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W W W . A C P A P R O V A . C O M . B R APROVA ACP 200 QUESTÕES GABARITADAS Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 AVISO IMPORTANTE A Apostilas APROVA ACP não está vinculada a nenhuma organizadora de Concurso Público. A aquisição não garante o seu ingresso na carreira pública. Suas dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do e-mail: aprovaconcursoacp@gmail.com PIRATARIA É CRIME É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 Dúvidas, dicas, críticas, sugestões:aprovaconcursoacp@gmail.com Ortografia; Morfologia Hífen Acentuação gráfica; Onomatopeia, abreviações, derivação, hibridismo Pontuação Interpretação de texto Coesão e coerência Figura de linguagem Organização textual Prefixo e sufixo Sintaxe Crase Por que/ porque/ porquê/ por quê PORTUGUÊS PARA CONCURSO Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 01 PORTUGUÊS - APROVA ACP ORTOGRAFIA A participação contínua da sociedade na gestão pública é um direito assegurado pela Constituição Federal, permitindo que o cidadão não só participe da formulação das políticas públicas, como também fiscalize de forma permanente a aplicação dos recursos públicos. Assim, cada brasileiro tem o direito não só de escolher, de quatro em quatro anos, seus representantes, mas também de acompanhar de perto, durante todo o mandato, como esse poder delegado está sendo exercido, supervisionando e avaliando a tomada das decisões administrativas. O controle social pode ser feito por qualquer um individualmente ou por um grupo de pessoas. Os conselhos gestores de políticas públicas são canais que permitem estabelecer uma sociedade na qual a cidadania deixe de ser apenas um direito, para se tornar uma realidade. A importância dos conselhos está no seu papel de fortalecimento da participação democrática da população na formulação e implementação de políticas públicas. Os conselhos são encontrados nas três instâncias de governo (federal, estadual e municipal). Dentre os conselhos, podem ser citados o de saúde e o de alimentação escolar. O primeiro é composto por 25% de representantes de entidades governamentais, 25% de representantes de entidades não governamentais e 50% de usuários dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse conselho, que deve se reunir pelo menos uma vez por mês, acompanha as verbas que chegam pelo SUS e participa da elaboração das metas para a saúde. O conselho de alimentação escolar, por sua vez, controla o dinheiro para a merenda e analisa a qualidade da merenda comprada. No Brasil, tendo em vista suas dimensões e a complexidade político-social de seus mais de cinco mil municípios, é indispensável que haja fomento permanente à participação social, a fim de que todos possam tomar parte no controle dos gastos e colaborar, desse modo, com a gestão pública. Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas, conforme o seguinte exemplo do texto: A. também B. público C. saúde D. mês 2. De acordo com o texto anterior, A terminação –ão faz plural em –ãos na seguinte palavra do texto: A. implementação B. constituição C. cidadão D. gestão OS SHORTINHOS E A FALTA DE DIÁLOGO Li na coluna de Monica Bergamo na Folha da última sexta-feira (5) a reportagem "A crise dos shortinhos no colégio Rio Branco". Trata-se do seguinte: o uniforme dessa escola pede bermudas, mas as garotas querem usar shortinhos, pois não querem ser obrigadas a "sofrer em silêncio com o calor do verão", como afirmam em um abaixo-assinado intitulado "Liberdade aos shortinhos". Os argumentos das jovens, contidos no texto do abaixo-assinado que li na internet, passam pelas exigências diferentes feitas pela escola aos meninos e às meninas, pela falta de recursos de algumas alunas para comprar uma calça que substituiria o shortinho vetado e pelo desrespeito dos meninos, que não sabem controlar seus hormônios, qualquer que seja a vestimenta das meninas. Resumo da história: a direção insiste no uso do uniforme, e as jovens no uso do shortinho. Vale a pena, caro leitor, pensar a respeito desse que seria um conflito que representa muitos outros que ocorrem diariamente em todas as escolas, mas que já nasce como confronto. E quero destacar dois pontos para esta conversa. Não é incrível que, mesmo depois do movimento de ocupação das escolas públicas de São Paulo e em outros Estados, nossas escolas continuem a ignorar a participação dos alunos, para que eles sintam de forma mais concreta que fazem parte dela? Eles precisam se sentir ativos e participativos na escola, e não somente atender às regras a eles impostas. Aliás, onde há regra, há transgressão, mas parece que as escolas não sabem o que fazer quando as transgressões ocorrem. O grande receio da instituição escolar é o de ter de atender a todas as demandas do alunado, inclusive as impertinentes. Como a do uso do shortinho, por exemplo. Mas aí cabe discutir, à luz do conhecimento, a informalidade no mundo contemporâneo e os seus limites em ambientes profissionais, por exemplo. Por que as escolas não discutem o uso do uniforme com seus alunos, já que serão eles que o utilizarão? Algumas poucas escolas já fizeram isso e conseguiram adesão dos alunos que, inclusive, Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 02 PORTUGUÊS - APROVA ACP criaram as vestimentas que usam diariamente. O segundo ponto que quero ressaltar é que a falta de diálogo e de administração de conflitos gera jovens que nem sequer conseguem elaborar argumentos sólidos, coerentes e bem fundamentados para suas idéias. Faz parte do papel da escola ensinar os jovens a debater, defender pontos de vista, dialogar, argumentar e contra argumentar, mas sempre à luz do conhecimento. Hoje, porém, os alunos podem falar qualquer bobagem, que famílias e escolas aceitam, não é? Já testemunhei mães e pais aceitarem como argumento dos filhos para fazer algo com as explicações "porque todo mundo faz" ou "porque está na moda". Já vi mães e professores aceitarem as justificativas mais esfarrapadas dos mais novos para algo que fizeram ou aceitar desculpas deles sem que estes demonstrassem o menor sinal de arrependimento. Falar por falar: é isso o que temos ensinado aos jovens, mas que não deveríamos. Precisamos honrar nosso papel de adultos e levar a relação com os mais novos com seriedade, mas sem sisudez. O bom humor no trato com eles é fundamental para que eles não ouçam tudo o que o adulto diz como um sermão, como afirmou a diretora-geral do colégio ao qual a reportagem citada se refere. Rosely Sayão, jornal Folha de São Paulo, edição de 9/2/16. Assinale o trecho transcrito no qual conste um vocábulo que deixou de ser acentuado em razão das modificações introduzidas pela recente reforma ortográfica da língua portuguesa. A. Faz parte do papel da escola ensinar os jovens a debater, defender pontos de vista, dialogar, argumentar e contra argumentar". B. “O bom humor no trato com eles é fundamental” C. “Precisamos honrar nosso papel de adultos e levar a relação com os mais novos com seriedade, mas sem sisudez”. D. "coerentes e bem fundamentados para suas ideias". 4. Assinale a alternativa que contenha um vocábulo grafado incorretamente. A. Deixe-me advinhar, você já ouviu isso em algum lugar? B. Minha irmã não sai do cabeleireiro, alisando os cabelos. C. Vamos analisar melhor os resultados dos exames. D. Eu adoro pizza de calabresa. 5. Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada foi corretamente aplicada. A. O chefe do tráfego de drogas foi preso ontem. B. O mandado político do presidente dura 4 anos. C. Não discrimine ninguém pela cor. D. Ele sempre está de mal humor. 6. Assinale a alternativa correta quanto à ortografia oficial. A. Eles veem problema em tudo. B. Isso não tem nada haver comigo. C. Hoje fiquei menas cansada- HP14716724808291 25 PORTUGUÊS - APROVA ACP Vendo você gabaritar 01. B - 02. C - 03.D - 04.A - 05.C - 06.A - 07.D - 08.A - 09.A - 10.D 11.A - 12.C - 13.A - 14.B - 15.D - 16.D - 17.A - 18.A - 19.C - 20.B 21.D - 22.A - 23.D - 24.B - 25.A - 26.B - 27.C - 28.C - 29.A - 30.B 31.B - 32.A - 33.D - 34.A - 35.C - 36.A - 37.D - 38.C - 39.D - 40.A 41.E - 42.C - 43.E - 44.C - 45.D - 46.A - 47.E - 48.D - 49.C - 50.B 51.A - 52.D - 53.C - 54.A - 55.D - 56.A - 57.D - 58.D - 59.E - 60.B 61.D - 62.B - 63.C - 64.C - 65.D - 66.C - 67.C - 68.A - 69.A - 70.D 71.D - 72.C - 73.A - 74.A - 75.D - 76.A - 77.C - 78.C - 79.C - 80.D 81.C - 82.B - 83.C - 84.A - 85.D - 86.C - 87.C - 88.B - 89.A - 90.E 91.D - 92.E - 93.D - 94.B - 95.B - 96.D - 97.C - 98.A - 99.B - 100.C Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 26 PORTUGUÊS - APROVA ACP 01.Qual das palavras a seguir é um exemplo de Hibridismo? A. Digital. B. Livreiro. C. Sideral. D. Sociólogo. 2. Palavras, palavras, palavras Criadas pelos humanos, as palavras são suscetíveis ao tempo, como os humanos. Algumas mudam de significado, outras vão desbotando aos poucos, e há as que morrem na inanição do silêncio. Ninguém mais chama o libertino de bilontra, a amante de traviata ou o inocente de cândido. Depois de soar na boca do povo e iluminar a escrita, bilontra, traviata e cândido foram sepultadas nos dicionários junto as que lá descansavam em paz. Em seus lugares brotam novas, frescas e saltitantes, com significado igual - ou quase. A língua é a mais genuína criação coletiva, feita da contribuição anônima. O agito das palavras traduz as mudanças do mundo - na ciência e tecnologia, na economia e política, nas leis e religiões, no comércio e publicidade, no esporte e comunicação, nos costumes e valores. [...] Faz tempo não ouço a palavra cavalheirismo. Parece que a igualdade de direitos das mulheres botou fora o bebê, a água do banho e a bacia. Lá se foram também delicadeza e cordialidade: louvadas no passado, antes de sumir viraram sinônimo de perda de tempo. Pessoa cordial passou a ser chata, cheia de frescura, pé-no-saco, puxa-saco. Cortesia não morreu, mas mudou: agora quer dizer brinde, boca-livre, promoção! Crimes tem cúmplices, mas é rara a cumplicidade entre casais. [...] Se as palavras morrem ou mudam de sentido, os gestos, intenções e atitudes que designam também morrem ou mudam de sentido. Cabe indagar: que sociedade é essa que sepulta o cavalheirismo, a delicadeza, a cordialidade e a compaixão? Que gente é essa que enterra a honra? Que país é esse que esvazia valores como educação e ética e faz da cortesia um gesto interesseiro? Que confere respeito e perdão aos poderosos e impõe aos destituídos o dever e o sacrifício? Criadas pelos homens, palavras são do humano. Intriga sejam justamente as que dizem o mais humano do humano a perderem o sentido ou morrerem. Ou será que estamos perdendo o prazer da convivência? Ah, palavras, palavras, palavras ... ARAUJO, Alcione. Palavras, palavras, palavras. Estado de Minas, Belo Horizonte, 05 jul 201 O Caderno Cultura, p. 8. Adaptado. O texto convida-nos a refletir acerca do sentido das palavras, sobretudo, no contexto social. Explora-se constantemente o sentido da palavra, a figuração de linguagem, a relação semântica dos vocábulos. Entretanto, fenômenos de base morfológica, como os processos de formação das palavras, não são apontados pela autora. Para isso, tomemos como objeto as palavras "PUXA-SACO" e "PÉ-NO-SACO", utilizadas no texto. Nesse sentido, marque a alternativa que corresponde, respectivamente, ao processo de formação das palavras destacadas: A. composição por aglutinação e composição por aglutinação B. derivação parassintética e composição por justaposição C. composição por justaposição e composição por justaposição D. derivação regressiva e composição por aglutinação 3. São formadas por hibridismo, como agronegócio, todos os vocábulos da alternativa A. endovenoso / hidrelétrica / fidalgo. B.lobisomem / aguardente / embora. C.bicicleta / cabisbaixo / malmequer. D.burocracia / abreugrafia / monóculo. 4. Nas alternativas seguintes, uma palavra é formada pelo processo denominado hibridismo. A.zigue-zague. B. burocracia. C. planalto. D. petróleo. 5. O Hibridismo consiste na formação de palavras novas a partir de elementos de línguas diferentes. De posse do conceito, indique a alternativa abaixo em que todas as palavras são formadas por Hibridismo. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 27 PORTUGUÊS - APROVA ACP A. zincografia, planalto, passatempo. B. Fernandópolis, bígamo, biodança. C. microondas, malmequer, guarda-chuva. D. desconfiômetro, aguardente, amor-perfeito. 6. O processo de formação da palavra “Piromaníaco” é: A. Derivação prefixal B. Composição por aglutinação C. Composição por justaposição D. Hibridismo 7. È considerado um hibridismo a palavra: A. ( ) emudecer B. ( ) mandachuva C.( ) infravermelho D.( ) abreugrafia E.( ) uivar 9. "Sim, senhora, eu respondi 'verdadeiro' em todas as perguntas" - primeiro quadrinho. As vírgulas nesse trecho foram empregadas em decorrência da mesma norma gramatical da oração apresentada em qual alternativa? A. Regina, ontem, decidiu se desfazer de todas as lembranças que a remetiam ao fim do romance - atirou ao lixo presentes e velhas cartas. B. Menino, já lhe disse tantas vezes: dê um jeito em sua vida! C. Emília, já uma senhora à época, ainda guardava traços da beleza e classe que sempre a destacaram. D. Machado de Assis, grande escritor brasileiro, foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Pontuação 8. As regras para uso da vírgula são várias, e aplicá-las adequadamente exige conhecimento sintático sobre os termos que compõem a oração e sobre as relações entre elas. Tendo isso em vista, observe o segundo quadrinho. Nele, a vírgula foi empregada porque: A. separa o aposto B. isola o vocativo C. substitui um pronome D. identifica o advérbio Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 28 PORTUGUÊS - APROVA ACP 11. Nos três quadrinhos, em relação ao raciocínio do personagem, o uso das reticências tem a função de indicar: A. continuidade B. hesitação C. devaneio D. ironia 12. REPOLHOS IGUAIS Sempre me impressiona o impulso geral de igualar a todos ser diferente, sobretudo ser original, é defeito Parece perigoso E, se formos diferentes, quem sabe aqui e ali uma medicaçãozinha ajuda. Alguém é mais triste? Remédio nele. Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha acabado de 10. Esse conselho, que deve se reunir pelo menos uma vez por mês, acompanha as verbas que chegam pelo SUS (l. 36-39) O trecho sublinhado está entre vírgulas por expressar ideia de: A. explicação B. finalidade C. condição D. causa perder uma pessoa amada, um emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto? Remédio na adolescência para parar de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais estudioso, estudioso demais? A gente se preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai demorar a conseguir marido) Não podemos, mas queremos tornar tudo homogêneo, meninas usam o mesmo cabelo, a mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos, aquele boné virado. Igualdade antes de tudo, quando a graça, o poder, a força estão na diversidade. Narizes iguais, bocas iguais, sobrancelhas iguais, posturas iguais. Não se pode mais reprovar crianças e jovens na escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais talento, ser mais sonhador, ter mais sorte, sucesso, trabaihar mais e melhor. Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos, se possível... iguais. E assim, com tudo o que pode ser controlado com remédios, nos tornamos uma geração medicada. Não todos - deixo sempre aberto o espaço da exceção para ser realista, e respeitando o fato de que para muitos os remédios são uma necessidade -, mas uma parcela crescente da população é habitualmente medicada. Remédios parapressão alta, para dormir, para acordar, para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70 Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças. Não sou psiquiatra, mas a esta altura de minha vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais agitadas, ou distraídas, mas nem por isso precisadas de medicação a torto e a direito. Fala- se, não sei em que lugar deste mundo louco, em botar Ritalina na merenda das escolas públicas. Tal fúria de igualitarismo esconde uma ideologia tola e falsa. Se déssemos a 100 pessoas a mesmg quantidade de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 29 PORTUGUÊS - APROVA ACP anos todas teriam destino diferente: algumas multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam; outras o guardariam; outras ainda o dedicariam ao bem (ou ao mal) alheio. Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças e jovens com medicamentos para que não estorvem os professores já desesperados por falta de estímulo e condições, ou para permitir aos pais se preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto os pais trabalham ou fazem academia ou simplesmente viajam, nem valerá a pena. Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e jovens mais violentos e inquietos quando a medicação for suspensa. Bastam, para desatenção, agitação e tantas dificuldades relacionadas, as circunstâncias de vida atual. Recentemente, uma pediatra experiente me relatou que a cada tantos anos aparecem em seu consultório mais crianças confusas, atônitas, agitadas demais, algumas apenas sofrendo por separações e novos casamentos, em que os filhos, que não querem se separar de ninguém, são puxados de um lado para o outro, sem casa fixa, um centro de referência, um casal de pais sempre os mesmos. Quem as traz são mães ou pais em igual estado. Correrias, compromissos, ansiedade por estar na crista da onda, por participar e ser o primeiro, por não ficar para trás, por não ser ignorado, por cumprir os horários, as prescrições, os comandos, tudo o que tantas pressões sociais e culturais ordenam, realmente estão nos tornando eternos angustiados e permanentes aflitos. Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar para pensar, roubar alguns minutos para olhar, contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do padrão. Então seguimos em frente, nervosos com nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo, psiquiatra e medicamento para sermos todos uns repolhos iguais. Lya Luft, disponível em [http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/lema- livre/iya-luft-repoihos-iguais/], publicado em 10/5/2014, consultado em 18/10/2014. ''Remédios para pressão alta, para dormir, para acordar para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70'' Quanto às vírgulas empregadas no período, elas se justificam por isolar: A. adjuntos adverbiais deslocados. B. apostos sucessivos. C. expressões explicativas. D. elementos coordenados. 13. Tendo por base a frase ''Venha aqui, seu vagabundo'', analise as afirmações seguintes. I. Temos na oração, um verbo conjugado no modo imperativo. II O vocábulo ''seu, no caso é um pronome possesivo. III. A vírgula foi empregada para isolar o vocativo. É correto o que se afirmou em: A. I, apenas. B. I e III, apenas. C. II e III, apenas. D. I, II e III. 14. Hora de revisão (MAKHTAR DIOP*) Para a enorme maioria das pessoas a melhor proteção social é ter um emprego. No Brasil, o robusto crescimento dos últimos anos e a estabilidade macroeconômica tiraram milhões da pobreza e os ampararam na crise financeira internacional. Mas esse mesmo episódio deixou claro que, além de criar condições para o desenvolvimento através da oferta de trabalho, os governos precisam ter programas que sirvam de amparo para os mais vulneráveis. Países como Brasil, México e Chile têm experiências de vanguarda nessas áreas. Outras nações da América Latina buscam aprender como melhorar a inclusão e diminuir disparidades e distorções. Nesse contexto, o Rio sedia uma importante conferência internacional que debaterá inovações e desafios da proteção social na região, patrocinada pelo Banco Mundial, o Ministério de Desenvolvimento Social e a Prefeitura. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 30 PORTUGUÊS - APROVA ACP No Brasil e na maior parte dos países da América Latina, a proteção social é um direito fundamental dos cidadãos. Um rápido olhar pela região, onde a crise levou dez milhões de pessoas de volta à pobreza, deixa clara a importância dessas garantias. As falhas na proteção social são trágicas para as pessoas de baixa renda. Necessidades imediatas impostas pela perda de um emprego ou mesmo uma doença podem levar a escolhas que prejudicam o futuro de toda uma família, por exemplo ao deixar de matricular os filhos na escola. Tornar esses direitos uma realidade é uma tarefa árdua, mas com enorme impacto. O Brasil empreendeu uma mudança dramática no enfoque de suas políticas nas últimas décadas, com programas como o Bolsa Família, o FUNDEB, a previdência rural, a expansão do emprego formal e dos benefícios trabalhistas. O acerto dessas decisões ficou evidente na crise internacional - o consumo dos beneficiados pelo sistema de proteção social ajudou a absorver o choque e impulsionou o crescimento logo em seguida. Estima-se que mais de 20 milhões de brasileiros deixaram a pobreza desde 2003 e que a desigualdade de renda tenha sido reduzida em 3%. A eficiência do sistema de proteção social do país foi central para isso. A experiência brasileira de desenvolvimento econômico com inclusão social - algo que ate pouco tempo acreditava-se quase impossível - logrou importantes êxitos, mas a pobreza e a desigualdade persistem em níveis altos demais para um país com o potencial do Brasil. Os programas de proteção social e crescimento são capazes de melhorar o bem-estar das pessoas e reduzir a pobreza até certo patamar. Uma abordagem mais abrangente, que também impulsione as pessoas - oferecendo oportunidades quando mais se precisa delas - traria resultados maiores e mais definitivos. Para tal, é essencial aumentar a coordenação entre os diversos programas e a ligação entre as iniciativas de proteção com a inserção no mercado de trabalho, algo que ainda é frágil na grande maioria dos países da região. Por outro lado, multiplicar o impacto de programas como o Bolsa Família e o Oportunidades, do México, esbarra na concentração de benefícios garantidos a alguns poucos grupos, em particular através do sistema de Previdência. Outro desafio do Brasil e em geral da América Latina é desmontar os subsídios que estimulam a informalidade, e passar a subsidiar a transição para o emprego formal - desenvolvendo o capital humano. Esta não é uma agenda temporária ou transitória, mas fundamental para quebrar a transmissão da pobreza entre as gerações. A experiência mostra que não são necessários enormes investimentos para transformar as oportunidades disponíveis aos filhos das famílias mais pobres. (...) *MAKHTAR DIOP é diretor do Banco Mundial para o Brasil “Países como Brasil, México e Chile têm experiências de vanguarda nessas áreas." No exemplo acima, a vírgula é empregada para: A. indicar aposto B. marcar vocativo C. assinalar enumeração D. destacar inversão 15. A vírgula empregada no primeiro quadrinho se justifica pelo mesmo motivo daquela utilizada na sentença de qual alternativa? Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 31 PORTUGUÊS - APROVA ACP A. A menina Lucy, sua irmã e algumas amigas decidiram se inscrever num concurso de danças - o prêmio era tentador. B. Ainda que não goste dele, Lucy - deve respeitá-lo. C. Não vamos nos envolver com problemasque não nos dizem respeito, disse Lucy. D. Há pessoas que não conseguem se controlar em uma discussão - Lucy, minha irmã, é uma delas. C. "É muita ignorância! Perdemos a humanidade! Só resta egoísmo, ganância e ignorância!" D. "O problema da população de rua se enfrenta de outra maneira: com OPORTUNIDADE e com ACOLHIMENTO". 16. Padre Julio Lancellotti criticou estruturas instaladas em torno de árvores no Rio de Janeiro. Segundo o religioso da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo, a intenção é impedir ou dificultar a permanência de pessoas em situação de rua na área, como já foi feito em São Paulo. Na imagem publicada no perfil do padre no lnstagram, nota-se que a estrutura que se assemelha a um banco traz divisórias para evitar que pessoas se deitem à sombra. "Aporofobia em ação", escreveu o padre. "O Brasil odeia pobre. É algo naturalizado. E explica muito do país ... ", escreveu um internauta na postagem. "O problema da população de rua se enfrenta de outra maneira: com OPORTUNIDADE e com ACOLHIMENTO", afirmou uma mulher. "É muita ignorância! Perdemos a humanidade! Só resta egoísmo, ganância e ignorância!", comentou outra. A notícia é um gênero jornalístico cujo objetivo principal é informar. Sendo assim, caracteriza-se como um texto informativo, geralmente sem teor opinativo. A passagem do texto em que predomina a informação, sem teor opinativo, é: A. "O Brasil odeia pobre. É algo naturalizado. E explica muito do país ... " B. "Padre Julio Lancellotti criticou estruturas instaladas em torno de árvores no Rio de Janeiro." Interpretação de texto 17. A charge pode ser conceituada como toda ilustração que visa criticar fatos da atualidade, por meio do humor e de ironia. No caso de charge de Luiz Fernando Cazo, é possível dizer que: A. o texto é alienado, uma vez que há apenas o uso de recursos jocosos B. por meio da ironia, o autor critica a situação política nacional C. há uma construção ambígua, impossibilitando uma correta interpretação do texto D. o autor se vale do humor para expressar seu ponto de vista a respeito de fenômenos naturais 18. Leia o poema abaixo, de autoria do poeta brasileiro contemporâneo Fabio Sanches, e responda às questões 14, 15 e 16 ÀS MARGENS DOS OLHOS TEUS Os teus olhos cristalinos e verdes de um verde mar contemplei como um menino tal Narciso a mergulhar. E descendo profundo pro fundo do teu olhar, era o mais feliz do mundo, mas estava a naufragar. Morrendo nas profundezas do fundo do teu olhar, Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 32 PORTUGUÊS - APROVA ACP minhas mãos estavam presas, eu não podia respirar. Netuno, que me viu sofrendo, pois reina no teu olhar, enviou um forte vento, movendo o imenso mar. Pelas ondas fui enviado às margens do teu olhar donde eu tenho chorado salgando o imenso mar. ibilita que um texto seja organizado de forma harmônica, levando o receptor a compreendê-lo conforme o contexto estabelecido pelo emissor. No caso do poema de Fabio Sanches, a alternativa cuja palavra destacada indica corretamente um recurso coesivo é: A. "Netuno, QUE me viu sofrendo," B. "do fundo do TEU olhar," C. "MOVENDO o imenso mar." D. "às MARGENS do teu olhar" 19. (De acordo com o texto anterior) A língua falada e a língua escrita são utilizadas de acordo com os diferentes contextos em que o emissor quer se comunicar. Considerando contextos de descontração e no dia a dia, a variante popular é bastante utilizada. O verso do poema em que se pode identificar o uso não formal da língua portuguesa é: A. "e verdes de um verde mar" B. "E descendo profundo" C. "pro fundo do teu olhar," D. "era o mais feliz do mundo," 20. Enquanto uma parcela razoável da população está ansiosa __ (I) __ espera dos descontos monumentais da Black Friday, __ (II) __ um grupo seleto de economistas e psicólogos que aguardam o final de novembro por outro motivo: a data é um enorme (e Imprevisível) experimento científico de economia comportamental, em que se joga dinheiro fora __ (III) __ rodo, de maneira irracional. .. Pesquisadores como Richard Thaler - que levou um Nobel em outubro - fizeram história ao somar as nuançes do comportamento humano à teoria econômica clássica. E é justamente em cima dessa união entre psicologia e dinheiro que as lojas trabalham para te convencer de que vale a pena torrar todas as moedas do porquinho em um dia só. Mesmo quando os descontos não estão tão bons assim. .. Gastar dinheiro é um negócio que dói. Acontece que dói bem menos quando você olha em volta e todo mundo está fazendo a mesma coisa. Um artigo científico de 2009, da Universidade da Carolina do Norte, concluiu que nós não agimos de forma pouco ética só quando o custo- benefício da ação é bom. Nós também nos baseamos no comportamento de quem está em volta, mesmo que de maneira inconsciente. .. É claro que gastar dinheiro não é antiético. Mas é algo que te deixa culpado, com peso na consciência. Que te faz pensar duas vezes. Quando todos os vizinho estão chegando em casa com TVs, porém, você tende a pensar que comprar algo um pouco mais barato - digamos, uma torradeira - não é tão grave assim. .. Compilado. Bruno Vaiano. Disponível em [https://super.abrll.com.brlcomportamento/4- truques-pslcologlcosque-exp/lcam-o-sucesso-da- black-friday/}. Publicado em 24.11.2021 e consultado em 28.11.2021. Sobre a linguagem empregada no texto, assinale a alternativa correta. A. É predominante jornalística e para reforçar o cunho informativo o autor lançou mão da linguagem formal e do emprego da norma culta. B. Está eivada de erros crassos que fogem às determinações da norma culta - entre eles o emprego de expressões chulas como "usar todas as moedas do porquinho" e "vale a pena torrar". C. Aproxima-se da linguagem coloquial e emprega expressões informais da linguagem falada no dia a dia. D. O excesso de formalismo empregado pelo autor torna erudito o texto, porém, pouco inteligível ao público menos letrado. