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PIM II UNIP GESTÃO FINANCEIRA - CIMED

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Paula Catelan

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20
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM 
GESTÃO FINANCEIRA 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM II
CIMED
Nome do Aluno 1 – RA 1234567
Cidade – Estado Ano
2024
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	2
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 CONTABILIDADE	4
2.2 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS / RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E AFRODESCENDÊNCIA	7
2.3 FUNDAMENTOS DE MARKETING	11
2.4 RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS	13
2.5 FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA	15
2.6 GESTÃO DE IMPOSTOS E DIREITO DOS NEGÓCIOS	17
4 CONCLUSÃO	22
REFERENCIAS	25
1 INTRODUÇÃO 
Este Projeto Integrador Multidisciplinar (PIM) tem como finalidade examinar a CIMED por meio de diversas perspectivas acadêmicas, como Contabilidade, Dinâmica das Relações Interpessoais, Relações Étnico-Raciais, Fundamentos de Marketing, Gestão de Recursos Materiais e Patrimoniais, Fundamentos da Gestão Financeira e Gestão de imposto e direito do negocio. O projeto visa aplicar conceitos teóricos em um cenário prático, proporcionando uma análise abrangente da gestão organizacional e suas múltiplas facetas.
A Cimed, uma das maiores empresas do setor farmacêutico no Brasil, tem uma trajetória que reflete compromisso com a inovação e acessibilidade em medicamentos. Fundada em 1977, a empresa começou com o objetivo de fornecer medicamentos de qualidade a preços acessíveis, visando atender as necessidades da população brasileira. Ao longo dos anos, a Cimed expandiu significativamente suas operações, consolidando-se como uma referência na produção de medicamentos genéricos e similares. Essa trajetória de mais de quatro décadas é marcada por investimentos contínuos em tecnologia, inovação e parcerias estratégicas que reforçaram sua posição no mercado e permitiram o alcance de novos segmentos. O histórico da organização demonstra uma adaptação constante às demandas do setor, mantendo sua competitividade e relevância na indústria farmacêutica.
A Cimed opera no setor de saúde e farmacêutico, com foco principal na fabricação e comercialização de medicamentos e produtos de cuidados pessoais. Este setor é altamente competitivo e dinâmico, exigindo das empresas uma capacidade contínua de adaptação e inovação. A Cimed, como uma grande organização, tem ampliado suas linhas de produtos, incluindo medicamentos de prescrição, genéricos, vitaminas e produtos de higiene. Além disso, a empresa se destaca por suas modernas instalações, como sua planta industrial em Pouso Alegre, Minas Gerais, considerada uma das mais avançadas do setor. 
A empresa é de grande porte, com mais de 5 mil colaboradores que compõem uma força de trabalho diversificada e qualificada. Esse time é distribuído em várias unidades da Cimed, incluindo sua sede, centros de distribuição e planta industrial. A empresa investe continuamente no desenvolvimento de seus colaboradores, oferecendo treinamentos e programas que visam aumentar a qualificação e a motivação da equipe. O foco na capacitação do capital humano reflete-se em um ambiente de trabalho produtivo e na capacidade da empresa de inovar e manter-se competitiva. 
Os produtos da Cimed abrangem uma ampla gama de medicamentos, com destaque para analgésicos, antigripais e suplementos vitamínicos. A empresa também oferece produtos de higiene e beleza, o que amplia seu portfólio e fortalece sua presença no mercado. Essa diversidade de produtos permite à Cimed atender a diferentes nichos de consumidores, desde medicamentos de prescrição a produtos voltados para cuidados pessoais. 
O mercado em que a Cimed atua é vasto e competitivo, incluindo farmácias, hospitais, centros de saúde e, mais recentemente, parcerias para distribuição em plataformas digitais. A empresa tem uma forte presença em território nacional, mas também busca expandir suas operações para outros países da América Latina. Essa estratégia de internacionalização reflete a visão da Cimed em explorar novos mercados e aumentar sua participação global, aproveitando a sua experiência consolidada no mercado interno. 
A concorrência da Cimed inclui algumas das maiores empresas farmacêuticas em operação no Brasil, como EMS, Hypera Pharma e Medley. Essas empresas, assim como a Cimed, têm uma forte atuação no segmento de genéricos e similares, que é um dos mais desafiadores devido à sua competitividade e à necessidade de constante inovação. Para manter sua posição de destaque, a Cimed investe em tecnologia, desenvolvimento de novos produtos e estratégias de mercado que priorizam tanto a qualidade quanto a acessibilidade. O ambiente competitivo exige que a empresa mantenha um ritmo constante de lançamentos e melhorias em seus processos para se diferenciar e continuar crescendo de forma sustentável.
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 CONTABILIDADE
A contabilidade é uma ciência cuja função principal é registrar, interpretar e analisar os eventos que impactam o patrimônio das entidades, oferecendo uma visão abrangente e exata de sua condição econômica e financeira. Sua importância vai além da simples mensuração de resultados, tornando-se um pilar fundamental para gestores que buscam apoio na tomada de decisões estratégicas e no estabelecimento de metas organizacionais. A análise contábil possibilita a identificação de riscos e oportunidades, promovendo uma gestão mais eficaz e alinhada aos objetivos institucionais (Iudícibus; Marion; Martins, 2022).
Dentre os principais instrumentos da contabilidade, o Balanço Patrimonial se destaca por apresentar de forma detalhada e sistemática a posição financeira de uma empresa em um período específico. Esse relatório abrange três componentes essenciais: o ativo, que inclui bens e direitos; o passivo, que representa as obrigações da empresa; e o patrimônio líquido, que é a diferença entre ativos e passivos, refletindo a estabilidade financeira e a capacidade de endividamento da organização. A elaboração desse balanço é fundamental para assegurar que a empresa esteja em uma situação financeira equilibrada e apta a cumprir seus compromissos de maneira sustentável.
Outro documento relevante é o Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE), que detalha o desempenho econômico da empresa em um determinado período. O DRE revela a relação entre receitas, despesas, custos e tributos, permitindo uma análise aprofundada da rentabilidade da organização. Conforme apontado por Horngren, Datar e Rajan (2020), o DRE é uma ferramenta imprescindível para identificar áreas de melhoria e direcionar o planejamento estratégico, contribuindo para o aperfeiçoamento contínuo dos resultados financeiros.
