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Apostila_Anatomia_Aplicada_a_Educacao_Fisica_Unidade_I

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Prévia do material em texto

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO BRASIL – IESB 
FACULDADE MONTENEGRO – FAM 
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
ANATOMIA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE 
ANATOMIA APLICADA A 
EDUCAÇÃO FÍSICA I 
Leonardo Delgado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Corda/MA 
2010 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Prezado Aluno. 
 
Fruto de um trabalho de anos de pesquisa e da evolução tecnológica e que 
atualmente, poderemos usufruir das novas formas de aprendizado, um 
exemplo disso é a nossa disciplina Anatomia Aplicada a Educação Física I, que 
tem a função de acompanhar a evolução do mundo virtual. 
 
A disciplina terá um momento presencial, e o segundo momento será virtual 
através da utilização da ferramenta moodle, onde o aluno irá realizar seus 
estudo e enviará as atividades propostas pelo professor. Além disso, para ler e 
compreender a forma e a estrutura do corpo humano é de fundamental 
importância acompanhar a leitura em Atlas de Anatomia, que permite a 
visualização de todas as partes do corpo que foram objetos do estudo. Para 
isso utilizaremos o Atlas Interativo de Anatomia Humana, de Frank H. Netter, 
que traz imagens com detalhes de ossos, músculos e outras estruturas com a 
nova nomenclatura anatômica, anexo em forma de CD na apostila. 
 
A disciplina será concluída com exame presencial aonde o aluno irá comprovar 
seus conhecimentos. Para tanto, é importante saber o que é necessário para 
que você alcance o êxito em todas as etapas que serão apresentadas durante 
o período de vigência do curso. 
 
Não esqueça que este apostila, apesar de todo o nosso esforço é um caminho 
de estudo a ser percorrido e que se completa com as aulas práticas e com a 
sua dedicação em pesquisar e estudar as referências citadas. 
 
Esperamos que você o leia com cuidado e atenção, uma vez que este 
conteúdo será vivenciado na prática! Afirmo que se você tiver alguma dúvida, 
não hesite em entrar em contato com o seu tutor para saná-la. Além disso, 
procure discutir as temáticas apresentadas neste material com os seus colegas 
de curso, seja no ambiente de aprendizagem, seja no pólo de sua cidade. 
 
Essa prática certamente lhe trará ganhos, pois você poderá ter acesso a 
diferentes pontos de vista. 
 
Leonardo Delgado 
aquabarra@sapo.pt 
 
 
 
 
Índice 
 
 
 
Unidade I: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANATOMIA 01 
Quando começou o estudo da Anatomia? 02 
Conceitos 04 
Divisão da anatomia 05 
Normal e Variação Anatômica 08 
Anomalias X Monstruosidade 08 
Fatores Gerais das Variações Anatômicas 08 
Divisão do Corpo Humano 10 
Nomenclatura Anatômica 13 
Estudos dos Planos Anatômicos – Planimetria 15 
Unidade II: OSTEOLOGIA 25 
Conceito Etimólogo 26 
Conceito Anatômico 26 
Ossos 26 
Número de Ossos no Corpo Humano 26 
Esqueleto 27 
As Funções do Esqueleto são 27 
Classificação dos Ossos 28 
Estrutura dos Ossos 30 
Descrição das Superfícies Ósseas 33 
Ossos da Cabeça 37 
Ossos do Crânio Neural 38 
 Frontal 38 
 Etmóide 38 
 Occipital 39 
 Temporal 39 
 Parietal 39 
Ossos da Face ou Viscerocrânio 39 
 Mandíbula ou Osso Maxilar Inferior 39 
 Vômer 40 
 Maxila 40 
 Conchas Nasais Inferiores 40 
 Zigomáticos 41 
 Palatinos 41 
 Nasais 41 
 Lacrimais 41 
Suturas do Crânio 42 
O Osso Hióide 42 
Coluna Vertebral 43 
 Constituição da Coluna Vertebral 43 
 Curvaturas da Coluna Vertebral 43 
 Funções da Coluna Vertebral 44 
 Características dos Ossos da Coluna Vertebral 44 
 Características Gerais 44 
 Vértebras Cervicais 45 
 Atlas 45 
 
 
 Áxis 46 
 Vértebras Torácicas 46 
 Vértebras Lombares 47 
 Vértebras Sacrais 48 
 Vértebras Coccígeas 49 
Esterno 49 
Costela 50 
Esqueleto Apendicular 51 
Esqueleto dos Membros Superiores 51 
Cintura Escapular 52 
Clavícula 52 
Escápula 53 
Braço 55 
 Úmero 55 
Antebraço 58 
 Rádio 59 
 Ulna 60 
Mão 61 
 Ossos do Carpo 61 
 Ossos do Metacarpo 61 
 Ossos dos Dedos da Mão 61 
Esqueleto dos Membros Inferiores 62 
Cintura Pélvica (ou Quadril) 62 
Funções do Osso do Quadril 64 
Coxa (Fêmur) 64 
Joelho (Patela) 65 
Tíbia 66 
Fíbula 67 
Ossos do pé 68 
 Metatarso 69 
 Dedos do Pé 69 
Unidade III: INTRODUÇÃO A ARTROLOGIA OU 
SINDESMOLOGIA 70 
Conceitos 71 
Ponto de Contato 71 
Artrologia 71 
Articulações ou Junturas 71 
Funções das Articulações 71 
Classificações 72 
Junturas Fibrosas (Sinartroses ou art. Imóveis) 74 
Suturas 74 
Sindesmoses 76 
Gonfose 77 
Junturas Cartilaginosas 77 
Sincondroses 77 
Fontanelas 78 
Sínfises 78 
Junturas Sinoviais 79 
Componentes Essenciais 79 
Componentes Acessórios 80 
 
 
Classificação das Junturas Sinoviais 81 
Algumas entidades patológicas do sistema articular 84 
Unidade IV: MIOLOGIA 86 
Definições de Músculos 86 
Funções dos Músculos 87 
Propriedades dos Músculos 87 
Variedades do Tecido Muscular 88 
Músculos Esqueléticos 90 
Composição Química dos Músculos Esqueléticos 90 
Componentes Anatômicos 91 
Classificação 91 
Fáscia Muscular 95 
Noções Histológicas dos Músculos Esqueléticos 95 
Contração Muscular 99 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
1
UNIDADE I: INTRODUÇÃO AO 
ESTUDO DE ANATOMIA 
 
 
Você, caro aluno, nesta unidade, ira realizar uma breve introdução ao estudo 
da anatomia. Serão apresentados os conceitos de Anatomia Humana e seu 
histórico. Fatores de variação. Biótipo. Termos de posição para se proceder à 
localização das partes do corpo humano. Planos de secção e delimitação do 
corpo humano. Designações genéricas básicas em Anatomia. 
 
 
 
Competência 
 
- Conhecimento introdutório de Anatomia Humana, suas divisões, posições e 
partes do corpo humano. 
 
 
Objetivo 
 
- Conceituar Anatomia, normal e variação anatômica; 
- Descrever a “posição de descrição anatômica”, os planos de delimitação e 
secção, bem como ser capaz de definir os termos de posição e direção. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
2
Quando começou o estudo da 
Anatomia? 
 
 Começou nos primórdios da 
história humana. O homem pré-histórico já 
observava à sua volta a existência de 
seres diferentes de seu corpo, os animais. 
Com isso, passou a gravar nas paredes 
das cavernas e fazer esculturas das 
formas que via. Com isso passou a notar 
detalhes, que hoje nos permite identificar 
as espécies animais descritas. 
 
 A história da anatomia inicia-se 
na Mesopotâmia e Egito. Mesopotâmia 
era o nome dado a uma longa faixa de 
terra localizada entre os rios Tigre e 
Eufrates, atualmente parte do Iraque. Cerca de 4.000 anos atrás, povos dessa 
região, conhecida como Berço da Civilização, faziam investigações voltadas 
em tentativas de descrever as forças básicas da vida, por exemplo, as pessoas 
desejavam descobrir em qual órgão se alojava a alma humana. O fígado era 
considerado o “guardião da alma e dos sentimentos que nos fazem homens”, 
uma suposição lógica visto o seu tamanho e pela íntima associação com o 
sangue, considerado essencial para a vida. 
 
 Algum tempo depois, Menes, sobre o qual paira uma antigadiscussão: seria ele o lendário primeiro faraó (chamado de Narmer) ou médico 
do rei da primeira dinastia egípcia cerca de 3.400 a.C., foi fundador de Mênfis 
como capital egípcia. Escreveu o que é considerado o primeiro manual em 
anatomia. 
 
 Porém, foi na Grécia antiga que a anatomia, inicialmente, ganhou 
maior aceitação como ciência. As escritas de vários filósofos gregos tiveram 
um forte impacto no pensamento científico futuro. Homero, em Ilíada, 
descreveu com precisão a anatomia das feridas ocorridas em batalhas, 
aproximadamente 800 a.C. 
 
 Aristóteles (384-322 a.C) é considerado o criador do termo 
“Anatome”, uma palavra grega significando “cortar em pedaços, separa”. A 
palavra latina “Dissecare” tem um significado idêntico. Hipócrates, o mais 
famoso médico grego e considerado o “pai da medicina” por seus princípios 
éticos pregados em seus ensinamentos, teve seu nome imortalizado no 
juramento Hipocrático que muitos estudantes, ao se formarem em medicina, 
repetem como compromisso de exercício profissional e dever perante a 
sociedade. Seguia a doutrina dos quatro humores, cada um associado a um 
órgão em particular: sangue com o fígado; cólera, ou bile amarela, com a 
vesícula biliar; fleuma com os pulmões; e melancolia, ou bile preta, com o baço. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
3
Imaginava-se que uma pessoa teria saúde com o equilíbrio desses quatro 
humores, princípio esse seguido por mais de 2.000 anos. 
 
