1º estágio

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1) Em execução promovida por João, para a cobrança da quantia de R$ 500,00 (quinhentos reais), Pedro teve a sua bicicleta penhorada. O pretor, todavia, verificando que aquele único bem que o executado possuía, não era suficiente sequer para cobrir o pagamento das custas e despesas da execução, decidiu ex-vi do comando do § 2º do art. 659 do CPC, não levar a efeito a penhora. Pergunta-se: Qual o princípio inx’formativo da execução foi aplicado pelo juiz em sua decisão? 
 O princípio da utilidade, que prega que a execução deve ser útil, deve trazer benefícios ao credor, e, por isso, não se permite a sua utilização como instrumento de castigo ou sacrifício do devedor, assim é intolerável o uso do processo de execução, apenas para causar prejuízo ao devedor, sem qualquer vantagem para o credor. (art. 659, § 2º, e 692 CPC).
2) A quem incumbe o ônus da execução definitiva e da provisória?
Definitiva: Devedor – Executado
Provisória: Credor – Exequente
Há uma inversão, o devedor passa a ser credor e o credor passa a ser devedor, isso ocorre porque na execução provisória o exequente causou dano ao executado, conforme o comando do Art. 475-O.
3) Discorra sobre o princípio da disponibilidade da execução.
O credor pode propor ou não a execução, como também pode dela desistir, com ou sem, o consentimento do devedor (art. 569), todavia se desistir ficará responsável pelas custas. Não ocorre no processo de conhecimento, onde o autor só pode desistir com anuência do réu.
O credor possui a faculdade de desistir de toda a execução, bem como de parte de algumas medidas executivas. Como o credor é titular do crédito, pode a qualquer tempo pode desistir da execução, independentemente do devedor concordar ou não. Dessa forma, ainda que o réu já tenha sido citado, poderá o autor desistir da execução. No entanto, ele fica responsável pelas custas processuais.
4) Diga quais os requisitos do título executivo, discorrendo sucintamente sobre cada um dos institutos. 
Certeza: Não há controvérsia sobre a existência do título.
Liquidez: Quando é determinada a importância da prestação.
Exigibilidade: Quando seu pagamento não depende de termo ou condição nem está sujeito a outras limitações. 
5) À luz dos artigo 580 do Código de Processo Civil, quais os requisitos necessários para a realização de qualquer execução?
Título executivo Judicial ou Extrajudicial (de onde se extrai a certeza e a liquidez da dívida) e a inadimplência do devedor. (atitude ilícita do devedor que comprova a exigibilidade da dívida)
6) O direito de retenção pode ser exercitado pelo executado em execução de titulo executivo judicial ou extrajudicial? Justifique sua resposta à luz do dispositivo processual pertinente.
 O dispositivo legal diz que não cabe a retenção no titulo judicial (art 475 – L), somente no título Extrajudicial na fase de liquidação. O titulo judicial é resultado do processo, possuindo coercitividade, não podendo assim, a ele ser imposto direito de retenção.
7) Interprete o comando do art. 475 - B, §§ 1º e 2º do CPC
O que o legislador objetivou com os §§1º e 2º do CPC, foi a máxima efetividade da prestação jurisdicional executiva, evitando assim, a morosidade. O artigo 475-B do CPC trata do início da própria execução de sentença que condenou a pagar certa quantia. A constatação da quantia mostrada no cálculo aritmético enseja o cumprimento da sentença. Se não for feito no prazo correto, o valor será acrescido de multa e, dependendo, expedir-se-á mandado de penhora. Caso os cálculos dependam de informações do devedor ou terceiros, estes poderão ser requisitados e apresentados no prazo de 30 dias e, se isto não for feito e não apresentar motivo para tal, os cálculos demonstrados pelo credor serão considerados corretos. Se esta desobediência for feita por terceiro, o juiz expedirá mandado de apreensão.
8) Discorra sobre o princípio da realidade que rege a execução.
