Prévia do material em texto
MAPA – SEG - LEGISLAÇÃO APLICADA À SEGURANÇA DO TRABALHO - 54_2024 (21) 99887-9815 ASSESSORIA NOS SEUS TRABALHOS (21) 99887-9815 (21) 99887-9815 Saúde e segurança psicológica no trabalho: medidas preventivas à Síndrome de Burnout A partir da 11ª revisão da Classificação Internacional de Doenças, a Síndrome de Burnout passou a ser considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como doença ocupacional. Isso significa que, uma vez diagnosticada a doença, o empregado fará jus ao afastamento de suas atividades para a realização de tratamento e terá todos os benefícios trabalhistas e previdenciários inerentes ao acidente de trabalho. A depender da extensão do dano, poderá inclusive, fazer jus a estabilidade de um ano, a contar de seu retorno às atividades, conforme estabelece a lei 8.213/91 em seu artigo 118 A Síndrome de Burnout, de acordo com a OMS, é definida como "estresse crônico do trabalho que não foi administrado com sucesso". Seus sintomas principais são sensação de esgotamento, sentimentos negativos relacionados ao trabalho e queda de produtividade, podendo ser desencadeado por múltiplas causas, tais como, trabalho excessivo, assédio moral, más condições de trabalho, ausência de ferramentas adequadas para a execução do trabalho, cobranças excessivas, atribuição de tarefas incompatíveis com a capacitação do empregado, etc... Embora seja comum associar o acidente de trabalho com as casuísticas que possuem desdobramentos físicos, como por exemplo, uma fratura, uma lesão por esforço repetitivo, queimaduras e outras situações que geram lesões físicas, é importante esclarecer que desdobramentos emocionais negativos decorrentes da relação de emprego também são considerados como acidente de trabalho e merecem atenção quando se fala em higiene, saúde e segurança no trabalho, requerendo assim, ações preventivas. De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) a manutenção de um ambiente de trabalho sadio e acolhedor e o fortalecimento das relações entre gestores e equipes pode se dar com diferentes ações, tais como: (a) Fortalecer a autonomia dos colaboradores e estimular o desenvolvimento contínuo (b) Promover a cultura do diálogo, reservando um tempo do dia para conversar com as pessoas da equipe de forma mais individualizada. Isso vai permitir conhecer cada um mais de perto (c) Instituir a cultura da celebração das conquistas, seja o alcance de metas, o sucesso na realização de um evento ou o desenvolvimento de um produto, entre outras situações. Valorize esses momentos (d) Respeitar o direito à desconexão e os horários de jornada de trabalho, utilizando institucionais, como e-mail ou chat. somente os canais de comunicação (e) Estabelecer espaços de colaboração e parceria entre todas as pessoas da unidade, alinhando uma linguagem e trazendo segurança para o caminhar da equipe; (f) Estabelecer espaços de cocriação e colaboração. O gestor ou a gestora, diante de um problema, não precisa ter a resposta imediata. A questão pode ser dividida com a equipe de acordo com o TST, o Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS, publicado em junho de 2022, mostrou que, em 2019, um bilhão de pessoas viviam com transtornos mentais. O estudo também revelou que 15% dos adultos. ultos em idade laboral sofreram com algum transtorno mental. Este cenário foi agravado em 2020, com um aumento de 25% nos casos de ansiedade e depressão em decorrência da pandemia da covid-19. BRASIL. Lei 8.213 de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Beneficios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 06 abril 2024, KRAWCZUN, Natalia Branco Lopes. Compartilha Direito. Burnout: conheça seus direitos. Vídeos disponível em TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, Noticias do TST. Setembro Amarelo: os impactos da Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho. Disponível em: