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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * ENZIMAS * * * ENZIMAS Introdução Enzimas são catalisadores biológicos que aumentam a velocidade das reações. Quase todas as reações no organismo são mediadas por enzimas. Reações catalisadas por enzimas são altamente eficientes, sendo 103 a 108 vezes mais rápidas em comparação às reações não catalisadas. Cada enzima é capaz de transformar de 100 a 10.000 moléculas de substrato em produto por segundo. * * * ENZIMAS Estrutura das Enzimas: Enzimas são proteínas ( PM). Estrutura tridimensional característica Proteínas Globulares. * * * ENZIMAS Estrutura das Enzimas: Porção Proteica APOENZIMA Grupo Prostético Íons metálicos Moléculas orgânicas Coenzimas Cofator * * * ENZIMAS Definição de termos Grupo Prostético: composto químico pequenas moléculas orgânicas ou inorgânicas parte não-protéica ligada a uma enzima e necessária para a catálise Cofatores: geralmente são íons metálicos. Cu2+, Fe3+ ou Zn2+ (dieta) Coenzimas: são moléculas orgânicas. Vitaminas (NAD+, FAD, coenzima A) * * * ENZIMAS Definição de termos Isoenzimas Enzimas que catalisam a mesma reação (mesmo substrato e produto) Diferem quanto: estrutura molecular propriedades químicas locais de ação. Exemplos: LDH (lactato desidrogenase) LDH1 - miocárdio LDH2 - cérebro e rins LDH3 e LDH4 - pulmão LDH5 - fígado e músculo esquelético * * * ENZIMAS Definição de termos Aplicação clínica das isoenzimas LDH: confirmar infarto do miocárdio diferenciar do infarto pulmonar confirmar lesões hepáticas infecções musculares CK (creatino quinase) CKMB - músc. cardíaco CKMM - músc. esquelético CKBB - cérebro * * * ENZIMAS Definição de termos Zimogênios (pró-enzimas): Precursores inativos de proteínas que precisam ser clivados em um ponto específico para dar origem a proteínas funcionais. A síntese de zimogênios é essencial para o controle da atividade de certas enzimas. Ex: Proteínas com função digestiva não podem se tornar ativas no citosol pois degradariam outras proteínas, desta forma a célula sintetiza essas proteínas em sua forma inativa (os zimogênios). Exemplos: tripsina * * * ENZIMAS Nomenclatura Século XIX - poucas enzimas identificadas Adição do sufixo “ASE” ao nome do substrato: * gorduras (lipo - grego) – LIPASE * amido (amylon - grego) – AMILASE Nomes arbitrários: * Tripsina e pepsina – proteases * * * ENZIMAS Nomenclatura Século XX - quantidade de enzimas descritas Nomenclatura existente se tornou ineficaz 1955 - IUBMB - União Internacional de Bioquímica e Biologia Molecular - nome sistemático: mais complexo sem ambigüidades baseado no mecanismo de reação O sufixo “ase” é unido a uma descrição completa da reação catalisada (D-gliceraldeido 3-fosfato:NAD oxirredutase) * * * ENZIMAS Nomenclatura Atualmente a Enzyme Comission identifica cada enzima iniciando-as pelas letras EC seguido por um código numérico de quatro números separados por pontos. Exemplo: EC 6.1.1.1 – Tirosina T-RNA ligase. Cada enzima código com 4 dígitos que caracteriza o tipo de reação catalisada: 1° dígito – classe 2° dígito – subclasse 3° dígito - sub-subclasse 4° dígito - indica o substrato * * * ENZIMAS Nomenclatura glutationa redutase EC 1.8.1.7 Oxidoreductases Acting on a sulfur group of donors With NAD(+) or NADP(+) as acceptor Glutathione-disulfide reductase * * * ENZIMAS Classificação . Oxirredutases – Reações de oxidação/redução ou de transferência de elétrons entre 2 substratos Exemplo: Lactato desidrogenase Redução Ác. Pirúvico à Ác. lático * * * ENZIMAS Classificação 2. Transferases - Transferência de grupos funcionais - grupos H entre 2 substratos (amina, fosfato, acil, carboxil – Quinases e transaminases) Exemplo: Serina Hidroxi-metil transferase * * * ENZIMAS Classificação 3. Hidrolases - Reações de Hidrólise (+ H2O). Exemplo: urease Hidrólise da uréia em CO2 e NH3 * * * ENZIMAS Classificação 4. Liases – Adição ou remoção de grupos do substrato por mecanismo hidrólise (H2O, NH4+, CO2). Ex: Piruvato descarboxilase Descarboxilação do Piruvato * * * ENZIMAS