 Aristóteles, discípulo de Platão, contratado pelo Rei Filipe da 
Macedônia para ensinar seu filho, Alexandre, conhecido como Alexandre, o 
Grande. Apesar de suas extraordinárias realizações, cultuava teorias errôneas 
como a sede da inteligência no coração e citava que a função do cérebro, 
banhado em líquido, era esfriar o sanguebombeado pelo coração para 
manutenção da temperatura corporal. Foi o fundador da Anatomia Comparada, 
384 a 322 a.C. 
 
 Vieram os períodos Alexandrino e Romano, com os pensadores 
Herófilo e Erasistrato, Celsus e Galeno, este último cujas escritas 
perduraram cerca de 1.500 anos, foi um dos escritores médicos mais influentes 
de todos os tempos. 
 
O Renascimento, período 
posterior à Idade Média, é 
marcado como o período do 
renascimento da ciência, visto 
que durante a Idade Média a 
forte pressão da Igreja Cristã 
estagnou as atividades 
médicas, cultuando a “fé” como 
centro das respostas. 
Introduzido nas grandes 
universidades européias, 
reativou a busca pelo 
conhecimento e engrenou os 
estudos da anatomia humana, 
centralizando o interesse nos métodos e técnicas de dessecação em lugar de 
avançar no conhecimento do corpo humano. 
 
 Surgiram grandes personagens daquele tempo, Leonardo da Vinci 
e Andréas Vesalius, cada qual com estudos monumentais da forma humana. 
O primeiro produziu desenhos anatômicos de qualidade sem precedente 
baseado em dessecações de cadáveres humanos. O segundo refutou os falsos 
conceitos do passado sobre estrutura e função do corpo por observação direta 
e experiências; é chamado o “pai da anatomia moderna”. Durante os séculos 
XVII e XVIII, a anatomia atingiu uma aceitação inigualável. 
 
 Duas das contribuições mais importantes foram a explicação da 
circulação sanguínea e o desenvolvimento do microscópio. Harvey, em 1628, 
com a obra “Sobre o Movimento do Coração e do Sangue nos Animais”, 
provando a circulação contínua do sangue no interior dos vasos, e 
Leeuwenhoek, aperfeiçoando o microscópio, desenvolvendo técnicas para 
examinar tecidos e descrição de células sanguíneas, músculo esquelético e a 
lente do olho. Malpighi, lembrado como “pai da histologia”, primeiro a confirmar 
a existência dos capilares. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
4
 A principal contribuição científica do século XIX foi a formulação da 
teoria celular. Princípio creditado a dois cientistas alemães, Matthias Schleiden 
e Theodor Schwann. 
 
 O objetivo desse tópico é definir, conceituar e abordar aspectos 
históricos da Anatomia. A Posição, planos e termos anatômicos. 
 
CONCEITOS 
 
 Segundo DANGELO & FATTINI 
(1984, p.1) no seu conceito mais amplo 
anatomia (ana = em partes; tomein = cortar) é 
a ciência que estuda macro e 
microscopicamente, a constituição e o 
desenvolvimento dos seres organizados. 
 
 Anatomia é a ciência da estrutura e 
função do corpo. Um excelente e amplo 
conceito de Anatomia foi proposto em 1981, 
pela American Association of Anatomists: 
anatomia é a análise da estrutura biológica, 
sua correlação com a função e com as 
modulações de estrutura em resposta a fatores 
temporais, genéticos e ambientais. 
 
 Tem como metas principais à compreensão dos princípios 
arquitetônicos da construção dos organismos vivos, a descoberta da base 
estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão dos 
mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento destas. A amplitude da 
anatomia compreende, em termos temporais, desde o estudo das mudanças 
em longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando pelas das 
mudanças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e 
envelhecimento; até as mudanças de curto prazo, associadas com fases 
diferentes de atividade funcional normal. Em termos do tamanho da estrutura 
estudada vai desde todo um sistema biológico, passando por organismos 
inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e macromoléculas. 
 
 Agora que você conhece o conceito de Anatomia, antes de 
aprofundar seus estudos, é conveniente também conhecer os conceitos 
básicos de biologia e fisiologia. O termo biologia é conceituado como o 
conjunto de leis que regulam os fenômenos relacionados aos seres vivos, ao 
passo que a fisiologia é a ciência que estuda as funções dos organismos vivos. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
5
DIVISÃO DA ANATOMIA 
 
 A anatomia pode ser dividida em: 
 
Segundo o Método de Observação: 
 
Anatomia Microscópica (Histologia): 
 
 Necessita para o seu estudo a utilização de um aparelho que 
aumente as dimensões das estruturas para uma melhor observação 
(microscópio). Com a descoberta do microscópio desenvolveram-se ciências 
que, embora constituam especializações, são ramos da anatomia: 
 
- Citologia: estudo das células; 
- Histologia: estudo dos tecidos e como estes se organizam para 
a formação de órgãos; 
- Embriologia: estudo do crescimento e desenvolvimento do ser 
humano. 
 
Anatomia Macroscópica: 
 
 Não necessita para o seu estudo o uso de aparelhos especiais. As 
estruturas são observadas a olho nu, pela dissecação de peças previamente 
fixadas por soluções apropriadas. A onde se pode observar os seguintes tipos 
de anatomia macroscópica: 
 
- Anatomia antropológica: que estuda os tipos raciais; 
- Anatomia biotipológica: que se ocupa dos tipos morfológicos 
constitucionais; 
- Anatomia comparativa: que se refere ao estudo comparado dos 
órgãos de indivíduos de espécies diferentes; 
- Anatomia superficial: estudo dos relevos morfológicos na 
superfície do corpo humano. 
 
 O estudo do corpo humano macroscopicamente ainda pode ser 
dividido com relação a região estudada e quanto ao tipo de sistema. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
6
Quanto a Região Estudada 
 
Porção Axial: cabeça; tronco. Na cabeça, são estudados o crânio e a face. No 
tronco, são estudados o pescoço, o tórax e o abdome. 
 
Porção Apendicular: membros superiores; membros inferiores. Nos membros 
superiores: cintura escapular ou ombro, braço, antebraço, mão; e nos membros 
inferiores: cintura pélvica ou quadril, coxa, perna e pé. 
 
Quanto ao Tipo de Sistema: 
 
- Osteologia: parte da anatomia que estuda os ossos. 
- Sindesmologia ou Artrologia: parte da anatomia queestuda as 
articulações. 
- Miologia: parte da anatomia que estuda os músculos. 
- Angiologia: parte da anatomia que estuda o coração e os 
grandes vasos. 
- Neuroanatomia: parte da anatomia que estuda o sistema 
nervoso central e o periférico. 
- Estesiologia: parte da anatomia que estuda os órgãos que se 
destinam à captação das sensações. 
- Esplancnologia: parte da anatomia que estuda as vísceras que 
se agrupam para o desempenho de uma determinada função 
como: fonação, digestão, respiração, reprodução e urinária. 
- Endocrinologia: parte da anatomia que estuda as glândulas sem 
ducto, que segregam hormônios, os quais são drenados 
diretamente na corrente sanguínea. 
- Tegumento comum: parte da anatomia que estuda a pele e os 
seus anexos. 
 
 
Anatomia Mesoscópica: 
 
 Necessita para o seu estudo do uso de um aparelho que aumente as 
dimensões das estruturas, para uma melhor observação de forma 
tridimensional. 
 
 
Segundo o Método de Estudo: 
 
Anatomia Sistemática ou Descritiva: 
 
 Estuda o corpo mediante uma divisão por sistemas orgânicos 
isoladamente. 
 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
7
Anatomia Topográfica ou Regional: 
 
 Estuda o corpo mediante uma divisão por segmentos ou regiões. 
 
Anatomia por Rádio-imagem: 
 
 Estuda o corpo mediante o uso de imagens (Raios X) , tomografias, 
ressonâncias magnéticas. 
 
Anatomia de Superfície: 
 
 Estuda o corpo mediante os relevos e as depressões existentes em 
sua superfície. 
 
Anatomia em Cortes Segmentados: 
 
 Estuda o corpo mediante o uso de cortes seriados para ser 
associado aos estudos de tomografias e ressonâncias magnéticas. 
 
 
 
Segundo a Aplicação Prática 
- Anatomia orientada para clínica: da ênfase a estruturas e 
funções relacionadas à prática médica e a outras ciências da 
saúde. 
- Anatomia patológica: estuda as mudanças estruturais causadas 
por doenças. 
- Anatomia do desenvolvimento: estuda o desenvolvimento do 
indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Ela 
engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o 
nascimento. 
 
Você imagina como o corpo humano é organizado e como ele funciona? 
Ao estudar os sistemas do corpo, você notará, por exemplo, que as células do 
corpo humano se reúnem formando os tecidos que, por sua vez, constituem os 
órgãos; os órgãos formam os sistemas que são reunidos nos diversos aparelhos. 
Para exemplificar, citamos o aparelho locomotor que é formado pelos sistemas 
ósseos, articular e muscular. 
Você consegue perceber a função de cada parte específica do corpo e sua relação com as 
estruturas? 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
8
Normal e Variação Anatômica 
 
 De acordo com DANGELO & FATTINI (op.cit) variações anatômicas 
são as diferenças morfológicas, externas ou internas, entre os elementos que 
compõe um grupo, ou no mesmo indivíduo onde se comparam dois lados, que 
se apresentam sem prejuízo funcional para o indivíduo. 
 
 Segundo esses autores, o conceito de normal para o anatomista é o 
que ocorre com mais freqüência e para o médico é o que é sadio, ou não 
doente. Assim, a artéria braquial mais comumente divide-se na fossa cubital. 
Este é o padrão. Entretanto, em alguns indivíduos esta divisão ocorre ao nível 
da axila. Como não existe perda funcional esta é uma variação. 
 
