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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Jucimar Frigo Annie Cordazzo Laura Decui Laura Júlia Fortuoso Laura Dreyer Eckert Angela Luiza Tomazelli Ana Francisca Spegiorin Cintia Klein d’Avila Giulia Roman Mocellin Luiza Zatta Georgia Verardi Anchieta Tania Inez Mariga Schaefer jucifrigo@unochapeco.edu.br Enfermagem Unochapecó Introdução: A formação dos recursos humanos exige o reordenamento do processo ensino-aprendizagem, passa-se a exigir desses profissionais um conjunto de habilidades que lhes conferem capacidade de resolução de problemas, tomada de decisões, trabalho em equipe e capacidade para adaptar-se às mudanças.1, 2, 3 Parcerias entre os Ministérios da Saúde e o da Educação renderam políticas de integração entre as Instituições de Ensino Superior (IES) e os serviços de saúde com o intuito de proporcionar uma formação a partir das necessidades do serviço e, consequentemente, da população. O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) foi uma destas respostas e surgiu para subsidiar a formação de profissionais de saúde para atender ao perfil socioepidemiológico4, constituindo-se de ações intersetoriais para o fortalecimento da Atenção Básica e da Estratégia de Saúde Familiar. O PET-Saúde e Equidade contempla a 11ª edição do projeto, o eixo quinto ampara o acolhimento e a valorização às trabalhadoras em processo de maternagem4, 5. Metodologia: Trata-se de estudo reflexivo em formato de relato de experiência do programa PET-Saúde e Equidade, realizado no período de maio a agosto de 2024, no Centro de Saúde da Família (CSF) do município de Chapecó, pelos acadêmicos dos cursos de graduação em enfermagem, farmácia, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, odontologia e direito mailto:jucifrigo@unochapeco.edu.br da Universidade Comunitária da Região Chapecó. Os estudantes acompanharam o processo de cuidado em saúde às trabalhadoras que gestam, homens trans e pessoas com útero, bem como, efetuaram uma roda de conversa com os profissionais de saúde, supervisionados pelos preceptores e tutores do programa. Resultados e discussão: As vivências experienciadas pelos acadêmicos dos diferentes cursos de graduação corroboram para fortalecimento do conhecimento teórico e prático, mediante interação multiprofissional do programa PET - Saúde e Equidade. Na contemporaneidade, o município de Chapecó possui um quantitativo de 1.707 gestantes, destas, 13 são profissionais de saúde. É nesse contexto que, as atividades desenvolvidas pelo programa contribuíram para a atenção integral e equânime de mulheres, homens trans e pessoas que gestam, mediante a oferta de espaço de saúde e cuidados pautados na escuta qualificada, na empatia, na resiliência, na ética e evidências científicas, mas principalmente, livre de preconceito e discriminação dos profissionais e futuros profissionais de saúde. Conclusão: Considerando as especificidades das mulheres, homens trans e pessoas com útero no processo de maternagem, reconhecemos que os profissionais de saúde de atenção primária, tem obrigação de garantir o acolhimento e cuidado integral respeitando singularidades apresentadas, visto que a APS é caracterizada como a porta de entrada ao sistema de saúde regionalizado e hierarquizado, garantindo os direitos de acesso às ações de atenção integral. Destacamos a importância do programa PET- Saúde e Equidade, na formação de futuros profissionais na atenção equânime e integral nos diferentes segmentos populacionais em seus modos de viver a vida. Fonte financiadora: Ministério da Saúde e Ministério da Educação, conduzido pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES). Palavras-chave: Educação profissionalizante; Atenção Primária à Saúde; Sistema Nacional de Saúde. Referências: 1- Cardoso Filho FAB, Magalhães JF, Silva KML, Pereira ISSD. Perfil do Estudante de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Rev. bras. educ. med 2015; 39(1):32-40. 2- Freitas DA, Santos EMS, Lima LVS, Miranda LN, Vasconcelos EL, Nagliate PC. Saberes docentes sobre processo ensino-aprendizagem e sua importância para a formação profissional em saúde. Interface (Botucatu) 2016; 20(57):437-448. 3-Costa ICC, Araújo MNT. Definição do perfil de competências em saúde coletiva a partir da experiência de cirurgiões-dentistas atuantes no serviço público. Cien Saude Colet 2011; 16(Supl. 1):1181-1189. 4- Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria Interministerial MS/MEC nº 1.802, de 26 de agosto de 2008. Institui o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Diário Oficial da União 2008; 27 ago. 5- Brinco, R., França, T., & Magnago, C. (2022). PET-Saúde/Interprofissionalidade eo desenvolvimento de mudanças curriculares e práticas colaborativas. Saúde em Debate, 46(spe6), 55-69.