Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

ATIVIDADES
LOGÍSTICAS
Aula 1
TRANSPORTE
Transportes
Olá, estudante! Nesta videoaula exploraremos uma das atividades de
maior importância para o contexto logístico: as operações de
transporte. Nesse contexto, trataremos de conceitos fundamentais e
investigaremos os diversos tipos de modais de transportes. Você
aprenderá estratégias eficazes para a otimização do transporte, uma
habilidade fundamental para melhorar a eficiência e a sustentabilidade
em sua prática profissional. Este conhecimento é essencial para quem
busca excelência e inovação no campo da logística e gestão de
cadeias de suprimentos. Prepare-se para uma jornada enriquecedora
de aprendizagem!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Você sabia que o transporte é uma das
atividades mais críticas dentre todas as operações logísticas? Por isso
tal atividade deve ser criteriosamente gerida, a fim de que possa
contribuir para o atingimento dos objetivos organizacionais, tanto no
que se refere à entrega de um elevado nível de serviço e qualidade
quanto em termos de lucratividade e competitividade.
Considerando esse contexto, esta aula tem o objetivo principal de
apresentar a você os conceitos fundamentais relacionados aos
procedimentos de transportes, bem como as particularidades inerentes
a cada um dos tipos de modais disponíveis. Por fim, também
conheceremos algumas estratégias que são comumente utilizadas
pelas organizações contemporâneas para otimizar seus processos de
transportes.
Para que possamos colocar em prática esses aprendizados, imagine a
seguinte situação: você atua junto aos gestores de uma empresa de
manufatura, a qual integra um mercado altamente competitivo e
globalizado, que enfrenta desafios significativos em suas operações de
transporte. Isso vem afetando negativamente sua eficiência
operacional, custos logísticos e satisfação do cliente.
A empresa utiliza predominantemente o transporte rodoviário para
distribuir seus produtos acabados a varejistas em todo o território
nacional. No entanto, tem enfrentado problemas como atrasos
frequentes nas entregas, altos custos de frete em função do estado
precário das rodovias e dos roubos de carga, além de impactos
ambientais negativos por causa das emissões de CO2. Esses
empecilhos têm interferido diretamente nos níveis de serviço ao cliente
e na lucratividade da empresa.
Diante disso, quais estratégias podem ser implementadas pela
empresa a fim de solucionar esses problemas?
E então, preparado? Vamos lá!
Vamos Começar!
Operações de transporte: conceitos
fundamentais
No cenário empresarial atual, caracterizado por mercados globalizados
e altamente competitivos, a logística e, em particular, as operações de
transporte assumem um papel estratégico na determinação do sucesso
organizacional. O transporte é um dos principais componentes da
logística empresarial, afetando diretamente a eficiência da cadeia de
suprimentos, os níveis de serviço ao cliente, os custos operacionais e,
por consequência, a lucratividade das empresas.
O transporte de materiais, sejam eles matérias-primas, produtos em
processamento ou produtos acabados, e as operações de transportes
inerentes à logística reversa sempre receberam grande atenção por
parte dos gestores organizacionais e profissionais da logística, não
apenas em decorrência da sua relevância para os níveis de eficiência
em transporte, mas também por serem elementos decisivos para os
índices de produtividade, de qualidade, de segurança, para os custos
da operação logística e, consequentemente, para que a empresa
disponha de vantagem competitiva frente ao mercado em que atua.
A eficiência nas operações de transporte pode ser entendida como a
capacidade de minimizar os custos e otimizar os tempos de entrega,
mantendo ou melhorando os níveis de serviço. Empresas que
conseguem excelência em suas operações de transporte podem
reduzir significativamente seus custos logísticos, oferecendo preços
mais competitivos ao mercado ou aprimorando suas margens de lucro.
Além disso, a eficiência em transporte permite uma maior flexibilidade e
agilidade nas respostas às demandas do mercado, características cada
vez mais valorizadas em um ambiente de negócios que exige rapidez e
personalização. Essa capacidade de resposta rápida pode ser um
diferencial importante, contribuindo para a construção de uma
vantagem competitiva sustentável.
As atividades de transporte de materiais fazem parte do conjunto de
operações da função de movimentação e têm como objetivo principal
garantir que o serviço de transporte seja realizado de modo eficiente e
eficaz. Para organizar um sistema de transporte, é preciso ter uma
visão sistêmica, que envolve planejamento. Nesse caso, torna-se
crucial conhecer os seguintes fatores:
Os fluxos de materiais nas diversas ligações da rede logística.
O nível de serviço atual.
O nível de serviço desejado.
As características ou parâmetros sobre a composição da carga.
Os tipos de equipamentos disponíveis e suas características
(capacidade, fabricante, etc.).
Dessa forma, os transportes estão integrados aos processos de
produção, distribuição e consumo das organizações. Para promover
essa vinculação, os sistemas de transporte são pensados como uma
parte integrante da cadeia de suprimentos e submetem-se aos
objetivos de otimização de processos logísticos a um custo reduzido.
Nos últimos anos, para a geração de altos níveis de eficiência dos
transportes, foram incorporados aspectos que respondem à era da
globalização, como maior sensibilidade ao tempo gasto nas operações
de embarque e desembarque, maior confiabilidade nas redes de
comunicação e de computadores, velocidade nos movimentos e nas
transações, e padronização de equipamentos e procedimentos. Assim,
o gerenciamento das atividades de transporte não pode ser executado
como um elemento isolado, mas como parte integrante do processo
produtivo e logístico de uma empresa.
No aspecto qualitativo, os sistemas de transporte devem disponibilizar
serviços que superem as expectativas dos clientes. Além de ser um
diferencial competitivo, o aprimoramento da qualidade no transporte
pode ser revertido em redução do custo do produto final, bem como em
diminuição dos custos de transação ou das perdas, por exemplo.
Vale destacar, ainda, que o transporte tem sua relevância associada
não apenas à participação na composição do produto interno bruto
(PIB) de um país, mas também à crescente influência que a
transferência, coleta e distribuição de carga têm no desempenho dos
segmentos econômicos, produtivos e no bem-estar da sociedade.
Diversos estudos e pesquisas apontam que os gastos com transporte
podem representar algo em torno de 6,8% do PIB de um país como o
Brasil.
No que se refere ao objetivo principal do transporte de cargas, pode-se
seguramente afirmar que consiste na movimentação de bens para
atender às necessidades dos clientes sob custos economicamente
viáveis. Desse modo, para que cumpram esse objetivo,
impreterivelmente as operações de transportes devem também cumprir
a sua missão, que é garantir a eficiência no escoamento das produções
de bens de consumo, contribuindo para o crescimento econômico das
organizações e da sociedade.
Nesse contexto, a principal decisão relativa ao transporte de cargas,
tanto no âmbito das políticas públicas de investimento em infraestrutura
quanto no aspecto gerencial de empresas privadas e estatais, é a
escolha do tipo ou modal de transporte dentre as cinco opções
possíveis: rodoviário, ferroviário, aéreo, aquaviário e dutoviário. Cada
alternativa possui estrutura de custos e características operacionais
específicas que a tornam mais adequada para determinados tipos de
produtos e operações.
Tipos de modais de transportes
O transporte rodoviário é o mais utilizado no território nacional, sendo
responsável por aproximadamente 62% da distribuição de insumos e
produtos industrializados em todo o país. Entretanto, algumas rodovias
ainda apresentam um péssimo estado de conservação, o que,
consequentemente, aumenta de forma considerávelobrigado a ligar para o cliente e informá-lo de que não
conseguirá atender ao seu pedido com a urgência prometida.
Portanto, é imperativo que as empresas tenham acesso a informações
de estoque confiáveis. Uma das ferramentas utilizadas nesse sentido é
o inventário físico, que consiste na contagem física dos itens em
estoque, para que as diferenças sejam verificadas em relação ao
estoque contábil e, assim, os ajustes necessários sejam executados.
Existem diversas formas de desenvolver um inventário. Fica a critério
da empresa selecionar a melhor maneira de conferir e garantir a
confiabilidade dos dados. Os principais tipos de inventário são:
Inventário geral: é o processo de contagem física de todos os itens
da empresa em uma data prefixada. É utilizado usualmente no
fechamento contábil do exercício anual ou em inventários
mensais/trimestrais, para “fechamento” dos custos.
Inventário dinâmico: é o processo de contagem física de um item
sempre que este atinge alguma situação predefinida. Exemplo: a
contagem pode acontecer quando o estoque de um determinado
item ficar zerado.
Inventário rotativo: é a contagem física, feita de maneira contínua,
dos itens em estoque, programada de modo que os itens sejam
contados, de acordo com sua importância, a uma frequência
predeterminada. Essas contagens são efetuadas, de modo geral,
diariamente.
Inventário por amostragem: é empregado em procedimentos de
auditoria, valendo-se de uma abordagem estatística. Nesse caso,
são contados apenas alguns itens que representam uma boa
amostra do universo de produtos da empresa. Assim, pelo
resultado da amostragem, pode-se verificar se os métodos de
controle estão sendo bem executados.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Para solucionar os problemas apresentados
anteriormente, a empresa pode adotar como estratégia a
implementação de um sistema de gestão de estoque dinâmico,
direcionado a uma abordagem Just in Time e à integração de
tecnologias de análise de dados avançadas. Esse sistema tem o
objetivo de otimizar os níveis de estoque, mantendo-os alinhados com
as tendências de demanda em tempo real e minimizando o capital
imobilizado por estoques excessivos.
Nesse contexto, para que a instauração desse sistema atinja os seus
objetivos, a empresa deve começar a agir pela integração dos dados de
vendas em tempo real, informações de mercado e feedback dos
clientes, a fim de prever mais precisamente as necessidades de
estoque futuras. Isso permitirá ajustes rápidos nos níveis de estoque,
reduzindo tanto o excesso quanto a falta de produtos.