O Balanço Patrimonial e a DRE são cruciais na contabilidade moderna, pois proporcionam uma base sólida para o planejamento de curto e longo prazo. Com esses relatórios, as empresas podem prever cenários futuros e tomar decisões baseadas em informações financeiras confiáveis. Assim, a contabilidade se consolida como um suporte estratégico na busca pela eficiência operacional, oferecendo dados que ajudam os gestores a adaptar suas estratégias às mudanças de mercado e a impulsionar o desempenho da organização.
A relevância das informações contábeis ultrapassa a análise de resultados passados, servindo como uma base confiável para o desenvolvimento de estratégias de curto e longo prazo. Esse papel estratégico facilita a adaptação das empresas às transformações do mercado e alinha suas decisões aos objetivos institucionais. Com relatórios como a DRE e o Balanço Patrimonial, a contabilidade se torna vital para a projeção de cenários futuros e o suporte à tomada de decisões estratégicas (Iudícibus; Marion; Martins, 2022).
Tabela: Balanço Patrimonial Simplificado da Cimed & Co S.A. (2023)
	Descrição
	Valor (em R$ mil)
	Ativo Circulante
	
	Caixa e equivalentes de caixa
	487.945
	Contas a receber de clientes
	454.463
	Estoques
	485.287
	Outros
	67.737
	Total do Ativo Circulante
	1.495.432
	Ativo Não Circulante
	
	Imobilizado
	719.691
	Intangível
	85.733
	Outros
	252.696
	Total do Ativo Não Circulante
	1.058.120
	Passivo Circulante
	
	Fornecedores
	480.778
	Empréstimose financiamentos
	482.983
	Outros
	380.964
	Total do Passivo Circulante
	1.344.725
	Passivo Não Circulante
	
	Empréstimos e financiamentos
	428.093
	Outros
	20.747
	Total do Passivo Não Circulante
	448.840
	Patrimônio Líquido
	759.987
A análise do balanço patrimonial da Cimed & Co S.A. para o ano de 2023 mostra uma estrutura financeira robusta, com o total do ativo circulante de R$ 1.495.432 mil, indicando uma boa capacidade de liquidez para cobrir suas obrigações de curto prazo. O caixa e equivalentes de caixa, junto com as contas a receber e os estoques, são componentes expressivos que reforçam a posição financeira da empresa em termos de liquidez.
No passivo, a empresa apresenta um total de passivos circulantes de R$ 1.344.725 mil, incluindo fornecedores e empréstimos significativos, o que evidencia a importância de um gerenciamento eficiente do capital de giro. O passivo não circulante de R$ 448.840 mil é composto majoritariamente por empréstimos de longo prazo, apontando para uma estratégia de financiamento que equilibra o curto e o longo prazo.
O patrimônio líquido de R$ 759.987 mil indica uma base de capital sólida, refletindo a capacidade de geração de lucros e a manutenção de recursos próprios. Isso é um sinal positivo de que a empresa está investindo no crescimento e conseguindo manter uma estrutura patrimonial equilibrada, garantindo a sustentabilidade financeira para futuras operações e investimentos.
Tabela: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) Simplificada (2023)
	Descrição
	Valor (em R$ mil)
	Receita líquida de vendas
	2.251.363
	Custo das mercadorias vendidas
	(1.102.445)
	Lucro bruto
	1.148.918
	Despesas operacionais
	(725.321)
	Lucro operacional
	455.003
	Resultado financeiro líquido
	(168.487)
	Lucro antes dos tributos
	286.516
	Tributos
	(4.144)
	Lucro líquido
	291.372
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) de 2023 da Cimed & Co S.A. revela um desempenho financeiro sólido, com uma receita líquida de vendas de R$ 2.251.363 mil, que impulsionou um lucro bruto de R$ 1.148.918 mil após a dedução do custo das mercadorias vendidas. Essa margem demonstra a eficiência da empresa em controlar seus custos diretos e aumentar a rentabilidade sobre as vendas.
As despesas operacionais, que totalizaram R$ 725.321 mil, representaram uma parte significativa da receita, mas ainda permitiram um lucro operacional de R$ 455.003 mil, evidenciando a capacidade da empresa de gerar lucro a partir de suas operações principais. O resultado financeiro líquido negativo de R$ 168.487 mil indica custos financeiros que impactaram o lucro antes dos tributos, mas que foram bem gerenciados para manter a lucratividade.
O lucro líquido de R$ 291.372 mil, após a dedução de tributos, destaca a resiliência e a capacidade de a empresa manter um crescimento lucrativo em um cenário desafiador. A gestão eficaz de custos e a manutenção do resultado operacional mostram a saúde financeira da Cimed e a colocam em uma posição vantajosa para futuros investimentos e expansão de mercado.
A análise dos indicadores contábeis da Cimed & Co S.A. para 2023 demonstra uma posição financeira equilibrada. A liquidez corrente, que compara o ativo circulante ao passivo circulante, resulta em um valor de aproximadamente 1,11, isso mostra que a empresa possui ativos suficientes para cobrir suas obrigações de curto prazo, evidenciando uma boa capacidade de pagamento.
O índice de endividamento total da Cimed, que considera o passivo total em relação ao ativo total, apresenta um valor de 70,26%, sugerindo assim, que a empresa está utilizando uma parcela significativa de recursos de terceiros, mas ainda mantendo um controle sobre seu nível de endividamento, o que pode indicar um gerenciamento prudente do risco financeiro.
Em termos de rentabilidade, a margem líquida da Cimed é de aproximadamente 12,94%, indicando que, de cada real vendido, a empresa conseguiu transformar cerca de 12,94 centavos em lucro líquido. Esse resultado reflete a eficiência da empresa em gerenciar seus custos e despesas, mantendo uma lucratividade satisfatória mesmo diante dos desafios do mercado.
