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PROCESSO TOMBAMENTO

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PROCESSO ADMINISTRATIVO DE TOMBAMENTO
Tombamento, Patrimônio Histórico, Patrimônio Cultural, Poder Público –significado
Tombar = arrolar, inventariar ou registrar
 por sob a guarda do Estado determinados bens móveis e imóveis cuja conservação e proteção seja de interesse público, em face de seu valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico.
Patrimônio Histórico: engloba todos os bens móveis e imóveis existentes no país cuja conservação seja de interesse público ou tenha excepcional valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico, artístico ou paisagístico. (artigo 1º do Decreto-Lei 25/37).
Patrimônio Cultural: considera-se patrimônio cultural os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais incluem (art. 216 CF/88, caput):
I- as formas de expressão;
II os modos de criar, fazer e viver;
III- as criações cientificas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais
Poder Público compreende: União, Estados, Distrito Federal e Município
Competência constitucional
Compete ao Poder Público a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional quando mereça proteção ou conservação por serem considerados de interesse público.
Prescreve o artigo 216 § 1º, da Constituição Federal: 
o “Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação e de outras formas de acautelamento e preservação”.
Competência administrativa: À União Estados, DF e Municípios compete a administração comum, segundo dispõe o artigo 23, III da Carta Magna, que consiste em proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos.
Competência Legislativa: à União, Estados e DF compete legislar concorrentemente no que tange à proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico (art. 24, VIII)., cabendo aos Municípios competência supletiva (art. 30, I e II): legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e estadual no que couber.
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados indi​vidualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-cul​turais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
c Lei nº 3.924, de 26-7-1961 (Lei dos Monumentos Arqueológicos e Pré-Históricos).
c Arts. 1º, 20, 28, I, II, e parágrafo único, da Lei nº 7.542, de 26-9-1986, que dispõe sobre a pesquisa, explo​ração, remoção e demolição de coisas ou bens afundados, submersos, encalhados e perdidos em águas sob jurisdição nacional, em terreno de marinha e seus acrescidos e em terrenos marginais, em decorrência de sinistro, alija-mento ou fortuna do mar.
§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural bra​sileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.
c Lei nº 8.394, de 30-12-1991, dispõe sobre a preservação, organização e proteção dos acervos documentais privados dos presidentes da República.
c Dec. nº 3.551, de 4-8-2000, que institui o registro de bens culturais de natureza imaterial que constituem Patrimônio Cultural Brasileiro e cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial.
§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as provi​dências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.
c Lei nº 7.505, de 2-7-1986, dispõe sobre benefícios fiscais na área do imposto de renda concedidos a opera​ções de caráter cultural ou artístico.
c Lei nº 8.313, de 23-12-1991, dispõe sobre benefícios fiscais concedidos a operações de caráter cultural ou artístico e cria o Programa Nacional de Apoio a Cultura – PRONAC.
§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.
§ 6º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:
I – despesas com pessoal e encargos sociais;
II – serviço da dívida;
III – qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.
c § 6º acrescido pela EC nº 42, de 19-12-2003.
Seção IIIDo Desporto
c Lei nº 9.615, de 24-3-1998, institui normas gerais sobre desportos.
c Lei nº 10.891, de 9-7-2004, institui a Bolsa-Atleta.
Tombamento – natureza jurídica
De acordo com Hely Lopes Meirelles, o tombamento em si é ato administrativo da autoridade competente cujas regras para a sua efetivação estão previstas em lei.
Tombamento: ato final de um procedimento administrativo cujo resultado é a inscrição de um bem no Livro de tombos. 
Por estabelecer situação jurídica nova, é ato administrativo constitutivo, podendo incidir em coisas pertencentes à União Estados, DF e Municípios, às respectivas autarquias, bens de uso comum, especial ou dominial assim como coisas pertencentes a pessoas naturais ou pessoas jurídicas privadas (art. 5º e 6º).
O tombamento produz efeitos sobre a esfera jurídica dos proprietários, privados ou públicos, impondo limitações ao direito de propriedade, criando, para esses bens, um regime jurídico especial, porquanto são transformados em bens de interesse público.
Procedimento administrativo na esfera federal
O procedimento de tombamento, na esfera federa, é regido pelo Decreto-Lei nº 25/37.
Existem 4 Livros de Tombo:
Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico
Livro de Tombo Histórico
Livro de tombo das Belas Artes
Livro de tombo das Artes aplicadas
 Fases do procedimento:     
manifestação do órgão sobre o valor do bem para fins de tombamento;
notificação ao proprietário para anuir ao tombamento dentro do prazo de quinze (15) dias, a contar da data do recebimento da notificação ou para, se quiser, impugnar e oferecer razões dessa impugnação;
se o proprietário anuir, por escrito, à notificação, ou não impugnar, tem-se o tombamento voluntário, com a inscrição no Livro do Tombo;
 havendo impugnação, será dada vista, no prazo de mais quinze (15) dias, ao órgão que tiver tomado a iniciativa do tombamento, a fim de sustentar as suas razões;
a seguir, o processo será remetido ao Conselho Consultivo do IPHAN, que proferirá decisão a respeito, no prazo de sessenta (60) dias, a contar da data do recebimento;
se a decisão for contrária ao proprietário, será determinada a inscrição no Livro do Tombo; se for favorável, o processo será arquivado;
a decisão do Conselho Consultivo terá que ser apreciada pelo Ministro da Cultura (Lei nº 6.292, de 15.12.75, o qual poderá examinar todo o procedimento, anulando-o, se houver ilegalidade, ou revogando a decisão do órgão técnico, se contrária ao interesse público, ou, finalmente, apenas homologando;
 o tombamento só se torna definitivo com a sua inscrição em um dos Livros do Tombo.