A empresa também deverá buscar melhorias na comunicação interna,
estabelecendo um diálogo mais eficiente entre os departamentos, para
garantir que as informações sobre demanda e estoque sejam
compartilhadas em tempo real. Isso facilitará o planejamento integrado
e a reposição coordenada de estoque.
Outras medidas interessantes são:
Adoção de sistemas puxados e empurrados de forma estratégica:
a empresa poderá usar uma abordagem híbrida, utilizando
sistemas puxados para produtos de alta demanda e variabilidade,
e sistemas empurrados para itens de demanda previsível e
estável. Isso gerará um equilíbrio entre eficiência operacional e
satisfação do cliente.
Implementação de inventário rotativo: para assegurar a precisão
dos dados de estoque, a empresa pode adotar a prática do
inventário rotativo, permitindo a identificação e correção de
discrepâncias de forma contínua, sem a necessidade de
interromper as operações para inventários gerais.
Capacitação e treinamento de equipe: seria válido realizar um
investimento significativo na capacitação da equipe, ensinando
sobre as melhores práticas de gestão de estoque e o uso eficiente
do novo sistema. Isso pode assegurar que todos os envolvidos
compreendam seu papel na otimização dos processos de estoque.
Com a implementação do sistema de gestão de estoque dinâmico, a
empresa será capaz de observar uma melhoria significativa na
eficiência operacional. O capital imobilizado por estoques poderá ser
reduzido, liberando recursos para outras áreas de investimento.
Além disso, a satisfação do cliente poderá apresentar melhorias em
virtude da disponibilidade consistente de produtos de alta demanda,
resultando em um aumento nas vendas e na fidelidade dos
consumidores.
A estratégia adotada pela empresa serve como um exemplo prático de
como a gestão de estoque, quando alinhada com as tecnologias e
práticas modernas, pode transformar desafios operacionais em
oportunidades de crescimento e vantagem competitiva.
Saiba Mais
Você sabia que uma previsão de demanda mais acurada contribui
substancialmente para transformar a gestão de estoques em um
diferencial competitivo para seu negócio? Para enriquecer seus estudos
sobre gestão de estoques, sobretudo no que se refere à utilização da
previsão da demanda como ferramenta e aos aspectos relacionados a
esse tema, sugiro que você leia o artigo a seguir.
Previsão de demanda e gestão de estoque: um estudo realizado em
uma empresa de polpas de fruta. 
Referências Bibliográficas
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo:
Saraiva Uni, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos:
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2015.
https://abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_291_1641_37429.pdf
https://abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_291_1641_37429.pdf
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e
logística: integração na era da indústria 4.0. São Paulo: Grupo GEN,
2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:
uma introdução. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
WILVERT, J. E. Previsão de demanda e gestão de estoque: um estudo
realizado em uma empresa de polpas de fruta. In: ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 39., 2019, Santos, SP.
Anais... Santos, SP: Enegep, 2019. Disponível em:
https://abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_291_1641_37429.pdf. Acesso
em: 3 fev. 2024.
Encerramento da Unidade
ATIVIDADES LOGÍSTICAS
Videoaula de Encerramento
Olá, estudante! Nesta videoaula retomaremos nossa análise sobre os
pilares fundamentais da logística: transporte, armazenagem,
movimentação e gestão de estoques. Esses temas são cruciais para a
eficiência operacional em qualquer setor produtivo, pois garantem que
os recursos certos estejam no lugar certo, na hora certa. Dominar
esses conceitos ampliará sua capacidade de minimizar custos e
maximizar a satisfação do cliente em sua prática profissional.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/
https://abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_291_1641_37429.pdf
Embarque nesta imersão estratégica e eleve sua habilidade de planejar
e executar com excelência. Está pronto para a viagem? Vamos lá!
Ponto de Chegada
Olá, estudante! Para desenvolver as competências associadas a esta
unidade de aprendizagem, que são “Compreender a importância das
operações de transportes no que tange à competitividade e
lucratividade de uma organização no mercado, aplicando as técnicas
necessárias para a gestão eficiente dessa atividade; Projetar e
gerenciar espaços de armazenamento, maximizando a utilização
desses ambientes e garantindo a segurança dos produtos; Assimilar
conhecimentos para aplicar as técnicas de gerenciamento, a fim de
otimizar a movimentação interna de mercadorias, entendendo a
importância da ergonomia e da segurança no trabalho; Adquirir as
competências necessárias para implementar sistemas eficazes de
controle de estoque, equilibrando a demanda e a oferta de produtos,
bem como minimizando custose evitando a obsolescência ou a falta de
produtos”, é importante que você tenha iniciado sua trajetória de
estudos pela aquisição de conhecimentos sobre os conceitos básicos
inerentes a operações logísticas de transporte, armazenagem,
movimentação de mercadorias e gestão de estoques.
Nesta unidade de aprendizagem, tratamos da essência da logística e
da gestão de operações de transportes, atividades essenciais para a
competitividade e lucratividade de uma organização no mercado. A
compreensão profunda desses saberes oportuniza a aplicação das
técnicas necessárias para uma gestão eficiente, garantindo que cada
etapa, desde o planejamento até a execução, contribua
significativamente para os objetivos da empresa.
Primeiro, descobrimos como projetar e gerenciar espaços de
armazenamento para maximizar a utilização do ambiente disponível,
sem comprometer a segurança e integridade dos produtos. A
capacidade de organizar e adaptar esses espaços é crucial para
responder dinamicamente às demandas do mercado e às variações de
estoque.
Em seguida, direcionamos nossa atenção à movimentação interna de
mercadorias, sublinhando a importância da ergonomia e da segurança
no trabalho. Esses fatores não apenas protegem os profissionais, mas
também aumentam a eficiência operacional. Ao entender e aplicar
princípios ergonômicos, é possível reduzir a fadiga e os erros,
otimizando o fluxo de trabalho e a produtividade.
Por fim, discutimos sobre a gestão de estoques, enfatizando a
necessidade de sistemas eficazes de controle para equilibrar a
demanda e a oferta de produtos. Uma gestão de estoque competente
minimiza custos, evita a obsolescência e a falta de produtos, garantindo
que a organização possa atender às necessidades dos clientes de
maneira eficiente e oportuna.
Esses conceitos e técnicas são fundamentais não apenas para a
operação diária de uma organização, mas também para sua estratégia
de longo prazo. A capacidade de integrar eficazmente gestão de
transportes, armazenamento e estoques se reflete diretamente na
satisfação do cliente, na redução de custos e no sucesso sustentável
do negócio.
É Hora de Praticar!
Uma empresa de médio porte especializada em e-commerce de
produtos eletrônicos enfrenta desafios logísticos significativos. Frente a
um crescimento exponencial nas vendas on-line, a demanda por uma
gestão eficiente de operações de transporte e armazenagem tornou-se
crítica.
A ineficiência nos modais de transporte utilizados resultou em altos
custos de transporte, atrasos nas entregas e clientes insatisfeitos. Além
disso, a armazenagem e a estocagem não estão otimizadas, levando a
uma rotatividade de estoque lenta e à obsolescência de produtos de
alta tecnologia.
A empresa utiliza um armazém centralizado que não está aproveitando
ao máximo os tipos de equipamentos de armazenagem disponíveis,
dando origem a uma movimentação interna ineficaz.
Quais sugestões e estratégias podem ser apontadas a fim de que
esses problemas sejam resolvidos?
Reflita
Para que você possa solidificar seu entendimento sobre os assuntos
estudados nesta etapa de aprendizagem, considere as seguintes
perguntas: 
Como a eficiência na gestão de armazenamento e movimentação
interna de mercadorias pode impactar a competitividade de uma
organização no mercado?
De que maneira a implementação de sistemas eficazes de
controle de estoque contribui para minimizar custos e evitar a
obsolescência de produtos?
Qual a importância da ergonomia e da segurança no trabalho para
a gestão logística e como esses fatores afetam a produtividade e a
satisfação dos
colaboradores?
Resolução do estudo de caso
Para solucionar o caso descrito anteriormente, primeiro é necessário
desenvolver um estudo minucioso dos conceitos fundamentais relativos
às operações de transporte, com o intuito de identificar os modais mais
eficientes e econômicos para a realidade da empresa.
Um aspecto importante nesse contexto é a análise detalhada dos
custos de transportes, pois isso permitirá a detecção de oportunidades
para a redução de despesas, talvez por meio de negociações de tarifas
ou consolidação de cargas.
Em relação à armazenagem e estocagem, um reprojeto dos objetivos
da armazenagem deve ser realizado, direcionando o foco à rapidez de
acesso aos produtos mais vendidos e à eficiência do uso do espaço.
Isso pode incluir a reestruturação dos tipos de armazéns e a
implementação de novos equipamentos de armazenagem, como
sistemas automatizados. As funções da movimentação interna também
precisam ser revistas, selecionando tipos de movimentação que
beneficiem o fluxo de produtos.
Para os estoques, deve-se adotar uma classificação estratégica que
diferencie produtos com alta e baixa rotatividade, aplicando uma
tipologia de estoques que permita um manejo mais eficaz dos
inventários. Além disso, é crucial a implantação de sistemas de gestão
de estoque que forneçam dados em tempo real, facilitando a tomada de
decisões rápidas e informadas.
Dê o play!
Assimile
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo:
Saraiva Uni, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos:
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2015. 
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e
logística: integração na era da indústria 4.0. São Paulo: Grupo GEN,
2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:
uma introdução. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/o custo logístico do
modal rodoviário.
Outro ponto a ser destacado é o roubo de cargas, pois, de acordo com
a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), esse tipo de
infração apresentou um constante crescimento nos últimos anos.
Por ser um modal com maior velocidade e planejamento de rota
flexível, é recomendado para o transporte à curta distância de produtos
acabados, com alto valor agregado. Além dessas características, é
possível ressaltar algumas vantagens e desvantagens do modal
rodoviário, como mostra o Quadro 1, a seguir.
Quadro 1 | Vantagens e desvantagens do modal rodoviário. Fonte:
elaborado pelo autor.
