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TÓPICO 3 — DESENVOLVIMENTO SOCIAL, MORAL E EMOCIONAL 61 em rápida mudança do indivíduo, juntamente com as pressões para tomar decisões sobre educação e carreira futuras, cria a necessidade de questionar e redefinir a identidade psicossocial estabelecida durante os estágios anteriores. A adolescência é uma época de mudança. Os adolescentes experimentam vários papéis sexuais, ocupacionais e educacionais enquanto tentam descobrir quem são e quem podem ser. Esse novo senso de si mesmo, ou “identidade do ego”, não é simplesmente a soma das identificações anteriores, mas uma remontagem ou um alinhamento dos impulsos básicos do indivíduo (ego) com sua herança (resoluções das crises anteriores) e suas oportunidades – necessidades, habilidades, objetivos e demandas da adolescência e da idade adulta próxima (ERIKSON, 1998). 2.1.6 Estágio VI – Intimidade versus isolamento (19 a 40 anos) Uma vez que os jovens sabem quem são e para onde vão, está montado o cenário para a partilha da sua vida com outra pessoa. O jovem adulto está, agora, pronto para formar uma nova relação de confiança e intimidade com outro indivíduo, um parceiro de amizade, sexo, competição e cooperação. Esse relacionamento deve realçar a identidade de ambos os parceiros, sem sufocar o crescimento de nenhum deles (ERIKSON, 1998). O jovem adulto que não busca essa intimidade ou cujas repetidas tentativas fracassam pode se isolar. 2.1.7 Estágio VII – Generatividade versus estagnação/ autoabsorção (meia-idade, 41 a 65 anos) Generatividade é o interesse em estabelecer e guiar a próxima geração (ERIKSON, 1998). Normalmente, as pessoas atingem a generatividade criando seus próprios filhos. No entanto, a crise dessa fase também pode ser resolvida com sucesso por meio de outras formas de produtividade e criatividade, como o ensino. Durante esta fase, as pessoas devem continuar a crescer; do contrário, desenvolve-se uma sensação de estagnação e empobrecimento interpessoal, levando à estagnação, autoabsorção ou autoindulgência (ERIKSON, 1998). 2.1.8 Estágio VIII – Integridade versus desespero (velhice, após os 65 anos) No estágio final do desenvolvimento psicossocial, as pessoas fazem uma retrospectiva de sua vida e resolvem sua crise final de identidade. A aceitação de realizações, fracassos e limitações finais envolve um senso de integridade, ou plenitude, e uma compreensão de que a vida de uma pessoa tem sido sua própria responsabilidade (ERIKSON, 1998).