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LEI E REGULAMENTO

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O REGULAMENTO NO DIREITO BRASILEIRO
REGULAMENTO ( ato normativo emitido pelo Chefe do Poder Executivo
CONCEITO (Celso Antônio Bandeira de Mello)
“ato geral e (de regra) abstrato, de competência privativa do Chefe do Poder Executivo, expedido com a estrita finalidade de produzir as disposições operacionais uniformizadoras necessárias à execução de lei cuja aplicação demande atuação da Administração Pública”
( ato estritamente subordinado e dependente da Lei
( finalidade de produzir disposições operacionais e uniformizadoras
( daí não haver lugar para os regulamentos autônomos no Direito brasileiro
( é inoperante o regulamento contra legem ou praeter legem
LEI E REGULAMENTO: DIFERENÇAS
( a Lei provém do legislativo 			( o regulamento do Executivo
( somente a lei inova em caráter inicial	( o regulamento não altera a lei
( a lei é fonte primária do Direito		( o regulamento é fonte secundária
SEMELHANÇA MATERIAL : norma geral, abstrata e obrigatória
Regulamento e princípio da legalidade
Art 5º, II “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”
O princípio não se refere a decreto, regulamento ou portaria.
O Executivo, valendo-se de regulamento, não está autorizado a interferir originariamente na liberdade ou propriedade das pessoas.
DELIMITAÇÃO CONSTITUCIONAL: DA COMPETÊNCIA REGULAMENTAR art 84, IV ( expedir decretos e regulamentos para a fiel execução da lei ( regulamento executivo
Estado de Direito ( vigora o governo das leis e não dos homens
RESTRIÇÕES À COMPETÊNCIA REGULAMENTAR:
O regulamento disciplina a discrição administrativa, impondo um balizamento nos limites da discricionariedade.
( onde não houver espaço para a atuação administrativa, não cabe o regulamento
( onde não houver discricionariedade na haverá lugar para regulamento
( a expedição do regulamento é ditada por exigências jurídicas inescusáveis, derivadas do princípio da legalidade e da igualdade dos indivíduos
( tal atribuição do chefe do Poder Executivo é denominada Poder Regulamentar (DEVER)
Se uma lei depende de regulamentação para a sua operatividade, o chefe do Poder Executivo não pode paralisar-lhe a eficácia.
( na omissão do Executivo em expedir regulamento, cabe Mandado de Injunção (at 5º, LXXI)
“Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora orne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas da nacionalidade, soberania e cidadania”
CABIMENTO:
(. falta de norma regulamentadora (omissão do Poder Público)
( que torne inviável o exercício:
( dos direitos e liberdades constitucionais
( das prerrogativas da nacionalidade, soberania e cidadania
CONSEQUÊNCIA: pressupõe um nexo de causalidade entre a omissão normativa do Poder Público e a inviabilidade do exercício do direito, liberdade o prerrogativa.
OBSERVAÇÕES:
( não cabe Mandado de Injunção contra norma constitucional auto-aplicável
( inexistindo omissão de regulamentação o caso não é injunção mas sim de Mandado de Segurança
Legitimidade passiva ( Poder, órgão, entidade ou autoridade com dever de regulamentar o texto constitucional
LIMITES AO REGULAMENTO NO DIREITO BRASILEIRO
( o Regulamento não inova 
( não cria direito, dever, obrigação, limitação ou restrição
( a Lei não pode transferir ao Executivo o poder de ditar, por si, condições que permitam restringir direitos, sob pena de configurar a DELEGAçÃO DISFARÇADA (indiretas e implícitas), de flagrante inconstitucionalidade, salvo os pressupostos constitucionais das Leis Delegadas, previstos no artigo 59, IV c/c art 68.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
( a regra é a indelegabilidade, com fundamento no art 2º da CF/88. Se a delegação fosse a regra, inexistiria a tripartição dos poderes. A delegação é exceção.
Haverá delegação disfarçada e inconstitucional toda vez que a lei remete ao Executivo a criação de regras com a possibilidade de definir as condições e requisitos necessários ao nascimento de direitos, obrigações, deveres ou restrições.
Atualmente, tais atos estão fulminados pelo artigo 25 do ADCT
Art. 25. Ficam revogados, a partir de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, sujeito este prazo a prorrogação por lei, todos os dispositivos legais que atribuam ou deleguem a órgão do Poder Executivo competência assinalada pela Constituição ao Congresso Nacional, especialmente no que tange a:
I - ação normativa;
II - alocação ou transferência de recursos de qualquer espécie.
QUAL O CONTEÚDO DO REGULAMENTO? (meramente exemplificativo)
( regramento procedimental (Ex: Imposto de Renda)
( operacionalização técnica (especificação de segurança mínima de veículos), garantindo a aplicação isonômica
( explicitar didaticamente os termos da norma, facilitando a sua execução (subsídio) ( decompõe analiticamente o conteúdo dos conceitos sintéticos

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