Em 2022, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou que
62,1% das principais rodovias do país apresentam problemas. A
pesquisa avaliou 98.475 quilômetros (48,4% de todas as vias
asfaltadas no Brasil) de estradas federais e estaduais, sob
administração pública ou concessão (setor privado).
Vantagens Desvantagens
Acessibilidade, pois consegue
chegar a quase todos os lugares do
território brasileiro.
Maior investimento do governo na
infraestrutura das rodovias, em
comparação aos outros modais.
Flexibilidade para organizar a rota.
Alto custo de frete por causa do
impacto direto que pedágios e o alto
valor do combustível exercem.
Facilidade para contratar ou
organizar o transporte.
Maiores chances de extravio de carga
por roubos e acidentes.
Maior possibilidade de controle no
tempo de entrega confiável.
Muito poluente, com forte impacto
ambiental.
Integração de todos os estados
brasileiros.
Baixa capacidade de carga, com
limitação de volume e peso.
O estudo identificou que há uma diferença substancial entre as
rodovias que estão sob os cuidados do governo federal e as que estão
sob os cuidados do setor privado, uma vez que, no que se refere às
vias sob concessão, os resultados indicaram que 48% são
consideradas ótimas, 38,9% boas, 12% regulares e apenas 1,1% são
vistas como vias ruins.
Já nas rodovias sob gestão pública (federal ou estadual), somente
5,6% foram consideradas ótimas, 28,2% boas, 34,25% regulares,
21,5% ruins, e os que classificaram as vias como péssimas somaram
10,5%.
Por sua vez, o modal ferroviário, quando comparado com o rodoviário,
é mais eficaz para transportar cargas de baixo valor agregado e
grandes volumes, como commodities. O modal ferroviário também se
mostra mais apropriado para o transporte de mercadorias em longas
distâncias, além de poder ser adaptado para transportar outros tipos de
carga, como automóveis.
Contudo, a movimentação de cargas pelas ferrovias no Brasil é baixa e
direcionada a apenas alguns produtos, com destaque para o minério de
ferro. A falta de integração da malha ferroviária com os portos e os
principais centros consumidores deve ser sinalizada como ponto
negativo e com grande influência para a baixa movimentação de
cargas.
Além dessas características, é possível apontar algumas vantagens e
desvantagens do modal ferroviário, como indica o Quadro 2, a seguir.
Quadro 2 | Vantagens e desvantagens do modal ferroviário.
Fonte: elaborado pelo autor.
O modal aquaviário é aquele em que se utiliza o meio aquático, natural
ou artificial, para a movimentação de cargas ou passageiros.
Entretanto, a participação desse modal na matriz de transportes
brasileira é restringida por várias razões, o que exige o uso de outro
modal de transporte, de forma combinada, ou seja, por meio da
intermodalidade ou multimodalidade.
Além disso, o transporte aquático é, na maior parte dos casos, mais
lento que o modal ferroviário. Porém os custos de danos e perdas do
transporte aquático são considerados baixos quando comparados aos
de outros modais, pois não é dada maior importância a danos físicos
em mercadorias de baixo valor, e as perdas decorrentes de atrasos não
são grandes (compradores costumam manter grandes inventários).
Queixas envolvendo o transporte de mercadorias de alto valor, como no
caso do transporte oceânico, podem abranger valores elevados, mas a
ocorrência desse tipo de situação é bastante baixa.
Vantagens Desvantagens
Baixo custo, porque tem pouca
incidência de taxas e utiliza
combustíveis mais baratos.
Baixa velocidade com que os trens
trafegam nas vias férreas.
Grande capacidade de carga. Rotas fixas e inalteráveis.
Menor risco de acidentes e maior
segurança no transporte da carga.
Necessita de outros modais para
finalizar o processo de transporte.
Nesse sentido, cabe destacar que o modal aquaviário tem potencial
para ser um dos meios mais importantes para a logística nacional.
Contudo, a infraestrutura precária e a falta de investimentos contribuem
negativamente para que o Brasil não consiga explorar todo o seu
potencial aquaviário. Para se ter uma ideia da relevância desse modal,
atualmente o transporte aquaviário de cargas corresponde a 13,6% de
toda a carga que é transportada no Brasil.
O modelo de transporte aquaviário pode ser subdividido em três
formas, como indica o Quadro 3, a seguir.
Quadro 3 | Modal aquaviário.Fonte: elaborado pelo autor.
Dando continuidade às especificidades inerentes aos modais de
transportes, o modal aéreo, embora possua o maior valor de frete
dentre todos os modais disponíveis, tem tido uma demanda crescente
no segmento de cargas com serviço regular.
A vantagem do modal aéreo reside em sua velocidade sem paralelo,
principalmente para longas distâncias. A disponibilidade e a
confiabilidade do serviço aéreo podem ser consideradas boas sob
condições normais de operação, e a variabilidade do tempo de entrega
é baixa em termos absolutos, apesar de o tráfego aéreo ser muito
sensível a falhas mecânicas, condições meteorológicas e
congestionamentos. Ao comparar sua variabilidade com seu tempo
médio de entrega, a situação se inverte, pois o modal aéreo se
apresenta como um dos menos confiáveis.
Modal
aquaviário
Fluvial ou hidroviário Utilizando as hidrovias e rios navegáveis.
Lacustre Transporte que se dá por meio de lagos.
Marítimo
Longa
distância
Transporte no mar entre diferentes países
e/ou continentes.
Cabotagem
Navegação entre portos de um mesmo país
ou a distâncias pequenas, dentro das águas
costeiras.
Entretanto, a capacidade do transporte aéreo foi sempre limitada pelas
dimensões físicas dos porões e pela capacidade de carga dos aviões.
Essas restrições passam a ser amenizadas à medida que aeronaves
maiores entram em serviço. O transporte aéreo é vantajoso em termos
de perdas e danos.
Nesse contexto, para se medir a qualidade do serviço oferecido pelos
diferentes modais de transporte, normalmente avaliam-se cinco
dimensões principais: tempo de entrega médio (velocidade),
variabilidade do tempo de entrega (consistência), capacidade de
movimentação, disponibilidade e frequência, como pode ser observado
na Figura 1, a seguir.
Figura 1 | Comparativo entre modais. Fonte: elaborada pelo autor.
Durante a escolha do modal, ainda existe a possibilidade de optar por
mais de um tipo de transporte, a fim de que se possa buscar uma
melhor flexibilidade e adequação ao produto e/ou processo. É essa
abordagem que denominamos multimodalidade e intermodalidade.
As duas estratégias, isto é, tanto a intermodalidade quanto a
multimodalidade, consistem na utilização de mais de um tipo de modal
para o transporte de uma determinada mercadoria. O que as difere é
que na intermodalidade a emissão de documentos de transporte é
independente. Ou seja, para cada modal de transporte usado, emite-se
um conhecimento de transporte. Já na multimodalidade, emite-se
apenas um conhecimento ou documento de transporte, que
acompanhará a mercadoria até o seu destino. Tal documento é emitido
pelo operador de transporte multimodal (OTM).
 
Siga em Frente...
Estratégias para a otimização do transporte
Em relação ao aspecto qualitativo, os sistemas de transporte devem
disponibilizar serviços que superem as expectativas dos clientes. Além
de ser um diferencial competitivo, o aprimoramento da qualidade no
transporte pode ser revertido em redução do custo do produto final,
bem como em diminuiçãodos custos de transação ou das perdas, por
exemplo. Entretanto, há uma série de fatores que comprometem o
funcionamento adequado desse sistema.
Dentre os principais problemas existentes na gestão de transporte de
carga, podem-se destacar a demora na entrega de produtos, itens com
defeitos gerados pelo mau acondicionamento da carga e o atraso no
processo de expedição. Além disso, é possível apontar complicações
nas estruturas para o escoamento da produção, como falta de rodovias
com excelentes níveis de qualidade, falta de área de descanso para
motoristas, frete baixo, risco iminente de roubos e assaltos, etc.
De modo geral, há uma gama de fatores que provocam direta e
indiretamente a falha de todo o processo logístico da atividade de
transporte. Uma das possibilidades mais viáveis para minimizar o
impacto desses problemas é a roteirização de transportes.
A roteirização de transportes é um conjunto de métodos para
estabelecer a melhor sequência de entrega e coleta de produtos.
Outra estratégia plausível é a utilização da metodologia milk run.
Nesse processo, os caminhões de entrega percorrem apenas um único
trajeto diário, encaixando no início dessa rota os diversos fornecedores
e, no final, os clientes.
O milk run é entendido como um trabalho em conjunto entre o cliente e
o fornecedor, com atividades coordenadas pela área de logística.
Nessa abordagem, todo mundo ganha! O cliente possui um serviço
programado, e os fornecedores mantêm e gerenciam estoques
estrategicamente.
Por fim, outra estratégia adotada para otimizar as operações de
transportes é o outsourcing, ou seja, a desverticalização das operações
de transporte. Funciona assim: imagine uma empresa que
eventualmente não possua grande experiência em operações de
transporte, ou que, para se tornar mais eficiente, precise aumentar sua
frota. Nas duas situações, os gestores podem optar pela contratação de
uma empresa terceirizada, isto é, de um prestador de serviços
logísticos.
Isso permite afirmar que a empresa descentralizará um centro de custo
interno que vem lhe causando problemas (atrasos, avarias e
insatisfação dos clientes) e o transformará em um centro de custo
externo, por meio da utilização de serviços de empresas que possuam
mais expertise nesse modelo de operação.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Para solucionar os problemas apresentados no nosso
estudo de caso, você pode considerar as seguintes estratégias: 
Estratégia multimodal: para superar os desafios, a empresa
decide implementar uma estratégia de transporte multimodal,
combinando diferentes modais de transporte (rodoviário,
ferroviário e aquaviário) para otimizar a eficiência logística. Essa
abordagem permite explorar as vantagens de cada modal, como o
custo mais baixo e a capacidade de carga do transporte ferroviário
para longas distâncias, e a flexibilidade e acessibilidade do
transporte rodoviário para entregas finais.