2.2 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS / RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E AFRODESCENDÊNCIA
Segundo Chiavenato (2009), a liderança é definida como a habilidade de influenciar e inspirar as pessoas para que colaborem entusiasticamente na conquista dos objetivos da organização. Um líder eficaz é aquele que promove confiança, colaboração e alto desempenho dentro da equipe. Clark (2020) destaca que a coesão e o respeito entre os integrantes de uma equipe de alto rendimento são fatores cruciais que o líder deve fomentar, contribuindo para relações interpessoais saudáveis no ambiente de trabalho. A liderança, portanto, não se resume apenas à administração de tarefas, mas envolve construir um clima de confiança e estabelecer um direcionamento claro para que a equipe esteja focada nas metas da organização.
De acordo com Chiavenato (2009), a motivação envolve o processo que desperta, direciona e sustenta os comportamentos dos colaboradores, voltados à realização dos objetivos. A motivação pode ser tanto intrínseca, quando está ligada à satisfação pessoal, quanto extrínseca, relacionada a recompensas externas, como incentivos financeiros ou reconhecimento. Quando o ambiente de trabalho consegue equilibrar esses dois tipos de motivação, os colaboradores tendem a se envolver de maneira mais significativa, o que resulta em um desempenho organizacional mais sólido e duradouro. Nesse contexto, a liderança tem um papel crucial em identificar e incentivar os fatores motivacionais adequados, garantindo o bem-estar dos colaboradores e a eficiência no trabalho.
A liderança eficiente, além de coordenar os esforços da equipe e promover um ambiente de colaboração, também tem um papel determinante na criação de um ambiente organizacional inclusivo. Covey (2017) ressalta que uma liderança que valoriza as diferenças individuais e incentiva o respeito mútuo contribui para um ambiente de trabalho mais acolhedor e produtivo. Nesse sentido, a liderança eficaz não apenas garante que as tarefas sejam realizadas de maneira produtiva, mas também fortalece o comprometimento da equipe ao incentivar um ambiente de respeito e inclusão. Ao promover a aceitação das diferenças e o reconhecimento das habilidades individuais, a liderança se torna um fator chave para o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, bem como para o alcance dos objetivos organizacionais.
Além da motivação e do papel inclusivo da liderança, as questões legais relacionadas às políticas de inclusão e combate ao racismo se tornam cada vez mais relevantes no ambiente corporativo. Vasconcellos e Oliveira Lisboa (2024) destacam que a promoção da equidade racial não é apenas uma questão ética, mas também uma obrigação legal. As organizações devem, portanto, implementar políticas de inclusão e ações afirmativas que garantam um ambiente justo e equilibrado, respondendo tanto às demandas legais quanto aos princípios éticos de respeito à diversidade. Esses autores sublinham a importância de práticas organizacionais que promovam a diversidade e enfrentem o racismo institucional, reforçando a necessidade de líderes que saibam lidar de maneira eficaz e justa com questões de inclusão.
A Cimed adota um estilo de liderança humanizada que tem gerado impactos positivos significativos no clima organizacional. A liderança humanizada se caracteriza pela valorização das pessoas, considerando não apenas o desempenho e as competências profissionais, mas também o bem-estar e o crescimento pessoal dos colaboradores. De acordo com Verônica Coelho em entrevista para o site G1 , diretora executiva de Recursos Humanos da Cimed, a abordagem de liderança adotada na empresa foca em inspirar, engajar e promover um ambiente de confiança e colaboração. Essa perspectiva se alinha ao conceito de liderança transformacional, onde o líder se torna um facilitador do desenvolvimento das equipes e da integração entre seus membros, o que contribuidiretamente para um clima organizacional mais harmonioso e inclusivo. O impacto disso é a criação de um ambiente no qual os colaboradores se sentem parte essencial dos processos, promovendo assim uma cultura de pertencimento.
Outro ponto importante do estilo de liderança adotado pela Cimed é a prática constante de feedback. Essa prática contribui para a motivação dos colaboradores, pois possibilita a compreensão clara das expectativas e da direção do trabalho. Através do feedback contínuo, os líderes conseguem alinhar objetivos, reconhecer o esforço individual e coletivo e ajustar comportamentos que não estejam em conformidade com as metas organizacionais. Além disso, o feedback na Cimed não é apenas corretivo, mas também proativo e incentivador, uma prática que reforça a motivação intrínseca dos colaboradores. Ao oferecer um retorno regular e estruturado, a empresa cria um ambiente de transparência, onde os funcionários sentem-se mais seguros para expressar suas ideias e participar das decisões, o que eleva o engajamento e a produtividade.
A Cimed também tem demonstrado um comprometimento crescente com práticas de diversidade étnico-racial e políticas de inclusão, enfrentando o racismo institucional de forma estruturada. A empresa compreende que a promoção da equidade racial não é apenas um valor moral, mas também uma necessidade legal e estratégica para o sucesso organizacional. Políticas de inclusão foram implementadas visando garantir que todos os colaboradores tenham igualdade de oportunidades, independentemente de sua origem étnico-racial. Conforme Vasconcellos e Oliveira Lisboa (2024), as práticas organizacionais que promovem a diversidade são essenciais para o desenvolvimento de um ambiente de trabalho justo e que respeita as singularidades de cada indivíduo, o que vai ao encontro das ações realizadas pela Cimed no sentido de valorizar e potencializar a força de trabalho diversa.
A inclusão social também se reflete em outras práticas sociais e educacionais promovidas pela Cimed. Iniciativas como o Programa Volta às Aulas e o apoio às creches Claudia Marques e Foch evidenciam o comprometimento da empresa com o desenvolvimento das comunidades locais e a inclusão educacional. Essas ações não apenas fortalecem os vínculos da empresa com a sociedade, mas também promovem o desenvolvimento integral dos colaboradores e suas famílias, criando um ciclo positivo de valorização e reconhecimento. Ao investir na educação e no bem-estar da comunidade, a Cimed estabelece uma base sólida para a motivação e o engajamento de seus colaboradores, que se veem apoiados não apenas no ambiente de trabalho, mas também em aspectos fundamentais de suas vidas pessoais.
