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W W W . A C P A P R O V A . C O M . B R
APROVA ACP
200 QUESTÕES
GABARITADAS
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AVISO IMPORTANTE
A Apostilas APROVA ACP não está vinculada a nenhuma organizadora de
Concurso Público.
A aquisição não garante o seu ingresso na carreira pública. 
Suas dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do e-mail:
aprovaconcursoacp@gmail.com 
PIRATARIA É CRIME É proibida a
reprodução total ou parcial desta apostila,
de acordo com o Artigo 184 do Código Penal.
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Dúvidas, dicas, críticas, sugestões:aprovaconcursoacp@gmail.com
Ortografia;
Morfologia
Hífen
Acentuação gráfica;
Onomatopeia, abreviações, derivação, hibridismo
Pontuação
Interpretação de texto
Coesão e coerência
Figura de linguagem
Organização textual
Prefixo e sufixo
Sintaxe
Crase
Por que/ porque/ porquê/ por quê
PORTUGUÊS PARA
CONCURSO
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01
PORTUGUÊS - APROVA ACP
ORTOGRAFIA
 A participação contínua da sociedade na gestão
pública é um direito assegurado pela Constituição
Federal, permitindo que o cidadão não só participe
da formulação das políticas públicas, como também
fiscalize de forma permanente a aplicação dos
recursos públicos. Assim, cada brasileiro tem o
direito não só de escolher, de quatro em quatro
anos, seus representantes, mas também de
acompanhar de perto, durante todo o mandato,
como esse poder delegado está sendo exercido,
supervisionando e avaliando a tomada das decisões
administrativas.
 O controle social pode ser feito por qualquer um
individualmente ou por um grupo de pessoas. Os
conselhos gestores de políticas públicas são canais
que permitem estabelecer uma sociedade na qual a
cidadania deixe de ser apenas um direito, para se
tornar uma realidade. A importância dos conselhos
está no seu papel de fortalecimento da participação
democrática da população na formulação e
implementação de políticas públicas.
 Os conselhos são encontrados nas três
instâncias de governo (federal, estadual e municipal).
Dentre os conselhos, podem ser citados o de saúde e
o de alimentação escolar. O primeiro é composto por
25% de representantes de entidades
governamentais, 25% de representantes de
entidades não governamentais e 50% de usuários
dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse
conselho, que deve se reunir pelo menos uma vez
por mês, acompanha as verbas que chegam pelo SUS
e participa da elaboração das metas para a saúde. O
conselho de alimentação escolar, por sua vez,
controla o dinheiro para a merenda e analisa a
qualidade da merenda comprada. 
No Brasil, tendo em vista suas dimensões e a
complexidade político-social de seus mais de cinco
mil municípios, é indispensável que haja fomento
permanente à participação social, a fim de que todos
possam tomar parte no controle dos gastos e
colaborar, desse modo, com a gestão pública.
Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas,
conforme o seguinte exemplo do texto:
A. também
B. público
C. saúde
D. mês
2. De acordo com o texto anterior, A terminação –ão
faz plural em –ãos na seguinte palavra do texto:
A. implementação
B. constituição
C. cidadão
D. gestão
OS SHORTINHOS E A FALTA DE DIÁLOGO
Li na coluna de Monica Bergamo na Folha da última
sexta-feira (5) a reportagem "A crise dos shortinhos
no colégio Rio Branco". Trata-se do seguinte: o
uniforme dessa escola pede bermudas, mas as
garotas querem usar shortinhos, pois não querem
ser obrigadas a "sofrer em silêncio com o calor do
verão", como afirmam em um abaixo-assinado
intitulado "Liberdade aos shortinhos".
Os argumentos das jovens, contidos no texto do
abaixo-assinado que li na internet, passam pelas
exigências diferentes feitas pela escola aos meninos
e às meninas, pela falta de recursos de algumas
alunas para comprar uma calça que substituiria o
shortinho vetado e pelo desrespeito dos meninos,
que não sabem controlar seus hormônios, qualquer
que seja a vestimenta das meninas. 
Resumo da história: a direção insiste no uso do
uniforme, e as jovens no uso do shortinho. Vale a
pena, caro leitor, pensar a respeito desse que seria
um conflito que representa muitos outros que
ocorrem diariamente em todas as escolas, mas que
já nasce como confronto. E quero destacar dois
pontos para esta conversa.
Não é incrível que, mesmo depois do movimento de
ocupação das escolas públicas de São Paulo e em
outros Estados, nossas escolas continuem a ignorar
a participação dos alunos, para que eles sintam de
forma mais concreta que fazem parte dela? Eles
precisam se sentir ativos e participativos na escola,
e não somente atender às regras a eles impostas.
Aliás, onde há regra, há transgressão, mas parece
que as escolas não sabem o que fazer quando as
transgressões ocorrem.
O grande receio da instituição escolar é o de ter de
atender a todas as demandas do alunado, inclusive
as impertinentes. Como a do uso do shortinho, por
exemplo. Mas aí cabe discutir, à luz do
conhecimento, a informalidade no mundo
contemporâneo e os seus limites em ambientes
profissionais, por exemplo.
Por que as escolas não discutem o uso do uniforme
com seus alunos, já que serão eles que o utilizarão?
Algumas poucas escolas já fizeram isso e
conseguiram adesão dos alunos que, inclusive, 
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
criaram as vestimentas que usam diariamente.
O segundo ponto que quero ressaltar é que a
falta de diálogo e de administração de conflitos
gera jovens que nem sequer conseguem elaborar
argumentos sólidos, coerentes e bem
fundamentados para suas idéias.
Faz parte do papel da escola ensinar os jovens a
debater, defender pontos de vista, dialogar,
argumentar e contra argumentar, mas sempre à
luz do conhecimento.
Hoje, porém, os alunos podem falar qualquer
bobagem, que famílias e escolas aceitam, não é?
Já testemunhei mães e pais aceitarem como
argumento dos filhos para fazer algo com as
explicações "porque todo mundo faz" ou "porque
está na moda". Já vi mães e professores
aceitarem as justificativas mais esfarrapadas dos
mais novos para algo que fizeram ou aceitar
desculpas deles sem que estes demonstrassem o
menor sinal de arrependimento. Falar por falar: é
isso o que temos ensinado aos jovens, mas que
não deveríamos. 
Precisamos honrar nosso papel de adultos e
levar a relação com os mais novos com
seriedade, mas sem sisudez. O bom humor no
trato com eles é fundamental para que eles não
ouçam tudo o que o adulto diz como um sermão,
como afirmou a diretora-geral do colégio ao qual
a reportagem citada se refere.
Rosely Sayão, jornal Folha de São Paulo, edição
de 9/2/16.
Assinale o trecho transcrito no qual conste um
vocábulo que deixou de ser acentuado em razão
das modificações introduzidas pela recente
reforma ortográfica da língua portuguesa.
A. Faz parte do papel da escola ensinar os jovens
a debater, defender pontos de vista, dialogar,
argumentar e contra argumentar".
B. “O bom humor no trato com eles é
fundamental”
C. “Precisamos honrar nosso papel de adultos e
levar a relação com os mais novos com
seriedade, mas sem sisudez”.
D. "coerentes e bem fundamentados para suas
ideias".
4. Assinale a alternativa que contenha um
vocábulo grafado incorretamente.
A. Deixe-me advinhar, você já ouviu isso em
algum lugar?
B. Minha irmã não sai do cabeleireiro, alisando
os cabelos.
C. Vamos analisar melhor os resultados dos
exames.
D. Eu adoro pizza de calabresa.
5. Assinale a alternativa em que a palavra
sublinhada foi corretamente aplicada. 
A. O chefe do tráfego de drogas foi preso ontem.
B. O mandado político do presidente dura 4
anos.
C. Não discrimine ninguém pela cor.
D. Ele sempre está de mal humor.
6. Assinale a alternativa correta quanto à
ortografia oficial.
A. Eles veem problema em tudo.
B. Isso não tem nada haver comigo.
C. Hoje fiquei menas cansada- HP14716724808291
25
PORTUGUÊS - APROVA ACP
Vendo você
gabaritar
01. B - 02. C - 03.D - 04.A - 05.C - 06.A - 07.D - 08.A - 09.A - 10.D
11.A - 12.C - 13.A - 14.B - 15.D - 16.D - 17.A - 18.A - 19.C - 20.B
21.D - 22.A - 23.D - 24.B - 25.A - 26.B - 27.C - 28.C - 29.A - 30.B
31.B - 32.A - 33.D - 34.A - 35.C - 36.A - 37.D - 38.C - 39.D - 40.A
41.E - 42.C - 43.E - 44.C - 45.D - 46.A - 47.E - 48.D - 49.C - 50.B
51.A - 52.D - 53.C - 54.A - 55.D - 56.A - 57.D - 58.D - 59.E - 60.B
61.D - 62.B - 63.C - 64.C - 65.D - 66.C - 67.C - 68.A - 69.A - 70.D
71.D - 72.C - 73.A - 74.A - 75.D - 76.A - 77.C - 78.C - 79.C - 80.D
81.C - 82.B - 83.C - 84.A - 85.D - 86.C - 87.C - 88.B - 89.A - 90.E
91.D - 92.E - 93.D - 94.B - 95.B - 96.D - 97.C - 98.A - 99.B - 100.C
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
01.Qual das palavras a seguir é um exemplo de
Hibridismo?
A. Digital.
B. Livreiro.
C. Sideral.
D. Sociólogo.
2. Palavras, palavras, palavras
 Criadas pelos humanos, as palavras são suscetíveis
ao tempo, como os humanos. Algumas mudam de
significado, outras vão desbotando aos poucos, e há
as que morrem na inanição do silêncio. Ninguém
mais chama o libertino de bilontra, a amante de
traviata ou o inocente de cândido. Depois de soar na
boca do povo e iluminar a escrita, bilontra, traviata e
cândido foram sepultadas nos dicionários junto as
que lá descansavam em paz. Em seus lugares brotam
novas, frescas e saltitantes, com significado igual - ou
quase. A língua é a mais genuína criação coletiva,
feita da contribuição anônima. O agito das palavras
traduz as mudanças do mundo - na ciência e
tecnologia, na economia e política, nas leis e religiões,
no comércio e publicidade, no esporte e
comunicação, nos costumes e valores.
 [...]
 Faz tempo não ouço a palavra cavalheirismo. Parece
que a igualdade de direitos das mulheres botou fora
o bebê, a água do banho e a bacia. Lá se foram
também delicadeza e cordialidade: louvadas no
passado, antes de sumir viraram sinônimo de perda
de tempo. Pessoa cordial passou a ser chata, cheia de
frescura, pé-no-saco, puxa-saco. Cortesia não morreu,
mas mudou: agora quer dizer brinde, boca-livre,
promoção! Crimes tem cúmplices, mas é rara a
cumplicidade entre casais.
 [...]
 Se as palavras morrem ou mudam de sentido, os
gestos, intenções e atitudes que designam também
morrem ou mudam de sentido. Cabe indagar: que
sociedade é essa que sepulta o cavalheirismo, a
delicadeza, a cordialidade e a compaixão? Que gente
é essa que enterra a honra? Que país é esse que
esvazia valores como educação e ética e faz da
cortesia um gesto interesseiro? Que confere respeito
e perdão aos poderosos e impõe aos destituídos o
dever e o sacrifício?
 Criadas pelos homens, palavras são do humano.
Intriga sejam justamente as que dizem o mais
humano do humano a perderem o sentido ou
morrerem. Ou será que estamos perdendo o prazer
da convivência? Ah, palavras, palavras, palavras ...
ARAUJO, Alcione. Palavras, palavras, palavras. Estado 
de Minas, Belo Horizonte, 05 jul 201 O Caderno
Cultura, p. 8.
Adaptado.
O texto convida-nos a refletir acerca do sentido
das palavras, sobretudo, no contexto social.
Explora-se constantemente o sentido da palavra,
a figuração de linguagem, a relação semântica
dos vocábulos. Entretanto, fenômenos de base
morfológica, como os processos de formação
das palavras, não são apontados pela autora.
Para isso, tomemos como objeto as palavras
"PUXA-SACO" e "PÉ-NO-SACO", utilizadas no
texto. Nesse sentido, marque a alternativa que
corresponde, respectivamente, ao processo de
formação das palavras destacadas:
A. composição por aglutinação e composição por
aglutinação
B. derivação parassintética e composição por
justaposição
C. composição por justaposição e composição
por justaposição
D. derivação regressiva e composição por
aglutinação
3. São formadas por hibridismo, como
agronegócio, todos os vocábulos da alternativa
A. endovenoso / hidrelétrica / fidalgo.
B.lobisomem / aguardente / embora.
C.bicicleta / cabisbaixo / malmequer.
D.burocracia / abreugrafia / monóculo.
4. Nas alternativas seguintes, uma palavra é
formada pelo processo denominado hibridismo.
A.zigue-zague.
B. burocracia.
C. planalto.
D. petróleo.
5. O Hibridismo consiste na formação de
palavras novas a partir de elementos de línguas
diferentes.
De posse do conceito, indique a alternativa
abaixo em que todas as palavras são formadas
por Hibridismo.
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
A. zincografia, planalto, passatempo.
B. Fernandópolis, bígamo, biodança.
C. microondas, malmequer, guarda-chuva.
D. desconfiômetro, aguardente, amor-perfeito.
6. O processo de formação da palavra
“Piromaníaco” é:
A. Derivação prefixal
B. Composição por aglutinação
C. Composição por justaposição
D. Hibridismo
7. È considerado um hibridismo a palavra:
A. ( ) emudecer
B. ( ) mandachuva
C.( ) infravermelho
D.( ) abreugrafia
E.( ) uivar
9. "Sim, senhora, eu respondi 'verdadeiro' em todas
as perguntas" - primeiro quadrinho. As vírgulas nesse
trecho foram empregadas em decorrência da mesma
norma gramatical da oração apresentada em qual
alternativa?
A. Regina, ontem, decidiu se desfazer de todas as
lembranças que a remetiam ao fim do romance -
atirou ao lixo presentes e velhas cartas.
B. Menino, já lhe disse tantas vezes: dê um jeito em
sua vida!
C. Emília, já uma senhora à época, ainda guardava
traços da beleza e classe que sempre a destacaram.
D. Machado de Assis, grande escritor brasileiro, foi o
primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
Pontuação
8. As regras para uso da vírgula são várias, e
aplicá-las adequadamente exige conhecimento
sintático sobre os termos que compõem a
oração e sobre as relações entre elas.
Tendo isso em vista, observe o segundo
quadrinho. Nele, a vírgula foi empregada
porque:
A. separa o aposto
B. isola o vocativo
C. substitui um pronome
D. identifica o advérbio
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
11. Nos três quadrinhos, em relação ao
raciocínio do personagem, o uso das reticências
tem a função de indicar:
A. continuidade
B. hesitação
C. devaneio
D. ironia
12. REPOLHOS IGUAIS
Sempre me impressiona o impulso geral de
igualar a todos ser diferente, sobretudo ser
original, é defeito Parece perigoso E, se formos
diferentes, quem sabe aqui e ali uma
medicaçãozinha ajuda.
Alguém é mais triste? Remédio nele. Deprimido?
Remédio nele (ainda que tenha acabado de 
10. Esse conselho, que deve se reunir pelo
menos uma vez por mês, acompanha as verbas
que chegam pelo SUS (l. 36-39)
O trecho sublinhado está entre vírgulas por
expressar ideia de:
A. explicação
B. finalidade
C. condição
D. causa
perder uma pessoa amada, um emprego, a
saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto?
Remédio na adolescência para parar de crescer.
Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais
estudioso, estudioso demais? A gente se
preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai
demorar a conseguir marido)
Não podemos, mas queremos tornar tudo
homogêneo, meninas usam o mesmo cabelo, a
mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos,
aquele boné virado. Igualdade antes de tudo,
quando a graça, o poder, a força estão na
diversidade. Narizes iguais, bocas iguais,
sobrancelhas iguais, posturas iguais.
Não se pode mais reprovar crianças e jovens na
escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou
vergonhoso, ter mais talento, ser mais sonhador,
ter mais sorte, sucesso, trabaihar mais e melhor.
Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos,
se possível... iguais. E assim, com tudo o que
pode ser controlado com remédios, nos
tornamos uma geração medicada. Não todos -
deixo sempre aberto o espaço da exceção para
ser realista, e respeitando o fato de que para
muitos os remédios são uma necessidade -, mas
uma parcela crescente da população é
habitualmente medicada.
Remédios parapressão alta, para dormir, para
acordar, para equilibrar as emoções, para
emagrecer, para ter músculos, para ter um
desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão
de estar com 30 anos quando se tem 70 Faz
alguns anos reina entre nós o diagnóstico de
déficit de atenção para um número assustador
de crianças.
Não sou psiquiatra, mas a esta altura de minha
vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais
agitadas, ou distraídas, mas nem por isso
precisadas de medicação a torto e a direito. Fala-
se, não sei em que lugar deste mundo louco, em
botar Ritalina na merenda das escolas públicas.
Tal fúria de igualitarismo esconde uma ideologia
tola e falsa.
Se déssemos a 100 pessoas a mesmg quantidade
de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois 
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
anos todas teriam destino diferente: algumas
multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam;
outras o guardariam; outras ainda o dedicariam ao
bem (ou ao mal) alheio.
Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças
e jovens com medicamentos para que não estorvem
os professores já desesperados por falta de estímulo
e condições, ou para permitir aos pais se
preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto
os pais trabalham ou fazem academia ou
simplesmente viajam, nem valerá a pena.
Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e
jovens mais violentos e inquietos quando a
medicação for suspensa. Bastam, para desatenção,
agitação e tantas dificuldades relacionadas, as
circunstâncias de vida atual.
Recentemente, uma pediatra experiente me relatou
que a cada tantos anos aparecem em seu consultório
mais crianças confusas, atônitas, agitadas demais,
algumas apenas sofrendo por separações e novos
casamentos, em que os filhos, que não querem se
separar de ninguém, são puxados de um lado para o
outro, sem casa fixa, um centro de referência, um
casal de pais sempre os mesmos.
Quem as traz são mães ou pais em igual estado.
Correrias, compromissos, ansiedade por estar na
crista da onda, por participar e ser o primeiro, por
não ficar para trás, por não ser ignorado, por cumprir
os horários, as prescrições, os comandos, tudo o que
tantas pressões sociais e culturais ordenam,
realmente estão nos tornando eternos angustiados e
permanentes aflitos.
Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar
para pensar, roubar alguns minutos para olhar,
contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do
padrão. Então seguimos em frente, nervosos com
nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo,
psiquiatra e medicamento para sermos todos uns
repolhos iguais.
Lya Luft, disponível em
[http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/lema-
livre/iya-luft-repoihos-iguais/], publicado em
10/5/2014, consultado em 18/10/2014.
''Remédios para pressão alta, para dormir, para
acordar para equilibrar as emoções, para emagrecer,
para ter músculos, para ter um desempenho sexual
fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos
quando se tem 70''
Quanto às vírgulas empregadas no período, elas se
justificam por isolar:
 
A. adjuntos adverbiais deslocados.
B. apostos sucessivos.
C. expressões explicativas.
D. elementos coordenados.
13. Tendo por base a frase ''Venha aqui, seu
vagabundo'', analise as afirmações seguintes.
I. Temos na oração, um verbo conjugado no
modo imperativo.
II O vocábulo ''seu, no caso é um pronome
possesivo.
III. A vírgula foi empregada para isolar o
vocativo.
É correto o que se afirmou em:
A. I, apenas.
B. I e III, apenas.
C. II e III, apenas.
D. I, II e III.
14. Hora de revisão (MAKHTAR DIOP*)
Para a enorme maioria das pessoas a melhor
proteção social é ter um emprego. No Brasil, o
robusto crescimento dos últimos anos e a
estabilidade macroeconômica tiraram milhões
da pobreza e os ampararam na crise financeira
internacional.
Mas esse mesmo episódio deixou claro que,
além de criar condições para o desenvolvimento
através da oferta de trabalho, os governos
precisam ter programas que sirvam de amparo
para os mais vulneráveis.
Países como Brasil, México e Chile têm
experiências de vanguarda nessas áreas. Outras
nações da América Latina buscam aprender
como melhorar a inclusão e diminuir
disparidades e distorções.
Nesse contexto, o Rio sedia uma importante
conferência internacional que debaterá
inovações e desafios da proteção social na
região, patrocinada pelo Banco Mundial, o
Ministério de Desenvolvimento Social e a
Prefeitura.
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30
PORTUGUÊS - APROVA ACP
No Brasil e na maior parte dos países da América
Latina, a proteção social é um direito
fundamental dos cidadãos.
Um rápido olhar pela região, onde a crise levou
dez milhões de pessoas de volta à pobreza,
deixa clara a importância dessas garantias. As
falhas na proteção social são trágicas para as
pessoas de baixa renda. Necessidades imediatas
impostas pela perda de um emprego ou mesmo
uma doença podem levar a escolhas que
prejudicam o futuro de toda uma família, por
exemplo ao deixar de matricular os filhos na
escola.
Tornar esses direitos uma realidade é uma
tarefa árdua, mas com enorme impacto.
O Brasil empreendeu uma mudança dramática
no enfoque de suas políticas nas últimas
décadas, com programas como o Bolsa Família, o
FUNDEB, a previdência rural, a expansão do
emprego formal e dos benefícios trabalhistas.
O acerto dessas decisões ficou evidente na crise
internacional - o consumo dos beneficiados pelo
sistema de proteção social ajudou a absorver o
choque e impulsionou o crescimento logo em
seguida.
Estima-se que mais de 20 milhões de brasileiros
deixaram a pobreza desde 2003 e que a
desigualdade de renda tenha sido reduzida em
3%. A eficiência do sistema de proteção social do
país foi central para isso.
A experiência brasileira de desenvolvimento
econômico com inclusão social - algo que ate
pouco tempo acreditava-se quase impossível -
logrou importantes êxitos, mas a pobreza e a
desigualdade persistem em níveis altos demais
para um país com o potencial do Brasil.
Os programas de proteção social e crescimento
são capazes de melhorar o bem-estar das
pessoas e reduzir a pobreza até certo patamar.
Uma abordagem mais abrangente, que também
impulsione as pessoas - oferecendo
oportunidades quando mais se precisa delas -
traria resultados maiores e mais definitivos.
Para tal, é essencial aumentar a coordenação
entre os diversos programas e a ligação entre as
iniciativas de proteção com a inserção no
mercado de trabalho, algo que ainda é frágil na 
 
grande maioria dos países da região. Por outro
lado, multiplicar o impacto de programas como
o Bolsa Família e o Oportunidades, do México,
esbarra na concentração de benefícios
garantidos a alguns poucos grupos, em
particular através do sistema de Previdência.
Outro desafio do Brasil e em geral da América
Latina é desmontar os subsídios que estimulam
a informalidade, e passar a subsidiar a transição
para o emprego formal - desenvolvendo o
capital humano.
Esta não é uma agenda temporária ou
transitória, mas fundamental para quebrar a
transmissão da pobreza entre as gerações. A
experiência mostra que não são necessários
enormes investimentos para transformar as
oportunidades disponíveis aos filhos das
famílias mais pobres. (...)
*MAKHTAR DIOP é diretor do Banco Mundial
para o Brasil
“Países como Brasil, México e Chile têm
experiências de vanguarda nessas áreas."
No exemplo acima, a vírgula é empregada para:
A. indicar aposto
B. marcar vocativo
C. assinalar enumeração
D. destacar inversão
15. A vírgula empregada no primeiro quadrinho
se justifica pelo mesmo motivo daquela utilizada
na sentença de qual alternativa?
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
A. A menina Lucy, sua irmã e algumas amigas
decidiram se inscrever num concurso de danças
- o prêmio era tentador.
B. Ainda que não goste dele, Lucy - deve
respeitá-lo.
C. Não vamos nos envolver com problemasque
não nos dizem respeito, disse Lucy.
D. Há pessoas que não conseguem se controlar
em uma discussão - Lucy, minha irmã, é uma
delas.
C. "É muita ignorância! Perdemos a humanidade!
Só resta egoísmo, ganância e ignorância!"
D. "O problema da população de rua se enfrenta
de outra maneira: com OPORTUNIDADE e com
ACOLHIMENTO". 
16. Padre Julio Lancellotti criticou estruturas
instaladas em torno de árvores no Rio de
Janeiro. Segundo o religioso da Pastoral do Povo
da Rua de São Paulo, a intenção é impedir ou
dificultar a permanência de pessoas em situação
de rua na área, como já foi feito em São Paulo.
 Na imagem publicada no perfil do padre no
lnstagram, nota-se que a estrutura que se
assemelha a um banco traz divisórias para evitar
que pessoas se deitem à sombra.
 "Aporofobia em ação", escreveu o padre.
 
 "O Brasil odeia pobre. É algo naturalizado. E
explica muito do país ... ", escreveu um
internauta na postagem.
 "O problema da população de rua se enfrenta
de outra maneira: com OPORTUNIDADE e com
ACOLHIMENTO", afirmou uma mulher.
 "É muita ignorância! Perdemos a humanidade!
Só resta egoísmo, ganância e ignorância!",
comentou outra.
A notícia é um gênero jornalístico cujo objetivo
principal é informar. Sendo assim, caracteriza-se
como um texto informativo, geralmente sem
teor opinativo.
A passagem do texto em que predomina a
informação, sem teor opinativo, é:
A. "O Brasil odeia pobre. É algo naturalizado. E
explica muito do país ... "
B. "Padre Julio Lancellotti criticou estruturas
instaladas em torno de árvores no Rio de
Janeiro."
Interpretação de texto
17. A charge pode ser conceituada como toda
ilustração que visa criticar fatos da atualidade,
por meio do humor e de ironia.
No caso de charge de Luiz Fernando Cazo, é
possível dizer que:
A. o texto é alienado, uma vez que há apenas o
uso de recursos jocosos
B. por meio da ironia, o autor critica a situação
política nacional
C. há uma construção ambígua, impossibilitando
uma correta interpretação do texto
D. o autor se vale do humor para expressar seu
ponto de vista a respeito de fenômenos naturais
18. Leia o poema abaixo, de autoria do poeta
brasileiro contemporâneo Fabio Sanches, e
responda às questões 14, 15 e 16
ÀS MARGENS DOS OLHOS TEUS
Os teus olhos cristalinos
e verdes de um verde mar
contemplei como um menino
tal Narciso a mergulhar.
E descendo profundo
pro fundo do teu olhar,
era o mais feliz do mundo,
mas estava a naufragar.
Morrendo nas profundezas
do fundo do teu olhar,
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
minhas mãos estavam presas,
eu não podia respirar.
Netuno, que me viu sofrendo,
pois reina no teu olhar,
enviou um forte vento,
movendo o imenso mar.
Pelas ondas fui enviado
às margens do teu olhar
donde eu tenho chorado
salgando o imenso mar.
ibilita que um texto seja organizado de forma
harmônica, levando o receptor a compreendê-lo
conforme o contexto estabelecido pelo emissor.
No caso do poema de Fabio Sanches, a
alternativa cuja palavra destacada indica
corretamente um recurso coesivo é:
A. "Netuno, QUE me viu sofrendo,"
B. "do fundo do TEU olhar,"
C. "MOVENDO o imenso mar."
D. "às MARGENS do teu olhar"
19. (De acordo com o texto anterior) A língua
falada e a língua escrita são utilizadas de acordo
com os diferentes contextos em que o emissor
quer se comunicar. Considerando contextos de
descontração e no dia a dia, a variante popular é
bastante utilizada.
O verso do poema em que se pode identificar o
uso não formal da língua portuguesa é:
A. "e verdes de um verde mar"
B. "E descendo profundo"
C. "pro fundo do teu olhar,"
D. "era o mais feliz do mundo,"
20. Enquanto uma parcela razoável da
população está ansiosa __ (I) __ espera dos
descontos monumentais da Black Friday, __ (II) __
um grupo seleto de economistas e psicólogos
que aguardam o final de novembro por outro
motivo: a data é um enorme (e Imprevisível)
experimento científico de economia
comportamental, em que se joga dinheiro fora __
(III) __ rodo, de maneira irracional.
..
Pesquisadores como Richard Thaler - que levou
um Nobel em outubro - fizeram história ao
somar as nuançes do comportamento humano à
teoria econômica clássica. E é justamente em
cima dessa união entre psicologia e dinheiro que
as lojas trabalham para te convencer de que vale
a pena torrar todas as moedas do porquinho em
um dia só. Mesmo quando os descontos não
estão tão bons assim.
..
Gastar dinheiro é um negócio que dói. Acontece
que dói bem menos quando você olha em volta
e todo mundo está fazendo a mesma coisa. Um
artigo científico de 2009, da Universidade da
Carolina do Norte, concluiu que nós não agimos
de forma pouco ética só quando o custo-
benefício da ação é bom. Nós também nos
baseamos no comportamento de quem está em
volta, mesmo que de maneira inconsciente.