Anomalias X Monstruosidade 
 
 
 Anomalias são variações morfológicas que determinam 
perturbações funcionais. Por exemplo, um indivíduo pode nascer com um dedo 
a menos na mão direita. 
 
 Monstruosidade é uma anomalia acentuada de modo a deformar 
profundamente a conformação corporal do indivíduo, sendo, em geral, 
incompatível com a vida: por exemplo, a agenesia (não formação) do encéfalo. 
 
 
Fatores Gerais das Variações Anatômicas 
 
- Idade: é o tempo decorrido ou a duração da vida. Notáveis modificações 
anatômicas ocorrem nas fases da vida intra e extra -uterina do mamífero, bem 
como nos principais períodos em que cada fase, se subdividem em: 
Fase intra-uterina (ou embrionária) 
Célula ovo ou zigoto: quinze primeiros dias. 
Embrião: até o 2º ano, Feto : até o 9º mês. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
9
Fase extra-uterina 
Recém-nascido: até 1 mês após o nascimento. 
Infante: até o fim do 2º ano. 
Menino: até o fim do 10° ano. 
Pré-púbere: até a puberdade, 
Púbere: dos 12 anos aos 14 anos, corresponde à maturidade sexual que 
é variável nos limites da fase e nos sexos. 
Jovem: até os 21 anos no sexo feminino e 25 anos no sexo masculino. 
Adulto: até a menopausa feminina ( cerca de 50 anos ) e ao processo 
correspondente no homem (cerca do 60 anos). 
Velho: além dos 60 anos . 
 
- Sexo: é o caráter de masculinidade ou feminilidade. É possível reconhecer 
órgãos de um e de outro sexo, graças a características especiais, mesmo fora 
da esfera genital. 
- Raça: é a denominação a cada agrupamento humano que possui caracteres 
físicos comuns, externa e internamente, pelos quais se distinguem dos 
demais. Conhecem-se, por exemplo, representantes das raças branca, 
negra e amarela e seus mestiços, ou seja, "o produto do seu entrecruzamento". 
- Biótipo: é a resultante da soma dos caracteres herdados e dos caracteres 
adquiridos por influência do meio e da sua inter-relação. Os biótipos 
constitucionais existem em cada grupo racial. São três tipos principais 
reconhecidos: 
 
ƒ Brevilíneo: é o indivíduo baixo e forte, com o tronco prevalecendo sobre 
os membros. É o tipo pícnico com seus contornos externos bem 
arredondados e grandes cavidades corporais. Apresenta o ângulo de 
encontro entre costelas e apêndice xifóide maior que 90º. 
ƒ Longilíneo: é o indivíduo alto e magro, com os membros prevalecendo 
sobre o tronco. É o tipo leptossômico. Apresenta o ângulo de encontro 
entre costelas e apêndice xifóide menor que 90º. 
ƒ Normilíneo: é o indivíduo atlético que mostra proporções intermediárias 
entre os dois tipos referidos. Apresenta o ângulo de encontro entre 
costelas e apêndice xifóide igual a 90º. 
 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
10
DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
Por segmentos: 
 
- Cabeça. 
- Pescoço. 
- Tronco: 
o Tórax. 
o Abdome. 
o Pelve. 
- Membros Superiores: 
o Raiz (ombro). 
o Parte livre: 
a. braço. 
b. cotovelo. 
c. antebraço. 
d. punho. 
e. mão. 
- Membros Inferiores: 
o Raiz (quadril). 
o Parte livre: 
a. coxa. 
b. joelho. 
c. perna. 
d. tornozelo. 
e. pé. 
 
Por Sistemas: 
 
 De acordo com a anatomia macroscópica os sistemas que, em 
conjunto formam o organismo são: 
 
- Sistema tegumentar: estuda o tegumento e suas estruturas derivadas 
(pelas unhas e glândulas sudoríparas e sebáceas). Sua função é 
proteger o corpo, regular sua temperatura, eliminar resíduos e receber 
certos estímulos (tátil, calor, dor etc.); 
- Aparelho Locomotor: 
o Sistema Ósseo ou esquelético: composto de ossos e partes 
cartilaginosas, cuja sua função é fornecer suporte e proteção ao 
corpo, permitir movimento, produzir células sanguíneas 
(hemopiese) e armazenar minerais;. 
o Sistema Articular: composto de articulações, seus ossos e 
ligamentos associados. Sua função é unir qualquer parte rígida do 
esqueleto proporcionar ou não movimento entre eles. 
o Sistema Muscular: constituído de músculos e seus ligamentos. 
Sua função é efetuar movimentos, manter a postura e produzir 
calor. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
11
 
- Sistema Circulatório: compreendendo o coração e os vasos 
sanguíneos (artérias, veias e capilares), inclui o “sistema linfático”, 
composto por linfonodos e vasos. O sistema cardiovascular refere-se aocoração e vasos sanguíneos. 
o Sistema Sangüíneo. 
o Sistema Linfático. 
o Órgãos Hematopoiéticos. 
 
- Sistema Digestório: composto pela cavidade da boca, faringe e 
intestinos, estende-se da boca ao ânus. Associados a ele estão 
glândulas (fígado e pâncreas). O sistema está relacionado à assimilação 
de alimento.. 
- Sistema Respiratório: compreende os pulmões e o sistema de tubos 
pelo qual o ar os atinge e se relaciona com a troca de oxigênio e dióxido 
de carbono.. 
 
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12
 
- Aparelhos Urogenitais: compreende vários órgãos que estão 
relacionados com a reprodução. Por causa de sua íntima associação, 
especialmente no homem adulto, os sistemas urinário e genital são 
freqüentemente referidos como sistema urogenital. 
o Sistema Urinário. 
o Sistema Genital Masculino. 
o Sistema Genital Feminino. 
- Sistema Endócrino: consistem em glândulas sem ducto produtoras de 
secreções chamadas hormônios que são levadas pelo sistema 
circulatório para todas as partes do corpo. 
 
- Sistema nervoso: é o grande sistema que controla e coordena as 
atividades de todos os outros sistemas. É formando pelo cérebro, 
medula espinhal (sistema nervoso e periférico) e órgãos dos sentidos, 
como os olhos e os ouvidos (sistema nervoso autônomo). Tem como 
função detectar e responder às mudanças do meio interno e externo, 
capacitar o raciocínio e a memória e regular as atividades do corpo. 
 
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13
 
 
NOMENCLATURA ANATÔMICA 
 
 Como toda ciência, a anatomia tem sua 
linguagem própria. Ao conjunto de termos empregados 
para designar e descrever o organismo ou suas partes 
dar-se o nome de nomenclatura anatômica. 
 
 Embora você esteja familiarizado com os 
nomes comuns de muitas partes e regiões do corpo, 
deve aprender a utilizar a nomenclatura anatômica 
adotada internacionalmente: por exemplo, use a 
palavra axila ao invés de “sovaco” e clavícula ao invés 
de osso do “colarinho”. Contudo, trate de aprender as 
palavras que os alunos podem usar na descrição de 
suas queixas. Além disto, você deve usar nomes que 
eles possam entender quando recebem explicações sobre seus problemas. 
 
 Com o extraordinário acúmulo de conhecimento, foi estimado que, 
em fins do século XIX, aproximadamente 50.000 nomes anatômicos estavam 
em uso para cerca de 5.000 formações do corpo humano. A primeira tentativa 
de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica internacional ocorreu em 
1895, contudo, uma lista de cerca de 4.500 termos foi preparada e aceita em 
Brasiléia. Este sistema de nomenclatura é conhecido como Basle Nomina 
Anatômica (ABN) e é em latim. 
 
 Em sucessivos congressos de anatomia em 1933, 1936 e 1950 
foram feitas revisões e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada oficialmente 
a nomenclatura anatômica, conhecida sob a sigla de PNA (Paris Momina 
 
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14
Anatômica). Revisões subseqüentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto 
que a nomenclatura anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser sempre 
criticada e modificada, desde que haja razões suficientes para as modificações 
e que estas sejam aprovadas em Congressos Internacionais de Anatomia, 
realizados de cinco em cinco anos. 
 
 A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), 
porém cada país pode traduzi-la para seu próprio vernáculo. Ao designar uma 
estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam 
apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou 
descrição sobre a referida estrutura. Dentro deste princípio, foram abolidos os 
epônimos (nome de pessoas para designar coisas) e os termos indicam: a 
forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano); o seu 
trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações 
(ligamento sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria radial); sua 
função (m. levantador da escápula); critério misto (m. flexor superficial dos 
dedos – função e situação). Entretanto, há nomes impróprios ou não muito 
lógicos que foram conservados, porque estão consagrados pelo uso. 
 
 
 
1. Conceituar anatomia em sentido amplo e em sentido restrito; 
2. Citar os sistemas e os aparelhos do organismo; 
3. Conceituar normal em Anatomia, variação anatômica, anomalia e 
monstruosidade; 
4. Citar os fatores gerais de variação anatômica: 
5. Definir Biótipo: 
6. Definir longilínio, brevelínio e mediolínio e citar suas características 
morfológicas: 
7. Definir nomenclatura Anatômica: 
8. Citar os princípios fundamentais da nomenclatura Anatômica usado para 
designar estruturas do corpo humano, exemplificando: 
 
 
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15
ESTUDOS DOS PLANOS 
ANATÔMICOS – PLANIMETRIA 
 
 A necessidade de se colocar o corpo humano em uma posição 
padrão existiu e, a partir daí, com o auxílio de planos geométricos foi elaborado 
um estudo que ficou conhecido como Planimetria 
 
 Todos os termos apreendidos nesta aula serão utilizados durante 
todo o curso de Anatomia. 
 