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 33 PORTUGUÊS - APROVA ACP 21. De acordo com o texto da questão anterior: A. há uma ansiedade generalizada do público em relação à Black Friday, entre eles um seleto grupo de economistas que aguardam os descontos monumentais da ocasião. B. a teoria econômica clássica preceitua ser indispensável ao ser humano aproveitar os descontos de ocasião com o escopo de poupar e ampliar o patrimônio pessoal futuro. C. Richard Thaler ganhou um Nobel em economia ao estabelecer a relação entre as nuances do comportamento humano e o desejo de empregar o dinheiro com parcimônia. D. as lojas em geral utilizam-se da união entre psicologia e dinheiro para convencer consumidores a comprar seus produtos, ainda que não ofereçam descontos substanciosos. 22. PARA MUITOS JOVENS, NÃO FAZ MAIS SENTIDO CORRER ATRÁS DE UM DIPLOMA Uma sensação de desalento ronda a juventude brasileira. Motivos não faltam e causas são muitas. A pandemia, crise econômica, política e de valores, soma-se uma percepção generalizada de que um diploma universitário já não garante muita coisa. Além das altas taxas de desemprego estrutural que atingem amplos setores da economia, restringindo oportunidades, as organizações são cada vez mais rigorosas ao apurar as reais competências de profissionais candidatos a uma vaga. São cobrados conhecimentos e habilidades raramente proporcionados pela maioria dos cursos superiores, principalmente os oferecidos por instituições particulares de baixa qualidade. O resultado vê-se em toda parte: engenheiros, economistas e tantos outros diplomados tentando seu ganha-pão em ocupações precarizadas que nada tem a ver com sua área de formação. Diante do quadro, muitos jovens começam a questionar se vale a pena tanto esforço por um diploma. Isso pode explicar, em parte, a queda acentuada de inscrições para vestibulares e para o Enem, bem como a alta evasão registrada em cursos universitários. Claro que os impactos da pandemia sobre o sistema educacional Influenciamatingindo principalmente os jovens em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica. Os quase dois anos de paralisação das atividades presenciais nas escolas e a dificuldade de acesso aos meios remotos de educação fazem com que muitos estudantes se sintam despreparados para enfrentar o desafio das provas. Mas isso não explica tudo. Falta ao Brasil uma política para a juventude. A começar por uma verdadeira reforma do ensino médio que dê sentido e significado para a educação superior. As recentes iniciativas nessa direção não passam de um arremedo de reforma. Muita propaganda, nada aconteceu e pode piorar. Acenam com opções vocacionais que, na prática, não serão oferecidas, face à pobreza de condições da maioria das escolas. Criam uma ilusão de profissionalização onde não há laboratórios, internet, professores capacitados. Assim, por se tratar de pura miragem, geram maior frustração, especialmente entre os alunos de escolas públicas desconfiados de que o ensino superior não vai resolver os déficits acumulados no nível básico. Isso precisa mudar. Todos sabem que o futuro de um país depende de seus jovens. Compilado. Cesar Callegari. Jornal "Folha de São Paulo", 6.11.2021. Assinale a alternativa que não representa inferência possível da leitura do texto. A. É comum observarmos profissionais graduados como engenheiros e economistas, entre outros, ocupando postos de trabalho que não correspondem à área de formação por eles originalmente escolhida. B. Conhecimentos e habilidades cobrados dos candidatos a emprego nas Organizações são proporcionados pela maioria dos cursos superiores, em especial as universidades particulares, infelizmente inacessíveis à população de baixa renda. C. Os impactos da pandemia sobre o sistema educacional atingiram de forma mais acentuada jovens em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica. D. O Brasil carece de uma reforma efetiva do Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 34 PORTUGUÊS - APROVA ACP ensino médio que dê significado para a educação superior e supere uma ilusão de profissionalização. 23. Independentemente de eventuais ganhos sociais, as cifras altas das edições recentes dos Jogos Olímpicos têm levado cada vez menos cidades a lançarem candidaturas para receber o megaevento. (6° parágrafo) No trecho, o segmento sublinhado indica em relação ao restante da frase ideia de: A. condição B. finalidade C. comparação D. adversidade 24. O COMPORTAMENTO DIGITAL QUE APONTA DEDOS, JULGA E OPRIME SEM DÓ O exposed é uma tática de exposição, com reunião de provas, áudios, imagens, vídeos e relatos que trazem ao grande público uma situação que oprime uma determinada pessoa ou um grupo inteiro. Ou seja, é basicamente um cancelamento. A diferença entre eles é que o cancelamento é o resultado de um exposed bem executado: causa e efeito potencializados pela virulência virtual. Nem sempre o exposed é algo edificante culturalmente. Ás vezes, pode ser um esclarecimento de fofoca de celebridade, como aconteceu, por exemplo, ano passado, quando um jornalista jogou nas redes áudios de uma famosa cantora falando mal de pessoas do showbiz. Não muda a vida de ninguém, mas serve como entretenimento para fãs ávidos por uma confusão pop. Muito além de briga de fãs, o exposed tem sido usado como tentativa de corrigir erros históricos na sociedade. Em uma atitude comovente, um usuário anônimo criou nas redes sociais o perfil Moda Racista, que rapidamente viralizou com dezenas de exposeds de grandes nomes da moda em comportamentos antigos, alienados e, principalmente, injustos. O grito reverberou em muitas vozes, principalmente entre as negras e LGBTQIA+, que estão exaustos de passar por constrangimentos em situações que foram naturalizadas como corriqueiras na indústria: racismo, gordofobia e assédios morais. Condutas indecentes não serão mais aceitas. Já passou da hora de escancararmos a urgência de mudança que uma geração pretende promover - e vai conseguir. Há muitas polêmicas sobre o exposed e o cancelamento serem práticas desproporcionais, que exigem o apagamento de pessoas - o que não necessariamente corrige o problema anterior e pode levar a uma desestabilidade emocional em tempos de já frágil saúde mental. Houve recentemente um caso de acusação de um youtuber que teria compartilhado pornografia infantil ainda não comprovada e com investigação em curso pelas autoridades. Enquanto o imbróglio não se resolve, o tribunal digital massacra o youtuber, que já convive com problemas como depressão e alcoolismo de outras épocas. Existe também a questão do efeito rebote: pessoas canceladas costumam ganhar atenção, mesmo que negativa, e isso reflete em números absolutos de publicidade espontânea, como menções na imprensa e grande aumento de seguidores. Se você quer se juntar ao coro da denúncia, vá em frente, mas é sempre bom ponderar qual a intenção por trás dos seus cliques: jogar lenha na fofoca ou corrigir estruturas? Tão importante quanto dar visibilidade à pauta nas redes sociais é avaliar que você está dando importância para tal marca ou artista. Há quem diga que já tem marca que planeja ações politicamente incorretas de propósito, só para "irritar" a internet e ganhar destaque na mídia. É o famoso " falem mal, mas falem de mim". Afinal, o antimarketing também tem resultados. CAIO BRAZ Adaptado de https://vogue.globo.com/llfestyle/cultura/noticia/20 20/08/cultura-do-exposed-o-comportamento- digital- que-aponta-dedos-julga-e -oprime-sem- do. html, 04/08/2020. Condutas indecentes não serão mais aceitas. Já passou da hora de escancararmos a urgência de mudança que uma geração pretende promover - e vai conseguir. (2º parágrafo) Em relação à primeira frase do trecho, a segunda expressa sentido de: A. oposição B. conclusão C. concessão D. explicação Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 35 PORTUGUÊS - APROVA ACP 25. Muitos entraves ainda separam as crianças brasileiras de um cenário onde todas elas possam desenvolver toda seu potencial e receber o afeto que precisam. São obstáculos - novos e antigos - que permeiam as áreas socioeconómicos, educacionais ou mesmo as que envolvem saúde ou politicas publicas. Os desafios começam logo ao nascimento, com a taxa de mortalidade infantil voltando a crescer pela primeira vez em mais de 15 anos. É os riscos continuam. Risco de ser exposto à violência logo em seus primeiros anos. Desafio de obter uma vaga na creche, visto que entre as mais vulneráveis apenas 26% conseguem acesso. Ou até mesmo de ser prejudicado por políticas públicas que não colocam a criança de até 6 anos como prioridade [...] https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/a-prímelra- infancia/ São obstáculos - novos e antigos - que permeiam as áreas socioeconômicas ... Considerando o contexto e mantendo-se o sentido, a palavra sublinhada pode ser substituída por A. unificam B. dissociam C. incorporam D. transpassam 26. Muitos entraves ainda separam as crianças brasileiras de um cenário onde todas elas possam desenvolver toda seu potencial e receber o afeto que precisam. São obstáculos - novos e antigos - que permeiam as áreas socioeconómicos, educacionais ou mesmo as que envolvem saúde ou politicas publicas. Os desafios começam logo ao nascimento, com a taxa de mortalidade infantil voltando a crescer pela primeira vez em mais de 15 anos. É os riscos continuam. Risco de ser exposto à violência logo em seus primeiros anos. Desafio de obter uma vaga na creche, visto que entre as mais vulneráveis apenas 26% conseguem acesso. Ou até mesmo de ser prejudicado por políticas públicas que não colocam a criança de até 6 anos como prioridade [...] https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/a-prímelra- infancia/ Desafio de obter uma vaga na creche, visto que entre as mais vulneráveis, apenas 26% conseguem acesso. A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso se substituísse a expressão sublinhada por A. à medida que B. uma vez que C. mesmo queD. ainda que 27. "Além das altas taxas de desemprego estrutural que atingem amplos setores da economia" No contexto em que está inserido o tenno destacado sinaliza: A. adição. B. oposição. C. explicação. D. causa. 28. _(I) __ 64 anos, um adolescente fascinado por papel impresso notou que, no andar térreo do prédio onde morava, um placar exibia _(li) __ cada manhã a primeira página de um jornal modestíssimo, porém jornal. Não teve dúvida. Entrou e ofereceu os seus serviços ao diretor, que era, sozinho, todo o pessoal da redação. o homem olhou-o, cético, e perguntou: - Sobre o que pretende escrever? - Sobre tudo. Cinema, literatura, vida urbana, moral, coisas deste mundo e de qualquer outro possível. O diretor, ao perceber que alguém, mesmo inepto, se dispunha a fazer o jornal para ele, praticamente de graça, topou. Nasceu aí, na velha Belo Horizonte dos anos 20, um cronista que ainda hoje, com a graça de Deus e com ou sem assunto, comete as suas croniquices. Comete é tempo errado de verbo. Melhor dizer: cometia. Pois chegou o momento deste contumaz rabiscador de letras pendurar as Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 36 PORTUGUÊS - APROVA ACP Um estudo que analisou dados de centenas de cidades brasileiras ao longo de 16 anos sugere que o aumento de 1 grau Celsius na temperatura média pode elevar em quase 1% o risco de internações por doenças que afetam os rins. Esse estudo foi feito pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Monash, da Austrália e avaliou os registros de saúde de 1.816 cidades brasileiras entre 2000 e 2015. No período, foram registradas mais de 2,7 milhões de internações relacionadas a problemas nesses órgãos, como pielonefrite (um tipo de inflamação), falência renal aguda e doença renal crônica. O trabalho, recém- publicado no periódico especializado The Lancet Regional Health - Américas, sugere que 7,4% de todas essas internações, ou 202 mil casos de crise renal, podem ser atribuídas diretamente ao aumento da temperatura. chuteiras (que na prática jamais calçou) e dizer aos leitores um ciao-adeus sem melancolia, mas oportuno. Ciao. Carlos Drummond de Andrade. Compilado. O trecho abaixo será utilizado na resolução das questões 3 e 4. "olhou-o, cético, e perguntou" o olhar cético a que se refere o excerto pode ser entendido como um olhar: A. descrente. B. colérico. C. indiferente. D. debochado. 29. COMO AQUECIMENTO GLOBAL PODE ESTAR POR TRÁS DE 200 MIL CASOS DE DOENÇA RENAL NO BRASIL Cuidar dos rins num cenário de aquecimento global exige as mais variadas ações, que vão desde atitudes simples até políticas públicas complexas. 1. 2. Embora o estudo seja de associação e não permita estabelecer uma relação direta de causa e efeito, os autores especulam algumas possíveis explicações para a ligação entre aumento da temperatura e mais doenças nos rins. "De forma geral, os problemas renais podem acontecer por causa da desidratação, que está relacionada ao aumento na temperatura", explicam os médicos Yuming Guo e Shanshan Li, professores de saúde ambiental e saúde pública da Universidade Monash e autores principais do artigo. A mecânica é relativamente simples: no calor, o suor ajuda a manter a temperatura corporal estável. Mas a perda de líquidos pode dificultar o trabalho dos rins, que sofrem para cumprir a sua missão de filtrar o sangue e manter o equilíbrio de diversas substâncias essenciais para nossa sobrevivência. Esses órgãos, então, podem passar por crises agudas e deixam de funcionar como deveriam ou sofrem com infecções e inflamações decorrentes de todo esse desgaste. O trabalho recém-publicado ainda observou que a saúde renal de alguns grupos acaba mais afetada pelo aumento da temperatura. Os que mais sofrem com a subida do calor são as mulheres, as crianças com menos de 4 anos e os idosos com mais de 80 anos. Para o patologista Paulo Saldiva, professor da Faculdade de Medicina da USP e um dos cientistas brasileiros que assinam o estudo, dois fatores ajudam a explicar essa maior vulnerabilidade, especialmente nos extremos da vida. "Indivíduos muito jovens ou muito idosos costumam ter o 'termostato' do corpo, que envolve receptores na pele responsáveis por perceber o calor, imaturo ou desregulado. Com isso, o organismo não aciona muito bem os mecanismos que regulam a temperatura", afirma. Além disso, é necessário ofertar água continuamente para pessoas dessas faixas etárias, pois a percepção de sede é diferente e se modifica ao longo da vida. Sem a vontade de beber água (ou sem a possibilidade de pegar um copo por conta própria, no caso dos bebês), o risco de desidratação fica ainda mais alto. E essa sequência de características e particularidades dessas idades prejudica, mais uma vez, os rins. 1. 2. 3. 4. 29. Selecione, a seguir, a alternativa que contém uma afirmação correta sobre as informações mais importantes do primeiro parágrafo. A. O risco de internações por doenças que afetam o rim é a causa indireta para o aumento da temperatura, conforme o estudo mencionado. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 37 PORTUGUÊS - APROVA ACP B. Mais de cem cidades do Brasil forneceram, direta ou indiretamente, dados para o estudo mencionado. C. Há um estudo feito por algumas universidades brasileiras que leva em consideração a frequência entre aumento de temperatura e aumento de doenças graves nos rins. D. Um estudo chegou a conclusão de que mais de cem cidades brasileiras podem apresentar aumento de internações por doenças renais nos próximos 16 anos. 30. Analise o seguinte enunciado retirado do terceiro parágrafo DO TEXTO DA QUESTÃO ANTERIOR. ... "Embora o estudo seja de associação e não permita estabelecer;· uma relação direta de causa e efeito (...)". ... Em relação à afirmação feita pelos autores, nesse mesmo parágrafo, é possível considerar que: A. o estudo apresentado está em sua fase final, pois já é possível estabelecer a relação entre causa e efeito. B. os autores apresentam dados conclusivos sobre o estudo. C. existem definições dadas pelos autores como definitivas sobre o aumento da temperatura. D. tais afirmações feitas pelos autores não podem ser consideradas definitivas. 31. Analise o seguinte trecho retirado do sexto parágrafo. "Além disso, é necessário ofertar água continuamente para pessoas dessas faixas etárias, pois a percepção de sede é diferente e se modifica ao longo da vida." O termo grifado (além disso), em relação ao quinto parágrafo, tem a função de: A. apenas resumir as informações do quinto parágrafo. B. resumir o quinto parágrafo e fazer menção às suas principais informações. C. apenas fazer remissão às principais ideias do quinto parágrafo. D. resgatar ideias particulares do quinto parágrafo para ampliar suas informações. 32. Sobre a charge acima é válido asseverar que: A. é inequívoca crítica à rebeldia infantil. B. exalta a liberdade de expressão conferida às crianças de modo geral. C. a ausência da linguagem verbal torna a charge ininteligível. D. faz referência à tentativa forçosa de padronização de pensamentos. 33. Texto: SEDIAR OU NÃO: O DEBATE ECONÔMICO SOBRE AS OLIMPÍADAS Os Jogos Olímpicos de Tóquio resultaram em perdas econômicas para o Japão e reforçou o debate sobre se vale a pena sediar os Jogos ou não. A edição Tóquio 2020 foi realizada em circunstâncias excepcionais: a crise sanitária global tornou inevitável uma diminuição do potencial ganho financeiro. A discussão que questiona se os retornos econômicos compensam os custos, no entanto, é anterior a 2020 e 2021. Um estudo coordenado pelo economista dinamarquês Bent Flyvbjerg, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, revelou que a Olimpíada de Tóquio é a mais cara da história. Antes de Tóquio, os Jogos mais caros haviam sido os de Londres. Apesar do gasto mais baixo que Londres e Tóquio, a edição de 2016, no Rio, superou seu orçamento original em 352%, de acordo com os pesquisadores de Oxford. O custo final da ediçãofoi muito maior que o previsto inicialmente, e não é caso isolado. Segundo o estudo de Oxford, os Jogos Olímpicos Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 38 PORTUGUÊS - APROVA ACP de Verão costumam exceder seus orçamentos em 213%, em média. De acordo com a pesquisa, o caso mais grave ocorreu em Montreal, em 1976: o evento custou 720% acima do projetado inicialmente. O alto custo de sediar os Jogos incita o debate entre economistas sobre se vale a pena receber o tal evento esportivo. O ceticismo sobre o tema é alimentado por casos de cidades e países que enfrentaram problemas financeiros graves após sediar as olimpíadas - casos de Montreal, no Canadá, que sediou em 1976; da Grécia, que recebeu os Jogos em Atenas em 2004; e do Rio de Janeiro, sede em 2016. Há também exemplos de sucesso, como o da Olimpíada de Los Angeles, em 1984 - em que os resultados financeiros foram muito positivos -, e de Barcelona, em 1992, que melhorou a infraestrutura local e ajudou a tornar a cidade espanhola um dos destinos turísticos mais populares do planeta. Para muitos economistas, os retornos potenciais de receber os Jogos não compensam os riscos e custos. Outros estudos mostram que os impactos econômicos positivos tendem a ser pequenos e de rápida dissipação, pois a criação de empregos no processo de receber os Jogos é temporária e se restringe a poucos setores, como construção, hotelaria e turismo. Há ainda economistas que lembram que a principal fonte de faturamento dos Jogos são os contratos de televisão e o COI (Comitê Olímpico Internacional) fica com a maior parte do dinheiro movimentado por esses acordos. Os efeitos dos Jogos Olímpicos, no entanto, não se limitam aos saldos de indicadores macroeconômicos como PIB (Produto Interno Bruto) e número de empregos gerados. Há também ganhos sociais que podem advir do processo de preparação para as olimpíadas. Independentemente de eventuais ganhos sociais, as cifras altas das edições recentes dos Jogos Olímpicos têm levado cada vez menos cidades a lançarem candidaturas para receber o megaevento. Em 2024, por exemplo, as cidades de Boston, Roma, Hamburgo e Budapeste chegaram a cogitar a candidatura, mas desistiram ainda nas fases iniciais do processo. Ao fim do processo, restaram apenas Paris e Los Angeles - que foram escolhidas como sedes de 2024 e 2028, respectivamente. Alguns economistas argumentam que, dado o alto custo dos Jogos e o fato de as estruturas esportivas olímpicas muitas vezes caírem em desuso, uma solução para o futuro do evento é ter uma sede fixa. Dessa forma, não seria necessário investir cifras bilionárias a cada quatro anos para que as competições pudessem ocorrer. Ainda que a proposta seja polêmica, principalmente por quebrar com a tradição dos Jogos da era moderna, iniciada em 1896, de ter uma sede diferente para cada edição, ela está em pauta. MARCELO ROUBICEK Adaptado de https://www.nexojornal.eom.br/expresso/2021/08/07 /Se diar-ou-n%C3%A3o-o-debate- econ%C3%B4micosobre-as-Olimp%C3%ADadas. 07/08/2021. Por ser uma notícia, o texto apresenta a seguinte característica principal: A. enumera fatos históricos B. relata fala de especialistas C. contém linguagem objetiva D. determina opinião de leitores 34. O COMPORTAMENTO DIGITAL QUE APONTA DEDOS, JULGA E OPRIME SEM DÓ O exposed é uma tática de exposição, com reunião de provas, áudios, imagens, vídeos e relatos que trazem ao grande público uma situação que oprime uma determinada pessoa ou um grupo inteiro. Ou seja, é basicamente um cancelamento. A diferença entre eles é que o cancelamento é o resultado de um exposed bem executado: causa e efeito potencializados pela virulência virtual. Nem sempre o exposed é algo edificante culturalmente. Ás vezes, pode ser um esclarecimento de fofoca de celebridade, como aconteceu, por exemplo, ano passado, quando um jornalista jogou nas redes áudios de uma famosa cantora falando mal de pessoas do showbiz. Não muda a vida de ninguém, mas serve como entretenimento para fãs ávidos por uma confusão pop. Muito além de briga de fãs, o exposed tem sido usado como tentativa de corrigir erros históricos na sociedade. Em uma atitude comovente, um usuário anônimo criou nas redes sociais o perfil Moda Racista, que rapidamente viralizou com dezenas de exposeds de grandes nomes da moda em comportamentos antigos, alienados e, principalmente, injustos. O grito reverberou em muitas vozes, principalmente entre as negras e LGBTQIA+, que estão exaustos de passar por constrangimentos em situações que foram naturalizadas como corriqueiras na indústria: racismo, gordofobia e assédios morais. Condutas indecentes não serão mais aceitas. Já passou da hora de escancararmos a Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 39 PORTUGUÊS - APROVA ACP urgência de mudança que uma geração pretende promover - e vai conseguir. Há muitas polêmicas sobre o exposed e o cancelamento serem práticas desproporcionais, que exigem o apagamento de pessoas - o que não necessariamente corrige o problema anterior e pode levar a uma desestabilidade emocional em tempos de já frágil saúde mental. Houve recentemente um caso de acusação de um youtuber que teria compartilhado pornografia infantil ainda não comprovada e com investigação em curso pelas autoridades. Enquanto o imbróglio não se resolve, o tribunal digital massacra o youtuber, que já convive com problemas como depressão e alcoolismo de outras épocas. Existe também a questão do efeito rebote: pessoas canceladas costumam ganhar atenção, mesmo que negativa, e isso reflete em números absolutos de publicidade espontânea, como menções na imprensa e grande aumento de seguidores. Se você quer se juntar ao coro da denúncia, vá em frente, mas é sempre bom ponderar qual a intenção por trás dos seus cliques: jogar lenha na fofoca ou corrigir estruturas? Tão importante quanto dar visibilidade à pauta nas redes sociais é avaliar que você está dando importância para tal marca ou artista. Há quem diga que já tem marca que planeja ações politicamente incorretas de propósito, só para "irritar" a internet e ganhar destaque na mídia. É o famoso " falem mal, mas falem de mim". Afinal, o antimarketing também tem resultados. CAIO BRAZ Se você quer se juntar ao coro da denúncia, vá em frente, mas é sempre bom ponderar qual a intenção por trás dos seus cliques: jogar lenha na fofoca ou corrigir estruturas? (4° parágrafo) Com base no contexto, a palavra "cliques" configura um uso da seguinte figura de linguagem: A. metonímia B. eufemismo C. antítese D. ironia 35. O VELHO Chico Buarque O velho sem conselhos De joelhos De partida Carrega com certeza Todo o peso Da sua vida A vida inteira, diz que se guardou Do carnaval, da brincadeira Que ele não brincou. Me diga agora O que é que eu digo ao povo O que é que tem de novo Pra deixar Nada Só a caminhada Longa, pra nenhum lugar. “A vida inteira, diz que se guardou”. Para que não haja alteração do sentido, a palavra sublinhada no verso acima pode ser substituída por: A. entristeceu. B. revoltou. C. alegrou. D. conteve. 