..
É claro que gastar dinheiro não é antiético. Mas
é algo que te deixa culpado, com peso na
consciência. Que te faz pensar duas vezes.
Quando todos os vizinho estão chegando em
casa com TVs, porém, você tende a pensar que
comprar algo um pouco mais barato - digamos,
uma torradeira - não é tão grave assim.
..
Compilado. Bruno Vaiano. Disponível em
[https://super.abrll.com.brlcomportamento/4-
truques-pslcologlcosque-exp/lcam-o-sucesso-da-
black-friday/}. Publicado em 24.11.2021 e
consultado em 28.11.2021.
Sobre a linguagem empregada no texto, assinale
a alternativa correta.
A. É predominante jornalística e para reforçar o
cunho informativo o autor lançou mão da
linguagem formal e do emprego da norma culta.
B. Está eivada de erros crassos que fogem às
determinações da norma culta - entre eles o
emprego de expressões chulas como "usar todas
as moedas do porquinho" e "vale a pena torrar".
C. Aproxima-se da linguagem coloquial e
emprega expressões informais da linguagem
falada no dia a dia.
D. O excesso de formalismo empregado pelo
autor torna erudito o texto, porém, pouco
inteligível ao público menos letrado.
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21. De acordo com o texto da questão anterior:
A. há uma ansiedade generalizada do público em
relação à Black Friday, entre eles um seleto
grupo de economistas que aguardam os
descontos monumentais da ocasião.
B. a teoria econômica clássica preceitua ser
indispensável ao ser humano aproveitar os
descontos de ocasião com o escopo de poupar e
ampliar o patrimônio pessoal futuro.
C. Richard Thaler ganhou um Nobel em
economia ao estabelecer a relação entre as
nuances do comportamento humano e o desejo
de empregar o dinheiro com parcimônia.
D. as lojas em geral utilizam-se da união entre
psicologia e dinheiro para convencer
consumidores a comprar seus produtos, ainda
que não ofereçam descontos substanciosos.
22. PARA MUITOS JOVENS, NÃO FAZ MAIS
SENTIDO CORRER ATRÁS DE UM DIPLOMA
Uma sensação de desalento ronda a juventude
brasileira. Motivos não faltam e causas são
muitas. A pandemia, crise econômica, política e
de valores, soma-se uma percepção generalizada
de que um diploma universitário já não garante
muita coisa.
Além das altas taxas de desemprego estrutural
que atingem amplos setores da economia,
restringindo oportunidades, as organizações são
cada vez mais rigorosas ao apurar as reais
competências de profissionais candidatos a uma
vaga. São cobrados conhecimentos e habilidades
raramente proporcionados pela maioria dos
cursos superiores, principalmente os oferecidos
por instituições particulares de baixa qualidade.
O resultado vê-se em toda parte: engenheiros,
economistas e tantos outros diplomados
tentando seu ganha-pão em ocupações
precarizadas que nada tem a ver com sua área
de formação.
Diante do quadro, muitos jovens começam a
questionar se vale a pena tanto esforço por um
diploma. Isso pode explicar, em parte, a queda
acentuada de inscrições para vestibulares e para
o Enem, bem como a alta evasão registrada em
cursos universitários.
Claro que os impactos da pandemia sobre o 
sistema educacional Influenciamatingindo
principalmente os jovens em situação de maior
vulnerabilidade socioeconômica. Os quase dois
anos de paralisação das atividades presenciais
nas escolas e a dificuldade de acesso aos meios
remotos de educação fazem com que muitos
estudantes se sintam despreparados para
enfrentar o desafio das provas. Mas isso não
explica tudo.
Falta ao Brasil uma política para a juventude. A
começar por uma verdadeira reforma do ensino
médio que dê sentido e significado para a
educação superior. As recentes iniciativas nessa
direção não passam de um arremedo de
reforma.
Muita propaganda, nada aconteceu e pode
piorar. Acenam com opções vocacionais que, na
prática, não serão oferecidas, face à pobreza de
condições da maioria das escolas. Criam uma
ilusão de profissionalização onde não há
laboratórios, internet, professores capacitados.
Assim, por se tratar de pura miragem, geram
maior frustração, especialmente entre os alunos
de escolas públicas desconfiados de que o
ensino superior não vai resolver os déficits
acumulados no nível básico. Isso precisa mudar.
Todos sabem que o futuro de um país depende
de seus jovens.
Compilado. Cesar Callegari. Jornal "Folha de São
Paulo", 6.11.2021.
Assinale a alternativa que não representa
inferência possível da leitura do texto.
A. É comum observarmos profissionais
graduados como engenheiros e economistas,
entre outros, ocupando postos de trabalho que
não correspondem à área de formação por eles
originalmente escolhida.
B. Conhecimentos e habilidades cobrados dos
candidatos a emprego nas Organizações são
proporcionados pela maioria dos cursos
superiores, em especial as universidades
particulares, infelizmente inacessíveis à
população de baixa renda.
C. Os impactos da pandemia sobre o sistema
educacional atingiram de forma mais acentuada
jovens em situação de maior vulnerabilidade
socioeconômica.
D. O Brasil carece de uma reforma efetiva do 
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ensino médio que dê significado para a
educação superior e supere uma ilusão de
profissionalização.
23. Independentemente de eventuais ganhos
sociais, as cifras altas das edições recentes dos
Jogos Olímpicos têm levado cada vez menos
cidades a lançarem candidaturas para receber o
megaevento. (6° parágrafo)
No trecho, o segmento sublinhado indica em
relação ao restante da frase ideia de:
A. condição
B. finalidade
C. comparação
D. adversidade
24. O COMPORTAMENTO DIGITAL QUE APONTA
DEDOS, JULGA E OPRIME SEM DÓ
 O exposed é uma tática de exposição, com
reunião de provas, áudios, imagens, vídeos e
relatos que trazem ao grande público uma
situação que oprime uma determinada pessoa
ou um grupo inteiro. Ou seja, é basicamente um
cancelamento. A diferença entre eles é que o
cancelamento é o resultado de um exposed bem
executado: causa e efeito potencializados pela
virulência virtual. Nem sempre o exposed é algo
edificante culturalmente. Ás vezes, pode ser um
esclarecimento de fofoca de celebridade, como
aconteceu, por exemplo, ano passado, quando
um jornalista jogou nas redes áudios de uma
famosa cantora falando mal de pessoas do
showbiz. Não muda a vida de ninguém, mas
serve como entretenimento para fãs ávidos por
uma confusão pop.
 Muito além de briga de fãs, o exposed tem sido
usado como tentativa de corrigir erros históricos
na sociedade. Em uma atitude comovente, um
usuário anônimo criou nas redes sociais o perfil
Moda Racista, que rapidamente viralizou com
dezenas de exposeds de grandes nomes da
moda em comportamentos antigos, alienados e,
principalmente, injustos. O grito reverberou em
muitas vozes, principalmente entre as negras e
LGBTQIA+, que estão exaustos de passar por
constrangimentos em situações que foram 
naturalizadas como corriqueiras na indústria:
racismo, gordofobia e assédios morais. Condutas
indecentes não serão mais aceitas. Já passou da hora
de escancararmos a urgência de mudança que uma
geração pretende promover - e vai conseguir.
 Há muitas polêmicas sobre o exposed e o
cancelamento serem práticas desproporcionais, que
exigem o apagamento de pessoas - o que não
necessariamente corrige o problema anterior e pode
levar a uma desestabilidade emocional em tempos de
já frágil saúde mental. Houve recentemente um caso
de acusação de um youtuber que teria compartilhado
pornografia infantil ainda não comprovada e com
investigação em curso pelas autoridades. Enquanto o
imbróglio não se resolve, o tribunal digital massacra
o youtuber, que já convive com problemas como
depressão e alcoolismo de outras épocas. Existe
também a questão do efeito rebote: pessoas
canceladas costumam ganhar atenção, mesmo que
negativa, e isso reflete em números absolutos de
publicidade espontânea, como menções na imprensa
e grande aumento de seguidores.
 Se você quer se juntar ao coro da denúncia, vá em
frente, mas é sempre bom ponderar qual a intenção
por trás dos seus cliques: jogar lenha na fofoca ou
corrigir estruturas? Tão importante quanto dar
visibilidade à pauta nas redes sociais é avaliar que
você está dando importância para tal marca ou
artista. Há quem diga que já tem marca que planeja
ações politicamente incorretas de propósito, só para
"irritar" a internet e ganhar destaque na mídia. É o
famoso " falem mal, mas falem de mim". Afinal, o
antimarketing também tem resultados.
 
 CAIO BRAZ
 Adaptado de
 https://vogue.globo.com/llfestyle/cultura/noticia/20
 20/08/cultura-do-exposed-o-comportamento-
 digital- que-aponta-dedos-julga-e -oprime-sem-
 do. html, 04/08/2020.
Condutas indecentes não serão mais aceitas. Já
passou da hora de escancararmos a urgência de
mudança que uma geração pretende promover -
e vai conseguir. (2º parágrafo) 
Em relação à primeira frase do trecho, a
segunda expressa sentido de:
A. oposição
B. conclusão
C. concessão
D. explicação
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25. Muitos entraves ainda separam as crianças
brasileiras de um cenário onde todas elas
possam desenvolver toda seu potencial e
receber o afeto que precisam. São obstáculos -
novos e antigos - que permeiam as áreas
socioeconómicos, educacionais ou mesmo as
que envolvem saúde ou politicas publicas.
 Os desafios começam logo ao nascimento, com
a taxa de mortalidade infantil voltando a crescer
pela primeira vez em mais de 15 anos. É os
riscos continuam. Risco de ser exposto à
violência logo em seus primeiros anos. Desafio
de obter uma vaga na creche, visto que entre as
mais vulneráveis apenas 26% conseguem acesso.
Ou até mesmo de ser prejudicado por políticas
públicas que não colocam a criança de até 6
anos como prioridade [...]
https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/a-prímelra-
infancia/
São obstáculos - novos e antigos - que permeiam
as áreas socioeconômicas ...
Considerando o contexto e mantendo-se o
sentido, a palavra sublinhada pode ser
substituída por
A. unificam
B. dissociam
C. incorporam
D. transpassam
26. Muitos entraves ainda separam as crianças
brasileiras de um cenário onde todas elas
possam desenvolver toda seu potencial e
receber o afeto que precisam. São obstáculos -
novos e antigos - que permeiam as áreas
socioeconómicos, educacionais ou mesmo as
que envolvem saúde ou politicas publicas.
 Os desafios começam logo ao nascimento, com
a taxa de mortalidade infantil voltando a crescer
pela primeira vez em mais de 15 anos. É os
riscos continuam. Risco de ser exposto à
violência logo em seus primeiros anos. Desafio
de obter uma vaga na creche, visto que entre as
mais vulneráveis apenas 26% conseguem acesso.
Ou até mesmo de ser prejudicado por 
políticas públicas que não colocam a criança de
até 6 anos como prioridade [...]
https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/a-prímelra-
infancia/
Desafio de obter uma vaga na creche, visto que
entre as mais vulneráveis, apenas 26%
conseguem acesso.
A correção gramatical e o sentido do texto
seriam preservados caso se substituísse a
expressão sublinhada por
A. à medida que
B. uma vez que
C. mesmo queD. ainda que
27. "Além das altas taxas de desemprego
estrutural que atingem amplos setores da
economia" No contexto em que está inserido o
tenno destacado sinaliza:
A. adição.
B. oposição.
C. explicação.
D. causa.
28. _(I) __ 64 anos, um adolescente fascinado por
papel impresso notou que, no andar térreo do
prédio onde morava, um placar exibia _(li) __
cada manhã a primeira página de um jornal
modestíssimo, porém jornal. Não teve dúvida.
Entrou e ofereceu os seus serviços ao diretor,
que era, sozinho, todo o pessoal da redação. o
homem olhou-o, cético, e perguntou:
- Sobre o que pretende escrever?
- Sobre tudo. Cinema, literatura, vida urbana,
moral, coisas deste mundo e de qualquer outro
possível.
O diretor, ao perceber que alguém, mesmo
inepto, se dispunha a fazer o jornal para ele,
praticamente de graça, topou. Nasceu aí, na
velha Belo Horizonte dos anos 20, um cronista
que ainda hoje, com a graça de Deus e com ou
sem assunto, comete as suas croniquices.
Comete é tempo errado de verbo. Melhor dizer:
cometia. Pois chegou o momento deste
contumaz rabiscador de letras pendurar as 
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Um estudo que analisou dados de centenas
de cidades brasileiras ao longo de 16 anos
sugere que o aumento de 1 grau Celsius na
temperatura média pode elevar em quase 1%
o risco de internações por doenças que
afetam os rins. Esse estudo foi feito pela
Universidade de São Paulo (USP) e pela
Universidade Monash, da Austrália e avaliou
os registros de saúde de 1.816 cidades
brasileiras entre 2000 e 2015.
No período, foram registradas mais de 2,7
milhões de internações relacionadas a
problemas nesses órgãos, como pielonefrite
(um tipo de inflamação), falência renal aguda
e doença renal crônica. O trabalho, recém-
publicado no periódico especializado The
Lancet Regional Health - Américas, sugere
que 7,4% de todas essas internações, ou 202
mil casos de crise renal, podem ser
atribuídas diretamente ao aumento da
temperatura.
chuteiras (que na prática jamais calçou) e dizer
aos leitores um ciao-adeus sem melancolia, mas
oportuno.
Ciao. Carlos Drummond de Andrade. Compilado.
O trecho abaixo será utilizado na resolução das
questões 3 e 4.
"olhou-o, cético, e perguntou"
o olhar cético a que se refere o excerto pode ser
entendido como um olhar:
A. descrente.
B. colérico.
C. indiferente.
D. debochado.
29. COMO AQUECIMENTO GLOBAL PODE ESTAR
POR TRÁS DE 200 MIL CASOS DE DOENÇA RENAL
NO BRASIL
Cuidar dos rins num cenário de aquecimento
global exige as mais variadas ações, que vão
desde
atitudes simples até políticas públicas
complexas.
1.
2.
Embora o estudo seja de associação e não
permita estabelecer uma relação direta de causa
e efeito, os autores especulam algumas possíveis
explicações para a ligação entre aumento da
temperatura e mais doenças nos rins. "De forma
geral, os problemas renais podem acontecer por
causa da desidratação, que está relacionada ao
aumento na temperatura", explicam os médicos
Yuming Guo e Shanshan Li, professores de saúde
ambiental e saúde pública da Universidade
Monash e autores principais do artigo.
A mecânica é relativamente simples: no calor, o
suor ajuda a manter a temperatura corporal
estável. Mas a perda de líquidos pode dificultar o
trabalho dos rins, que sofrem para cumprir a sua
missão de filtrar o sangue e manter o equilíbrio
de diversas substâncias essenciais para nossa
sobrevivência. Esses órgãos, então, podem passar
por crises agudas e deixam de funcionar como
deveriam ou sofrem com infecções e inflamações
decorrentes de todo esse desgaste.
O trabalho recém-publicado ainda observou que a
saúde renal de alguns grupos acaba mais afetada
pelo aumento da temperatura. Os que mais
sofrem com a subida do calor são as mulheres, as
crianças com menos de 4 anos e os idosos com
mais de 80 anos. Para o patologista Paulo Saldiva,
professor da Faculdade de Medicina da USP e um
dos cientistas brasileiros que assinam o estudo,
dois fatores ajudam a explicar essa maior
vulnerabilidade, especialmente nos extremos da
vida. "Indivíduos muito jovens ou muito idosos
costumam ter o 'termostato' do corpo, que
envolve receptores na pele responsáveis por
perceber o calor, imaturo ou desregulado. Com
isso, o organismo não aciona muito bem os
mecanismos que regulam a temperatura", afirma.
Além disso, é necessário ofertar água
continuamente para pessoas dessas faixas
etárias, pois a percepção de sede é diferente e se
modifica ao longo da vida. Sem a vontade de
beber água (ou sem a possibilidade de pegar um
copo por conta própria, no caso dos bebês), o
risco de desidratação fica ainda mais alto. E essa
sequência de características e particularidades
dessas idades prejudica, mais uma vez, os rins.
1.
2.
3.
4.
29. Selecione, a seguir, a alternativa que contém
uma afirmação correta sobre as informações mais
importantes do primeiro parágrafo.
A. O risco de internações por doenças que afetam
o rim é a causa indireta para o aumento da
temperatura, conforme o estudo mencionado.
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B. Mais de cem cidades do Brasil forneceram,
direta ou indiretamente, dados para o estudo
mencionado.
C. Há um estudo feito por algumas
universidades brasileiras que leva em
consideração a frequência entre aumento de
temperatura e aumento de doenças graves nos
rins.
D. Um estudo chegou a conclusão de que mais
de cem cidades brasileiras podem apresentar
aumento de internações por doenças renais nos
próximos 16 anos.
30. Analise o seguinte enunciado retirado do
terceiro parágrafo DO TEXTO DA QUESTÃO
ANTERIOR.
...
"Embora o estudo seja de associação e não
permita estabelecer;· uma relação direta de
causa e efeito (...)".
...
Em relação à afirmação feita pelos autores,
nesse mesmo parágrafo, é possível considerar
que:
A. o estudo apresentado está em sua fase final,
pois já é possível estabelecer a relação entre
causa e efeito.
B. os autores apresentam dados conclusivos
sobre o estudo.
C. existem definições dadas pelos autores como
definitivas sobre o aumento da temperatura.
D. tais afirmações feitas pelos autores não
podem ser consideradas definitivas.
31. Analise o seguinte trecho retirado do sexto
parágrafo.
"Além disso, é necessário ofertar água
continuamente para pessoas dessas faixas
etárias, pois a percepção de sede é diferente e
se modifica ao longo da vida."
O termo grifado (além disso), em relação ao
quinto parágrafo, tem a função de:
A. apenas resumir as informações do quinto
parágrafo.
B. resumir o quinto parágrafo e fazer menção às 
suas principais informações.
C. apenas fazer remissão às principais ideias do
quinto parágrafo.
D. resgatar ideias particulares do quinto
parágrafo para ampliar suas informações.
32. Sobre a charge acima é válido asseverar que:
A. é inequívoca crítica à rebeldia infantil.
B. exalta a liberdade de expressão conferida às
crianças de modo geral.
C. a ausência da linguagem verbal torna a
charge ininteligível.
D. faz referência à tentativa forçosa de
padronização de pensamentos.
33. Texto: SEDIAR OU NÃO: O DEBATE
ECONÔMICO SOBRE AS OLIMPÍADAS
 Os Jogos Olímpicos de Tóquio resultaram em
perdas econômicas para o Japão e reforçou o
debate sobre se vale a pena sediar os Jogos ou
não. A edição Tóquio 2020 foi realizada em
circunstâncias excepcionais: a crise sanitária
global tornou inevitável uma diminuição do
potencial ganho financeiro. A discussão que
questiona se os retornos econômicos
compensam os custos, no entanto, é anterior a
2020 e 2021.
 Um estudo coordenado pelo economista
dinamarquês Bent Flyvbjerg, da Universidade de
Oxford, no Reino Unido, revelou que a
Olimpíada de Tóquio é a mais cara da história.
Antes de Tóquio, os Jogos mais caros haviam
sido os de Londres. Apesar do gasto mais baixo
que Londres e Tóquio, a edição de 2016, no Rio,
superou seu orçamento original em 352%, de
acordo com os pesquisadores de Oxford. O
custo final da ediçãofoi muito maior que o
previsto inicialmente, e não é caso isolado.
Segundo o estudo de Oxford, os Jogos Olímpicos 
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de Verão costumam exceder seus orçamentos em
213%, em média. De acordo com a pesquisa, o caso
mais grave ocorreu em Montreal, em 1976: o evento
custou 720% acima do projetado inicialmente.
 O alto custo de sediar os Jogos incita o debate entre
economistas sobre se vale a pena receber o tal
evento esportivo. O ceticismo sobre o tema é
alimentado por casos de cidades e países que
enfrentaram problemas financeiros graves após
sediar as olimpíadas - casos de Montreal, no Canadá,
que sediou em 1976; da Grécia, que recebeu os Jogos
em Atenas em 2004; e do Rio de Janeiro, sede em
2016.
 Há também exemplos de sucesso, como o da
Olimpíada de Los Angeles, em 1984 - em que os
resultados financeiros foram muito positivos -, e de
Barcelona, em 1992, que melhorou a infraestrutura
local e ajudou a tornar a cidade espanhola um dos
destinos turísticos mais populares do planeta. Para
muitos economistas, os retornos potenciais de
receber os Jogos não compensam os riscos e custos.
 Outros estudos mostram que os impactos
econômicos positivos tendem a ser pequenos e de
rápida dissipação, pois a criação de empregos no
processo de receber os Jogos é temporária e se
restringe a poucos setores, como construção,
hotelaria e turismo. Há ainda economistas que
lembram que a principal fonte de faturamento dos
Jogos são os contratos de televisão e o COI (Comitê
Olímpico Internacional) fica com a maior parte do
dinheiro movimentado por esses acordos.
 Os efeitos dos Jogos Olímpicos, no entanto, não se
limitam aos saldos de indicadores macroeconômicos
como PIB (Produto Interno Bruto) e número de
empregos gerados. Há também ganhos sociais que
podem advir do processo de preparação para as
olimpíadas. Independentemente de eventuais ganhos
sociais, as cifras altas das edições recentes dos Jogos
Olímpicos têm levado cada vez menos cidades a
lançarem candidaturas para receber o megaevento.
Em 2024, por exemplo, as cidades de Boston, Roma,
Hamburgo e Budapeste chegaram a cogitar a
candidatura, mas desistiram ainda nas fases iniciais
do processo. Ao fim do processo, restaram apenas
Paris e Los Angeles - que foram escolhidas como
sedes de 2024 e 2028, respectivamente.
 Alguns economistas argumentam que, dado o alto
custo dos Jogos e o fato de as estruturas esportivas
olímpicas muitas vezes caírem em desuso, uma
solução para o futuro do evento é ter uma sede fixa.
Dessa forma, não seria necessário investir cifras
bilionárias a cada quatro anos para que as
competições pudessem ocorrer. Ainda que a
proposta seja polêmica, principalmente por quebrar
com a tradição dos Jogos da era moderna, iniciada 
em 1896, de ter uma sede diferente para cada edição,
ela está em pauta.
MARCELO ROUBICEK Adaptado de
https://www.nexojornal.eom.br/expresso/2021/08/07
/Se diar-ou-n%C3%A3o-o-debate-
econ%C3%B4micosobre-as-Olimp%C3%ADadas.
07/08/2021.
Por ser uma notícia, o texto apresenta a seguinte
característica principal:
A. enumera fatos históricos
B. relata fala de especialistas
C. contém linguagem objetiva
D. determina opinião de leitores
34. O COMPORTAMENTO DIGITAL QUE APONTA
DEDOS, JULGA E OPRIME SEM DÓ
 O exposed é uma tática de exposição, com
reunião de provas, áudios, imagens, vídeos e
relatos que trazem ao grande público uma
situação que oprime uma determinada pessoa
ou um grupo inteiro. Ou seja, é basicamente um
cancelamento. A diferença entre eles é que o
cancelamento é o resultado de um exposed bem
executado: causa e efeito potencializados pela
virulência virtual. Nem sempre o exposed é algo
edificante culturalmente. Ás vezes, pode ser um
esclarecimento de fofoca de celebridade, como
aconteceu, por exemplo, ano passado, quando
um jornalista jogou nas redes áudios de uma
famosa cantora falando mal de pessoas do
showbiz. Não muda a vida de ninguém, mas
serve como entretenimento para fãs ávidos por
uma confusão pop.
 Muito além de briga de fãs, o exposed tem
sido usado como tentativa de corrigir erros
históricos na sociedade. Em uma atitude
comovente, um usuário anônimo criou nas redes
sociais o perfil Moda Racista, que rapidamente
viralizou com dezenas de exposeds de grandes
nomes da moda em comportamentos antigos,
alienados e, principalmente, injustos. O grito
reverberou em muitas vozes, principalmente
entre as negras e LGBTQIA+, que estão exaustos
de passar por constrangimentos em situações
que foram naturalizadas como corriqueiras na
indústria: racismo, gordofobia e assédios
morais. Condutas indecentes não serão mais
aceitas. Já passou da hora de escancararmos a 
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urgência de mudança que uma geração
pretende promover - e vai conseguir.
 Há muitas polêmicas sobre o exposed e o
cancelamento serem práticas desproporcionais,
que exigem o apagamento de pessoas - o que
não necessariamente corrige o problema
anterior e pode levar a uma desestabilidade
emocional em tempos de já frágil saúde mental.
Houve recentemente um caso de acusação de
um youtuber que teria compartilhado
pornografia infantil ainda não comprovada e
com investigação em curso pelas autoridades.
Enquanto o imbróglio não se resolve, o tribunal
digital massacra o youtuber, que já convive com
problemas como depressão e alcoolismo de
outras épocas. Existe também a questão do
efeito rebote: pessoas canceladas costumam
ganhar atenção, mesmo que negativa, e isso
reflete em números absolutos de publicidade
espontânea, como menções na imprensa e
grande aumento de seguidores.
 Se você quer se juntar ao coro da denúncia, vá
em frente, mas é sempre bom ponderar qual a
intenção por trás dos seus cliques: jogar lenha
na fofoca ou corrigir estruturas? Tão importante
quanto dar visibilidade à pauta nas redes sociais
é avaliar que você está dando importância para
tal marca ou artista. Há quem diga que já tem
marca que planeja ações politicamente
incorretas de propósito, só para "irritar" a
internet e ganhar destaque na mídia. É o famoso
" falem mal, mas falem de mim". Afinal, o
antimarketing também tem resultados.
 
 CAIO BRAZ
Se você quer se juntar ao coro da denúncia, vá
em frente, mas é sempre bom ponderar qual a
intenção por trás dos seus cliques: jogar lenha
na fofoca ou corrigir estruturas? (4° parágrafo)
Com base no contexto, a palavra "cliques"
configura um uso da seguinte figura de
linguagem:
A. metonímia
B. eufemismo
C. antítese
D. ironia
35. O VELHO
Chico Buarque
O velho sem conselhos
De joelhos
De partida
Carrega com certeza
Todo o peso
Da sua vida
A vida inteira, diz que se guardou
Do carnaval, da brincadeira
Que ele não brincou.
Me diga agora
O que é que eu digo ao povo
O que é que tem de novo
Pra deixar
Nada
Só a caminhada
Longa, pra nenhum lugar.
“A vida inteira, diz que se guardou”.
Para que não haja alteração do sentido, a
palavra sublinhada no verso acima pode ser
substituída por:
A. entristeceu.
B. revoltou.
C. alegrou.
D. conteve.
36. VAMOS QUEIMAR OS DICIONÁRIOS
Quando a gente pensa que já viu tudo, não viu.
Faz algum tempo, dentro do horroroso
politicamente correto que me parece tão
incorreto, resolveram castrar, limpar, arrumar
livros de Monteiro Lobato, acusando-o de
preconceito racial, pois criou, entre outras, a
deliciosa personagem da cozinheira Tia Nastácia,
que, junto com Emília e outros do Sítio do
Picapau Amarelo, encheu de alegria minha
infância.
Se formos atrás disso, boa parte da literatura
mundial deve ser deletada ou "arrumada".
Primeiro, vamos deletar a palavra "negro"
quando se refere à raça e pessoas, embora
tenhamos uma banda Raça Negra, grupos de
teatro Negro e incontáveis oficinas, açougues,
borracharias "do Negrão", como "do Alemão" 
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"do Portuga" ou "do Turco".Vamos deletar as
palavras. Quem sabe, vamos ficar mudos,
porque ao malhumorado essencial, e de alma
pequena, qualquer uma pode ser motivo de
escândalo. Depende da disposição com que
acordou, ou do lado de onde sopram os ventos
do seu próprio preconceito.
Embora meus antepassados tivessem vindo ao
Brasil em 1825, portanto sendo eu de muitas
gerações de brasileiros tão brasileiros quanto os
de todas as demais origens, na escola havia
também a turminha que nos achacava com
refrãos como "Alemão batata come queijo com
barata". Nem por isso nos odiamos, nos
desprezamos. Eram coisas infantis, sem
consistência. O que vemos hoje quer mudar a
cara do país, ou da cultura do pais, e não tem
nada de inocente.
Agora, de novo para meu incorrigível assombro,
em um lugar deste vasto, belo, contraditório país
que a gente tanto ama, desejam sustar a
circulação do Dicionário Houaiss, porque no
verbete "cigano" consta também o uso
pejorativo - que, diga-se de passagem, não foi
inventado por Houaiss, mas era ou é uso de
alguns falantes brasileiros, que o autor
meramente, como de sua obrigação, registrou.
