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23/05/13 1 Biomecânica da Coluna Vertebral • A coluna humana é uma complexa estrutura cuja as principais ações são proteger a medula espinhal e transferir cargas da cabeça e do tronco à pélvis. Cada uma das 24 vértebras articula-‐se com as adjacentes para permitir o movimento em três planos; NORDIN & FRANKEL. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, pág 225. 23/05/13 2 • Há muitos músculos, em ação na cabeça, na coluna vertebral e no tórax que auxiliam na estabilização da coluna; FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 16. ed. Barueri: Manole, 2011. pág 321. Vértebras • A coluna é dividida em : è 7 vértebras cervicais; è 12 vértebras torácicas; è 5 vértebras lombares; è 5 vértebras sacrais; è 4 vértebras fundidas no cóccix; Os ossos de cada região possuem tamanhos e formas diferentes, gerando uma grande variedade de funções; FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 16. ed. Barueri: Manole, 2011. pág 322. 23/05/13 3 Curvaturas normais • A coluna possui três curvaturas normais. Essas curvaturas permitem que ela absorva golpes e impactos; • São elas: Lordose Cervical, Cifose Dorsal e Lordose Lombar; FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 16. ed. Barueri: Manole, 2011. pág 322. 23/05/13 4 cervical Articulações • A primeira articulação do esqueleto axial é a articulação atlanto-‐occipital, que permite a glexão e extensão da cabeça; • Esta articulação é seguida pela articulação do atlas (C1), que gica acomodado sobre o áxis (C2), que nos permite o movimento de rotação da cabeça; FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 16. ed. Barueri: Manole, 2011. pág 321. 23/05/13 5 • Os movimentos de deslizamento ocorrem entre os processos articulares superior e inferior das vértebras; • Entre os corpos vertebrais, e aderidos à cartilagem articular, estão os discos intervertebrais, permitindo a maior distribuição de cargas 23/05/13 6 Movimentos da Coluna Vertebral • A maior parte dos movimentos da coluna vertebral ocorre nas regiões: cervical e lombar; há algum movimento torácico, mas o mesmo é muito discreto; • Flexão, extensão, rotação e =lexão lateral de cabeça è Podem atingir até 90º para cada direção • Flexão da coluna è pode ser estimado em graus, ou pela distancia entre a ponta dos dedos das mãos até o chão; • Extensão da colunaè retorno da glexão; • Flexão Lateral/ inclinação lateralè movimento no plano frontal, em média 35° para cada direção; • Rotação da colunaè movimento giratório do tronco, em média 45° para cada direção; FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 16. ed. Barueri: Manole, 2011. pág 321. 23/05/13 7 23/05/13 8 Desenvolvimento Postural • Ao longo da evolução, os humanos assumiram a postura bípede, permitindo que suas mãos gicassem livres e os olhos mais distantes do solo. MAGEE, David J. Avaliação musculoesquelética. 5. ed. Barueri: Manole, 2010. 1224 p. 23/05/13 9 Postura • Postura correta é aquela que permite o corpo gicar de pé, caminhar, sentar ou deitar em posições em que a carga mínima é colocada nos músculos e que apoiam a coluna vertebral; GILBERT, Jason Michael. O segredo da coluna saudável. São Paulo: Gaia, 2009. A postura correta: • Evita que a coluna permaneça gixa em posições anormais; • Previne fadiga muscular; • Ajuda a diminuir o desgaste anormal das articulações; • Deixa ossos e articulações e, alinhamento correto e , consequentemente, permite melhor funcionamento muscular; GILBERT, Jason Michael. O segredo da coluna saudável. São Paulo: Gaia, 2009. 23/05/13 10 Fatores que Alteram a Postura • Contornos ósseos; • Frouxidão ligamentar; • Tônus muscular; • Ângulo pélvico; • Posição e mobilidade articular; MAGEE, David J.; SUEKI, Derrick. Manual para avaliação musculoesquelética. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Postura Frontal • Cabeça reta, orelhas mantidas ao mesmo nível è cabeça rodada, gera sobrecarga em um lado do pescoço; • Ombros alinhados; • Quadris niveladosè desequilíbrios podem resultar em dores lombares , além de problemas em outras articulações, como joelhos e pés; GILBERT, Jason Michael. O segredo da coluna saudável. São Paulo: Gaia, 2009. 