36. VAMOS QUEIMAR OS DICIONÁRIOS Quando a gente pensa que já viu tudo, não viu. Faz algum tempo, dentro do horroroso politicamente correto que me parece tão incorreto, resolveram castrar, limpar, arrumar livros de Monteiro Lobato, acusando-o de preconceito racial, pois criou, entre outras, a deliciosa personagem da cozinheira Tia Nastácia, que, junto com Emília e outros do Sítio do Picapau Amarelo, encheu de alegria minha infância. Se formos atrás disso, boa parte da literatura mundial deve ser deletada ou "arrumada". Primeiro, vamos deletar a palavra "negro" quando se refere à raça e pessoas, embora tenhamos uma banda Raça Negra, grupos de teatro Negro e incontáveis oficinas, açougues, borracharias "do Negrão", como "do Alemão" Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 40 PORTUGUÊS - APROVA ACP "do Portuga" ou "do Turco".Vamos deletar as palavras. Quem sabe, vamos ficar mudos, porque ao malhumorado essencial, e de alma pequena, qualquer uma pode ser motivo de escândalo. Depende da disposição com que acordou, ou do lado de onde sopram os ventos do seu próprio preconceito. Embora meus antepassados tivessem vindo ao Brasil em 1825, portanto sendo eu de muitas gerações de brasileiros tão brasileiros quanto os de todas as demais origens, na escola havia também a turminha que nos achacava com refrãos como "Alemão batata come queijo com barata". Nem por isso nos odiamos, nos desprezamos. Eram coisas infantis, sem consistência. O que vemos hoje quer mudar a cara do país, ou da cultura do pais, e não tem nada de inocente. Agora, de novo para meu incorrigível assombro, em um lugar deste vasto, belo, contraditório país que a gente tanto ama, desejam sustar a circulação do Dicionário Houaiss, porque no verbete "cigano" consta também o uso pejorativo - que, diga-se de passagem, não foi inventado por Houaiss, mas era ou é uso de alguns falantes brasileiros, que o autor meramente, como de sua obrigação, registrou. Ora, para tentar um empreendimento desse vulto, como suspender um dicionário de tal peso e envergadura, seria preciso um profundo e preciso conhecimento de lingüística, de lexicografia, uma formação sólida sobre o que são dicionários e como são feitos. O dicionarista não inventa, não acusa nem elogia, deve ser imparcial - porque é apenas alguém que registra os fatos da língua, normalmente da língua-padrão, embora haja dicionários de dialetos, de gírias, de termos técnicos etc. Então, se no verbete "cigano" Houaiss colocou também os modos pejorativos como a palavra é ou foi empregada, criticá-lo por isso é uma tolice sem tamanho, que, se não cuidarmos, atingirá outros termos em outros dicionários, com esse olhar rancoroso. Vamos nos informar, antes de falar. Vamos estudar, antes de criticar. Vamos ver em que terreno estamos pisando, antes de atacar obras literárias ou científicas com o azedume de nossos preconceitos e da nossa pequenez ou implicâncias infundadas. Há coisas muito mais importantes a fazer neste país, como estimular o cuidado com a educação, melhorar o atendimento à saúde, promover e preservar a dignidade de todos nós. Ou, numa mistura maligna de arrogância e ignorância - talvez simplesmente porque não temos nada melhor a fazer -, vamos deletar as palavras que nos incomodam, os costumes que nos irritam, as pessoas que nos atrapalham e, quem sabe, iniciar uma campanha de queima de livros. Compilado de artigo de Lya Luft, Revista Veja, edição 2260, 14 de março de 2012. Da leitura do primeiro parágrafo entendemos que autora: A. avalia personagens politicamente incorretas, como Tia Nastácia e Emília, indícios claros do caráter racista de Monteiro Lobato. B. despeito de considerar o “Sitio do Picapau Amarelo” uma obra preconceituosa, reconhece que o livro encheu de alegria a sua infância. C. entende que o argumento do politicamente correto pode trazer consigo o risco da mutilação de obras literárias. D. é justificável alterar livros de renomados autores, desde que tal ato seja justificado pelo nobre propósito de erradicar o racismo da sociedade. Coesão e coerência 37. Muitos entraves ainda separam as crianças brasileiras de um cenário onde todas elas possam desenvolver toda seu potencial e receber o afeto que precisam. São obstáculos - novos e antigos - que permeiam as áreas socioeconómicos, educacionais ou mesmo as que envolvem saúde ou politicas publicas. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 41 PORTUGUÊS - APROVA ACP 39. Sem fins lucrativos: por que a democracia precisa das humanidades Atravessamos uma crise de amplitude internacional. Não falo da crise econômica mundial iniciada em 2008; refiro-me, apesar de passar despercebida, àquela que se arrisca a ser bem mais prejudicial para o futuro da democracia; a crise planetária da educação. Profundas alterações estão sendo produzidas naquilo que as sociedades democráticas ensinam aos 5 jovens e ainda não aferimos o alcance de todas elas. Ávidos de sucesso econômico, os países e os seus sistemas educativos renunciam imprudentemente a competências que são indispensáveis à sobrevivência das democracias. Se essa tendência persistir, em breve, haverá pelo mundo inteiro gerações de máquinas úteis, dóceis e tecnicamente qualificadas, em vez de cidadãos realizados, capazes de pensar por si próprios, de pôr em causa a tradição e de compreender o sentido do sofrimento e das realizações 10 dos outros. De que alterações estamos falando? As humanidades e as artes perdem terreno sem cessar, tanto no ensino primário e secundário como na universidade, em quase todos os países do mundo. Consideradas acessórios inúteis pelos políticos, em uma época em que os países precisam se desfazer do supérfluo para continuarem a ser competitivos no mercado mundial, essas disciplinas desaparecem em grande 15 velocidade dos programas letivos, mas também do espírito e do coração dos pais e das crianças. Aquilo que poderíamos chamar de aspectos humanistas da ciência está igualmente em retrocesso, já que os países preferem o lucro de curto prazo, através de competências úteis e altamente Os desafios começam logo ao nascimento, com a taxa de mortalidade infantil voltando a crescer pela primeira vez em mais de 15 anos. É os riscos continuam. Risco de ser exposto à violência logo em seus primeiros anos. Desafio de obter uma vaga na creche, visto que entre as mais vulneráveis apenas 26% conseguem acesso. Ou até mesmo de ser prejudicado por políticas públicas que não colocam a criança de até 6 anos como prioridade [...] https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/a-prímelra- infancia/ Desafio de obter uma vaga na creche, visto que entre as mais vulneráveis, apenas 26% conseguem acesso. A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso se substituísse a expressão sublinhada por A. à medida que B. uma vez que C. mesmo que D. ainda que 38. Muitos entraves ainda separam as crianças brasileiras de um cenário onde todas elas possam desenvolver toda seu potencial e receber o afeto que precisam. São obstáculos - novos e antigos - que permeiam as áreas socioeconómicos, educacionais ou mesmo as que envolvem saúde ou politicas publicas. Os desafios começam logo ao nascimento, com a taxa de mortalidade infantil voltando a crescer pela primeira vez em mais de 15 anos. É os riscos continuam. Risco de ser exposto à violência logo em seus primeiros anos. Desafio de obter uma vaga na creche, visto que entre as mais vulneráveis apenas 26% conseguem acesso. Ou até mesmo de ser prejudicado por políticas públicas que não colocam a criança de até 6 anos como prioridade [...] No contexto em que surge o conectivo "apenas" exprime ideia de A. modo B.concessão C.exclusão D.conclusão Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 42 PORTUGUÊS - APROVA ACP aplicadas, adaptadas a esse objetivo. Parece que esquecemos as faculdades do pensamento e da imaginação (que fazem de nós humanos) e das nossas interações - as relações empáticas que não são simplesmente 20 utilitárias. Quando estabelecemos contatos sociais, se não aprendermos a ver no outro “um outro nós”, imaginando-lhe faculdades internas de pensamento e emoção, então a democracia é deixada à má sorte, porque ela se assenta precisamente no respeito e na atenção dedicados ao outro, sentimentos que pressupõem que o encaremos como ser humano e não como simples objeto. Hoje, mais que nunca, dependemos todos de pessoas que nunca vimos. Os problemas que temos de 25 resolver - sejam de ordem econômica, ecológica, religiosa ou política - têm envergadura planetária. Nenhum de nós escapa à interdependência mundial. As escolas e as universidades do mundo inteiro têm, por conseguinte, uma tarefa imensa e urgente: cultivar nos estudantes a capacidade de se considerarem membros de uma nação heterogênea(todas as nações modernas o são) e de um mundo ainda mais heterogêneo. 30 Se o saber não é uma garantia de boa conduta, a ignorância é quase infalivelmente uma garantia de maus procedimentos. A cidadania mundial implica realmente o conhecimento das humanidades? O indivíduo necessita certamente de bastante conhecimento factual que os estudantes podem adquirir sem formação humanista - memorizando os fatos em manuais padronizados (supondo que não contêm erros). Para ser um cidadão responsável, necessita de algo mais: de ser capaz de avaliar os dados históricos, de 35 manipular os princípios econômicos e de exercer o seu espírito crítico, de comparar diferentes concepções de justiça social, de falar pelo menos uma língua estrangeira, de avaliar os mistérios das grandes religiões do mundo. Dispor de uma série de fatos, sem ser capaz de os avaliar, é pouco mais do que ignorância. Ser capaz de se referenciar em relação a um vasto leque de culturas, de grupos e de nações e à história das suas 40 interações, isso é que permite às democracias abordar, de forma responsável, os problemas com os quais se deparam atualmente. A capacidade - que quase todos os seres humanos têm, em maior ou menor grau - de imaginar as vivências e as necessidades dos outros deve ser amplamente desenvolvida e estimulada, se queremos ter alguma esperança de conservar instituições satisfatórias. “A vida sem reflexão não merece ser vivida”, afirmou Sócrates. Cético em relação à argumentação sofista 45 e aos discursos inflamados, pagou com a vida sua fixação nesse ideal de questionamento crítico. Hoje, o seu exemplo é a base do ensino da cultura geral da tradição ocidental, e idéias similares estão na base do mesmo ensino na índia e em outras culturas. Se insistimos em prover aos alunos uma série de ensinamentos da área das humanidades, é porque cremos que essas matérias os estimularão a pensar e a argumentar por eles mesmos, em vez de se resumirem simplesmente à tradição e à autoridade; e 50 porque consideramos que, como proclamava Sócrates, a capacidade de raciocinar é importante em qualquer sociedade democrática - como as multiétnicas e multiconfessionais. Para compreenderem efetivamente o mundo complexo que os cerca, os cidadãos não têm suficientes conhecimentos factuais ou de lógica. É preciso um terceiro elemento, estritamente ligado a esses dois, que se poderia chamar imaginação empática. Noutros termos, a capacidade de se pôr no lugar do outro, 55 de compreender as emoções, os desejos e os muitos sentimentos que ele pode sentir. Para ser um cidadão responsável, necessita de algo mais: (linha 34) No sexto parágrafo, o trecho citado, considerando as idéias expostas antes e depois dele, podería ser introduzido pelo seguinte conectivo: A. já que. B. portanto. C. entretanto. D. à medida que. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 43 PORTUGUÊS - APROVA ACP 40. ENSAIO SOBRE A AMIZADE Que qualidade primeira a gente deve esperar de alguém com quem pretende um relacionamento? Perguntou-me o jovem jornalista, e lhe respondi: aquelas que se esperaria do melhor amigo. O resto, é claro, seriam os ingredientes da paixão, que vão além da amizade. Mas a base estaria ali: na confiança, na alegria de estar junto, no respeito, na admiração. Na tranqüilidade. Em não poder imaginar a vida sem aquela pessoa. Em algo além de todos os nossos limites e desastres. Talvez seja um bom critério. Não digo de escolha, pois amor é instinto e intuição, mais uma dessas opções mais profundas, arcaicas, que a gente faz até sem saber, para ser feliz ou para se destruir. Eu não quereria como parceiro de vida quem não pudesse querer como amigo. E amigos fazem parte de meus alicerces emocionais: são um dos ganhos que a passagem do tempo me concedeu. Falo daquela pessoa para quem posso telefonar, não importa onde ela esteja nem a hora do dia ou da madrugada, e dizer: "Estou mal, preciso de você". E ele ou ela estará comigo pegando um carro, um avião, correndo alguns quarteirões a pé, ou simplesmente ficando ao telefone o tempo necessário para que eu me recupere, me reencontre, me reaprume, não me mate, seja lá o que for. Mais reservada do que expansiva num primeiro momento, mais para tímida, tive sempre muitos conhecidos e poucas, mas reais, amizades de verdade, dessas que formam, com a família, o chão sobre o qual a gente sabe que pode caminhar. Sem elas, eu provavelmente nem estaria aqui. Falo daquelas amizades para as quais eu sou apenas eu, uma pessoa com manias e brincadeiras, eventuais tristezas, erros e acertos, os anos de chumbo e uma generosa parte de ganhos nesta vida. Para eles não sou escritora, muito menos conhecida de público algum: sou gente. A amizade é um meio-amor, sem algumas das vantagens dele, mas sem o ônus do ciúme - o que é, cá entre nós, uma bela vantagem. Ser amigo é rir junto, é dar o ombro para chorar, é poder criticar (com carinho, por favor), é poder apresentar namorado ou namorada, é poder aparecer de chinelo de dedo ou roupão, é poder até brigar e voltar um minuto depois, sem ter de dar explicação nenhuma. Amiga é aquela a quem se pode ligar quando a gente está com febre e não quer sair para pegar as crianças na chuva: a amiga vai, e pega junto com as dela ou até mesmo se nem tem criança naquele colégio. Amigo é aquele a quem a gente recorre quando se angustia demais, e ele chega confortando, chamando de "minha gatona" mesmo que a gente esteja um trapo. Amigo, amiga, é um dom incrível, isso eu soube desde cedo, e não viveria sem eles. Conheci uma senhora que se vangloriava de não precisar de amigos: "Tenho meu marido e meus filhos, e isso me basta". O marido morreu, os fijhos seguiram sua vida, e ela ficou num deserto sem oásis, injuriada como se o destino tivesse lhe pregado uma peça. Mais de uma vez se queixou, e nunca tive coragem de lhe dizer, àquela altura, que a vida é uma construção, também a vida afetiva. E que amigos não nascem do nada como frutos do acaso: são cultivados com... amizade. Sem esforço, sem adubos especiais, sem método nem aflição: crescendo como crescem as árvores e as crianças quando não lhes faltam nem luz nem espaço nem afeto. Quando em certo período o destino havia aparentemente tirado de baixo de mim todos os tapetes e perdi o prumo, o rumo, o sentido de tudo, foram amigos, amigas, e meus filhos, jovens adultos já revelados amigos, que seguraram as pontas. E eram pontas ásperas aquelas. Aguentei, persisti, e continuei amando a vida, as pessoas e a mim mesma (como meu amado amigo Erico Veríssimo, "eu me amo, mas não me admiro") o suficiente para não ficar amarga. Pois, além de acreditar no mistério de tudo o que nos acontece, eu tinha aqueles amigos. Com eles, sem grandes conversas nem palavras explícitas, aprendi solidariedade, simplicidade, honestidade, e carinho. Nesta página, hoje, sem razão especial nem data marcada, estou homenageando aqueles, aquelas, que têm estado comigo seja como for, para o que der e vier, mesmo quando estou cansada, estou burra, estou irritada ou desatinada, pois às vezes eu sou tudo isso, ah, sim! E o bom mesmo é que na amizade, se verdadeira, a gente não precisa se sacrificar nem compreender nem perdoar nem fazer malabarismos sexuais nem inventar desculpas nem esconder rugas ou tristezas. A gente pode simplesmente ser: que alívio, neste mundo complicado e desanimador, deslumbrante e terrível, fantástico e cansativo. Pois o verdadeiro amigo é confiável e estimulante, engraçado e grave, às vezes irritante; pode se afastar, mas sabemos que retorna; ele nos aguenta e nos chama, nos dá impulso e abrigo, e nos faz ser melhores: como o verdadeiro amor. Lya Luft, Revista Veja, edição 1962, 28 de junho de 2006. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 44 PORTUGUÊS - APROVA ACP “Não digo de escolha, pois amor é instinto e intuição, mais uma dessas opções mais profundas, arcaicas que a gente faz até sem saber, para ser feliz ou para se destruir.”Semanticamente, o elemento sublinhado tem a mesma função daquele destacado em qual alternativa? A. Está endividado e não pode, pois, comprar nada que seja supérfluo. B. Ele a desrespeitou? Pois reaja, então e não permita isso. C. Você falou comigo, pois não? D. Só pode estar dormindo, pois não atende ao telefone. 41. Hora de revisão (MAKHTAR DIOP*) Para a enorme maioria das pessoas a melhor proteção social é ter um emprego. No Brasil, o robusto crescimento dos últimos anos e a estabilidade macroeconômica tiraram milhões da pobreza e os ampararam na crise financeira internacional. Mas esse mesmo episódio deixou claro que, além de criar condições para o desenvolvimento através da oferta de trabalho, os governos precisam ter programas que sirvam de amparo para os mais vulneráveis. Países como Brasil, México e Chile têm experiências de vanguarda nessas áreas. Outras nações da América Latina buscam aprender como melhorar a inclusão e diminuir disparidades e distorções. Nesse contexto, o Rio sedia uma importante conferência internacional que debaterá inovações e desafios da proteção social na região, patrocinada pelo Banco Mundial, o Ministério de Desenvolvimento Social e a Prefeitura. No Brasil e na maior parte dos países da América Latina, a proteção social é um direito fundamental dos cidadãos. Um rápido olhar pela região, onde a crise levou dez milhões de pessoas de volta à pobreza, deixa clara a importância dessas garantias. As falhas na proteção social são trágicas para as pessoas de baixa renda. Necessidades imediatas impostas pela perda de um emprego ou mesmo uma doença podem levar a escolhas que prejudicam o futuro de toda uma família, por exemplo ao deixar de matricular os filhos na escola. Tornar esses direitos uma realidade é uma tarefa árdua, mas com enorme impacto. O Brasil empreendeu uma mudança dramática no enfoque de suas políticas nas últimas décadas, com programas como o Bolsa Família, o FUNDEB, a previdência rural, a expansão do emprego formal e dos benefícios trabalhistas. O acerto dessas decisões ficou evidente na crise internacional - o consumo dos beneficiados pelo sistema de proteção social ajudou a absorver o choque e impulsionou o crescimento logo em seguida. Estima-se que mais de 20 milhões de brasileiros deixaram a pobreza desde 2003 e que a desigualdade de renda tenha sido reduzida em 3%. A eficiência do sistema de proteção social do país foi central para isso. A experiência brasileira de desenvolvimento econômico com inclusão social - algo que ate pouco tempo acreditava-se quase impossível - logrou importantes êxitos, mas a pobreza e a desigualdade persistem em níveis altos demais para um país com o potencial do Brasil. Os programas de proteção social e crescimento são capazes de melhorar o bem-estar das pessoas e reduzir a pobreza até certo patamar. Uma abordagem mais abrangente, que também impulsione as pessoas - oferecendo oportunidades quando mais se precisa delas - traria resultados maiores e mais definitivos. Para tal, é essencial aumentar a coordenação entre os diversos programas e a ligação entre as iniciativas de proteção com a inserção no mercado de trabalho, algo que ainda é frágil na grande maioria dos países da região. Por outro lado, multiplicar o impacto de programas como o Bolsa Família e o Oportunidades, do México, esbarra na concentração de benefícios garantidos a alguns poucos grupos, em particular através do sistema de Previdência. Outro desafio do Brasil e em geral da América Latina é desmontar os subsídios que estimulam a informalidade, e passar a Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 45 PORTUGUÊS - APROVA ACP subsidiar a transição para o emprego formal - desenvolvendo o capital humano. Esta não é uma agenda temporária ou transitória, mas fundamental para quebrar a transmissão da pobreza entre as gerações. A experiência mostra que não são necessários enormes investimentos para transformar as oportunidades disponíveis aos filhos das famílias mais pobres. (...) *MAKHTAR DIOP é diretor do Banco Mundial para o Brasil Os conectivos ou palavras de ligação, além de fazerem a ligação entre frases ou partes de frases, estabelecem relações de sentido importantes nos textos. O conectivo “para” estabelece relação de finalidade no seguinte exemplo do texto: A. "Para a enorme maioria das pessoas a melhor proteção social é ter um emprego." B. “programas que sirvam de amparo para os mais vulneráveis" C. “em níveis altos demais para um país com o potencial do Brasil" D. “não são necessários enormes investimentos para transformar as oportunidades” 42. O COMPORTAMENTO DIGITAL QUE APONTA DEDOS, JULGA E OPRIME SEM DÓ O exposed é uma tática de exposição, com reunião de provas, áudios, imagens, vídeos e relatos que trazem ao grande público uma situação que oprime uma determinada pessoa ou um grupo inteiro. Ou seja, é basicamente um cancelamento. A diferença entre eles é que o cancelamento é o resultado de um exposed bem executado: causa e efeito potencializados pela virulência virtual. Nem sempre o exposed é algo edificante culturalmente. Ás vezes, pode ser um esclarecimento de fofoca de celebridade, como aconteceu, por exemplo, ano passado, quando um jornalista jogou nas redes áudios de uma famosa cantora falando mal de pessoas do showbiz. Não muda a vida de ninguém, mas serve como entretenimento para fãs ávidos por uma confusão pop. Muito além de briga de fãs, o exposed tem sido usado como tentativa de corrigir erros históricos na sociedade. Em uma atitude comovente, um usuário anônimo criou nas redes sociais o perfil Moda Racista, que rapidamente viralizou com dezenas de exposeds de grandes nomes da moda em comportamentos antigos, alienados e, principalmente, injustos. O grito reverberou em muitas vozes, principalmente entre as negras e LGBTQIA+, que estão exaustos de passar por constrangimentos em situações que foram naturalizadas como corriqueiras na indústria: racismo, gordofobia e assédios morais. Condutas indecentes não serão mais aceitas. Já passou da hora de escancararmos a urgência de mudança que uma geração pretende promover - e vai conseguir. Há muitas polêmicas sobre o exposed e o cancelamento serem práticas desproporcionais, que exigem o apagamento de pessoas - o que não necessariamente corrige o problema anterior e pode levar a uma desestabilidade emocional em tempos de já frágil saúde mental. Houve recentemente um caso de acusação de um youtuber que teria compartilhado pornografia infantil ainda não comprovada e com investigação em curso pelas autoridades. Enquanto o imbróglio não se resolve, o tribunal digital massacra o youtuber, que já convive com problemas como depressão e alcoolismo de outras épocas. Existe também a questão do efeito rebote: pessoas canceladas costumam ganhar atenção, mesmo que negativa, e isso reflete em números absolutos de publicidade espontânea, como menções na imprensa e grande aumento de seguidores. Se você quer se juntar ao coro da denúncia, vá em frente, mas é sempre bom ponderar qual a intenção por trás dos seus cliques: jogar lenha na fofoca ou corrigir estruturas? Tão importante quanto dar visibilidade à pauta nas redes sociais é avaliar que você está dando importância para tal marca ou artista. Há quem diga que já tem marca que planeja ações politicamente incorretas de propósito, só para "irritar" a internet e ganhar destaque na mídia. É o famoso " falem mal, mas falem de mim". Afinal, o antimarketing também tem resultados. Se você quer se juntar ao coro da denúncia, vá em frente, mas é sempre bom ponderar qual a intenção por trás dos seus cliques: jogar lenha na fofoca ou corrigir estruturas? (4° parágrafo) Com base no contexto, a palavra "cliques" configura um uso da seguinte figura de linguagem: A. metonímia B. eufemismo C. antítese D. ironia Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 46 PORTUGUÊS - APROVA ACP 43. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) consideraque os corpos em Bucha, vistos após a retirada russa da cidade ucraniana, mostram "uma brutalidade insuportável que a Europa não testemunha há muitas décadas". A declaração foi feita hoje pelo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. Amanhã (6), ministros das Relações Exteriores dos países que integram a aliança militar irão se reunir para tratar da guerra da Rússia na Ucrânia, que chegou ao seu 41º dia. Segundo Stoltenberg, os ministros discutirão o que mais será feito. De acordo com ele, os membros da Otan "estão determinados a fornecer mais apoio à Ucrânia". "Incluindo armas antitanque, sistemas de defesa aérea e outros equipamentos. Os aliados também aumentaram a assistência humanitária e a ajuda financeira", disse o secretário-geral da aliança. ..] Fonte: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimasno ticias/2022/04/05/russia-ucrania-5-de-abril-dia- 41.htm Assinale a alternativa cuja letra em destaque represente o mesmo fonema representado pela letra s em “defesa” : A. Cidade. B. Países. C. Aliança. D. Sistemas. E. Será. 44. Observe os primeiros versos da música "Como um anjo" interpretadas pela Dupla Cesar Menotti e Fabiano: Como um anjo Você apareceu na minha vida Uh, como um anjo Repleto de ternura De paixão Nestes versos está presente o sentido figurado que pode ser caracterizado como uma figura de linguagem presente, conhecida como: A. Eufemismo. B. Metáfora. C. Sinestesia. D. Comparação. 45. As figuras de linguagem são um recurso dentro da língua portuguesa que tornam a frase mais enfática, destacando seu significado e valorizando o texto. Existem mais de 30 figuras de linguagem na língua portuguesa, contudo, esse cálculo não é exato - visto que tem autores que preferem unir algumas figuras, enquanto outros, preferem dividi-las em exemplos diferenciados. Entre as figuras de linguagem, temos a Catacrese, nome que se dá a algo que não tem um nome específico, sendo algo que já existe na linguagem e não foi inventado pelo autor da frase. Acesso em: https://www.gestaoeducacional.com.br/figuras- de-linguagem/ A catacrese é classificada como uma: A. Figura de som. B. Figura de pensamento. C. Figura de sintaxe. D. Figura de palavras. 46. Leia o fragmento a seguir, observando o emprego da expressão sublinhada. “Como usar o alho Para obter os seus benefícios, deve-se consumir 1 dente de alho fresco por dia. Uma dica para aumentar o seu poder benéfico é picar ou amassar o alho e deixá-lo descansando por 10 minutos antes de usar, pois isso aumenta a quantidade de alicina, a principal responsável pelas suas propriedades. [...]” Essa expressão é considerada um exemplo de qual figura de linguagem? A. Perífrase. B. Sinestesia. C. Catacrese. D. Hipérbole. E. Prosopopeia. Figura de linguagem Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 47 PORTUGUÊS - APROVA ACP 47. As figuras de linguagem são um recurso dentro da língua portuguesa que tornam a frase mais enfática, destacando seu significado e valorizando o texto. Existem mais de 30 figuras de linguagem na língua portuguesa, contudo, esse cálculo não é exato - visto que tem autores que preferem unir algumas figuras, enquanto outros, preferem dividi-las em exemplos diferenciados. Entre as figuras de linguagem, temos a Catacrese, nome que se dá a algo que não tem um nome específico, sendo algo que já existe na linguagem e não foi inventado pelo autor da frase. Acesso em: https://www.gestaoeducacional.com.br/figuras- de-linguagem/ A catacrese é classificada como uma: A. Figura de palavras. B. Figura de som. C. Figura de pensamento. D. Figura de sintaxe. 48. A expressão plim-plim representa uma figura de linguagem denominada: A. Onomatopeia. B. Sinestesia. C. Ironia. D. Catacrese. 49. Assinale a figura de linguagem presente no trecho: "A VIDA É COMO UM NAVIO". A. Prosopopeia. B. Paradoxo. C. Metáfora. D.Comparação. E. Metonímia. 50. Quanto às figuras de linguagem, assinale a alternativa que apresenta um exemplo de ironia. A. O pensamento é como um diamante bruto. B. Todos estão morrendo de inveja da vida de Joana. C. A pontualidade daquele médico é britânica: só esperei duas horas para ser atendido. D. A deputada faltou à verdade em seu depoimento. 51. No trecho: "O coração de um amigo é como um mapa-múndi onde cada um se encontra em algum lugar, mas todos fazem parte do mesmo globo", está presente o sentido figurado que pode ser caracterizado como uma figura de linguagem presente, conhecida como: A. Metáfora. B. Comparação. C. Sinestesia. D. Eufemismo. 52. A metonímia ocorre quando uma palavra é utilizada em lugar de outra de sentido semelhante, e há várias situações em que isso pode ocorrer. A propósito dos diferentes modos de estabelecer a substituição de uma palavra por outra, associe corretamente o tipo de metonímia às frases com sentido figurado. TIPOS DE METONÍMIA 1 - O singular pelo plural 2 - A parte pelo todo 3 - O continente pelo conteúdo 4 - O autor pela obra 5- A marca pelo produto FRASES ( ) Eu gosto de limpar minhas panelas com Bombril. ( ) O ser humano é racional. ( ) Ele tem duzentas cabeças de gado na fazenda. ( ) O menino comeu uma caixa de bombons. ( ) Sempre que tenho dúvida, recorro ao Aurélio. A sequência correta dessa associação é A.5, 2, 1, 4, 3. B. 3, 2, 1, 5, 4. C. 2, 3, 4, 1, 5. D. 5, 1, 2, 3, 4. 53. A repetição de: "Que você seja"- identifica a figura de linguagem denominada: A.Catáfora. B.Pleonasmo vicioso. C.Paradoxo. D.Anáfora. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 48 PORTUGUÊS - APROVA ACP 54. "O menino do rio Doce" (Ziraldo, 1996) Rio que nasce doce na gorda barriga da montanha na praia (do lado de cá). O menino tinha certeza de que havia nascido no dia em que viu o rio. Na sua memória, não havia nada antes daquele dia. O menino amou o rio, pois acreditou que o rio também havia nascido no dia em que ele o viu. Assim como os verbos, alguns nomes pedem complementos introduzidos por preposição. No texto, o substantivo "certeza" vem acompanhado pela preposição "de". As seguintes palavras também pedem essa mesma preposição: A. possível - impróprio B. ansioso - entendido C. leal - compatível D. desejoso - fácil O tópico frasal do parágrafo de Andreas Schleicher é: A, “Entretanto, nos últimos anos, o crescimento econômico e o avanço social estagnaram...”. B. “Mais recentemente, a pandemia da Covid-19 trouxe severo sofrimento humano ao Brasil...”. C.“...mergulhou a economia em outra recessão ainda mais profunda.”. D.“A Educação foi fundamental para o desenvolvimento social e econômico brasileiro na primeira década do milênio.”. 56. Com crise do clima, mercado de arte tenta mudar impacto do setor no meio ambiente Feiras e galerias se mobilizam para reduzir produção de lixo e consumo de energia, mas discussão ainda engatinha no Brasil Carolina Moraes 1____Críticas ao impacto da vida humana na Terra não são novas nas artes visuais. Olafur Eliasson denunciou o derretimento das geleiras com instalações e fotos de gelos se desmanchando. Frans Krajcberg, ativista ambiental, defendia a natureza com esculturas disformes, em referência ao desordenamento do meio ambiente, para ficar só em dois exemplos. Mas esses comentários não encontravam correspondência no mercado de arte propriamente. O número 10 de feiras por exemplo só cresceu nas últimas décadas, bem como o número de viagens de avião, de gasto de energia e de transporte de obras embaladas com toneladas plástico e madeira. Obras críticas a presença predatória na Terra, por 15 tanto, são levadas de uma ponta a outra do globo causan do o impacto que elas denunciam —mas uma série de iniciativas mira mudar esse quadro nos próximos anos, na esteira das discussões sobre a crise do clima. Uma resposta coletiva à crise do clima nesse se- 20 tor aparece na criação da Gallery Climate Coalition, a GCC, em outubro do ano passado. A organização internacional criou manuais e metas para os membros reduzirem o impacto ambiental,que outro dia. D. O chinelo estava em baixo da cama. 7. CONSTRUÇÃO Composição: Chico Buarque Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo tímido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou como se ouvisse música Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 03 PORTUGUÊS - APROVA ACP E tropeçou no céu como se fosse um bêbado E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido Agonizou no meio do passeio público Morreu na contramão atrapalhando o tráfego. (...) (Texto retirado do site: http://www.vagalume.com.br/chico- buarque/construcao.html) Releia as palavras finais de cada um dos versos dessa estrofe da letra de “Construção": “última", “único", “tímido", “máquina", “sólidas", etc. Qual é a regra de acentuação que justifica o acento, segundo a norma padrão da língua portuguesa? A. Acentuam-se as oxítonas tônicas. B. Os monossílabos tônicos devem ser acentuados. C. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongo crescente. D. Todas as proparoxítonas devem ser acentuadas. EPOLHOS IGUAIS Sempre me impressiona o impulso geral de igualar a todos ser diferente, sobretudo ser original, é defeito Parece perigoso E, se formos diferentes, quem sabe aqui e ali uma medicaçãozinha ajuda. Alguém é mais triste? Remédio nele. Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha acabado de perder uma pessoa amada, um emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto? Remédio na adolescência para parar de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais estudioso, estudioso demais? A gente se preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai demorar a conseguir marido). Não podemos, mas queremos tornar tudo homogêneo, meninas usam o mesmo cabelo, a mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos, aquele boné virado. Igualdade antes de tudo, quando a graça, o poder, a força estão na diversidade. Narizes iguais, bocas iguais, sobrancelhas iguais, posturas iguais. Não se pode mais reprovar crianças e jovens na escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais talento, ser mais sonhador, ter mais sorte, sucesso, trabalhar mais e melhor. Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos, se possível... iguais. E assim, com tudo o que pode ser controlado com remédios, nos tornamos uma geração medicada. Não todos - deixo sempre aberto o espaço da exceção para ser realista, e respeitando o fato de que para muitos os remédios são uma necessidade —, mas uma parcela crescente da população é habitualmente medicada. Remédios para pressão alta, para dormir, para acordar, para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70 Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças. Não sou psiquiatra, mas a esta altura de minha vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais agitadas, ou distraídas, mas nem por isso precisadas de medicação a torto e a direito. Fala-se, não sei em que lugar deste mundo louco, em botar Ritalina na merenda das escolas públicas. Tal fúria de igualitarismo esconde uma ideologia tola e falsa. Se déssemos a 100 pessoas a mesma quantidade de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois anos todas teriam destino diferente: algumas multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam; outras o Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 04 PORTUGUÊS - APROVA ACP guardariam; outras ainda o dedicariam ao bem (ou ao mal) alheio. Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças e jovens com medicamentos para que não estorvem os professores já desesperados por falta de estímulo e condições, ou para permitir aos pais se preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto os pais trabalham ou fazem academia ou simplesmente viajam, nem valerá a pena. Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e jovens mais violentos e inquietos quando a medicação for suspensa. Bastam, para desatenção, agitação e tantas dificuldades relacionadas, as circunstâncias de vida atual. Recentemente, uma pediatra experiente me relatou que a cada tantos anos aparecem em seu consultório mais crianças confusas, atônitas, agitadas demais, algumas apenas sofrendo por separações e novos casamentos, em que os filhos, que não querem se separar de ninguém, são puxados de um lado para o outro, sem casa fixa, um centro de referência, um casal de pais sempre os mesmos. Quem as traz são mães ou pais em igual estado. Correrias, compromissos, ansiedade por estar na crista da onda, por participar e ser o primeiro, por não ficar para trás, por não ser ignorado, por cumprir os horários, as prescrições, os comandos, tudo o que tantas pressões sociais e culturais ordenam, realmente estão nos tornando eternos angustiados e permanentes aflitos. Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar para pensar, roubar alguns minutos para olhar, contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do padrão. Então seguimos em frente, nervosos com nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo, psiquiatra e medicamento para sermos todos uns repolhos iguais. Lya Luft, disponível em [http://veja.abril.com.br/blog/ricardo- setti/lema-livre/iya-luft-repoihos-iguais/], publicado em 10/5/2014, consultado em 18/10/2014. Leia os períodos abaixo. I. Em sua maneira de andar há um quê de menina, embora já seja uma mulher. II. Por quê você está rindo da situação? Não é o caso, com certeza. III. Não sei o quê ela viu nesse rapaz, ele não tem modos e é grosseiro com todos! IV. Quê bom você haver resolvido voltar a estudar! 8. Os termos “quê", acentuados, foram empregados em consonância com a norma culta no(s) período(s) apresentado(s) em: A. I, apenas. B. I e III, apenas. C. III e IV, apenas D. II, III e IV, apenas. 9. CHEGA DE PRECONCEITO CONTRA O LUCRO Instituições sem fins lucrativos são criadas para aproveitar oportunidades de captação de recursos ou isenções de impostos, geralmente para alcançar uma causa social não atendida pelo Poder Público. A causa ê nobre, seja ela o assistencialismo, a educação ou os serviços a comunidades carentes. Com o crescimento desse setor, aumentam as solicitações para que a sociedade colabore com seus projetos de forma não remunerada, pois “não há fins Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 05 PORTUGUÊS - APROVA ACP lucrativos” Há uma grave distorção nessa expectativa. Entidades sem fins lucrativos esperam que empresas forneçam seus produtos sem custo, assim como esperam que famílias sem dificuldades financeiras deixem de cuidar de seu futuro para amparar os fragilizados. Estamos criando uma insustentável cultura de tirar dos bem- sucedidos para assistir os desafortunados, como se o papel do lucro fosse ser distribuído à sociedade. Empresas que geram resultados não deveriam dividi-los com os incapazes de erguer um negócio. Isso premia a incompetência. Somente quando os negócios produzem retornos maiores que o esperado (fruto do nvestimento em qualidade e tecnologia), os lucros excedentes podem virar filantropia. Não é papel das empresas prestar serviços sem remuneração. O papel das empresas é prestar bons serviços, lucrar e investir seus lucros para que esses serviços sejam melhorados, mais empregose a ideia é que até 2030 eles diminuam, coletivamente, pelo menos Organização textual 55. “A Educação foi fundamental para o desenvolvimento social e econômico brasileiro na primeira década do milênio. Taxas de matrícula mais altas em todos os níveis de ensino, a redução das desigualdades no acesso e a queda nas taxas de analfabetismo significam que os jovens que entram no mercado de trabalho possuem uma formação muito superior do que as gerações anteriores. Entretanto, nos últimos anos, o crescimento econômico e o avanço social estagnaram e, em alguns casos, retrocederam. Mais recentemente, a pandemia da Covid-19 trouxe severo sofrimento humano ao Brasil e mergulhou a economia em outra recessão ainda mais profunda. Os efeitos sociais e econômicos da pandemia atingiram mais duramente os indivíduos e as comunidades mais vulneráveis, aumentando os riscos de pobreza e exacerbando as desigualdades. Andreas Schleicher Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 49 PORTUGUÊS - APROVA ACP metade das 25 emissões de carbono e cheguem próximo ao desperdício zero de materiais. Existem muitas maneiras das instituições culturais mudarem sua pegada ecológica — trocar o tipo de combustível de geradores dos eventos, enviar obras de navio 30 em vez de avião e priorizar deslocamentos terrestres são algumas delas. Duas galerias paulistanas, aliás, estão entre os membros da GCC. Lucas Cimino, sócio da Zipper, conta que o espaço já produz energia com placas solares no edifício, recicla os materiais usados para embalagem e tem uma parceria com a SOS Mata Atlântica para reflorestamento. Na prática a galeria já emite menos carbono do que produz e, até o fim do ano, também deve captar a água da chuva no edifício. “É uma questão de tempo para isso ser o mínimo que você tem que fazer”, diz Cimino, para quem esse é um movimento similar ao que aconteceu com as redes sociais no começo dos anos 2010. “A galeria não ser só uma questão de arte, mas de referência comportamental, é de extremo valor.” Cimino conta que o projeto de tornar a galeria sustentável surgiu espelhada no movimento de empresas de outros setores, como de tecnologia, que começaram a reduzir a produção de resíduos e a repensar a poluição que geraram. Essa é uma questão geracional na avaliação de Cimino —e corrobora com isso a série de produtos nas gôndolas que se vendem com um discurso ambiental de embalagens biodegradáveis e insumos não poluentes. Mas ele também reforça que esse não é um debate que ele vê acontecer entre associações de galerias, por exemplo, e que ainda engatinha no Brasil. Seria factível, então, que um setor que ainda começa a debater o tema reduza pela metade o impacto que gera na próxima década, como a GCC propõe? Segundo Cristina Tovoli, diretora da galeria Jaqueline Martins, sim. O espaço passa por uma avaliação geral do que é possível adaptar, apesar de já usarem luzes de LED, que gastam menos energia, e terem reduzido a mobilidade de obras. O grande problema desse mercado, diz Tovoli, é justamente o transporte. Na escala de uma galeria como a Jaqueline Martins, é possível repensar a logística com alguma facilidade. Mas quando o que está em jogo são bienais ou feiras como a Art Basel, é mais difícil fechar a equação. Mesmo assim, esses grandes atores também começam a se movimentar. A Christie's, uma das maiores casas de leilão do mundo, se comprometeu a atingir a meta estabelecida pela GCC e também deve mudar o transporte aéreo para o terrestre ou marítimo onde for possível. Já a feira de arte contemporânea Frieze, que realiza edições em Londres, Nova York e Los Angeles, mudou o tipo de combustível de seus geradores após descobrir que essa era a maior fonte de produção de carbono do evento. As emissões diminuíram em 67% desde que a alteração foi feita, em 2018 e 2019. “A globalização levou a uma circulação muito maior de obras e, portanto, a um gasto muito maior de transporte, deslocamento, caixas”, diz Fernanda Feitosa, diretora da SP-Arte. “Cada obra de arte é envolvida num papel, plástico bolha, depois numa espuma, vem uma caixa e, aí, vai para o avião. E depois tudo tem que voltar.” Os revisores de texto, normalmente, deparam-se com inadequações na construção de frases, como o trecho seguinte exemplifica: A.As ideias defendidas por Manoel eram mais claras e assertivas do que Joaquim. B. Os asteroides de pequena dimensão, em princípio, não ameaçam a Terra. C. Ao firme e seguro porto alguns preferem o agitado mar revolto. D. Estava tão satisfeito com o serviço recebido que fez elogios ao encontro das decisões acertadas. 57. Das vantagens de ser bobo — O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo. — O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 50 PORTUGUÊS - APROVA ACP — Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia. — O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. — Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. — O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver — O bobo parece nunca ter tido vez. No entanto, muitas vezes o bobo é um Dostoiévisk . — Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era a de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. — Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. — O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu. — Aviso: não confundir bobos com burros. — Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. E uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a frase célebre: “Até tu, Brutus?" — Bobo não reclama. Em compensação, como exclama! — Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu. — Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz. — O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos — Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é dificilão, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. — Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida. — Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem. — Piá lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita o ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas! — Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. — E quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. E que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo. (Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.) No texto de Clarice Lispector, podemos perceber que as ideias foram organizadas por meio do seguinte recurso: A. diferença entre o esperto e o malandro. B. semelhança entre o burro e o bobo. C. similaridade entre o bobo e o tolo. D. oposição entre o bobo e o esperto. ORGANIZAÇÃO TEXTUAL: sentidos construídos nos textos 58. O verbo lembrar pode ser utilizado como verbo transitivo direto e indireto, tendo tanto um objeto direto como um objeto indireto como complementos verbais. Pode também ocorrer apenas como verbotransitivo direto ou ainda ser conjugado como um verbo pronominal, apresentando apenas pequenas diferenças no seu significado. Fonte: https://www.conjugacao.com.br/regencia- do-verbo-lembrar/ Nesse sentido, é INCORRETO afirmar que: A. Com o sentido de prevenir, advertir ou sugerir, o verbo lembrar deve ser complementado por dois objetos indiretos. Exemplo: A Helena lembrou ao filho do combinado. B. Atuando como um verbo transitivo indireto, estabelece principalmente regência com a preposição "de". Exemplo: Lembro-me de você. C. Maioritariamente, estabelece regência sem a presença de uma preposição quando indica o ato de sugerir, trazendo algo à memória. Exemplo: Esse cheiro lembra minha infância. D. Privilegia-se o uso do verbo lembrar como verbo pronominal quando indica o ato de recordar de alguma coisa. Exemplo: Eu já me lembrei de tudo! Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 51 PORTUGUÊS - APROVA ACP 59. Os fora-fila Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas preciosas em filas de ônibus, e reclamam corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos percebem os fora-fila: os que usam carros privados e os que não têm dinheiro nem vale- transporte. Há séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o que precisam, enquanto outros não têm direito nem mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de dinheiro; enquanto outros não precisam se submeter a filas porque têm muito dinheiro. Por causa das ineficiências econômicas, a palavra "fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por causa da injustiça social não se percebe os que estão fora das filas, de um lado e outro da escala de rendas. Alguns porque não precisam se submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro, outros porque não têm o direito de entrar nelas. No meio, imprensados, os da fila, ignorando os extremos. Nós nos acostumamos a ver com naturalidade os que não precisam e ainda mais os que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los como invisíveis. No setor da saúde, nos indignamos com os que tentam furar a fila para tomar vacina, mas não percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar dinheiro para o atendimento médico de um pediatra para o filho, de um dentista e de profissionais de todas as outras especialidades que não estão disponíveis no SUS, com a urgência necessária. Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e, do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde - sem fila para os que podem pagar. Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas demais especialidades médicas, inclusive cirurgias, por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há reclamação quando a fila se organiza por um pequeno papel numerado, mas não se protesta quando, perto dali, o atendimento é imediato, porque no lugar do papel com o número da fila usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro pode comprar saúde. Na moradia, alguns entram na fila do programa Minha Casa Minha Vida; outros não precisam, compram diretamente a casa que desejam e podem; outros também não entram na fila, porque não têm as mínimas condições de financiamento. O mesmo vale para a educação. Em função do Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas escolas, em geral pagas e caras, com ensino remoto, computadores e internet em casa, permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais possibilidade de aprovação do que outros. Apesar de que a aprovação é conquistada pelo mérito do concorrente, os aprovados se beneficiaram da exclusão de muitos concorrentes ao longo da educação de base. A desigualdade na qualidade da escola desiguala o preparo entre os candidatos, como uma forma de empurrar alguns para fora e outros para a frente da fila. De certa forma, alguns furaram a fila para ingresso na universidade, por pagarem uma boa escola ainda na educação de base. E não há reclamação porque os fora da fila são invisíveis, porque não concluíram o Ensino Médio, ou concluíram um Ensino Médio sem qualidade que não lhes deu condição sequer de O autor do texto apresenta, ao longo da discussão, o sentido do termo "Os fora-fila". Nesse contexto, é possível afirmar que o conceito de "Fora-fila" está associado à(s): A. formas como as pessoas se comportam mediante as diferentes ofertas a elas impostas pela sociedade com base em um critério sociopolítico e tecnicista. B. maneira como certos indivíduos são tratados em virtude de seu nível intelectual e acadêmico enquanto os demais são marginalizados socialmente. C. realização social de determinadas pessoas, no que tange às suas escolhas políticas e ao modo como a sociedade dá visibilidade a outras pessoas sem expressividade. D. oportunidades que alguns indivíduos têm em função de suas condições econômicas e à situação de invisibilidade de outros aos olhos da sociedade. sonhar fazer o ENEM. Tanto quanto os que não podem pagar o transporte público não entram na fila do ônibus, os analfabetos (12 milhões de brasileiros) não entram na fila do ENEM para ingresso na universidade. Foram excluídos da formação, por falta de oportunidade para desenvolver o talento no momento oportuno da educação de base, e, por isso, ficam impedidos de disputar, por mérito, uma vaga na universidade. Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira de futebol, porque todos tiveram a mesma chance. A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a bola é redonda para todos, independentemente da renda. Temos a preocupação de assegurar os mesmos direitos para obter vacina, não o mesmo direito para a qualidade e a urgência no atendimento de saúde e de educação, independentemente da renda e do endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos que há injustiça em furar fila usando dinheiro para ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É como se fosse normal furar fila por se ter muito dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro, ficam na fila e se indignam com os que tentam desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os outros tornamos invisíveis. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 52 PORTUGUÊS - APROVA ACP 60. Palavras gordas, ideias magras Rodrigo Gurgel “Você precisa florear o seu texto. Um texto precisa ter palavras bonitas.” Era o que eu ouvia na escola quando comecei a escrever o que antigamente chamávamos de “composições” — o que hoje todos conhecem como “redação”. Quantos professores não continuam repetindo a mesmíssima coisa para seus alunos e perpetuando a ideia falsa de que todo texto precisa ser, principalmente, enfeitado? Eles, contudo, não o fazem por mal. Repetem esses lugares-comuns porque desconhecem o que é literatura e porque aprenderam que escrever é um exercício de adiposidade verbal: usar palavras gordas para ideias magras, como dizia Álvaro Lins. E é mais fácil repetir o que se aprendeu. Sejam quais forem as razões que os levam a fazê-lo, o fato é que, ao repetir o aprendido, propagam uma retórica que poderíamos sem exagero chamar de venenosa. Essa retórica, difunde-a o escritor grandiloquente e os críticos que o incensam. Difunde-a a professora que escolhe textos palavrosos e cheios de uma adjetivação vazia, mostrando- os aos alunos como exemplos de boa literatura. Difunde-a o jornalista com seus chavões e frases de efeito em textos ocos e mal escritos. Difundem-na as escolas, os jornais, os portais de notícias da web, de modo que, em toda a parte, o que se encontra é só repetição. Literários ou não, tais textos não refletem aquilo que o escritor ou autor realmente pensa: não passam de macaqueação. Revelam ainda o equívoco de conceber a escrita como o ato de reunir conceitos prontos e expressões lidas e/ou ouvidas em algum lugar — e enfiá-los todosnum papel (ou numa tela). Mas não há escrita sem reflexão. As palavras precisam expressar o que o escritor realmente deseja expressar. Por isso, para se desenredar da retórica perniciosa, quem escreve tem de pensar de forma clara e adequar o seu pensamento às palavras. Essa questão não nos apresenta somente um problema linguístico ou estético, senão também um problema ético. Pois no substrato da imprecisão no uso das palavras ou do excesso de palavras vazias, há duas coisas: incompetência e insinceridade. Males felizmente remediáveis. A incompetência se revolve com o estudo, a leitura de bons autores e a produção consciente de textos. A insinceridade, por sua vez, resolve-se com uma mudança de comportamento. É preciso ser sincero consigo mesmo e fazer com que suas palavras digam aquilo que de fato você quer dizer. É preciso, enfim, deixar de ser um mero repetidor. Disponível em: https://rodrigogurgel.com.br/palavras- gordas-ideias-magras/ Acesso em abril 2022. B. para um texto ser considerado bom, deve-se eliminar de sua estrutura todo e qualquer tipo de adjetivação excessiva, já que ela induz à mera repetição de ideias. C. os professores são os grandes responsáveis pelo insucesso dos alunos na produção de seus textos. D. é válido repetir ideias consagradas, especialmente quando já escritas por autores aclamados pela crítica. A ideia central do texto indica que A. escrever um bom texto não é necessariamente fazê-lo pomposo, tomado de palavras bonitas ou difíceis, mas tecê-lo com clareza, precisão e, acima de tudo, originalidade e sinceridade. A mensagem enviada por um vírus Margot Cardoso 1 ___ De tempos em tempos, epidemias e catástrofes sacodem o homem e suas certezas. No século XIV, a peste negra varreu do mundo quase 200 milhões de pessoas. Razões práticas à parte, muitos compreenderam como uma espécie de basta divino. E as razões imaginadas para a punição pareciam óbvias: a cobiça, a gula, a embriaguez e a devassidão estavam por toda parte. 