 Para entender os Estudos dos Planos Anatômicos é importante 
conhecermos alguns conceitos, termos e divisões. Assim temos: 
 
Planimetria 
 
 É um método convencional aplicado em Anatomia, visando o estudo 
do indivíduo como um todo ou por meio de peças anatômicas isoladas. 
 
Posição Anatômica 
 
 A posição anatômica é uma posição de referência, que dá 
significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões 
do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta, sua 
postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um 
todo está numa posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste 
modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de 
 
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16
descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição 
padronizada. 
 
 A posição anatômica pode ser descrita da seguinte forma, com o 
indivíduo em posição ereta (de pé, posição ortostática ou bípede), com a face 
voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores 
estendidos, aplicados ao tronco e com palmas voltadas para frente, membros 
inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. 
 
 Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição 
da posição do corpo, quando este não se encontra na posição anatômica. 
 
Posição Supina ou Decúbito Dorsal 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima. 
 
 
 
Posição Prona ou Decúbito Ventral 
 O corpo está deitado com a face voltada para baixo. 
 
 
Decúbito Lateral 
 O corpo está deitado de lado. 
 
Posição de Litotomia 
 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 
90° de quadril e joelho, expondo o períneo. 
 
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17
 
 
 
Posição de Trendelemburg 
 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça 
sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°. 
 
 
Pontos de Referência 
 
 São estruturas do corpo humano que servem como base para 
estudo dos planos anatômicos. São referenciados: osso frontal, osso occipital, 
suturas sagital e coronal, ventre, dorso, coluna vertebral, apêndice caudal e 
superfície plantar. 
 
Eixos do Corpo Humano 
 
 São linhas imaginárias que se projetam no corpo, indo do centro de 
um pólo anatômico a outro. 
 
- Eixo longitudinal, crânio-caudal ou céfalo-
podálico: é um eixo heteropolar que vai do 
centro do pólo cefálico ao centro do podálico. 
- Eixo sagital ou antero-posterior: é um eixoheteropolar que vai do centro do plano anterior 
ou ventral ao centro do plano posterior ou 
dorsal. 
 
- Eixo transversal ou latero-lateral: é um eixo 
homopolar que vai do centro do pólo lateral 
direito ao centro do pólo lateral esquerdo. 
 
 
 
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18
 Os deslocamentos destes eixos nos permitem realizar os cortes que 
vão dar origem aos planos de divisão que nos levam as secções básicas do 
corpo humano: 
 
- Corte sagital mediano, obtido pelo deslocamento do eixo céfalo-
podálico ao longo do plano mediano (no sentido antero-posterior), 
divide o indivíduo em metade direita e esquerda. 
 
- Corte transversal, se consegue ao deslocar o eixo antero-posterior 
em 180 graus, tendo como resultado uma metade superior e outra 
inferior. 
- Corte coronal, se consegue com o deslocamento do eixo latero-
lateral no sentido céfalo-podálico, divide o indivíduo em metade 
anterior e posterior. 
 
 
 
 
Planos Anatômicos 
 
 São planos imaginários que tangenciam ou seccionam a superfície 
corporal do indivíduo. Têm o objetivo de separar o corpo em partes para 
facilitar o estudo e nomear as estruturas anatômicas com relação espacial. Ou 
seja, através dos planos anatômicos podemos dividir o corpo humano em 3 
dimensões e assim podemos localizar e posicionar todas as estruturas. 
 
 
 
 
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19
Planos Fundamentais, Tangenciais ou de 
Enquadramento 
 
 Tangenciam a superfície corporal. Pela interseção dos planos 
obtemos a formação de um sólido geométrico – 
paralelepípedo –, dentro do qual estaria o 
indivíduo. Podem ser horizontais e verticais. 
 
 
- Verticais: 
o Dorsal ou posterior. 
o Ventral ou anterior. 
o Laterais. 
- Horizontais: 
o Cefálico, cranial ou superior. 
o Podálico ou inferior. 
 
 
 
Planos Seccionais ou de Divisão 
 
 Neste estudo quatro planos são fundamentais: 
 
a. Plano Mediano: 
 
 Plano vertical que passa longitudinalmente através 
do corpo, dividindo-o em metades direita e esquerda. 
Parassagital, usado pelos neuroanatomistas e neurologistas 
é desnecessário porque qualquer plano paralelo ao plano 
mediano é sagital por definição. Um plano próximo do 
mediano é um Plano Paramediano. 
 
b. Planos Sagitais: 
 
 São planos verticais que passam através do corpo, 
paralelos ao plano mediano. 
 
 
c. Planos Frontais (Coronais): 
 
 São plano verticais que passam através do corpo 
em ângulos retos com o plano mediano, dividindo-o em partes 
anterior (frente) e posterior (de trás). 
 
 
 
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20
d. Planos Transversos (Horizontais): 
 
 São planos que passam através do corpo 
em ângulos retos com os planos coronais e mediano. 
Divide o corpo em partes superior e inferior. 
 
 
 
TERMOS DE RELAÇÃO 
 
 Vários adjetivos são usados para descrever a relação de partes do 
corpo na posição anatômica. 
 
Anterior: 
 
 Significa “próximo da frente” do corpo. 
Ventral é um substituto de anterior comumente 
empregado em neuroanatomia, onde é vantajoso 
porque igualmente aplicável a seres humanos e 
animais, que são com freqüência usados em 
pesquisa. 
 
Posterior: 
 
 Significa “próximo ao dorso” do corpo, por 
exemplo, a região glútea (nádegas) está na 
superfície posterior. Dorsal é um substituto de 
posterior. Quando se descreve a face posterior ou 
dorsal da mão ou do pé. 
 
Superior: 
 
 Significa “próximo a cabeça”. Cranial e 
cefálico são adjetivos correspondentes. Costal é 
amiúde usado ao invés de anterior quando se 
descreve partes do encéfalo, e significa “mais 
próximo da extremidade da frente”, por exemplo, o 
lobo frontal é costal ao cerebelo. 
 
Inferior: 
 
 Significa “em direção ao pé” ou parte mais 
baixa do corpo; um exemplo: o diafragma é inferior 
ao coração. O termo caudal, uma palavra latina, adjetiva “cauda”. Corresponde 
a inferior, mas é mais comumente usada em descrições de embriões. 
 
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21
Medial: 
 
 Significa “em 
direção ao plano mediano” 
do corpo; as narinas, por 
exemplo:, são mediais aos 
olhos. Em odontologia o 
termo mesial (g. mesos, 
meio) é equivalente a 
medial e significa “me 
direção a linha média do 
arco dental”. 
 
Lateral: 
 
 Significa “mais distante do plano mediano” do corpo. Os ligamentos 
colaterais do joelho. O ligamento colateral fibular está localizado lateralmente 
enquanto que o ligamento colateral tibial está 
localizado medialmente, ou seja, mais próximo 
à linha sagital mediana. 
 
Intermédio: 
 
 Significa “entre duas estruturas”, 
uma das quais é medial e a outra lateral, por 
exemplo: o quarto dedo da mão (anular) é 
intermédio ao quinto (dedo mínimo) e terceiro 
(dedo médio). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Médio: 
Estrutura ou órgão interposto entre outro 
superior e inferior ou entre anterior e 
posterior. 
Mediano: 
Estrutura situada 
exatamente sobre o eixo 
sagital mediano. 
 
 
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22
Termos de Comparação 
 
 Estes termos comparam as posições relativas de duas estruturas 
entre si. 
- Proximal: significa “mais próximo ao tronco”. 
- Distal: significa “mais distante do tronco”. 
- Superficial: significa “mais próximo da” ou “na superfície”. 
- Profundo: significa “mais distante da superfície”. 
- Interno: significa “em direção ou no interior de um órgão ou cavidade”. 
- Externo: significa “em direção” ou “no exterior de um órgão ou 
cavidade”. 
- Ipsilateral: significa “no mesmo lado do corpo”. 
- Contralateral: significa “no lado oposto do corpo”. 
 
Termos de Movimento: 
 
Flexão: 
 
 Curvatura ou diminuição do 
ângulo entre os ossos ou partes do 
corpo. 
 
Extensão: 
 
 Endireitar ou aumentar o 
ângulo entre os ossos ou partes do 
corpo. 
 
Adução: 
 
 Movimento na direção do plano 
mediano em um plano coronal. 
 
Abdução: 
 
 Afastar-se do plano mediano no plano 
coronal. 
 
 
Rotação Medial: 
 
 Traz a face anterior de um membro para mais perto do plano 
mediano. 
 
 
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23
Rotação Lateral: 
 
 Leva a face anterior para longe do plano mediano. 
 
Retrusão: 
 
 Movimento de retração (para trás) como 
ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro. 
 
Protrusão: 
 
 Movimento dianteiro (para frente) como 
ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro. 
 
Oclusão: 
 
 Movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com 
a arcada dentária inferior. 
 
Abertura: 
 
 Movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido 
súpero-inferior. 
 
Rotação Inferior da Escápula: 
 
 Movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da 
escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se caudalmente. 
 
Rotação Superior da Escápula: 
 
 Movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da 
escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se cranialmente. 
 
Elevação: 
 
 Elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. 
 
Abaixamento: 
 
 Abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros. 
 
 
 
 
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24
Retroversão: 
 
 Posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
 
Anteroversão: 
 
 Posição da pelve na qual o plano vertical 
através das espinhas ântero-superiores é anterior ao 
planovertical através da sínfise púbica. 
 
Pronação: 
 
 Movimento do antebraço e mão que gira o 
rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de 
modo que a palma da mão olha posteriormente. e no 
ombro. 
 
Supinação: 
 
 Movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em 
torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha 
anteriormente. e no ombro. 
 
Inversão: 
 
 Movimento da sola do pé em direção ao 
plano mediano. Quando o pé está totalmente invertido, 
ele também está plantifletido. 
 