A liderança humanizada, as práticas de feedback e o investimento em inclusão social e educacional formam pilares essenciais na construção do clima organizacional da Cimed. Essas ações têm um impacto profundo na motivação e no engajamento dos colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho mais acolhedor e equitativo. Ao tratar seus colaboradores como elementos-chave do sucesso organizacional, a Cimed vai além da lógica tradicional de gestão e cria um ambiente propício para a inovação, a criatividade e a cooperação. 
O compromisso da Cimed com a responsabilidade social e com as práticas de diversidade e inclusão é um reflexo direto de sua visão de liderança. Ao promover uma cultura organizacional voltada para o respeito às diferenças e o desenvolvimento humano, a Cimed estabelece um padrão elevado para a gestão de pessoas e o combate ao racismo no ambiente corporativo. Essa abordagem integrada, que valoriza o feedback constante, as práticas de inclusão e a liderança humanizada, não apenas melhora o clima organizacional como também contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
2.3 FUNDAMENTOS DE MARKETING
Conforme Cobra (2017), a análise SWOT é uma ferramenta estratégica fundamentada em quatro elementos principais: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Essa metodologia permite que as organizações identifiquem tanto os aspectos internos que podem favorecer ou limitar seu desempenho, quanto os fatores externos que oferecem possibilidades ou riscos. Enquanto forças e fraquezas referem-se aos fatores internos da empresa, oportunidades e ameaças são influências externas, proporcionando uma visão mais ampla do mercado e ajudando a direcionar decisões mais eficazes.
Kotler e Keller (2012) mencionam que as forças incluem características que conferem vantagem competitiva à empresa, como uma marca reconhecida, constante inovação ou uma equipe qualificada. Por outro lado, as fraquezas representam limitações internas que podem prejudicar o desempenho, como a falta de recursos ou falhas na gestão. A identificação dessas fraquezas é crucial para que a empresa desenvolva estratégias que minimizem seus efeitos e amplifiquem seus pontos fortes.
Quanto aos fatores externos, Kotler, Kartajaya e Setiawan (2019) explicam que as oportunidades se originam de tendências de mercado favoráveis, avanços tecnológicos ou mudanças no comportamento do consumidor, que a organização pode explorar para expandir suas operações. No entanto, é igualmente importante estar atento às ameaças externas, como novas regulamentações, instabilidades econômicas ou o crescimento da concorrência, que podem impactar negativamente o desempenho da empresa.
A análise SWOT é uma ferramenta valiosa por oferecer uma visão detalhada e organizada da situação da empresa, integrando fatores internos e externos em uma única abordagem. Essa análise facilita a formulação de estratégias que utilizam as forças para explorar oportunidades, ao mesmo tempo que mitigam o impacto das fraquezas e preparam a empresa para lidar com possíveis ameaças. Cobra (2017) ressalta que esse processo holístico é essencial para fortalecer a posição competitiva e garantir um crescimento sustentável no mercado.
A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) é uma ferramenta estratégica que permite avaliar os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças de uma organização. Aplicando essa metodologia à Cimed, uma das principais empresas farmacêuticas do Brasil, obtemos os seguintes insights:
Forças (Strengths):
· Verticalização dos processos: A Cimed possui uma estrutura verticalizada que inclui desde a pesquisa e desenvolvimento até a distribuição dos produtos. Essa integração permite maior controle sobre a qualidade e os custos, além de agilidade na introdução de novos produtos no mercado.
· Portfólio diversificado: Com mais de 600 produtos, a empresa atende a diversos segmentos, incluindo medicamentos genéricos, vitaminas e produtos de higiene e beleza, o que reduz a dependência de um único mercado.
· Crescimento acima da média do mercado: A Cimed tem apresentado um crescimento consistente, frequentemente superior ao do mercado farmacêutico brasileiro, evidenciando sua capacidade competitiva.
Fraquezas (Weaknesses):
· Dependência do mercado nacional: Apesar de sua relevância no Brasil, a Cimed ainda possui uma presença internacional limitada, o que pode restringir seu crescimento em mercados externos.
· Necessidade de inovação contínua: O setor farmacêutico exige constante inovação. Manter um pipeline robusto de novos produtos é desafiador e requer investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento.
Oportunidades (Opportunities):
· Expansão internacional: A entrada em mercados estrangeiros pode diversificar as fontes de receita e reduzir a exposição a riscos econômicos locais.
· Parcerias estratégicas: Colaborações com outras empresas ou instituições de pesquisa podem acelerar o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias.
· Crescimento do mercado de genéricos: Com o aumento da demanda por medicamentos mais acessíveis, há uma oportunidade para a Cimed expandir sua participação no segmento de genéricos.
Ameaças (Threats):
· Concorrência acirrada: O mercado farmacêutico brasileiro é altamente competitivo, com a presença de grandes players nacionais e internacionais.
· Regulamentaçõesrigorosas: Mudanças nas políticas de saúde e regulamentações governamentais podem impactar negativamente as operações e a lucratividade da empresa.
· Oscilações econômicas: Flutuações na economia brasileira podem afetar o poder de compra dos consumidores e, consequentemente, as vendas de medicamentos.
As forças da Cimed, como sua estrutura verticalizada e portfólio diversificado, têm contribuído para um desempenho sólido e crescimento consistente. No entanto, as fraquezas, especialmente a dependência do mercado nacional e a necessidade contínua de inovação, podem limitar o potencial de expansão. As oportunidades identificadas, como a expansão internacional e parcerias estratégicas, oferecem caminhos promissores para o crescimento futuro. Por outro lado, as ameaças, incluindo a concorrência intensa e as regulamentações rigorosas, exigem atenção constante e estratégias eficazes de mitigação para assegurar a sustentabilidade e o sucesso contínuo da empresa.
2.4 RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Os estoques desempenham um papel crucial na cadeia de suprimentos e na gestão logística, assegurando a disponibilidade de produtos ou materiais em diferentes fases de produção e distribuição. Slack, Brandon-Jones e Johnston (2019) apontam que os estoques podem ser classificados em três principais categorias: matéria-prima, que inclui os insumos para a fabricação; produtos em processo, que se referem aos itens em fase de produção; e produtos acabados, prontos para serem entregues aos clientes. Essa categorização ajuda as empresas a gerenciar melhor seus recursos e a atender de forma eficiente às demandas do mercado.