Otimização de rotas e roteirização: a empresa investe em
tecnologias avançadas para a roteirização de transportes,
utilizando um software de gestão logística para estabelecer as
melhores sequências de entrega e coleta de produtos. Isso
minimiza os tempos de viagem, reduz o risco de atrasos e otimiza
o uso de recursos.
Parcerias com prestadores de serviços logísticos: para
aumentar a eficiência e reduzir os custos, a empresa opta por
fazer o outsourcing de parte de suas operações de transporte para
empresas terceirizadas especializadas. Tal medida permite
acessar uma frota diversificada e adaptada às necessidades
singulares dos diferentes tipos de cargas e destinos, além de
aproveitar a expertise dessas empresas na gestão de riscos, como
o roubo de cargas.
Implementação do conceito de milk run: para otimizar ainda
mais a coleta e entrega de produtos, a empresa adota a
metodologia milk run, especialmente para gerenciar a coleta de
matérias-primas de seus fornecedores. Isso reduz a necessidade
de manter grandes estoques, diminui os custos de transporte e
melhora a eficiência do processo de suprimento.
Investimento em sustentabilidade: reconhecendo a importância
de minimizar o impacto ambiental de suas operações, a empresa
deseja incorporar veículos mais eficientes e com menores
emissões de CO2, além de priorizar modais de transporte com
menor impacto ambiental, como o ferroviário e o aquaviário,
quando possível. 
Com a implementação dessas estratégias, espera-se que a empresa
melhore significativamente a eficiência de suas operações de
transporte, reduza os custos logísticos e minimize o impacto ambiental.
Além disso, a adoção de uma abordagem multimodal e a parceria com
prestadores de serviços logísticos especializados devem contribuir para
um melhor nível de serviço ao cliente, aumentando a satisfação e a
lealdade dos consumidores. Essas melhorias posicionarão a empresa
de maneira mais competitiva no mercado, cooperando para sua
lucratividade e crescimento sustentável.
Saiba Mais
Você já ouviu falar sobre uma estratégia de transporte de mercadorias
chamada transit point? Essa metodologia envolve o transporte de
produtos do fornecedor ou fabricante diretamente para o varejista ou
cliente, com tempo mínimo de armazenamento. Em outras palavras, um
“ponto de trânsito” é um local onde as mercadorias são recebidas,
reagrupadas e enviadas sem que sejam armazenadas por um longo
período. Para que você possa compreender melhor o funcionamento
desse sistema, acesse o vídeo sugerido a seguir.
O QUE é transit point? como funciona?
Referências Bibliográficas
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo:
Saraiva Uni, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos:
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2015. 
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e logística:
integração na era da indústria 4.0. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-
book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
O QUE é transit point? como funciona? [S. l.]: Ser Logístico, 8 fev.
2021. 1 vídeo (8min10s). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?=MbVleJyntV8. Acesso em: 3 fev.
2024. 
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:
uma introdução. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
https://www.youtube.com/watch?v=MbVleJyntV8
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/
https://www.youtube.com/watch?v=MbVleJyntV8
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/
Aula 2
ARMAZENAGEM
Armazenagem
Olá, estudante! Bem-vindo a esta videoaula em que investigaremos a
armazenagem e seus consequentes processos e fluxos. Este conteúdo
demonstrará como essa importante atividade logística é uma área
dinâmica, que desafia constantemente os profissionais a inovarem e se
adaptarem a novas tecnologias e metodologias. Seja na busca pela
eficiência operacional, na redução de custos ou na melhoria da
satisfação do cliente, os conhecimentos adquiridos nesta etapa de
aprendizagem serão ferramentas valiosas em seu arsenal profissional.
Encorajo você a se engajar ativamente nesta videoaula, entendendo
como esses princípios podem ser aplicados a diferentes contextos e
setores. Vamos juntos descobrir o impacto transformador que uma
gestão de armazenagem eficaz pode ter sobre o mundo dos negócios.
Ponto de Partida
Olá, estudante! Você, em algum momento, já parou para pensar em
como a armazenagem interfere diretamente no desempenho logístico e
na satisfação do cliente? Como podemos otimizar o uso do espaço
disponível? De que maneira os diferentes tipos de armazéns
influenciam a eficiência dos processos logísticos? Como os fluxos de
armazenagem podem ser organizados para maximizar a produtividade
e minimizar os riscos?Nunca refletiu sobre essas questões?
Então, seja bem-vindo a uma aula essencial para o seu processo de
aprendizagem, a qual abordará temas fundamentais na área de
armazenagem. Nesta etapa de estudos, vamos aprofundar nosso
entendimento sobre os conceitos básicos de armazenagem, explorar os
objetivos que orientam a organização dos armazéns, os diferentes tipos
de armazéns disponíveis, o fluxo e os processos inerentes à
armazenagem, além das estruturas físicas que suportam essas
operações. Compreender esses elementos é crucial para qualquer
profissional que busca excelência na gestão de operações logísticas,
pois armazenagem não é apenas sobre guardar produtos; é sobre
otimizar espaços e processos para alcançar eficiência, segurança e
redução de custos.
Para que você possa colocar em prática esses aprendizados, imagine a
seguinte situação: você auxiliará os proprietários de uma empresa de
fabricação de eletrodomésticos que atualmente enfrenta desafios
significativos na gestão de seu inventário e na eficiência de suas
operações de armazenagem.
Contando com uma ampla gama de produtos, os quais incluem itens de
alta demanda e outros com demanda sazonal, a empresa luta para
manter níveis de estoque adequados, sem incorrer em custos
excessivos de armazenagem.
Além disso, a localização geográfica de seus fornecedores e a variação
no lead time de entrega complicam ainda mais a tarefa de alinhar o
suprimento com a demanda de maneira eficiente. Como resultado, a
empresa frequentemente lida com problemas relativos ao excesso de
estoque de alguns itens, enquanto outros produtos ficam em falta, o
que afeta a satisfação do cliente e a eficiência operacional.
Como podemos resolver essas complicações? Quais estratégias
podem ser sugeridas aos gestores para que tais desafios sejam
solucionados?
E então, preparado? Vamos lá!
Vamos Começar!
Armazenagem: conceitos fundamentais
Olá! Você sabia que muitas organizações estão buscando a eliminação
da operação de armazenagem por meio da aplicação da prática do Just
in Time (JIT), alinhando as necessidades da empresa, a demanda em
tempo e a quantidade? Contudo, nem sempre é possível trabalhar com
essa estratégia por causa de algumas questões relativas a processos,
produtos, fornecedores, localizações, lead time, entre outros fatores.
As operações de armazenagem são fundamentais para o sucesso das
empresas, especialmente aquelas que dependem de uma cadeia de
suprimentos eficiente para movimentar produtos desde o fabricante até
o consumidor final. A importância dessas operações pode ser
observada em várias dimensões, incluindo a eficiência operacional, a
satisfação do cliente, a gestão de estoques e a capacidade de resposta
às flutuações do mercado.
Nesse contexto, as organizações se utilizam desse processo com o
objetivo de atender às necessidades dos clientes. Desse modo, pode-
se afirmar que a armazenagem é uma estratégia adotada pelas
empresas para que possam satisfazer e entregar o nível de serviço
definido junto ao seu mercado.
Porém, em um primeiro momento, é fundamental considerar que
armazenagem é diferente de estocagem. Qual a diferença entre esses
conceitos?
A armazenagem inclui todas as atividades de um ponto destinado à
guarda temporária e à distribuição de materiais. Como exemplo,
podemos citar o arroz e o feijão que compramos no mercado e
mantemos na despensa ou no armário da cozinha de nossa casa.
Depois de concluir suas compras, você provavelmente verificará o
produto, decidirá onde guardá-lo e como será acondicionado (na
própria embalagem ou em um pote), e o levará ao local de guarda até o
momento de sua utilização, sempre controlando a quantidade usada
para que não falte na hora desejada. Todo esse processo faz parte da
armazenagem.
Já a estocagem consiste na guarda física dos produtos ou materiais.
Ou seja, a estocagem é uma parte da armazenagem. Considerando o
exemplo do arroz e feijão, esse processo é a guarda física
(literalmente) do produto na despensa ou no armário da cozinha.
De outro modo, podemos definir a armazenagem de forma genérica e
ampla, de maneira que inclua todas as atividades de um ponto
destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais (depósitos,
centros de distribuição, etc.). A estocagem, por sua vez, pode ser
entendida como uma das atividades do fluxo de materiais no armazém
e no ponto destinado à alocação estática dos materiais. Dentro de um
armazém, podem existir vários pontos de estocagem.
A armazenagem serve de apoio ao desempenho das atividades
primárias da logística, abrangendo a administração dos espaços
necessários para manter os materiais estocados, os quais podem ser
representados tanto pela própria fábrica quanto por locais externos
(centros de distribuição).
Essa prática também envolve aspectos como localização,
dimensionamento, arranjo físico, equipamentos e pessoal
especializado, recuperação de estoque, projeto de docas ou baías de
atracação, embalagens, manuseio, necessidade de recursos
financeiros e humanos, entre outros elementos.
Objetivos da armazenagem e tipos de armazéns
Outro fator importante a ser considerado é o tipo de serviço ofertado,
ou seja, a qual objetivo se destina o armazém, uma vez que essa
informação orientará as estratégias de gestão do espaço de
armazenagem e ajudará a definir quais equipamentos, estruturas e mão
de obra serão necessários. Nesse contexto, os tipos de serviços, ou
objetivos, a serem entregues pelos depósitos, ou armazéns, aos
usuários são os seguintes: 
Abrigo de produto: armazéns providenciam proteção para as
mercadorias, além de longas listas de serviços associados, como
manutenção dos registros
(inventário), rotação de estoques e reparos.