Ora, para tentar um empreendimento desse
vulto, como suspender um dicionário de tal peso
e envergadura, seria preciso um profundo e
preciso conhecimento de lingüística, de
lexicografia, uma formação sólida sobre o que
são dicionários e como são feitos.
O dicionarista não inventa, não acusa nem
elogia, deve ser imparcial - porque é apenas
alguém que registra os fatos da língua,
normalmente da língua-padrão, embora haja
dicionários de dialetos, de gírias, de termos
técnicos etc. Então, se no verbete "cigano"
Houaiss colocou também os modos pejorativos
como a palavra é ou foi empregada, criticá-lo por
isso é uma tolice sem tamanho, que, se não
cuidarmos, atingirá outros termos em outros
dicionários, com esse olhar rancoroso. Vamos
nos informar, antes de falar. Vamos estudar,
antes de criticar. Vamos ver em que terreno 
estamos pisando, antes de atacar obras
literárias ou científicas com o azedume de
nossos preconceitos e da nossa pequenez ou
implicâncias infundadas. Há coisas muito mais
importantes a fazer neste país, como estimular o
cuidado com a educação, melhorar o
atendimento à saúde, promover e preservar a
dignidade de todos nós.
Ou, numa mistura maligna de arrogância e
ignorância - talvez simplesmente porque não
temos nada melhor a fazer -, vamos deletar as
palavras que nos incomodam, os costumes que
nos irritam, as pessoas que nos atrapalham e,
quem sabe, iniciar uma campanha de queima de
livros.
Compilado de artigo de Lya Luft, Revista Veja,
edição 2260, 14 de março de 2012.
Da leitura do primeiro parágrafo entendemos
que autora:
A. avalia personagens politicamente incorretas,
como Tia Nastácia e Emília, indícios claros do
caráter racista de Monteiro Lobato.
B. despeito de considerar o “Sitio do Picapau
Amarelo” uma obra preconceituosa, reconhece
que o livro encheu de alegria a sua infância.
C. entende que o argumento do politicamente
correto pode trazer consigo o risco da mutilação
de obras literárias.
D. é justificável alterar livros de renomados
autores, desde que tal ato seja justificado pelo
nobre propósito de erradicar o racismo da
sociedade.
Coesão e coerência
37. Muitos entraves ainda separam as crianças
brasileiras de um cenário onde todas elas
possam desenvolver toda seu potencial e
receber o afeto que precisam. São obstáculos -
novos e antigos - que permeiam as áreas
socioeconómicos, educacionais ou mesmo as
que envolvem saúde ou politicas publicas.
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39. Sem fins lucrativos: por que a democracia
precisa das humanidades
 Atravessamos uma crise de amplitude
internacional. Não falo da crise econômica
mundial iniciada em
 2008; refiro-me, apesar de passar despercebida,
àquela que se arrisca a ser bem mais prejudicial
para o
 futuro da democracia; a crise planetária da
educação.
 Profundas alterações estão sendo produzidas
naquilo que as sociedades democráticas
ensinam aos
5 jovens e ainda não aferimos o alcance de todas
elas. Ávidos de sucesso econômico, os países e
os seus
 sistemas educativos renunciam
imprudentemente a competências que são
indispensáveis à sobrevivência
 das democracias. Se essa tendência persistir,
em breve, haverá pelo mundo inteiro gerações
de
 máquinas úteis, dóceis e tecnicamente
qualificadas, em vez de cidadãos realizados,
capazes de pensar
 por si próprios, de pôr em causa a tradição e de
compreender o sentido do sofrimento e das
realizações
10 dos outros.
 De que alterações estamos falando? As
humanidades e as artes perdem terreno sem
cessar, tanto no
 ensino primário e secundário como na
universidade, em quase todos os países do
mundo. Consideradas
 acessórios inúteis pelos políticos, em uma
época em que os países precisam se desfazer do
supérfluo
 para continuarem a ser competitivos no
mercado mundial, essas disciplinas
desaparecem em grande
15 velocidade dos programas letivos, mas
também do espírito e do coração dos pais e das
crianças.
 Aquilo que poderíamos chamar de aspectos
humanistas da ciência está igualmente em
retrocesso, já que
 os países preferem o lucro de curto prazo,
através de competências úteis e altamente 
 Os desafios começam logo ao nascimento, com
a taxa de mortalidade infantil voltando a crescer
pela primeira vez em mais de 15 anos. É os
riscos continuam. Risco de ser exposto à
violência logo em seus primeiros anos. Desafio
de obter uma vaga na creche, visto que entre as
mais vulneráveis apenas 26% conseguem
acesso. Ou até mesmo de ser prejudicado por
políticas públicas que não colocam a criança de
até 6 anos como prioridade [...]
https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/a-prímelra-
infancia/
Desafio de obter uma vaga na creche, visto que
entre as mais vulneráveis, apenas 26%
conseguem acesso.
A correção gramatical e o sentido do texto
seriam preservados caso se substituísse a
expressão sublinhada por
A. à medida que
B. uma vez que
C. mesmo que
D. ainda que
38. Muitos entraves ainda separam as crianças
brasileiras de um cenário onde todas elas
possam desenvolver toda seu potencial e
receber o afeto que precisam. São obstáculos -
novos e antigos - que permeiam as áreas
socioeconómicos, educacionais ou mesmo as
que envolvem saúde ou politicas publicas.
 Os desafios começam logo ao nascimento, com
a taxa de mortalidade infantil voltando a crescer
pela primeira vez em mais de 15 anos. É os
riscos continuam. Risco de ser exposto à
violência logo em seus primeiros anos. Desafio
de obter uma vaga na creche, visto que entre as
mais vulneráveis apenas 26% conseguem
acesso. Ou até mesmo de ser prejudicado por
políticas públicas que não colocam a criança de
até 6 anos como prioridade [...]
No contexto em que surge o conectivo "apenas"
exprime ideia de
A. modo B.concessão
C.exclusão D.conclusão
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aplicadas,
 adaptadas a esse objetivo. Parece que
esquecemos as faculdades do pensamento e da
imaginação (que
 fazem de nós humanos) e das nossas interações
- as relações empáticas que não são
simplesmente
20 utilitárias. Quando estabelecemos contatos
sociais, se não aprendermos a ver no outro “um
outro nós”,
 imaginando-lhe faculdades internas de
pensamento e emoção, então a democracia é
deixada à má sorte,
 porque ela se assenta precisamente no respeito
e na atenção dedicados ao outro, sentimentos
que
 pressupõem que o encaremos como ser
humano e não como simples objeto.
 Hoje, mais que nunca, dependemos todos de
pessoas que nunca vimos. Os problemas que
temos de
25 resolver - sejam de ordem econômica,
ecológica, religiosa ou política - têm envergadura
planetária.
 Nenhum de nós escapa à interdependência
mundial. As escolas e as universidades do
mundo inteiro têm,
 por conseguinte, uma tarefa imensa e urgente:
cultivar nos estudantes a capacidade de se
considerarem
 membros de uma nação heterogênea(todas as
nações modernas o são) e de um mundo ainda
mais
 heterogêneo.
30 Se o saber não é uma garantia de boa
conduta, a ignorância é quase infalivelmente
uma garantia de
 maus procedimentos. A cidadania mundial
implica realmente o conhecimento das
humanidades? O
 indivíduo necessita certamente de bastante
conhecimento factual que os estudantes podem
adquirir sem
 formação humanista - memorizando os fatos
em manuais padronizados (supondo que não
contêm erros).
 Para ser um cidadão responsável, necessita de
algo mais: de ser capaz de avaliar os dados
históricos, de
35 manipular os princípios econômicos e de exercer o
seu espírito crítico, de comparar diferentes
 concepções de justiça social, de falar pelo menos
uma língua estrangeira, de avaliar os mistérios das
 grandes religiões do mundo.
 Dispor de uma série de fatos, sem ser capaz de os
avaliar, é pouco mais do que ignorância. Ser capaz de
 se referenciar em relação a um vasto leque de
culturas, de grupos e de nações e à história das suas
40 interações, isso é que permite às democracias
abordar, de forma responsável, os problemas com os
quais
 se deparam atualmente. A capacidade - que quase
todos os seres humanos têm, em maior ou menor
 grau - de imaginar as vivências e as necessidades dos
outros deve ser amplamente desenvolvida e
 estimulada, se queremos ter alguma esperança de
conservar instituições satisfatórias.
 “A vida sem reflexão não merece ser vivida”, afirmou
Sócrates. Cético em relação à argumentação sofista
45 e aos discursos inflamados, pagou com a vida sua
fixação nesse ideal de questionamento crítico. Hoje, o
seu exemplo é a base do ensino da cultura geral da
tradição ocidental, e idéias similares estão na base do
mesmo ensino na índia e em outras culturas. Se
insistimos em prover aos alunos uma série de
ensinamentos da área das humanidades, é porque
cremos que essas matérias os estimularão a pensar e
a argumentar por eles mesmos, em vez de se
resumirem simplesmente à tradição e à autoridade; e
50 porque consideramos que, como proclamava
Sócrates, a capacidade de raciocinar é importante em
 qualquer sociedade democrática - como as
multiétnicas e multiconfessionais.
 Para compreenderem efetivamente o mundo
complexo que os cerca, os cidadãos não têm
suficientes
 conhecimentos factuais ou de lógica. É preciso um
terceiro elemento, estritamente ligado a esses dois,
 que se poderia chamar imaginação empática.
Noutros termos, a capacidade de se pôr no lugar do
outro,
55 de compreender as emoções, os desejos e os
muitos sentimentos que ele pode sentir.
Para ser um cidadão responsável, necessita de
algo mais: (linha 34) No sexto parágrafo, o
trecho citado, considerando as idéias expostas
antes e depois dele, podería ser introduzido
pelo seguinte conectivo:
A. já que.
B. portanto.
C. entretanto.
D. à medida que.
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40. ENSAIO SOBRE A AMIZADE
Que qualidade primeira a gente deve esperar de
alguém com quem pretende um relacionamento?
Perguntou-me o jovem jornalista, e lhe respondi:
aquelas que se esperaria do melhor amigo. O resto, é
claro, seriam os ingredientes da paixão, que vão além
da amizade. Mas a base estaria ali: na confiança, na
alegria de estar junto, no respeito, na admiração. Na
tranqüilidade. Em não poder imaginar a vida sem
aquela pessoa. Em algo além de todos os nossos
limites e desastres.
Talvez seja um bom critério. Não digo de escolha,
pois amor é instinto e intuição, mais uma dessas
opções mais profundas, arcaicas, que a gente faz até
sem saber, para ser feliz ou para se destruir. Eu não
quereria como parceiro de vida quem não pudesse
querer como amigo. E amigos fazem parte de meus
alicerces emocionais: são um dos ganhos que a
passagem do tempo me concedeu. Falo daquela
pessoa para quem posso telefonar, não importa onde
ela esteja nem a hora do dia ou da madrugada, e
dizer: "Estou mal, preciso de você". E ele ou ela estará
comigo pegando um carro, um avião, correndo alguns
quarteirões a pé, ou simplesmente ficando ao
telefone o tempo necessário para que eu me
recupere, me reencontre, me reaprume, não me
mate, seja lá o que for.
Mais reservada do que expansiva num primeiro
momento, mais para tímida, tive sempre muitos
conhecidos e poucas, mas reais, amizades de
verdade, dessas que formam, com a família, o chão
sobre o qual a gente sabe que pode caminhar. Sem
elas, eu provavelmente nem estaria aqui. Falo
daquelas amizades para as quais eu sou apenas eu,
uma pessoa com manias e brincadeiras, eventuais
tristezas, erros e acertos, os anos de chumbo e uma
generosa parte de ganhos nesta vida. Para eles não
sou escritora, muito menos conhecida de público
algum: sou gente.
A amizade é um meio-amor, sem algumas das
vantagens dele, mas sem o ônus do ciúme - o que é,
cá entre nós, uma bela vantagem. Ser amigo é rir
junto, é dar o ombro para chorar, é poder criticar
(com carinho, por favor), é poder apresentar
namorado ou namorada, é poder aparecer de chinelo
de dedo ou roupão, é poder até brigar e voltar um
minuto depois, sem ter de dar explicação nenhuma.
Amiga é aquela a quem se pode ligar quando a gente
está com febre e não quer sair para pegar as crianças
na chuva: a amiga vai, e pega junto com as dela ou
até mesmo se nem tem criança naquele colégio.
Amigo é aquele a quem a gente recorre quando se
angustia demais, e ele chega confortando, chamando
de "minha gatona" mesmo que a gente esteja um
trapo. Amigo, amiga, é um dom incrível, isso eu soube
desde cedo, e não viveria sem eles. Conheci uma
senhora que se vangloriava de não precisar de
amigos: "Tenho meu marido e meus filhos, e isso me
basta". O marido morreu, os fijhos seguiram sua vida,
e ela ficou num deserto sem oásis, injuriada como se
o destino tivesse lhe pregado uma peça. Mais de uma
vez se queixou, e nunca tive coragem de lhe dizer,
àquela altura, que a vida é uma construção, também
a vida afetiva. E que amigos não nascem do nada
como frutos do acaso: são cultivados com... amizade.
Sem esforço, sem adubos especiais, sem método
nem aflição: crescendo como crescem as árvores e as
crianças quando não lhes faltam nem luz nem espaço
nem afeto.
Quando em certo período o destino havia
aparentemente tirado de baixo de mim todos os
tapetes e perdi o prumo, o rumo, o sentido de tudo,
foram amigos, amigas, e meus filhos, jovens adultos
já revelados amigos, que seguraram as pontas. E
eram pontas ásperas aquelas. Aguentei, persisti, e
continuei amando a vida, as pessoas e a mim mesma
(como meu amado amigo Erico Veríssimo, "eu me
amo, mas não me admiro") o suficiente para não ficar
amarga. Pois, além de acreditar no mistério de tudo o
que nos acontece, eu tinha aqueles amigos. Com eles,
sem grandes conversas nem palavras explícitas,
aprendi solidariedade, simplicidade, honestidade, e
carinho.
Nesta página, hoje, sem razão especial nem data
marcada, estou homenageando aqueles, aquelas, que
têm estado comigo seja como for, para o que der e
vier, mesmo quando estou cansada, estou burra,
estou irritada ou desatinada, pois às vezes eu sou
tudo isso, ah, sim! E o bom mesmo é que na amizade,
se verdadeira, a gente não precisa se sacrificar nem
compreender nem perdoar nem fazer malabarismos
sexuais nem inventar desculpas nem esconder rugas
ou tristezas. A gente pode simplesmente ser: que
alívio, neste mundo complicado e desanimador,
deslumbrante e terrível, fantástico e cansativo. Pois o
verdadeiro amigo é confiável e estimulante,
engraçado e grave, às vezes irritante; pode se afastar,
mas sabemos que retorna; ele nos aguenta e nos
chama, nos dá impulso e abrigo, e nos faz ser
melhores: como o verdadeiro amor.
Lya Luft, Revista Veja, edição 1962, 28 de junho de
2006.
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“Não digo de escolha, pois amor é instinto e
intuição, mais uma dessas opções mais
profundas, arcaicas que a gente faz até sem
saber, para ser feliz ou para se destruir.”Semanticamente, o elemento sublinhado tem a
mesma função daquele destacado em qual
alternativa?
A. Está endividado e não pode, pois, comprar
nada que seja supérfluo.
B. Ele a desrespeitou? Pois reaja, então e não
permita isso.
C. Você falou comigo, pois não?
D. Só pode estar dormindo, pois não atende ao
telefone.
41. Hora de revisão (MAKHTAR DIOP*)
Para a enorme maioria das pessoas a melhor
proteção social é ter um emprego. No Brasil, o
robusto crescimento dos últimos anos e a
estabilidade macroeconômica tiraram milhões
da pobreza e os ampararam na crise financeira
internacional.
Mas esse mesmo episódio deixou claro que,
além de criar condições para o desenvolvimento
através da oferta de trabalho, os governos
precisam ter programas que sirvam de amparo
para os mais vulneráveis.
Países como Brasil, México e Chile têm
experiências de vanguarda nessas áreas. Outras
nações da América Latina buscam aprender
como melhorar a inclusão e diminuir
disparidades e distorções.
Nesse contexto, o Rio sedia uma importante
conferência internacional que debaterá
inovações e desafios da proteção social na
região, patrocinada pelo Banco Mundial, o
Ministério de Desenvolvimento Social e a
Prefeitura.
No Brasil e na maior parte dos países da América
Latina, a proteção social é um direito
fundamental dos cidadãos.
Um rápido olhar pela região, onde a crise levou dez
milhões de pessoas de volta à pobreza, deixa clara a
importância dessas garantias. As falhas na proteção
social são trágicas para as pessoas de baixa renda.
Necessidades imediatas impostas pela perda de um
emprego ou mesmo uma doença podem levar a
escolhas que prejudicam o futuro de toda uma
família, por exemplo ao deixar de matricular os filhos
na escola.
Tornar esses direitos uma realidade é uma tarefa
árdua, mas com enorme impacto.
O Brasil empreendeu uma mudança dramática no
enfoque de suas políticas nas últimas décadas, com
programas como o Bolsa Família, o FUNDEB, a
previdência rural, a expansão do emprego formal e
dos benefícios trabalhistas.
O acerto dessas decisões ficou evidente na crise
internacional - o consumo dos beneficiados pelo
sistema de proteção social ajudou a absorver o
choque e impulsionou o crescimento logo em
seguida.
Estima-se que mais de 20 milhões de brasileiros
deixaram a pobreza desde 2003 e que a desigualdade
de renda tenha sido reduzida em 3%. A eficiência do
sistema de proteção social do país foi central para
isso.
A experiência brasileira de desenvolvimento
econômico com inclusão social - algo que ate pouco
tempo acreditava-se quase impossível - logrou
importantes êxitos, mas a pobreza e a desigualdade
persistem em níveis altos demais para um país com o
potencial do Brasil.
Os programas de proteção social e crescimento são
capazes de melhorar o bem-estar das pessoas e
reduzir a pobreza até certo patamar. Uma
abordagem mais abrangente, que também
impulsione as pessoas - oferecendo oportunidades
quando mais se precisa delas - traria resultados
maiores e mais definitivos.
Para tal, é essencial aumentar a coordenação entre
os diversos programas e a ligação entre as iniciativas
de proteção com a inserção no mercado de trabalho,
algo que ainda é frágil na grande maioria dos países
da região. Por outro lado, multiplicar o impacto de
programas como o Bolsa Família e o Oportunidades,
do México, esbarra na concentração de benefícios
garantidos a alguns poucos grupos, em particular
através do sistema de Previdência. Outro desafio do
Brasil e em geral da América Latina é desmontar os
subsídios que estimulam a informalidade, e passar a 
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subsidiar a transição para o emprego formal -
desenvolvendo o capital humano.
Esta não é uma agenda temporária ou
transitória, mas fundamental para quebrar a
transmissão da pobreza entre as gerações. A
experiência mostra que não são necessários
enormes investimentos para transformar as
oportunidades disponíveis aos filhos das famílias
mais pobres. (...)
*MAKHTAR DIOP é diretor do Banco Mundial
para o Brasil
Os conectivos ou palavras de ligação, além de
fazerem a ligação entre frases ou partes de
frases, estabelecem relações de sentido
importantes nos textos.
O conectivo “para” estabelece relação de
finalidade no seguinte exemplo do texto:
A. "Para a enorme maioria das pessoas a melhor
proteção social é ter um emprego."
B. “programas que sirvam de amparo para os
mais vulneráveis"
C. “em níveis altos demais para um país com o
potencial do Brasil"
D. “não são necessários enormes investimentos
para transformar as oportunidades”
42. O COMPORTAMENTO DIGITAL QUE APONTA
DEDOS, JULGA E OPRIME SEM DÓ
 O exposed é uma tática de exposição, com reunião
de provas, áudios, imagens, vídeos e relatos que
trazem ao grande público uma situação que oprime
uma determinada pessoa ou um grupo inteiro. Ou
seja, é basicamente um cancelamento. A diferença
entre eles é que o cancelamento é o resultado de um
exposed bem executado: causa e efeito
potencializados pela virulência virtual. Nem sempre o
exposed é algo edificante culturalmente. Ás vezes,
pode ser um esclarecimento de fofoca de
celebridade, como aconteceu, por exemplo, ano
passado, quando um jornalista jogou nas redes
áudios de uma famosa cantora falando mal de
pessoas do showbiz. Não muda a vida de ninguém,
mas serve como entretenimento para fãs ávidos por
uma confusão pop.
 Muito além de briga de fãs, o exposed tem sido
usado como tentativa de corrigir erros históricos na
sociedade. Em uma atitude comovente, um usuário
anônimo criou nas redes sociais o perfil Moda
Racista, que rapidamente viralizou com dezenas de 
exposeds de grandes nomes da moda em
comportamentos antigos, alienados e, principalmente,
injustos. O grito reverberou em muitas vozes,
principalmente entre as negras e LGBTQIA+, que estão
exaustos de passar por constrangimentos em
situações que foram naturalizadas como corriqueiras
na indústria: racismo, gordofobia e assédios morais.
Condutas indecentes não serão mais aceitas. Já passou
da hora de escancararmos a urgência de mudança que
uma geração pretende promover - e vai conseguir.
 Há muitas polêmicas sobre o exposed e o
cancelamento serem práticas desproporcionais, que
exigem o apagamento de pessoas - o que não
necessariamente corrige o problema anterior e pode
levar a uma desestabilidade emocional em tempos de
já frágil saúde mental. Houve recentemente um caso
de acusação de um youtuber que teria compartilhado
pornografia infantil ainda não comprovada e com
investigação em curso pelas autoridades. Enquanto o
imbróglio não se resolve, o tribunal digital massacra o
youtuber, que já convive com problemas como
depressão e alcoolismo de outras épocas. Existe
também a questão do efeito rebote: pessoas
canceladas costumam ganhar atenção, mesmo que
negativa, e isso reflete em números absolutos de
publicidade espontânea, como menções na imprensa e
grande aumento de seguidores.
 Se você quer se juntar ao coro da denúncia, vá em
frente, mas é sempre bom ponderar qual a intenção
por trás dos seus cliques: jogar lenha na fofoca ou
corrigir estruturas? Tão importante quanto dar
visibilidade à pauta nas redes sociais é avaliar que você
está dando importância para tal marca ou artista. Há
quem diga que já tem marca que planeja ações
politicamente incorretas de propósito, só para "irritar"
a internet e ganhar destaque na mídia. É o famoso "
falem mal, mas falem de mim". Afinal, o antimarketing
também tem resultados.
Se você quer se juntar ao coro da denúncia,
vá em frente, mas é sempre bom ponderar
qual a intenção por trás dos seus cliques:
jogar lenha na fofoca ou corrigir estruturas?
(4° parágrafo)
Com base no contexto, a palavra "cliques"
configura um uso da seguinte figura de
linguagem:
A. metonímia
B. eufemismo
C. antítese
D. ironia
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43. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico
Norte) consideraque os corpos em Bucha, vistos
após a retirada russa da cidade ucraniana,
mostram "uma brutalidade insuportável que a
Europa não testemunha há muitas décadas". A
declaração foi feita hoje pelo secretário-geral da
Otan, Jens Stoltenberg.
 Amanhã (6), ministros das Relações Exteriores dos
países que integram a aliança militar irão se reunir
para tratar da guerra da Rússia na Ucrânia, que
chegou ao seu 41º dia. Segundo Stoltenberg, os
ministros discutirão o que mais será feito. De
acordo com ele, os membros da Otan "estão
determinados a fornecer mais apoio à Ucrânia".
"Incluindo armas antitanque, sistemas de defesa
aérea e outros equipamentos. Os aliados também
aumentaram a assistência humanitária e a ajuda
financeira", disse o secretário-geral da aliança.
 ..]
 Fonte:
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimasno
ticias/2022/04/05/russia-ucrania-5-de-abril-dia-
41.htm
Assinale a alternativa cuja letra em destaque
represente o mesmo fonema representado pela
letra s em “defesa” :
A. Cidade.
B. Países.
C. Aliança.
D. Sistemas.
E. Será.
44. Observe os primeiros versos da música "Como
um anjo" interpretadas pela Dupla Cesar Menotti e
Fabiano:
Como um anjo
Você apareceu na minha vida
Uh, como um anjo
Repleto de ternura
De paixão
Nestes versos está presente o sentido figurado que
pode ser caracterizado como uma figura de
linguagem presente, conhecida como:
A. Eufemismo.
B. Metáfora.
C. Sinestesia.
D. Comparação.
45. As figuras de linguagem são um recurso
dentro da língua portuguesa que tornam a frase
mais enfática, destacando seu significado e
valorizando o texto.
Existem mais de 30 figuras de linguagem na
língua portuguesa, contudo, esse cálculo não é
exato - visto que tem autores que preferem unir
algumas figuras, enquanto outros, preferem
dividi-las em exemplos diferenciados.
Entre as figuras de linguagem, temos a
Catacrese, nome que se dá a algo que não tem
um nome específico, sendo algo que já existe na
linguagem e não foi inventado pelo autor da
frase.
Acesso em:
https://www.gestaoeducacional.com.br/figuras-
de-linguagem/
A catacrese é classificada como uma:
A. Figura de som.
B. Figura de pensamento.
C. Figura de sintaxe.
D. Figura de palavras.
46. Leia o fragmento a seguir, observando o
emprego da expressão sublinhada.
“Como usar o alho
Para obter os seus benefícios, deve-se consumir
1 dente de alho fresco por dia. Uma dica para
aumentar o seu poder benéfico é picar ou
amassar o alho e deixá-lo descansando por 10
minutos antes de usar, pois isso aumenta a
quantidade de alicina, a principal responsável
pelas suas propriedades. [...]”
Essa expressão é considerada um exemplo de
qual figura de linguagem?
A. Perífrase.
B. Sinestesia.
C. Catacrese.
D. Hipérbole.
E. Prosopopeia.
Figura de linguagem
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47. As figuras de linguagem são um recurso
dentro da língua portuguesa que tornam a frase
mais enfática, destacando seu significado e
valorizando o texto.
Existem mais de 30 figuras de linguagem na
língua portuguesa, contudo, esse cálculo não é
exato - visto que tem autores que preferem unir
algumas figuras, enquanto outros, preferem
dividi-las em exemplos diferenciados.
Entre as figuras de linguagem, temos a
Catacrese, nome que se dá a algo que não tem
um nome específico, sendo algo que já existe na
linguagem e não foi inventado pelo autor da
frase.
Acesso em:
https://www.gestaoeducacional.com.br/figuras-
de-linguagem/
A catacrese é classificada como uma:
A. Figura de palavras.
B. Figura de som.
C. Figura de pensamento.
D. Figura de sintaxe.
48. A expressão plim-plim representa uma
figura de linguagem denominada:
A. Onomatopeia.
B. Sinestesia.
C. Ironia.
D. Catacrese.
49. Assinale a figura de linguagem presente no
trecho: "A VIDA É COMO UM NAVIO".
A. Prosopopeia.
B. Paradoxo.
C. Metáfora.
D.Comparação.
E. Metonímia.
50. Quanto às figuras de linguagem, assinale a
alternativa que apresenta um exemplo de ironia.
A. O pensamento é como um diamante bruto.
B. Todos estão morrendo de inveja da vida de
Joana.
C. A pontualidade daquele médico é britânica: só
esperei duas horas para ser atendido.
D. A deputada faltou à verdade em seu
depoimento.
51. No trecho: "O coração de um amigo é como
um mapa-múndi onde cada um se encontra em
algum lugar, mas todos fazem parte do mesmo
globo", está presente o sentido figurado que
pode ser caracterizado como uma figura de
linguagem presente, conhecida como:
A. Metáfora.
B. Comparação.
C. Sinestesia.
D. Eufemismo.
52. A metonímia ocorre quando uma palavra é
utilizada em lugar de outra de sentido
semelhante, e há várias situações em que isso
pode ocorrer.
A propósito dos diferentes modos de
estabelecer a substituição de uma palavra por
outra, associe corretamente o tipo de metonímia
às frases com sentido figurado.
TIPOS DE METONÍMIA
1 - O singular pelo plural
2 - A parte pelo todo
3 - O continente pelo conteúdo
4 - O autor pela obra
5- A marca pelo produto
FRASES
( ) Eu gosto de limpar minhas panelas com
Bombril.
( ) O ser humano é racional.
( ) Ele tem duzentas cabeças de gado na fazenda.
( ) O menino comeu uma caixa de bombons.
( ) Sempre que tenho dúvida, recorro ao Aurélio.
A sequência correta dessa associação é
A.5, 2, 1, 4, 3.
B. 3, 2, 1, 5, 4.
C. 2, 3, 4, 1, 5.
D. 5, 1, 2, 3, 4.
53. A repetição de: "Que você seja"- identifica a
figura de linguagem denominada:
A.Catáfora.
B.Pleonasmo vicioso.