23/05/13 11 Postura Lateral • A postura normal deve apresentar as curvaturas normais da coluna vertebral; • Alinhamento da orelha com o ombro, quadril, joelho e tornozelo, onde, nessa posição, a carga é mínima; GILBERT, Jason Michael. O segredo da coluna saudável. São Paulo: Gaia, 2009. 23/05/13 12 Hipercifose • É o aumento da curvatura convexa da região dorsal; • Promove alterações, como: dorso curvo, gibosidade posterior, encurtamento vertebral, podendo desencadear dégicit respiratório; VERDERI, Erica. Programa de educação postural. São Paulo: Phorte, 2001. 23/05/13 13 Toda hipercifose, de modo geral, tem sua lordose compensatória, cervical e lombar, para dessa forma poder manter a sustentação do corpo, mesmo que de forma descompensada; VERDERI, Erica. Programa de educação postural. São Paulo: Phorte, 2001. Hiperlordose • Aumento da concavidade lombar ou cervical; • A hiperlordose lombar está associada à uma anteversão da pelve, e é mais comum em mulheres; • A anteversão da pelve vincula-‐se a um desequilíbrio dos músculos abdominais e glúteos, que, enfraquecidos, tornam a musculatura lombar encurtada; VERDERI, Erica. Programade educação postural. São Paulo: Phorte, 2001. 23/05/13 14 Influência da inclinação pélvica na postura 23/05/13 15 • A hiperlordose cervical é caracterizada pela proeminência da cabeça associada à hipercifose, caracterizando um pescoço mais alongado para frente. • A retigicação desta lordose, resulta num pescoço mais reto e com menor mobilidade; VERDERI, Erica. Programa de educação postural. São Paulo: Phorte, 2001. 23/05/13 16 Escoliose • É um desvio assimétrico, lateral da coluna vertebral, resultado da ação de um conjunto de forças que incidem sobre a coluna; • Verigicação dos processos espinhosos quanto a sua verticalidade, alinhamento dos ombros e alinhamento do quadril; VERDERI, Erica. Programa de educação postural. São Paulo: Phorte, 2001. • A curva escoliótica poderá evoluir até quando existir o crescimento ósseo. • Pode apresentar uma única curva, ou mais; • A curva primária (maior) é quem determina as alterações estruturais, sendo a de maior ênfase no tratamento; • As curvas secundárias (menores) são compensatórias à primária, sendo mais glexíveis; VERDERI, Erica. Programa de educação postural. São Paulo: Phorte, 2001. 23/05/13 17 23/05/13 18 Alteração nos Joelhos • Genovaroè angulação externa do loelho em relação à linha média è pé supinado; • Genovalgoè angulação medial do joelho em relação à linha médiaè pé pronado e plano; • Geno=lexoè apresenta glexão do joelhoè limitação da extensão; • Genorecurvadoè hiperextensão da articulação do joelho; VERDERI, Erica. Programa de educação postural. São Paulo: Phorte, 2001. genovaro genovalgo genoglexo genorecurvado 23/05/13 19 Exemplos de Posturas Corretas 23/05/13 20 • Revista Brasileira de Psiquiatria • Print version ISSN 1516-4446 • Abstract • CANALES, Janette Zamudio et al. Postura e imagem corporal em indivíduos com depressão: um estudo controle. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2010, vol.32, n.4, pp. 375-380. ISSN 1516-4446. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462010000400010. • OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar quantitativamente a postura e a imagem corporal em pacientes com transtorno depressivo maior, durante o episódio depressivo e após tratamento medicamentoso, e comparar com voluntários sadios. MÉTODO: Durante o período de dez semanas, foram avaliados 34 indivíduos com depressão e 37 voluntários sadios. A postura foi avaliada através de fotos digitais e do software CorelDRAW. A imagem corporal foi avaliada através do Body Shape Questionnaire. RESULTADOS: No episódio depressivo (em comparação ao período pós tratamento), os pacientes apresentaram aumento da flexão da cabeça (p < 0,001), aumento da cifose (p < 0,001), retroversão pélvica esquerda (p = 0,012) e abdução da escápula esquerda (p = 0,046). Na remissão, a postura foi similar ao grupo controle. Na comparação entre controles e transtorno depressivo maior, houve diferença para postura da cabeça (p < 0,001) e cifose torácica (p < 0,001). Na remissão houve diferença para a postura do ombro. A média dos escores do Body Shape Questionnaire foram 90,03 no episódio e 75,82 na remissão (p = 0,012). O grupo controle apresentou escore 62,57. CONCLUSÃO: Houve diferença da postura e insatisfação da imagem corporal durante o episódio em indivíduos com transtorno depressivo maior. Os achados destacam que o impacto negativo da depressão abrange tanto fatores emocionais quanto físicos. • Keywords : Postura; Depressão; Imagem corporal; Avaliação; Transtorno depressivo maior. 