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REPARO TECIDUAL 4º período – FACICA 2021/2 Déborah de Oliveira Freitas - vet.deboraholiveira@gmail.com Médica Veterinária – UFLA Residência em Clínica Médica de Animais de Companhia – UFLA Mestre em Patologia Veterinária - UFLA mailto:vet.deboraholiveira@gmail.com REPARAÇÃO • Agente lesivo – eliminação do agente – contenção do dano – replicação do tecido • Importância: manter a estrutura e funções normais! – Substituir – Reparar REPARAÇÃO • A lesão celular e tecidual aciona eventos para eliminar os agentes agressores, contendo o dano e preparando as células sobreviventes para a replicação. O processo de cura é amplamente separado em regeneração e cicatrização. REPARAÇÃO • Regeneração: – compreende a reconstituição completa. Tecidos com alta capacidade de proliferação podem continuamente se renovar e regenerar após a lesão, caso as células-tronco não sejam destruídas e a arquitetura do tecido conjuntivo esteja intacta. • Cicatrização: – pode restaurar alguma estrutura normal e, portanto, a função, mas também pode ocasionar algumas deficiências. – A cura, nessa situação, envolve alguma combinação de regeneração e formação de cicatriz (fibrose). A contribuição relativa dos dois processos depende da capacidade de o tecido lesionado regenerar-se, da extensão da lesão e da extensão da fibrose conduzida pelos mediadores de inflamação crônica. FATORES QUE DETERMINAM O TIPO DE REPARAÇÃO • Tipo de células do tecido agredido: – Lábeis – células de proliferação continua (epitélio da pele, mucosas, tecidos linfoides e hematopoiéticos, etc) – Estáveis – replicação lenta ou ocasional (células parenquimatosas e mesenquimais) – Permanentes - células do SNC (neurônios), Células do miocárdio, músculo esquelético FATORES QUE DETERMINAM O TIPO DE REPARAÇÃO • Tipo de células do tecido agredido: – Lábeis: • as células proliferam por toda a vida, substituindo as que são destruídas. Em geral, as células maduras são derivadas das células tronco, que têm uma capacidade ilimitada de proliferação. A progênie das células maduras tem a capacidade de se desdobrar em diversos tipos de célula. FATORES QUE DETERMINAM O TIPO DE REPARAÇÃO • Tipo de células do tecido agredido: – Estáveis: • estão normalmente envolvidas em um baixo nível de replicação, mas podem ser submetidas à divisão rápida em resposta a estímulos. FATORES QUE DETERMINAM O TIPO DE REPARAÇÃO • Tipo de células do tecido agredido: – Permanentes: • não podem ser submetidas a divisão na vida pós natal. • A destruição dessas células em geral acarreta proliferação glial (no cérebro) ou cicatrização (coração), embora tenha sido demonstrado um repovoamento limitado a partir de um pequeno grupo de células tronco. • Os músculos esqueléticos maduros não se dividem, mas possuem capacidade de regeneração através da diferenciação de células satélites intrínsecas. FATORES QUE DETERMINAM O TIPO DE REPARAÇÃO REGENERAÇÃO • Substituição de células perdidas por células semelhantes, estrutural e funcionalmente completa. • A regeneração depende da nobreza das células. A) células lábeis: EPITÉLIOS, PELE, MUCOSAS, DUCTOS, TECIDO HEMATOPOÉTICO B) células estáveis: - CÉLULAS PARENQUIMATOSAS (FÍGADO, RIM, PÂNCREAS) - TECIDO OSTEOCARTILAGINOSO C) células permanentes (perenes): SISTEMA NERVOSO (NEURÔNIOS), MÚSCULO ESTRIADO, CARDÍACO REGENERAÇÃO • EPITÉLIOS: FACILMENTE REGENERADOS • FÍGADO: REGENERA-SE DESDE QUE MANTIDO O ARCABOUÇO CONJUNTIVO • ADIPOSO: FACILMENTE REGENERADO (FIBROBLASTOS – ADIPÓCITOS) • OSSO: REGENERAÇÃO A PARTIR DO PERIÓSTEO • CARTILAGEM: REGENERAÇÃO A PARTIR DO PERICÔNDRIO • MEDULA ÓSSEA: REGENERA FÁCIL REGENERAÇÃO • MÚSCULO LISO: ALGUM GRAU DE REGENERAÇÃO • MÚSCULO ESTRIADO: NÃO REGENERA (OCORRE POLIPLOIDIA NUMA TENTATIVA DE REGENERAR) • TECIDO NERVOSO: NEURÔNIOS NÃO REGENERAM*; CÉLULAS DA GLIA E CÉLULAS DE SCHWANN, SIM. REGENERAÇÃO CICATRIZAÇÃO • Processo pelo qual o tecido lesado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado. • Primeiro passo: instalação de reação inflamatória – células do exsudato de células fagocitárias reabsorvem restos celulares e sangue extravasado. • Em seguida – proliferação fibroblástica e endotelial formando o tecido conjuntivo cicatricial (tecido de granulação). • Finalmente – remodelação com redução do volume da cicatriz. CICATRIZAÇÃO • Fenômeno complexo, ordenado FASE INFLAMATÓRIA • Formação de trombo (hemostasia e base para processos de reparo) • Atração de neutrófilos e macrófagos • Essencial aos processos de reconstrução tecidual FASE FIBROBLÁSTICA • Com a ativação de macrófagos há a substituição da matriz extracelular por tecido mais resistente e elástico. • Principal componente: colágeno • Fibroplasia = fibroblastos recrutados para a margem de feridas produzindo colágeno. FASE FIBROBLÁSTICA • Tecido de granulação – Matriz frouxa de colágeno, fibronectina, ácido Hialurônico, contendo macrófagos, fibroblastos e novos vasos – Tecido conjuntivo neoformado e ricamente vascularizado. – Aspecto macroscópico: coloração rósea e aspecto granuloso. Úmido e edemaciado. FASE DE MATURAÇÃO E REMODELAGEM • Cicatriz atinge a sua máxima resistência – Acúmulo de deposição de colágeno – Remodelagem das fibrilas de colágeno prolif. celular Restauração da circulação síntese colágeno Aumento do O2 angiogênese migração celular