C.Paradoxo.
D.Anáfora.
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54. "O menino do rio Doce"
(Ziraldo, 1996)
Rio que nasce doce na gorda barriga da
montanha na praia (do lado de cá). O menino
tinha certeza de que havia nascido no dia em
que viu o rio. Na sua memória, não havia nada
antes daquele dia. O menino amou o rio, pois
acreditou que o rio também havia nascido no dia
em que ele o viu.
Assim como os verbos, alguns nomes pedem
complementos introduzidos por preposição. No
texto, o substantivo "certeza" vem acompanhado
pela preposição "de". As seguintes palavras
também pedem essa mesma preposição:
A. possível - impróprio
B. ansioso - entendido
C. leal - compatível
D. desejoso - fácil
O tópico frasal do parágrafo de Andreas
Schleicher é:
A, “Entretanto, nos últimos anos, o crescimento
econômico e o avanço social estagnaram...”.
B. “Mais recentemente, a pandemia da Covid-19
trouxe severo sofrimento humano ao Brasil...”.
C.“...mergulhou a economia em outra recessão
ainda mais profunda.”.
D.“A Educação foi fundamental para o
desenvolvimento social e econômico brasileiro
na primeira década do milênio.”.
56. Com crise do clima, mercado de arte tenta
mudar impacto do setor no meio ambiente
Feiras e galerias se mobilizam para reduzir
produção de lixo e consumo de energia, mas
discussão ainda engatinha no Brasil
Carolina Moraes
1____Críticas ao impacto da vida humana na
Terra não são novas nas artes visuais. Olafur
Eliasson denunciou o derretimento das geleiras
com instalações e fotos de gelos se
desmanchando. Frans Krajcberg, ativista
ambiental, defendia a natureza com esculturas
disformes, em referência ao desordenamento do
meio ambiente, para ficar só em dois exemplos.
 Mas esses comentários não encontravam
correspondência no mercado de arte
propriamente. O número 10 de feiras por
exemplo só cresceu nas últimas décadas, bem
como o número de viagens de avião, de gasto de
energia e de transporte de obras embaladas
com toneladas plástico e madeira.
 Obras críticas a presença predatória na Terra,
por 15 tanto, são levadas de uma ponta a outra
do globo causan do o impacto que elas
denunciam —mas uma série de iniciativas mira
mudar esse quadro nos próximos anos, na
 esteira das discussões sobre a crise do clima.
 Uma resposta coletiva à crise do clima nesse se-
20 tor aparece na criação da Gallery Climate
Coalition, a
 GCC, em outubro do ano passado. A
organização internacional criou manuais e metas
para os membros reduzirem o impacto
ambiental,que outro dia.
D. O chinelo estava em baixo da cama.
7. CONSTRUÇÃO
 Composição: Chico Buarque
 Amou daquela vez como se fosse a última
 Beijou sua mulher como se fosse a última
 E cada filho seu como se fosse o único
 E atravessou a rua com seu passo tímido
 Subiu a construção como se fosse
máquina
 Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
 Tijolo com tijolo num desenho mágico
 Seus olhos embotados de cimento e
lágrima
 Sentou pra descansar como se fosse
sábado
 Comeu feijão com arroz como se fosse um
príncipe
 Bebeu e soluçou como se fosse um
náufrago
 Dançou e gargalhou como se ouvisse
música 
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E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
 E flutuou no ar como se fosse um
pássaro
 E se acabou no chão feito um pacote
flácido
 Agonizou no meio do passeio público
 Morreu na contramão atrapalhando o
tráfego.
 (...)
 (Texto retirado do site:
http://www.vagalume.com.br/chico-
buarque/construcao.html)
Releia as palavras finais de cada um dos versos
dessa estrofe da letra de “Construção": “última",
“único", “tímido", “máquina", “sólidas", etc. Qual
é a regra de acentuação que justifica o acento,
segundo a norma padrão da língua portuguesa? 
A. Acentuam-se as oxítonas tônicas.
B. Os monossílabos tônicos devem ser
acentuados.
C. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em
ditongo crescente.
D. Todas as proparoxítonas devem ser
acentuadas.
EPOLHOS IGUAIS
 Sempre me impressiona o impulso geral de
igualar a todos ser diferente, sobretudo ser
original, é defeito Parece perigoso E, se formos
diferentes, quem sabe aqui e ali uma
medicaçãozinha ajuda.
 Alguém é mais triste? Remédio nele.
Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha
acabado de perder uma pessoa amada, um
emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele.
Mais alto? Remédio na adolescência para parar
de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é
normal. Mais estudioso, estudioso demais? A
gente se preocupa, vai virar nerd (se for menina,
vai demorar a conseguir marido).
 Não podemos, mas queremos tornar tudo
homogêneo, meninas usam o mesmo cabelo, a
mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos, 
aquele boné virado. Igualdade antes de tudo,
quando a graça, o poder, a força estão na
diversidade. Narizes iguais, bocas iguais,
sobrancelhas iguais, posturas iguais.
 Não se pode mais reprovar crianças e
jovens na escola, pois são todos iguais.
Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais
talento, ser mais sonhador, ter mais sorte,
sucesso, trabalhar mais e melhor.
 Vamos igualar tudo, como lavouras de
repolhos, se possível... iguais. E assim, com
tudo o que pode ser controlado com
remédios, nos tornamos uma geração
medicada. Não todos - deixo sempre aberto
o espaço da exceção para ser realista, e
respeitando o fato de que para muitos os
remédios são uma necessidade —, mas uma
parcela crescente da população é
habitualmente medicada.
Remédios para pressão alta, para dormir,
para acordar, para equilibrar as emoções,
para emagrecer, para ter músculos, para ter
um desempenho sexual fantástico, para ter a
ilusão de estar com 30 anos quando se tem
70 Faz alguns anos reina entre nós o
diagnóstico de déficit de atenção para um
número assustador de crianças.
 Não sou psiquiatra, mas a esta altura de
minha vida criei e acompanhei e vi muitas
crianças mais agitadas, ou distraídas, mas
nem por isso precisadas de medicação a
torto e a direito. Fala-se, não sei em que
lugar deste mundo louco, em botar Ritalina
na merenda das escolas públicas. Tal fúria de
igualitarismo esconde uma ideologia tola e
falsa.
 Se déssemos a 100 pessoas a mesma
quantidade de dinheiro e as mesmas
oportunidades, em dois anos todas teriam
destino diferente: algumas multiplicariam o
dinheiro; outras o esbanjariam; outras o 
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guardariam; outras ainda o dedicariam ao
bem (ou ao mal) alheio.
 Então, quem sabe, querer apaziguar todas
as crianças e jovens com medicamentos para
que não estorvem os professores já
desesperados por falta de estímulo e
condições, ou para permitir aos pais se
preocuparem menos, ou ajudar as babás
enquanto os pais trabalham ou fazem
academia ou simplesmente viajam, nem
valerá a pena.
 Teremos mais crianças e jovens aturdidos,
crianças e jovens mais violentos e inquietos
quando a medicação for suspensa. Bastam,
para desatenção, agitação e tantas
dificuldades relacionadas, as circunstâncias
de vida atual.
Recentemente, uma pediatra experiente me
relatou que a cada tantos anos aparecem em
seu consultório mais crianças confusas,
atônitas, agitadas demais, algumas apenas
sofrendo por separações e novos
casamentos, em que os filhos, que não
querem se separar de ninguém, são puxados
de um lado para o outro, sem casa fixa, um
centro de referência, um casal de pais
sempre os mesmos.
 Quem as traz são mães ou pais em igual
estado. Correrias, compromissos, ansiedade
por estar na crista da onda, por participar e
ser o primeiro, por não ficar para trás, por
não ser ignorado, por cumprir os horários, as
prescrições, os comandos, tudo o que tantas
pressões sociais e culturais ordenam,
realmente estão nos tornando eternos
angustiados e permanentes aflitos.
 Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr
mais, parar para pensar, roubar alguns
minutos para olhar, contemplar, meditar,
também é difícil, pois é fugir do padrão. 
Então seguimos em frente, nervosos com
nossos filhos mais nervosos. Haja
psicólogo, psiquiatra e medicamento para
sermos todos uns repolhos iguais.
Lya Luft, disponível em
[http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-
setti/lema-livre/iya-luft-repoihos-iguais/],
publicado em 10/5/2014, consultado em
18/10/2014. 
Leia os períodos abaixo.
I. Em sua maneira de andar há um quê de
menina, embora já seja uma mulher.
II. Por quê você está rindo da situação? Não
é o caso, com certeza.
III. Não sei o quê ela viu nesse rapaz, ele
não tem modos e é grosseiro com todos!
IV. Quê bom você haver resolvido voltar a
estudar!
8. Os termos “quê", acentuados, foram
empregados em consonância com a norma
culta no(s) período(s) apresentado(s) em: 
A. I, apenas.
B. I e III, apenas.
C. III e IV, apenas
D. II, III e IV, apenas.
9. CHEGA DE PRECONCEITO CONTRA O
LUCRO
Instituições sem fins lucrativos são criadas
para aproveitar oportunidades de captação
de recursos ou isenções de impostos,
geralmente para alcançar uma causa social
não atendida pelo Poder Público.
A causa ê nobre, seja ela o assistencialismo,
a educação ou os serviços a comunidades
carentes. Com o crescimento desse setor,
aumentam as solicitações para que a
sociedade colabore com seus projetos de
forma não remunerada, pois “não há fins 
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lucrativos”
Há uma grave distorção nessa expectativa.
Entidades sem fins lucrativos esperam que
empresas forneçam seus produtos sem
custo, assim como esperam que famílias
sem dificuldades financeiras deixem de
cuidar de seu futuro para amparar os
fragilizados. Estamos criando uma
insustentável cultura de tirar dos bem-
sucedidos para assistir os desafortunados,
como se o papel do lucro fosse ser
distribuído à sociedade.
Empresas que geram resultados não
deveriam dividi-los com os incapazes de
erguer um negócio. Isso premia a
incompetência. Somente quando os
negócios produzem retornos maiores que o
esperado (fruto do nvestimento em
qualidade e tecnologia), os lucros
excedentes podem virar filantropia.
Não é papel das empresas prestar serviços
sem remuneração. O papel das empresas é
prestar bons serviços, lucrar e investir seus
lucros para que esses serviços sejam
melhorados, mais empregose a ideia é que até 2030
 eles diminuam, coletivamente, pelo menos 
Organização textual
55. “A Educação foi fundamental para o
desenvolvimento social e econômico brasileiro
na primeira década do milênio. Taxas de
matrícula mais altas em todos os níveis de
ensino, a redução das desigualdades no
acesso e a queda nas taxas de analfabetismo
significam que os jovens que entram no
mercado de trabalho possuem uma formação
muito superior do que as gerações anteriores.
Entretanto, nos últimos anos, o crescimento
econômico e o avanço social estagnaram e, em
alguns casos, retrocederam. Mais
recentemente, a pandemia da Covid-19 trouxe
severo sofrimento humano ao Brasil e
mergulhou a economia em outra recessão
ainda mais profunda. Os efeitos sociais e
econômicos da pandemia atingiram mais
duramente os indivíduos e as comunidades
mais vulneráveis, aumentando os riscos de
pobreza e exacerbando as desigualdades.
Andreas Schleicher
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
metade das 25 emissões de carbono e cheguem
próximo ao desperdício
 zero de materiais.
 Existem muitas maneiras das instituições
culturais
 mudarem sua pegada ecológica — trocar o tipo
de combustível de geradores dos eventos, enviar
obras de navio
30 em vez de avião e priorizar deslocamentos
terrestres são algumas delas.
 Duas galerias paulistanas, aliás, estão entre os
 membros da GCC. Lucas Cimino, sócio da
Zipper, conta que o espaço já produz energia
com placas solares no edifício, recicla os
materiais usados para embalagem e tem uma
parceria com a SOS Mata Atlântica para
reflorestamento.
 Na prática a galeria já emite menos carbono do
que produz e, até o fim do ano, também deve
captar a água da chuva no edifício. “É uma
questão de tempo para isso ser o mínimo que
você tem que fazer”, diz Cimino, para quem
 esse é um movimento similar ao que aconteceu
com as redes sociais no começo dos anos 2010.
“A galeria não ser só uma questão de arte, mas
de referência comportamental, é de extremo
valor.”
 Cimino conta que o projeto de tornar a galeria
sustentável surgiu espelhada no movimento de
empresas de outros setores, como de tecnologia,
que começaram a reduzir a produção de
resíduos e a repensar a poluição que geraram.
 Essa é uma questão geracional na avaliação de
 Cimino —e corrobora com isso a série de
produtos nas gôndolas que se vendem com um
discurso ambiental de embalagens
biodegradáveis e insumos não poluentes.
Mas ele também reforça que esse não é um
debate que ele vê acontecer entre associações
de galerias, por exemplo, e que ainda engatinha
no Brasil. Seria factível, então, que um setor que
ainda começa a debater o tema reduza pela
metade o impacto que gera na próxima década,
como a GCC propõe?
 Segundo Cristina Tovoli, diretora da galeria
Jaqueline Martins, sim. O espaço passa por uma
avaliação geral do que é possível adaptar, apesar
de já usarem luzes de LED, que gastam menos
energia, e terem reduzido a mobilidade de
obras.
 
O grande problema desse mercado, diz Tovoli, é
 justamente o transporte. Na escala de uma
galeria como a Jaqueline Martins, é possível
repensar a logística com alguma facilidade. Mas
quando o que está em jogo são bienais ou feiras
como a Art Basel, é mais difícil fechar a equação.
 Mesmo assim, esses grandes atores também
começam a se movimentar. A Christie's, uma das
maiores casas de leilão do mundo, se
comprometeu a atingir a meta estabelecida pela
GCC e também deve mudar o transporte aéreo
para o terrestre ou marítimo onde for possível.
 Já a feira de arte contemporânea Frieze, que
realiza edições em Londres, Nova York e Los
Angeles, mudou o tipo de combustível de seus
geradores após descobrir que essa era a maior
fonte de produção de carbono do evento. As
emissões diminuíram em 67% desde que a
alteração foi feita, em 2018 e 2019.
 “A globalização levou a uma circulação muito
maior de obras e, portanto, a um gasto muito
maior de transporte, deslocamento, caixas”, diz
Fernanda Feitosa, diretora da SP-Arte. “Cada
obra de arte é envolvida num papel, plástico
bolha, depois numa espuma, vem uma caixa e,
 aí, vai para o avião. E depois tudo tem que
voltar.”
Os revisores de texto, normalmente, deparam-se
com inadequações na construção de frases,
como o trecho seguinte exemplifica:
A.As ideias defendidas por Manoel eram mais
claras e assertivas do que Joaquim.
B. Os asteroides de pequena dimensão, em
princípio, não ameaçam a Terra.
C. Ao firme e seguro porto alguns preferem o
agitado mar revolto.
D. Estava tão satisfeito com o serviço recebido
que fez elogios ao encontro das decisões
acertadas.
57. Das vantagens de ser bobo
— O bobo, por não se ocupar com ambições,
tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo.
— O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se
mexer por duas horas. Se perguntado por que
não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo.
Estou pensando."
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
— Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída
porque os espertos só se lembram de sair por meio
da esperteza, e o bobo tem originalidade,
espontaneamente lhe vem a ideia.
— O bobo tem oportunidade de ver coisas que os
espertos não veem.
— Os espertos estão sempre tão atentos às
espertezas alheias que se descontraem diante dos
bobos, e estes os veem como simples pessoas
humanas.
— O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver
— O bobo parece nunca ter tido vez. No entanto,
muitas vezes o bobo é um Dostoiévisk .
— Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por
exemplo, confiou na palavra de um desconhecido
para a compra de um ar refrigerado de segunda mão:
ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem
uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco.
Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer.
Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a
opinião deste era a de que o aparelho estava tão
estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia
comprar outro.
— Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é
ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo.
Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de
ser ludibriado.
— O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo
nem nota que venceu.
— Aviso: não confundir bobos com burros.
— Desvantagem: pode receber uma punhalada de
quem menos espera. E uma das tristezas que o bobo
não prevê. César terminou dizendo a frase célebre:
“Até tu, Brutus?"
— Bobo não reclama. Em compensação, como
exclama!
— Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar
todos no céu.
— Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na
cruz.
— O bobo é sempre tão simpático que há espertos
que se fazem passar por bobos
— Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação,
é dificilão, é difícil. Por isso é que os espertos não
conseguem passar por bobos.
— Os espertos ganham dos outros. Em compensação
os bobos ganham vida.
— Bem-aventurados os bobos porque sabem sem
que ninguém desconfie. Aliás não se importam que
saibam que eles sabem.
— Piá lugares que facilitam mais as pessoas serem
bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com
fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita o ser bobo.
Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
— Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando
por cima das casas.
— E quase impossível evitar o excesso de amor que
um bobo provoca. E que só o bobo é capaz de
excesso de amor. E só o amor faz o bobo.
(Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1984.)
No texto de Clarice Lispector, podemos perceber que
as ideias foram organizadas por meio do seguinte
recurso:
A. diferença entre o esperto e o malandro.
B. semelhança entre o burro e o bobo.
C. similaridade entre o bobo e o tolo.
D. oposição entre o bobo e o esperto.
ORGANIZAÇÃO TEXTUAL:
sentidos construídos nos textos
58. O verbo lembrar pode ser utilizado como
verbo transitivo direto e indireto, tendo tanto
um objeto direto como um objeto indireto como
complementos verbais. Pode também ocorrer
apenas como verbotransitivo direto ou ainda ser
conjugado como um verbo pronominal,
apresentando apenas pequenas diferenças no
seu significado.
Fonte: https://www.conjugacao.com.br/regencia-
do-verbo-lembrar/
Nesse sentido, é INCORRETO afirmar que:
A. Com o sentido de prevenir, advertir ou
sugerir, o verbo lembrar deve ser
complementado por dois objetos indiretos.
Exemplo: A Helena lembrou ao filho do
combinado.
B. Atuando como um verbo transitivo indireto,
estabelece principalmente regência com a
preposição "de". Exemplo: Lembro-me de você.
C. Maioritariamente, estabelece regência sem a
presença de uma preposição quando indica o
ato de sugerir, trazendo algo à memória.
Exemplo: Esse cheiro lembra minha infância.
D. Privilegia-se o uso do verbo lembrar como
verbo pronominal quando indica o ato de
recordar de alguma coisa. Exemplo: Eu já me
lembrei de tudo!
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
59. Os fora-fila
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas
preciosas em filas de ônibus, e reclamam corretamente dos
oportunistas fura-fila. Poucos percebem os fora-fila: os que
usam carros privados e os que não têm dinheiro nem vale-
transporte. Há séculos, muitos brasileiros fazem fila para
obter o que precisam, enquanto outros não têm direito
nem mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de
dinheiro; enquanto outros não precisam se submeter a filas
porque têm muito dinheiro.
Por causa das ineficiências econômicas, a palavra "fila"
caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por causa da
injustiça social não se percebe os que estão fora das filas,
de um lado e outro da escala de rendas. Alguns porque não
precisam se submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro,
outros porque não têm o direito de entrar nelas. No meio,
imprensados, os da fila, ignorando os extremos. Nós nos
acostumamos a ver com naturalidade os que não precisam
e ainda mais os que não conseguem entrar nas filas, por
tratá-los como invisíveis.
No setor da saúde, nos indignamos com os que tentam
furar a fila para tomar vacina, mas não percebemos a
injustiça quando furam a fila ao usar dinheiro para o
atendimento médico de um pediatra para o filho, de um
dentista e de profissionais de todas as outras
especialidades que não estão disponíveis no SUS, com a
urgência necessária. Apesar do nome, o sistema nacional
de saúde não é único: de um lado, tem o SUS com suas
filas; e, do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde - sem
fila para os que podem pagar.
Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar vacina,
mas todos aceitamos que se fure a fila nas demais
especialidades médicas, inclusive cirurgias, por meio do uso
do dinheiro. Em alguns casos, há reclamação quando a fila
se organiza por um pequeno papel numerado, mas não se
protesta quando, perto dali, o atendimento é imediato,
porque no lugar do papel com o número da fila usa-se
papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao dinheiro. Nem
se considera como fura fila. São os fora-fila, aceitos por
convenção de que o dinheiro pode comprar saúde.
Na moradia, alguns entram na fila do programa Minha Casa
Minha Vida; outros não precisam, compram diretamente a
casa que desejam e podem; outros também não entram na
fila, porque não têm as mínimas condições de
financiamento. O mesmo vale para a educação. Em função
do Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino remoto,
computadores e internet em casa, permitem que alguns
cheguem ao ENEM com mais possibilidade de aprovação do
que outros. Apesar de que a aprovação é conquistada pelo
mérito do concorrente, os aprovados se beneficiaram da
exclusão de muitos concorrentes ao longo da educação de
base.
A desigualdade na qualidade da escola desiguala o preparo
entre os candidatos, como uma forma de empurrar alguns
para fora e outros para a frente da fila. De certa forma,
alguns furaram a fila para ingresso na universidade, por
pagarem uma boa escola ainda na educação de base. E não
há reclamação porque os fora da fila são invisíveis, porque
não concluíram o Ensino Médio, ou concluíram um Ensino
Médio sem qualidade que não lhes deu condição sequer de 
O autor do texto apresenta, ao longo da
discussão, o sentido do termo "Os fora-fila".
Nesse contexto, é possível afirmar que o
conceito de "Fora-fila" está associado à(s):
A. formas como as pessoas se comportam
mediante as diferentes ofertas a elas impostas
pela sociedade com base em um critério
sociopolítico e tecnicista.
B. maneira como certos indivíduos são tratados
em virtude de seu nível intelectual e acadêmico
enquanto os demais são marginalizados
socialmente.
C. realização social de determinadas pessoas, no
que tange às suas escolhas políticas e ao modo
como a sociedade dá visibilidade a outras
pessoas sem expressividade.
D. oportunidades que alguns indivíduos têm em
função de suas condições econômicas e à
situação de invisibilidade de outros aos olhos da
sociedade.
sonhar fazer o ENEM.
Tanto quanto os que não podem pagar o transporte
público não entram na fila do ônibus, os analfabetos (12
milhões de brasileiros) não entram na fila do ENEM para
ingresso na universidade. Foram excluídos da formação,
por falta de oportunidade para desenvolver o talento no
momento oportuno da educação de base, e, por isso,
ficam impedidos de disputar, por mérito, uma vaga na
universidade.
Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira de
futebol, porque todos tiveram a mesma chance. A
seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a bola é
redonda para todos, independentemente da renda.
Temos a preocupação de assegurar os mesmos direitos
para obter vacina, não o mesmo direito para a qualidade
e a urgência no atendimento de saúde e de educação,
independentemente da renda e do endereço da pessoa.
Nem ao menos consideramos que há injustiça em furar
fila usando dinheiro para ter acesso à educação e à
saúde de qualidade. É como se fosse normal furar fila
por se ter muito dinheiro e normal ficar fora da fila por
falta total de dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco
dinheiro, ficam na fila e se indignam com os que tentam
desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da fila
nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os primeiros
aceitamos pelas leis do mercado, os outros tornamos
invisíveis.
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
60. Palavras gordas, ideias magras
Rodrigo Gurgel
 “Você precisa florear o seu texto. Um texto precisa ter
palavras bonitas.” Era o que eu ouvia na escola quando
comecei a escrever o que antigamente chamávamos de
“composições” — o que hoje todos conhecem como
“redação”.
 Quantos professores não continuam repetindo a
mesmíssima coisa para seus alunos e perpetuando a ideia
falsa de que todo texto precisa ser, principalmente,
enfeitado? Eles, contudo, não o fazem por mal. Repetem
esses lugares-comuns porque desconhecem o que é
literatura e porque aprenderam que escrever é um
exercício de adiposidade verbal: usar palavras gordas para
ideias magras, como dizia Álvaro Lins. E é mais fácil repetir
o que se aprendeu.
 Sejam quais forem as razões que os levam a fazê-lo, o fato
é que, ao repetir o aprendido, propagam uma retórica que
poderíamos sem exagero chamar de venenosa. Essa
retórica, difunde-a o escritor grandiloquente e os críticos
que o incensam. Difunde-a a professora que escolhe textos
palavrosos e cheios de uma adjetivação vazia, mostrando-
os aos alunos como exemplos de boa literatura. Difunde-a
o jornalista com seus chavões e frases de efeito em textos
ocos e mal escritos. Difundem-na as escolas, os jornais, os
portais de notícias da web, de modo que, em toda a parte, o
que se encontra é só repetição.
 Literários ou não, tais textos não refletem aquilo que o
escritor ou autor realmente pensa: não passam de
macaqueação. Revelam ainda o equívoco de conceber a
escrita como o ato de reunir conceitos prontos e
expressões lidas e/ou ouvidas em algum lugar — e enfiá-los
todosnum papel (ou numa tela). Mas não há escrita sem
reflexão. As palavras precisam expressar o que o escritor
realmente deseja expressar. Por isso, para se desenredar
da retórica perniciosa, quem escreve tem de pensar de
forma clara e adequar o seu pensamento às palavras.
 Essa questão não nos apresenta somente um problema
linguístico ou estético, senão também um problema ético.
Pois no substrato da imprecisão no uso das palavras ou do
excesso de palavras vazias, há duas coisas: incompetência e
insinceridade. Males felizmente remediáveis.
 A incompetência se revolve com o estudo, a leitura de bons
autores e a produção consciente de textos. A insinceridade,
por sua vez, resolve-se com uma mudança de
comportamento. É preciso ser sincero consigo mesmo e
fazer com que suas palavras digam aquilo que de fato você
quer dizer. É preciso, enfim, deixar de ser um mero
repetidor.
Disponível em: https://rodrigogurgel.com.br/palavras-
gordas-ideias-magras/ Acesso em abril 2022.
 
B. para um texto ser considerado bom, deve-se
eliminar de sua estrutura todo e qualquer tipo
de adjetivação excessiva, já que ela induz à mera
repetição de ideias.
C. os professores são os grandes responsáveis
pelo insucesso dos alunos na produção de seus
textos.
D. é válido repetir ideias consagradas,
especialmente quando já escritas por autores
aclamados pela crítica.
A ideia central do texto indica que
A. escrever um bom texto não é
necessariamente fazê-lo pomposo, tomado de
palavras bonitas ou difíceis, mas tecê-lo com
clareza, precisão e, acima de tudo, originalidade
e sinceridade.
A mensagem enviada por um vírus
Margot Cardoso
1 ___ De tempos em tempos, epidemias e catástrofes sacodem o
homem e suas certezas. No século XIV, a peste negra varreu do
mundo quase 200 milhões de pessoas. Razões práticas à parte,
muitos compreenderam como uma espécie de basta divino. E as
razões imaginadas para a punição pareciam óbvias: a cobiça, a
gula, a embriaguez e a devassidão estavam por toda parte.
5 ___ Catástrofes, como o terremoto de Lisboa (em 1755), abalaram
a Europa e o mundo. Primeiro veio o sismo com magnitudes de 8,8
a 9 na escala Richter — seguido de um maremoto com ondas de 20
metros de altura. Após a cidade ser reduzida a escombros, os
incêndios encarregaram-se de destruir o que sobrou. É o
terremoto mais mortífero da história: 12 mil mortos. O fenômeno
mereceu a reflexão de filósofos, como Voltaire e Rousseau. Será
que vivíamos mesmo num mundo de bem, regido pela bondade e
misericórdia de Deus? O despertar dessa consciência depois do
terremoto é considerado um marco histórico: o início da Europa
Moderna.
___ Se olharmos para esses acontecimentos — à maneira do
filósofo alemão Hegel — do alto, avistaremos outros eventos
semelhantes; como a lepra, a tuberculose, a gripe espanhola, as
grandes guerras. E talvez, no futuro, outros incluam nessa lista, o
coronavírus de 2019. Você já deve ter notado a avalanche de
informação e contrainformação e a clássica busca dos culpados.
Mas, o que vale a pena fazer nesse momento — para além do
isolamento social — é uma reflexão. Vamos pedir emprestado as
lentes de Hegel. Acarinhado com o título de “deus da filosofia” —
porque via o mundo do alto e construiu um sistema para
compreender o absoluto — Hegel afirma que cada movimento do
mundo surge como solução para o anterior. É uma espécie de
rearranjo do devir. [...]
___ Quando refletimos sobre o estado das coisas, somos tentados a
considerar Hegel e acreditar que o universo tem a sua maneira de
buscar o equilíbrio. Vejamos. Vivemos na era das alterações
climáticas, da poluição dos oceanos e ecossistemas. Apesar do
alerta de especialistas e das mudanças visíveis — aquecimento
global, morte massiva de peixes, secas e inundações — países e
empresas recusam-se a abrandar o ritmo. O lucro deve ser sempre
crescente. E eis que chega um vírus e fecha bares, restaurantes,
bancos, academias de ginástica, salas de espetáculos.