23/05/13 21 • Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia • Print version ISSN 1516-8034 • Abstract • BIGATON, Delaine Rodrigues et al. Postura crânio-cervical em mulheres disfônicas. Rev. soc. bras. fonoaudiol. [online]. 2010, vol.15, n.3, pp. 329-334. ISSN 1516-8034. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342010000300004. • OBJETIVO: Analisar a postura e a função da região crânio-cervical em sujeitos disfônicos. MÉTODOS: Participaram do estudo 28 mulheres (31,25±8,14 anos), divididas em dois grupos: experimental (N=16 portadoras de disfonia) e controle (N=12 clinicamente normais). As voluntárias foram submetidas à avaliação do Índice de Disfunção Crânio-Cervical (IDCC) e fotogrametria, sendo determinado o ângulo anterior formado entre a sétima vértebra cervical e o tragus, o qual corresponde à posição da cabeça no plano sagital. A análise das fotos foi realizada por três examinadores, duas vezes cada um, com intervalo de uma semana entre elas. A análise dos dados constou do teste de Shapiro-Wilk, seguido do teste t de Student, (p<0,05). RESULTADOS: Em relação à fotogrametria, não houve diferença (p=0,2565) entre os valores médios do ângulo anterior do grupo controle (50,92±5,18 graus) e do grupo experimental (49,63±5,46 graus). O IDCC mostrou que o grupo experimental apresentou disfunção crânio-cervical, sendo 37,5 % leve, 37,5% moderada e 25% severa. Já no grupo controle 100% das voluntárias apresentaram disfunção crânio-cervical leve. CONCLUSÃO: Não houve diferença na posição da cabeça entre os grupos avaliados. Porém, as mulheres disfônicas apresentaram disfunção crânio-cervical mais acentuada que as do grupo controle. • Keywords : Postura [fisiologia]; Disfonia [complicações]; Coluna vertebral; Cabeça; Distúrbios da voz; Fotogrametria. • Análise comparativa da postura ortostática entre mulheres fisicamente activas e... • Autor(es): Gomes, J. ; Palma, M. ; Sampaio, O. ; Vasconcelos, N. ; Barbosa, Tiago M. • Data: 2011 • Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/3685 • Origem: Biblioteca Digital do IPB • Assunto(s): Postura; Alinhamento segmentar; Ângulo articular; Fotogrametria • • Descrição Foi objectivo deste trabalho comparar a postura ortostática entre mulheres fisicamente activas e sedentárias. Foram estudados 60 sujeitos do sexo feminino, saudáveis e não grávidas. Trinta mulheres incluíram o grupo das fisicamente activas (GFA) e outras trinta no grupo das sedentárias (GS). Os sujeitos foram fotografados nos planos sagital direito e esquerdo, frontal anterior e posterior na posição ortostática, com uma câmara digital com uma resolução fotográfica de 10.1 Megapixéis (Exilim, EX-Z29, Casio, Tóquio, Japão). A avaliação postural foi efectuada com recurso a uma técnica fotogramétrica e utilizando um software específico (SAPo, v. 0.86, Universidade de São Paulo, Brasil). Os ângulos Q dos membros inferiores direito e esquerdo foram superiores no GFA do que no GS. A assimetria das omoplatas relativamente à T3 apresentou valores médios superiores no GFA do que no GS. Os alinhamento horizontal da cabeça foi superiores no GFA do que no GS. O alinhamento vertical do corpo foi inferior no GFA do que no GS. Em síntese, o GFA tende apresentar uma postura ortostática que procura promover uma quantidade inferior de esforço e/ou de sobrecarga mecânica sobre o aparelho locomotor do que o GS. 23/05/13 22 REFERÊNCIAS • FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 16. ed. Barueri: Manole, 2011. 422 p. • GILBERT, Jason Michael. O segredo da coluna saudável: siga os passos para umavida sem dor. São Paulo: Gaia, 2009. 265 p. • MAGEE, David J. Avaliação musculoesquelética. 5. ed. Barueri: Manole, 2010. 1224 p. • NORDIN, Margareta; FRANKEL, Victor H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2003. 401 p. • SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos. São Paulo: Summus, 2005. 117 p. • VERDERI, Erica. Programa de educação postural. São Paulo: Phorte, 2001. 144 p.
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