Uma gestão eficaz de estoques é essencial para equilibrar dois fatores importantes: atender adequadamente à demanda dos clientes e minimizar os custos relacionados ao armazenamento. Manter estoques excessivos pode resultar em custos elevados com espaço físico e em riscos de obsolescência, enquanto a falta de estoques pode acarretar a perda de vendas e a insatisfação dos clientes. Por isso, adotar estratégias eficientes é fundamental para garantir o abastecimento ideal e evitar desperdícios ao longo da cadeia de suprimentos.
Métodos como Just in Time (JIT) e Kanban são amplamente aplicados para otimizar a gestão de estoques. O JIT tem como objetivo minimizar a manutenção de grandes quantidades de estoque, fazendo com que os materiais cheguem somente no momento exato em que são necessários para a produção, reduzindo desperdícios. O Kanban, por outro lado, é um sistema visual que controla o fluxo de produção e sinaliza quando e quanto precisa ser reabastecido. Essas práticas ajudam as empresas a equilibrar oferta e demanda, reduzindo custos e aumentando a eficiência operacional (Chopra e Meindl, 2018).
Chopra e Meindl (2018) detalham que o Just in Time (JIT) reduz a necessidade de estoques volumosos, assegurando que os materiais sejam entregues exatamente no momento necessário, o que contribui para minimizar desperdícios e aprimorar a eficiência das operações. O sistema Kanban, por sua vez, facilita a gestão do fluxo de produção de maneira visual, garantindo que os materiais sejam repostos apenas quando necessário, evitando acúmulos excessivos e otimizando a utilização do espaço. Essas metodologias são fundamentais para uma gestão de estoques mais equilibrada e produtiva.
Com base nas informações disponíveis no relatório de administração de 2023 da Cimed & Co, o sistema de gerenciamento de estoques da empresa é fundamentado na busca por eficiência e agilidade em toda a cadeia de suprimentos, o que contribui para o sucesso contínuo da companhia. Em 2023, a Cimed conseguiu gerenciar seus estoques de modo a encerrar o ano com um Ciclo de Conversão de Caixa de 100 dias, demonstrando um controle eficiente de entrada e saída de produtos, mesmo em um ano de pressões de mercado e desafios relacionados à volatilidade da demanda.
Um dos pontos fortes do sistema de gerenciamento de estoques da Cimed é a capacidade de otimizar a produção e alinhar os volumes às necessidades do mercado, garantindo a proteção do valor agregado de suas marcas. Isso pode ser observado na estratégia de ajustar a produção para proteger a margem bruta, ao invés de simplesmente buscar aumento de volume, garantindo um controle eficaz dos níveis de estoque e uma resposta ágil às variações da demanda. Além disso, a empresa revisou sua malha logística, buscando otimizar a operação e reduzir custos, o que contribuiu para manter a eficiência no gerenciamento de estoques e nas atividades de distribuição.
No entanto, a gestão de estoques da empresa também apresenta algumas deficiências, principalmente em relação à dependência de um ciclo de conversão relativamente longo. O ciclo de conversão de 100 dias, embora eficiente para padrões de algumas indústrias, ainda pode ser aprimorado para aumentar a competitividade e reduzir os custos financeiros associados ao capital imobilizado. Além disso, o relatório aponta desafios com a volatilidade de mercado, que podem afetar a acuracidade de demanda, indicando uma potencial oportunidade de aprimoramento em ferramentas de previsão de demanda e alinhamento mais preciso com a cadeia de fornecedores.
2.5 FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA
Conforme Rasoto et al (2012), as finanças corporativas representam um conjunto de práticas e decisões que visam a administrar os recursos financeiros de uma empresa para maximizar o valor do negócio. O administrador financeiro tem um papel fundamental nessa tarefa, pois é responsável por gerir as finanças de maneira eficiente, assegurando o uso adequado dos recursos, mantendo a saúde financeira da organização e viabilizando estratégias de crescimento sustentável. Em uma gestão financeira eficaz, o administrador financeiro deve utilizar instrumentos de análise como demonstrações financeiras, balanço patrimonial e fluxo de caixa para entender e prever as condições financeiras da empresa. 
O controle financeiro é uma ferramenta essencial para a gestão, uma vez que possibilita ao gestor entender a situação financeira da empresa em detalhes. Segundo o Sebrae (2024) a gestão financeira inclui a organização e registro detalhados das entradas e saídas financeiras, permitindo ao administrador monitorar o fluxo de caixa, gerenciar capital de giro e tomar decisões fundamentadas. O controle eficiente dessas informações assegura que a empresa mantenha uma boa liquidez, reduzindo a necessidade de financiamento externo e diminuindo os riscos associados a problemas de caixa.
O administrador financeiro também desempenha um papel crucial ao analisar o custo de capital, identificar fontes de financiamento e definir a estrutura de capital da empresa. A gestão do capital de giro e a análise dos ciclos financeiros (operacional e de caixa) são fundamentais para a sobrevivência das empresas. Essa análise envolve decisões sobre a gestão de estoques, prazos de recebimento e pagamentos, que, quando bem executadas, reduzem os custos financeiros e melhoram a rentabilidade da organização, conforme descrito por (Rasoto et al, 2012).
Outro aspecto importante no contexto das finanças corporativas é a utilização de indicadores financeiros para avaliar a eficiência e rentabilidade da empresa. Esses indicadores, como os índices de liquidez, endividamento e rentabilidade, oferecem uma visão clara da saúde financeira e da performance da organização. O uso de indicadores permite ao administrador financeiro identificar pontos de melhoria e adotar medidas corretivas que contribuam para o equilíbrio financeiro da empresa, reforçando a importância de uma gestão orientada por dados para a tomada de decisões estratégicas.
Portanto, o papel do administrador financeiro é amplo e envolve desde o controle financeiro e a manutenção de registros detalhados até a análise de desempenho e a formulação de estratégias de investimento. A gestão financeira, além de proporcionar um direcionamento para o uso dos recursos, é essencial para garantir a estabilidade e a longevidade da empresa, permitindo que o gestor adote uma posturaproativa diante dos desafios financeiros (Sebrae, 2024)​.