Por alguns doutrinadores também chamado de princípio da responsabilidade patrimonial, este princípio demonstra que para que o credor alcance o objetivo de satisfazer seu direito, o devedor dá como garantia de pagamento da dívida, o seu patrimônio. Devido a este princípio, a execução não recai sobre a pessoa do devedor, mas sim sobre o seu patrimônio, sejam eles presentes ou futuros. Trata-se, portanto, de uma execução real, que incide direta e exclusivamente sobre o patrimônio do devedor.
9) Diga o que você entende por execução provisória e por execução definitiva.
Execução Provisória: HÁ RECURSO NO TRIBUNAL, PODE SER MODIFICADA. Só pode ocorrer em casos de títulos judiciais, tem caráter excepcional, e se passa nas hipóteses previstas em lei, quando a situação do credor é passível de ulteriores modificações, em virtude de a sentença que reconheceu o direito ainda não se tornou definitiva, dada a inexistência de res judicata. Em suma é a execução da sentença impugnada por meio de recurso recebido só no efeito devolutivo,
Execução Definitiva: O credor tem sua situação reconhecida de modo imutável, definitiva, decorrente da própria natureza do título em que se funda a execução. Funda-se título executivo extrajudicial ou em sentença transitado em julgado.
10) O que ocorre com a liquidação da sentença na hipótese do o credor não fornecer os elementos necessários ou ingressar com o procedimento equivocado?
A liquidação frustada. Obs: Haverá extinção do processo sem julgamento do mérito, quando o promovente não forneça elementos necessários à apuração do quantum debeatur ou quando promove a liquidação por meio inadequado, que pode ser, por exemplo, o arbitramento em lugar de artigos. Frustra-se então pela imprecisão do objeto da condenação. Acarretará ao credor, os ônus das custas processuais, mas não o impedirá de propor nova liquidação.
11) Qual a conseqüência jurídica da liquidação frustrada?
Haverá extinção do processo sem julgamento do mérito. Acarretará ao credor, os ônus das custas processuais, mas não o impedirá de propor nova liquidação. Quando ocorre a liquidação por artigos e estes não são provados, ocorrerá a extinção do processo sem julgamento do mérito. Na falta de outros meios, haverá reabertura do processo sob a forma de liquidação por arbitramento. Este procedimento visa que não se transforme em inexequível a obrigação do vencido, pois a existência desta, já foi declarada por uma sentença. PORTANTO, o juiz encerra o processo com declaração de inexistência de crédito em prol da parte que a promoveu.
12) Quais os recursos cabíveis da sentença de liquidação e quais seus efeitos?
Recurso de Agravo de Instrumento. Poderá o tribunal conferir efeito suspensivo, se a decisão agravada causar dano de difícil reparação. 
13) Em que hipótese ocorre a liquidação por arbitramento?
Quando for determinado na sentença, as partes convencionarem, e quando exigir a natureza do objeto da liquidação.
14) Quando é que ocorre a liquidação por artigos?
Quando, para determinar o valor da condenação houver necessidade de alegar fato novo, posterior à sentença. 
15) Quando a definição do quantum debeatur depender de simples cálculo aritmético, qual a forma de liquidação é cabível?
Cálculo do credor. Feita por outro meio, será frustrada.
16) Faça a interpretação teleológica do comando do artigo 573 do CPC.
Será possível cumular execuções. (Promover no mesmo processo várias execuções) desde que para isso o juízo seja competente os ritos sejam compatíveis. é possível a cumulação de execuções, pois o art. 573, CPC dispõe da cumulação inicial de ações executórias Na medida em que se cumula as ações, há uma economia processual, podendo o credor num só processo ter várias execuções contra o mesmo devedor, “ainda que fundadas em títulos diferentes”. Vale salientar, que trata-se de faculdade outorgado ao credor. Nada obsta que, embora o art. 573, o titular proponha execuções autônomas. 
Contudo, para que se possa haver unificação das execuções, é exigível alguns requisitos, tais como: a. Identidade do credor nos diversos títulos; b. Identidade do devedor; c. Competência do mesmo juiz paratodas as execuções; d. Identidade da forma no processo. 
17) Discorra sobre o benefício de ordem de que cuida o art. 596 do Código de Processo Civil.