5 ___ Catástrofes, como o terremoto de Lisboa (em 1755), abalaram a Europa e o mundo. Primeiro veio o sismo com magnitudes de 8,8 a 9 na escala Richter — seguido de um maremoto com ondas de 20 metros de altura. Após a cidade ser reduzida a escombros, os incêndios encarregaram-se de destruir o que sobrou. É o terremoto mais mortífero da história: 12 mil mortos. O fenômeno mereceu a reflexão de filósofos, como Voltaire e Rousseau. Será que vivíamos mesmo num mundo de bem, regido pela bondade e misericórdia de Deus? O despertar dessa consciência depois do terremoto é considerado um marco histórico: o início da Europa Moderna. ___ Se olharmos para esses acontecimentos — à maneira do filósofo alemão Hegel — do alto, avistaremos outros eventos semelhantes; como a lepra, a tuberculose, a gripe espanhola, as grandes guerras. E talvez, no futuro, outros incluam nessa lista, o coronavírus de 2019. Você já deve ter notado a avalanche de informação e contrainformação e a clássica busca dos culpados. Mas, o que vale a pena fazer nesse momento — para além do isolamento social — é uma reflexão. Vamos pedir emprestado as lentes de Hegel. Acarinhado com o título de “deus da filosofia” — porque via o mundo do alto e construiu um sistema para compreender o absoluto — Hegel afirma que cada movimento do mundo surge como solução para o anterior. É uma espécie de rearranjo do devir. [...] ___ Quando refletimos sobre o estado das coisas, somos tentados a considerar Hegel e acreditar que o universo tem a sua maneira de buscar o equilíbrio. Vejamos. Vivemos na era das alterações climáticas, da poluição dos oceanos e ecossistemas. Apesar do alerta de especialistas e das mudanças visíveis — aquecimento global, morte massiva de peixes, secas e inundações — países e empresas recusam-se a abrandar o ritmo. O lucro deve ser sempre crescente. E eis que chega um vírus e fecha bares, restaurantes, bancos, academias de ginástica, salas de espetáculos. ___ O mundo inteiro vive o êxtase do desenfreado direito de ir e vir. Todos viajam para todas as partes do globo. CIdades abarrotadas de turistas. Aviões lotados, aeroportos caóticos e hotéis na sua capacidade máxima. O que chega: a quarentena, a recomendação para não sair de casa, ruas desertas, cidades e países fechados. [...] Num tempo em que corremos de um lado para o outro. Onde se trabalha cada vez mais para gastar mais. Onde o consumo é soberano e gasta-se com o que não é necessário. Escraviza-se adultos e crianças de países pobres em nome de negócios milionários — e supérfluos — como o fast fashion. Surge um vírus que nos obriga a 30 comprar apenas o essencial. Ir ao supermercado? Apenas para o essencial. Ir a farmácia? Somente para o essencial Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 53 PORTUGUÊS - APROVA ACP e, em fila, apenas duas pessoas de cada vez. ___ Num tempo em que deixamos de educar os filhos e os entregamos ao alheamento de visores eletrônicos e à escola. Uma sociedade onde nas livrarias há títulos como “Regras para educar filhos e alunos” numa clara alusão a que o professor também deve educar. Há um vírus que fecha as escolas e recorda que é você o único responsável pelo seu filho. [...] ___ Num tempo em que a humanidade se vangloria do avanço tecnológico, de drones tripulados e do turismo na lua... um vírus vem nos lembrar que nada verdadeiramente mudou, continuamos a mercê de epidemias e catástrofes, tal como os homens do ano 500 a.C., do século XIV e XVIII. Um vírus vem nos igualar e lembrar que todos temos o mesmo corpo frágil, que dói, adoece e morre. Que esse tempo de incertezas e suspensão de rotinas possa ser também um tempo de reflexão, um salto de consciência para uma vida com mais significado, mais responsabilidade e muito mais feliz. Fonte: CARDOSO, Margot. A mensagem enviada por um vírus. Revista Vida Simples. Disponível em: https://vidasimples.co/colunistas/amensagem-enviada-por-um- virus/. Acesso em: 6 fev. 2022. Adaptado. Barros narrou assim o diálogo entre o prefeito Graciliano e o matuto: — O senhor devia ter vindo há mais tempo. Por que não veio? — O gado é do pai de vosmecê…, justificou o matuto, timidamente. 15___E Graciliano, em tom polido: — Fique o senhor sabendo que o prefeito não tem pai, nem mãe. Nos relatórios de prestação de contas, Graciliano traça um panorama do município, divaga sobre resistência à sua administração e lista seus principais feitos. Em Alagoas, são tratados como a maior inspiração da Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000. 20___Nos textos, cita que reformou o açougue público, empedrou ruas (uma espécie de opera- ção tapa-buracos) e fez obras antienchente. Orgulhou-se de ter construído duas estradas, uma para o trânsito de animais e outra para pedestres e automóveis, ligando o centro até Palmeira de Fora, na área rural. “Tenho também a ideia de iniciar a construção de açudes na zona sertaneja. Mas para que 25 semear promessas que não sei se darão frutos? Relatarei com pormenores os planos a que me referi quando eles estiverem executados, se isto acontecer”, escreveu. É curiosa a reclamação que Graciliano faz dos gastos de Palmeira com energia elétrica. “Se é muito, a culpa não é minha: é de quem fez o contrato com a empresa fornecedora de luz”, relatou. “Apesar de ser o negócio referente à claridade, julgo que assinaram aquilo às escuras.” Disponível em: https://www.estadao.com.br/infograficos/brasil,graciliano- ramos-de-oliveira-o-prefeito,911965, 25/8/2018 (com adaptações). 61. A autora apresenta algumas situações da vida contemporânea alteradas pelo coronavírus 2019, numa tentativa de corroborar a afirmativa de Hegel. Assinale a alternativa em cujo trecho fica evidente essa alteração. A. “Onde se trabalha cada vez mais para gastar mais. [...] Surge um vírus que nos obriga a comprar apenas o essencial.” (Linhas 27-30) B. “O mundo inteiro vive o êxtase do desenfreado direito de ir e vir. Todos viajam para todas as partes do globo.” (Linha 24) C. “Num tempo em que deixamos de educar osfilhos [...] numa clara alusão a que o professor também deve educar.” (Linhas 32-34) D. “Um vírus vem nos lembrar que [...], tal como os homens do ano 500 a.C., [...] temos o mesmo corpo frágil, que dói, adoece e morre.” (Linhas 36-39) 62. No texto II, a expressão “em tom polido” (l.15) foi empregada: A. com ironia. B. de maneira esnobe. C. com ar de superioridade. D. de um modo cortês. Texto II 1____Como prefeito, Graciliano conseguiu aprovar em agosto de 1928 o primeiro Código de Postura Municipal, cuja rigidez lhe rendeu muita dor de cabeça. Tinha 82 artigos, ao todo. “Era um pau com formiga”, descreve o biógrafo Ivan Barros. Entre as medidas, o código previa fechar comércios que funcionavam sem licença da pre- 5 feitura, multar vendedores que cobravam a mais por comida em tempos de carestia e até punir quem deixasse animais soltos na rua. Contumaz transgressor das novas leis, Sebastião Ramos, pai de Graciliano, travou com o filho desavenças que se tornaram célebres. Em um dos episódios mais famosos, um morador de Palmeira, em petição de miséria, pés descalços e chapéu de palha na mão, viera ao gabinete lhe denunciar um abuso. Pela segunda 10 vez, o gado do vizinho invadira e destruíra sua plantação de mandioca: prejuízo de dois contos de réis. E, na primeira, não disse nada. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 54 PORTUGUÊS - APROVA ACP Até que ponto o piloto automático de um avião é automático? De acordo com Jorge Henrique Bidinotto, professor de engenharia aeronáutica na USP de São Carlos, o piloto automático não decide nada – apenas segue instruções. Se o piloto humano ordenar que o avião suba para 30 mil pés, por exemplo, o computador se encarrega de mudar a altitude, mantendo as outras variáveis constantes. Quando há turbulência, o piloto automático desliga por conta própria. Se o comandante não considerar prudente lidar com o tempo ruim no modo manual, ele pode dar ao avião instruções para que ele desvie das nuvens. De novo: o avião até topa ___________ o comando, mas vai só obedecer, sem decidir. Além de não gostar de ventanias e temporais, o piloto automático também é desligado por ____________ quando o humano comete um erro ao operá-lo. Decolagem e pouso também são delicados: a primeira é inteiramente responsabilidade do piloto humano. Já no pouso, o automático leva o avião até muito ___________ da pista, mas o controle volta para o manual imediatamente antes de o avião tocar o chão. É bom lembrar que o piloto automático é apenas um dos muitos sistemas que ajudam a guiar o avião. Ele faz parte do controle automático, que inclui também softwares estabilizadores e um sistema que “filtra” as ações do piloto, tornando-as mais suaves. (Fonte: Abril - adaptado.) 1 ____ Em O processo, a antevisão do inferno em que se transformaria a burocracia moderna, das culpas imputadas, da tortura anônima e da morte que caracterizam os regimes totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento 5 (literal) de que K. tornou-se um ícone do homicídio político. A colônia penal de Kafka transformou-se em realidade pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos vermes, de sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas premonições, com 63. Em relação ao texto, analisar os itens abaixo: I. O piloto automático nunca desliga por conta própria, nem quando há turbulência. II. A decolagem é inteiramente responsabilidade do piloto humano. III. O piloto automático tem autonomia para decidir, pois não segue instruções. Está(ão) CORRETO(S): A. Somente o item I. B. Somente o item II. C. Somente os itens I e III. D. Somente os itens II e III. 64. No Texto I, o vocábulo “aquiescência”, em “Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência.”, tem o mesmo sentido de: A. negação. B. discrepância. C. consentimento. D. censura. 10 pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorres- 15 sem? Seria possível que uma profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em termos 20 espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às suas emo- ções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime perpetrado contra ele. Coexistem, em todos 25 os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti. Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a 30 liberdade concedida ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo? George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (adaptado). A mulher ramada 1____Verde claro, verde escuro, canteiro de flores, arbusto entalhado, e de novo verde claro, verde escuro, imenso lençol do gramado; lá longe o palácio. Assim o jardineiro via o mundo, toda vez que levantava a cabeça do trabalho. E via carruagens chegando, silhuetas de damas arrastando os mantos nas aléias, cavaleiros partindo para a caça. Mas a ele, Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 55 PORTUGUÊS - APROVA ACP no canto mais afastado do jardim, que a seus cuidados cabia, ninguém via. Plantando, podando, cuidando do chão, 5 confundia-se quase com suas plantas, mimetizava-se com as estações. E se às vezes, distraído, murmurava sozinho alguma coisa, sua voz não se entrelaçava à música distante que vinha dos salões, mas se deixava ficar por entre as folhas, sem que ninguém a viesse colher. Já se fazia grande e frondosa a primeira árvore que havia plantado naquele jardim, quando uma dor de solidão começou a enraizar-se no seu peito. E passados dias, e passados meses, só não passando a dor, disse o jardineiro a si mesmo que já era tempo de ter uma companheira. 10___No dia seguinte, trazidas num saco duas belas mudas, o homem escolheu o lugar, ajoelhou-se, cavou cuidadoso a primeira cova, mediu um palmo, cavou a segunda, e com gestos sábios de amor enterrou as raízes. Ao redor afundou um pouco a terra, para que a água de chuva e rega mantivesse sempre molhados os pés de rosa. Foi preciso esperar. Mas ele, que há tanto esperava, não tinha pressa. E quando os primeiros, tênues, galhos despontaram, carinhosamente os podou, dispondo-se a esperar novamente, até que outra brotação se fizesse mais forte. 15___Durante meses trabalhou conduzindo os ramos de forma a preencher o desenho que só ele sabia, podando os espigões tei- mosos que escapavam à harmonia exigida. E aos poucos, entre suas mãos, o arbusto foi tomando feitio, fazendo surgir dos pés plantados no gramado duas lindas pernas, depois o ventre, os seios, os gentis braços da mulher que seria sua. Por último, cuidado maior, a cabeça, levemente inclinada para o lado. O jardineiro ainda deu os últimos retoques com a ponta da tesoura. Ajeitou o cabelo, arredondou a curva de um joelho. Depois, 20 afastando-se para olhar, murmurou encantado: – Bom-dia, Rosamulher. Agora, levantando a cabeça do trabalho, não procurava mais a distância. Voltava-se para ela, sorria, contava o longo silêncio da sua vida. E quando o vento batia no jardim, agitando os braços verdes, movendo a cintura, ele todo sesentia vergar de amor, como se o vento o agitasse por dentro. 25___Acabou o verão, fez-se inverno. A neve envolveu com seu mármore a mulher ramada. Sem plantas para cuidar, agora que todas descansavam, ainda assim o jardineiro ia todos os dias visitá-la. Viu a neve fazer-se gelo. Viu o gelo desfazer-se em gotas. E, um dia em que o sol parecia mais morno do que de costume, viu de repente, na ponta dos dedos engalhados, surgir a primeira brotação da primavera. Em pouco, o jardim vestiu o cetim das folhas novas. Em cada tronco, em cada haste, em cada pedúnculo, a seiva empurrou para fora pétalas e pistilos. E mesmo no escuro da terra os bulbos acordaram, espreguiçando-se em pequenas 30 pontas verdes. Mas, enquanto todos os arbustos se enfeitavam de flores, nem uma só gota de vermelho brilhava no corpo da roseira. Nua, obedecia ao esforço do seu jardineiro que, temendo viesse a floração romper tanta beleza, cortava rentes todos os botões. De tanto contrariar a primavera, adoeceu porém o jardineiro. E, ardendo de amor e febre na cama, inutilmente chamou por sua amada. Muitos dias se passaram antes que pudesse voltar ao jardim. Quando afinal conseguiu se levantar para procurá- la, percebeu 35 de longe a marca da sua ausência. Embaralhando-se aos cabelos, desfazendo a curva da testa, uma rosa embabadava suas péta- las entre os olhos da mulher. E já outra no seio despontava. Parado diante dela, ele olhava e olhava. Perdida estava a perfeição do rosto, perdida a expressão do olhar. Mas do seu amor nada se perdia. Florida, pareceu-lhe ainda mais linda. Nunca Rosamulher fora tão rosa. E seu coração de jardineiro soube que nunca mais teria coragem de podá-la. Nem mesmo para mantê-la presa em seu desenho. 40___Então docemente a abraçou descansando a cabeça no seu ombro. E esperou. E sentindo sua espera a mulher-rosa começou a brotar, lançando galhos, abrindo folhas, envolvendo-o em botões, casulo de flores e perfumes. Ao longe, raras damas surpreen- deram-se com o súbito esplendor da roseira. Um cavaleiro reteve seu cavalo. Por um instante pararam, atraídos. Depois voltaram a cabeça e a atenção, retomando seus caminhos. Sem perceber debaixo das flores o estreito abraço dos amantes. Fonte: COLASANTI, Marina. A mulher ramada. In: Marina Colasanti. Um espinho de marfim e outras histórias. L & PM POCKET, 1999. 65. Assinale a alternativa em que Marina Colasanti não atribui aspectos de uma mulher à árvore. A. “E aos poucos, entre suas mãos, o arbusto foi tomando feitio, fazendo surgir dos pés plantados no gramado duas lindas pernas, depois o ventre, os seios, os gentis braços da mulher que seria sua.” (l.16-17) B. “E quando o vento batia no jardim, agitando os braços verdes, movendo a cintura, ele todo se sentia vergar de amor, como se o vento o agitasse por dentro.” (l.23-24) Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 56 PORTUGUÊS - APROVA ACP C. “Embaralhando-se aos cabelos, desfazendo a curva da testa, uma rosa embabadava suas pétalas entre os olhos da mulher.” (l.35-36) D. “Ao longe, raras damas surpreenderam-se com o súbito esplendor da roseira.” (l.41-42) ( ) É uma estrutura abastadamente fechada, vedada a transgressões sob pena de perder inteligibilidade e comunicação. ( ) É um recurso insuficientemente aberto que permite dizer tudo. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. A. V • V • F • V • F B. V • F • V • F • V C. V • F • F • F • V D. F • V • F • V • V 68. Em automutilação (linha 8), grafou-se corretamente o vocábulo com a união ao prefixo “auto-”. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha acontecido. A. autorregulatório B. auto-ônibus C. auto-escola D. auto-higienizável Texto I Os caminhões chegaram às sete e meia e todas as famílias que restavam na favela havia muito tempo já estavam de pé. Era difícil continuar na cama. Desde os bons tempos, as mulheres levantavam bem cedo para a lavagem das roupas, para o apanho da água, para o preparo das pobres marmitas. Os homens também. Uns saíam para o trabalho. Outros, em busca do primeiro gole de cachaça no balcão do armazém de sô Ladislau, [...]. As crianças maiores acordavam cedo também, trazendo nos olhos e no estômago a desesperada expectativa. Será que hoje tem pão? Os menores, os nenéns brigando com a vida, dando socos no ar exigindo o peito da mãe ou a mamadeira completada com mais água sempre. (Conceição Evaristo, Becos da Memória, p.168) No texto literário, a expressividade no emprego da linguagem é uma importante ferramenta na construção de sentido. Na passagem “As crianças maiores acordavam cedo também, trazendo nos olhos e no estômago a desesperada expectativa”, considerando-se o contexto, realça-se: A. a responsabilidade das crianças. B. caracterização da fome. C. a passagem do tempo. D. o desejo de transformação. 67. Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) partindo da concepção de língua escrita como sistema formal. ( ) Possui regras, convenções e normas de funcionamento. ( ) É legitimada pela possibilidade de uso efetivo nas mais diversas situações de funcionamento. ( ) Não tem legitimação de uso efetivo para diferentes fins. Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo QUESTIONANDO O CRESCIMENTO ECONÔMICO - Marcus Eduardo de Oliveira Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 57 PORTUGUÊS - APROVA ACP de que a riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande. Assim, o consumo que, nas palavras de F. Hirsch (1931- 1978), “representa o verdadeiro sujeito e objeto do crescimento econômico”, ampara tal “necessidade” de crescimento. Essa “necessidade”, por sua vez, é justificada pelo encontro do crescimento demográfico com o progresso econômico, posto esse último cada vez mais a serviço do aumento da produção material. Pautado no interesse de fazer com que a sociedade alcance melhorias substanciais no padrão de vida das pessoas, o crescimento econômico, por ser uma espécie de “marca” que simboliza esse “progresso”, tornou-se obsessão maior das políticas governamentais pós Revolução Industrial, e, enquanto a economia mundial (atividade produtiva global) “coube” dentro do meio ambiente, tal obsessão jamais foi questionada. A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a economia global estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro” do capitalismo que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973. A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico. Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de sobrevivência para o sistema ora dominante. [...] (Adaptado de: Revista Cidadania & Meio Ambiente. Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/wp- content/uploads/2016/05/rcman58.pdf) em “impenitente”) e “i” (como em “ilegal”). C. No texto,os termos “gritante” (quarto parágrafo) e “dominante” (sexto parágrafo) possuem significados similares a “que grita” e “que domina”, respectivamente. D. O termo “adequadamente” é formado a partir de um processo de composição, em que as palavras “adequada” e “mente” são justapostas. 70. Dentre os substantivos compostos a seguir, indique o único cuja flexão para o plural é feita da mesma forma que em ―cabeças-duras (linha 07): A. Beija-flor B. Guarda-roupa C. Cachorro-quente D. Alto-falante 71. Em todas as opções abaixo, o termo sublinhado foi substituído por um outro, formado com a ajuda de um afixo (prefixo ou sufixo); a opção em que a substituição está INADEQUADA, é: A. No primeiro dia das férias, vou fazer uma análise de mim mesmo / autoanálise; B. A vacina aplicada há pouco tempo deve trazer benefícios aos contaminados / recém-aplicada; C. Monteiro Lobato está sendo lido de novo / renovado; D. O ex-presidente da empresa tinha uma riqueza dificilmente imaginada / inimaginável; 72. Analise as afirmativas a seguir: I. Quando estão juntos a um radical, os afixos formam uma palavra. Um exemplo pode ser visto ao compararmos os termos “pedra”, que é uma palavra primitiva, e “pedreira”, que é uma palavra derivada, na qual foi acrescentado o sufixo - eira. II. A derivação prefixal ocorre com a inclusão de prefixo à palavra primitiva. Alguns exemplos desse tipo de derivação incluem as palavras “infeliz”, “antebraço” e “refazer”. Marque a alternativa CORRETA: A. As duas afirmativas são verdadeiras B. A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. C. A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. D. As duas afirmativas são falsas. 69. Sobre o processo de formação de vocábulos e seus significados no texto, assinale a alternativa correta. A. O vocábulo “neoclássico” é formado a partir de um processo de derivação prefixal, sendo “neo” o prefixo e “clássico” o radical. B. O termo “insatisfação” é formado a partir de um processo de derivação prefixal, em que “in” possui sentido similar aos prefixos “im” (como Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 58 PORTUGUÊS - APROVA ACP 73. “Comprei uma casa em Lagoa Santa”. Nesta frase, o sujeito é do tipo: A. Simples B. Indeterminado C. Oculto D. Inexistente 74. Analise: “Cidades de médio porte, que começam a investir na atração de empresas de tecnologia, se saíram melhor” e assinale a alternativa correta. A. “Médio porte” é adjunto adverbial. B. O núcleo do sujeito é “cidades”. C. “Se” é pronome reflexivo de “empresas”. D. “Tecnologia” é núcleo do sujeito. 75. Assinale a alternativa que indica corretamente o núcleo do sujeito sublinhado no trecho a seguir: “A quantidade de casos e de pessoas mortas por conta da doença trouxe à tona a importância de se ter uma rede de saúde bem preparada”. A. Quantidade B. Pessoas C. Mortas D. Doenças 76. Assinale a alternativa que apresente a função sintática dos termos em destaque no período: O sargento explicou que a trilha, apesar de poder ser utilizada, é pouco movimentada e "difícil de andar". A. Objeto Direto. B. Vocativo. C. Predicativo. D. Sujeito. 77. Na frase “Choramos todos os dias para manter a córnea lubrificada”, o sujeito é: A. Simples. B. Composto. C. Inexistente. D. Oculto. 78. Qual a classificação do sujeito da primeira oração do período: "Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados"? A. Simples. B. Oculto. C. Inexistente. D. Composto. E. Indeterminado. 79. Qual a classificação do sujeito da segunda oração do Período: "Esse episódio demonstra a grandeza de Sócrates e porque era tão estimado"? A. Simples. B. Indeterminado. C. Composto. D. Oculto. Sintaxe - sujeito e predicado 80. Com base no texto abaixo, responda à questão. Foi durante a Primeira Guerra Mundial que uma peregrinação silenciosa deu os primeiros passos no interior deste país. A febre cresceu sem avisar, sem ser notada ou compreendida por aqueles que não estavam envolvidos nela. Não terminaria até os anos 1970, e impulsionaria mudanças no norte e no sul que ninguém, nem mesmo os protagonistas da marcha, poderia ter imaginado no início ou sonhado que levaria o tempo de uma vida para terminar. Os historiadores chamariam a isso a Grande Migração. Seria talvez a maior história não contada do século XX... As ações das pessoas deste livro foram ao mesmo tempo universais e claramente americanas. Sua migração foi em resposta a uma estrutura social e econômica pela qual não eram responsáveis. Elas fizeram aquilo que os seres humanos têm feito por séculos quando a vida se torna insustentável – aquilo que os pilgrins fizeram sob a tirania do poder britânico, que os escocesesirlandeses fizeram em Oklahoma quando a terra virou pó, que os irlandeses fizeram quando não havia nada para comer, que os judeus europeus fizeram durante a expansão do nazismo, que o sem-terra na Rússia, Itália, China e tantos outros lugares fizeram quando algo melhor os chamava do outro lado do oceano. O que liga essas histórias é a busca sem possibilidade de retorno, busca relutante ainda assim esperançosa, por algo melhor, em qualquer lugar menos aquele em que estavam. Eles fizeram aquilo que têm feito com frequência, ao longo da história, os seres humanos que procuram a liberdade. Partiram. (WILKERSON, Isabel. O calor de outros sóis. In: PINKER, Steven. Guia de escrita: como conceber um texto com clareza, precisão e elegância. São Paulo: Contexto, 2018.) Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 59 PORTUGUÊS - APROVA ACP O sujeito está elíptico em qual das alternativas abaixo? A. Os historiadores chamariam a isso a Grande Migração. B. Partiram. C. Elas fizeram aquilo que os seres humanos têm feito por séculos. D. A febre cresceu sem avisar. 81. Em conformidade com o texto da questão anterior acima, em qual das alternativas abaixo a afirmação é falsa? A. O pronome Elas, localizado no início do quinto período do segundo parágrafo, possui como referente anafórico pessoas deste livro, que está no terceiro período do segundo parágrafo. B. O pronome aquilo, localizado no início do quinto período do segundo parágrafo, faz remissão ao verbo Partiram, no terceiro parágrafo. C. O sujeito de Não terminaria até os anos 1970 é Primeira Guerra Mundial. D. A palavra febre, localizada no início do segundo parágrafo, faz remissão anafórica a peregrinação silenciosa, no primeiro parágrafo. 82. No texto, encontramos estruturas sintáticas que são formadas por sujeito + verbo de ligação + predicativo do sujeito. Assinale a alternativa que apresenta a oração que contenha essa estrutura descrita. A. Todo mundo comemora o Dia das Mães. B. O presente do Dia das Mães era todo um acontecimento. C. Os romanos herdaram essa tradição. D. A poeta e ativista Julia Ward Howe escreveu a Proclamação do Dia das Mães. A data perdeu sua origem reivindicativa para se tornar um negócio com grande carga sentimental. (David Bernal) Um colar feito com macarrões coloridos, uma moldura enfeitada com pregadores de roupa ou um cinzeiro com migalhas de pão. Quando éramos pequenos fazer o presente do Dia das Mães era todo um acontecimento. O importante não era o valor material, mas o amor e o entusiasmo com que fazíamos na escola. Depois, quando crescemos, puxamos o cartão de crédito, enviamos flores, ligamos com um “amo você” ou – se a distância permite – um almoço com um aperto de mão. Ao contrário do Dia dos Pais ou do Dia dos Namorados, datas um pouco controversas, todo mundo comemora o Dia das Mães. O que poucos sabem é __________ (I- o porquê / o por quê) de ele ser comemorado, já que sobre essa data existem algumas falsas crenças. O primeiro erro que as pessoas cometem é pensar que o planeta inteiro comemora no mesmo dia. Países tão diversos quanto Espanha, Romênia, Lituânia, África do Sul e Hungria comemoram no primeiro domingo de maio. Mas outros, como Estados Unidos,China, Cuba, Nova Zelândia e Brasil, no segundo. Do outro lado estão a Argentina e a Bielorrússia, que só homenageiam as mães em outubro. O segundo mito é a crença de que se trata de uma celebração religiosa. A Igreja comemora em 8 de dezembro, coincidindo com a festa da Imaculada Conceição. E na Espanha, por exemplo, foi assim até que em 1965 __________ (II- houveram / houve) mudança. Os primeiros sinais desta festa são encontrados na Antiguidade. No Egito todos os anos era celebrada a deusa Ísis, mãe de todos os faraós, e na Grécia clássica o mesmo era feito com Rea, mãe dos deuses Júpiter, Netuno e Plutão. Os romanos herdaram essa tradição e na primavera reverenciavam por três dias a deusa Cibele em um festival chamado Hilária. Mas para encontrar sua verdadeira origem, devemos voltar ao século XVII na Inglaterra, __________ (IIIaonde/onde) um evento chamado Domingo das Mães que começou com a oferta de flores das crianças para suas mães na saída da Missa, acabou como um dia de folga no trabalho. Em 1870, nos EUA, a poeta e ativista Julia Ward Howe escreveu a Proclamação do Dia das Mães. “Levantem-se, mulheres de hoje!”, exclamou. Embora a verdadeira mãe dessa festa, como a conhecemos hoje, foi Anna Reeves Jarvis, uma dona de casa que em 12 de maio de 1907 organizou um Dia das Mães para comemorar a morte da sua, ocorrida dois anos antes, e reconhecer seu inestimável trabalho. Mas não só isso: começou uma campanha para que o resto do país também __________ (IV- comemora-se/ comemorasse). E funcionou, pois, em 1914, o presidente Woodrow Wilson definiu a data no segundo domingo de maio. A ideia se espalhou para o resto do mundo. Até hoje. Com esta origem tão difusa e dispersa não é de estranhar que seu caráter reivindicativo tenha se perdido ao longo do caminho para se tornar uma (outra) desculpa para que os comércios vendam. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 60 PORTUGUÊS - APROVA ACP 83. Assinale a alternativa que classifica corretamente o sujeito da oração a seguir: “Dessa forma, o Ministério da Saúde (MS) e as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios desenvolviam fundamentalmente ações de promoção da saúde”. A. Sujeito Simples. B. Sujeito Composto. C. Sujeito Desinencial. D. Sujeito Indeterminado. 84.Assinale a alternativa em que a regência verbal está de acordo com norma culta. A. Mariana prefere mais sorvete de chocolate do que sorvete de morango. B. A reunião visava a apresentação do novo diretor. C. Construir impérios a partir do nada implica inovação e paixão. D. O banco informou os clientes que não haveria redução dos juros do cheque especial. 85. Com base nas normas de regência verbal, assinale a opção correta acerca das seguintes assertivas: I – A assinatura de um termo de ajustamento de conduta implica a aceitação de todas as suas cláusulas. II – O estado o investiu no cargo de professor. III – O povo obedece às leis. A. Apenas os itens I e III estão corretos. B. Apenas os itens I e II estão corretos. C. Apenas os itens II e III estão corretos. D. Os itens I, II e III estão corretos. 86. Passando abruptamente do primitivo solene à crônica jocosa e desta ao distanciamento da paródia, o autor jogou sabiamente com níveis de consciência e de comunicação diversos, justificando plenamente o título de rapsódia, mais do que “romance”, que emprestou à obra. No trecho acima, o crítico e historiador Alfredo Bosi está considerando A. a difícil uniformidade de estilo alcançada no romance modernista Amar, verbo intransitivo. B. um conjunto de fragmentos pré-modernistas constitutivo do livro Memorial de Aires. C. aspectos da prosa experimental e regionalista de Memórias sentimentais de João Miramar. D. o caráter polimórfico que serve ao projeto experimental da prosa de Macunaíma. 87. Em: "Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, OFERECEU ao jovem um emprego de administrador da fazenda", a forma verbal "OFERECEU " é classificada, no contexto em que foi empregada, quanto à sua transitividade (Regência Verbal), como sendo: A. Intransitiva. B. Transitiva direta e indireta. C. Verbo de Ligação. D. Transitiva direta. 88. Em: "Esse episódio DEMONSTRA a grandeza de Sócrates e porque era tão estimado", a forma verbal "DEMONSTRA " é classificada, no contexto em que foi empregada, quanto à sua transitividade (Regência Verbal) como sendo: A. Transitiva direta. B. Transitiva direta e indireta. C. Verbo de Ligação. D. Transitiva indireta. 89. Em relação ao texto 1, percebe-se um desvio de regência. Assinale a alternativa que o indica. A. Não esqueça das seguintes verdades. B. Esperar não significa inércia. C. Renunciar não quer dizer que não ame. D. O tempo ensina, mas não cura. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 61 PORTUGUÊS - APROVA ACP 90. Ao fazer o cotejo da nossa lista de duzentos verbos com esses quatro importantes instrumentos de referência*, ficou claríssimo para nós o que já percebíamos intuitivamente: a regência verbal da modalidade escrita formal do português brasileiro contemporâneo é bastante variável e as condenações da tradição a determinados usos não têm efetiva sustentação nem nos dados, nem nos instrumentos normativos. Há nisso um tremendo paradoxo: os instrumentos normativos são, em geral, mais flexíveis do que o discurso categórico que prevalece no sistema escolar, na mídia, no trabalho de revisores, nas provas de concursos e nos testes de escolaridade. A cultura filológica e linguística – apesar de, algumas vezes, se mover com certa timidez ou ambiguidade – tem claramente se afastado, em boa medida, da prescrição cega da interdição categórica. Até porque o uso da língua desmente qualquer dessas atitudes inflexíveis. * Dicionário de verbos e regimes, de Francisco Fernandes; O problema da regência, de Antenor Nascentes; Dicionário prático de regência verbal, de Celso Pedro Luft; Dicionário gramatical de verbos do português contemporâneo, organizado por Francisco da Silva Borba. VIEIRA, F. E.; FARACO, C. A. Escrever na universidade: gramática da norma e referência. São Paulo: Parábola, 2022. p. 43-44 Assinale a alternativa que apresenta um caso de regência verbal que é condenável a partir de uma interpretação normativa categórica, mas que é corrente no uso da língua, inclusive em contexto de escrita. A. É preciso entender o que é esse tipo de discurso, como ele funciona na prática em nossa sociedade e o que fazer para combater ele. B. Os alemães assistiram o evento pela televisão e rememoraram as atrocidades cometidas pelo regime nazista. C. Coisas como essas poderia ser evitadas, mas ainda hoje é preciso estar atento à onda de discursos de ódio que espalha-se pelo mundo. D. Se instaura o contato com o outro pelo viés do confronto, e disso resulta a aversão à diferença, materializada em práticas discursivas que produzem efeitos de hostilização e ódio. Crase 91. Assinale a alternativa em que está correto o uso da crase. A. À partir daquele momento, tudo começou a fazer sentido. B. Os livros foram entregues à ele. C. Ela havia se referido às crianças da vizinha. D. Tudo terminou dentro do prazo, graças à Deus. 92. O acento grave indicativo de crase empregado no fragmento “Ninguém está à mercê da televisão.” (10º parágrafo) deve ser classificado como: A. Inadequado, de acordo com as regras gramaticais. B. Adequado, pois atende à regra geral de regência verbal diante de palavra feminina que exige artigo. C. Correto, já que atende à regra da locução prepositiva com palavra feminina. D. Adequado, uma vez que seu uso é facultativo no contexto em que se insere. E. Inadequado, na medida em que se trata de uso estilístico. 93. Em “...entregar a funcionária Larissa”, ocorreu um erro em relação ao não uso do sinal indicativo da crase, depois do verbo entregar. Assinale a assertiva em que a crase foi empregada corretamente.A. Tenho alergia à cigarro. B. Sejam bem-vindos à Londres. C. Fizeram uma homenagem à todas as mulheres. D. Pedro cedeu seu assento à senhora idosa que estava em pé. 94. De nota _______ nota, mestre Romão passava horas rabiscando o papel ou interrogando o cravo, dedicava- se _______ música, mas não conseguia chegar _______ um resultado satisfatório. Por isso, passou _______ viver _______ escondidas, com vergonha da vizinhança. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 62 PORTUGUÊS - APROVA ACP Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com: A. a ... a ... à ... a ... à B. à ... a ... a ... à ... as C. a ... à ... a ... à ... as D. a ... à ... a ... a ... às 95. Considerando o emprego do acento indicativo de crase, analise as assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) Na linha 06, a ocorrência da crase se justifica pela regência nominal de “relacionados” e pela presença do artigo definido feminino singular. ( ) Caso passássemos o substantivo “realidade” (l. 06) para o plural, tomado em sentido genérico, teríamos “relacionados a suas realidades”. ( ) Caso a situação anterior fosse tomada em sentido específico, com a ocorrência do artigo definido feminino plural, não haveria a ocorrência de crase. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: A. V – V – V. B. V – V – F. C. V – F – V. D. F – F – V. 96. Assinale a alternativa em que há uso INCORRETO da crase: A. A sua prova é igual à do Renato. B. Tudo que foi dito se refere àquela situação que não resolvemos. C. Eu saí às 15h sem ter hora para voltar. D. Estive esperando por ele desde às 9h da manhã. 97. Em “essas obras ajudam a desconstruir” (2º§), não há a ocorrência de crase, motivo pelo qual não foi empregado o acento grave. Dentre as alternativas abaixo, assinale a única em que esse acento deveria ocorrer. A. Todo esse apoio faz jus a uma boa recompensa. B. Sua dedicação a escrita sempre foi exemplar. C. Prender-se a ideias antigas é muito perigoso. D. Entregaram a você o material para o evento. Texto I [...] Outro elemento por trás da tendência [de buscar terapia] é o entristecimento das pessoas, diz o psicanalista Lucas Liedke, que discute saúde mental na internet. Sua visão é amparada pelo Relatório Mundial da Felicidade, da ONU. Em 2020, o Brasil caiu 12 posições no ranking. Em 2021, o país recuperou duas posições, mas continua distante do melhor patamar, registrado em 2013, quando ocupava a 24ª posição. "Além de retratar a sociedade, essas obras ajudam a desconstruir a ideia da terapia como algo elitista, que em parte é verdade, mas em parte não só é mentira como é até preconceito, porque muita gente pensa que terapia é só para quem está sofrendo muito ou para quem tem muito dinheiro e tempo", diz Liedke. Crítico a quem se preocupa com a saúde mental sem refletir sobre a precarização da vida, o psicanalista salienta que "a terapia não vai resolver os problemas do mundo, como a pobreza, o racismo, o machismo, mas pode ajudar quem sofre disso a enfrentar o problema da melhor maneira". "Se cuidamos do nosso corpo, por que não deveríamos cuidar da cabeça? A gente merece fazer terapia." (Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/03/psicologos-e- suassessoes-de-terapia-lotam-de-um-lugar-ao-sol-a-livros-e- ostreaming.shtml. Acesso em: 15/04/2022) (...) Passava a esponja na parede com movimentos amplos, espalhava de propósito a mancha vermelha, e compreendi que naquela casa eu não teria mais ambiente. Meus pertences couberam numa mala de mão, ______ estrelas no céu, andei em direção ao centro da cidade. Mas bem antes do centro encontrei um hotel de aparência modesta, o nome Zakariás em letras de ferro sobre a porta. Toquei a sineta no balcão, e uma tabela de preços indicava ______ diária de quatro mil forintes por um quarto de solteiro. Calculei que poderia me alojar ali por mais de um mês, pois Kocsis Ferenc ______ insistido em remunerar meu serviço, um cala-boca de duzentos mil forintes. Já ia tocar a sineta de novo quando apareceu um velhinho ajeitando os suspensórios. Pedi ______ chaves ______ moça da recepção que vasculhou uma gaveta, falou yes e disse que eu era aguardado desde a quarta-feira (...) (Adaptado. BUARQUE, Chico. Budapeste. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.) 98. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, na ordem em que aparecem no texto. A. haviam – há – havia – as – à. B. haviam – a – havia – às – a. C. havia – a – havia – as – à. D. há – a – havia – as – à. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 63 PORTUGUÊS - APROVA ACP 99. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, na ordem em que aparecem no texto. A. à luz – imergia – aptidão – À medida – perca. B. a luz – emergia – apitidão – À medida – perda. C. a luz – emergia – aptidão – À medida – perca. D. à luz – emergia – aptidão – À medida – perda. O texto a seguir é referência para a questão. Tecnologia está transformando a saúde, agora precisamos usar com sabedoria ____ pandemia foi, sem sombra de dúvidas, uma catalisadora da transformação digital na saúde. [...] a alta demanda por atendimento médico, combinada ____ necessidade de garantir o distanciamento social, impulsionou a adoção de soluções digitais para garantir ____ continuidade das políticas de saúde. Com isso, e muito rapidamente, serviços de saúde e, principalmente, os pacientes aderiram a modelos de atenção à saúde antes inimagináveis. Tomemos como exemplo a telemedicina. Sua regulamentação no Brasil, que até então não avançava na agenda legislativa, deu um salto com a aprovação da Lei 13.989/20 que autoriza o atendimento médico online enquanto durar a pandemia de covid-19. Mas o que era para ser algo transitório parece ter chegado para ficar. Dados da pesquisa "State of Telehealth" indicam que mais de 60% de pacientes planejam seguir utilizando a telemedicina combinada ____ consultas presenciais, e 80% dos prestadores de serviço pretendem continuar a oferta do serviço mesmo depois da pandemia. [...] Não há mais volta; a saúde agora é tech. Inteligência artificial, telemedicina, IoT, realidade aumentada. Esses são apenas alguns dos exemplos de como a tecnologia deve estar cada vez mais presente no atendimento ____ saúde. As possibilidades são infinitas. Os desafios para fazer com que sejam mais acessíveis, também. 100. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, considerando a ordem em que aparecem no texto. A. À – a – à – a – à. B. À – a – à – à – a. C. A – a – à – à – a. D. A – à – a – a – à. Considere o seguinte texto: Queria saber exatamente como eram as “corridas” e aventuras que ele tinha vivido com mulheres dando _______ no carro, gente bêbada chegando em casa errada e namorados rompendo e começando relações. O hospício completo _______ da sua fabulosa _______ para cuidar, interpretar e entender a mente dos outros. Anos depois me lembrei dessa cena quando aceitei fazer uma entrevista com o cabeleireiro da primeira-dama cuja chamada era: “Aqueles que cuidam da cabeça dos outros”. Éramos estranhos um ao outro. Mesmo assim meu momento de vulnerabilidade causada pela exaustão física e pela penúria amorosa foi sendo acolhido pelas palavras. Mesmo sendo ele quem falava, e falava sem parar, eu sentia que estava me escutando. _______ que ia escutando as histórias dele e, é claro, a maneira única como as contava, as energias foram voltando. Exatamente como ele tinha previsto. Talvez isso acontecesse porque eu não estava mais tão focado em mim e na _______ de forças, mas nas palavras. (Dunker, Christian; Thebas, Cláudio. O palhaço e o psicanalista: como escutar os outros pode transformar vidas. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019.) Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20- HP14716724808291 64 BNCC PARA CONCURSO - APROVA ACP 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 65 PORTUGUÊS - APROVA ACP Vendo você gabaritar 01. D - 02.C - 03.D - 4.B - 5.B - 06.B - 7.D - 8.B - 9.B - 10.A 11.A - 12.D - 13.B - 14.C - 15.B - 16.B - 17.B - 18.A - 19.C - 20.C 21.D - 22.B - 23.D - 24.D - 25.D - 26.B - 27.A - 28.A - 29.B - 30.D 31.B - 32.D - 33.C - 34.A - 35.D - 36.C - 37.B - 38.C - 39.C - 40.D 41.D - 42.A - 43.B - 44.D - 45.D - 46.C - 47.A - 48.A - 49.D - 50.C 51.B - 52.D - 53.D - 54.D - 55.D - 56.A - 57.D - 58.A - 59.D - 60.A 61.A - 62.D - 63.B - 64.C - 65.D -66.B - 67.A - 68.C - 69.B - 70.C 71.C - 72.A - 73.C - 74.B - 75.A - 76.D - 77.D - 78.C - 79.D - 80.B 81.C - 82.B - 83.B - 84.C - 85.D - 86.D - 87.B - 88.A - 89.A - 90.B 91.C - 92.C - 93.D - 94.D - 95.B - 96.D - 97.B - 98.C - 99.D - 100.D Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 66 PORTUGUÊS - APROVA ACP Mas o maior legado com certeza é a legião de fãs construída. Pessoas do mundo inteiro se contagiaram com a trama e foi criada até uma data para celebrar a saga: o “Star Wars Day”, anualmente no dia 4 de maio. No Brasil não é diferente, milhares de pessoas amam a obra idealizada por George Lucas e alguns fazem questão de disseminar o conhecimento sobre a saga. Como é o caso do Conselho Jedi do Paraná, um grupo aberto para todo e qualquer fã da franquia. “Nosso objetivo é reunir todos que gostam da saga em eventos e atividades pelo estado a fora. Um dos exemplos é o JediCon, realizado anualmente”, explica um dos membros do grupo, Rodrigo Bordenousky. Ele diz que nesses encontros são feitas palestras, explicações de vídeos do universo da saga, além de venda de itens. “Promovemos ações bastante variadas. Desde arrecadação para ajudar alguma entidade carente, até provas de conhecimento, batalhas com sabres de luz, enfim, quem é fã se diverte”, complementa. O Conselho Jedi do Paraná existe há 15 anos e é composto por centenas de fãs de todos os lugares do estado. DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO Apesar de estar completando quase 40 anos do lançamento do primeiro filme, Star Wars tem admiradores de todas as idades. Um bom exemplo disso é observado na família Klug de Cascavel. Nataniel Klug cresceu sendo influenciado diretamente pelos primos mais velhos na década de 90. Hoje, repassa o conhecimento que adquiriu para o filho Murilo, de 10 anos. “Quando ele começou a entender as coisas, já coloquei os filmes para ele assistir”, brinca, dizendo que o que mais lhe chama a atenção é a história de honra e guerra explorada na saga. Já o pequeno Murilo diz que, apesar da pressão do pai, está aprendendo a gostar cada vez mais da obra. “Adoro as roupas, brinquedos, desenhos e principalmente os sabres”, comenta empolgado. “Igual meu pai, procuro incentivar meus amigos a gostarem também”, diz. fonte: http://arcoplex.com.br/star-wars-e-o-legado-que- atravessageracoes/?lang=060 01. E imaginar o porquê de os executivos da empresa terem investido num enredo como esse [...] O emprego do porquê, como apontada no texto, está corretamente empregado em: A. O Programa Mais Educação entende que a escola deve compartilhar sua responsabilidade pela educação, sem perder seu papel de protagonista, porquê sua ação é necessária e insubstituível, mas não é suficiente para dar conta da tarefa da formação integral. B. O curioso é que elas entraram na escola cheias de esperança, porquê iriam aprender a ler e a escrever, iriam penetrar os insondáveis mistérios daqueles risquinhos que as pessoas transformam em histórias, notícias, rezas, Por que/porque/ porquê/ por quê Star Wars e o legado que atravessa gerações - Por Andre Lucas Mariano dos Santos “Bom, pessoal, a história se passa em uma galáxia fictícia habitada por várias criaturas orgânicas e androides robóticos. O governo está nas mãos do Império Galáctico. Neste cenário, existe a ‘Força’, uma energia onipresente cujo controle dá poderes sobrenaturais como premonição e controle mental. Os Jedis usam a ‘Força’ para o bem, enquanto os Siths, para o mal. A história, em ordem cronológica conta a trajetória da transformação do jovem Anakin em Darth Vader e depois as aventuras de seu filho, Luke Skywalker, contra o Império Galáctico”, explica. “Acho que seria isso, obrigado”. Provavelmente foi mais ou menos dessa forma que o então desconhecido diretor George Lucas apresentou seu ambicioso e estranho projeto para a Fox Studios. E imaginar o porquê de os executivos da empresa terem investido num enredo como esse, principalmente numa época em que a ficção científica estava em baixa, chega a ser bizarro. Pouco antes, George Lucas já havia oferecido essa mesma ideia para inúmeras produtoras e todas as haviam recusado, inclusive as gigantes Universal e Warner Bros. Dizem que, na verdade, a Fox também estava pronta para ‘bater a porta’ na cara do diretor, mas o chefe de recursos criativos da empresa, Alan Ladd Jr., ficou encantado quando ouviu essa mesma história do início do texto, e convenceu a diretoria do estúdio a investir no filme. O INÍCIO A verba disponibilizada foi de 8 milhões de dólares, o que obrigou Lucas a escolher a parte do roteiro que exigisse o menor gasto possível. A produção esbarrou em todos os problemas possíveis: estúdio descontente com o elenco, tempestades de areia na Tunísia, atrasos nas filmagens, calor insuportável, cenários e figurinos que não funcionavam direito. Além disso, também não ajudava o fato de boa parte da equipe achar tudo aquilo que estava sendo rodado totalmente ridículo. Em 25 de maio de 1977, “Star Wars: Episódio IV” era lançado. Desde então, o mundo nunca mais foi o mesmo. O longa-metragem de quase três horas, com aquele roteiro sem ‘pé nem cabeça’, conquistou a maior bilheteria daquele ano: 775,3 milhões de dólares, sendo aclamado pela crítica e pelo público. Lucas então pôde produzir os demais episódios e tornou-se um dos mais respeitados empreendedores do cinema. LEGADO Star Wars é considerado um marco da sétima arte, pois gerou um impacto cultural sem precedentes. Após o lançamento dos primeiros episódios, os efeitos especiais e roteiros mais superficiais obtiveram notoriedade em Hollywood e várias outras obras de ficção científica ganharam destaque. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 67 PORTUGUÊS - APROVA ACP cantorias e tantas outras coisas C. Uma ideia inteira muda, porquê uma palavra mudou de lugar ou porque outra se sentou como uma rainha dentro de uma frase que não a esperava e que lhe obedeceu. D. No caso da alfabetização isso se agrava, o porquê dessa situação se justifica, pois trata-se de uma responsabilidade básica da educação a de que as crianças, que frequentam a escola, aprendam, pelo menos, a ler e a escrever, além, é claro, da construção de outros conhecimentos ligados aos diferentes campos do saber. 2. Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE: O menino sabia o ________ de ter tirado uma nota tão baixa: não havia estudado. A. por quê B. porquê C. porque D. por que 3. Considerando-se o uso dos porquês, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: (1) Por quê (2) Por que (3) Porque (_) _____ você contou isso a ele? (_) Ele sorriu _____ sabia que estava sendo observado. (_) Não menti, _____? A. 2 - 3 - 1. B. 3 - 2 - 1. C. 1 - 3 - 2. D. 2 - 1 - 3. 4. No último parágrafo do texto, temos a utilização do termo "porque". Apesar de não haver dados sobrequais são os erros gramaticais mais comuns, não é exagero supor que o uso dos porquês esteja entre eles. A aplicação dessas palavras deixa margem para muitos equívocos, principalmente pelo número de possibilidades. Nesse sentido, assinale a alternativa em que o uso do "porque" NÃO está de acordo com as normas gramaticais: A. Eu gostaria de saber por que razão você não conseguir chegar cedo. B. Não foi à festa porque teria avaliação na manhã seguinte. C. Você deveria saber porque isso costuma acontecer. D. Aquela estrada por que passamos abriga a melhor lanchonete do bairro. 5. Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE: A aluna não sabia ________ havia sido reprovada. A. por que B. por quê C. porque D. porquê Sócrates e a fofoca Na Grécia antiga, Sócrates era um mestre reconhecido por sua sabedoria. Certo dia, o grande filósofo se encontrou com um conhecido que lhe disse: - Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos? - Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria de que você passasse por um pequeno teste. Chama-se "Teste dos 3 filtros". - Três filtros? - Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar o que vais me dizer. O primeiro filtro é o da Verdade. Estás completamente seguro de que o que me vai dizer é verdade? - Bem... Acabo de saber... - Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me contar? Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno? - Não, pelo contrário. - Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de ruim sobre ele, que não sabes se é verdade! Ora veja! Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, que é o da Utilidade. O que queres me contar vai ser útil para mim? - Acho que não muito. - Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, não ser bom e pode não ser útil, então para que contar? Esse episódio demonstra a grandeza de Sócrates e porque era tão estimado. https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohisto rias.html Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 68 PORTUGUÊS - APROVA ACP 6. Existem critérios semânticos e sintáticos que determinam o uso dos porquês em língua portuguesa. O trecho "Bonito é a gente continuar sendo gente em quaisquer situações, PORQUE isso é o que importa" está de acordo com as normas ortográficas assim como a alternativa: A. Qual é o por que de tantas situações embaraçosas? B. Precisaria saber porque meu celular não despertou. C. As estradas porque passamos foram asfaltadas. D. Será que o meu cheque me demitiu porque eu não cumpri a meta desse mês? 7. Em "Não entendendo POR QUAL MOTIVO sofriam tanto, o rabino prestou mais atenção ao local...", a expressão "por qual motivo" pode ser reescrita corretamente, mantendo o mesmo sentido da seguinte forma: A. Porquê. B. Porque. C. Por quê. D. Por que. 8. Considerando-se o uso dos porquês, assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE: - Você trouxe seu antialérgico? - Não, ___________? - __________ há muitos insetos aqui e sua pele já está avermelhada. - Tinha deixado meu antialérgico junto com os demais remédios, mas procurei hoje cedo e não encontrei; alguém tirou dali. Não entendo o _________ . A. porque | por que | por quê B. por quê | porque | por que C. por quê | porque | porquê D. porque | por quê | porque 9. A frase em que a grafia da palavra sublinhada está correta é: A. O motivo porque as pessoas culpam os outros é que é mais fácil do que assumir seus próprios erros; B. Eu sei que o amor é indispensável, mas não sei por quê; C. Porque o país não conseguiu superar as dificuldades da pandemia? D. Os jornais não informam mais porquê nem tudo é sabido; 10. A tira brinca com um problema linguístico: o uso dos porquês. Assinale a alternativa que está correta com relação a este uso. A. Não há erro no uso dos porquês do primeiro quadro. B. No segundo quadrinho o uso dos porquês está correto. C. No último quadro apenas um dos porquês está errado. D. A expressão “Agora sim!” do último quadrinho demonstra que só neste quadro o uso dos porquês está correto. 11. Encontre a opção em que o emprego do termo omitido se dá pelos mesmos motivos do termo destacado em “Por isso, antes de ir a campo, conheça as principais frases e termos e entenda por que você deve fugir deles.” A. ________ devo te contratar? B. Acredito que muita gente vai a entrevistas com respostas já prontas, projetos realizados e sabe o ________ das mudanças. C. O autoconhecimento é um dos pontos mais relevantes, _______ influencia diretamente em como a pessoa conta a sua história. D. Me comparo ao leão _______ tenho um espírito de liderança, estando sempre a frente de projetos tanto na minha vida acadêmica quanto na minha carreira profissional. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 69 PORTUGUÊS - APROVA ACP 12. Para estar de acordo com a norma-padrão o excerto deverá ser completado com o exposto em: Marte tem pouco mais de um terço da gravidade terrestre, então é provável que você consiga usar a caneta no início. Logo, porém, ela começaria a falhar. ___________________ esse nem é o principal problema. Sabe aquele furinho presente na lateral da caneta? Pois é. Ele permite que o ar entre no tubo e ________________ que se forme um vácuo à medida que a tinta sai. Sem________________________, a caneta começaria a vazar. Isso só acontece ________________________ a pressão atmosférica da Terra é grande o suficiente para fazer o ar _________________________ o tubo. Em Marte, a pressão do ar é quase 170 vezes menor do que na Terra. Mesmo que __________________ possível escrever com a caneta normal, ela causaria uma bela lambança. Fonte: https://super.abril.com.br/blog/oraculo/uma- caneta-esferografica-funcionaria-em-marte/ A. mas – evita – ele – porque – preencher – fosse B. mais – evita – ela – porque – preencher – fosse C. mas – evite – ele – por que – prencher – fosse D. mais – evita – ele- por que – preencher – seria 13. Assinale a alternativa que NÃO está correta quanto ao emprego de certas palavras ou expressões, as quais estão destacadas: A. O mundo só se conscientizou da importância do meio ambiente há cerca de cinquenta anos. B. É difícil para mim entender o mundo moderno, todo automatizado, com pessoas que não indagam o porquê das coisas. C. Afinal chegou a minha nomeação, momento por que tanto esperei. D. Não como carne de gado nem tão pouco carne de porco, mas apenas as chamadas carnes brancas. 14. Marque a alternativa que apresenta o uso correto do “porquê” A. Está explicado o por quê querem cortar a aposentadoria! B. Está explicado porque querem cortar a aposentadoria! C. Querem cortar a aposentadoria, por que? D. Está explicado por que querem cortar a aposentadoria! Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 70 PORTUGUÊS - APROVA ACP Vendo você gabaritar 01.D - 02.B - 03.A - 04.C - 05.A - 06.D - 07.D - 08.C - 09.B - 10.D 11.A - 12.A - 13.D - 14.D Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 @aprova.acp aprovaconcursoacp@gmail.com www.acpaprova.com.br CARREIRAS EDUCACIONAIS APROVA ACP Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291sejam gerados e mais impostos sejam pagos - essa é a ideia. Se o Estado é incapaz de fornecer a educação que ensine a pescar, cabe a ele usar sua arrecadação para sanar os problemas. Quanto mais as famílias abrem mão de poupar para o futuro e praticam o assistencialismo, mais dependerão do governo para custear seu futuro. É um círculo perigosamente vicioso. Quando me pedem para prestar um serviço sem fins lucrativos, subentendo que querem que eu trabalhe sem remuneração. Não faz sentido. Tenho fins lucrativos, com orgulho. Se meu trabalho cria valor, paguem o que ele vale. Quem não tem fins lucrativos é a instituição que contrata o serviço, não quem o presta. Não ter fins lucrativos não deve credenciar ninguém a ser incompetente na captação de recursos. Prestar serviços para uma empresa sem fins lucrativos não deve ser uma caridade forçada. Lucrar, ou produzir resultados excedentes, é essencial para o crescimento de qualquer atividade. Devemos esperar das instituições competência técnica e gerencial para levantar fundos, administrar custos e pagar suas atividades sem corroer a capacidade produtiva da sociedade. Elas deveriam gerar resultados e reinvesti-los para que o atendimento a sua causa possa crescer. É tempo de lutar por mais profissionalismo nas causas sociais. Gustavo Cerbasi, Publicado originalmente na Revista Época em 13/04/2013 disponível no site [maisdinheiro.com.br], consultado em 12/8/2013 Podemos afirmar que há um vocábulo que teve sua grafia alterada, tendo por base as modifi- cações introduzidas pela Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa firmada em 1990 - oficializada no Brasil em 2008 com o período de transição ampliado até 31 de dezembro de 2015 cm qual alternativa? A. “mais empregos sejam gerados e mais impostos sejam pagos - essa é a ideia” . B. “É um círculo perigosamente vicioso” . C. “Se meu trabalho cria valor, paguem o que ele vale” D. “não deve credenciar ninguem a ser incompetente na captação de recursos". 10. De acordo com o texto da questão anterior. Sobre o vocábulo distribuído, afirmou-se que: I. uma das justificativas plausíveis para sua acentuação é o fato de ser uma proparo xítona aparente. II. também pode ser explicada sua acentuação por se tratar de paroxítona terminada com a vogal “ o” . III. é acentuado de acordo com a mesma norma gramatical do termo destacado em - “ assim como esperam que famílias sem dificuldades financeiras". Está correto o que se afirmou em: Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 06 PORTUGUÊS - APROVA ACP A. I, apenas. B. I e II, apenas. C. II e III, apenas D. nenhuma das proposições 11. Observe as sentenças a seguir. I. Seu desejo de ter um corpo perfeito tornou-se uma obsessão - abusava de regimes malucos e passava horas na academia. II. Revelou-se um cantor medíocre, porém, pretencioso - acreditava que sua voz era a mais bela da cidade. III. Com excessão de Antônio, que justificou sua ausência por motivos de saúde, todos os condôminos estavam presentes à assembléia. Tendo por base o padrão culto da língua portu guesa é possível afirmar que não ocorreram erros de ortografia na(s) sentença(s) representada(s) em: A. I, apenas. B. I e II, apenas. C. II e III, apenas. D. I, II e III. 12. A palavra que recebe acento gráfico pelo mesmo motivo verificado no vocábulo "nivel” é: A. ( ) trágicas B. ( ) políticas. C. ( ) frágil D. ( ) subsídios O mercado de barcos de luxo chega com atraso ao debate sobre o desenvolvimento de uma indústria sustentável, assunto antigo no setor automotivo. O segmento náutico começa a fazer pesquisas e testes para viabilizar tecnologias de motor híbrido para os iates, reduzindo a poluição. A evolução é lenta porque as embarcações demandam motores mais potentes e baterias com maior capacidade de armazenamento de energia, de acoldo com executivos. Extraído do jornal "Folha de São Paulo", edição de 19/1/2020. Leia os trechos a seguir. I. "O mercado de barcos de luxo chega com atraso ao debate". ll. "pesquisas e testes para viabilizar tecnologias". Os elementos sublinhados, no contexto em que estão inseridos denotam, respectivamente; A. l - modo; ll - finalidade. B. l - instrumento; ll - direção. C. l - causa; ll - explicação. D. I - finalidade; ll- consequência. 14. àquela que se arrisca a ser bem mais prejudicial para o futuro da democracia: (linhas 2-3) Uma palavra com mesma classificação gramatical que a palavra “mais” , na frase acima, está destacada em: A. dependemos todos de pessoas que nunca vimos, (linha 24) B. a ignorância é quase infalivelmente uma garantia de maus procedimentos, (linhas 30- 31) C. O indivíduo necessita certamente de bastante conhecimento factual (linhas 31- 32) D. os desejos e os muitos sentimentos que ele pode sentir, (linha 55) MORFOLOGIA E HÍFEN Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 07 PORTUGUÊS - APROVA ACP 15. (...) como esse poder delegado está sendo exercido, (l. 12-13) A palavra destacada é classificada gramaticalmente como: A. adjetivo B. advérbio C. conjunção D. substantivo 16. Uma palavra classificada como adjetivo está sublinhada em: A. Nem adultos escapam da exigência geral. (l. 5-6) B. uma palavra a carregar a culpa para o lado oposto (l. 21-22) C. os antigos entendiam o limite como autodomínio, (l. 50-51) D. Entre mim e o outro há sempre um espaço imponderável. (l. 60-62) 17. ADEUS, SALSICHAS Feijoada, cachorro quente, presunto, hambúrguer industrializado, salames de todo tipo, linguiça, defumada ou não, sanduíches consagrados - enfim, carnes processadas são alimentos que concorrem para desenvolver câncer no aparelho digestivo, especialmente estômago e intestinos. Até mesmo o churrasco comparece à lista, na medida em que é processado sob fumaça que produz alcatrão. Quem faz a advertência, de maneira estudada e formal, não é uma ONG de vegetarianos ou uma congregação de obcecados pregadores de dietas alternativas. Esta também não é uma daquelas superstições populares amplamente divulgadas no passado - como a de que leite com manga faz mal. . É a Organização Mundial da Saúde que se manifesta agora nesses termos, com todo seu peso institucional. A conclusão foi divulgada oficialmente após estudo elaborado por 22 cientistas que avaliaram 800 trabalhos sobre a relação entre esses alimentos e onze tipos de câncer . Como, apesar das advertências de Bismarck, alemães e austríacos são devoradores contumazes de salsichas; como o americano típico não dispensa fartas porções de bacon e de ovos mexidos com presunto no seu café da manhã; como o espanhol não passa nem uma semana sem se regalar com seu prato de tapas, armado com embutidos de todo tipo. Como o brasileiro é grande entusiasta do churrasco e da feijoada; como no mundo inteiro aumenta o consumo de hambúrgueres e de carnes industrialmente processadas - então podemos estar diante de forte ataque à indústria de carnes e de proteína animal Se as autoridades sanitárias em todo o mundo se sentirem obrigadas a divulgar as mesmas advertências que passaram a fazer ao consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas - na base de “o Ministério da Saúde adverte...” grandes negócios ficarão ameaçados. Imagine o impacto sobre McDonald's, Burger King e todas as indústrias brasileiras cujos produtos estão sendo hoje promovidos por artistas da Globo. A partir dos anos 50, assim que começaram a ser divulgados os primeiros informes sobre os prejuízos à saúde provocados pelo tabaco, as grandes indústrias do setor foram ao contra-ataque. Contrataram especialistas para produzir pesquisas que refutassem as autoridades mundiais do setor e, com isso, conseguiram adiar a decadência. Poderá o mesmo acontecer agora com a indústria de carnes? O estrago nas comunicações pode ser forte, especialmente na área da publicidade, onde apelos ao consumo de alimentos suspeitos começarão a ser questionados. O fato é que está em curso, ampla campanha contra coisas boas da vida, especialmente contra alimentos. Compilado deartigo da autoria de Celso Ming, disponível em http://economia.estadao.com.br/ noticias/geral,adeus-salsichas, 10000000775], publicado e consultado em 28/10/15. “Até mesmo o churrasco comparece à lista, na medida em que é processado sob fumaça que produz alcatrão”. Sobre a locução - na medida em que - é possível afiançar que: A. foi adequadamente utilizada, no contexto em que está inserida, pois empregada com valor causal. B. poderia, sem prejuízo à norma culta da língua, ou mesmo ao contexto, ser substituída pela similar - à medida que. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 08 PORTUGUÊS - APROVA ACP C. é indicativa de proporcionalidade, assim como na frase - Na medida em que chovia, maiores tomavam-se as probabilidades de enchentes nas áreas baixas da cidade. D. na conjuntura utilizada, vai de encontro ao preconizado pela norma culta da língua; mais adequada seria a utilização da locução “á medida em que”. 18. Considerando as orações abaixo. I. “O homem sábio é aquele que não se entristece com as coisas que não tem, mas rejubila com as que tem.” - Epicteto II. “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.” - Sócrates A palavra “sábio” nas orações I e II classificam- se, respectivamente, como: A. adjetivo e substantivo. B. substantivo e adjetivo. C. adjetivo e verbo. D. pronome e adjetivo. 19. Assinale a alternativa que apresenta um advérbio de intensidade. A. “Saí do laboratório sentindo um alívio desconfortável." B. “Tive medo de parecer hipocondríaca." C. “Eles bem sabem o quanto fico feliz em pagar." D. “Tenho a sorte de poder pagar um bom plano de saúde." 20. Observe o seguinte verso de “Águas de Março": “É o mistério profundo, é o queira ou não queira". O verbo “querer" não aparece nesse momento da letra com a função de verbo, mas sim, como uma palavra de outra classe gramatical. Qual é essa classe? A. Adjetivo. B. Substantivo. C. Advérbio. D. Pronome. 21. Observe a seguinte frase escrita pelo autor da notícia: “Algumas camisas foram produzidas com a falha, mas, segundo a empresa, nenhuma chegou às lojas". O que justifica o fato de, nesse caso, o uso da crase ser obrigatório, segundo a norma-padrão da língua portuguesa? A. O verbo “produzir" é transitivo indireto e rege a preposição “a" B. Como se trata de uma “loja" específica para a qual a Adidas vendeu os uniformes, é preciso usar a crase. C. O verbo “chegar" é transitivo direto e exige um complemento que é introduzido pela preposição “a". D. O verbo “chegar" é transitivo indireto e rege uma preposição “a", que introduz o seu complemento verbal “as lojas". 22. I. Por que gostamos tanto de tomar sorvete? II. Ele não tinha feito nada errado nem sofrido um crime. III. Uma frase que li em uma loja na China. IV. Tomar decisões assim é fácil. Ainda com base nas orações apresentadas na questão anterior, as palavras sublinhadas em I, II, III e IV classificam-se, respectivamente, como: A. I. advérbio; II. advérbio; III. artigo indefinido; IV. adjetivo. B. I. advérbio; II. adjetivo; III. artigo indefinido; IV. adjetivo. C. I. adjetivo; II. pronome; III. numeral; IV. prono me. D. I. preposição; II. advérbio; III. numeral; IV. advérbio. 23. “O dicionarista não inventa, não acusa nem elogia, deve ser IMPARCIAL... O adjetivo em destaque refere-se a uma característica que a autora julga essencial ao dicionarista e cujo significado é: A. culto. B. discreto. C. alienado. D. justo. 24. “Evite usar a palavra ‘mas’ - Algumas falas podem tirar a força do seu pedido de desculpas. “Ah! Perdão por ter te magoado, mas...”. Nesse trecho do texto, a palavra mas é uma: Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 09 PORTUGUÊS - APROVA ACP A. Conjunção aditiva B. Conjunção adversativa C. Conjunção alternativa D. Conjunção conformativa 25. Assinale a alternativa que indica o sentido com o qual a locução conjuntiva “não obstante” É EMPREGADA. A. Concessão. B. Causa. C. Consequência. D. Proporção. E. Conformidade. 26. Segundo ele, um exemplo para as ações de atenção à saúde mental é a cidade de Mariana, que mais de seis anos após o rompimento da barragem ainda demanda cuidados com a assistência psicológica da população. (linhas 37 e 38) No período acima, há quantas ocorrências de preposição? A. Seis. B. Nove. C. Sete. D. Oito. 27. NFTs em luxo e arte digital: até onde podem ir? O mercado de arte vive um dos seus momentos mais atípicos, mas também um dos mais esperados e evidentes, onde todo o seu potencial especulativo atendeu plenamente às possibilidades do ecossistema digital. Estamos diante de um ponto de virada ou é apenas mais um grito desesperado do capitalismo? Um dos principais pilares sobre os quais uma obra de arte ainda repousa e é cobiçada é, além de seu valor e importância dentro de seu contexto e discurso, o significado único que ela possui, ou seja, tudo o que pode fazer uma peça diferente das demais. No entanto, ao longo dos anos, esse elemento foi sendo ampliado, reconfigurado e também desfigurado para especular nos mercados sobre o possível valor, ou ausência de, em uma peça, instalação, arte- objeto e, recentemente, arte digital. No ritmo voraz do mercado e das últimas tendências digitais, e mesmo que boa parte da população não conheça bem termos como tokens não fungíveis ou cadeias de blockchain, a tendência NFT se acelerou de forma impensável durante os últimos dois anos, atingindo a arte e os seus mercados. Entre os problemas e especulações cada vez mais frequentes sobre pagamentos justos, royalties e detalhes contratuais, o blockchain é projetado como uma ferramenta poderosa e potencial para desenvolver e eliminar intermediários complicados em diferentes indústrias, incluindo luxo, começando pela resolução de conflitos associados a pagamentos e até mesmo para alcançar um maior envolvimento por parte de criadores, produtores e artistas com seus públicos ou consumidores finais. E, embora nem todas as vozes envolvidas sejam a favor dos NFTs, esse instrumento digital demonstrou um poder além de mais uma moda caprichosa dos grandes empórios do mercado. Os chamados non-fungible-tokens ou NFTs nada mais são do que tokens criados em um Blockchain específico que possuem conteúdo único e irrepetível (vamos imaginar uma fotografia digital que não pode ser compartilhada, replicada, capturada em tela ou algo do tipo). Essa possibilidade pode ser uma obra de arte, um item ou peça colecionável, poderes em um jogo, a escritura de uma casa real ou praticamente qualquer outra coisa que possamos imaginar. Estando hospedados em Blockchains, como as criptomoedas Binance Smart Chain, Bitcoin ou Ethereum, esses tokens não podem ser duplicados ou falsificados, portanto, nossa compra pode ser garantida no que diz respeito ao original. E enquanto o experimento era promissor, curioso e fascinante há dois anos, em julho de 2021 alarmou os analistas financeiros, quando durante um leilão na famosa casa de leilões Christie's, remotamente, sem a já icônica cena de uma sala lotada e o golpe final do martelo, um lote de colagens de imagens digitais intitulado Every Day: The First 5,000 Days, arrecadou US$ 69 milhões, pago em equivalente Etherum. Foi o mesmo autor da peça, Beeple, que descreveu os NFTs como uma potencial bolha especulativa, pois, assim que trocou seus Ethers por dólares, se surpreendeu com a volatilidade: “Não sou nem remotamente um purista de criptomoedas”, assegurou o artista digital. (...) Recentemente, a casa de moda italiana Dolce & Gabbana lançou uma venda NFT muito lucrativa, Collezione Genesi, que arrecadou mais de seis milhões de dólares em um modelo híbrido físico/NFT, Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 10 PORTUGUÊS - APROVA ACP composto por nove peças, unindo o aspecto físico da moda e os aspectos metafísicos da NFTs. O que as partes interessadas “realmente” compram? O item físico e o NFT juntos.(...) Uma das vozes críticas no âmbito e possíveis cenários em torno da arte e dos NFTs tem sido o músico, produtor e criador de música ambiente britânico, Brian Eno , que vislumbra “um mundo inundado de especuladores e dinheiro fácil, porque os governos mundiais, relutantes em fazer verdadeiras mudanças estruturais que colocam em risco o status quo, decidiram que a solução para qualquer problema é imprimir mais dinheiro. Essa é provavelmente a razão pela qual o mercado de ações dispara quando ocorre uma emergência como a covid, porque os especuladores sabem que uma nova emergência significa mais dinheiro e que muito disso acabará em suas mãos. Do primeiro tweet da história, ao meme do gato voador, passando pelas capas icônicas da Time, ou o primeiro álbum do NFT, alguns analistas veem a chegada desse instrumento intangível como o prelúdio da reimaginação do dinheiro, onde os campos semânticos ainda incipientes ao redor o metaverso e as criptomoedas definirão o curso das coisas. (...) Ricardo Pineda Disponível em https://elpais.com/america/sociedad/reinterpretar-el- lujo/2022-03-18/nfts-en-el-lujo-y-el-arte-digital-hasta- donde-puedenllegar.html. Analise nas orações a seguir a função gramatical da partícula “A” e, em seguida, marque o item correto. I. “...começando pela resolução de conflitos associados a pagamentos e até mesmo para alcançar um maior envolvimento por parte de criadores,..” II. “A escritora Cecília Meireles expressou em versos a sua alma, eternizando-a na literatura”. A. Em I, a partícula A desempenha função de artigo definido. B. Em II, a primeira partícula A desempenha função de preposição. C. Em II, a segunda partícula A desempenha função de pronome oblíquo. D. As três partículas A desempenham exatamente a mesma função gramatical. 28. Grafou-se incorretamente a união ao prefixo “auto-” a questão: .A. autorregulatório B. auto-ônibus C. auto-escola D. auto-higienizável 29. Dentre as palavras a seguir, indique a única que, segundo o Novo Acordo Ortográfico, deveria estar grafada com hífen: A. antihigiênico B. autoestima C. posfácio D. ultrassom E. antissocial 30. Levando em consideração as regras atuais do uso do hífen em Língua Portuguesa, assinale a alternativa em que a palavra está INCORRETAMENTE grafada. A. Inter-relação. B. Microorganismo. C. Sobre-humano. D. Superpoder. 31. A nova ortografia recomenda como correta a seguinte palavra: A. anti-reforma. B. contra-argumento. C. para-quedas. D. ultra-secreto; E. cara-a-cara. 32. Marque a opção cuja regra indica a exclusão do hífen. A. Não se usa o hífen quando o prefixo da palavra termina em vogal e o segundo elemento começa por “r” ou “s”, cujas letras são duplicadas. B. Não se usa o hífen quando o prefixo da palavra termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”. C. Quando o prefixo da palavra termina por consoante, não se usa o hífen, se o segundo elemento começar por vogal. D. Quando o prefixo da palavra termina por consoante, usa-se o hífen somente se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 11 PORTUGUÊS - APROVA ACP 33. Nesta quinta-feira, dia 9, ____14h, a Secretaria da Família (Pró-família) faz a doação de mais de 50 produtos, entre bonecas de panos e naninhas (travesseirinhos), ____ integrantes do Clube de Mãe da Hermann Barthel, na Associação de Moradores da Rua Hermann Barthel, no bairro Velha Central. O objetivo é de contemplar as crianças em situação de vulnerabilidade social e que residem na região com os produtos doados. De acordo com a Pró- família, o próprio Clube de Mãe do local fará a entrega ____ população, em um evento programado para ser realizado já no sábado, dia 11, ____ 16h. A confecção das bonecas de pano contou com a participação de idosas assistidas pela Pró-família, incluindo integrantes de Clubes de Mães e voluntárias da comunidade. Além de ajudar quem precisa de atenção, tem como objetivo também de resgatar ____ tradição cultural da confecção de bonecas de pano, que foram feitas totalmente com materiais recicláveis doados por empresas parceiras. [...] Disponível em: https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/fundaca o-pro-familia/ pro-familia/secretaria-da-famailia-faz- doaacaao-de-bonecas-de-pano-ao-clubede-maae-da- hermann-barthel17 Acesso em: 07/dez/2021. [adaptado] A exemplo de Pró-família, assinale a alternativa que contém outro prefixo que sempre exige uso do hífen: A. anti B. ultra C. sub D. pós E. co 34. Analise as afirmativas a seguir: I. Os substantivos, quando possuem uma única palavra, são chamados de simples como ocorre, por exemplo, com as palavras “árvore”, “livro” e “casa”. II. Denominam-se substantivos compostos aqueles que possuem mais de uma palavra ou a junção de dois radicais como, por exemplo, as palavras “peixe- espada”, “aguardente” e “couve-flor”. Marque a alternativa CORRETA: A. As duas afirmativas são verdadeiras. B. A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. C. A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. D. As duas afirmativas são falsas. 35. o hífen está incorretamente empregado em: A. Para enfrentar a pandemia, o contra- ataque mais eficaz é a atitude consciente de governantes e populações. B. É importante abandonar hábitos anti- higiênicos para evitar que o vírus se espalhe e, também, para prevenir o contágio. C. Impor a quarentena apenas para grupos de risco não é indicado em locais com infra- estrutura precária, sem saneamento básico. D. Para superar os desafios impostos pelo coronavírus, esforços conjuntos e colaborativos entre e dentro das nações são bem-vindos. 36. De acordo com as regras normativas pertinentes à Língua Portuguesa do Brasil, observe a explicação dada sobre uma das pontuações utilizadas na representação do discurso. __________ representa uma maior pausa do que a marcada pela vírgula, comumente utilizada. Seu uso ocorre para separar orações coordenadas quanto muito longas. Sua função é a de conceder clareza em uma frase, principalmente a fim de organizar os itens apresentados. Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. A. Ponto e vírgula. B. Ponto final. C. Trema. D. Dois pontos. E. Hífen. Acentuação Gráfica 37. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão acentuadas corretamente. A. heroi, textil, ônibus. B. papeis, convenio, triângulo. C. purê, imã, historico. D. chapéu, próprio, crítico. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 12 PORTUGUÊS - APROVA ACP 38. Quanto às regras de acentuação, assinale a opção correta: A. São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A, E, I, O, U. B. São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em A, E, O seguidas ou não de S. C. São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N, R, PS, X, US, I, IS, UM, UNS, Â, ÂO. D. São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em L, N, R, PS, X, US, I, IS, UM, UNS, Ã, ÃO. 39. “Um dos principais pilares sobre os quais uma obra de arte ainda repousa e é cobiçada é, além de seu valor e importância dentro de seu contexto e discurso, o significado único que ela possui...”. Sobre a acentuação das palavras em negrito, é correto afirmar que I. “Importância” recebe acento por ser paroxítona terminada em ditongo crescente. II. “Além” recebe acento por se tratar de uma paroxítona terminada em “em”. III. “Único” recebe acento pelo mesmo motivo que “inóspito”. IV. “Único” recebe acento pelo mesmo motivo que “álbum”. A. os itens I e II estão corretos. B. os itens II e III estão corretos. C. os itens II e IV estão corretos. D. os itens I e III estão corretos. 40. Analise as proposições a seguir, a respeito da palavra “envelhecem”, e assinale V, se verdadeiras , ou F, se falsas. ( ) Trata-se de verbo conjugado na terceira pessoa do plural no presente do indicativo. ( ) A palavra apresenta 4 sílabas e pode ser considerada oxítona por sua acentuação tônica. ( ) Há a presença de 3 dígrafosna palavra. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: A. V – F – F. B. V – V – F. C. V – F – V. D. F – F – V. E. F – V – F. 41. Considerando a palavra “expectativa”, analise as assertivas a seguir: I. A palavra apresenta um número de fonemas igual ao de letras. II. A palavra pode ser classificada como proparoxítona em relação à acentuação tônica. III. Não há ocorrência de semivogais na palavra. Quais estão corretas? A. Apenas I. B. Apenas II. C. Apenas III. D. Apenas I e II. E. Apenas I e III. 42. Assinale a alternativa que apresenta correta justificativa para o acento gráfico presente no vocábulo “cafeína”. A. Trata-se de palavra paroxítona terminada em -a, por isso deve ser acentuada. B. Acentua-se tal termo, pois é uma palavra que apresenta hiato na sílaba paroxítona. C. O vocábulo é acentuado, porque se trata da vogal “i” tônica, que forma hiato com uma vogal anterior. D. O acento gráfico deve ser empregado nessa palavra, na medida em que atende à regra do acento diferencial. E. Emprega-se tal acento gráfico nesse vocábulo, já que se deve evitar o fenômeno da ambiguidade. 43. O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa alterou a acentuação de algumas palavras. No entanto, “réis” (1º§) conserva o Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 13 PORTUGUÊS - APROVA ACP acento que recebia em função de seu ditongo aberto. Dentre as palavras abaixo, assinale a que apresenta, INDEVIDAMENTE, o acento gráfico. A. herói. B. céu. C. dói. D. véu. E. jibóia. 44. Quanto à acentuação tônica, as palavras: recíproco1, hostil2, distância3 são, respectivamente: A. Paroxítona, paroxítona, proparoxítona. B. Oxítona, paroxítona, proparoxítona. C. Proparoxítona, oxítona, paroxítona. D. Paroxítona, oxítona, proparoxítona. 45. Assinale a alternativa que tem todas as palavras acentuadas corretamente. A. Lâmpada; café; bárbarie; cumplice. B. Larápio; inconfidência; pitú; caída. C. Distúrbio; cajú; cafuné; contêmporaneo. D. Recíproco; barbárie; pélvis; cúmplice. 46. Assinale a alternativa cuja palavra seja proparoxítona: A. vítima. B. além. C. difícil. D. também. E. porém. 47. Assinale a alternativa cuja palavra NÃO seja proparoxítona: A. música. B. características. C. década. D. rótulo. E. infância. 