___ O mundo inteiro vive o êxtase do desenfreado direito de ir e vir.
Todos viajam para todas as partes do globo.
 CIdades abarrotadas de turistas. Aviões lotados, aeroportos
caóticos e hotéis na sua capacidade máxima. O que chega: a
quarentena, a recomendação para não sair de casa, ruas desertas,
cidades e países fechados. [...]
Num tempo em que corremos de um lado para o outro. Onde se
trabalha cada vez mais para gastar mais.
Onde o consumo é soberano e gasta-se com o que não é
necessário. Escraviza-se adultos e crianças de países pobres em
nome de negócios milionários — e supérfluos — como o fast
fashion. Surge um vírus que nos obriga a 30 comprar apenas o
essencial. Ir ao supermercado? Apenas para o essencial. Ir a
farmácia? Somente para o essencial
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e, em fila, apenas duas pessoas de cada vez.
___ Num tempo em que deixamos de educar os filhos e os
entregamos ao alheamento de visores eletrônicos e à
escola. Uma sociedade onde nas livrarias há títulos como “Regras
para educar filhos e alunos” numa clara alusão a que o professor
também deve educar. Há um vírus que fecha as escolas e recorda
que é você o único responsável pelo seu filho. [...]
___ Num tempo em que a humanidade se vangloria do avanço
tecnológico, de drones tripulados e do turismo na lua... um vírus
vem nos lembrar que nada verdadeiramente mudou, continuamos
a mercê de epidemias e catástrofes, tal como os homens do ano
500 a.C., do século XIV e XVIII. Um vírus vem nos igualar e lembrar
que todos temos o mesmo corpo frágil, que dói, adoece e morre.
Que esse tempo de incertezas e suspensão de rotinas possa ser
também um tempo de reflexão, um salto de consciência para uma
vida com mais significado, mais responsabilidade e muito mais
feliz.
Fonte: CARDOSO, Margot. A mensagem enviada por um vírus.
Revista Vida Simples. Disponível em:
https://vidasimples.co/colunistas/amensagem-enviada-por-um-
virus/. Acesso em: 6 fev. 2022. Adaptado.
 Barros narrou assim o diálogo entre o prefeito Graciliano e
o matuto:
 — O senhor devia ter vindo há mais tempo. Por que não
veio?
 — O gado é do pai de vosmecê…, justificou o matuto,
timidamente.
15___E Graciliano, em tom polido:
 — Fique o senhor sabendo que o prefeito não tem pai,
nem mãe.
 Nos relatórios de prestação de contas, Graciliano traça um
panorama do município, divaga
 sobre resistência à sua administração e lista seus
principais feitos. Em Alagoas, são tratados
 como a maior inspiração da Lei de Responsabilidade Fiscal,
de 2000.
20___Nos textos, cita que reformou o açougue público,
empedrou ruas (uma espécie de opera-
 ção tapa-buracos) e fez obras antienchente. Orgulhou-se
de ter construído duas estradas, uma
 para o trânsito de animais e outra para pedestres e
automóveis, ligando o centro até Palmeira
 de Fora, na área rural.
 “Tenho também a ideia de iniciar a construção de açudes
na zona sertaneja. Mas para que
25 semear promessas que não sei se darão frutos?
Relatarei com pormenores os planos a que me
 referi quando eles estiverem executados, se isto
acontecer”, escreveu.
 É curiosa a reclamação que Graciliano faz dos gastos de
Palmeira com energia elétrica. “Se
 é muito, a culpa não é minha: é de quem fez o contrato
com a empresa fornecedora de luz”,
 relatou. “Apesar de ser o negócio referente à claridade,
julgo que assinaram aquilo às escuras.”
 
Disponível em:
https://www.estadao.com.br/infograficos/brasil,graciliano-
ramos-de-oliveira-o-prefeito,911965, 25/8/2018 (com
adaptações).
61. A autora apresenta algumas situações da
vida contemporânea alteradas pelo coronavírus
2019, numa tentativa de corroborar a afirmativa
de Hegel. Assinale a alternativa em cujo trecho
fica evidente essa alteração.
A. “Onde se trabalha cada vez mais para gastar
mais. [...] Surge um vírus que nos obriga a
comprar apenas o essencial.” (Linhas 27-30)
B. “O mundo inteiro vive o êxtase do
desenfreado direito de ir e vir. Todos viajam
para todas as partes do globo.” (Linha 24)
C. “Num tempo em que deixamos de educar osfilhos [...] numa clara alusão a que o professor
também deve educar.” (Linhas 32-34)
D. “Um vírus vem nos lembrar que [...], tal como
os homens do ano 500 a.C., [...] temos o mesmo
corpo frágil, que dói, adoece e morre.” (Linhas
36-39)
62. No texto II, a expressão “em tom polido”
(l.15) foi empregada:
A. com ironia.
B. de maneira esnobe.
C. com ar de superioridade.
D. de um modo cortês.
Texto II
1____Como prefeito, Graciliano conseguiu aprovar em agosto de 1928 o
primeiro Código de Postura Municipal, cuja rigidez lhe rendeu muita dor de
cabeça. Tinha 82 artigos, ao todo. “Era um
 pau com formiga”, descreve o biógrafo Ivan Barros.
 Entre as medidas, o código previa fechar comércios que funcionavam sem
licença da pre-
5 feitura, multar vendedores que cobravam a mais por comida em tempos
de carestia e até
 punir quem deixasse animais soltos na rua. Contumaz transgressor das
novas leis, Sebastião
 Ramos, pai de Graciliano, travou com o filho desavenças que se tornaram
célebres.
 Em um dos episódios mais famosos, um morador de Palmeira, em petição
de miséria, pés
 descalços e chapéu de palha na mão, viera ao gabinete lhe denunciar um
abuso. Pela segunda
10 vez, o gado do vizinho invadira e destruíra sua plantação de mandioca:
prejuízo de dois contos
 de réis. E, na primeira, não disse nada.
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
Até que ponto o piloto automático de um avião é
automático?
 
 De acordo com Jorge Henrique Bidinotto, professor de
engenharia aeronáutica na USP de São Carlos, o piloto
automático não decide nada – apenas segue instruções. Se
o piloto humano ordenar que o avião suba para 30 mil pés,
por exemplo, o computador se encarrega de mudar a
altitude, mantendo as outras variáveis constantes.
 Quando há turbulência, o piloto automático desliga por
conta própria. Se o comandante não considerar prudente
lidar com o tempo ruim no modo manual, ele pode dar ao
avião instruções para que ele desvie das nuvens. De novo: o
avião até topa ___________ o comando, mas vai só obedecer,
sem decidir.
 Além de não gostar de ventanias e temporais, o piloto
automático também é desligado por ____________ quando o
humano comete um erro ao operá-lo.
 Decolagem e pouso também são delicados: a primeira é
inteiramente responsabilidade do piloto humano. Já no
pouso, o automático leva o avião até muito ___________ da
pista, mas o controle volta para o manual imediatamente
antes de o avião tocar o chão.
 É bom lembrar que o piloto automático é apenas um dos
muitos sistemas que ajudam a guiar o avião. Ele faz parte
do controle automático, que inclui também softwares
estabilizadores e um sistema que “filtra” as ações do piloto,
tornando-as mais suaves.
(Fonte: Abril - adaptado.)
 
1 ____ Em O processo, a antevisão do inferno em que se
transformaria a burocracia moderna, das culpas imputadas,
da tortura anônima e da morte que caracterizam os
regimes totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O
trucidamento
5 (literal) de que K. tornou-se um ícone do homicídio
político.
A colônia penal de Kafka transformou-se em realidade
pouco depois de sua morte, quando também os temas da
aniquilação e dos vermes, de sua Metamorfose, adquiriram
macabra
realidade. A realização concreta de suas premonições, com
63. Em relação ao texto, analisar os itens abaixo:
I. O piloto automático nunca desliga por conta
própria, nem quando há turbulência.
II. A decolagem é inteiramente responsabilidade
do piloto humano.
III. O piloto automático tem autonomia para
decidir, pois não segue instruções.
Está(ão) CORRETO(S):
A. Somente o item I.
B. Somente o item II.
C. Somente os itens I e III.
D. Somente os itens II e III.
64. No Texto I, o vocábulo “aquiescência”, em
“Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a
aquiescência.”, tem o mesmo sentido de:
A. negação.
B. discrepância.
C. consentimento.
D. censura.
10 pormenores de clarividência, está indissociavelmente
relacionada às suas fantasias aparentemente desvairadas.
Haveria
algum sentido em pensar que, de alguma forma, as
previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O
processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato
ocorres-
15 sem? Seria possível que uma profecia articulada de
maneira
tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização?
As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de
concentração. O judeu da Europa Central que Kafka
ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em
termos
20 espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter
sentido
seus dons proféticos como uma visitação de culpa, de que a
capacidade de antever o tivesse exposto demais às suas
emo-
ções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase
impaciente, do crime perpetrado contra ele. Coexistem, em
todos
25 os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como diz o
sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A
justiça
nada quer de ti. Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando
partes”. Essa formulação está muito próxima de ser uma
definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que
é a
30 liberdade concedida ao homem expulso do Paraíso.
Quem,
senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão poucas
palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de
fazê-lo?
George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka.
In:
Nenhuma paixão desperdiçada. Tradução de Maria Alice
Máximo. Rio
de Janeiro: Record, 2001 (adaptado).
A mulher ramada
1____Verde claro, verde escuro, canteiro de flores, arbusto
entalhado, e de novo verde claro, verde escuro, imenso lençol
do gramado; lá longe o palácio. Assim o jardineiro via o
mundo, toda vez que levantava a cabeça do trabalho.
E via carruagens chegando, silhuetas de damas arrastando os
mantos nas aléias, cavaleiros partindo para a caça. Mas a ele, 
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
no canto mais afastado do jardim, que a seus cuidados
cabia, ninguém via. Plantando, podando, cuidando do chão, 
5 confundia-se quase com suas plantas, mimetizava-se com
as estações. E se às vezes, distraído, murmurava sozinho
alguma coisa,
 sua voz não se entrelaçava à música distante que vinha dos
salões, mas se deixava ficar por entre as folhas, sem que
ninguém
 a viesse colher. Já se fazia grande e frondosa a primeira
árvore que havia plantado naquele jardim, quando uma dor
de solidão
 começou a enraizar-se no seu peito. E passados dias, e
passados meses, só não passando a dor, disse o jardineiro
a si mesmo
 que já era tempo de ter uma companheira.
10___No dia seguinte, trazidas num saco duas belas mudas,
o homem escolheu o lugar, ajoelhou-se, cavou cuidadoso a
primeira
 cova, mediu um palmo, cavou a segunda, e com gestos
sábios de amor enterrou as raízes. Ao redor afundou um
pouco a terra, para
 que a água de chuva e rega mantivesse sempre molhados
os pés de rosa. Foi preciso esperar. Mas ele, que há tanto
esperava, não
 tinha pressa. E quando os primeiros, tênues, galhos
despontaram, carinhosamente os podou, dispondo-se a
esperar novamente,
 até que outra brotação se fizesse mais forte.
15___Durante meses trabalhou conduzindo os ramos de
forma a preencher o desenho que só ele sabia, podando os
espigões tei-
 mosos que escapavam à harmonia exigida. E aos poucos,
entre suas mãos, o arbusto foi tomando feitio, fazendo
surgir dos pés
 plantados no gramado duas lindas pernas, depois o ventre,
os seios, os gentis braços da mulher que seria sua. Por
último, cuidado
 maior, a cabeça, levemente inclinada para o lado.
 O jardineiro ainda deu os últimos retoques com a ponta da
tesoura. Ajeitou o cabelo, arredondou a curva de um joelho.
Depois,
20 afastando-se para olhar, murmurou encantado:
 – Bom-dia, Rosamulher.
 Agora, levantando a cabeça do trabalho, não procurava
mais a distância. Voltava-se para ela, sorria, contava o longo
silêncio
 da sua vida. E quando o vento batia no jardim, agitando os
braços verdes, movendo a cintura, ele todo sesentia vergar
de amor,
 como se o vento o agitasse por dentro.
25___Acabou o verão, fez-se inverno. A neve envolveu com
seu mármore a mulher ramada. Sem plantas para cuidar,
agora que
 todas descansavam, ainda assim o jardineiro ia todos os
dias visitá-la. Viu a neve fazer-se gelo. Viu o gelo desfazer-se
em gotas.
 E, um dia em que o sol parecia mais morno do que de
costume, viu de repente, na ponta dos dedos engalhados,
surgir a primeira
 brotação da primavera. Em pouco, o jardim vestiu o cetim
das folhas novas. Em cada tronco, em cada haste, em cada
pedúnculo,
a seiva empurrou para fora pétalas e pistilos. E mesmo no
escuro da terra os bulbos acordaram, espreguiçando-se em
pequenas
30 pontas verdes.
 Mas, enquanto todos os arbustos se enfeitavam de flores,
nem uma só gota de vermelho brilhava no corpo da roseira.
Nua,
 obedecia ao esforço do seu jardineiro que, temendo viesse
a floração romper tanta beleza, cortava rentes todos os
botões. De
 tanto contrariar a primavera, adoeceu porém o jardineiro.
E, ardendo de amor e febre na cama, inutilmente chamou
por sua amada.
 Muitos dias se passaram antes que pudesse voltar ao
jardim. Quando afinal conseguiu se levantar para procurá-
la, percebeu
35 de longe a marca da sua ausência. Embaralhando-se aos
cabelos, desfazendo a curva da testa, uma rosa
embabadava suas péta-
 las entre os olhos da mulher. E já outra no seio
despontava. Parado diante dela, ele olhava e olhava.
Perdida estava a perfeição do
 rosto, perdida a expressão do olhar. Mas do seu amor
nada se perdia. Florida, pareceu-lhe ainda mais linda.
Nunca Rosamulher
 fora tão rosa. E seu coração de jardineiro soube que nunca
mais teria coragem de podá-la. Nem mesmo para mantê-la
presa em
 seu desenho.
40___Então docemente a abraçou descansando a cabeça no
seu ombro. E esperou. E sentindo sua espera a mulher-rosa
começou
 a brotar, lançando galhos, abrindo folhas, envolvendo-o
em botões, casulo de flores e perfumes. Ao longe, raras
damas surpreen-
 deram-se com o súbito esplendor da roseira. Um cavaleiro
reteve seu cavalo. Por um instante pararam, atraídos.
Depois voltaram
 a cabeça e a atenção, retomando seus caminhos. Sem
perceber debaixo das flores o estreito abraço dos amantes.
Fonte: COLASANTI, Marina. A mulher ramada. In: Marina
Colasanti. Um espinho de marfim e outras histórias. L & PM
POCKET, 1999.
65. Assinale a alternativa em que Marina Colasanti
não atribui aspectos de uma mulher à árvore.
A. “E aos poucos, entre suas mãos, o arbusto foi
tomando feitio, fazendo surgir dos pés plantados
no gramado duas lindas pernas, depois o ventre,
os seios, os gentis braços da mulher que seria
sua.” (l.16-17)
B. “E quando o vento batia no jardim, agitando os
braços verdes, movendo a cintura, ele todo se
sentia vergar de amor, como se o vento o agitasse
por dentro.” (l.23-24)
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C. “Embaralhando-se aos cabelos, desfazendo a
curva da testa, uma rosa embabadava suas
pétalas entre os olhos da mulher.” (l.35-36)
D. “Ao longe, raras damas surpreenderam-se
com o súbito esplendor da roseira.” (l.41-42)
( ) É uma estrutura abastadamente fechada,
vedada a transgressões sob pena de perder
inteligibilidade e comunicação.
( ) É um recurso insuficientemente aberto que
permite dizer tudo.
Assinale a alternativa que indica a sequência
correta, de cima para baixo.
A. V • V • F • V • F
B. V • F • V • F • V
C. V • F • F • F • V
D. F • V • F • V • V
68. Em automutilação (linha 8), grafou-se
corretamente o vocábulo com a união ao prefixo
“auto-”. Assinale a alternativa em que isso NÃO
tenha acontecido.
A. autorregulatório
B. auto-ônibus
C. auto-escola
D. auto-higienizável
Texto I
 Os caminhões chegaram às sete e meia e todas
as famílias que restavam na favela havia muito
tempo já estavam de pé. Era difícil continuar na
cama. Desde os bons tempos, as mulheres
levantavam bem cedo para a lavagem das
roupas, para o apanho da água, para o preparo
das pobres marmitas. Os homens também. Uns
saíam para o trabalho. Outros, em busca do
primeiro gole de cachaça no balcão do armazém
de sô Ladislau, [...]. As crianças maiores
acordavam cedo também, trazendo nos olhos e
no estômago a desesperada expectativa. Será
que hoje tem pão? Os menores, os nenéns
brigando com a vida, dando socos no ar exigindo
o peito da mãe ou a mamadeira completada
com mais água sempre.
(Conceição Evaristo, Becos da Memória, p.168)
No texto literário, a expressividade no emprego
da linguagem é uma importante ferramenta na
construção de sentido. Na passagem “As
crianças maiores acordavam cedo também,
trazendo nos olhos e no estômago a
desesperada expectativa”, considerando-se o
contexto, realça-se:
A. a responsabilidade das crianças.
B. caracterização da fome.
C. a passagem do tempo.
D. o desejo de transformação.
67. Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras
( V ) e as falsas ( F ) partindo da concepção de
língua escrita como sistema formal.
( ) Possui regras, convenções e normas de
funcionamento.
( ) É legitimada pela possibilidade de uso efetivo
nas mais diversas situações de funcionamento.
( ) Não tem legitimação de uso efetivo para
diferentes fins.
Radical, Desinência,
 Prefixo e Sufixo
QUESTIONANDO O CRESCIMENTO ECONÔMICO - Marcus Eduardo
de Oliveira
 Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da
felicidade, via aquisição material, o crescimento econômico se
apresenta como o caminho mais viável para isso, visto que
potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção,
consumo, mais produção para mais consumo),
consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos 
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de que a riqueza de um país aumenta à medida que o
Produto Interno Bruto (PIB) se expande.
Assim, o consumo que, nas palavras de F. Hirsch (1931-
1978), “representa o verdadeiro sujeito e objeto do
crescimento econômico”, ampara tal “necessidade” de
crescimento. Essa “necessidade”, por sua vez, é justificada
pelo encontro do crescimento demográfico com o
progresso econômico, posto esse último cada vez mais a
serviço do aumento da produção material.
 Pautado no interesse de fazer com que a sociedade
alcance melhorias substanciais no padrão de vida das
pessoas, o crescimento econômico, por ser uma espécie de
“marca” que simboliza esse “progresso”, tornou-se
obsessão maior das políticas governamentais pós
Revolução Industrial, e, enquanto a economia mundial
(atividade produtiva global) “coube” dentro do meio
ambiente, tal obsessão jamais foi questionada.
 A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do
lado de fora da economia convencional, dita, neoclássica,
portanto, para aqueles que não comungam às ideias da
cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após
os anos 1960, quando os sinais de estresse ambiental
começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo
ao fato da abundância material ter alcançado, a partir desse
período, maior proeminência, afinal a economia global
estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro”
do capitalismo que somente iria terminar com a chegada
do primeiro choque do petróleo, em 1973.
 A partir disso, a questão principal que se realça é que, à
medida que o crescimento acontece, deteriora-se o meio
ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas
dimensionadas adequadamente na própria conta do
crescimento econômico.
 Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o
mínimo, torna-se mais que razoável, além de permitir o
questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo,
uma vez que seus defensores contextualizam que sem
crescimento não há condições possíveis de sobrevivência
para o sistema ora dominante. [...]
(Adaptado de: Revista Cidadania & Meio Ambiente.
Disponível em:
https://www.ecodebate.com.br/wp-
content/uploads/2016/05/rcman58.pdf)
em “impenitente”) e “i” (como em “ilegal”).
C. No texto,os termos “gritante” (quarto
parágrafo) e “dominante” (sexto parágrafo)
possuem significados similares a “que grita” e
“que domina”, respectivamente.
D. O termo “adequadamente” é formado a partir
de um processo de composição, em que as
palavras “adequada” e “mente” são justapostas.
70. Dentre os substantivos compostos a seguir,
indique o único cuja flexão para o plural é feita da
mesma forma que em ―cabeças-duras (linha 07): 
A. Beija-flor
B. Guarda-roupa
C. Cachorro-quente 
D. Alto-falante
71. Em todas as opções abaixo, o termo
sublinhado foi substituído por um outro, formado
com a ajuda de um afixo (prefixo ou sufixo); a
opção em que a substituição está INADEQUADA,
é:
A. No primeiro dia das férias, vou fazer uma
análise de mim mesmo / autoanálise; 
B. A vacina aplicada há pouco tempo deve trazer
benefícios aos contaminados / recém-aplicada;
C. Monteiro Lobato está sendo lido de novo /
renovado;
D. O ex-presidente da empresa tinha uma riqueza
dificilmente imaginada / inimaginável;
72. Analise as afirmativas a seguir:
I. Quando estão juntos a um radical, os afixos
formam uma palavra. Um exemplo pode ser visto
ao compararmos os termos “pedra”, que é uma
palavra primitiva, e “pedreira”, que é uma palavra
derivada, na qual foi acrescentado o sufixo - eira.
II. A derivação prefixal ocorre com a inclusão de
prefixo à palavra primitiva. Alguns exemplos
desse tipo de derivação incluem as palavras
“infeliz”, “antebraço” e “refazer”. 
Marque a alternativa CORRETA:
A. As duas afirmativas são verdadeiras
B. A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
C. A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
D. As duas afirmativas são falsas. 
69. Sobre o processo de formação de vocábulos
e seus significados no texto, assinale a
alternativa correta.
A. O vocábulo “neoclássico” é formado a partir
de um processo de derivação prefixal, sendo
“neo” o prefixo e “clássico” o radical.
B. O termo “insatisfação” é formado a partir de
um processo de derivação prefixal, em que “in”
possui sentido similar aos prefixos “im” (como 
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73. “Comprei uma casa em Lagoa Santa”. Nesta
frase, o sujeito é do tipo: 
A. Simples
B. Indeterminado
C. Oculto
D. Inexistente
74. Analise: “Cidades de médio porte, que
começam a investir na atração de empresas de
tecnologia, se saíram melhor” e assinale a
alternativa correta.
A. “Médio porte” é adjunto adverbial.
B. O núcleo do sujeito é “cidades”.
C. “Se” é pronome reflexivo de “empresas”.
D. “Tecnologia” é núcleo do sujeito. 
75. Assinale a alternativa que indica
corretamente o núcleo do sujeito sublinhado no
trecho a seguir: “A quantidade de casos e de
pessoas mortas por conta da doença trouxe à
tona a importância de se ter uma rede de saúde
bem preparada”.
A. Quantidade
B. Pessoas
C. Mortas
D. Doenças
76. Assinale a alternativa que apresente a função
sintática dos termos em destaque no período: O
sargento explicou que a trilha, apesar de poder
ser utilizada, é pouco movimentada e "difícil de
andar".
A. Objeto Direto.
B. Vocativo.
C. Predicativo.
D. Sujeito.
77. Na frase “Choramos todos os dias para
manter a córnea lubrificada”, o sujeito é:
A. Simples. B. Composto.
C. Inexistente. D. Oculto.
78. Qual a classificação do sujeito da primeira
oração do período: "Havia uma fazenda onde os
trabalhadores viviam tristes e isolados"?
A. Simples.
B. Oculto.
C. Inexistente.
D. Composto.
E. Indeterminado.
79. Qual a classificação do sujeito da segunda
oração do Período: "Esse episódio demonstra a
grandeza de Sócrates e porque era tão estimado"? 
A. Simples.
B. Indeterminado.
C. Composto. 
D. Oculto.
Sintaxe - sujeito
e predicado
80. Com base no texto abaixo, responda à questão.
 Foi durante a Primeira Guerra Mundial que uma
peregrinação silenciosa deu os primeiros passos no interior
deste país. A febre cresceu sem avisar, sem ser notada ou
compreendida por aqueles que não estavam envolvidos nela.
Não terminaria até os anos 1970, e impulsionaria mudanças
no norte e no sul que ninguém, nem mesmo os protagonistas
da marcha, poderia ter imaginado no início ou sonhado que
levaria o tempo de uma vida para terminar.
Os historiadores chamariam a isso a Grande Migração. Seria
talvez a maior história não contada do século XX... As ações
das pessoas deste livro foram ao mesmo tempo universais e
claramente americanas. Sua migração foi em resposta a uma
estrutura social e econômica pela qual não eram
responsáveis. Elas fizeram aquilo que os seres humanos têm
feito por séculos quando a vida se torna insustentável –
aquilo que os pilgrins fizeram sob a tirania do poder britânico,
que os escocesesirlandeses fizeram em Oklahoma quando a
terra virou pó, que os irlandeses fizeram quando não havia
nada para comer, que os judeus europeus fizeram durante a
expansão do nazismo, que o sem-terra na Rússia, Itália, China
e tantos outros lugares fizeram quando algo melhor os
chamava do outro lado do oceano. O que liga essas histórias
é a busca sem possibilidade de retorno, busca relutante ainda
assim esperançosa, por algo melhor, em qualquer lugar
menos aquele em que estavam. Eles fizeram aquilo que têm
feito com frequência, ao longo da história, os seres humanos
que procuram a liberdade. 
 Partiram. (WILKERSON, Isabel. O calor de outros sóis. In:
PINKER, Steven. Guia de escrita: como conceber um texto com
clareza, precisão e elegância. São Paulo: Contexto, 2018.)
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O sujeito está elíptico em qual das alternativas
abaixo?
A. Os historiadores chamariam a isso a Grande
Migração.
B. Partiram.
C. Elas fizeram aquilo que os seres humanos têm
feito por séculos.
D. A febre cresceu sem avisar.
81. Em conformidade com o texto da questão
anterior acima, em qual das alternativas abaixo a
afirmação é falsa?
A. O pronome Elas, localizado no início do quinto
período do segundo parágrafo, possui como
referente anafórico pessoas deste livro, que
está no terceiro período do segundo parágrafo.
B. O pronome aquilo, localizado no início do
quinto período do segundo parágrafo, faz
remissão ao verbo Partiram, no terceiro
parágrafo.
C. O sujeito de Não terminaria até os anos
1970 é Primeira Guerra Mundial.
D. A palavra febre, localizada no início do
segundo parágrafo, faz remissão anafórica a
peregrinação silenciosa, no primeiro parágrafo. 
82. No texto, encontramos estruturas sintáticas
que são formadas por sujeito + verbo de ligação
+ predicativo do sujeito. Assinale a alternativa
que apresenta a oração que contenha essa
estrutura descrita.
A. Todo mundo comemora o Dia das Mães.
B. O presente do Dia das Mães era todo um
acontecimento.
C. Os romanos herdaram essa tradição.
D. A poeta e ativista Julia Ward Howe escreveu a
Proclamação do Dia das Mães.
A data perdeu sua origem reivindicativa para se tornar um
negócio com grande carga sentimental. (David Bernal)
 Um colar feito com macarrões coloridos, uma moldura
enfeitada com pregadores de roupa ou um cinzeiro com
migalhas de pão. Quando éramos pequenos fazer o presente do
Dia das Mães era todo um acontecimento. O importante não era
o valor material, mas o amor e o entusiasmo com que fazíamos
na escola. Depois, quando crescemos, puxamos o cartão de
crédito, enviamos flores, ligamos com um “amo você” ou – se a
distância permite – um almoço com um aperto de mão.
 Ao contrário do Dia dos Pais ou do Dia dos Namorados, datas
um pouco controversas, todo mundo comemora o Dia das
Mães. O que poucos sabem é __________ (I- o porquê / o por quê)
de ele ser comemorado, já que sobre essa data existem algumas
falsas crenças.
 O primeiro erro que as pessoas cometem é pensar que o
planeta inteiro comemora no mesmo dia. Países tão diversos
quanto Espanha, Romênia, Lituânia, África do Sul e Hungria
comemoram no primeiro domingo de maio. Mas outros, como
Estados Unidos,China, Cuba, Nova Zelândia e Brasil, no
segundo. Do outro lado estão a Argentina e a Bielorrússia, que 
só homenageiam as mães em outubro.
 O segundo mito é a crença de que se trata de uma
celebração religiosa. A Igreja comemora em 8 de dezembro,
coincidindo com a festa da Imaculada Conceição. E na
Espanha, por exemplo, foi assim até que em 1965 __________
(II- houveram / houve) mudança.
 Os primeiros sinais desta festa são encontrados na
Antiguidade. No Egito todos os anos era celebrada a deusa
Ísis, mãe de todos os faraós, e na Grécia clássica o mesmo era
feito com Rea, mãe dos deuses Júpiter, Netuno e Plutão. Os
romanos herdaram essa tradição e na primavera
reverenciavam por três dias a deusa Cibele em um festival
chamado Hilária.
