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CONECTIVOS – PREPOSIÇÕES E CONJUNÇÕES Olá, pessoal Hoje nosso assunto será a função e o emprego dos conectivos – conjunções e preposições. Ao lado dos pronomes, esses elementos são responsáveis por estabelecer o nexo entre os vocábulos de uma oração e entre as orações, períodos e parágrafos em um texto. Por questões didáticas, iremos alterar a nossa forma de apresentação. Como o assunto é grande, para não corrermos o risco de deixar de fora alguma conjunção ou preposição, apresentaremos nessa primeira parte os conceitos a serem relembrados para, em seguida, resolvermos as questões de prova. PREPOSIÇÕES São palavras invariáveis que, colocadas entre duas outras, estabelecem uma relação de subordinação de uma em relação à outra. Também podem surgir isoladamente, conhecidos como sintagmas avulsos preposicionados (Com sua licença, por favor). Pode-se entender, todavia, que o antecedente, nesses casos, está elíptico. Preposição em adjunto adverbial Sobretudo na fala, pode ocorrer, também, a elipse da preposição, especialmente em adjuntos adverbiais “Neste/Este fim de semana, irei ao litoral”, “Chegarei (no) domingo.”, “A lista dos aprovados sairá (n)esta semana ainda.”. Contudo, se o adjunto adverbial vier sob a forma de oração, a preposição antes do pronome relativo correspondente É OBRIGATÓRIA. Isso já foi considerado um erro em inúmeras questões de prova da ESAF: “No momento que ele chegou, todos se retiraram.” – o correto seria “em que”. Olhe só a propaganda de uma grande seguradora do país: “É o seguro que socorre você no momento que você mais precisa.”. Para correção, deve-se empregar a preposição antes do pronome que: “...no momento em que você mais precisa.”. Preposição em complemento nominal e complemento verbal Quando a preposição é exigência de um nome (adjetivo, substantivo abstrato ou advérbio) e o complemento está sob a forma oracional, a preposição deve anteceder a conjunção integrante que dá início ao complemento nominal: “Tenho a convicção de que estamos no caminho certo.” (“Tenho a convicção disso.” - alguém tem convicção 1 de alguma coisa), “Somos favoráveis a que todos sejam nomeados rapidamente” (“Somos favoráveis a isso.” - alguém é favorável a alguma coisa). Há, também, quem defenda a omissão da preposição em complementos nominais sob a forma oracional. Celso Luft, em seu Dicionário Prático de Regência Nominal, observa que “é viável a elipse da preposição antes do que” – Exemplo: “Estou certa que me hás de compreender.”. Em relação à omissão da preposição em complementos verbais, já houve questão de prova e nela se aceitou a omissão da preposição em objeto indireto oracional (comentário à questão 19 da Aula 5 – AFRF 2003: “Não nos esqueçamos que a construção ...” – verbo esquecer- se é transitivo indireto com a preposição de). Assim, determinadas construções verbais (convencer-se, lembrar-se, esquecer-se, assegurar-se, duvidar, concordar, discordar, torcer), a preposição poderia ser omitida no complemento verbal oracional: “Concordamos (com) que todos devem ser aprovados.”, “Duvidamos (de) que alguém venda mais barato.” (essa era a propaganda das Casas Sendas, no RJ, alguém aí se lembra disso?). Mas, em relação à omissão da preposição em complementos nominais, até hoje, a banca não adotou esse mesmo posicionamento. Em todas as vezes, a ESAF considerou um erro essa omissão. Porém, como prudência e caldo de galinha não faz mal a ninguém, caso apareça uma questão como essa, em que o complemento nominal oracional estiver sem a preposição, tome cuidado: desenhe uma caveira ao lado da opção e continue lendo a questão até o fim. Se não surgir nada “mais errado”, essa deve ser a resposta. Mais algumas peculiaridades no uso das preposições. De acordo com a norma culta, o sujeito das orações reduzidas de infinitivo devem ter a preposição separada do sujeito – “Apesar de elas não saberem a matéria, tiveram um bom resultado.”. Modernamente, aceita-se a contração da preposição com o pronome ou artigo do sujeito – “Está na hora da onça beber água.”. CUIDADO! Para analisar adequadamente a construção, devemos dispor os termos da oração na ordem direta. Veja esse exemplo: - “Para ____ estar aqui é um prazer imenso.” – você preencheria com “eu” ou “mim”? Bem, se você raciocinou que “quem fala ‘para mim fazer’ é índio”, está redondamente enganado. 2