Eversão: 
 
 Movimento da sola do pé para longe do plano 
mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele 
também está dorsifletido. 
 
Dorsi-flexão (flexão dorsal): 
 
 Movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece 
quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo. 
 
Planti-flexão (flexão plantar): 
 
 Dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se fica em 
pé na ponta dos dedos. 
 
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25
 
 
1. Citar as abreviaturas utilizadas em Anatomia, para os termos gerais: 
2. Citar as partes constituintes do corpo humano: 
3. Descrever a "Posição de Designação Anatômica" no homem e nos 
mamíferos quadrúpedes: 
4. Descrever os "planos de delimitação e secção" do corpo humano e dos 
mamíferos quadrúpedes: 
5. Citar os eixos do corpo humano descrevendo seu trajeto: 
6. Definir os termos de posição e direção: medial, lateral, mediano, superior, 
inferior, anterior, posterior, ventral, dorsal, caudal, médio, intermédio, distal, 
7. Definir os princípios de construção do corpo humano: estratificação, 
antimeria, metameria e paquimeria, e citar exemplos: 
8. Demonstrar, com exemplos, que a simetria bilateral é apenas aparente: 
 
 
 
 
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25
UNIDADE II: OSTEOLOGIA 
 
 
 Com esta unidade você iniciará o estudo da Osteologia que significa, 
o estudo dos ossos. Apesar de sua aparência simples, o osso é um tecido vivo, 
complexo e dinâmico, formado por um conjunto de tecidos distintos e 
especializados que contribuem para o seu arranjo final sendo então, 
constituintes da porção ativa do aparelho locomotor. 
 
 
Competências 
 
- Conhecimento do esqueleto e suas divisões. 
- Compreensão da classificação dos ossos. 
- Descrição dos principais acidentes dos ossos do esqueleto axial e 
apendicular 
 
Objetivos 
 
- Descrever as funções, as formas, os tipos, as estruturas, as 
propriedades e os números dos ossos do corpo humano. 
- Reconhecer e diferenciar os ossos do esqueleto axial e do apendicular, 
e das cinturas escapular e pélvica; 
- Citar e reconhecer os principais acidentes anatômicos dos ossos do 
esqueleto. 
 
 
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26
Conceito Etimólogo: 
 
 Osteologia é derivada das palavras ósteon que significa “osso”, e 
logos, que significa um “ramo de conhecimento”. 
 
Conceito Anatômico: 
 
 É o estudo das formações intimamente ligadas ou relacionadas com 
os ossos, com eles formando um todo (esqueleto). 
 
Ossos: 
 Ossos são como peças rijas, de número, coloração e 
forma variáveis, que quando unidos de forma apropriada formam 
o esqueleto, quanto a constituição são formados por vários 
tecidos, entre os quais predomina um tecido conectivo 
especializado (osteócitos), que em conjunto constituem o 
esqueleto. 
 
 Os ossos são muito fortes, o que é surpreendente se 
levarmos em conta a sua leveza, constituem apenas 14% do peso 
total do corpo, relativamente ao próprio peso, são mais fortes do 
que o aço ou concreto armado. Um único filamento de colágeno, 
com apenas 1mm de espessura, é capaz de suportar um peso de 
até 10 kg. 
 
 
 
Número de Ossos no Corpo Humano: 
 
 No individuo adulto, idade na qual se considera completa o 
desenvolvimento orgânico, o número de ossos é de 206, o que pode varia se 
levarmos em consideração os seguintes fatores: 
 
- Idade: o número de ossos diminui do nascimento à senilidade. 
- Fatores Individuais: persistência da divisão do osso frontal e ossos 
extranumerários. 
- Critério de contagem: varia de autor para autor. 
 
 Cabeça = 22 
 Crânio = 08 
 Face = 14 
 
 Pescoço = 8 
 
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27
 
 Tórax = 37 
 24 costelas 
 12 vértebras 
 1 esterno 
 
 Abdômen = 7 
 5 vértebras lombares 
 1 sacro 
 1 cóccix 
 Membro Superior = 32 
 Cintura Escapular = 2 
 Braço = 1 
 Antebraço = 2 
 Mão = 27 
 
 Membro Inferior = 31 
 Cintura Pélvica = 1 
 Coxa = 1 
 Joelho = 1 
 Perna = 2 
 Pé = 26 
 
 Ossículos do Ouvido Médio = 3 
 
Esqueleto: 
 O Sistema esquelético (ou esqueleto) humano consiste em um 
conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se interligam para formar o 
arcabouço do corpo. 
 
 Pode ser dividido em duas grandes porções: uma mediana, 
formando o eixo do corpo, composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco, 
o esqueleto axial (aproximadamente 80 ossos); outra, composta pelos ossos 
das extremidades superior e inferior, e as cinturas que ancoram estas 
extremidades ao esqueleto axial, constituindo o esqueleto 
apendicular(aproximadamente 126 ossos). A união entre estas duas porções 
se faz por meio de cinturas: escapular (ou torácica), constituída pela escápula e 
clavícula e pélvica constituída pelos ossos do quadril. 
 
 As Funções do Esqueleto são: 
 
- Proteção de órgãos internos de eventuais choques ou lesões: a 
caixa craniana protege o encéfalo; a caixa torácica protege o coração e 
os pulmões; a espinha dorsal protege o a medula espinhal e etc. 
- Sustentação e conformação do corpo: servem de apoio aos órgãos. 
- Suporte flexível de um complexo sistema de alavancas: que 
movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo, no 
todo ou em parte. 
 
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28
- Local de produção de certas células do sangue: no interior dos ossos 
são produzidas as células sanguíneas (glóbulos vermelhos e brancos) e 
as plaquetas, que são elementos importantes do sangue. Hemoptise é a 
produção de todos os três tipos de células sanguíneas, eritrócitos 
(glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e trombócitos 
(plaquetas). Eritropoiese refere-se especificamente a produção de 
eritrócitos. 
- Armazenamento de minerais: nos ossos são armazenados sais 
minerais como cálcio, potássio, magnésio e etc. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS 
Quanto a sua Posição Topográfica 
 
 Há várias maneiras de classificar os ossos. Uma delas é classificá-
los por sua posição topográfica, reconhecendo-se: 
 
- Ossos axiais (ou esqueleto axial): são formados pelo crânio, esterno, 
costelas, caixa torácica, coluna vertebral e osso hióide. 
- Ossos apendiculares (ou esqueleto apendicular): são formados por 
estruturas ósseas em torno das quais os membros (inclusive mãos e 
pés) e suas cinturas são fixadas. 
 
Quanto à Forma dos Ossos 
 
 
 Esta é a classificação mais difundida 
leva em consideração a forma dos ossos, 
classificando-os segundo a relação entre suas 
dimensões lineares (comprimento, largura ou 
espessura), em ossos longos, curtos, laminares e 
irregulares. 
 
Ossos longos: 
 Seu comprimento é consideravelmente 
maior que a largura e a espessura. Consiste em 
um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises. A 
diáfise apresenta, em seu interior, uma cavidade, o canal 
medular, que alojaa medula óssea. Exemplos típicos 
são os ossos do esqueleto apendicular: fêmur, úmero, 
rádio, ulna, tíbia, fíbula, falanges. 
 
Ossos laminares: 
 
 Seu comprimento e sua largura são 
equivalentes, predominando sobre a espessura. Ossos 
do crânio, como o parietal, frontal, occipital e outros 
como a escápula e o osso do quadril, são exemplos bem 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
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29
demonstrativos. São também chamados (impropriamente) de ossos planos ou 
chatos. 
 
Ossos curtos: 
 
 Apresenta equivalência das três 
dimensões. São encontrados nas mãos e nos pés 
em grupos, os ossos do carpo e do tarso são 
excelentes exemplos. 
 
Ossos irregulares: 
 
 Apresent
a uma morfologia 
complexa não encontrando correspondência em 
formas geométricas conhecidas. As vértebras e 
osso temporal são exemplos marcantes 
 
 Estas quatro categorias são as 
categorias principais de se classificar um osso 
quanto à sua forma. Elas, contudo, podem ser 
complementadas por duas outras: 
 
Ossos pneumáticos: 
 
 Apresenta uma ou mais cavidades, de 
volume variável, revestidas de mucosa e 
contendo ar. Estas cavidades recebem o nome 
de sinus ou seio. Os ossos pneumáticos estão 
situados no crânio: frontal, maxilar, temporal, 
etmóide e esfenóide; 
 
Ossos sesamóides: 
 
 Que se desenvolve na substância de certos tendões ou da cápsula 
fibrosa que envolve certas articulações. os primeiros 
são chamados intratendíneos e os segundos 
periarticulares. A patela é um exemplo típico de osso 
sesamóide intratendíneo. 
 
 
Ossos Alongados: 
 
São ossos longos, porém achatados e não 
apresentam canal central. Exemplo: Costelas. 
 
 
 
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30
Ossos Suturais: 
 
 São pequenos ossos localizados 
dentro de articulações, chamadas de suturas, 
entre alguns ossos do crânio. Seu número varia 
muito de pessoa para pessoa. 
 
Assim, estas duas categorias adjetivam as quatro 
principais: o osso frontal, por exemplo, é um osso 
laminar, mas também pneumático; o maxilar é 
irregular, mas também pneumático, a patela é um 
osso curto, mas é, também um sesamóide (por 
sinal, o maior sesamóide do corpo). 
 
ESTRUTURA DOS OSSOS 
 
 Os ossos são formados essencialmente pelo tecido ósseo (tecido 
conjuntivo duro, com 1,87% de fosfato e cálcio). O estudo microscópico do 
tecido ósseo distingue a substância óssea compacta e a esponjosa. Embora os 
elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância óssea, 
eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo considerado e seu aspecto 
macroscópico também diferem. Na substância óssea compacta, as lamínulas 
de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas às outras pelas suas 
faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão, este tipo é mais 
denso e rijo. 
 