Consolidação: se as mercadorias são originárias de diversas
fontes (locais diferentes), a empresa pode economizar no
transporte caso as entregas sejam agregadas/consolidadas.
Transferência e transbordo: significa desagregar ou fracionar
quantidades transferidas em grandes volumes para as
quantidades menores demandadas pelo cliente. Essa atividade é
oposta à consolidação.
Agrupamento: um uso especializado para depósitos é o
agrupamento de itens por produto. 
Compreender os objetivos que os armazéns se destinam a cumprir é de
fundamental importância, uma vez que alguns depósitos prestam
apenas um ou outro tipo de serviço. Já alguns se dedicam a fornecer
todos os serviços relacionados anteriormente. Entender quais objetivos
devem ser satisfeitos é essencial tanto para o planejamento de toda a
estrutura quanto para a sua gestão.
Diante desse cenário, é preciso evidenciar, ainda, que existem cinco
tipos básicos de armazéns, os quais são classificados em função dos
produtos que abrigam da seguinte maneira: 
Armazéns de commodities: especializam-se no manuseio e na
armazenagem de produtos-padrão (commodities), como madeira,
algodão, tabaco, etc.
Armazéns para granéis: concentram-se no manuseio e na
armazenagem de produtos granelizados, como produtos químicos,
xaropes, etc.
Armazéns frigorificados: são depósitos refrigerados. Servem para
guardar perecíveis, como frutas, vegetais, comidas refrigeradas
e/ou congeladas, além de alguns produtos químicos e
farmacêuticos.
Armazéns para utilidades domésticas e mobiliários: seus principais
clientes são empresas que distribuem miudezas de uso caseiro, e
não os fabricantes de móveis.
Armazéns de mercadorias em geral: acomodam um amplo leque
de itens, não exigindo facilidades ou equipamentos
especializados. 
Fluxo e processos da armazenagem
E quais são os processos e as atividades existentes dentro da
armazenagem?
A Figura 1, a seguir, exibe um leiaute, em forma de “U”, que contempla
os principais processos de um armazém.
Figura 1 | Fluxo de operações versus processos do armazém. Fonte: elaborada pelo autor.
Recebimento: compreende todas as atividades envolvidas na
aceitação de materiais a serem armazenados, como: receber e
atracar o veículo; fazer checklist e descarregar o veículo; receber
o material físico e fiscal; conferir a carga; identificar e distribuiro
material.
Put away: abrange atividades de pre-packaging (paletização,
repaletização, aplicação de filmes plásticos, colocação de
etiquetas, etc.), leitura do código de barras, definição do local de
endereçamento do material, movimentação do palete até a área
de estocagem.
Estocagem: consiste no ponto destinado à alocação estática dos
materiais. Dentro de um armazém, podem existir vários pontos de
estocagem.
Separação ou picking: é a retirada dos itens em estoque para o
atendimento de uma demanda específica. Inclui a coleta,
separação e preparação de pedidos segundo a necessidade de
cada cliente.
Stage out: local destinado aos materiais ou produtos que estão em
processo de expedição, com a finalidade de otimizar o uso dos
equipamentos de movimentação, mão de obra e a capacidade de
transporte do veículo de carga.
Expedição: é a última fase do ciclo do armazém, executada antes
do carregamento e embarque do produto para o cliente ou da
entrega do material para a produção.
Cross docking: operação de rápida movimentação de produtos
acabados para a expedição entre fornecedores e clientes. Envolve
o transbordo sem estocagem.
Figura 2 | Estrutura específica para operações de cross docking. Fonte: elaborada pelo autor.
Vamos detalhar algumas outras operações que estão relacionadas,
principalmente, a modelos de operação em centros de distribuição
(CDs). Para tanto, aprofundaremos nossa análise sobre o conceito de
cross docking, que pode ser definido como uma operação de
cruzamento de docas. Ou seja, nessa abordagem a mercadoria chega
ao CD, e o produto não é estocado, mas sim separado em lotes
menores e despachado, em uma operação também conhecida como
baldeação. Essa técnica pode ser utilizada tanto para o fracionamento
quanto para consolidar cargas.
Também é válido mencionar o sistema merge in transit, em que o
produto passa a ser montado ao longo da cadeia. Nesse caso, os
componentes chegam separados, e o local físico (CD) é utilizado para o
agrupamento desses itens e para posterior montagem, de acordo com
o pedido dos clientes. Um exemplo que se encaixa nesse tipo de
operação é o do segmento de computadores, que somente são
montados momentos antes do despacho.
Siga em Frente...
Estruturas de armazenagem
Agora, vamos conhecer algumas estruturas de armazenagem.
Estrutura porta-paletes: é o sistema mais universal para o acesso
direto e unitário a cada palete. Trata-se de uma solução ótima para
armazéns nos quais é necessário armazenar produtos paletizados
com uma grande variedade de referências. A distribuição e a altura
das estantes são determinadas em função das características das
empilhadeiras, dos elementos de armazenagem e das dimensões
do local.
Estrutura drive-in: a partir do drive-in, a armazenagem é feita por
acumulação, o que facilita a máxima utilização do espaço
disponível, tanto em superfície como em altura. São usadas
estantes adequadas para produtos homogêneos com baixa
rotação e grande quantidade de paletes por referência.
Estrutura dinâmica: consiste em um sistema ideal para armazéns
de produtos perecíveis, o qual é aplicável a qualquer setor da
indústria ou da distribuição (alimentação, setor automobilístico,
indústria farmacêutica, química, etc.). Suas estantes são
constituídas por uma plataforma de roletes, com uma ligeira
inclinação que permite o deslizamento dos paletes, por gravidade
e com velocidade controlada, até o extremo oposto.
Push back: é um sistema de armazenamento por acumulação que
possibilita armazenar até quatro paletes em profundidade a cada
nível. Todos os paletes de um mesmo nível, com exceção do
último, se assentam sobre um conjunto de carros que se
deslocam, por empurro, sobre os carros de rodagem. É um
modelo ideal para a armazenagem de produtos de média rotação,
com dois ou mais paletes por referência.
Flow rack: sistema similar ao das estruturas dinâmicas, porém sua
utilização não é direcionada para paletes, e sim para unidades
menores, geralmente caixas.
Cantilever: estrutura utilizada para a armazenagem de unidades
de carga de grande longitude ou com medidas variadas.
Caracteriza-se como uma estrutura muito simples, composta por
colunas e uma série de braços em balanço, sobre os quais a carga
é depositada. Em função da altura e do peso da mercadoria, pode-
se eleger entre a estante leve ou a pesada. Ambas oferecem a
possibilidade de situar os níveis de apenas um lado ou de ambos
os lados da estrutura. A manipulação da carga pode acontecer
manualmente, quando há pouco peso, ou mediante empilhadeira e
meios de elevação apropriados, para cargas pesadas.
Armazéns autoportantes: são grandes obras de engenharia nas
quais as próprias estantes fazem parte do sistema construtivo do
edifício, junto com as laterais e a cobertura. As estantes suportam
as cargas das mercadorias e dos diversos elementos da
construção. Além disso, há esforços gerados pelos meios de
movimentação de carga e dos agentes externos: força do vento,
sobrecarga da neve, movimentos sísmicos, etc. A altura desses
armazéns somente é limitada pelas normas locais ou pela altura
de elevação das empilhadeiras ou transelevadores.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Para solucionar os desafios apresentados
anteriormente, a empresa deve implementar uma estratégia de
armazenagem que incorpore os seguintes elementos:
Análise e segmentação de inventário: é possível utilizar o princípio
ABC para categorizar os itens de inventário com base em sua
importância e demanda. Isso permitirá que a empresa direcione
recursos de armazenagem aos itens mais críticos e de maior
rotatividade, enquanto reduz o espaço e os recursos dedicados a
itens menos demandados.
Técnicas de Just in Time (JIT): embora a eliminação completa das
operações de armazenagem não seja viável para a empresa por
causa das complexidades mencionadas, a implementação de
princípios JIT para itens de alta demanda e curto lead time pode
reduzir significativamente a necessidade de espaço de
armazenamento e custos associados. Para desenvolver essa
proposta, será preciso estreitar a colaboração com fornecedores
para garantir entregas mais frequentes e em quantidades
alinhadas com a demanda real.
Adoção de estratégias de cross docking: para itens com demanda
previsível ou sazonal, a empresa pode se beneficiar da
implementação de operações de cross docking. Isso minimizará a
necessidade de armazenamento, permitindo que os produtos
sejam redistribuídos diretamente para os clientes ou para as lojas
de varejo assim que chegarem, o que também reduzirá o tempo
de armazenagem e os custos.
Investimento em tecnologia e automação: a empresa deve investir
em sistemas de gestão de armazéns (WMS) e soluções de
automação, como estruturas dinâmicas e porta-paletes, para
otimizar a estocagem e recuperação de itens. Essas tecnologias
podem melhorar a precisão do inventário, diminuir erros e
aumentar a eficiência operacional.
Flexibilização das estruturas de armazenagem: consiste em utilizar
estruturas de armazenagem modulares e ajustáveis, como
cantilever e estruturas drive-in, para acomodar a variação nos
tipos e tamanhos de produtos. Isso permitirá uma adaptação
rápida às mudanças na demanda e nos tipos de produtos
armazenados.
Capacitação e treinamento de equipe: deve-se investir no
treinamento e desenvolvimento de equipes especializadas em
operações de armazenagem e logística. Uma equipe bem treinada
pode melhorar significativamente a eficiência das operações de
armazenagem, desde o recebimento até a expedição.
Ao implementar essas estratégias, a empresa pode aperfeiçoar
significativamente a eficiência de suas operações de armazenagem,
reduzir custos, melhorar a satisfação do cliente e aumentar sua
capacidade de responder às flutuações do mercado de forma mais ágil
e eficaz.
Saiba Mais
Você, para além da teoria, conhece as estruturas de armazenagem?
Para que você possa aprender mais detalhes importantes sobre os
elementos da armazenagem, suas principais características e
aplicabilidades, assista ao conteúdo recomendado a seguir.