Em relação ao fluxo de caixa, o relatório demonstra que, mesmo em um ano desafiador, a empresa conseguiu gerar um fluxo de caixa livre de R$ 477,7 milhões e uma geração de caixa operacional ajustada de R$ 352,9 milhões. Isso indica que a companhia possui uma gestão eficaz dos seus recursos financeiros, mesmo em um cenário de volatilidade e pressão de prazos de pagamento de clientes. O ciclo de conversão de caixa foi de 100 dias, o que representa um ponto de eficiência na administração dos estoques e recebíveis.
Além disso, o relatório destaca que a empresa realizou amortizações significativas de dívidas em 2023, além de algumas captações para reforçar o capital de giro e acelerar os investimentos. Essas operações foram planejadas considerando o cenário econômico desafiador e a expectativa de melhores condições de mercado em 2024, com a adoção de estratégias de curto prazo para minimizar os impactos do cenário financeiro desfavorável. Dessa forma, a alavancagem financeira da empresa foi reduzida para 0,76 vezes o EBITDA Ajustado, refletindo um esforço contínuo para melhorar sua estrutura de capital e reduzir riscos financeiros.
O planejamento financeiro também foi evidenciado por meio das ações estratégicas adotadas para manter o crescimento e aumentar a rentabilidade. A empresa definiu como meta alcançar um faturamento de R$ 5 bilhões até 2025, e para isso desenvolveu planos de crescimento focados em suas unidades de negócios, além de iniciar uma nova agenda de aquisições e expandir seus canais de venda. A abordagem proativa para o planejamento financeiro incluiu investimentos em inovação e tecnologia, bem como uma maior austeridade nas despesas para otimizar a eficiência das operações internas.
Por fim, observa-se que a companhia demonstrou consistência em suas políticas de planejamento financeiro, alinhando suas estratégias de crescimento a um robusto controle sobre o fluxo de caixa e a gestão de dívidas. O objetivo de continuar crescendo duas vezes mais rápido que o mercado é sustentado pela utilização adequada dos recursos financeiros e pela implementação de ações de eficiência e produtividade. Esse planejamento financeiro detalhado contribui diretamente para a saúde financeira da organização e seu posicionamento estratégico no mercado, mesmo em meio às adversidades econômicas.
Portanto, o foco no fluxo de caixa e as políticas de planejamento financeiro adotadas mostram que a empresa mantém uma estrutura sólida e preparada para enfrentar desafios futuros, visando o crescimento sustentável e a consolidação de sua liderança de mercado. Esses elementos são fundamentais para garantir o equilíbrio financeiro e a viabilidade das estratégias de longo prazo.
2.6 GESTÃO DE IMPOSTOS E DIREITO DOS NEGÓCIOS
A escolha do regime tributário adequado, como o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou o Lucro Real, está diretamente relacionada ao porte da empresa, à sua atividade econômica e ao planejamento tributário adotado. Cada regime apresenta especificidades quanto à forma de apuração dos tributos, à periodicidade de recolhimento e à carga tributária efetiva. Lewicki, Saunders e Barry (2015) enfatizam que um planejamento tributário bem-sucedido requer uma compreensão dinâmica dos tributos e das obrigações fiscais da empresa, sendo essencial para alcançar uma estrutura financeira equilibrada e eficiente.
No contexto dos tributos aplicáveis, é importante diferenciar entre elisão e evasão fiscal. A elisão fiscal refere-se a práticas legais que as empresas utilizam para reduzir ou adiar a incidência de tributos, fazendo uso de brechas na legislação. Trata-se de uma técnica de planejamento tributário que visa minimizar a carga fiscal de maneira lícita e dentro dos limites estabelecidos pelas normas vigentes. Thompson e Martin (2005) apontam que, ao optar pela elisão fiscal, as empresas devem utilizar estratégias que estejam de acordo com a legislação, garantindo que todos os processos estejam amparados por bases legais, o que contribui para a sustentabilidade financeira da organização.
Por outro lado, a evasão fiscal constitui uma prática ilícita, caracterizada pela omissão de receitas, falsificação de documentos ou qualquer outra forma de burlar o fisco, com o objetivo de reduzir o valor devido de tributos. Essa prática, diferentemente da elisão, implica em riscos legais consideráveis, incluindo multas, juros e sanções penais. Fisher e Ury (1981) destacam que a evasão não só compromete a integridade financeira da empresa, mas também prejudica sua reputação e pode resultar em graves penalidades legais. O uso de práticas fraudulentas para a redução de impostos é combatido com rigor pela Receita Federal e demais órgãos de fiscalização, sendo classificado como crime contra a ordem tributária.
O papel do administrador financeiro, nesse contexto, é crucial para garantir que a empresa mantenha suas operações em conformidade com a legislação tributária, ao mesmo tempo em que busca estratégias para otimizar a carga tributária através da elisão. É fundamental que os gestores compreendam as diferenças entre essas duas abordagens, pois a linha que as separa pode ser tênue e a má interpretação dos dispositivos legais pode levar a infrações indesejadas. Lewicki, Saunders e Barry (2015) ressaltam que a comunicação clara e o entendimento das obrigações fiscais são indispensáveis para que o planejamento tributário seja eficaz e que as práticas adotadas não descambem para a evasão, evitando assim consequências jurídicas e financeiras prejudiciais.
Portanto, a compreensão dos tributos aplicáveis e a escolha correta do regime tributário, juntamente com a adoção de práticas de elisão fiscal, podem contribuir de maneira significativa para a saúde financeira e a competitividade da empresa. A evasão, por outro lado, deve ser evitada a todo custo, pois implica em riscos legais graves e prejuízos à imagem corporativa. Um administrador financeiro qualificado precisa manter-se atualizado em relação à legislação e adotar práticas de gestão que favoreçam o desenvolvimento sustentável da empresa, minimizando riscos e maximizando o aproveitamento de benefícios fiscais, sempre em conformidade com a lei e os princípios éticos que norteiam a administração.
