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* Traumatismo Cranioencefálico (TCE) Prof. Dr. Ricardo D. De Lucas Educação Física - CEFID/UDESC Convulsões * Epidemiologia TCE Mundo - 10 milhões/ano internações 3ª maior causa morte Homens > Mulheres (2:1) Crianças e Jovens Causas: Acidente trânsito Quedas Agressões Esportes * Definição TCE Trauma craniano aberto ou fechado, com evidência de envolvimento cerebral demonstrado por alteração do nível de consciência ou sinais de déficit neurológico focal * Mecanismos de Lesão Cerebral Mecanismos intracranianos: Lesões primárias: efeitos são em sua maioria imediatos. Lesões secundárias: efeitos tardios, ocorrem algum tempo após a lesão. Mecanismos extracranianos: Fraturas de extremidades, coluna e pelve; Lesões do gradil costal; Rupturas das vísceras abdominais. * Fisiopatologia Primária: diretamente conseqüentes ao impacto do TCE Secundária: reações orgânicas que se desenvolvem a partir do impacto inicial. * Lesões Primárias Pelo impacto (gravidade da lesão), dois mecanismos: Traumatismo direto Sangramentos de couro cabeludo Hematoma subgaleal Fraturas fechadas ou abertas ou afundamentos Hematoma epidural Contusões Lacerações cerebrais Ações de forças inerciais (Cisalhamento de neurônios e vasos) Hematoma subdural Hemorragia subaracnóide Concussão Lesão axonal difusa Ruptura da dura-máter * Lesões Secundárias Conseqüência da injúria primária (90%) Eventos sistêmicos Hipotensão (35% em TCE grave) Hipóxia apnéia hipoventilação Hipercapnia Hipercapnia (vasodilatação SNC e > PIC) Hipocapnia Anemia * Lesões Secundárias Eventos sistêmicos Febre e Hipertermia Cada 1ºC > 5% metabolismo cerebral Desanaturação proteica Hipoglicemia (liberação rad. livres e acidose lática) Hiperglicemia Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base Hiponatremia SIHAD edema cerebral Sepse, pneumonia, Coagulopatia * Fluxo sanguíneo cerebral Cérebro pouca capacidade de armazenar energia metabolismo aeróbio (glicose como substrato) depende da manutenção do FSC contínuo e adequado Influenciado por diversos fatores Demanda metabólica cerebral Viscosidade sanguínea Resistência vascular cerebral pH Níveis de pO2 e pCO2 * http://www.youtube.com/watch?v=OP9ujfmJiSc * * Prognóstico Principais Sequelas Déficits motores Espasticidade Incoordenação Ataxia Dificuldade de deglutição Déficits sensitivos Qualquer nervo craniano Acuidade visual e auditiva Alteração de fala e linguagem Déficits cognitivos Alterações comportamentais * Prevenção Esportes e brincadeiras Capacetes para ciclismo, skate, patins e hipismo Superfícies lisas e brinquedos com peso reduzido nos locais de recreação Quedas Colocação de redes e grades nas janelas Não utilizar andadores Evitar lajes ou vãos livres altos Usar portões próximos às escadas Veículos Automotores Capacetes para motociclista e acompanhantes Cinto de segurança em automóveis e próprio para criança no banco traseiro Airbags como equipamento obrigatório Prevenção e combate ao uso de drogas ilícitas na infância * Convulsões Epilepsia * Conceito Etimologicamente significa sacudir, agitar. Contrações involuntárias dos músculos esqueléticos produzidas por uma descarga neuronal excessiva no SNC. Convulsão ou crise convulsiva: crise com atividade tônico-clônica (“grande mal”) Crise não-convulsiva: crise sem atividade tônico-clônica (crise parcial simples ou complexa, crise tipo ausência, crise mioclônica) (“pequeno mal”) * Convulsões Causas: Traumatismos crânio-encefálicos; Epilepsia; Intoxicações; Hipertermia; Meningoencefalite; Tumores; Tétano; Lesões cerebrais e etc. * Sinais e sintomas: Perda da consciência; Movimentação brusca e involuntária dos músculos; Enrijecimento da mandíbula, travando os dentes; Salivação excessiva; Queda abrupta, em qualquer lugar, com riscos de ferimentos, fraturas e outros tipos de lesões. Pode apresentar cianose devido a dificuldade respiratória, relacionada principalmente com o tempo de duração da crise; Frequentemente ocorre relaxamento esfincteriano com micção e/ou evacuação após a crise. * Providencias para atendimento a uma vítima de convulsão: Deitar a vítima ao chão e afastar tudo que esteja ao seu redor e possa machucá-la. Retirar prótese dentária, óculos, colares e outros objetos que possam se quebrar e machucar ou sufocar a vítima. No caso de a vítima ter cerrado os dentes, não tentar abrir sua boca. Verificar a língua somente após a crise (cuidado com os dedos) * Afrouxar a roupa da vítima e deixar que ela se debata livremente. Colocar um pano debaixo da cabeça da vítima para evitar que ela se machuque. Observar a respiração durante e após a crise convulsiva. Encaminhá-lo ao médico. OBS: Não se deve jogar água ou oferecer algo para cheirar durante a crise.
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