Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

..............................................................................................................................
.
CIÊNCIAS CONTABEIS - 
ANA KAROLINA DA SILVA NUNES - 517892020
DIREITO TRIBUTARIO
............................................................................................................................
Guarulhos
2024
ANA KAROLINA DA SILVA NUNES
DIREITO TRIBUTARIO
Trabalho apresentado ao Curso Ciências
Contábeis do Centro Universitário ENIAC para a
disciplina Direito Tributario
Prof. Max Clayton Marques
Guarulhos
2024
A empresa FORZA, fundada em 2000 pelos sócios: Pedro, João, Marcela e Bruna, é
uma empresa prestadora de serviços situada na Cidade de São Paulo. Seu principal
negócio (business) é a prestação de serviços (segurança, limpeza e portaria).
A empresa possui uma estrutura administrativa formada pelos departamentos
financeiro, administrativo, recursos humanos, operações e comercial. Pedro é pai de
João e Marcela. Bruna e Marcela são amigas de infância. Pedro é o diretor do
departamento administrativo e financeiro, João é o diretor do departamento de
operações, Marcela é diretora de recursos Humanos e Bruna é diretora comercial.
Atualmente a FORZA tem cinquenta (50) funcionários e seu faturamento
anual,registrado até o último ano de foi de R$10.000.000,00 (Dez Milhões de Reais).
Os anos seguintes apresentaram queda nos lucros, registrando um faturamento anual
de R$7.000.000,00 (Sete Milhões de Reais).
Pedro reclama constantemente da forte concorrência, que oferta serviços similares e
com preços acessíveis, “roubando” seus clientes. Ele também afirma que fazem dois
anos que a empresa não consegue crescer. 
A FORZA buscou uma consultoria jurídica e empresarial para ajudar na resolução de
algumas questões relacionadas ao:
· Planejamento Tributário
· Direito Trabalhista
· Relações Institucionais
· Perícia Avaliação e Arbitragem
· Direito Tributário
Você foi contratado para propor através de ferramentas, técnicas e legislação algumas
soluções para os problemas previamente diagnosticados em cada uma destas frentes.
ATIVIDADE PROPOSTA:
Apresentar a situação problema de bitributação do ISSQN e conflito de competência
que deve ser resolvida e amparada na legislação.
Respostas
Seguindo a orientação dada na proposta desse portfólio, partimos do pressuposto
que a empresa está sendo bitributada no Imposto Sobre Serviço de Qualquer
Natureza (ISSQN), o que afeta diretamente seu faturamento, e fez conforme o
informado no estudo de caso, com que a empresa passasse a ter uma queda em
seu faturamento anual. Diante da situação exposta, trazemos a empresa o amparo
legal para que essa re corra na justiça os casos em que ela esteja sendo tributada por
dois entes federativos distintos, onde um desses está invadindo a competência
do outro.
A tributação é vedada pela Constituição Federal, fazendo com que este ato seja
inconstitucional por quem o pratica.
“Art. 154. A União poderá instituir:
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que
sejam nã o cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados nesta Constituição.”
Existem dois casos em que a lei permite a bitributação: em contexto de guerra e na
tributação internacional.
Em iminência ou em caso de guerra externa, a União pode criar lei ordinária
tributando o mesmo fato gerador já tributado por outro ente federado. Isso porque
entende-se que as condições de guerra provocam necessidade de aumento da
receita federal. Além disso, apenas a União pode bitributar, pois trata-se de assunto
de Estado.
Já a bitributação internacional é permitida, pois, tem por base o princípio da
soberania nacional, que consiste na autoridade absoluta do Estado, inclusive de
criar sua própria jurisdição tributária.
Mas a qual ente Federativo compete o recolhimento do imposto? Conforme
Lei Complementar n.º 116/2003, de competência dos municípios e do Distrito
Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços, relacionados no último
normativo antes mencionado, no qual a aludida relação elenca 40 modalidades de
serviços que podem ser enquadrados na legislação específica sobre ISSQN na
esfera de competência dos Entes Federativos aqui tratados.