 Na substância óssea esponjosa as lamínulas ósseas, mais 
irregulares em forma e tamanho, se arranjam de forma a deixar entre si 
espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras e que, a 
semelhança do canal medular, contém medula. 
 
 
Gênese Óssea 
 
 Os ossos se formam no embrião de um esboço constituído por 
tecido cartilaginoso e por tecido membranoso que representam o osso primário 
e secundário. Com o tempo, tais esboços começam a se ossificar e o processo 
de ossificação inicia-se em pontos particulares, os centros de ossificação. 
Desses centros o processo se estende. 
 
 Por ocasião do nascimento, os ossos estão quase inteiramente no 
estado cartilaginoso. A ossificação se processa durante toda a infância e 
adolescência e só está completa depois do 24º ano de idade. Então todo o 
esqueleto tornou-se ósseo. Nos ossos longos forma-se um centro de 
ossificação na diáfise e um em cada epífise; desses três pontos o tecido ósseo 
começa a estender-se até que o tecido proveniente de um centro se funde com 
 
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aquele que provém dos outros centros. Nos ossos chatos, o centro de 
ossificação é na parte mediana e daqui o processo se irradia para a periferia. 
 
 A ossificação se processa de modo diverso conforme o esboço 
originário é de natureza cartilaginosa ou membranosa. Nos ossos de origem 
cartilaginosa, o processo se inicia na membrana que reveste a cartilagem e que 
se chama pericôndrio. 
 
 O pericôndrio se transforma pouco a pouco em periósteo, no qual se 
distinguem células particulares, os osteoblastos, que estão encarregadas de 
produzir o osso: revestem eles a cartilagem formando um fino estrato ósseo 
(lâmina fundamental) e, multiplicando-se, dão origem a uma nova substância 
óssea, a qual se acumula primeiramente de modo irregular e depois em 
delgadas lâminas ósseas estratificadas de modo bastante regular. Começada 
assim a ossificação, ela se estende. Do tecido ósseo apenas formado se 
destacam os osteoblastos que emigram para a cartilagem restante; são eles 
acompanhados de ramificações de vasos sanguíneos. No território invadido, os 
osteoblastos retomam a sua função, formam novo tecido ósseo, até que a 
cartilagem esteja inteiramente transformada em osso. 
 
 A completa transformação da cartilagem em osso só tem lugar na 
idade adulta; até os 20 ou 25 anos ficam sempre, entre a diáfise e as epífises, 
uma linha de cartilagem que faz crescer o osso em comprimento. Pode-se 
demonstrar que o osso se alonga justamente graças à cartilagem de 
conjugação: se inserir uma bolinha de chumbo na epífise (logo além da 
cartilagem) e outra na diáfise (apenas um pouco para cá da cartilagem) em um 
osso em via de crescimento (por exemplo, em um animal jovem), constatar-se-
á, radiografando o osso depois de um período de tempo suficiente, que à 
distância entre as duas bolinhas aumentou. O mesmo se pode fazer para 
demonstrar que o crescimento em espessura é devido ao periósteo. Sempre no 
animal jovem, se cerca um osso com um fio metálico, ou então se insere uma 
bolinha de chumbo no periósteo. Depois de um certo tempo notar-se-á que o 
fio ou a bolinha não estão mais na extrema periferia do osso mas no seu 
interior: evidentemente, o periósteo, produzindo novo osso pela sua parte 
interna, afastou-se perifericamente, enquanto os corpos estranhos ficaram 
onde estavam. Nos ossos secundários, derivados não de uma cartilagem mas 
de um esboço de tecido membranoso, a ossificação tem lugar assim: as células 
embrionárias se transformam em osteoblastos e estes iniciam a sua 
proliferação do centro para a periferia, até que se complete a formação do 
tecido ósseo. 
 
Estruturas dos Ossos Longos 
 
 A diáfise é formada por tecido ósseo compacto e é percorrido 
longitudinalmente por um canal interno, chamado canal medular, ocupado pela 
medula. A medula do osso desempenha uma função importantíssima: fabrica 
os glóbulos do sangue, sejam os vermelhos ou brancos. As epífises são 
formadas por tecido ósseo esponjoso, que, na superfície, é revestido por uma 
camada de tecido ósseo compacto. No osso esponjoso, a medula enche as 
cavidades formadas pelo interpenetrar-se das trabéculas. Até a idade adulta, a 
 
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32
diáfise e as epífises são separadas entre si, ou, melhor, estão unidas somente 
por um tecido cartilaginoso; é esta a cartilagem de conjugação ou diafisiária 
que permite o desenvolvimento do osso em 
comprimento, e permanece até que o 
indivíduo complete o seu desenvolvimento 
esquelético. Depois, constitui a chamada 
comissura diafisiária. Os ossos longos estão 
presentes, sobretudo nos membros (osso do 
braço: úmero; osso da coxa: fêmur). 
 
 
Periósteo 
 
 No vivente e no cadáver o osso se 
encontra sempre revestido por delicada 
membrana conjuntiva, com exceção das 
superfícies articulares. Esta membrana é 
denominadaperiósteo e apresenta dois 
folhetos: um superficial e outro profundo, este 
em contato direto com a superfície óssea. A 
camada profunda é chamada osteogênica pelo 
fato de suas células se transformarem em 
células ósseas, que são incorporadas à 
superfície do osso, promovendo assim o seu 
espessamento. 
 
 Os ossos são altamente vascularizados. As artérias do periósteo 
penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. Por esta 
razão, desprovido do seu periósteo o osso deixa de ser nutrido e morre. 
 
Cartilagem Articular 
 
 A cartilagem articular é uma forma de tecido 
de suporte firme e resistente, mas não tanto como o 
osso. Não tem vasos sangüíneos nem linfáticos e não 
recebe nervos. Três tipos são conhecidos - cartilagem 
hialina, fibrocartilagem e cartilagem elástica. 
 
A cartilagem hialina: 
 
 Tem uma aparência translúcida, branco-
azulada. É o tipo de mais larga distribuição e aparece 
no modelo cartilagíneo dos ossos em desenvolvimento. 
Ela persiste, na vida adulta, como cartilagem articular, nas extremidades dos 
ossos; como cartilagens costais, da traquéia, do nariz, septo nasal dos 
brônquios e como as maiores cartilagens da laringe. Os representantes não-
articulares da cartilagem hialina têm tendência a se ossificar mais tarde na 
vida. 
 
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A fibrocartilagem: 
 
 Consiste em coleções densas de fibras colágenas nas quais está 
misturada uma matriz cartilagínea. Ela é menos homogênea que a cartilagem 
hialina, porém é mais resistente e mais flexível. Ocorre nos discos 
intervertebrais e articulares e nas orlas glenoidais de certas articulações. Está 
presente na sínfise púbica e cobre tendões onde estes têm relação com ossos. 
 
A cartilagem elástica: 
 
 É atravessada por uma rica rede de fibras elásticas, o que lhe dá, 
além de uma aparência amarelada, a capacidade de retornar rapidamente a 
sua forma original, quando tracionada ou torcida. A cartilagem elástica ocorre 
somente nas partes móveis do ouvido externo, no nariz e na epiglote. 
 
DESCRIÇÃO DAS SUPERFÍCIES 
ÓSSEAS 
Termos Utilizados 
Saliências 
 
 Servem para articular os ossos entre si (superfícies articulares) e 
para a fixação de músculos, ligamentos, cartilagens e etc. Podemos então 
dividi-las em saliências de superfícies de articulação e proeminências não 
articulares. 
 
 Saliências de superfícies de articulação 
 
Côndilo: 
 
 Uma projeção articular grande arredondada. Ex.: Côndilo occipital do 
osso occipital. 
 
Cabeça: 
 
 Uma extremidade articular proximal proeminente, arredondada. Ex.: 
Cabeça do Fêmur. 
 
Face: 
 Uma superfície articular achatada ou pouco profunda. Ex.: Face 
costal de uma vértebra. 
 
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34
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Saliências de proeminências não articulares 
 
Processo: 
 
 Qualquer proeminência acentuada do osso. Ex.: Processo 
mastóideo do osso temporal. 
 
Tubérculo: 
 
 Um pequeno processo arredondado. Ex. : Tubérculo maior do úmero 
. 
Tuberosidade: 
 
 Um grande processo áspero. Ex. : Tuberosidade da ulna . 
 
Trocanter: 
 
 Processo maciço encontrado apenas no fêmur. Ex.: Trocanter maior 
do fêmur. 
 
Espinha: 
 
 Processo agudo, fino. Ex. : Espinha da escápula . 
 
Crista: 
 
 Projeção em aresta estreita. Ex. : Crista ilíaca do osso do quadril. 
 
Epicôndilo: 
 
 Projeção acima do côndilo. Ex. : Epicôndilo medial do fêmur . 
 
 
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Depressões 
 
 As depressões podem ser articulares ou não e as aberturas, em 
geral servem para a passagem de nervos ou vasos. 
 
Fossa: 
 
 Uma vala rasa. Ex.: Fossa mandibular do osso temporal. 
 
Sulco: 
 
 Goteira que acomoda um vaso, nervo ou tendão. Ex.: Sulco 
intertubercular do úmero. 
 
Fissura: 
 
 Abertura em fenda estreita. Ex.: Meato acústico do osso temporal. 
 
Alvéolo: 
 
 Soquete ou escavação profunda. Ex.: Alvéolos dentários da maxila. 
 
Aberturas 
Forame: 
 
 Abertura circular que atravessa o osso. Ex.: Forame magno do 
occipital. 
 
Seio: 
 
 Cavidade ou espaço oco. Ex.: Seio frontal do osso frontal. 
 
Fóvea: 
 
 Pequena cavidade ou depressão. Ex.: Fóvea da cabeça do fêmur. 
 