 Mas para encontrar sua verdadeira origem, devemos voltar
ao século XVII na Inglaterra, __________ (IIIaonde/onde) um
evento chamado Domingo das Mães que começou com a
oferta de flores das crianças para suas mães na saída da
Missa, acabou como um dia de folga no trabalho.
 Em 1870, nos EUA, a poeta e ativista Julia Ward Howe
escreveu a Proclamação do Dia das Mães. “Levantem-se,
mulheres de hoje!”, exclamou. Embora a verdadeira mãe
dessa festa, como a conhecemos hoje, foi Anna Reeves Jarvis,
uma dona de casa que em 12 de maio de 1907 organizou um
Dia das Mães para comemorar a morte da sua, ocorrida dois
anos antes, e reconhecer seu inestimável trabalho. Mas não
só isso: começou uma campanha para que o resto do país
também __________ (IV- comemora-se/ comemorasse). E
funcionou, pois, em 1914, o presidente Woodrow Wilson
definiu a data no segundo domingo de maio. A ideia se
espalhou para o resto do mundo. Até hoje.
 Com esta origem tão difusa e dispersa não é de estranhar
que seu caráter reivindicativo tenha se perdido ao longo do
caminho para se tornar uma (outra) desculpa para que os
comércios vendam.
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83. Assinale a alternativa que classifica
corretamente o sujeito da oração a seguir:
“Dessa forma, o Ministério da Saúde (MS) e as
Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios
desenvolviam fundamentalmente ações de
promoção da saúde”.
A. Sujeito Simples.
B. Sujeito Composto.
C. Sujeito Desinencial. 
D. Sujeito Indeterminado. 
84.Assinale a alternativa em que a regência
verbal está de acordo com norma culta.
A. Mariana prefere mais sorvete de chocolate do
que sorvete de morango.
B. A reunião visava a apresentação do novo
diretor.
C. Construir impérios a partir do nada implica
inovação e paixão. 
D. O banco informou os clientes que não haveria
redução dos juros do cheque especial.
85. Com base nas normas de regência verbal,
assinale a opção correta acerca das seguintes
assertivas:
I – A assinatura de um termo de ajustamento de
conduta implica a aceitação de todas as suas
cláusulas.
II – O estado o investiu no cargo de professor.
III – O povo obedece às leis.
A. Apenas os itens I e III estão corretos. 
B. Apenas os itens I e II estão corretos. 
C. Apenas os itens II e III estão corretos. 
D. Os itens I, II e III estão corretos. 
86. Passando abruptamente do primitivo solene
à crônica jocosa e desta ao distanciamento da
paródia, o autor jogou sabiamente com níveis de
consciência e de comunicação diversos,
justificando plenamente o título de rapsódia,
mais do que “romance”, que emprestou à obra.
No trecho acima, o crítico e historiador Alfredo
Bosi está considerando
A. a difícil uniformidade de estilo alcançada no
romance modernista Amar, verbo intransitivo. 
B. um conjunto de fragmentos pré-modernistas
constitutivo do livro Memorial de Aires. 
C. aspectos da prosa experimental e regionalista
de Memórias sentimentais de João Miramar. 
D. o caráter polimórfico que serve ao projeto
experimental da prosa de Macunaíma.
87. Em: "Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após
tomar um café bem fresquinho, OFERECEU ao
jovem um emprego de administrador da fazenda",
a forma verbal "OFERECEU " é classificada, no
contexto em que foi empregada, quanto à sua
transitividade (Regência Verbal), como sendo: 
A. Intransitiva.
B. Transitiva direta e indireta.
C. Verbo de Ligação.
D. Transitiva direta.
88. Em: "Esse episódio DEMONSTRA a grandeza de
Sócrates e porque era tão estimado", a forma
verbal "DEMONSTRA " é classificada, no contexto
em que foi empregada, quanto à sua
transitividade (Regência Verbal) como sendo:
A. Transitiva direta.
B. Transitiva direta e indireta.
C. Verbo de Ligação.
D. Transitiva indireta. 
89. Em relação ao texto 1, percebe-se um desvio
de regência. Assinale a alternativa que o indica. 
A. Não esqueça das seguintes verdades.
B. Esperar não significa inércia.
C. Renunciar não quer dizer que não ame.
D. O tempo ensina, mas não cura.
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90. Ao fazer o cotejo da nossa lista de duzentos
verbos com esses quatro importantes
instrumentos de referência*, ficou claríssimo
para nós o que já percebíamos intuitivamente: a
regência verbal da modalidade escrita formal do
português brasileiro contemporâneo é bastante
variável e as condenações da tradição a
determinados usos não têm efetiva sustentação
nem nos dados, nem nos instrumentos
normativos.
 Há nisso um tremendo paradoxo: os
instrumentos normativos são, em geral, mais
flexíveis do que o discurso categórico que
prevalece no sistema escolar, na mídia, no
trabalho de revisores, nas provas de concursos e
nos testes de escolaridade.
 A cultura filológica e linguística – apesar de,
algumas vezes, se mover com certa timidez ou
ambiguidade – tem claramente se afastado, em
boa medida, da prescrição cega da interdição
categórica. Até porque o uso da língua desmente
qualquer dessas atitudes inflexíveis.
* Dicionário de verbos e regimes, de Francisco
Fernandes; O problema da regência, de Antenor
Nascentes; Dicionário prático de regência verbal,
de Celso Pedro Luft; Dicionário gramatical de
verbos do português contemporâneo,
organizado por Francisco da Silva Borba.
VIEIRA, F. E.; FARACO, C. A. Escrever na
universidade: gramática da norma e referência.
São Paulo: Parábola, 2022. p. 43-44
Assinale a alternativa que apresenta um caso de
regência verbal que é condenável a partir de
uma interpretação normativa categórica, mas
que é corrente no uso da língua, inclusive em
contexto de escrita.
A. É preciso entender o que é esse tipo de
discurso, como ele funciona na prática em nossa
sociedade e o que fazer para combater ele.
B. Os alemães assistiram o evento pela televisão
e rememoraram as atrocidades cometidas pelo
regime nazista.
C. Coisas como essas poderia ser evitadas, mas
ainda hoje é preciso estar atento à onda de
discursos de ódio que espalha-se pelo mundo.
D. Se instaura o contato com o outro pelo viés 
do confronto, e disso resulta a aversão à
diferença, materializada em práticas discursivas
que produzem efeitos de hostilização e ódio.
Crase
91. Assinale a alternativa em que está correto o uso da
crase.
A. À partir daquele momento, tudo começou a fazer
sentido.
B. Os livros foram entregues à ele.
C. Ela havia se referido às crianças da vizinha.
D. Tudo terminou dentro do prazo, graças à Deus.
92. O acento grave indicativo de crase empregado no
fragmento “Ninguém está à mercê da televisão.” (10º
parágrafo) deve ser classificado como: 
A. Inadequado, de acordo com as regras gramaticais. 
B. Adequado, pois atende à regra geral de regência
verbal diante de palavra feminina que exige artigo. 
C. Correto, já que atende à regra da locução prepositiva
com palavra feminina.
D. Adequado, uma vez que seu uso é facultativo no
contexto em que se insere. 
E. Inadequado, na medida em que se trata de uso
estilístico. 
93. Em “...entregar a funcionária Larissa”, ocorreu um
erro em relação ao não uso do sinal indicativo da crase,
depois do verbo entregar. Assinale a assertiva em que a
crase foi empregada corretamente.A. Tenho alergia à cigarro. 
B. Sejam bem-vindos à Londres. 
C. Fizeram uma homenagem à todas as mulheres. 
D. Pedro cedeu seu assento à senhora idosa que estava
em pé.
94. De nota _______ nota, mestre Romão passava horas
rabiscando o papel ou interrogando o cravo, dedicava-
se _______ música, mas não conseguia chegar _______
um resultado satisfatório. Por isso, passou _______ viver
_______ escondidas, com vergonha da vizinhança.
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Em conformidade com a norma-padrão, as
lacunas do enunciado devem ser preenchidas,
respectivamente, com:
A. a ... a ... à ... a ... à
B. à ... a ... a ... à ... as
C. a ... à ... a ... à ... as
D. a ... à ... a ... a ... às
95. Considerando o emprego do acento
indicativo de crase, analise as assertivas a seguir
e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Na linha 06, a ocorrência da crase se justifica
pela regência nominal de “relacionados” e pela
presença do artigo definido feminino singular.
( ) Caso passássemos o substantivo “realidade” (l.
06) para o plural, tomado em sentido genérico,
teríamos “relacionados a suas realidades”.
( ) Caso a situação anterior fosse tomada em
sentido específico, com a ocorrência do artigo
definido feminino plural, não haveria a
ocorrência de crase.
A ordem correta de preenchimento dos
parênteses, de cima para baixo, é:
A. V – V – V.
B. V – V – F.
C. V – F – V.
D. F – F – V.
96. Assinale a alternativa em que há uso
INCORRETO da crase: 
A. A sua prova é igual à do Renato. 
B. Tudo que foi dito se refere àquela situação
que não resolvemos.
C. Eu saí às 15h sem ter hora para voltar. 
D. Estive esperando por ele desde às 9h da
manhã.
97. Em “essas obras ajudam a desconstruir”
(2º§), não há a ocorrência de crase, motivo pelo
qual não foi empregado o acento grave. Dentre
as alternativas abaixo, assinale a única em que
esse acento deveria ocorrer.
A. Todo esse apoio faz jus a uma boa
recompensa.
B. Sua dedicação a escrita sempre foi exemplar.
C. Prender-se a ideias antigas é muito perigoso. 
D. Entregaram a você o material para o evento.
Texto I
 [...]
 Outro elemento por trás da tendência [de buscar terapia] é o
entristecimento das pessoas, diz o psicanalista Lucas Liedke, que discute
saúde mental na internet. Sua visão é amparada pelo Relatório Mundial
da Felicidade, da ONU. Em 2020, o Brasil caiu 12 posições no ranking.
Em 2021, o país recuperou duas posições, mas continua distante do
melhor patamar, registrado em 2013, quando ocupava a 24ª posição.
"Além de retratar a sociedade, essas obras ajudam a desconstruir a ideia
da terapia como algo elitista, que em parte é verdade, mas em parte não 
só é mentira como é até preconceito, porque muita gente pensa
que terapia é só para quem está sofrendo muito ou para quem
tem muito dinheiro e tempo", diz Liedke. Crítico a quem se
preocupa com a saúde mental sem refletir sobre a precarização da
vida, o psicanalista salienta que "a terapia não vai resolver os
problemas do mundo, como a pobreza, o racismo, o machismo,
mas pode ajudar quem sofre disso a enfrentar o problema da
melhor maneira". "Se cuidamos do nosso corpo, por que não
deveríamos cuidar da cabeça? A gente merece fazer terapia." 
(Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/03/psicologos-e-
suassessoes-de-terapia-lotam-de-um-lugar-ao-sol-a-livros-e-
ostreaming.shtml. Acesso em: 15/04/2022)
(...) Passava a esponja na parede com movimentos amplos, espalhava
de propósito a mancha vermelha, e compreendi que naquela casa eu
não teria mais ambiente. Meus pertences couberam numa mala de
mão, ______ estrelas no céu, andei em direção ao centro da cidade. Mas
bem antes do centro encontrei um hotel de aparência modesta, o
nome Zakariás em letras de ferro sobre a porta. Toquei a sineta no
balcão, e uma tabela de preços indicava ______ diária de quatro mil
forintes por um quarto de solteiro. Calculei que poderia me alojar ali
por mais de um mês, pois Kocsis Ferenc ______ insistido em remunerar
meu serviço, um cala-boca de duzentos mil forintes. Já ia tocar a sineta
de novo quando apareceu um velhinho ajeitando os suspensórios.
Pedi ______ chaves ______ moça da recepção que vasculhou uma gaveta,
falou yes e disse que eu era aguardado desde a quarta-feira (...) 
(Adaptado. BUARQUE, Chico. Budapeste. São Paulo: Companhia das
Letras, 2003.)
98. Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas, na ordem em que
aparecem no texto. 
A. haviam – há – havia – as – à.
B. haviam – a – havia – às – a.
C. havia – a – havia – as – à.
D. há – a – havia – as – à. 
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99. Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas, na ordem em que
aparecem no texto.
A. à luz – imergia – aptidão – À medida – perca.
B. a luz – emergia – apitidão – À medida – perda.
C. a luz – emergia – aptidão – À medida – perca.
D. à luz – emergia – aptidão – À medida – perda.
O texto a seguir é referência para a questão. 
Tecnologia está transformando a saúde, agora precisamos usar com
sabedoria ____ pandemia foi, sem sombra de dúvidas, uma
catalisadora da transformação digital na saúde. [...] a alta demanda
por atendimento médico, combinada ____ necessidade de garantir o
distanciamento social, impulsionou a adoção de soluções digitais para
garantir ____ continuidade das políticas de saúde. Com isso, e muito
rapidamente, serviços de saúde e, principalmente, os pacientes
aderiram a modelos de atenção à saúde antes inimagináveis.
Tomemos como exemplo a telemedicina. Sua regulamentação no
Brasil, que até então não avançava na agenda legislativa, deu um salto
com a aprovação da Lei 13.989/20 que autoriza o atendimento médico
online enquanto durar a pandemia de covid-19.
Mas o que era para ser algo transitório parece ter chegado para ficar.
Dados da pesquisa "State of Telehealth" indicam que mais de 60% de
pacientes planejam seguir utilizando a telemedicina combinada ____
consultas presenciais, e 80% dos prestadores de serviço pretendem
continuar a oferta do serviço mesmo depois da pandemia.
[...] Não há mais volta; a saúde agora é tech. Inteligência artificial,
telemedicina, IoT, realidade aumentada. Esses são apenas alguns dos
exemplos de como a tecnologia deve estar cada vez mais presente no
atendimento ____ saúde. As possibilidades são infinitas. Os desafios
para fazer com que sejam mais acessíveis, também. 
100. Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas acima, considerando a
ordem em que aparecem no texto.
A. À – a – à – a – à. 
B. À – a – à – à – a.
C. A – a – à – à – a.
D. A – à – a – a – à.
Considere o seguinte texto:
 Queria saber exatamente como eram as “corridas” e aventuras que
ele tinha vivido com mulheres dando _______ no carro, gente bêbada
chegando em casa errada e namorados rompendo e começando
relações. O hospício completo _______ da sua fabulosa _______ para
cuidar, interpretar e entender a mente dos outros. Anos depois me
lembrei dessa cena quando aceitei fazer uma entrevista com o
cabeleireiro da primeira-dama cuja chamada era: “Aqueles que
cuidam da cabeça dos outros”. Éramos estranhos um ao outro.
Mesmo assim meu momento de vulnerabilidade causada pela
exaustão física e pela penúria amorosa foi sendo acolhido pelas
palavras. Mesmo sendo ele quem falava, e falava sem parar, eu sentia
que estava me escutando. _______ que ia escutando as histórias dele e,
é claro, a maneira única como as contava, as energias foram voltando.
Exatamente como ele tinha previsto. Talvez isso acontecesse porque
eu não estava mais tão focado em mim e na _______ de forças, mas
nas palavras. 
(Dunker, Christian; Thebas, Cláudio. O palhaço e o psicanalista: como
escutar os outros pode transformar vidas. São Paulo: Planeta do
Brasil, 2019.)
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
Mas o maior legado com certeza é a legião de fãs construída.
Pessoas do mundo inteiro se contagiaram com a trama e foi
criada até uma data para celebrar a saga: o “Star Wars Day”,
anualmente no dia 4 de maio.
No Brasil não é diferente, milhares de pessoas amam a obra
idealizada por George Lucas e alguns fazem questão de
disseminar o conhecimento sobre a saga. Como é o caso do
Conselho Jedi do Paraná, um grupo aberto para todo e qualquer
fã da franquia. “Nosso objetivo é reunir todos que gostam da
saga em eventos e atividades pelo estado a fora. Um dos
exemplos é o JediCon, realizado anualmente”, explica um dos
membros do grupo, Rodrigo Bordenousky.
Ele diz que nesses encontros são feitas palestras, explicações de
vídeos do universo da saga, além de venda de itens.
“Promovemos ações bastante variadas. Desde arrecadação para
ajudar alguma entidade carente, até provas de conhecimento,
batalhas com sabres de luz, enfim, quem é fã se diverte”,
complementa.
O Conselho Jedi do Paraná existe há 15 anos e é composto por
centenas de fãs de todos os lugares do estado.
DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO
Apesar de estar completando quase 40 anos do lançamento do
primeiro filme, Star Wars tem admiradores de todas as idades.
Um bom exemplo disso é observado na família Klug de Cascavel.
Nataniel Klug cresceu sendo influenciado diretamente pelos
primos mais velhos na década de 90. Hoje, repassa o
conhecimento que adquiriu para o filho Murilo, de 10 anos.
“Quando ele começou a entender as coisas, já coloquei os filmes
para ele assistir”, brinca, dizendo que o que mais lhe chama a
atenção é a história de honra e guerra explorada na saga. Já o
pequeno Murilo diz que, apesar da pressão do pai, está
aprendendo a gostar cada vez mais da obra. “Adoro as roupas,
brinquedos, desenhos e principalmente os sabres”, comenta
empolgado. “Igual meu pai, procuro incentivar meus amigos a
gostarem também”, diz.
fonte: http://arcoplex.com.br/star-wars-e-o-legado-que-
atravessageracoes/?lang=060
01. E imaginar o porquê de os executivos da
empresa terem investido num enredo como esse
[...]
O emprego do porquê, como apontada no texto,
está corretamente empregado em:
A. O Programa Mais Educação entende que a
escola deve compartilhar sua responsabilidade
pela educação, sem perder seu papel de
protagonista, porquê sua ação é necessária e
insubstituível, mas não é suficiente para dar
conta da tarefa da formação integral.
B. O curioso é que elas entraram na escola
cheias de esperança, porquê iriam aprender a
ler e a escrever, iriam penetrar os insondáveis
mistérios daqueles risquinhos que as pessoas
transformam em histórias, notícias, rezas, 
Por que/porque/
porquê/ por quê
Star Wars e o legado que atravessa gerações - Por Andre
Lucas Mariano dos Santos
“Bom, pessoal, a história se passa em uma galáxia fictícia
habitada por várias criaturas orgânicas e androides
robóticos. O governo está nas mãos do Império Galáctico.
Neste cenário, existe a ‘Força’, uma energia onipresente
cujo controle dá poderes sobrenaturais como premonição
e controle mental. Os Jedis usam a ‘Força’ para o bem,
enquanto os Siths, para o mal.
A história, em ordem cronológica conta a trajetória da
transformação do jovem Anakin em Darth Vader e depois
as aventuras de seu filho, Luke Skywalker, contra o
Império Galáctico”, explica. “Acho que seria isso,
obrigado”.
Provavelmente foi mais ou menos dessa forma que o
então desconhecido diretor George Lucas apresentou seu
ambicioso e estranho projeto para a Fox Studios. E
imaginar o porquê de os executivos da empresa terem
investido num enredo como esse, principalmente numa
época em que a ficção científica estava em baixa, chega a
ser bizarro. Pouco antes, George Lucas já havia oferecido
essa mesma ideia para inúmeras produtoras e todas as
haviam recusado, inclusive as gigantes Universal e Warner
Bros. Dizem que, na verdade, a Fox também estava
pronta para ‘bater a porta’ na cara do diretor, mas o chefe
de recursos criativos da empresa, Alan Ladd Jr., ficou
encantado quando ouviu essa mesma história do início do
texto, e convenceu a diretoria do estúdio a investir no
filme.
O INÍCIO
A verba disponibilizada foi de 8 milhões de dólares, o que
obrigou Lucas a escolher a parte do roteiro que exigisse o
menor gasto possível. A produção esbarrou em todos os
problemas possíveis: estúdio descontente com o elenco,
tempestades de areia na Tunísia, atrasos nas filmagens,
calor insuportável, cenários e figurinos que não
funcionavam direito. Além disso, também não ajudava o
fato de boa parte da equipe achar tudo aquilo que estava
sendo rodado totalmente ridículo.
Em 25 de maio de 1977, “Star Wars: Episódio IV” era
lançado. Desde então, o mundo nunca mais foi o mesmo.
O longa-metragem de quase três horas, com aquele
roteiro sem ‘pé nem cabeça’, conquistou a maior
bilheteria daquele ano: 775,3 milhões de dólares, sendo
aclamado pela crítica e pelo público. Lucas então pôde
produzir os demais episódios e tornou-se um dos mais
respeitados empreendedores do cinema.
LEGADO
Star Wars é considerado um marco da sétima arte, pois
gerou um impacto cultural sem precedentes. Após o
lançamento dos primeiros episódios, os efeitos especiais
e roteiros mais superficiais obtiveram notoriedade em
Hollywood e várias outras obras de ficção científica
ganharam destaque.
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
cantorias e tantas outras coisas
C. Uma ideia inteira muda, porquê uma palavra
mudou de lugar ou porque outra se sentou
como uma rainha dentro de uma frase que não
a esperava e que lhe obedeceu.
D. No caso da alfabetização isso se agrava, o
porquê dessa situação se justifica, pois trata-se
de uma responsabilidade básica da educação a
de que as crianças, que frequentam a escola,
aprendam, pelo menos, a ler e a escrever, além,
é claro, da construção de outros conhecimentos
ligados aos diferentes campos do saber.
2. Assinalar a alternativa que preenche a lacuna
abaixo CORRETAMENTE: 
O menino sabia o ________ de ter tirado uma nota
tão baixa: não havia estudado. 
A. por quê 
B. porquê 
C. porque 
D. por que 
3. Considerando-se o uso dos porquês, numerar
a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar
a alternativa que apresenta a sequência
CORRETA:
(1) Por quê
(2) Por que
(3) Porque
(_) _____ você contou isso a ele?
(_) Ele sorriu _____ sabia que estava sendo
observado.
(_) Não menti, _____?
A. 2 - 3 - 1.
B. 3 - 2 - 1.
C. 1 - 3 - 2.
D. 2 - 1 - 3.
4. No último parágrafo do texto, temos a
utilização do termo "porque". Apesar de não
haver dados sobrequais são os erros
gramaticais mais comuns, não é exagero supor
que o uso dos porquês esteja entre eles. A
aplicação dessas palavras deixa margem para
muitos equívocos, principalmente pelo número
de possibilidades.
Nesse sentido, assinale a alternativa em que o
uso do "porque" NÃO está de acordo com as
normas gramaticais:
A. Eu gostaria de saber por que razão você não
conseguir chegar cedo.
B. Não foi à festa porque teria avaliação na
manhã seguinte.
C. Você deveria saber porque isso costuma
acontecer.
D. Aquela estrada por que passamos abriga a
melhor lanchonete do bairro.
5. Assinalar a alternativa que preenche a lacuna
abaixo CORRETAMENTE:
A aluna não sabia ________ havia sido reprovada.
A. por que
B. por quê
C. porque
D. porquê
Sócrates e a fofoca
Na Grécia antiga, Sócrates era um mestre reconhecido por
sua sabedoria. Certo dia, o grande filósofo se encontrou
com um conhecido que lhe disse:
- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus
alunos?
- Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer,
gostaria de que você passasse por um pequeno teste.
Chama-se "Teste dos 3 filtros".
- Três filtros?
- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer 
que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar
o que vais me dizer. O primeiro filtro é o da Verdade. Estás
completamente seguro de que o que me vai dizer é
verdade?
- Bem... Acabo de saber...
- Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me
contar? Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer
me contar algo de bom sobre meu aluno?
- Não, pelo contrário.
- Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de
ruim sobre ele, que não sabes se é verdade! Ora veja!
Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o terceiro
filtro, que é o da Utilidade. O que queres me contar vai ser
útil para mim?
- Acho que não muito.
- Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar
pode não ser verdade, não ser bom e pode não ser útil,
então para que contar?
Esse episódio demonstra a grandeza de Sócrates e porque
era tão estimado.
https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohisto
rias.html
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
6. Existem critérios semânticos e sintáticos que
determinam o uso dos porquês em língua
portuguesa.
O trecho "Bonito é a gente continuar sendo gente
em quaisquer situações, PORQUE isso é o que
importa" está de acordo com as normas
ortográficas assim como a alternativa: 
A. Qual é o por que de tantas situações
embaraçosas?
B. Precisaria saber porque meu celular não
despertou. 
C. As estradas porque passamos foram
asfaltadas.
D. Será que o meu cheque me demitiu porque
eu não cumpri a meta desse mês?
7. Em "Não entendendo POR QUAL MOTIVO
sofriam tanto, o rabino prestou mais atenção ao
local...", a expressão "por qual motivo" pode ser
reescrita corretamente, mantendo o mesmo
sentido da seguinte forma: 
A. Porquê. 
B. Porque. 
C. Por quê. 
D. Por que. 
8. Considerando-se o uso dos porquês, assinalar
a alternativa que preenche as lacunas abaixo
CORRETAMENTE:
- Você trouxe seu antialérgico?
- Não, ___________?
- __________ há muitos insetos aqui e sua pele já
está avermelhada.
- Tinha deixado meu antialérgico junto com os
demais remédios, mas procurei hoje cedo e não
encontrei; alguém tirou dali. Não entendo o
_________ .
A. porque | por que | por quê
B. por quê | porque | por que
C. por quê | porque | porquê
D. porque | por quê | porque
9. A frase em que a grafia da palavra sublinhada
está correta é:
A. O motivo porque as pessoas culpam os outros
é que é mais fácil do que assumir seus próprios
erros;
B. Eu sei que o amor é indispensável, mas não
sei por quê; 
C. Porque o país não conseguiu superar as
dificuldades da pandemia?
D. Os jornais não informam mais porquê nem
tudo é sabido;
10. A tira brinca com um problema linguístico: o
uso dos porquês. Assinale a alternativa que está
correta com relação a este uso.
A. Não há erro no uso dos porquês do primeiro
quadro.
B. No segundo quadrinho o uso dos porquês
está correto.
C. No último quadro apenas um dos porquês
está errado.
D. A expressão “Agora sim!” do último quadrinho
demonstra que só neste quadro o uso dos
porquês está correto.
11. Encontre a opção em que o emprego do
termo omitido se dá pelos mesmos motivos do
termo destacado em “Por isso, antes de ir a
campo, conheça as principais frases e termos e
entenda por que você deve fugir deles.”
A. ________ devo te contratar?
B. Acredito que muita gente vai a entrevistas
com respostas já prontas, projetos realizados e
sabe o ________ das mudanças.
C. O autoconhecimento é um dos pontos mais
relevantes, _______ influencia diretamente em
como a pessoa conta a sua história.
D. Me comparo ao leão _______ tenho um
espírito de liderança, estando sempre a frente
de projetos tanto na minha vida acadêmica
quanto na minha carreira profissional.
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
12. Para estar de acordo com a norma-padrão o
excerto deverá ser completado com o exposto
em: 
Marte tem pouco mais de um terço da gravidade
terrestre, então é provável que você consiga
usar a caneta no início. Logo, porém, ela
começaria a falhar. ___________________ esse nem
é o principal problema. Sabe aquele furinho
presente na lateral da caneta? Pois é. Ele
permite que o ar entre no tubo e ________________
que se forme um vácuo à medida que a tinta sai.
Sem________________________, a caneta começaria
a vazar. Isso só acontece ________________________
a pressão atmosférica da Terra é grande o
suficiente para fazer o ar
_________________________ o tubo. Em Marte, a
pressão do ar é quase 170 vezes menor do que
na Terra. Mesmo que __________________ possível
escrever com a caneta normal, ela causaria uma
bela lambança.
Fonte:
https://super.abril.com.br/blog/oraculo/uma-
caneta-esferografica-funcionaria-em-marte/ 
A. mas – evita – ele – porque – preencher – fosse
B. mais – evita – ela – porque – preencher – fosse
C. mas – evite – ele – por que – prencher – fosse
D. mais – evita – ele- por que – preencher – seria
13. Assinale a alternativa que NÃO está correta
quanto ao emprego de certas palavras ou
expressões, as quais estão destacadas:
A. O mundo só se conscientizou da importância
do meio ambiente há cerca de cinquenta anos.
B. É difícil para mim entender o mundo
moderno, todo automatizado, com pessoas que
não indagam o porquê das coisas.
C. Afinal chegou a minha nomeação, momento
por que tanto esperei.
D. Não como carne de gado nem tão pouco
carne de porco, mas apenas as chamadas
carnes brancas.
14. Marque a alternativa que apresenta o uso
correto do “porquê”
A. Está explicado o por quê querem cortar a
aposentadoria!
B. Está explicado porque querem cortar a
aposentadoria!
C. Querem cortar a aposentadoria, por que?
D. Está explicado por que querem cortar a
aposentadoria!