ESTRUTURASde armazenagem logística (aula completa).
Referências Bibliográficas
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo:
Saraiva Uni, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos:
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2015. 
https://www.youtube.com/watch?v=9HUSHbV3Vbs/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e
logística: integração na era da indústria 4.0. São Paulo: Grupo GEN,
2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
ESTRUTURAS de armazenagem logística (aula completa). [S. l.]:
SAC Logística, 29 maio 2021. 1 vídeo (29min18s). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=9HUSHbV3Vbs/. Acesso em: 3 fev.
2024. 
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:
uma introdução. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
Aula 3
MOVIMENTAÇÃO
Movimentação
Olá, estudante! Nesta videoaula aprofundaremos nosso entendimento
sobre conceitos fundamentais da movimentação, explorando seus
benefícios e funções primordiais. Descobriremos quais são os
diferentes tipos e equipamentos de movimentação, e saberemos como
aplicá-los de forma eficaz em seu ambiente de trabalho. Este conteúdo
é crucial para otimizar processos, garantir segurança e melhorar a
eficiência operacional. Prepare-se para adquirir conhecimentos que
elevarão sua prática profissional a um novo patamar. Não perca esta
oportunidade de aprendizagem!
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/
https://www.youtube.com/watch?v=9HUSHbV3Vbs/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Em algum momento, você já parou para
pensar em como podemos otimizar a movimentação dentro das
operações para alcançar máxima eficiência e segurança? E quais
seriam os benefícios dessa otimização? Se você deseja saber quais
são as respostas para esses questionamentos, seja bem-vindo a esta
aula, na qual investigaremos os fundamentos e práticas essenciais da
movimentação. Vamos explorar conceitos-chave que formam a base de
uma movimentação eficaz, além de conhecer os inúmeros benefícios
que ela traz não apenas para as operações logísticas, mas também
para a eficiência e segurança no ambiente de trabalho.
Discutiremos, ainda, sobre as diversas funções da movimentação
dentro de uma organização e examinaremos os diferentes tipos e
equipamentos de movimentação utilizados em variados contextos
industriais e comerciais.
Para trazer à prática esses aprendizados, imagine a seguinte situação:
você, que atua como consultor, foi contratado por um armazém de
médio porte especializado na distribuição de componentes eletrônicos.
Os gestores dessa instituição observaram um aumento significativo nos
tempos de atendimento dos pedidos, o que impactou negativamente a
satisfação do cliente e elevou os custos operacionais.
A análise inicial apontou que o problema residia na ineficiente
movimentação de mercadorias dentro do armazém. Identificou-se que a
falta de planejamento na localização dos itens mais vendidos resultava
em deslocamentos desnecessários dos funcionários, além de atrasos
na preparação e expedição dos pedidos.
Além disso, o uso predominante de movimentação manual contribuía
para a ocorrência de erros e atrasos, bem como para o aumento do
risco de lesões entre os trabalhadores.
Diante desse cenário, quais seriam as suas sugestões para que a
empresa possa resolver os desafios descritos?
E então, preparado? Vamos lá!
Vamos Começar!
Movimentação: conceitos fundamentais
Por movimentação entende-se o deslocamento de matérias-primas,
materiais em processo, produtos acabados ou qualquer outro insumo
demandado em decorrência da operacionalização da empresa em uma
pequena ou média distância dentro de uma área delimitada, a qual, na
maior parte dos casos, restringe-se a uma determinada planta
produtiva.
A movimentação de mercadorias em um armazém é uma atividade de
importância substancial e que exerce impacto direto sobre a eficiência
operacional e a competitividade de uma empresa no mercado. Essa
relevância pode ser analisada sob várias perspectivas, incluindo a
gestão de estoque, a satisfação do cliente, a otimização de custos e a
capacidade de resposta às mudanças do mercado. Vamos analisar
esses aspectos de maneira mais detalhada a seguir. 
Benefícios de uma movimentação eficaz
Gestão de estoque: uma movimentação eficiente de mercadorias
permite uma gestão de estoque mais precisa e eficaz. Uma das
vantagens é saber exatamente o que está disponível, onde um
item está localizado dentro do armazém e quanto do produto
existe em estoque. Tal precisão minimiza os erros de estoque,
reduz o excesso ou a falta de produtos e garante que os pedidos
dos clientes sejam atendidos prontamente e sem atrasos.
Satisfação do cliente: a capacidade de processar pedidos de modo
rápido e com precisão é diretamente influenciada pela eficiência
na movimentação de mercadorias. Quando os produtos são
facilmente acessíveis e podem ser movimentados sem
complicações, o tempo de preparação e envio de pedidos é
reduzido. Isso eleva a satisfação dos consumidores, pois eles
recebem suas encomendas no prazo prometido, o que é um fator
crítico para a retenção de clientes e a atração de novos negócios.
Otimização de custos: a movimentação eficiente de mercadorias
também contribui para a otimização de custos operacionais. Ao
reduzir o tempo necessário para mover produtos do estoque até a
área de expedição, por exemplo, é possível diminuir a mão de
obra requerida. Além disso, a minimização de danos aos produtos
durante a movimentação pode resultar em economias
significativas, evitando perdas e a necessidade de reposição de
estoque.
Capacidade de resposta às mudanças do mercado: em um
ambiente de negócios que está sempre mudando, a habilidade de
adaptar-se rapidamente às novas demandas do mercado é crucial
para manter a competitividade. Uma movimentação de
mercadorias eficiente permite a flexibilidade necessária para
ajustar os níveis de estoque, introduzir novos produtos de maneira
ágil e retirar os obsoletos de forma eficaz. Isso assegura que a
empresa possa responder às tendências de mercado com
velocidade, mantendo-se à frente da concorrência.
Tecnologia e inovação: o uso de tecnologias avançadas, como
sistemas de gerenciamento de armazéns (Warehouse
Management Systems – WMS), robótica e soluções de
automação, pode aprimorar significativamente a movimentação de
mercadorias. Essas tecnologias aumentam a precisão, a
velocidade e a eficiência, reduzindo erros humanos e otimizando o
uso do espaço no armazém.
Ou seja, as operações de movimentação de mercadorias em um
armazém não apenas configuram uma questão de logística interna,
mas também constituem-se como um componente crítico que afeta a
competitividade de uma empresa.
Desse modo, investir em práticas eficientes de movimentação de
mercadorias e na adoção de tecnologias inovadoras pode levar a
melhorias significativas em satisfação do cliente, eficiência operacional,
redução de custos e adaptabilidade ao mercado. Portanto, empresas
que priorizam e aprimoram continuamente suas operações de
movimentação de mercadorias estão mais bem posicionadas para
alcançar sucesso sustentável no mercado atual, marcado pela
concorrência.
Considerando os aspectos descritos anteriormente e a importância da
movimentação dentro da organização, é evidente que essa atividade
deve ser gerida de forma acertada e estratégica, na intenção de
maximizar a utilização dos recursos nela empregados e, por outro lado,
minimizar os custos resultantes desses processos, como também
garantir a integridade das pessoas e materiais.
Nesse sentido,os primeiros aspectos que devem ser observados são a
continuidade das movimentações e a economia em escala em todo o
armazém ou empresa. Isso significa que as movimentações não devem
ocorrer de maneira aleatória ou arbitrária. Deve existir um planejamento
das ações, a fim de utilizar os recursos do melhor modo, evitando
desperdícios de tempo e dinheiro.
Vamos considerar uma empresa que não planeja suas movimentações.
Provavelmente existiriam funcionários andando de um lado para o outro
aleatoriamente, rodinhas de conversas improdutivas ou, ainda, a
movimentação de peças e produtos sem que existisse demanda para
tal. Será que essas práticas agregariam valor à empresa? Dentro dos
conceitos de gestão estratégica, esses procedimentos estariam
corretos? É claro que não, não é?
Entretanto, infelizmente essa atividade ainda não é planejada em boa
parte das empresas, como costuma acontecer em processos produtivos
(manufatureiros), que ficam parados, aguardando componentes para
processar. 
Funções da movimentação
Podemos apontar a movimentação como uma importante atividade de
apoio, cujo princípio é facilitar outras atividades. Imagine uma
movimentação que disponibilize um produto em uma localização não
planejada e não identificada. No momento em que esse produto for
requisitado, a sua procura gerará perda de tempo, e provavelmente
teremos novas movimentações para corrigir e disponibilizar o item no
local certo.
Dessa forma, a movimentação de materiais (consideraremos como
materiais qualquer objeto a ser movimentado) tem as seguintes
funções:
Movimento: deslocamento de peças, materiais e produtos
acabados de maneira mais eficiente.
Lugar: responsabilidade de verificar se o material desejado foi
entregue no lugar certo.
Tempo: os materiais devem chegar ao local de trabalho, fábrica ou
cliente no momento exato.
Quantidade: é preciso providenciar, para cada operação, a
quantidade exata dos materiais necessários.
Siga em Frente...
Tipos e equipamentos de movimentação
Mas como a movimentação dos materiais pode ser realizada?
A movimentação pode ocorrer de três formas. Acontece manualmente
quando as operações são executadas pelo homem, sem auxílio de
qualquer equipamento motorizado ou não. Em alguns segmentos, ainda
é comum encontrar esse tipo de movimentação. Porém deve-se
considerar que o manuseio de cargas é responsável por grande parte
dos traumas musculares entre os trabalhadores. Aproximadamente
60% dos problemas musculares são causados por levantamento de
cargas e 20%, pela ação de puxar ou empurrar as mercadorias.
A movimentação também pode ser mecanizada, quando as operações
são efetuadas por equipamentos de movimentação de materiais e
dirigidas por homens. A decisão de mecanizar (utilizar equipamentos) a
movimentação é um dos principais pontos a serem planejados dentro
de um armazém, pois pode promover ganhos em produtividade e criar
uma condição ergonômica benéfica ao trabalhador. É importante
conhecer os tipos de equipamentos usados para a movimentação e
saber qual a sua relação com os equipamentos de armazenagem,
avaliando sua real necessidade e o custo-benefício. Vamos conhecer, a
seguir, alguns equipamentos de movimentação (mecanização do
processo).