 
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Veja a seguir a localização, segmento, região e o total de ossos do esqueleto. 
ESQUELETO AXIAL 
SEGMENTO REGIÃO OSSO NÚMERO TOTAL 
CABEÇA e 
PESCOÇO 
CRÂNIO Frontal 
Occipital 
Etmóide 
Esfenóide 
Temporais 
Parietais 
01 
01 
01 
01 
02 
02 
08 
FACE Vômer 
Mandíbula 
Conchas nasais 
inferior 
Lacrimais 
Palatinos 
Maxilares 
Zigomáticos 
Nasais 
01 
01 
02 
02 
02 
02 
02 
02 
14 
ORELHA Martelo 
Estribo 
Bigorna 
02 
02 
02 
06 
CERVICAL Hióide 
Vértebras 
01 
07 08 
TRONCO TORÁCICA Esterno 
Vértebras 
Costelas 
01 
12 
24 
37 
ABDOMINAL Vértebras 
Sacro 
Cóccix 
05 
01 
01 
07 
 
ESQUELETO APENDICULAR 
SEGMENTO REGIÃO OSSO Número TOTAL 
MEMBRO 
SUPERIOR 
Cintura 
escapular 
Clavícula 
Escápula 
02 
02 
54 
Braço Úmero 02 
Antebraço Rádio 
Ulna 
02 
02 
Mão Escafóide, Semilunar, Piramidal e 
Pisciforme 08 
Trapézio Trapezóide Capitato
Hamato 08 
Metacarpianos 10 
Falange proximal, média e distal 28 
MEMBRO 
INFERIOR 
Cintura pélvica Ilíacos 02 02 
Coxa Fêmur 
Patela 
02 
02 04 
Perna Tíbia 
Fíbula 
02 
02 04 
Pé Calcâneo, Talus, Navicular, 
Cubóide, Cuneiformes
Metatarsianos 
Falanges proximal, média e distal 
02 de 
cada(10) 
10 
28 
52 
 
 
 
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37
OSSOS DA CABEÇA 
 
 
 
 Na realidade o termo crânio propriamente dito, é comumente 
utilizado para identificar a parte que contém o encéfalo (crânio neural), o 
restante do crânio (os ossos maxilares, orbitais e as cavidades nasais) forma o 
esqueleto facial (crânio visceral). 
 
 O crânio ou esqueleto da cabeça é considerado a estrutura mais 
complexa do corpo, pois: 
 
- Abriga e protege o encéfalo (cujo formato é irregular); 
- Abrigam os órgãos dos sentidos especiais para a visão, audição, 
gustação e olfato; 
- Envolve as aberturas dos tractos digestório e respiratório; 
- Abriga órgãos responsáveis pela mastigação. 
 
 A caixa craniana está constituída por 22 ossos dos quais apenas 
um, a mandíbula, é móvel, concentrando-se como o restante do crânio através 
da articulação tempero mandibular (ATM), os outros ossos articulam-se entre si 
através de junturas praticamente imóveis (suturas). 
 
 
 
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38
 
Ossos do Crânio Neural (8) 
 
- É o revestimento ósseo do encéfalo e dos seus revestimentos 
membranáceos: as meninges cranianas; 
- Contém partes proximais dos nervos cranianos e a rede vascular do 
encéfalo; 
- Tem um tecto em forma de cúpula, a calvária ou calota craniana e um 
assoalho ou base do crânio. 
- Nos adultos, é formado por uma série de 8 ossos: 
o 4 ossos ímpares centralizados na linha mediana: frontal, 
etmóide, esfenóide e occipital; 
o 2 conjuntos de ossos pares e bilaterais: temporal e parietal. 
 
Frontal: 
 
 O osso frontal é um osso 
largo ou chato, situado para frente e 
para cima e apresenta duas porções: 
uma vertical, a escama, e uma 
horizontal, os tectos das cavidades 
orbitais e nasais. 
 
 O frontal articula-se com 
doze ossos: esfenóide, etmóide, 
parietais (2), nasais (2), maxilares (2), 
lacrimais (2) e zigomáticos (2). 
 
Etmóide: 
 É o osso mais leve do crânio 
e consiste predominantemente de 
tecido esponjoso.O etmóide é um osso 
irregular e é a principal estrutura de 
suporte da cavidade nasal e contribui 
para a formação das órbitas. 
 
Esfenoide 
 
 É um osso irregular, forma a 
porção anterior da base do crânio, 
articula-se anteriormente com o 
etmóide e o frontal, e posteriormente com o 
occipital. 
 
 
 
 
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39
Occipital: 
 
 É um osso plano que forma a 
base do crânio, articula-se 
anteriormente com os ossos parietais 
formando a sutura lambdóide. A porção 
inferior possui uma grande abertura, o 
forame magno, por onde passa a 
medula espinhal. 
 
Temporal: 
 
 Os dois ossos temporais são 
irregulares, auxiliam na formação dos 
lados e da base do crânio. Cada um 
inclui a orelha e forma a fossa para a 
articulação da mandíbula. 
 
Parietal: 
 
 Os dois ossos parietais 
formam os lados e o tecto do crânio e 
articulam-se na linha mediana 
formando a sutura sagital. 
 
 
Ossos da Face ou Viscerocrânio (14) 
 
- É o esqueleto facial formado pelos ossos da face; 
- É formado por ossos irregulares: 
- 3 ossos ímpares centralizados na linha mediana: mandíbula, etmóide e 
vômer; 
- 6 ossos pares e bilaterais: maxilas, conchas nasais inferiores, 
zigomáticos, palatinos, ossos nasais e lacrimais. 
- As maxilas e mandíbula, são ossos que circundam a boca e abrigam os 
dentes. 
 
Mandíbula ou Osso Maxilar Inferior: 
 
 É um osso ímpar que contém 
a arcada dentária inferior. Consiste de 
uma porção horizontal, o corpo, e duas 
porções perpendiculares, os ramos, 
que se unem ao corpo em um ângulo 
quase reto. 
 
 
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40
Vômer: 
 É um osso ímpar. Forma 
as porções posteriores e inferiores do 
septo nasal. O osso vômer articula-se 
com 6 ossos: esfenóide, etmóide, 
maxilares (2) e palatinos (2). 
 
Maxila: 
 
 É um osso plano e irregular. 
Forma quatro cavidades: o tecto da cavidade bucal, o soalho e a parede lateral 
do nariz, o soalho da órbita e o seio maxilar, Cada osso apresenta um corpo e 
quatro processos. 
 
Conchas Nasais Inferiores: 
 
 As duas conchas nasais inferiores, são ossos independentes que se 
localizam, um em cada cavidade nasal, na porção lateral. 
 
 
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41
Zigomáticos: 
 
 Estes dois ossos formam a 
proeminência das maças do rosto, 
localizam-se sobre as maxilas, 
articulando-se com os seus processos 
zigomáticos. 
 
 
Palatinos: 
 
 Os ossos palatinos formam o 
tecto da boca, o palato duro. Parte dos 
ossos palatinos estende-se para cima e 
auxilia na formação da parede externa 
da cavidade nasal. 
 
 
 
 
Nasais: 
 
 Os dois ossos nasais 
articulam-se para formar a ponte do 
nariz. Superiormente, esses ossos 
achatados articulam-se com o osso 
frontal e constituem uma pequena 
porção do tecto da cavidade nasal. 
 
 
 
Lacrimais: 
 
 Os dois ossos lacrimais compõem 
parte da órbita no ângulo interno do olho. 
Esses ossos dispõem-se imediatamente atrás 
do processo frontal da maxila. 
 
 
 
 
 
 
 
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42
Suturas do Crânio 
 
 A região superior do crânio é 
designada por cúpula do crânio e é 
atravessada por três suturas (ligações que 
não permitem mobilidade): 
 
1 – Sutura Coronal – separa o osso frontal 
dos parietais. 
2 – Sutura Sagital – separa os dois ossos 
parietais (linha sagital mediana). 
3 – Sutura Lambdóide – separa os ossos 
parietais do osso occipital. 
O ponto de encontro das suturas coronal e 
sagital é designado de Bregma. 
O ponto de encontro das suturas sagital e 
lambdóide é chamado de Lambda. 
 
 
 
O Osso Hióide 
- Este osso não possui 
articulação; 
- É suspenso a partir do 
processo estilóide do osso 
temporal por dois 
ligamentos estilóideos; 
- Externamente, a sua 
posição, é observada no 
pescoço, entre a mandíbula 
e a laringe; 
- Tem uma forma 
semelhante a ferradura 
com duas projecções 
laterais; 
- O osso hióide funciona 
como suporte para a língua. 
 
 
 
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COLUNA VERTEBRAL 
 
Constituição da Coluna Vertebral 
 
 A coluna vertebral, 
também chamada de espinha 
dorsal, estende-se do crânio 
até a pelve. Ela é responsável 
por dois quintos do peso 
corporal total e é composta 
por tecido conjuntivo e por 
uma série de ossos, 
chamados vértebras, as quais 
estão sobrepostas em forma 
de uma coluna, daí o termo 
coluna vertebral. A coluna 
vertebral é constituída por 24 
vértebras + sacro + cóccix e 
constitui, junto com a cabeça, 
esterno e costelas, o 
esqueleto axial. 
 
 Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); 
inferiormente, articula-se com o osso do quadril ( Ilíaco ). 
 
 A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, 
Lombar e Sacro-Coccígea. 
 
 São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 
cerca de 4 coccígeas. 
 
Curvaturas da Coluna Vertebral 
 
 Numa vista lateral, a 
coluna apresenta várias curvaturas 
consideradas fisiológicas. 
 