Com base nas informações do relatório administrativo da Cimed, é possível descrever o planejamento tributário da empresa, enfatizando como ela utiliza incentivos fiscais e se há práticas de elisão fiscal. A Cimed adota um modelo de gestão fiscal que visa otimizar sua carga tributária por meio da utilização de benefícios fiscais, tais como isenções e reduções de base de cálculo de ICMS, que impactaram positivamente o lucro líquido em 2023, conforme indicado no relatório financeiro.
A empresa realiza um planejamento estratégico voltado à eficiência fiscal. Isso inclui a consolidação de operações e a reorganização societária, que visam reduzir custos operacionais e otimizar o uso de incentivos fiscais. Em 2023, a companhia concluiu um projeto de reorganização societária, o que permitiu reduzir significativamente o número de CNPJs e facilitar a gestão fiscal e operacional da empresa. Essa reorganização possibilitou à Cimed aproveitar incentivos fiscais locais e maximizar a eficiência fiscal, contribuindo para a melhoria da rentabilidade da companhia​. 
No que se refere à prática de elisão fiscal, que consiste no planejamento legal para reduzir a carga tributária, a Cimed faz uso de benefícios fiscais legalmente disponíveis para diminuir suas obrigações tributárias. A elisão fiscal é praticada dentro dos limites legais e está alinhada às normas vigentes, diferentemente da evasão fiscal, que é ilegal e envolve a omissão ou falsificação de informações para reduzir a carga tributária. No caso da Cimed, não há evidências no relatório de práticas que caracterizem evasão fiscal. Pelo contrário, a empresa busca manter uma postura transparente, seguindo rigorosamente as normas contábeis e tributárias brasileira.
3 DISCUSSÃO 
A análise final desteProjeto Integrador Multidisciplinar, que teve como objeto a Cimed, nos permite uma visão ampla e integrada da gestão organizacional, abordando desde aspectos financeiros e contábeis até a gestão de pessoas e marketing. A proposta inicial visava aplicar os conceitos teóricos das disciplinas de Contabilidade, Dinâmica das Relações Interpessoais, Relações Étnico-Raciais, Fundamentos de Marketing, Gestão de Recursos Materiais e Patrimoniais, Gerenciamento de Pessoas e Técnicas de Negociação, permitindo assim um olhar prático sobre o funcionamento da empresa. Nesse contexto, a Cimed, uma das principais farmacêuticas do Brasil, mostrou-se como um exemplo relevante para a análise, refletindo sobre as diversas facetas da gestão corporativa e evidenciando os desafios de manter competitividade em um mercado altamente dinâmico e regulado.
Dentre os pontos positivos observados, destacam-se o compromisso da Cimed com a liderança humanizada e a inclusão no ambiente de trabalho, aspectos que contribuem diretamente para o clima organizacional e o engajamento dos colaboradores. A abordagem de liderança humanizada, mencionada pela diretora de Recursos Humanos da empresa, Verônica Coelho, evidencia uma prática de gestão voltada para o bem-estar e desenvolvimento dos funcionários, onde o feedback constante e estruturado se torna um mecanismo importante para alinhar expectativas, reconhecer esforços e promover melhorias. Essa abordagem fortalece o vínculo entre a empresa e seus colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho mais acolhedor, inclusivo e propício à inovação.
O planejamento tributário também se apresenta como um ponto positivo e estratégico para a Cimed, que busca aproveitar os incentivos fiscais disponíveis de maneira legal, por meio de práticas de elisão fiscal, o que lhe permite reduzir custos tributários e, consequentemente, aumentar a sua rentabilidade. A utilização de benefícios fiscais, como as isenções e reduções de base de cálculo de ICMS, é uma estratégia que se alinha aos interesses da empresa, proporcionando uma gestão financeira eficiente e contribuindo para o crescimento sustentável. A reorganização societária, que permitiu reduzir o número de CNPJs e otimizar a gestão fiscal, reforça o compromisso da Cimed com a eficiência operacional e financeira, destacando uma prática de gestão voltada para a sustentabilidade e para o melhor aproveitamento dos recursos financeiros.
Entretanto, a análise também evidenciou alguns desafios significativos enfrentados pela empresa, sendo um deles a sua dependência do mercado nacional. Apesar de possuir uma presença sólida no Brasil, a expansão para o mercado internacional ainda é limitada, o que pode restringir o potencial de crescimento da empresa em cenários de instabilidade econômica interna. Além disso, a necessidade contínua de inovação no setor farmacêutico é um ponto que exige atenção constante, pois a capacidade de manter um pipeline robusto de novos produtos depende de altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o que é fundamental para sustentar a competitividade em um mercado tão dinâmico.
Outro ponto que merece destaque é a questão do ciclo de conversão de caixa, que embora esteja em um nível relativamente eficiente, ainda pode ser aprimorado para aumentar a competitividade da empresa. O ciclo de conversão de 100 dias, por exemplo, indica uma certa dependência de capital de giro, que poderia ser otimizado para reduzir os custos financeiros relacionados ao capital imobilizado. A melhora nesse ciclo permitiria à empresa liberar mais recursos para investimentos e inovação, além de aumentar a flexibilidade financeira para enfrentar possíveis oscilações de mercado e manter sua competitividade.
Retomando a proposta inicial do projeto, a análise buscou proporcionar uma visão integrada das diferentes áreas de gestão da Cimed, permitindo compreender como a empresa utiliza práticas de liderança, contabilidade, gestão financeira, marketing e recursos materiais e patrimoniais para manter sua posição no mercado. Através dessa abordagem multidisciplinar, foi possível constatar que a Cimed se destaca por suas boas práticas em diversas áreas, como a liderança humanizada e o planejamento tributário estratégico, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios que precisam ser tratados para garantir a continuidade de seu crescimento e a ampliação de sua atuação internacional. Essas constatações permitem reafirmar a importância de uma gestão integrada e estratégica para lidar com as demandas e complexidades do setor farmacêutico.