Equipamento Descrição
Principais
equipamentos
Veículos
industriais
Veículos, motorizados ou
não, empregados para
mover cargas mistas ou
uniformes, em caminhos
variados com superfície
adequada, com as
funções principais de
manobrar e movimentar.
Empilhadeiras (frontal,
lateral, patola)
Carrinhos industriais
 Paleteira manual
Transpaleteira elétrica
Equipamento
s de
elevação e
transporte
Dispositivos aéreos
utilizados para
movimentar cargas que
variam, de maneira
intermitente, entre dois
pontos dentro de uma
área limitada. Sua função
principal é transferir.
Guindastes
Talhas
Ponte rolante
Monovia
Transportado
res
contínuos
Dispositivos motorizados
ou transportadores que
operam por meio da
gravidade. São instalados
em rotas fixas e de
movimento contínuo. Sua
Transportadores de
esteira
Transportadores de rolo
Transportadores de
Quadro 1 | Equipamentos de movimentação. Fonte: elaborado pelo
autor.
Por fim, a movimentação ainda pode ser automatizada, quando é
operada por computador. Esse tipo de movimentação possui como
característica principal o fato de existir pouca ou nenhuma interação
humana, o que contribui para reduzir significativamente os custos
relacionados a erros humanos, lesões e contaminações dos produtos,
além de otimizar o tempo de trabalho. Por essa razão, tal tipo de
movimentação é comumente utilizado por empresas que produzem
produtos alimentícios ou bebidas.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Para solucionar os problemas apresentados
anteriormente, os gestores podem recorrer às seguintes estratégias:
Reorganização do leiaute do armazém, priorizando a alocação dos
itens de maior rotatividade perto das áreas de embalagem e
expedição. Isso minimizaria o tempo de deslocamento dos
funcionários e a manipulação dos produtos, agilizando o processo
de preparação dos pedidos.
Adoção de tecnologia de movimentação mecanizada e
automatizada, a partir da implementação de equipamentos de
movimentação mecanizada, como empilhadeiras elétricas e
transpaleteiras, para o manuseio de cargas mais pesadas e
volumosas, reduzindo o esforço físico e o risco de lesões entre os
trabalhadores. Para itens de alta demanda e movimentação
função principal é
transportar.
caçamba
Plano inclinado
Elevador de canecas
constante, deve-se considerar a introdução de sistemas
automatizados, como transportadores contínuos e sistemas de
sortimento automatizado, que podem otimizar ainda mais a
movimentação interna, aumentando a eficiência e precisão na
manipulação dos produtos.
Implementação de um Sistema de Gerenciamento de Armazéns
(WMS) que integre as operações de movimentação com a gestão
de estoque, proporcionando uma visão em tempo real da
localização e da quantidade de produtos disponíveis. Isso
facilitaria a rápida localização dos itens, otimizando o processo de
picking e reduzindo os erros de expedição.
Capacitação da equipe e melhoria contínua, investindo na
capacitação dos colaboradores e fornecendo treinamento
específico sobre as novas tecnologias e equipamentos
introduzidos, bem como sobre as melhores práticas em
movimentação de mercadorias. Isso garantiria não apenas a
eficácia na utilização dos recursos, mas também a segurança no
trabalho.
Estabelecer um programa de melhoria contínua, que inclua a
revisão periódica dos processos de movimentação e uma
atualização sobre as tecnologias e equipamentos usados,
conforme necessário, garantindo que o armazém permaneça
competitivo e eficiente.
Ao implementar essas soluções, espera-se uma melhoria significativa
na eficiência operacional do armazém, o que se refletirá positivamente
na satisfação do cliente e na redução dos custos operacionais, além de
proporcionar um ambiente de trabalho mais seguro e ergonômico para
os funcionários.
Saiba Mais
Embora equipamentos de movimentação sejam comumente utilizados
no interior das empresas, alguns extrapolam esses limites (e muito!). A
cidade de Barroso-MG recebeu a maior correia transportadora
suspensa do mundo, que tem 7,2 quilômetros de extensão e
capacidade para deslocar 1.500 toneladas de calcário por hora. Uma
fábrica de cimento da cidade decidiu adotar esse sistema de transporte
com o objetivo de reduzir os impactos ambientais da região. Saiba mais
acessando a matéria.
Referências Bibliográficas
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo:
Saraiva Uni, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos:
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2015. 
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e
logística: integração na era da indústria 4.0. São Paulo: Grupo GEN,
2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/.Acesso em: 23 jan. 2024. 
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: uma
introdução. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
Aula 4
GESTÃO DE ESTOQUES
https://revistaminerios.com/maior-correia-transportadora-suspensa-do-mundo-ira-deslocar-1-500-th/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/
Gestão de estoques
Olá, estudante! Nesta videoaula adentraremos o universo da gestão de
estoque, explorando os motivos que justificam a existência de
estoques, seus diferentes tipos e a importância do entendimento da
demanda para uma gestão eficaz. Também aprofundaremos nossa
análise sobre os modelos de inventários, que representam uma peça
fundamental na otimização de recursos e maximização da eficiência
operacional. Este conhecimento é vital para sua prática profissional,
pois permite aprimorar a tomada de decisão e a sustentabilidade dos
negócios. Prepare-se para adquirir insights valiosos e habilidades
práticas. Não perca esta oportunidade de crescimento profissional.
Vamos lá!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Bem-vindo à nossa aula sobre gestão de
estoques, um tema fundamental não apenas para aqueles que buscam
excelência no ambiente corporativo, mas também para qualquer
profissional interessado em compreender como as organizações
mantêm suas operações eficientes e seus clientes satisfeitos.
Em decorrência da importância do gerenciamento eficaz dos níveis de
estoques para a entrega de um nível de serviço elevado, bem como
para a competitividade e lucratividade da organização, esta aula tem o
objetivo principal de apresentar a você não apenas os aspectos
conceituais sobre a gestão de estoques, mas também quais são os
motivos centrais que justificam a existência desses ativos nas
empresas, os diferentes tipos de estoques, a relevância de entender a
demanda na gestão de estoques e, por fim, os variados modelos de
inventários.
Para que você possa colocar em prática esses aprendizados, imagine a
seguinte situação: você auxiliará os gestores de uma empresa de
varejo cuja gestão de estoque vem enfrentando desafios significativos,
marcados por dois problemas principais: o excesso de estoque de
alguns produtos e a falta recorrente de outros.
Esse cenário tem provocado um desequilíbrio financeiro, com grande
parte do capital da empresa sendo imobilizado por produtos de baixa
rotatividade, enquanto a ausência de itens de alta demanda resulta em
oportunidades de venda perdidas e insatisfação dos clientes.
A empresa utiliza um sistema de gestão de estoque tradicional, que
opera com base em previsões de vendas históricas e não leva em
conta as flutuações sazonais ou tendências de mercado emergentes.
Além disso, há pouca comunicação entre os departamentos de
compras, vendas e logística, o que dá origem a decisões de reposição
de estoque que não estão alinhadas com a realidade da demanda
atual.
Como tais problemas podem ser resolvidos?
E então, preparado? Vamos lá!
Vamos Começar!
Gestão de estoques
Os estoques representam uma parcela significativa dos ativos das
organizações, desempenhando um papel crucial tanto na
operacionalização quanto na estratégia financeira. A gestão eficaz dos
estoques é indispensável para o equilíbrio entre a maximização da
eficiência operacional e a minimização dos custos associados à
manutenção de inventários.
A importância dos estoques para as organizações reside em sua
capacidade de assegurar a continuidade das operações. Eles atuam
como um amortecedor entre a produção e as demandas do mercado,
garantindo que os produtos estejam disponíveis para atender aos
pedidos dos clientes de forma oportuna. Isso é essencial para manter a
satisfação e a fidelidade do cliente, aspectos que são vitais no
ambiente competitivo atual.
Por outro lado, a gestão ineficaz dos estoques pode levar a diversos
problemas, como o excesso de estoque, que imobiliza capital
desnecessariamente e aumenta os custos de armazenamento, ou a
falta de estoque, que culmina em perda de vendas e danos à reputação
da empresa. Portanto, a gestão de estoques precisa ser
cuidadosamente balanceada para evitar esses extremos.
Mas o que é estoque? Em uma definição mais ampla, podemos
conceituar os estoques como acúmulos de matérias-primas, insumos,
componentes, produtos em processo e produtos acabados que
aparecem em numerosos pontos por todos os canais logísticos e de
produção na empresa.
Já em uma definição mais específica e criteriosa, os estoques podem
ser entendidos como uma certa quantidade de itens mantidos em
disponibilidade constante e renovados, permanentemente, para
produzir lucros (provenientes das vendas) e serviços (pelo fato de os
estoques permitirem a continuidade do processo produtivo das
empresas).
Considerando essas definições, qual o objetivo de se gerenciar
estrategicamente os níveis de estoques? O grande propósito do
gerenciamento dos estoques é otimizar o investimento, aumentando o
uso eficiente dos recursos financeiros e minimizando as necessidades
de capital investido em estoques.
Neste mundo globalizado, permeado por uma competição cada vez
mais acirrada, os estoques passam a ser um fator estratégico e um
diferencial, ou seja, uma vantagem competitiva de uma empresa sobre
os seus concorrentes. 
Motivos que justificam a existência de estoques
Há uma grande discussão nas organizações em relação aos estoques,
sobretudo por causa do seu alto custo. No entanto, existem alguns
benefícios que justificam a compreensão do estoque como uma
vantagem competitiva:
Atender às demandas variáveis dos clientes.
Proteger contra incertezas na demanda e no tempo de reposição.
Manter a independência das operações de produção.
Estabilizar o nível de produção em seus diferentes ritmos e fases.