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CARREIRAS EDUCACIONAIS
APROVA ACP
Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291sejam gerados
e mais impostos sejam pagos - essa é a
ideia. Se o Estado é incapaz de fornecer a
educação que ensine a pescar, cabe a ele
usar sua arrecadação para sanar os
problemas.
Quanto mais as famílias abrem mão de
poupar para o futuro e praticam o
assistencialismo, mais dependerão do
governo para custear seu futuro. É um
círculo perigosamente vicioso.
Quando me pedem para prestar um serviço
sem fins lucrativos, subentendo que querem
que eu trabalhe sem remuneração. Não faz
sentido. Tenho fins lucrativos, com orgulho.
Se meu trabalho cria valor, paguem o que
ele vale. Quem não tem fins lucrativos é a
instituição que contrata o serviço, não quem
o presta.
Não ter fins lucrativos não deve credenciar
ninguém a ser incompetente na captação de
recursos. Prestar serviços para uma empresa sem
fins lucrativos não deve ser uma caridade forçada.
Lucrar, ou produzir resultados excedentes, é
essencial para o crescimento de qualquer
atividade. Devemos esperar das instituições
competência técnica e gerencial para levantar
fundos, administrar custos e pagar suas
atividades sem corroer a capacidade produtiva da
sociedade. Elas deveriam gerar resultados e
reinvesti-los para que o atendimento a sua causa
possa crescer. É tempo de lutar por mais
profissionalismo nas causas sociais.
Gustavo Cerbasi, Publicado originalmente na
Revista Época em 13/04/2013 disponível no site
[maisdinheiro.com.br], consultado em 12/8/2013
Podemos afirmar que há um vocábulo que teve
sua grafia alterada, tendo por base as modifi- 
cações introduzidas pela Reforma Ortográfica da
Língua Portuguesa firmada em 1990 - oficializada
no Brasil em 2008 com o período de transição
ampliado até 31 de dezembro de 2015 cm qual
alternativa?
A. “mais empregos sejam gerados e mais
impostos sejam pagos - essa é a ideia” .
B. “É um círculo perigosamente vicioso” .
C. “Se meu trabalho cria valor, paguem o que ele
vale”
D. “não deve credenciar ninguem a ser
incompetente na captação de recursos".
10. De acordo com o texto da questão anterior.
Sobre o vocábulo distribuído, afirmou-se que:
I. uma das justificativas plausíveis para sua
acentuação é o fato de ser uma proparo xítona
aparente.
II. também pode ser explicada sua acentuação por
se tratar de paroxítona terminada com a vogal “ o”
.
III. é acentuado de acordo com a mesma norma
gramatical do termo destacado em - “ assim como
esperam que famílias sem dificuldades
financeiras".
Está correto o que se afirmou em:
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A. I, apenas.
B. I e II, apenas.
C. II e III, apenas
D. nenhuma das proposições
11. Observe as sentenças a seguir.
I. Seu desejo de ter um corpo perfeito
tornou-se uma obsessão - abusava de
regimes malucos e passava horas na
academia.
II. Revelou-se um cantor medíocre, porém,
pretencioso - acreditava que sua voz era a
mais bela da cidade.
III. Com excessão de Antônio, que justificou
sua ausência por motivos de saúde, todos
os condôminos estavam presentes à
assembléia.
Tendo por base o padrão culto da língua
portu guesa é possível afirmar que não
ocorreram erros de ortografia na(s)
sentença(s) representada(s) em:
A. I, apenas.
B. I e II, apenas.
C. II e III, apenas.
D. I, II e III.
12. A palavra que recebe acento gráfico
pelo mesmo motivo verificado no vocábulo
"nivel” é:
A. ( ) trágicas
B. ( ) políticas.
C. ( ) frágil
D. ( ) subsídios
O mercado de barcos de luxo chega com
atraso ao debate sobre o desenvolvimento
de uma indústria sustentável, assunto antigo
no setor automotivo.
O segmento náutico começa a fazer
pesquisas e testes para viabilizar tecnologias
de motor híbrido para os iates, reduzindo a
poluição. A evolução é lenta porque as
embarcações demandam motores mais
potentes e baterias com maior capacidade
de armazenamento de energia, de acoldo
com executivos.
Extraído do jornal "Folha de São Paulo",
edição de 19/1/2020.
Leia os trechos a seguir. I. "O mercado de
barcos de luxo chega com atraso ao debate".
ll. "pesquisas e testes para viabilizar
tecnologias".
Os elementos sublinhados, no contexto em
que estão inseridos denotam,
respectivamente;
A. l - modo; ll - finalidade.
B. l - instrumento; ll - direção.
C. l - causa; ll - explicação.
D. I - finalidade; ll- consequência.
14. àquela que se arrisca a ser bem mais
prejudicial para o futuro da democracia:
(linhas 2-3)
Uma palavra com mesma classificação
gramatical que a palavra “mais” , na frase
acima, está destacada em:
A. dependemos todos de pessoas que nunca
vimos, (linha 24)
B. a ignorância é quase infalivelmente uma
garantia de maus procedimentos, (linhas 30-
31)
C. O indivíduo necessita certamente de
bastante conhecimento factual (linhas 31-
32) 
D. os desejos e os muitos sentimentos que
ele pode sentir, (linha 55)
MORFOLOGIA E HÍFEN
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
15. (...) como esse poder delegado está
sendo exercido, (l. 12-13)
A palavra destacada é classificada
gramaticalmente como:
A. adjetivo
B. advérbio
C. conjunção
D. substantivo
16. Uma palavra classificada como adjetivo
está sublinhada em:
A. Nem adultos escapam da exigência
geral. (l. 5-6)
B. uma palavra a carregar a culpa para o
lado oposto (l. 21-22)
C. os antigos entendiam o limite como
autodomínio, (l. 50-51)
D. Entre mim e o outro há sempre um
espaço imponderável. (l. 60-62)
17. ADEUS, SALSICHAS
Feijoada, cachorro quente, presunto,
hambúrguer industrializado, salames de
todo tipo, linguiça, defumada ou não,
sanduíches consagrados - enfim, carnes
processadas são alimentos que concorrem
para desenvolver câncer no aparelho
digestivo, especialmente estômago e
intestinos. Até mesmo o churrasco
comparece à lista, na medida em que é
processado sob fumaça que produz
alcatrão.
Quem faz a advertência, de maneira
estudada e formal, não é uma ONG de
vegetarianos ou uma congregação de
obcecados pregadores de dietas
alternativas. Esta também não é uma
daquelas superstições populares
amplamente divulgadas no passado - como
a de que leite com manga faz mal.
. 
É a Organização Mundial da Saúde que se manifesta
agora nesses termos, com todo seu peso institucional.
A conclusão foi divulgada oficialmente após estudo
elaborado por 22 cientistas que avaliaram 800
trabalhos sobre a relação entre esses alimentos e onze
tipos de câncer . Como, apesar das advertências de
Bismarck, alemães e austríacos são devoradores
contumazes de salsichas; como o americano típico não
dispensa fartas porções de bacon e de ovos mexidos
com presunto no seu café da manhã; como o espanhol
não passa nem uma semana sem se regalar com seu
prato de tapas, armado com embutidos de todo tipo.
Como o brasileiro é grande entusiasta do churrasco e
da feijoada; como no mundo inteiro aumenta o
consumo de hambúrgueres e de carnes industrialmente
processadas - então podemos estar diante de forte
ataque à indústria de carnes e de proteína animal Se as
autoridades sanitárias em todo o mundo se sentirem
obrigadas a divulgar as mesmas advertências que
passaram a fazer ao consumo de cigarros e de bebidas
alcoólicas - na base de “o Ministério da Saúde
adverte...” grandes negócios ficarão ameaçados.
Imagine o impacto sobre McDonald's, Burger King e
todas as indústrias brasileiras cujos produtos estão
sendo hoje promovidos por artistas da Globo.
A partir dos anos 50, assim que começaram a ser
divulgados os primeiros informes sobre os prejuízos à
saúde provocados pelo tabaco, as grandes indústrias
do setor foram ao contra-ataque. Contrataram
especialistas para produzir pesquisas que refutassem
as autoridades mundiais do setor e, com isso,
conseguiram adiar a decadência. Poderá o mesmo
acontecer agora com a indústria de carnes? O estrago
nas comunicações pode ser forte, especialmente na
área da publicidade, onde apelos ao consumo de
alimentos suspeitos começarão a ser questionados.
O fato é que está em curso, ampla campanha contra
coisas boas da vida, especialmente contra alimentos.
Compilado deartigo da autoria de Celso Ming,
disponível em http://economia.estadao.com.br/
noticias/geral,adeus-salsichas, 10000000775], publicado
e consultado em 28/10/15.
“Até mesmo o churrasco comparece à lista, na medida
em que é processado sob fumaça que produz alcatrão”.
Sobre a locução - na medida em que - é possível
afiançar que:
A. foi adequadamente utilizada, no contexto em que
está inserida, pois empregada com valor causal.
B. poderia, sem prejuízo à norma culta da língua, ou
mesmo ao contexto, ser substituída pela similar - à
medida que.
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C. é indicativa de proporcionalidade, assim
como na frase - Na medida em que chovia,
maiores tomavam-se as probabilidades de
enchentes nas áreas baixas da cidade.
D. na conjuntura utilizada, vai de encontro ao
preconizado pela norma culta da língua; mais
adequada seria a utilização da locução “á
medida em que”.
18. Considerando as orações abaixo.
I. “O homem sábio é aquele que não se
entristece com as coisas que não tem, mas
rejubila com as que tem.” - Epicteto
II. “Sábio é aquele que conhece os limites da
própria ignorância.” - Sócrates
A palavra “sábio” nas orações I e II classificam-
se, respectivamente, como:
A. adjetivo e substantivo.
B. substantivo e adjetivo.
C. adjetivo e verbo.
D. pronome e adjetivo.
19. Assinale a alternativa que apresenta um
advérbio de intensidade.
A. “Saí do laboratório sentindo um alívio
desconfortável."
B. “Tive medo de parecer hipocondríaca."
C. “Eles bem sabem o quanto fico feliz em
pagar."
D. “Tenho a sorte de poder pagar um bom plano
de saúde."
20. Observe o seguinte verso de “Águas de
Março": “É o mistério profundo, é o queira ou
não queira". O verbo “querer" não aparece
nesse momento da letra com a função de verbo,
mas sim, como uma palavra de outra classe
gramatical. Qual é essa classe? 
A. Adjetivo.
B. Substantivo.
C. Advérbio.
D. Pronome.
21. Observe a seguinte frase escrita pelo autor
da notícia: “Algumas camisas foram produzidas
com a falha, mas, segundo a empresa, nenhuma
chegou às lojas". O que justifica o fato de, nesse 
caso, o uso da crase ser obrigatório, segundo a
norma-padrão da língua portuguesa? 
A. O verbo “produzir" é transitivo indireto e rege
a preposição “a"
B. Como se trata de uma “loja" específica para a
qual a Adidas vendeu os uniformes, é preciso
usar a crase.
C. O verbo “chegar" é transitivo direto e exige
um complemento que é introduzido pela
preposição “a".
D. O verbo “chegar" é transitivo indireto e rege
uma preposição “a", que introduz o seu
complemento verbal “as lojas".
22. I. Por que gostamos tanto de tomar sorvete?
II. Ele não tinha feito nada errado nem sofrido
um crime.
III. Uma frase que li em uma loja na China.
IV. Tomar decisões assim é fácil. 
Ainda com base nas orações apresentadas na
questão anterior, as palavras sublinhadas em I,
II, III e IV classificam-se, respectivamente, como:
A. I. advérbio; II. advérbio; III. artigo indefinido;
IV. adjetivo.
B. I. advérbio; II. adjetivo; III. artigo indefinido;
IV. adjetivo.
C. I. adjetivo; II. pronome; III. numeral; IV.
prono me.
D. I. preposição; II. advérbio; III. numeral; IV.
advérbio.
23. “O dicionarista não inventa, não acusa nem
elogia, deve ser IMPARCIAL...
O adjetivo em destaque refere-se a uma
característica que a autora julga essencial ao
dicionarista e cujo significado é:
A. culto.
B. discreto.
C. alienado.
D. justo.
24. “Evite usar a palavra ‘mas’ - Algumas falas
podem tirar a força do seu pedido de desculpas.
“Ah! Perdão por ter te magoado, mas...”. Nesse
trecho do texto, a palavra mas é uma:
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A. Conjunção aditiva
B. Conjunção adversativa
C. Conjunção alternativa
D. Conjunção conformativa
25. Assinale a alternativa que indica o sentido
com o qual a locução conjuntiva “não obstante”
É EMPREGADA.
A. Concessão.
B. Causa.
C. Consequência.
D. Proporção.
E. Conformidade.
26. Segundo ele, um exemplo para as ações de
atenção à saúde mental é a cidade de Mariana,
que mais de seis anos após o rompimento da
barragem ainda demanda cuidados com a
assistência psicológica da população. (linhas 37
e 38)
No período acima, há quantas ocorrências de
preposição?
A. Seis.
B. Nove.
C. Sete.
D. Oito.
27. NFTs em luxo e arte digital: até onde podem
ir?
O mercado de arte vive um dos seus momentos
mais atípicos, mas também um dos mais
esperados e evidentes, onde todo o seu
potencial especulativo atendeu plenamente às
possibilidades do ecossistema digital. Estamos
diante de um ponto de virada ou é apenas mais
um grito desesperado do capitalismo?
 Um dos principais pilares sobre os quais uma
obra de arte ainda repousa e é cobiçada é, além
de seu valor e importância dentro de seu
contexto e discurso, o significado único que ela
possui, ou seja, tudo o que pode fazer uma
peça diferente das demais. No entanto, ao
longo dos anos, esse elemento foi sendo
ampliado, reconfigurado e também desfigurado
para especular nos mercados sobre o possível 
valor, ou ausência de, em uma peça, instalação, arte-
objeto e, recentemente, arte digital.
 No ritmo voraz do mercado e das últimas
tendências digitais, e mesmo que boa parte da
população não conheça bem termos como tokens não
fungíveis ou cadeias de blockchain, a tendência NFT
se acelerou de forma impensável durante os últimos
dois anos, atingindo a arte e os seus mercados.
Entre os problemas e especulações cada vez mais
frequentes sobre pagamentos justos, royalties e
detalhes contratuais, o blockchain é projetado como
uma ferramenta poderosa e potencial para
desenvolver e eliminar intermediários complicados
em diferentes indústrias, incluindo luxo, começando
pela resolução de conflitos associados a pagamentos
e até mesmo para alcançar um maior envolvimento
por parte de criadores, produtores e artistas com
seus públicos ou consumidores finais. E, embora nem
todas as vozes envolvidas sejam a favor dos NFTs,
esse instrumento digital demonstrou um poder além
de mais uma moda caprichosa dos grandes empórios
do mercado.
 Os chamados non-fungible-tokens ou NFTs nada
mais são do que tokens criados em um Blockchain
específico que possuem conteúdo único e irrepetível
(vamos imaginar uma fotografia digital que não pode
ser compartilhada, replicada, capturada em tela ou
algo do tipo). Essa possibilidade pode ser uma obra
de arte, um item ou peça colecionável, poderes em
um jogo, a escritura de uma casa real ou
praticamente qualquer outra coisa que possamos
imaginar.
 Estando hospedados em Blockchains, como as
criptomoedas Binance Smart Chain, Bitcoin ou
Ethereum, esses tokens não podem ser duplicados ou
falsificados, portanto, nossa compra pode ser
garantida no que diz respeito ao original.
 E enquanto o experimento era promissor, curioso
e fascinante há dois anos, em julho de 2021 alarmou
os analistas financeiros, quando durante um leilão na
famosa casa de leilões Christie's, remotamente, sem a
já icônica cena de uma sala lotada e o golpe final do
martelo, um lote de colagens de imagens digitais
intitulado Every Day: The First 5,000 Days, arrecadou
US$ 69 milhões, pago em equivalente Etherum.
 Foi o mesmo autor da peça, Beeple, que descreveu
os NFTs como uma potencial bolha especulativa, pois,
assim que trocou seus Ethers por dólares, se
surpreendeu com a volatilidade: “Não sou nem
remotamente um purista de criptomoedas”,
assegurou o artista digital. (...)
Recentemente, a casa de moda italiana Dolce &
Gabbana lançou uma venda NFT muito lucrativa,
Collezione Genesi, que arrecadou mais de seis
milhões de dólares em um modelo híbrido físico/NFT, 
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composto por nove peças, unindo o aspecto físico da
moda e os aspectos metafísicos da NFTs. O que as
partes interessadas “realmente” compram? O item
físico e o NFT juntos.(...)
Uma das vozes críticas no âmbito e possíveis
cenários em torno da arte e dos NFTs tem sido o
músico, produtor e criador de música ambiente
britânico, Brian Eno , que vislumbra “um mundo
inundado de especuladores e dinheiro fácil, porque
os governos mundiais, relutantes em fazer
verdadeiras mudanças estruturais que colocam em
risco o status quo, decidiram que a solução para
qualquer problema é imprimir mais dinheiro. Essa é
provavelmente a razão pela qual o mercado de ações
dispara quando ocorre uma emergência como a
covid, porque os especuladores sabem que uma
nova emergência significa mais dinheiro e que muito
disso acabará em suas mãos.
 Do primeiro tweet da história, ao meme do gato
voador, passando pelas capas icônicas da Time, ou o
primeiro álbum do NFT, alguns analistas veem a
chegada desse instrumento intangível como o
prelúdio da reimaginação do dinheiro, onde os
campos semânticos ainda incipientes ao redor o
metaverso e as criptomoedas definirão o curso das
coisas. (...)
Ricardo Pineda
Disponível em
https://elpais.com/america/sociedad/reinterpretar-el-
lujo/2022-03-18/nfts-en-el-lujo-y-el-arte-digital-hasta-
donde-puedenllegar.html. 
Analise nas orações a seguir a função gramatical da
partícula “A” e, em seguida, marque o item correto.
I. “...começando pela resolução de conflitos
associados a pagamentos e até mesmo para alcançar
um maior envolvimento por parte de criadores,..”
II. “A escritora Cecília Meireles expressou em versos a
sua alma, eternizando-a na literatura”. 
A. Em I, a partícula A desempenha função de artigo
definido. 
B. Em II, a primeira partícula A desempenha função
de preposição. 
C. Em II, a segunda partícula A desempenha função
de pronome oblíquo. 
D. As três partículas A desempenham exatamente a
mesma função gramatical. 
28. Grafou-se incorretamente a união ao prefixo
“auto-” a questão:
.A. autorregulatório
B. auto-ônibus
C. auto-escola
D. auto-higienizável
29. Dentre as palavras a seguir, indique a única
que, segundo o Novo Acordo Ortográfico,
deveria estar grafada com hífen: 
A. antihigiênico
B. autoestima
C. posfácio
D. ultrassom
E. antissocial
30. Levando em consideração as regras atuais
do uso do hífen em Língua Portuguesa,
assinale a alternativa em que a palavra está
INCORRETAMENTE grafada.
A. Inter-relação. 
B. Microorganismo.
C. Sobre-humano.
D. Superpoder. 
31. A nova ortografia recomenda como correta
a seguinte palavra:
A. anti-reforma. 
B. contra-argumento. 
C. para-quedas. 
D. ultra-secreto; 
E. cara-a-cara.
32. Marque a opção cuja regra indica a
exclusão do hífen.
A. Não se usa o hífen quando o prefixo da palavra
termina em vogal e o segundo elemento começa
por “r” ou “s”, cujas letras são duplicadas. 
B. Não se usa o hífen quando o prefixo da palavra
termina em vogal e o segundo elemento começa
por consoante diferente de “r” ou “s”.
C. Quando o prefixo da palavra termina por
consoante, não se usa o hífen, se o segundo
elemento começar por vogal. 
D. Quando o prefixo da palavra termina por
consoante, usa-se o hífen somente se o
segundo elemento começar pela mesma
consoante. 
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33. Nesta quinta-feira, dia 9, ____14h, a Secretaria da
Família (Pró-família) faz a doação de mais de 50
produtos, entre bonecas de panos e naninhas
(travesseirinhos), ____ integrantes do Clube de Mãe
da Hermann Barthel, na Associação de Moradores da
Rua Hermann Barthel, no bairro Velha Central.
O objetivo é de contemplar as crianças em situação
de vulnerabilidade social e que residem na região
com os produtos doados. De acordo com a Pró-
família, o próprio Clube de Mãe do local fará a
entrega ____ população, em um evento programado
para ser realizado já no sábado, dia 11, ____ 16h.
A confecção das bonecas de pano contou com a
participação de idosas assistidas pela Pró-família,
incluindo integrantes de Clubes de Mães e
voluntárias da comunidade. Além de ajudar quem
precisa de atenção, tem como objetivo também de
resgatar ____ tradição cultural da confecção de
bonecas de pano, que foram feitas totalmente com
materiais recicláveis doados por empresas parceiras.
[...]
Disponível em:
https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/fundaca
o-pro-familia/ pro-familia/secretaria-da-famailia-faz-
doaacaao-de-bonecas-de-pano-ao-clubede-maae-da-
hermann-barthel17 Acesso em: 07/dez/2021.
[adaptado]
A exemplo de Pró-família, assinale a alternativa que
contém outro prefixo que sempre exige uso do hífen: 
A. anti
B. ultra
C. sub
D. pós
E. co
34. Analise as afirmativas a seguir:
I. Os substantivos, quando possuem uma única
palavra, são chamados de simples como ocorre, por
exemplo, com as palavras “árvore”, “livro” e “casa”.
II. Denominam-se substantivos compostos aqueles
que possuem mais de uma palavra ou a junção de
dois radicais como, por exemplo, as palavras “peixe-
espada”, “aguardente” e “couve-flor”.
Marque a alternativa CORRETA:
A. As duas afirmativas são verdadeiras. 
B. A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
C. A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
D. As duas afirmativas são falsas. 
35. o hífen está incorretamente empregado
em:
A. Para enfrentar a pandemia, o contra-
ataque mais eficaz é a atitude consciente de
governantes e populações.
B. É importante abandonar hábitos anti-
higiênicos para evitar que o vírus se espalhe e,
também, para prevenir o contágio.
C. Impor a quarentena apenas para grupos de
risco não é indicado em locais com infra-
estrutura precária, sem saneamento básico.
D. Para superar os desafios impostos pelo
coronavírus, esforços conjuntos e colaborativos
entre e dentro das nações são bem-vindos.
36. De acordo com as regras normativas
pertinentes à Língua Portuguesa do Brasil,
observe a explicação dada sobre uma das
pontuações utilizadas na representação do
discurso.
__________ representa uma maior pausa do que
a marcada pela vírgula, comumente utilizada.
Seu uso ocorre para separar orações
coordenadas quanto muito longas. Sua função
é a de conceder clareza em uma frase,
principalmente a fim de organizar os itens
apresentados.
Assinale a alternativa que preencha
corretamente a lacuna.
A. Ponto e vírgula. 
B. Ponto final.
C. Trema.
D. Dois pontos. 
E. Hífen.
Acentuação Gráfica
37. Assinale a alternativa em que todas as
palavras estão acentuadas corretamente.
A. heroi, textil, ônibus.
B. papeis, convenio, triângulo.
C. purê, imã, historico.
D. chapéu, próprio, crítico. 
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38. Quanto às regras de acentuação, assinale a
opção correta:
A. São acentuadas as palavras oxítonas
terminadas em A, E, I, O, U. 
B. São acentuadas as palavras paroxítonas
terminadas em A, E, O seguidas ou não de S.
C. São acentuadas as palavras paroxítonas
terminadas em L, N, R, PS, X, US, I, IS, UM, UNS,
Â, ÂO.
D. São acentuadas as palavras oxítonas
terminadas em L, N, R, PS, X, US, I, IS, UM, UNS,
Ã, ÃO.
39. “Um dos principais pilares sobre os quais
uma obra de arte ainda repousa e é cobiçada é,
além de seu valor e importância dentro de seu
contexto e discurso, o significado único que ela
possui...”. Sobre a acentuação das palavras em
negrito, é correto afirmar que 
I. “Importância” recebe acento por ser
paroxítona terminada em ditongo crescente.
II. “Além” recebe acento por se tratar de uma
paroxítona terminada em “em”.
III. “Único” recebe acento pelo mesmo motivo
que “inóspito”.
IV. “Único” recebe acento pelo mesmo motivo
que “álbum”.
A. os itens I e II estão corretos.
B. os itens II e III estão corretos.
C. os itens II e IV estão corretos. 
D. os itens I e III estão corretos.
40. Analise as proposições a seguir, a respeito da
palavra “envelhecem”, e assinale V, se
verdadeiras , ou F, se falsas.
( ) Trata-se de verbo conjugado na terceira
pessoa do plural no presente do indicativo.
( ) A palavra apresenta 4 sílabas e pode ser
considerada oxítona por sua acentuação tônica.
( ) Há a presença de 3 dígrafosna palavra.
A ordem correta de preenchimento dos
parênteses, de cima para baixo, é:
A. V – F – F. 
B. V – V – F.
C. V – F – V.
D. F – F – V.
E. F – V – F.
41. Considerando a palavra “expectativa”,
analise as assertivas a seguir:
I. A palavra apresenta um número de
fonemas igual ao de letras.
II. A palavra pode ser classificada como
proparoxítona em relação à acentuação
tônica.
III. Não há ocorrência de semivogais na
palavra.
Quais estão corretas?
A. Apenas I. 
B. Apenas II.
C. Apenas III. 
D. Apenas I e II. 
E. Apenas I e III.
42. Assinale a alternativa que apresenta
correta justificativa para o acento gráfico
presente no vocábulo “cafeína”.
A. Trata-se de palavra paroxítona terminada
em -a, por isso deve ser acentuada.
B. Acentua-se tal termo, pois é uma palavra
que apresenta hiato na sílaba paroxítona.
C. O vocábulo é acentuado, porque se trata
da vogal “i” tônica, que forma hiato com uma
vogal anterior.
D. O acento gráfico deve ser empregado
nessa palavra, na medida em que atende à
regra do acento diferencial.
E. Emprega-se tal acento gráfico nesse
vocábulo, já que se deve evitar o fenômeno
da ambiguidade.
43. O Novo Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa alterou a acentuação de algumas
palavras. No entanto, “réis” (1º§) conserva o
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acento que recebia em função de seu ditongo
aberto. Dentre as palavras abaixo, assinale a que
apresenta, INDEVIDAMENTE, o acento gráfico. 
A. herói.
B. céu.
C. dói.
D. véu.
E. jibóia.
44. Quanto à acentuação tônica, as palavras:
recíproco1, hostil2, distância3 são,
respectivamente:
A. Paroxítona, paroxítona, proparoxítona.
B. Oxítona, paroxítona, proparoxítona.
C. Proparoxítona, oxítona, paroxítona.
D. Paroxítona, oxítona, proparoxítona. 
45. Assinale a alternativa que tem todas as
palavras acentuadas corretamente.
A. Lâmpada; café; bárbarie; cumplice. 
B. Larápio; inconfidência; pitú; caída.
C. Distúrbio; cajú; cafuné; contêmporaneo.
D. Recíproco; barbárie; pélvis; cúmplice.
46. Assinale a alternativa cuja palavra seja
proparoxítona: 
A. vítima.
B. além.
C. difícil.
D. também.
E. porém.
47. Assinale a alternativa cuja palavra NÃO seja
proparoxítona:
A. música. 
B. características. 
C. década.
D. rótulo.
E. infância.
48. Segundo as regras de acentuação gráfica do
português, toda proparoxítona deve ser
acentuada. Assinale a alternativa que apresenta
duas palavras do texto cujo acento gráfico é 
justificado por essa regra.
A. ódio – científica
B. artística – interferência
C. científica – interferência 
D. científica – artística 
E. artística – está
49. Considerando-se a sílaba tônica,
numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e,
após, assinalar a alternativa que apresenta a
sequência CORRETA:
(1) Oxítona.
(2) Paroxítona.
(3) Proparoxítona.
( ) Espaço.
( ) Está.
( ) Júpiter. 
A. 1 - 2 - 3.
B. 3 - 2 - 1.
C. 2 - 1 - 3.
D. 1 - 3 - 2.
50. Por ocasião da vigência do Novo Acordo
Ortográfico, algumas palavras perderam o
acento agudo, a exemplo de ―ideia‖ (linha
03). Dentre as palavras a seguir, a única em
que esta alteração NÃO ocorreu e, portanto,
está grafada INCORRETAMENTE é: 
A. paranoico
B. heroi
C. asteroide
D. assembleia
E. joia
51. Assinale a opção que apresente uma
palavra acentuada por regra distinta da das
demais.
A. fósseis (L.21)
B. quilômetros (L.23)
C. área (L.23)
D. triângulo (L.24)
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52. Marque a alternativa com informação
CORRETA.
A. O acento usado no verbo "têm " é imposto
pela regência verbal.
B. A expressão: "além da Terra" faz o leitor a
pensar no que pode estar bem antes da terra.