O aprendizado proporcionado por este projeto foi significativo, pois permitiu uma análise prática e detalhada das disciplinas acadêmicas aplicadas a um caso real, validando a teoria e permitindo a visualização das estratégias e desafios em um ambiente corporativo de grande porte. A partir dos problemas identificados, como a dependência do mercado interno e a necessidade de melhorias no ciclo de caixa, foram propostas soluções voltadas para a diversificação dos mercados e a otimização dos processos financeiros, que podem ajudar a empresa a alcançar um crescimento mais robusto e sustentável. O estudo validou a importância de práticas como a liderança inclusiva, o planejamento tributário estratégico e a gestão eficiente dos recursos financeiros, propondo também novas áreas de investigação, como a ampliação do alcance internacional e o fortalecimento da inovação como um diferencial competitivo essencial para a indústria farmacêutica.
4 CONCLUSÃO 
A análise final deste Projeto Integrador Multidisciplinar, que teve como foco a Cimed, possibilita uma visão abrangente e integrada da gestão organizacional, abordando desde aspectos financeiros e contábeis até a gestão de pessoas e marketing. Desde o início, a proposta deste trabalho visava aplicar os conceitos teóricos estudados nas disciplinas de Contabilidade, Dinâmica das Relações Interpessoais, Relações Étnico-Raciais, Fundamentos de Marketing, Gestão de Recursos Materiais e Patrimoniais, Gerenciamento de Pessoas e Técnicas de Negociação em um contexto prático, permitindo uma compreensão real e detalhada do funcionamento da empresa e dos desafios enfrentados no dia a dia. Nesse contexto, a escolha da Cimed se mostrou acertada, pois, como uma das principais farmacêuticas do Brasil, sua atuação reflete as complexidades da gestão corporativa em um mercado extremamente dinâmico e regulado, sendo um exemplo relevante para esta análise.
Dentre os pontos positivos que merecem destaque, estão o compromisso da Cimed com a liderança humanizada e a inclusão no ambiente de trabalho, que se mostram como aspectos fundamentais para a construção de um clima organizacional saudável e para o engajamento dos colaboradores. A liderança humanizada, mencionada pela diretora de Recursos Humanos Verônica Coelho, reflete uma prática de gestão que vai além do foco exclusivo em produtividade, valorizando também o bem-estar e o desenvolvimento pessoal dos colaboradores, através de um feedback constante e estruturado que visa alinhar expectativas, reconhecer esforços e promover melhorias. Essa abordagem, além de fortalecer os laços entre a empresa e seus colaboradores, contribui para um ambiente de trabalho acolhedor, inclusivo e propício à inovação, incentivando o desenvolvimento de uma cultura organizacional voltada para o crescimento e a colaboração.
Outro ponto positivo importante refere-se ao planejamento tributário da Cimed, que busca otimizar sua carga tributária de maneira legal, utilizando benefícios fiscais disponíveis através de práticas de elisão fiscal, o que, consequentemente, impacta diretamente a rentabilidade da empresa. A adoção de incentivos fiscais, como isenções e reduções de base de cálculo de ICMS, e a realização de uma reorganização societária que reduziu o número de CNPJs, são exemplos de uma gestão fiscal eficiente, voltada para a sustentabilidade financeira e para o melhor aproveitamento dos recursos. Esse planejamento, além de aumentar a rentabilidade, reforça a capacidade da empresa em enfrentaradversidades econômicas e sustentar o crescimento, destacando a importância de uma abordagem proativa e estratégica para a gestão tributária.
Entretanto, ao longo da análise, foram identificados desafios que precisam ser enfrentados pela Cimed para garantir a continuidade de seu crescimento. Um desses desafios é a sua dependência do mercado nacional, pois, apesar de possuir uma presença consolidada no Brasil, a expansão para mercados internacionais ainda é limitada, o que restringe o potencial de crescimento em um cenário de instabilidade econômica interna. Além disso, o setor farmacêutico exige constante inovação e, para manter um pipeline robusto de novos produtos, são necessários altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o que representa um desafio contínuo, especialmente em um mercado tão competitivo quanto o farmacêutico.
Outro aspecto que merece atenção é o ciclo de conversão de caixa da empresa, que, embora seja relativamente eficiente, ainda pode ser melhorado para aumentar sua competitividade e reduzir os custos financeiros relacionados ao capital imobilizado. O ciclo de conversão de caixa de 100 dias, por exemplo, indica uma certa dependência de capital de giro, que poderia ser reduzida através de melhorias nos processos logísticos e na gestão de estoques, permitindo a liberação de recursos para novos investimentos e para uma maior flexibilidade financeira. Com isso, a Cimed teria mais capacidade de responder rapidamente a mudanças de mercado e de se manter competitiva em um ambiente de constantes oscilações econômicas.
Retomando a proposta inicial do projeto, esta análise buscou proporcionar uma visão integrada das diferentes áreas de gestão da Cimed, permitindo compreender como a empresa utiliza práticas de liderança, contabilidade, gestão financeira, marketing e recursos materiais e patrimoniais para manter sua posição de destaque no mercado. Através dessa abordagem multidisciplinar, foi possível constatar que a Cimed se sobressai em diversas áreas, como na liderança humanizada e no planejamento tributário, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios que, se bem endereçados, podem garantir a continuidade de seu crescimento e sua expansão para novos mercados. Essas conclusões reforçam a importância de uma gestão integrada e estratégica, capaz de lidar com as demandas e complexidades do setor farmacêutico de forma eficiente e inovadora.
O aprendizado proporcionado por este projeto foi extremamente significativo, pois permitiu validar na prática os conceitos teóricos estudados, proporcionando uma visão clara das estratégias, práticas e desafios enfrentados em um ambiente corporativo de grande porte. A partir dos problemas identificados, como a dependência do mercado interno e a necessidade de melhorar o ciclo de caixa, foram sugeridas soluções que visam à diversificação de mercados e à otimização dos processos financeiros, de modo a ajudar a empresa a alcançar um crescimento mais sustentável e robusto. Além disso, o estudo confirmou a relevância de práticas como liderança inclusiva e eficiente, o planejamento tributário estratégico e a gestão financeira integrada, ao mesmo tempo em que sugeriu novas áreas de pesquisa, como a ampliação da atuação internacional e o fortalecimento contínuo da inovação como diferencial competitivo essencial no setor farmacêutico.
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