Proteger-se de aumentos de preços e ciclos econômicos.
Melhorar o nível de serviço.
Servir como segurança contra contingências (greves). 
É preciso evidenciar que os estoques representam acúmulos de
recursos materiais entre fases específicas de um processo de
transformação. Esses acúmulos, por sua vez, produzem acréscimos
nos custos para a organização e, por isso, devem ser criteriosamente
gerenciados. 
Tipos de estoques
Será que todos os estoques são iguais? Não estou falando sobre o
espaço físico para guarda, mas sim sobre os materiais ou produtos que
são armazenados para atender a uma certa demanda ou situação. Já
posso adiantar que os estoques não são iguais e devem ser
classificados segundo sua natureza. Os principais tipos são:
Matérias-primas: são materiais e componentes comprados de
fornecedores, armazenados na empresa compradora e que não
sofreram nenhum tipo de processamento.
Materiais em processo ou semiacabados: são materiais que
sofrerão pelo menos um processamento no modo produtivo da
empresa compradora e aguardam utilização posterior. Estão em
fase de elaboração do produto acabado.
Produtos auxiliares e manutenção: são peças de reposição,
materiais de limpeza, de escritório, de segurança (EPIs),
manutenção, etc.
Produtos acabados: são produtos que passaram por todas as
fases de processamento e estão prontos para a comercialização
(venda, distribuição e transporte).
Estoque de distribuição: são produtos acabados localizados no
sistema de distribuição (externo).
Estoques em trânsito: são todos os itens que foram despachados
e ainda não chegaram ao seu destino final.
Estoques em consignação: itens que continuam sendo
propriedade do fornecedor até que sejam consumidos/vendidos ou
devolvidos. 
Os estoques ainda podem ser classificados por sua estratégia diante da
demanda, como mostra o Quadro 1, a seguir.
Quadro 1 | Classificação de estoques segundo sua estratégia. Fonte:
elaborado pelo autor.
Classificação dos estoques de acordo com a sua
situação momentânea 
A situação momentânea dos estoques refere-se àcondição na qual um
determinado insumo ou mercadoria se encontra em um momento
TIPO FUNÇÃO
Estoque operacional Atende à demanda normal do item.
Estoque de
segurança
Atende às variações de demanda e/ou atraso de
fornecedores.
Estoque de itens
recuperáveis
Abrange artigos que podem ser trocados com
fornecedores ou recondicionados para uso.
Estoque estratégico
Formado para atender à demanda de períodos futuros
(produtos sazonais).
Estoque especulativo
Formado para obter ganhos adicionais por aumento de
preços.
Estoque a ser
descartado Comporta artigos obsoletos, estragados.
específico. Para os gestores, trata-se de uma informação de suma
importância, pois ajuda a evitar compras desnecessárias, sanções
legais, como multas, ou falta de estoque. Nesse contexto, os estoques
podem ser definidos como: 
Estoque disponível: consiste na quantidade de materiais que de
fato constam fisicamente no armazém e que podem
imediatamente ser requeridos para atender a uma certa demanda.
Estoque ativo: são considerados ativos todos os insumos que
apresentam rotineiramente movimentação de entradas e saídas,
ou seja, itens que não enfrentam ociosidade pelo fato de estarem
em constante fluxo.
Estoque inativo: trata-se de itens que não apresentaram nenhum
tipo de movimentação em um determinado período de tempo.
Porém não é correto afirmar que os insumos momentaneamente
classificados como inativos não possuem mais serventia para a
empresa. É válido destacar que, no que se refere ao estoque
inativo, essa condição não pode ser considerada imutável. Ou
seja, um estoque que é categorizado como inativo em um certo
momento, diante da entrada de um novo pedido que o requeira,
passa a ser classificado como estoque ativo.
Estoque empenhado: embora permaneçam no estoque, os itens
classificados como estoque empenhado já foram previamente
reservados para atender a uma demanda.
Estoque físico: trata-se da quantidade de materiais armazenados
sob a guarda do almoxarifado da empresa até que sua utilização
seja solicitada. Compreende o estoque disponível e o estoque
empenhado, ou seja, EF= EDisp + EEmp.
Estoque em poder de terceiros: refere-se a insumos que já foram
adquiridos, mas permanecem armazenados no fornecedor ou
estão a caminho do cliente. Essa terminologia momentânea é
bastante utilizada para fins de inventários (contagem dos
estoques) ou em casos de auditorias fiscais inesperadas, nas
quais há a necessidade de comprovação dos níveis de estoques.
Estoque pulmão: para exemplificar esse tipo de estoque, podemos
imaginar uma empresa fabricante de roupas de ginástica que
produz peças tanto para o verão quanto para o inverno. As peças
criadas para atender às estações mais quentes são produzidas no
inverno, e as peças elaboradas para atender às estações mais
frias são desenvolvidas no verão, gerando assim um estoque
pulmão.
Estoque regulador: é bastante comum em organizações que
possuem diversas filiais. Com o objetivo de suprir faltas de
mercadorias ou insumos em toda a rede, a empresa elege uma
das filiais como um centro de distribuição (CD) que possui um
estoque mais elevado, para que, quando necessário, abasteça as
demais.
Estoque sazonal: trata-se de uma quantidade de insumos ou
mercadorias previamente adquiridos a fim de se antecipar a uma
variação na demanda que possa ocorrer no futuro, fazendo com
que a produção, venda ou consumo não sejam prejudicados. É o
que acontece com as fabricantes de chocolates, que precisam
adquirir quantidades maiores de seus insumos para não sofrer
com a falta de produtos na Páscoa. 
A importância do entendimento da demanda para a
gestão dos estoques
Dentro do processo de gerenciamento do estoque, é importante
contemplar a gestão da demanda, tendo em vista a relevância da
orientação dos estoques no que diz respeito à demanda e necessidade
do consumidor final.
Compreender as demandas é uma prática fundamental para descobrir
o que deve ser estocado (quais itens, produtos ou mercadorias), como
também a quantidade apropriada dos materiais a serem alocados.
Nesse sentido, umas das estratégias que pode ser considerada
genérica (por causa de sua amplitude) relaciona-se aos sistemas
puxados (pull) e sistemas empurrados (push). Você tem alguma ideia
do que eles sejam? 
Sistema puxado: a execução da operação é iniciada com base nos
pedidos dos clientes. Nesse sistema, a demanda é conhecida. A
venda de uma pizza é um bom exemplo de produção puxada, pois
a pizza só é feita quando a pizzaria tem o pedido em mãos. Além
disso, é comum que haja estoques menores de produtos
acabados.
Sistema empurrado: a execução da operação antecipa os pedidos
dos clientes. Nesse sistema, a demanda não é conhecida; opera-
se com uma previsão. Exemplo de um sistema assim é um buffet
ou restaurante self-service, que se programa (e produz) de acordo
com a necessidade de comida para um determinado período e/ou
estimativa. Geralmente existem grandes estoques no decorrer da
cadeia. 
É comum ouvir que estoque é “dinheiro parado” e, por isso, deve-se
comprar e produzir somente o que será vendido. No entanto, o tipo de
produto, de negócio e de estratégia empresarial será o fator decisório
na hora de escolher entre sistema puxado ou empurrado. Um exemplo
claro da necessidade de um sistema empurrado envolve os bens de
consumo, como refrigerantes, sucos, chocolates, palha de aço, etc.
Esses produtos geralmente são vendidos em varejos e, se não
estiverem disponíveis ao consumidor, provavelmente serão substituídos
por opções dos concorrentes no momento da compra.
Qual é a sua opinião sobre estoque? Ele é bom ou ruim? Tente
mensurar quanto a disponibilidade de um estoque custa para uma
organização. Agora, pense no quão custosa seria a falta de estoque
para uma linha de produção ou o não atendimento de um cliente. Os
estoques em excesso são “dinheiro parado”, mas a ausência de um
produto pode gerar perdas de vendas e do próprio cliente. Por esse
motivo, independentemente do sistema escolhido (puxado ou
empurrado), existem algumas técnicas e ferramentas que auxiliam na
gestão de estoques no decorrer da cadeia de suprimentos.
Essa premissa demonstra a importância de se gerenciar os estoques,
com um foco voltado ao atendimento aos clientes na hora certa, com a
quantidade correta e requerida. Esse tem sido o objetivo das empresas.
Dessa forma, fazer a distribuição de maneira rápida e eficaz se
transforma na oportunidade de obter uma vantagem competitiva
poderosa.
O planejamento é um dos principais instrumentos usados para a
definição de uma política de estoque que vá ao encontro dos objetivos
macros da empresa e, de maneira geral, pode abranger metas de
níveis (quantidade) de estoque, de giro de estoque, metodologia de
inventários, metas de acuracidade (confiabilidade/assertividade) dos
inventários, políticas exclusivas (específicas) para itens importados e
metas de níveis de atendimento aos clientes (definir o nível de serviço
próprio para cada cliente).
Logo, a melhor política de estoque é aquela que atende aos clientes
dentro da meta estabelecida, ao menor nível de estoque possível e ao
maior giro de estoque praticável.
Este é o grande desafio das empresas: buscar a excelência, atender
aos clientes da melhor maneira possível e com níveis de estoque cada
vez menores, o que, por si só, já representa uma missão altamente
complexa. Essa fórmula se reflete em resultados positivos para uma
organização, pois ajuda significativamente na positivação do fluxo de
caixa e permite que a empresa aloque recursos em outros
investimentos.
Siga em Frente...
Tipos de inventários
É fundamental que uma empresa tenha informações de estoque
confiáveis para dar fluxo a todas as operações. Considere o seguinte
exemplo: um determinado cliente solicita um produto com urgência. O
vendedor consulta o sistema e verifica se possui o produto, como
também se pode atender à necessidade desse consumidor
prontamente. No momento em que envia para o armazém a ordem de
separação, o produto não é encontrado fisicamente. O vendedor é,
então,

Mais conteúdos dessa disciplina