Ressalvados os casos de exceção tratados em lei, o imposto é devido no local do
estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do
prestador. De acordo com as informações colhidas junto ao Ministério da
Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional, por meio do Sistema de Informações
Contábeis e Fiscais do Setor público (SICONFI).
Trazemos também a importante informação para a empresa que as alíquotas a
serem cobradas devem ser de no mínimo 2 e no máximo 5 por cento, e o que fugir
disso pode ser questionado na justiça, ressalvo os destacados na lei complementar
anterior citada.
A novidade editada pela lei complementar 116/2003, discorre sobre a alteração da
alíquota do imposto trazendo em seu artigo 8º inciso II: “As alíquotas máximas do
ISSQN são as seguintes: I – (VETADO), II – demais serviços, 5% (cinco por cento).
Art. 88. Enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos incisos I e III do
parágrafo 3 º do art. 156 da CF, o imposto a que se refere o inciso III do caput do
mesmo artigo:
I – Terá alíquota mínima de dois por cento.
II – Não será objeto de concessão de isenções, incentivos fiscais, que resulte, direta
ou indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso I.
O art. 3º, caput da Lei Complementar 116/2003, trouxe como regra geral segundo
a qual o sujeito ativo do ISSQN é o município do estabelecimento do prestado r (ou,
na fal ta deste, o do do micílio do prestador). Portanto, o local de prestação de
serviço, é o estabelecimento prestador, não importando aonde viesse a ser prestado
o serviço. Todavia, no próprio art. 3º, foram destacados 22 incisos (ou seja, 20
hipóteses, em face de dois vetos), admitindo, como exceção, “o l ocal da prestação
do serviço” como o município da prestação.
É importante afirmar que o art. 4º da Lei Complementar 116/2003 definiu
“estabelecimento prestador” de forma ampla, abrindo-se para interpretação. Note o
dispositivo:
“Art. 4 º. Para esse fim, considera-se estabelecimento prestador o local onde o
contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou
temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevante
para caracterizá-lo as denominações - sede, filial, agência, posto de atendimento,
sucursal, escritório de representação ou contato, ou quaisquer outras que venham a
ser utilizadas.”
Conforme o informado, será considerado município competente para cobrança do
imposto, o município em que o prestador de serviço, prestar o serviço, independente
da sede, filial, unidades da empresa, ressalvo serviços que necessitem da presença
física do prestador no local, sendo este o ente federativo o competente para a
cobrança, como serviços de limpeza predial, segurança etc.
Sendo assim, a empresa deve verificar os casos em que ela estiver sendo
Bitributada, ou até mesmo sendo taxada por uma alíquota equivocada, devendo
nesses casos questionar a tributação na Justiça ou solicitar restituição junto ao
órgão responsável pelo recolhimento do tributo, isto quando for evidente a invalidade
do imposto.
A fim de evitar a Bitributação, e recomendável a empresa o investimento em
Planejamento contábil, pois para evitar o pagamento equivocado desses impostos
se faz necessário o conhecimento amplo do Direito Tributário, para encontrar até
mesmo brechas legais em que se possa diminuir a carga tributária incidida no
faturamento da empresa
2024
Conclusão
Após o apresentado neste portfólio, podemos verificar a grande importância
de as empresas investirem em seu planejamento tributário, p ara de forma
legal, minimizarão máximo a carga tributária que i rá incidirsobre seu
faturamento.
 Podemos até mesmo, por falta de conhecimento, conforme o estudo de
caso deste portfólio, incorrer na Bitributação, ou seja, pagar imposto duas
vezes, sobre o mesmo fato gerador, quando cobrado por entes federativos
distintos.
Referências
A bitributação no ISSQN: evidências a partir de municípios brasileiros -
Jus.com.br | Jus Navigandi - https://jus.com.br/artigos/74157/a-bitributacao-
no-issqn-evidencias-a-partir-de-municipios-brasileiros
Bitributação: o que é, exemplos e como funciona – Blog Capital Research -
https://capitalresearch.com.br/blog/bitributacao/
Bitributação - o que é e como afeta o contribuinte (liberius.com.br) -
https://liberius.com.br/bitributacao/
2024
https://capitalresearch.com.br/blog/bitributacao/

Mais conteúdos dessa disciplina