Tipos de tombamento: 
. voluntario – artigo 7º - mediante requerimento do proprietárioou à sua anuência quanto à notificação que lhe for feita para inscrição do bem.
. compulsorio – artigo 9º - ocorre quando o proprietário se insurgir contra a inscrição do seu bem no Livro de Tombos. Para tanto, deverá impugnar a notificação do Iphan no prazo de 15 dias. O Conselho Consultivo do Iphan dará a decisão final. Esta decisão será apreciada pelo Ministro da Cultura, nos termos da Lei Federal 6292, de 15/12/75.
. de ofício - artigo 5º – recai sobre os bens pertencentes à União, Estados e Municípios, efetivando-se por ordem do Presidente do Iphan.
. provisório – iniciado com a notificação. Possui os mesmos efeitos do tombamento definitivo, não podendo sofrer qualquer modificação até o final do processo, salvo os efeito resultantes do registro e direito de preferência.
Tombamento e revogação
O tombamento sujeita-se à revogação por motivo de conveniência ou oportunidade ou anulação por ilegalidade. Assim, a autoridade competente para homologá-lo poderá determinar a revisão, alteração ou desfazimento. Todavia, em qualquer caso, o ato deve ser motivado.
O tombamento pode ser total ou parcial
Tombamento e ilegalidade
O proprietário do bem que será tombado poderá provocar o judiciário, tanto em caso de ilegalidade quanto no que tange à valoração do bem como patrimônio histórico e artístico quando não condizente com o objetivo da lei.
Efeitos Jurídicos
De acordo com o Decreto nº 25/7. os principais efeitos do tombamento são os seguintes:
I o bem tombado continua pertencendo ao domínio do seu proprietário, adquirindo regime jurídico sui generis, permanecendo o proprietário na condição de administrador a quem é incumbido o ônus da conservação da coisa tombada;
II – o bem tombado não pode ser destruído, demolido ou mutilado, tampouco reparado ou restaurado sem prévia autorização do órgão competente, sob pena de multa;
III- o ônus da conservação da coisa tombada pertence ao proprietário do respectivo bem;
IV – admite-se esse encargo ao Poder Público quando o proprietário comprova absoluta ausência de meios para efetivar a conservação. 
na vizinhança da coisa tombada não poderá ser efetuada nenhuma construção que impeça ou reduza a visibilidade da coisa tombada, sob pena de destruição ou retirada do objeto, sem prejuízo da multa devida (art 18). Redução de visibilidade – tudo o que afronte a harmonia do conjunto, tirando o valor histórico ou beleza original;
os bens tombados não poderão ser retirados do país, salvo se por curto período de tempo ao juízo do órgão competente (artigo 14);
o tombamento dos bens imóveis deve ser transcrito no registro de imóveis e averbado ao lado da transcrição do domínio (art 13);
os bens tombados ficam sujeito à vigilância permanente do órgão competente, podendo ser inspecionados, sem obstáculo do proprietário (art. 20);
o bem público tombado é, por natureza, inalienável, podendo ser apenas objeto de transferência de uma entidade para outra.
Direito de Preferência 
Sendo o bem particular, o artigo 22 estabelece o direito de preferência da União , Estados e Municípios, nos casos em que for possível a sua alienação onerosa.
Indenização (controvérsia)
Não cabe, em princípio, indenização quanto ao tombamento de bens móveis ou imóveis. Isto porque o tombamento não é confisco, restando conservado o domínio e a posse na esfera do proprietário. Todavia, o entendimento majoritário na dou trina é no sentido de que se o tombamento tem caráter genérico, não haveria o que indenizar. Se, todavia, for isolado e houver algum dano, será devido o respectivo ressarcimento.
Assim, caso o tombamento resulte em ônus ao proprietário, devidamente comprovado, esse prejuízo deverá ser ressarcido pelo Poder Publico. Caso o tombamento resulte em uma supressão ao seu direito de propriedade, daria ensejo à desapropriação com a correspondente indenização.
 Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o que fundamenta a indenização no caso de um bem tombado é uma restrição de sua utilização, imposta individualmente, desigualando o seu regime em relação aos demais, resultando daí uma perda econômica singularizada que não se aplica aos demais imóveis abrangidos na localidade do imóvel tombado. Isto representa um gravame ao imóvel singularizado, qual seja o da imutabilidade específica do bem tombado. Daí concluir: o que dá margem à indenização não é o mero prejuízo econômico mas o prejuízo econômico que resulta de uma constrição de direito. 
 É o entendimento do STJ: o tombamento que impede a utilização do imóvel segundo a sua natural destinação, impondo um desfalque ao se proprietário, está sujeito á indenização.
Obs: a ação de desapropriação indireta é de natureza real. Ela não se expõe à prescrição qüinqüenal. O titular do domínio agredido tem ação para pleitear ressarcimento.
A omissão administrativa pode ser suprida pelo Ministério Público ou ação popular

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