C. Na expressão: "não se conhece", temos a
mesma ideia que: "não fora conhecida". 
D. O pronome "outro " é indefinido variável em
gênero e em número.
53. 'Considerando a época do ano, a previsão é
de temperaturas agradáveis também para a
região Sul.'
Assinale a opção CORRETA quanto às regras de
acentuação. 
A. Os vocábulos 'época, previsão, agradáveis' são
substantivos comuns. 
B. São quatro preposições que fazem as
conexões entre as palavras.
C. Existem três artigos definidos presentes na
frase. 
D. Os vocábulos 'previsão, temperaturas,
agradáveis' são substantivos abstratos. 
E. O termo 'considerando' é um verbo conjugado
no infinitivo pessoal.
54. Numere a segunda coluna de acordo com a
primeira, observando os termos sublinhados.
1. Proparoxítona 
2. Paroxítona 
3. Oxítona
( ) “E que um dos métodos mais importantes
para criar...”
( ) “...cair sempre nas mesmas dobras idênticas”.
( ) “...como começa a parecer inevitável...”
( ) “Se você acredita que pode mudar...”
( ) “...e torna-se automática...”
Assinale a alternativa que indica a sequência
CORRETA.
A. 1/1/2/3/1 
B. 1/2/2/3/1 
C. 2/1/2/3/1 
D. 2/2/2/3/1
E. 1/1/3/2/1
55. Assinale a alternativa que apresenta a
regra que justifica a acentuação gráfica da
palavra SAÚDE em "...desejo-lhe muita
SAÚDE".
A. São acentuados graficamente todos os
paroxítonos com hiatos.
B. Acentua-se a letra -U, desde seja a
segunda vogal átona de um hiato e esteja
sozinha.
C. São acentuados graficamente todos os
paroxítonos terminados em E.
D. Acentua-se a letra -U, desde seja a
segunda vogal tônica de um hiato e esteja
sozinha. 
56. Assinale a alternativa que apresenta a
regra que justifica a acentuação da palavra
GENÉTICA em "Nascemos todos, certo, com
uma enorme bagagem GENÉTICA".
A. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
B. Todas as paroxítonas são acentuadas.
C. Acentuam-se as proparoxítonas
terminadas em A.
D. Acentuam-se as paroxítonas terminadas
em A.
57. Assinale a alternativa cuja palavra seja
proparoxítona:
A. Saúde.
B. Porém.
C. Nível.
D. Doméstico.
E. Pé. 
58. No trecho: “Que importava se num dia
futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente
uma cabeça de mulher?”, fazê-la recebe
acento pela mesma regra de acentuação da
palavra:
A. Grajaú
B. ângulo
C. infância
D. até
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59. Em relação à acentuação, assinalar a
alternativa CORRETA:
A. Contrapôr. 
B. Menú.
C. Gratuíto. 
D. Solavânco. 
E. Jóquei.
60. Assinale a alternativa cujas palavras tenham
sido acentuadas obedecendo à mesma regra de
acentuação:
A. possuía – caí - diária
B. atrás – você – tocá-lo
C. êxtase – éramos – buscá-lo
D. saí – nós - até
61. Com o Acordo Ortográfico, a palavra
“asteroide” deixou de levar acento para marcar
os ditongos abertos ÉU, ÉI e ÓI.
Nesse cenário, assinale a opção que apresente a
palavra grafada incorretamente seguindo a nova
regra. 
A. herói
B. assembleia
C. ideia
D. heróico
62. Considerando a palavra “pandemia”, retirada
do texto, analise as assertivas a seguir:
I. A palavra apresenta o mesmo número de
fonemas e de letras.
II. Há nela a presença de um ditongo crescente.
III. Trata-se de palavra proparoxítona, cuja sílaba
tônica é “pan”.
Quais estão corretas?
A. Apenas I.
B. Apenas II.
C. Apenas III.
D. Apenas I e II.
E. Apenas II e III.
63. Analise as afirmativas quanto à acentuação
de algumas palavras retiradas do texto:
I."Próprio", "família", "voluntárias" e "recicláveis"
são paroxítonas acentuadas por terminarem em
ditongo, seguido ou não de S.
II."Além" e "também" são exemplos de oxítonas
acentuadas por terminarem em EM.
III."Já" e "fará" são exemplos de monossílabos
tônicos acentuados por terminarem em A.
Estão CORRETAS:
A. Apenas a afirmativa II.
B. Todas as afirmativas.
C. Apenas as afirmativas I e II.
D. Apenas as afirmativas II e III.
E. Apenas as afirmativas I e III.
64. O vocábulo "concluída" está corretamente
acentuado por pertencer à regra especial dos
hiatos. Assinale a alternativa cujas palavras
deveriam ser todas acentuadas e pela mesma
regra dos hiatos tônicos:
A. juiz - raiz - juizes - raizes
B. proibição - destruição - reunião - sanduiche
C. egoismo - ciume - faisca - ruina
D. poetico - boemio - bau - paraiso
E. ruim- cafeina - ruido - saida
65. O vocábulo "concluída" está corretamente
acentuado por pertencer à regra especial dos
hiatos. Assinale a alternativa cujas palavras
deveriam ser todas acentuadas e pela mesma
regra dos hiatos tônicos: 
A. proibição - destruição - reunião - sanduiche
B. juiz - raiz - juizes - raizes
C. poetico - boemio - bau - paraiso
D. egoismo - ciume - faisca - ruina
66. Assinale a alternativa na qual o acento
gráfico tenha sido suprimido INCORRETAMENTE
da palavra sublinhada.
A. Eles não leem bem ainda.
B. A assembleia não se reuniu.
C. Vamos por tudo em pratos limpos.
D. A feiura não existe.
E. Não houve conciliação entre os polos.
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67. A palavra acentuada graficamente pelo
mesmo motivo de “incontestável” é:
A. aliás 
B. hipóteses 
C. possíveis 
D. mamíferos
68. Diferentes regras de acentuação justificam o
acento gráfico nas palavras:
A. países e vírus
B. histórias e espécie
C. eólica e fôssemos
D. responsável e caráter
69. Assinale a alternativa que contém palavra
que, assim como “três”, também deve ser
acentuada. 
A. Ceu.
B. Voz.
C. Trem.
D. Bela.
70. Assinale a opção CORRETA:
A. A palavra "Ômicron" é acentuada por ser uma
paroxítona terminada em "on".
B. A palavra "critica" está incorretamente
grafada.
C. A separação silábica de "comissários" é: co-
mis-sá-ri-os.
D. A sílaba tônica da palavra "trabalhador" é
"dor".
71. “para justificar aos olhos do seu povo a
existência fácil e opulenta das facções que a têm
dirigido” (3º§)
O vocábulo destacado é acentuado em função:
A. de uma exigência fonética em relação à
pronúncia.
B. do caráter passivo que assume na oração.
C. de uma relação de regência com o termo
seguinte.
D. a concordância com o sujeito a que se refere.
72. O verbo ter é um dos mais empregados em
língua portuguesa, ocupando o espaço de outros
verbos; a frase abaixo em que a proposta de
substituição desse verbo foi realizada de forma
adequada, é:
A. Certas pessoas têm dificuldade em sentir a
poesia, daí dedicarem-se a ensiná-la / exibem;
B. Cada escritor tem os leitores que merece /
arrebata;
C. Um dos males de nossa literatura é que os
nossos sábios têm pouco espírito / mostram; 
D. Um homem que tem um milhão de dólares
sente-se tão bem como se fosse rico / se
apodera de;
73. No trecho a seguir, o verbo manter está
acentuado. Assinale a opção que justifica o
emprego desse acento.
Servidores do Banco Central mantêm greve por
tempo indeterminado
Categoria reivindica reajuste salarial de 27% para
repor as perdas inflacionárias nos últimos três
anos.
(Disponível em: paginanet.com.br. Acesso em:
22/05/2022)
A. é uma oxítona terminada em “em” e marca o
plural, portanto recebe ainda acento diferencial
– o circunflexo.
B. é uma paroxítona, sempre fora acentuada.
C. é regra do novo acordo ortográfico. dessa
forma, todas as palavras monossílabas tônicas
serão acentuadas.
D. não há razão de ser dessa acentuação, trata-
se apenas de um acento diferencial.
E. é regra do novo acordo ortográfico, passa-se
ao uso de acento diferencial de plural.
74. Considere o seguinte texto:
A instalação “Papéis Avulsos”, criação da artista
Laura Vinci, é apadrinhada pelo Fleury e faz
parte da exposição “Feito por Brasileiros”, que
ocupa o antigo hospital entre 9 de setembro e
12 de outubro. […] Com ideia original de 2008, a
obra de Laura Vinci vem se transformando até
atingir a sintese apresentada ao publico durante 
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
a exposição. Uma das referencias para esse
trabalho são as cenas vistas pelo mundo todo
nos ataques terroristas de 11 de setembro, em
Nova York (EUA), quando uma grande
quantidade de papéis e documentos voou das
Torres Gemeas. Para a artista, aquele
acontecimento foi fundamental para mudar o
modelo de pensar a vida nas grandes cidades.
Com o amadurecimento da ideia, Laura levou
sua obra para o palco do teatro [...]. Agora, a
artista os traz para um dos simbolos da
imigração italiana na cidade. “Acho que aqui,
neste momento atual da cidade, da situação
mundial, estamos vivendo uma transformação
muito profunda de valores, do ponto de vista
social, urbano e da sustentabilidade. Também é
dessa tempestade que estou falando. Acho que
tem muita coisa dura por vir”, explica.
Quantas palavras, nesse trecho, deveriam estar
acentuadas, mas não estão?
A. Cinco. 
B. Seis.
C. Sete.
D. Oito. 
75. Leia atentamente: “Refiro-me a esta carta e
não aquela que recebi ontem.” Na frase, a falta
de um acento gráfico indica um erro de: 
A. colocação Pronominal
B. regência nominal
C. concordância verbal
D. regência verbal
76. Leia o texto.
– Haveis de entender, começou ele, que a virtude
e o saber têm duas existências paralelas, uma no
sujeito que as possui, outra no espírito dos que
o ouvem ou contemplam. Se puserdes as mais
sublimes virtudes e os mais profundos
conhecimentos em um sujeito solitário, remoto
de todo contato com outros homens, é como se
eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira,
se ninguém os gostar, valem tanto como as
urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não
valem nada; ou, por outras palavras mais
enérgicas, não há espetáculo sem espectador.
(Machado de Assis – O segredo do bonzo.
excerto)
Assinale a alternativa em que o verbo colocado
entre parênteses deveria ser acentuado pela
mesma justificativa dada para o acento posto no
verbo “ter” do primeiro período do texto.
A. Eles vem de terras distantes para contemplar
o saber daquele homem. (vir)
B. Se tivesseis ouvidos, entenderias! (ter)
C. As virtudes, só a ve, aquele que tem
sabedoria. (ver)
D. Ele detem a sabedoria dos povos antigos.
(deter)
77. O verbo disponibilizar (2º parágrafo) é
grafado com o sufixo “izar” por não possuir um
“s” na terminação de seu radical. Essa regra
também atinge a palavra:
A. Catequizar
B. Batizar
C. Integralizar
D. Hipnotizar
78. A palavra "funções" (linha 47) é plural de
"função". Considerando isso, indique, dentre as
palavras a seguir, a única que, quando
flexionada no plural, NÃO apresenta terminação
em "ões": 
A. Paixão B. Limão
C.Bênção D.Estação
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79. Em relação à flexão de número dos adjetivos,
assinalar a alternativa que preenche a lacuna
abaixo CORRETAMENTE:
Eles foram considerados _______________.
A. novo-rico
B. novos-rico
C. novos-ricos
D. novo-ricos
80. Os substantivos terminados em -ão
presentes no excerto “Através da arte o ser
humano expressa ideias, emoções, percepções e
sensações.” (6º parágrafo) fazem plural apenas
com a terminação em - ões, como se contata.
Assinale a alternativa em que o vocábulo abaixo
admite só duas possibilidades de formação de
plural:
A. aldeão.
B. ermitão.
C. tabelião.
D.charlatão.
81. Fernando Sabino
 A enfermeira surgida de uma porta me
impôs silêncio com o dedo junto aos lábios e
mandou-me entrar. Estava nascendo! Era um
menino.
 Nem bonito nem feio; tem boca, orelhas,
sexo e nariz no seu devido lugar, cinco dedos em
cada mão e em cada pé. Realizou a grande
temeridade de nascer, e saiu-se bem da
empreitada. Já enfrentou dez minutos de vida.
Ainda traz consigo, nos olhinhos esgazeados, um
resto de eternidade.
 Portanto, alegremo-nos. A vida também não
é bonita nem feia. Tem bocas que murmuram
preces, orelhas sábias no escutar, sexos que se
contentam, perfumes vários para o nariz, mãos
que se apertam, dedos que acariciam, múltiplos
caminhos para os pés. É verdade que algumas
palavras, melhor fora nunca dizê-las, outras
nunca escutá-las. Olhos há que procuram ver o
que não podem, alguns narizes se metem onde
não devem. Há muito prazer insatisfeito, muito 
desejo vão. Mãos que se fecham. Pés que se
atropelam. Mas o simples ato de nascer já
pressupõe tudo isso, o primeiro ar que se
respira já contém as impurezasdo mundo. O
primeiro vagido é um desafio. A vida aceitou um
novo corpo e o batismo vai traçar-lhe um
destino. A luta se inicia: mais um que será salvo.
Portanto, alegremo-nos.
 Menino sem nome ainda, não te prometo nada.
Não sei se terás infância: brinquedos, quintal,
monte de areia, fruta verde, casca de árvore,
passarinho, porão de fantasmas, formigas em
fila, beira de rio, galinha no choco, caco de vidro,
pé machucado. O mundo de hoje, tal como o
estou vendo da janela do meu apartamento,
desconfio que te reserva para a infância um
miraculoso aparelho eletrocosmogônico de
brincar. Ou apenas uma eterna garrafa de Coca-
Cola e um delicioso Chicabon.
Aceita, menino, esses inofensivos divertimentos.
Leva-os a sério, com toda aquela seriedade
grave da infância, chupa o Chicabon, bebe a
Coca-Cola, desmonta e torna a montar a
miraculosa máquina de brincar de nosso século
que a imaginação de teu pai jamais poderia
sequer conceber. Impõe a essas coisas e a essa
vida que te oferecerão como infância a
sofreguidão da tua boca, a ousadia de teus olhos
e a força de tuas mãos. Imprime a tudo que
tocares a alegria que me deste por nasceres.
Qualquer que seja tua infância, conquista-a, que
te abençoo. Dela te nascerá uma convicção.
Conquista-a também – e vá viver, em meu nome.
Nada te posso dar senão um nome.
 Nada te posso dar. No teu primeiro instante
de vida minha estrela não se apagou. Partiu-se
em duas e lá no alto uma delas te espera, será
tua. Nada te posso dar senão um nome e esta
estrela. Se acreditares em estrela, vai buscá-la. 
No quinto parágrafo do texto, o cronista dá
conselhos a seu filho. Nesse contexto, percebe-
se que, linguisticamente, tais conselhos partem
de 
A. verbos conjugados no modo subjuntivo. 
B. substantivos flexionados em gênero.
C. verbos conjugados no modo imperativo.
D. substantivos flexionados em número. 
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82. Assinale a opção em que os dois termos
admitem flexão de número.
A. Bastante irritada
B. Bastante leitura
C. Muito importante
D. Menos eficiente
E. Mais inteligente
83. Assinale a alternativa correta, segundo o
padrão culto da Língua Portuguesa:
A. Não caia na conversa desses charlatãos! 
B. Os alemãos apreciam boas cervejas.
C. Os corrimões dessas escadas são de madeira
nobre.
D. Eu só sei os refrões dessas músicas.
84. Assinale a alternativa em que todos os
adjetivos estão corretos quanto ao gênero.
A. aluno francês – aluna francesa / garoto hindu
– garota hindu
B. homem europeu – mulher europeia / menino
judeu – menina judeu
C. moço cristão – moça cristão / aluno cortês –
aluna cortês
D. professor célebre – professora célebre /
menino órfão – menina órfão
E. moço ateu – moça ateu / aluno são – aluna sã
85. Assinale a alternativa em que todos os
plurais estejam corretos.
A. a atriz (as atrizes) / o limão (os limões) / o
pires (os pireses)
B. o cidadão (os cidadões) / a religião (as
religiões) / o lápis (os lápis)
C. o atum (os atums) / o mel (os méis) / a mãe (as
mães)
D. o ônibus (os ônibus) / o mal (os males) / o
fóssil (os fósseis)
86. Assinale a opção em que todos os vocábulos
apresentam um radical com valor semântico
(significado) idêntico:
A. manual / mancha / mão. 
B. terror / aterrar / terreiro. 
C. mês / mensal / mesada. 
D. vítima / vital / vida.
E. escravo / escrita / escritura. 
87. No trecho “A ideia dos bate-papos é trazer
novos repertórios para dentro da nossa rotina
de trabalho [...]”, o plural do substantivo
composto assinalado se justifica da forma que
ele foi feito, pois
A. a primeira palavra é um verbo, que não
recebe plural em –s, e a segunda é um pronome,
que apresenta plural em –s.
B. ambas as palavras são verbos, portanto o
plural é marcado apenas em um deles.
C. a primeira palavra é um verbo, que não
recebe plural em –s, e a segunda é um
substantivo, que apresenta plural em –s.
D. ambas as palavras são substantivos, portanto
o plural é marcado em apenas um deles.
88. Na frase "Sobre ela, se viam iguarias,
comidas das mais deliciosas que se possa
imaginar, com a PRATARIA e a louça mais
maravilhosa que jamais se vira." a palavra
PRATARIA obedece ao processo de formação por
derivação: 
A. Parassintética. 
B. Sufixal. 
C. Prefixal. 
D. Regressiva. 
89. “As grandes doenças da alma, bem como
aquelas do corpo, renovam o homem; e as
convalescências espirituais não são menos
agradáveis nem menos miraculosas do que as
físicas.”
Nessa frase aparece o termo convalescência
corretamente grafado (com -escer e não com -
ecer).
Assinale a palavra abaixo que está corretamente
grafada com esse mesmo sufixo.
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A. decrescer.
B. aparescer.
C. enriquescer.
D. amanhescer. 
E. enlouquescer.
90. Muitas palavras em língua portuguesa são
formadas com o sufixo -ada, que possui
significados diferentes.
Assinale a opção em que todas as palavras
mostram esse sufixo com o mesmo valor.
A. Garotada / peneirada.
B. Laranjada / cadeirada. 
C. Peixada / estudantada.
D. Vassourada / sujeirada. 
E. Caminhada /caçada. 
92. Em relação aos processos de formação de
palavras da Língua Portuguesa, conforme
preconiza Cegalla, são feitas as seguintes
afirmações:
I. A composição consiste em formar palavras
novas a partir de outra já existente, realizando-
se por acréscimo de prefixo anteposto ao
radical, ou acrescentando um sufixo a um
radical; ou pelo acréscimo de prefixo e de sufixo,
ao mesmo tempo, a um radical.
II. A derivação imprópria, que é de interesse da
semântica e da estilística, consiste em mudar a
classe gramatical de uma palavra, estendendo-
lhe à significação.
III. O hibridismo diz respeito às palavras em cuja
formação entram elementos de línguas
diferentes.
Quais dos conceitos acima estão corretos,
conforme preconiza Cegalla?
A. Apenas I.
B. Apenas II.
C. Apenas III.
D. Apenas I e II.
E. Apenas II e III.
93. As palavras couve-de-bruxelas e anuviar são
formadas, respectivamente, por
A. composição por aglutinação e composição por
justaposição.
B. derivação parassintética e derivação sufixal.
C. derivação regressiva e derivação imprópria.
D. composição por justaposição e derivação
parassintética.
94. Na frase: "O coração de um amigo é um
BOMBARDEIO de sentimentos bons", a palavra
BOMBARDEIO obedece ao processo de formação
por derivação: 
A. Prefixal.
B. Regressiva.
C. Parassintética.
D. Sufixal.
Onomatopeia, Abreviação, Derivação,
Hibridismo...
91.M PIROMANÍACO DESTRÓI UM MARCO 
A sanha de um piromaníaco deixou a população
coreana consternada na semana passada. Um
homem de 69 anos, identificado apenas pelo
nome de Chae, ateou fogo ao histórico portão
Namdaemun, em Seul. Construído no século XIV,
o portão era o principal monumento histórico do
país. Durante séculos, marcou a entrada da
cidade, circundada por muros. A estrutura do
portão, de madeira, não resistiu às chamas e ruiu
completamente. Chae confessou o crime e disse
ter agido em retaliação pela baixa indenização
que recebera da Prefeitura por um terreno. As
autoridades coreanas planejam reconstruir o
portal. Os trabalhos devem durar três anos e
custar cerca de US$24 milhões. Em 2006, Chae já
havia sido preso por incendiar uma parte do
Palácio Real.
(Revista Época, 18 de fevereiro de 2008. pág. 16)
O processo de formação da palavra
“Piromaníaco” é: 
A. Derivação prefixal
B. Composição por aglutinação
C. Composição por justaposição
D. Hibridismo
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
95. Leia o fragmento a seguir, observando as
palavras em destaque.
 “Um sarcófago de chumbo encontrado em
março, durante os trabalhos de reconstrução da
catedral gótica de Notre-Dame, em Paris, será
reaberto para estudos de seu conteúdo. Durante
avaliações estruturais para instalação de
andaimes, visando restaurar o icônico pináculo
de Notre-Dame destruído por um incêndio em2019, trabalhadores encontraram uma tubulação
de tijolos de um antigo sistema de aquecimento
do século 19. O sarcófago estava enterrado 20
metros abaixo do solo em meio a estes tubos, no
coração da catedral, entre as ruínas da nave e do
altar.”
MISTERIOSO sarcófago encontrado debaixo da
catedral de Notre-Dame será aberto. Scientific
American Brasil, 18 de abril de 2022. Disponível
em: https://sciam.com.br/misterioso-sarcofago-
encontradodebaixo-da-catedral-de-notre-dame-
sera-aberto/..
Sobre esses vocábulos, assinale a alternativa
correta. 
A. Os vocábulos “reaberto”, “reconstrução” e
“trabalhadores” são formados por derivação
prefixal, enquanto “enterrado” apresenta
formação por justaposição.
B. Os vocábulos “reaberto” e “reconstrução” são
formados por derivação prefixal, “trabalhadores”
tem derivação por sufixação, e “enterrado”
apresenta parassíntese.
C. Os vocábulos “reaberto”, “reconstrução” e
“trabalhadores” são formados por derivação
sufixal, enquanto “enterrado” apresenta
formação por aglutinação.
D. Os vocábulos “reaberto” e “reconstrução” são
formados por derivação sufixal, “trabalhadores”
tem derivação por prefixação, e “enterrado”
apresenta parassíntese.
 96. Síndrome de burnout agora é doença do
trabalho
 Desde 1º de janeiro, a síndrome de burnout, ou
síndrome do esgotamento profissional, é
reconhecida como doença do trabalho. Isso
significa que, desde então, os empregados
acometidos pelo problema têm os seus direitos
trabalhistas e previdenciários garantidos, 
podendo tirar licença médica remunerada pelo
empregador, em até 15 dias, ou pelo INSS,
quando o prazo for estendido.
Mas o que é síndrome de burnout? “Trata-se de
distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de
tensão emocional e estresse provocados por
condições de trabalho desgastantes”, explica
Maria Tereza de Almeida, professora do curso de
Medicina da Faculdade Santa Marcelina, em São
Paulo. 
 O sintoma mais frequente da doença é a
sensação de esgotamento físico e emocional,
que provoca irritabilidade, dificuldade de
concentração, ansiedade, depressão e baixa
produtividade.
 A síndrome pode ser desencadeada por fatores
como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão
da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser
mais afetado pelo transtorno.
 “Profissionais das áreas de educação e de
saúde, operadores de voo, agentes
penitenciários e bombeiros correm risco maior”,
exemplifica a professora. Mas há como prevenir.
A organização das prioridades e do tempo de
trabalho e de lazer , a prática de esportes e o
cuidado com o sono e a alimentação são
algumas dicas. O tratamento, por sua vez, pode
incluir o uso de medicamentos, mas a
psicoterapia é essencial, assim como o apoio da
família.
Em “...psicoterapia é essencial...”, a palavra
destacada sofreu o mesmo processo de
formação que a palavra:
A. pingue-pongue. 
B. televisão. 
C. amoral.
D. telegrama. 
97. Analise as afirmativas a seguir:
I. A derivação parassintética contempla a
inclusão do sufixo à palavra primitiva como
ocorre, por exemplo, nas palavras: felicidade,
beleza e estudante.
II. Na derivação parassintética ocorre a inclusão
de um prefixo e de um sufixo à palavra primitiva,
de forma simultânea, como se pode observar,
por exemplo, nas palavras: entardecer,
emagrecer e engaiolar.
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
Marque a alternativa CORRETA: 
A. As duas afirmativas são verdadeiras. 
B. A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
C. A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
D. As duas afirmativas são falsas. 
98. O BBBismo
Mentor Neto*
A não ser que você more numa caverna, a essa
altura já sabe que o BBB 21 está no ar e na
mente de boa parte da população.
Como sempre acontece, antes da temporada
começar, o programa é alvo de intensas críticas
à Rede. Dizem que é um programa velho, que
não aguentam mais, que a fórmula é repetida.
Ou que é um absurdo encher uma casa de gente
improdutiva para passar meses exercendo suas
improdutividades.
Aí... ai, ai, ai!... O programa começa e todo
mundo esquece as críticas. O País mergulha num
experimento social seríssimo. O que parecem
fofocas de um bando de aspirantes a
celebridades são, na verdade, matéria bruta para
estudos do comportamento humano. Nos quatro
cantos das redes sociais surgem especialistas em
ética, moral, neurolinguística, psiquiatria e
outras disciplinas de humanas.
Então chegam às terças-feiras. Ah, às terças-
feiras. O tribunal nacional se reúne para
expulsar o fulano que tratou mal a fulana que
por sua vez xingou o beltrano que está ficando
com sicrana. O paredão é uma decisão tomada
pelo espectador com seriedade. Muito mais do
que em votações menos importantes. 
Aí, então, muito melhor ir no popular e sugerir o
óbvio. Uma forma de governo tipicamente
brasileira: O BBBismo. Funciona assim: Em 22 a
gente coloca todos os candidatos na mesma
casa por 4 anos. Isso mesmo. Governo com
transparência 24 horas por dia.
Toda semana, as prioridades do país serão
decididas nas provas. Ganhou a prova do líder,
governa o país por uma semana. E o melhor, 
como não sabem o que está acontecendo do
lado de fora da casa, não atrapalham a gente.
Poderemos, enfim, construir o país que sempre
sonhamos.
Sem políticos pra estragar tudo.
* Escritor e cronista.
Isto É n. 2665, 17 fev. 2021, p. 66. Adaptado.
No português do Brasil é comum ocorrerem
vários fenômenos linguísticos, entre eles o que
consiste na criação de uma palavra ou expressão
nova, ou na atribuição de um novo sentido a um
termo já existente. Os dois textos a seguir, cada
um à sua maneira, relacionam-se com esse
conceito.
Texto I “O paredão é uma decisão tomada pelo
espectador com seriedade. Muito mais do que
em votações menos importantes. Muito melhor
ir no popular e sugerir o óbvio. Uma forma de
governo tipicamente brasileira: O BBBismo.”
Texto II
Com base nos dois textos, analise as asserções a seguir
e a relação proposta entre elas.
I - “BBBismo” e “Neymaram” são palavras novas
acrescentadas ao nosso léxico, derivadas e formadas de
outras já existentes nas quais ocorreu um processo de
verbalização PORQUE II – em ambas foram colocadas
terminações morfológicas correspondentes a uma
sequência de fonemas para produzir novos significados,
porém ainda não dicionarizados.
Sobre essas asserções, é correto afirmar que
A. a primeira é uma afirmativa falsa; e a segunda,
verdadeira. 
B. a primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda,
falsa.
C. as duas são verdadeiras, mas não estabelecem
relação entre si.
D. as duas são verdadeiras, e a segunda é uma
justificativa correta da primeira.
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PORTUGUÊS - APROVA ACP
99. São todos vocábulos formados por
hibridismo.
A. Ecologia / filosofia / mundano.
B. Burocracia / decímetro / monóculo.
C.Guerreiro / acrofobia / teologia.
D.Bondoso / filosofia / autossugestão.
100.Leia atentamente as afirmativas abaixo.
I – No vocábulo “alistar”, observa-se a derivação
parassintética.
II – Os vocábulos “riacho”, “quietude” e
“amanhecer” são formados por sufixos nominais.
III – “Automóvel” é formado por hibridismo.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
A. I
B.II
C.I e III
D.II e III
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