Classificação 5. Isomerases – Epimerases Reações de interconvenção de isômeros, ópticos, geométricos ou de posição. Interconversão reversível de dihidroxiacetona fosfato e D-gliceraldeido-3-fosfato Exemplo: Triose Fosfato Isomerase * * * ENZIMAS Classificação 6. Ligases – catalisam reações de formação de novas moléculas a partir da ligação entre duas pré-existentes, sempre às custas de energia, ou seja com hidrólise da ligação pirofosfato na molécula de ATP – Sintetases. Exemplo: Acetil-CoA + ATP + CO2 ADP + Pi + malonil-CoA (ligase - acetil-CoA carboxilase) * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Especificidade das enzimas: Enzimas são altamente específicas, catalisando somente um tipo de reação química. A especificidade das enzimas é possibilitada por sua estrutura tridimensional. proteínas globulares * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Sítio ativo Nas células vivas as enzimas atuam como catalisadores: ligam-se a uma substância específica – substrato. Substrato liga-se por interações não covalentes a uma pequena porção da enzima – sítio ativo. Sítio ativo: Região da enzima que irá interagir com uma substância química específica (reagente), geralmente situada em uma fenda ou bolso da superfície da proteína e que consiste de certos aa importantes para a atividade enzimática. * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Teoria das colisões As reações químicas acontecem quando ligações são quebradas ou formadas. Para isto átomos, íons e moléculas devem colidir. Todos os átomos, íons e moléculas estão em constante movimento e portanto colidindo constantemente. A energia transferida pelas partículas na colisão pode desorganizar suas estruturas eletrônicas o suficiente para que as ligações químicas sejam quebradas ou novas ligações se formem. * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Teoria das colisões A freqüência de colisões fornece energia suficiente para que a reação aconteça. A enzima acelera a reação ao aumentar o número de moléculas que atingem o máximo nível de energia para que haja a catálise. * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Complexo enzima-substrato: Formado por ligações temporárias da enzima com o substrato, faz com que as colisões sejam eficientes e diminui a energia de ativação da reação. * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Energia de ativação: Do mesmo modo que uma bola não consegue alcançar o topo de uma montanha se não rolar com energia suficiente até a mesma, uma reação não ocorre se as moléculas não possuírem energia suficiente para ultrapassar a barreira de energia de ativação. * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Energia de ativação: Quantidade de energia requerida para romper a configuração eletrônica estável de qualquer molécula específica para que os elétrons possam ser reorganizados. Energia de Ativação ∆G reação * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Energia de Ativaçao na presença de enzima Energia de Ativação na ausência de enzima ∆G reação Energia de Ativaçao na presença de enzima Energia de Ativação na ausência de enzima ∆G reação Não catalisada Catalisada Reagentes Produtos Energia do sistema (G) Progresso da Reação * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Energia de ativação: quantidade de energia requerida para iniciar a reação Velocidade da reação: depende da quantidade de energia ser suficiente para superar a barreira de energia do estado de transição quanto menor a energia de ativação, mais moléculas apresentam energia suficiente para superar o estado de transição – velocidade mais rápida Rota alternativa de reação: enzimas oferecem rotas alternativas de reação com menor energia de ativação * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Modelos que descrevem a interação Enzima/substrato: Chave-fechadura Encaixe ou ajuste induzido * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Modelo Chave-fechadura * * * ENZIMAS Interação Enzima/Substrato Modelo Ajuste induzido: Emil Fischer em 1894 * * * ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA: Temperatura pH Concentração da enzima Concentração do substrato Inibidores enzimáticos * * * ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA: Temperatura: Quanto maior a temperatura, maior a velocidade da reação, até se atingir a TEMPERATURA ÓTIMA. A partir dela, a atividade volta a diminuir, por desnaturação da molécula (que troca os arranjos dos aminoácidos no sítio ativo, alterando sua forma e causando a perda da atividade catalítica). Ex: a temp. ótima das bactérias que produzem doenças no corpo humano é de 35°C a 40 °C. * * * ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA: pH: Semelhante à temperatura; existe um pH ÓTIMO, onde a distribuição de cargas elétricas da molécula da enzima , em especial do sítio catalítico, é ideal para a catálise. Extremos de pH podem levar à desnaturação da enzima, pois a estrutura da molécula proteica cataliticamente ativa depende do caráter iônico das cadeias laterais de aa. * * * ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA: Concentração de substrato: Quando a concentração de substrato é alta a velocidade máxima pode ser alcançada. Sob condições de concentração extremamente alta de substrato, a enzima fica saturada e um aumento adicional da concentração de substrato não afetará a velocidade da reação. Concentração da enzima: Acontece o mesmo que com a concentração do substrato. Ou seja, não adianta aumentar mais a concentração da enzima se não há mais substrato para ela se ligar. * * * ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA Inibidores Enzimáticos: Os inibidores enzimáticos são compostos que podem diminuir a atividade de uma enzima. A inibição enzimática pode ser reversível ou irreversível. Existem 2 tipos principais de inibidores enzimáticos reversíveis. Inibidores enzimáticos competitivos. Inibidores enzimáticos não competitivos. * * * ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA Inibição Enzimática Competitiva – Reversível Quando o inibidor se liga reversivelmente ao mesmo sítio de ligação do substrato. A forma e estrutura química do inibidor são similares a do substrato, mais ele não sofre qualquer reação para formar produtos. O efeito é revertido aumentando-se a concentração de substrato. Este tipo de inibição depende das concentrações de substrato e de inibidor. * * * ENZIMAS Inibição Enzimática Competitiva – Reversível * * * ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA Inibição Enzimática Não-Competitiva – Reversível Inibição alostérica Quando o inibidor liga-se à enzima em outro sítio próprio de ligação (sitio alostérico), podendo estar ligado à mesma ao mesmo tempo que o substrato. Como resultado a atividade enzimática é reduzida. Este efeito pode ser reversível ou irreversível dependendo se o sítio ativo pode voltar a sua forma original. * * * ENZIMAS Inibição Enzimática Não-Competitiva – Reversível * * * ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA Inibição Enzimática Irreversível Quando há modificação covalente e definitiva no sítio ativo da enzima. * * * ENZIMAS Localização das Enzimas Tecidos ou Células: Uniloculares: Biloculares: * * * ENZIMAS Localização das Enzimas Secreções: Amilase – pâncreas Lipase – gls. Salivares Plasma: Protrombina – mec. de coagulação Ceruloplasmina – transporte de cobre * * * ENZIMAS Localização das Enzimas Nenhuma enzima é exclusiva de algum órgão. Podem ser características ou típicas de um determinado órgão. Ex: amilase – característica do pâncreas, mas também presente fígado. Exceção: fosfatase ácida prostática – exclusiva câncer de próstata. * * * ENZIMAS Enzimologia Clínica LDH LD1 – miocárdio LD5 – fígado – músc. esquelético CK MB – miocárdio MM – muscular Enzimograma cardíaco: LD1 - CKMB - GOT * * * ENZIMAS Enzimologia Clínica Enzimograma hepático: GOT – GTP - GT – GLDH – fosfatase alcalina GTP GOT – hepatite viral (lesão periférica da célula) GOT GTP – tumor hepático, cirrose (lesão interior da célula) ou infarto miocárdio (coração + rico em GOT)
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