O sócio pode pedir para executar primeiro os bens da empresa antes dos seus, quando executado por dívidas dela. É uma autorização legislativa para tal. No caso do fiador, este se sub-rogará nos direitos do credor. Contemplam um benefício de ordem, estabelecendo que antes de se buscar a satisfação do crédito contra os sócios é necessário primeiro que sejam excutidos os bens da empresa. A existência desses dois benefícios de ordem impõe compreender as condições sob as quais se encontram demandados, de um lado, os sócios do devedor principal, e, de outro, a empresa devedora subsidiária.
17) Diga em que consiste a responsabilidade primária e a responsabilidade secundária no processo de execução.
Responsabilidade Primária: A execução recai sobre os bens do devedor. (Exceção: devedor de alimentos art. 733, §1º, e depósito infiel art. 804 § único).
Responsabilidade Secundária: 
O Código de Processo Civil traz em seu art. 592, as hipóteses de responsabilidade secundária, que consiste em sujeitar o patrimônio de pessoas que não figuram como devedoras à execução, in verbis: “Ficam sujeitos à execução os bens: I – do sucessor a título singular, tratando‑se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória; II – do sócio, nos termos da lei; III – do devedor, quando em poder de terceiros; IV – do cônjuge, nos casos em que os seus bens próprios, reservados ou de sua meação respondem pela dívida; V – alienados ou gravados com ônus real em fraude de execução”.
18) Cite os casos especiais de responsabilidade primária, indicando em que dispositivo do CPC, vamos encontrar tais institutos.
Bens do devedor na posse de terceiros – Art 592, III
Bens do devedor alienados em fraude de execução – Art 592, V, 593.
19) Faça a diferença entre a fraude à execução e a fraude contra credores.
Fraude à execução: Já existe a ação cognitiva ou executiva em tramitação. Não depende, necessariamente, do estado de insolvência do devedor e só ocorre no curso de ação judicial contra o alienante; é causa de ineficácia da alienação.
Fraude contra credores: Não há ação nenhuma em tramitação. Ato ineficaz/anulável através da ação pauliana. Pressupõe sempre um devedor em estado de insolvência e ocorre antes que os credores tenham ingressado em juízo para cobrar seus créditos; é causa de anulação do ato de disposição praticado pelo devedor.·.
20) Quais os bens do devedor que são considerados absolutamente impenhoráveis pelo Direito Processual Civil? Discorra sucintamente sobre cada um destes bens. 
Convém salientar que o Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana tem por finalidade evitar que a execução leve o executado à situação de ruína total, à fome e ao desabrigo seu e da família, daí o legislador ter conferido a impenhorabilidade de certos bens (art. 649, CPC). No entanto, se for para pagar alimentos aí pode. O legislador listou um rol de bens impenhoráveis. Tendo como principal preocupação os valores da dignidade do ser humano.
I - COMENTÁRIO do artigo>Além de não fazer sentido permitir a penhora de bem que, posteriormente, não poderá ser retirado do patrimônio do executado.
II – COMENTÁRIO do artigo>Apesar de ter sido revogada a menção às provisões de alimentos e de combustível necessárias a manutenção do devedor e de sua família durante um mês, essas provisões permanecem absolutamente impenhoráveis, face à sua inegável natureza alimentar.
III –COMENTÁRIO do artigo> essa proteção conferida às peças de roupa e aos objetos pessoais do executado salvaguarda apenas o mínimo necessário para a sobrevivência digna do executado, dela excluídos os bens de 
elevado valor.
IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3º deste artigo; 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; 
obs.dji.grau.5: 
VI - o seguro de vida; COMENTÁRIO do artigo: Após o recebimento, pelo beneficiário, do valor do seguro, permanece vedada sua penhora quando requerida pelo exeqüente do beneficiário-executado, sem anuência deste. Por outro lado, nada impede que o beneficiário ofereça esse valor como garantia em execução.
VII- COMENTÁRIO do artigo: São impenhoráveis apenas os materiais que possuírem qualidade de 
móveis, sejam os destinados à construção, porém ainda não utilizados, sejam os provenientes 
da demolição de algum prédio (art. 84 do CC).	
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança. 
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político

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