 São elas: cervical 
(convexa ventralmente - LORDOSE), 
torácica (côncava ventralmente - 
CIFOSE), lombar (convexa 
ventralmente - LORDOSE) e pélvica 
(côncava ventralmente - CIFOSE). 
Quando uma destas curvaturas está 
aumentada, chamamos de 
HIPERCIFOSE (Região dorsal e 
pélvica) ou HIPERLORDOSE 
 
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44
(Região cervical e lombar). 
 
 Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta 
nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos 
de ESCOLIOSE. 
 
Funções da Coluna Vertebral 
 
- Protege a medula espinhal e os nervos espinhais; 
- Suporta o peso do corpo; 
- Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô 
para a cabeça; 
- Exerce um papel importante na postura e locomoção; 
- Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os 
músculos do dorso; 
- Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, 
para trás e para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior. 
 
Características dos Ossos da Coluna Vertebral 
 
 As vértebras podem ser estudadas sobre três aspectos: 
características gerais, regionais e individuais. 
 
Características Gerais 
 
 São encontradas em quase todas as vértebras (com excessão da 1ª 
e da 2ª vértebras cervicais) e servem como meio de diferenciação destas com 
os demais ossos do esqueleto. 
 
 Todas as vértebras apresentam 7 elementos básicos: 
 
1. Corpo: É a maior parte da vértebra. 
É único e mediano e está voltado para 
frente é representado por um segmento 
cilindro, apresentando uma face 
superior e outra inferior. FUNÇÃO: 
Sustentação. 
 
2. Processo Espinhoso: É a parte do 
arco ósseo que se situa medialmente e 
posteriormente. FUNÇÃO: 
Movimentação. 
 
 
3. Processo Transverso: São 2 prolongamento laterais, direito e esquerdo, 
que se projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo 
com a lâmina. FUNÇÃO: Movimentação. 
 
 
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4. Processos 
Articulares: São em 
número de quatro, 
dois superiores e dois 
inferiores. São 
saliências que se 
destinam à 
articulação das 
vértebras entre si. 
FUNÇÃO: Obstrução. 
 
5. Lâminas: São 
duas lâminas, uma 
direita e outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao processo 
transverso. FUNÇÃO: Proteção. 
 
6. Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao 
corpo vertebral. FUNÇÃO: Proteção. 
 
7. ForameVertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e 
posteriormente pelo arco ósseo. FUNÇÃO: Proteção 
 
Vértebras Cervicais 
 
 
 Possuem um 
corpo pequeno exceto a 
primeira e a segunda 
vértebra. Em geral 
apresentam processo 
espinhal bífido e 
horizontalizado e seus 
processo transversos 
possuem forames 
transversos (passagem 
de artérias e veias 
vertebrais). 
 
Atlas: 
 
 A principal diferenciação desta para as outras vértebras é de não 
possuir corpo. 
 
 Além disso, esta vértebra apresenta outras estruturas: 
 
- Arco Anterior - forma cerca de 1/5 do anel. 
- Tubérculo Anterior 
- Fóvea Dental - articula-se com o Dente do áxis (processo odontóide) 
 
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46
- Arco Posterior - forma cerca de 2/5 do anel. 
- Tubérculo Posterior 
- Massas Laterais - partes mais volumosas e sólidas do atlas e suportam 
o peso da cabeça. 
- Face Articular Superior - articula-se com os condilos do occipital. 
- Face Articular Inferior - articula-se com os processos articulares 
superiores da 2ª vértebra cervical (Áxis). 
- Processos Transversos - encontram-se os forames transversos. 
 
Áxis: 
 
 É a segunda vértebra cervical. Apresenta um processo ósseo forte 
denominado Dente (Processo Odontóide)que localiza-se superiormente e 
articula-se com o arco anterior do Atlas. 
 
 
Vértebras Torácicas 
 
 As vértebras torácicas localizam-se inferiormente às vértebras 
cervicais e superiormente às vértebras lombares. São em número de doze, 
uma para cada uma das doze costelas. 
 
 
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47
 O que mais 
evidentemente diferencia 
estas vértebras das outras 
são as fóveas costais, que 
são locais de articulações 
sinoviais entre as costelas e 
as vértebras. Normalmente 
há seis fóveas para cada 
vértebra, quatro no corpo 
vertebral e duas no processo 
transverso. As do processo 
transverso articulam-se com 
os tubérculos costais, 
enquanto as do corpo vertebral articulam-se com as cabeças das costelas. 
 
 O corpo vertebral dessas 
vértebras é maior que o das cervicais, 
pois precisa sustentar mais peso, 
enquanto o forame vertebral é menor e 
mais arredondado. O processo 
transverso é mais desenvolvido também, 
mas não possui o forame transverso. O 
processo espinhoso costuma ser longo, 
apontando quase que inferiormente. 
 
 
 
Vértebras Lombares 
 
 As vértebras lombares são os maiores segmentos da porção móvel 
da coluna vertebral, e pode ser diferenciadas pela ausência do forame (orifício) 
nos processos transversos, e pela ausência das facetas nas laterais do corpo 
da vértebra. 
 
Particularidades: processos mamilares, corpo em forma de rim, forame 
vertebral triangular e processo espinhoso quadrangular. 
 
 
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48
Vértebras Sacrais 
 
 São 5, com tamanho decrescente. Durante a infância, são 
independentes, mas na idade adulta apresentam-se fundidas, formando o Osso 
Sacro. 
 
 Entre as vértebras fundidas não existem Discos Intervertebrais (o 
último disco fica entre o Sacro e o Cóccix). Tem formato triangular de ápice 
inferior 
 
Face pélvica: linhas transversas, forames sacrais ventrais e promontório. 
 
Face dorsal: cristas sacrais mediana, intermédias e laterais, forames sacrais 
dorsais, hiato sacral, cornos sacrais, tuberosidade sacral e superfícies 
auriculares. 
 
 
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Vértebras Coccígeas 
 
 O cóccix (pronuncia-se "có-kcis") é um pequeno osso da parte 
inferior da coluna vertebral. É constituído por quatro ou cinco vértebras 
coccígeas, soldadas entre si, sendo as inferiores progressivamente menores. A 
vértebra superior apresenta uma faceta elíptica que se articula com o sacro. 
Atrás desta localizam-se duas saliências verticais denominadas pequenos 
cornos do cóccix. De cada lado encontram-se dois prolongamentos 
transversais denominados grandes cornos do cóccix. 
 
 
ESTERNO 
 O osso esterno, nos seres humanos, é um osso chato, localizado na 
parte anterior do tórax, composto de três partes: o manúbrio, o corpo e a 
apófise xifóide, ou o processo xifóide. 
 
 
 
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 O esterno serve para sustentação das costelas e da clavícula, 
formando a caixa torácica onde ficam protegidos os pulmões, coração e os 
grandes vasos (aorta, veia cava, artérias e veias pulmonares). As sete 
primeiras costelas, também chamadas de costelas verdadeiras, se unem ao 
esterno, as três seguintes, conhecidas como costelas falsas, se juntam para 
depois se unirem ao esterno, e as duas últimas costelas, chamadas de 
flutuantes, não se unem ao esterno. As costelas na parte posterior do tórax se 
prendem as vértebras torácicas. O esterno, bem como toda a caixa torácica e a 
musculatura, tem papel fundamental no processo respiratório, através dos 
movimentos de inspiração e expiração. 
 
 O esterno tem superiormente as incisuras claviculares; onde articula 
com as claviculas; e a incisura jugular,e nas bordas laterais incisuras costais, 
onde estão fixados as cartilagens costais. É formado superiormente pelo 
manubrio, ao centro tem se o corpo do esterno e inferiormente o processo 
xifóide, onde se liga o diafragma dentre outros músculos importantes. 
 
COSTELAS 
 
 As costelas são ossos 
alongados, comparáveis a arcos, 
que se estendem da coluna vertebral 
até o esterno, ao qual se unem 
através das cartilagens costais. No 
Homem, há doze de cada lado 
(sendo que o número é variável com 
a espécie animal). As sete primeiras 
articulam-se na frente com o esterno 
por meio de uma cartilagem, que 
lhes é própria (costelas verdadeiras). 
Da oitava à décima costela elas se 
unem através de suas cartilagens a 
uma cartilagem comum, que se articula com o esterno (costelas falsas). A 
décima-primeira e a décima-segunda costela não se articulam com o esterno 
(costelas flutuantes). 
 
 São formadas por cabeças com duas faces articulares para o 
processo transverso, colo, tubérculo, ângulo costal, sulco da costela, face 
interna, face externa, margem superior, margem inferior, cartilagens costais. 
 
 
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ESQUELETO APENDICULAR 
 
 O esqueleto dos membros superiores e o dos inferiores apresentam 
características análogas. Em ambos podemos distinguir três segmentos: o 
primeiro formado por um osso único; o segundo, por dois ossos, e o terceiro 
por uma série de pequenos ossos; vêm depois os ossos das falanges. 
 
 O membro superior é dotado de maior amplitude de movimentos; de 
outro lado, os ossos do membro inferior são mais fortes. Isto é evidente 
levando em consideração as funções: o membro superior desenvolve 
determinadas atividades de trabalho, enquanto o membro inferior tem de 
sustentar o peso do corpo. Os membros estão unidos ao corpo mediante um 
sistema ósseo que toma o nome de cintura ou de cinta. A cintura superior se 
chama cintura torácica ou escapular; a inferior se chama cintura Pélvica. A 
primeira sustenta o úmero e com ele todo o braço; a segunda dá apoio ao 
fêmur e a toda a perna. 
 
Esqueleto dos Membros Superiores 
 
 Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro 
segmentos: 
 
- Cintura Escapular - Clavícula e Escápula 
- Braço - Úmero 
- Antebraço - Rádio e Ulna 
- Mão - Ossos da Mão 
 
 
 
 
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Cintura Escapular 
 
 A cintura torácica ou escapular é formada de dois ossos: a clavícula 
e a escápula. Este complexo está unido ao tórax somente mediante a 
articulação que a clavícula

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