48. Segundo as regras de acentuação gráfica do português, toda proparoxítona deve ser acentuada. Assinale a alternativa que apresenta duas palavras do texto cujo acento gráfico é justificado por essa regra. A. ódio – científica B. artística – interferência C. científica – interferência D. científica – artística E. artística – está 49. Considerando-se a sílaba tônica, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: (1) Oxítona. (2) Paroxítona. (3) Proparoxítona. ( ) Espaço. ( ) Está. ( ) Júpiter. A. 1 - 2 - 3. B. 3 - 2 - 1. C. 2 - 1 - 3. D. 1 - 3 - 2. 50. Por ocasião da vigência do Novo Acordo Ortográfico, algumas palavras perderam o acento agudo, a exemplo de ―ideia‖ (linha 03). Dentre as palavras a seguir, a única em que esta alteração NÃO ocorreu e, portanto, está grafada INCORRETAMENTE é: A. paranoico B. heroi C. asteroide D. assembleia E. joia 51. Assinale a opção que apresente uma palavra acentuada por regra distinta da das demais. A. fósseis (L.21) B. quilômetros (L.23) C. área (L.23) D. triângulo (L.24) Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 14 PORTUGUÊS - APROVA ACP 52. Marque a alternativa com informação CORRETA. A. O acento usado no verbo "têm " é imposto pela regência verbal. B. A expressão: "além da Terra" faz o leitor a pensar no que pode estar bem antes da terra. C. Na expressão: "não se conhece", temos a mesma ideia que: "não fora conhecida". D. O pronome "outro " é indefinido variável em gênero e em número. 53. 'Considerando a época do ano, a previsão é de temperaturas agradáveis também para a região Sul.' Assinale a opção CORRETA quanto às regras de acentuação. A. Os vocábulos 'época, previsão, agradáveis' são substantivos comuns. B. São quatro preposições que fazem as conexões entre as palavras. C. Existem três artigos definidos presentes na frase. D. Os vocábulos 'previsão, temperaturas, agradáveis' são substantivos abstratos. E. O termo 'considerando' é um verbo conjugado no infinitivo pessoal. 54. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, observando os termos sublinhados. 1. Proparoxítona 2. Paroxítona 3. Oxítona ( ) “E que um dos métodos mais importantes para criar...” ( ) “...cair sempre nas mesmas dobras idênticas”. ( ) “...como começa a parecer inevitável...” ( ) “Se você acredita que pode mudar...” ( ) “...e torna-se automática...” Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA. A. 1/1/2/3/1 B. 1/2/2/3/1 C. 2/1/2/3/1 D. 2/2/2/3/1 E. 1/1/3/2/1 55. Assinale a alternativa que apresenta a regra que justifica a acentuação gráfica da palavra SAÚDE em "...desejo-lhe muita SAÚDE". A. São acentuados graficamente todos os paroxítonos com hiatos. B. Acentua-se a letra -U, desde seja a segunda vogal átona de um hiato e esteja sozinha. C. São acentuados graficamente todos os paroxítonos terminados em E. D. Acentua-se a letra -U, desde seja a segunda vogal tônica de um hiato e esteja sozinha. 56. Assinale a alternativa que apresenta a regra que justifica a acentuação da palavra GENÉTICA em "Nascemos todos, certo, com uma enorme bagagem GENÉTICA". A. Todas as proparoxítonas são acentuadas. B. Todas as paroxítonas são acentuadas. C. Acentuam-se as proparoxítonas terminadas em A. D. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em A. 57. Assinale a alternativa cuja palavra seja proparoxítona: A. Saúde. B. Porém. C. Nível. D. Doméstico. E. Pé. 58. No trecho: “Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher?”, fazê-la recebe acento pela mesma regra de acentuação da palavra: A. Grajaú B. ângulo C. infância D. até Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 15 PORTUGUÊS - APROVA ACP 59. Em relação à acentuação, assinalar a alternativa CORRETA: A. Contrapôr. B. Menú. C. Gratuíto. D. Solavânco. E. Jóquei. 60. Assinale a alternativa cujas palavras tenham sido acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação: A. possuía – caí - diária B. atrás – você – tocá-lo C. êxtase – éramos – buscá-lo D. saí – nós - até 61. Com o Acordo Ortográfico, a palavra “asteroide” deixou de levar acento para marcar os ditongos abertos ÉU, ÉI e ÓI. Nesse cenário, assinale a opção que apresente a palavra grafada incorretamente seguindo a nova regra. A. herói B. assembleia C. ideia D. heróico 62. Considerando a palavra “pandemia”, retirada do texto, analise as assertivas a seguir: I. A palavra apresenta o mesmo número de fonemas e de letras. II. Há nela a presença de um ditongo crescente. III. Trata-se de palavra proparoxítona, cuja sílaba tônica é “pan”. Quais estão corretas? A. Apenas I. B. Apenas II. C. Apenas III. D. Apenas I e II. E. Apenas II e III. 63. Analise as afirmativas quanto à acentuação de algumas palavras retiradas do texto: I."Próprio", "família", "voluntárias" e "recicláveis" são paroxítonas acentuadas por terminarem em ditongo, seguido ou não de S. II."Além" e "também" são exemplos de oxítonas acentuadas por terminarem em EM. III."Já" e "fará" são exemplos de monossílabos tônicos acentuados por terminarem em A. Estão CORRETAS: A. Apenas a afirmativa II. B. Todas as afirmativas. C. Apenas as afirmativas I e II. D. Apenas as afirmativas II e III. E. Apenas as afirmativas I e III. 64. O vocábulo "concluída" está corretamente acentuado por pertencer à regra especial dos hiatos. Assinale a alternativa cujas palavras deveriam ser todas acentuadas e pela mesma regra dos hiatos tônicos: A. juiz - raiz - juizes - raizes B. proibição - destruição - reunião - sanduiche C. egoismo - ciume - faisca - ruina D. poetico - boemio - bau - paraiso E. ruim- cafeina - ruido - saida 65. O vocábulo "concluída" está corretamente acentuado por pertencer à regra especial dos hiatos. Assinale a alternativa cujas palavras deveriam ser todas acentuadas e pela mesma regra dos hiatos tônicos: A. proibição - destruição - reunião - sanduiche B. juiz - raiz - juizes - raizes C. poetico - boemio - bau - paraiso D. egoismo - ciume - faisca - ruina 66. Assinale a alternativa na qual o acento gráfico tenha sido suprimido INCORRETAMENTE da palavra sublinhada. A. Eles não leem bem ainda. B. A assembleia não se reuniu. C. Vamos por tudo em pratos limpos. D. A feiura não existe. E. Não houve conciliação entre os polos. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 16 PORTUGUÊS - APROVA ACP 67. A palavra acentuada graficamente pelo mesmo motivo de “incontestável” é: A. aliás B. hipóteses C. possíveis D. mamíferos 68. Diferentes regras de acentuação justificam o acento gráfico nas palavras: A. países e vírus B. histórias e espécie C. eólica e fôssemos D. responsável e caráter 69. Assinale a alternativa que contém palavra que, assim como “três”, também deve ser acentuada. A. Ceu. B. Voz. C. Trem. D. Bela. 70. Assinale a opção CORRETA: A. A palavra "Ômicron" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "on". B. A palavra "critica" está incorretamente grafada. C. A separação silábica de "comissários" é: co- mis-sá-ri-os. D. A sílaba tônica da palavra "trabalhador" é "dor". 71. “para justificar aos olhos do seu povo a existência fácil e opulenta das facções que a têm dirigido” (3º§) O vocábulo destacado é acentuado em função: A. de uma exigência fonética em relação à pronúncia. B. do caráter passivo que assume na oração. C. de uma relação de regência com o termo seguinte. D. a concordância com o sujeito a que se refere. 72. O verbo ter é um dos mais empregados em língua portuguesa, ocupando o espaço de outros verbos; a frase abaixo em que a proposta de substituição desse verbo foi realizada de forma adequada, é: A. Certas pessoas têm dificuldade em sentir a poesia, daí dedicarem-se a ensiná-la / exibem; B. Cada escritor tem os leitores que merece / arrebata; C. Um dos males de nossa literatura é que os nossos sábios têm pouco espírito / mostram; D. Um homem que tem um milhão de dólares sente-se tão bem como se fosse rico / se apodera de; 73. No trecho a seguir, o verbo manter está acentuado. Assinale a opção que justifica o emprego desse acento. Servidores do Banco Central mantêm greve por tempo indeterminado Categoria reivindica reajuste salarial de 27% para repor as perdas inflacionárias nos últimos três anos. (Disponível em: paginanet.com.br. Acesso em: 22/05/2022) A. é uma oxítona terminada em “em” e marca o plural, portanto recebe ainda acento diferencial – o circunflexo. B. é uma paroxítona, sempre fora acentuada. C. é regra do novo acordo ortográfico. dessa forma, todas as palavras monossílabas tônicas serão acentuadas. D. não há razão de ser dessa acentuação, trata- se apenas de um acento diferencial. E. é regra do novo acordo ortográfico, passa-se ao uso de acento diferencial de plural. 74. Considere o seguinte texto: A instalação “Papéis Avulsos”, criação da artista Laura Vinci, é apadrinhada pelo Fleury e faz parte da exposição “Feito por Brasileiros”, que ocupa o antigo hospital entre 9 de setembro e 12 de outubro. […] Com ideia original de 2008, a obra de Laura Vinci vem se transformando até atingir a sintese apresentada ao publico durante Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 17 PORTUGUÊS - APROVA ACP a exposição. Uma das referencias para esse trabalho são as cenas vistas pelo mundo todo nos ataques terroristas de 11 de setembro, em Nova York (EUA), quando uma grande quantidade de papéis e documentos voou das Torres Gemeas. Para a artista, aquele acontecimento foi fundamental para mudar o modelo de pensar a vida nas grandes cidades. Com o amadurecimento da ideia, Laura levou sua obra para o palco do teatro [...]. Agora, a artista os traz para um dos simbolos da imigração italiana na cidade. “Acho que aqui, neste momento atual da cidade, da situação mundial, estamos vivendo uma transformação muito profunda de valores, do ponto de vista social, urbano e da sustentabilidade. Também é dessa tempestade que estou falando. Acho que tem muita coisa dura por vir”, explica. Quantas palavras, nesse trecho, deveriam estar acentuadas, mas não estão? A. Cinco. B. Seis. C. Sete. D. Oito. 75. Leia atentamente: “Refiro-me a esta carta e não aquela que recebi ontem.” Na frase, a falta de um acento gráfico indica um erro de: A. colocação Pronominal B. regência nominal C. concordância verbal D. regência verbal 76. Leia o texto. – Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, é como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras mais enérgicas, não há espetáculo sem espectador. (Machado de Assis – O segredo do bonzo. excerto) Assinale a alternativa em que o verbo colocado entre parênteses deveria ser acentuado pela mesma justificativa dada para o acento posto no verbo “ter” do primeiro período do texto. A. Eles vem de terras distantes para contemplar o saber daquele homem. (vir) B. Se tivesseis ouvidos, entenderias! (ter) C. As virtudes, só a ve, aquele que tem sabedoria. (ver) D. Ele detem a sabedoria dos povos antigos. (deter) 77. O verbo disponibilizar (2º parágrafo) é grafado com o sufixo “izar” por não possuir um “s” na terminação de seu radical. Essa regra também atinge a palavra: A. Catequizar B. Batizar C. Integralizar D. Hipnotizar 78. A palavra "funções" (linha 47) é plural de "função". Considerando isso, indique, dentre as palavras a seguir, a única que, quando flexionada no plural, NÃO apresenta terminação em "ões": A. Paixão B. Limão C.Bênção D.Estação Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 18 PORTUGUÊS - APROVA ACP 79. Em relação à flexão de número dos adjetivos, assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE: Eles foram considerados _______________. A. novo-rico B. novos-rico C. novos-ricos D. novo-ricos 80. Os substantivos terminados em -ão presentes no excerto “Através da arte o ser humano expressa ideias, emoções, percepções e sensações.” (6º parágrafo) fazem plural apenas com a terminação em - ões, como se contata. Assinale a alternativa em que o vocábulo abaixo admite só duas possibilidades de formação de plural: A. aldeão. B. ermitão. C. tabelião. D.charlatão. 81. Fernando Sabino A enfermeira surgida de uma porta me impôs silêncio com o dedo junto aos lábios e mandou-me entrar. Estava nascendo! Era um menino. Nem bonito nem feio; tem boca, orelhas, sexo e nariz no seu devido lugar, cinco dedos em cada mão e em cada pé. Realizou a grande temeridade de nascer, e saiu-se bem da empreitada. Já enfrentou dez minutos de vida. Ainda traz consigo, nos olhinhos esgazeados, um resto de eternidade. Portanto, alegremo-nos. A vida também não é bonita nem feia. Tem bocas que murmuram preces, orelhas sábias no escutar, sexos que se contentam, perfumes vários para o nariz, mãos que se apertam, dedos que acariciam, múltiplos caminhos para os pés. É verdade que algumas palavras, melhor fora nunca dizê-las, outras nunca escutá-las. Olhos há que procuram ver o que não podem, alguns narizes se metem onde não devem. Há muito prazer insatisfeito, muito desejo vão. Mãos que se fecham. Pés que se atropelam. Mas o simples ato de nascer já pressupõe tudo isso, o primeiro ar que se respira já contém as impurezasdo mundo. O primeiro vagido é um desafio. A vida aceitou um novo corpo e o batismo vai traçar-lhe um destino. A luta se inicia: mais um que será salvo. Portanto, alegremo-nos. Menino sem nome ainda, não te prometo nada. Não sei se terás infância: brinquedos, quintal, monte de areia, fruta verde, casca de árvore, passarinho, porão de fantasmas, formigas em fila, beira de rio, galinha no choco, caco de vidro, pé machucado. O mundo de hoje, tal como o estou vendo da janela do meu apartamento, desconfio que te reserva para a infância um miraculoso aparelho eletrocosmogônico de brincar. Ou apenas uma eterna garrafa de Coca- Cola e um delicioso Chicabon. Aceita, menino, esses inofensivos divertimentos. Leva-os a sério, com toda aquela seriedade grave da infância, chupa o Chicabon, bebe a Coca-Cola, desmonta e torna a montar a miraculosa máquina de brincar de nosso século que a imaginação de teu pai jamais poderia sequer conceber. Impõe a essas coisas e a essa vida que te oferecerão como infância a sofreguidão da tua boca, a ousadia de teus olhos e a força de tuas mãos. Imprime a tudo que tocares a alegria que me deste por nasceres. Qualquer que seja tua infância, conquista-a, que te abençoo. Dela te nascerá uma convicção. Conquista-a também – e vá viver, em meu nome. Nada te posso dar senão um nome. Nada te posso dar. No teu primeiro instante de vida minha estrela não se apagou. Partiu-se em duas e lá no alto uma delas te espera, será tua. Nada te posso dar senão um nome e esta estrela. Se acreditares em estrela, vai buscá-la. No quinto parágrafo do texto, o cronista dá conselhos a seu filho. Nesse contexto, percebe- se que, linguisticamente, tais conselhos partem de A. verbos conjugados no modo subjuntivo. B. substantivos flexionados em gênero. C. verbos conjugados no modo imperativo. D. substantivos flexionados em número. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 19 PORTUGUÊS - APROVA ACP 82. Assinale a opção em que os dois termos admitem flexão de número. A. Bastante irritada B. Bastante leitura C. Muito importante D. Menos eficiente E. Mais inteligente 83. Assinale a alternativa correta, segundo o padrão culto da Língua Portuguesa: A. Não caia na conversa desses charlatãos! B. Os alemãos apreciam boas cervejas. C. Os corrimões dessas escadas são de madeira nobre. D. Eu só sei os refrões dessas músicas. 84. Assinale a alternativa em que todos os adjetivos estão corretos quanto ao gênero. A. aluno francês – aluna francesa / garoto hindu – garota hindu B. homem europeu – mulher europeia / menino judeu – menina judeu C. moço cristão – moça cristão / aluno cortês – aluna cortês D. professor célebre – professora célebre / menino órfão – menina órfão E. moço ateu – moça ateu / aluno são – aluna sã 85. Assinale a alternativa em que todos os plurais estejam corretos. A. a atriz (as atrizes) / o limão (os limões) / o pires (os pireses) B. o cidadão (os cidadões) / a religião (as religiões) / o lápis (os lápis) C. o atum (os atums) / o mel (os méis) / a mãe (as mães) D. o ônibus (os ônibus) / o mal (os males) / o fóssil (os fósseis) 86. Assinale a opção em que todos os vocábulos apresentam um radical com valor semântico (significado) idêntico: A. manual / mancha / mão. B. terror / aterrar / terreiro. C. mês / mensal / mesada. D. vítima / vital / vida. E. escravo / escrita / escritura. 87. No trecho “A ideia dos bate-papos é trazer novos repertórios para dentro da nossa rotina de trabalho [...]”, o plural do substantivo composto assinalado se justifica da forma que ele foi feito, pois A. a primeira palavra é um verbo, que não recebe plural em –s, e a segunda é um pronome, que apresenta plural em –s. B. ambas as palavras são verbos, portanto o plural é marcado apenas em um deles. C. a primeira palavra é um verbo, que não recebe plural em –s, e a segunda é um substantivo, que apresenta plural em –s. D. ambas as palavras são substantivos, portanto o plural é marcado em apenas um deles. 88. Na frase "Sobre ela, se viam iguarias, comidas das mais deliciosas que se possa imaginar, com a PRATARIA e a louça mais maravilhosa que jamais se vira." a palavra PRATARIA obedece ao processo de formação por derivação: A. Parassintética. B. Sufixal. C. Prefixal. D. Regressiva. 89. “As grandes doenças da alma, bem como aquelas do corpo, renovam o homem; e as convalescências espirituais não são menos agradáveis nem menos miraculosas do que as físicas.” Nessa frase aparece o termo convalescência corretamente grafado (com -escer e não com - ecer). Assinale a palavra abaixo que está corretamente grafada com esse mesmo sufixo. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 20 PORTUGUÊS - APROVA ACP A. decrescer. B. aparescer. C. enriquescer. D. amanhescer. E. enlouquescer. 90. Muitas palavras em língua portuguesa são formadas com o sufixo -ada, que possui significados diferentes. Assinale a opção em que todas as palavras mostram esse sufixo com o mesmo valor. A. Garotada / peneirada. B. Laranjada / cadeirada. C. Peixada / estudantada. D. Vassourada / sujeirada. E. Caminhada /caçada. 92. Em relação aos processos de formação de palavras da Língua Portuguesa, conforme preconiza Cegalla, são feitas as seguintes afirmações: I. A composição consiste em formar palavras novas a partir de outra já existente, realizando- se por acréscimo de prefixo anteposto ao radical, ou acrescentando um sufixo a um radical; ou pelo acréscimo de prefixo e de sufixo, ao mesmo tempo, a um radical. II. A derivação imprópria, que é de interesse da semântica e da estilística, consiste em mudar a classe gramatical de uma palavra, estendendo- lhe à significação. III. O hibridismo diz respeito às palavras em cuja formação entram elementos de línguas diferentes. Quais dos conceitos acima estão corretos, conforme preconiza Cegalla? A. Apenas I. B. Apenas II. C. Apenas III. D. Apenas I e II. E. Apenas II e III. 93. As palavras couve-de-bruxelas e anuviar são formadas, respectivamente, por A. composição por aglutinação e composição por justaposição. B. derivação parassintética e derivação sufixal. C. derivação regressiva e derivação imprópria. D. composição por justaposição e derivação parassintética. 94. Na frase: "O coração de um amigo é um BOMBARDEIO de sentimentos bons", a palavra BOMBARDEIO obedece ao processo de formação por derivação: A. Prefixal. B. Regressiva. C. Parassintética. D. Sufixal. Onomatopeia, Abreviação, Derivação, Hibridismo... 91.M PIROMANÍACO DESTRÓI UM MARCO A sanha de um piromaníaco deixou a população coreana consternada na semana passada. Um homem de 69 anos, identificado apenas pelo nome de Chae, ateou fogo ao histórico portão Namdaemun, em Seul. Construído no século XIV, o portão era o principal monumento histórico do país. Durante séculos, marcou a entrada da cidade, circundada por muros. A estrutura do portão, de madeira, não resistiu às chamas e ruiu completamente. Chae confessou o crime e disse ter agido em retaliação pela baixa indenização que recebera da Prefeitura por um terreno. As autoridades coreanas planejam reconstruir o portal. Os trabalhos devem durar três anos e custar cerca de US$24 milhões. Em 2006, Chae já havia sido preso por incendiar uma parte do Palácio Real. (Revista Época, 18 de fevereiro de 2008. pág. 16) O processo de formação da palavra “Piromaníaco” é: A. Derivação prefixal B. Composição por aglutinação C. Composição por justaposição D. Hibridismo Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 21 PORTUGUÊS - APROVA ACP 95. Leia o fragmento a seguir, observando as palavras em destaque. “Um sarcófago de chumbo encontrado em março, durante os trabalhos de reconstrução da catedral gótica de Notre-Dame, em Paris, será reaberto para estudos de seu conteúdo. Durante avaliações estruturais para instalação de andaimes, visando restaurar o icônico pináculo de Notre-Dame destruído por um incêndio em2019, trabalhadores encontraram uma tubulação de tijolos de um antigo sistema de aquecimento do século 19. O sarcófago estava enterrado 20 metros abaixo do solo em meio a estes tubos, no coração da catedral, entre as ruínas da nave e do altar.” MISTERIOSO sarcófago encontrado debaixo da catedral de Notre-Dame será aberto. Scientific American Brasil, 18 de abril de 2022. Disponível em: https://sciam.com.br/misterioso-sarcofago- encontradodebaixo-da-catedral-de-notre-dame- sera-aberto/.. Sobre esses vocábulos, assinale a alternativa correta. A. Os vocábulos “reaberto”, “reconstrução” e “trabalhadores” são formados por derivação prefixal, enquanto “enterrado” apresenta formação por justaposição. B. Os vocábulos “reaberto” e “reconstrução” são formados por derivação prefixal, “trabalhadores” tem derivação por sufixação, e “enterrado” apresenta parassíntese. C. Os vocábulos “reaberto”, “reconstrução” e “trabalhadores” são formados por derivação sufixal, enquanto “enterrado” apresenta formação por aglutinação. D. Os vocábulos “reaberto” e “reconstrução” são formados por derivação sufixal, “trabalhadores” tem derivação por prefixação, e “enterrado” apresenta parassíntese. 96. Síndrome de burnout agora é doença do trabalho Desde 1º de janeiro, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é reconhecida como doença do trabalho. Isso significa que, desde então, os empregados acometidos pelo problema têm os seus direitos trabalhistas e previdenciários garantidos, podendo tirar licença médica remunerada pelo empregador, em até 15 dias, ou pelo INSS, quando o prazo for estendido. Mas o que é síndrome de burnout? “Trata-se de distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes”, explica Maria Tereza de Almeida, professora do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. O sintoma mais frequente da doença é a sensação de esgotamento físico e emocional, que provoca irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade, depressão e baixa produtividade. A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno. “Profissionais das áreas de educação e de saúde, operadores de voo, agentes penitenciários e bombeiros correm risco maior”, exemplifica a professora. Mas há como prevenir. A organização das prioridades e do tempo de trabalho e de lazer , a prática de esportes e o cuidado com o sono e a alimentação são algumas dicas. O tratamento, por sua vez, pode incluir o uso de medicamentos, mas a psicoterapia é essencial, assim como o apoio da família. Em “...psicoterapia é essencial...”, a palavra destacada sofreu o mesmo processo de formação que a palavra: A. pingue-pongue. B. televisão. C. amoral. D. telegrama. 97. Analise as afirmativas a seguir: I. A derivação parassintética contempla a inclusão do sufixo à palavra primitiva como ocorre, por exemplo, nas palavras: felicidade, beleza e estudante. II. Na derivação parassintética ocorre a inclusão de um prefixo e de um sufixo à palavra primitiva, de forma simultânea, como se pode observar, por exemplo, nas palavras: entardecer, emagrecer e engaiolar. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 22 PORTUGUÊS - APROVA ACP Marque a alternativa CORRETA: A. As duas afirmativas são verdadeiras. B. A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. C. A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. D. As duas afirmativas são falsas. 98. O BBBismo Mentor Neto* A não ser que você more numa caverna, a essa altura já sabe que o BBB 21 está no ar e na mente de boa parte da população. Como sempre acontece, antes da temporada começar, o programa é alvo de intensas críticas à Rede. Dizem que é um programa velho, que não aguentam mais, que a fórmula é repetida. Ou que é um absurdo encher uma casa de gente improdutiva para passar meses exercendo suas improdutividades. Aí... ai, ai, ai!... O programa começa e todo mundo esquece as críticas. O País mergulha num experimento social seríssimo. O que parecem fofocas de um bando de aspirantes a celebridades são, na verdade, matéria bruta para estudos do comportamento humano. Nos quatro cantos das redes sociais surgem especialistas em ética, moral, neurolinguística, psiquiatria e outras disciplinas de humanas. Então chegam às terças-feiras. Ah, às terças- feiras. O tribunal nacional se reúne para expulsar o fulano que tratou mal a fulana que por sua vez xingou o beltrano que está ficando com sicrana. O paredão é uma decisão tomada pelo espectador com seriedade. Muito mais do que em votações menos importantes. Aí, então, muito melhor ir no popular e sugerir o óbvio. Uma forma de governo tipicamente brasileira: O BBBismo. Funciona assim: Em 22 a gente coloca todos os candidatos na mesma casa por 4 anos. Isso mesmo. Governo com transparência 24 horas por dia. Toda semana, as prioridades do país serão decididas nas provas. Ganhou a prova do líder, governa o país por uma semana. E o melhor, como não sabem o que está acontecendo do lado de fora da casa, não atrapalham a gente. Poderemos, enfim, construir o país que sempre sonhamos. Sem políticos pra estragar tudo. * Escritor e cronista. Isto É n. 2665, 17 fev. 2021, p. 66. Adaptado. No português do Brasil é comum ocorrerem vários fenômenos linguísticos, entre eles o que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de um novo sentido a um termo já existente. Os dois textos a seguir, cada um à sua maneira, relacionam-se com esse conceito. Texto I “O paredão é uma decisão tomada pelo espectador com seriedade. Muito mais do que em votações menos importantes. Muito melhor ir no popular e sugerir o óbvio. Uma forma de governo tipicamente brasileira: O BBBismo.” Texto II Com base nos dois textos, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I - “BBBismo” e “Neymaram” são palavras novas acrescentadas ao nosso léxico, derivadas e formadas de outras já existentes nas quais ocorreu um processo de verbalização PORQUE II – em ambas foram colocadas terminações morfológicas correspondentes a uma sequência de fonemas para produzir novos significados, porém ainda não dicionarizados. Sobre essas asserções, é correto afirmar que A. a primeira é uma afirmativa falsa; e a segunda, verdadeira. B. a primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda, falsa. C. as duas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si. D. as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 23 PORTUGUÊS - APROVA ACP 99. São todos vocábulos formados por hibridismo. A. Ecologia / filosofia / mundano. B. Burocracia / decímetro / monóculo. C.Guerreiro / acrofobia / teologia. D.Bondoso / filosofia / autossugestão. 100.Leia atentamente as afirmativas abaixo. I – No vocábulo “alistar”, observa-se a derivação parassintética. II – Os vocábulos “riacho”, “quietude” e “amanhecer” são formados por sufixos nominais. III – “Automóvel” é formado por hibridismo. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) A. I B.II C.I e III D.II e III Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20 - HP14716724808291 24 BNCC PARA CONCURSO - APROVA ACP 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 Licensed to Nathallia Brito - nathalliabrito@hotmail.com - 019.454.503-20