AA II Temas Contemporaneos da Gestao Publica

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE BELFORD ROXO 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Disciplina – Temas Contemporâneos da Gestão Pública 
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Temas Contemporâneos da Gestão Pública I 
Jéssica Caroline Pereira da Silva 
Pólo: Belford Roxo 
Matrícula:23213110156 
Artigo de referência: DE ARAUJO, P.G.; TEIXEIRA, J.C.; PIMENTEL, M.P.C. Reflexões 
sobre uma gestão pública adjetivada como social. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM 
GESTÃO E TECNOLOGIA, 7., 2010 
Atividade Avaliativa II 
 
1) Defende-se, no presente ensaio teórico, uma aproximação entre a gestão 
pública e a gestão social, de forma que a primeira possa ser adjetivada como 
social o que traria resultados significativos para o exercício de uma efetiva 
gestão direcionada para os interesses da sociedade e para a efetivação de 
uma cidadania deliberativa. (ARAÚJO, PIMENTEL, TEIXEIRA, 2010, p. 
01) 
2) O conceito de gestão social está relacionado a uma abordagem na administração e organização 
de políticas públicas, com enfoque na participação ativa e engajamento da sociedade civil. Uma 
gestão social visa priorizar o bem-estar das pessoas, envolvendo atividades como planejamento, 
direção, organização e controle diretamente voltadas para a administração centrada nas necessidades 
da população. Essa abordagem abarca dois aspectos da administração: a responsabilidade para com 
os problemas sociais e uma abordagem específica de ação. A primeira refere-se a identificar e 
incentivar soluções para as demandas da sociedade, sendo associada à política social e à gestão 
pública em si. Desse modo, a administração pública abrange não apenas a gestão focada no aspecto 
humano e na sociedade, mas também todo o aparato burocrático que orienta as práticas 
administrativas, como normas, procedimentos e direção organizacional (ARAÚJO, PIMENTEL, 
TEIXEIRA, 2010). 
3) A diferenciação entre gestão social, gestão estratégica ou privada e gestão pública está relacionada 
aos objetivos, ao alcance e aos stakeholders envolvidos em cada uma delas. A gestão social visa a 
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promoção do bem-estar da sociedade e o desenvolvimento comunitário, sendo realizada por 
organizações da sociedade civil, como ONGs, e pelo setor público por meio de políticas sociais, com 
o intuito de aprimorar a qualidade de vida, fomentar a inclusão social e lidar com questões como 
desigualdade, pobreza e exclusão. Já a gestão estratégica ou privada prioriza a otimização de recursos 
para uma organização específica, podendo ser empresas privadas, públicas ou sociedades de 
economia mista, em que as decisões são embasadas em estratégias empresariais para alcançar metas 
de lucratividade, crescimento e competitividade, abrangendo práticas de gestão como planejamento 
estratégico, gestão de recursos humanos, marketing e finanças. Na administração pública, o foco está 
na gestão dos recursos e serviços disponibilizados pelo governo em todos os níveis. O objetivo 
central é o interesse coletivo, garantindo o acesso a serviços essenciais, regulando atividades 
econômicas e promovendo o bem-estar social. Dentro desse contexto, a gestão pública elabora e 
implementa políticas voltadas para áreas como saúde, educação e segurança, além de cuidar da 
administração de recursos humanos. Embora seus propósitos não sejam de natureza econômica, a 
eficiência na utilização dos recursos é crucial para alcançar os objetivos sociais almejados 
(ARAÚJO, PIMENTEL, TEIXEIRA, 2010). Em resumo, enquanto a gestão social busca o bem-estar 
das pessoas e a gestão estratégica visa o lucro e a competitividade, a gestão pública busca 
primordialmente a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos. 
 
4) A gestão social, conforme Araújo, Pimentel e Teixeira (2010 citados por TENÓRIO, 2008), é 
descrita como um processo decisório baseado no diálogo, com o objetivo de suprir as necessidades 
de uma comunidade, região ou sistema social específico, por meio dos seus quatro pares de 
conceitos-chave: relação Estado-sociedade, dinâmica capital-trabalho, administração estratégica e 
gestão social. Invertendo a ordem nas duas primeiras relações, colocando sociedade antes do Estado 
e trabalho antes do capital, enfatiza-se a importância de a sociedade e o trabalho assumirem o papel 
central nessas interações (ARAÚJO, PIMENTEL, TEIXEIRA, 2010). Enquanto a gestão social visa 
promover abordagens mais inclusivas e adaptáveis às questões sociais, focando no bem-estar das 
pessoas, a gestão estratégica busca eficiência e resultados, priorizando a rentabilidade e a 
competitividade na tomada de decisões. 
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5) A participação da sociedade na elaboração de políticas é crucial para assegurar a eficácia, 
representatividade e relevância das mesmas. É fundamental envolver ativamente os cidadãos na 
construção de uma sociedade mais justa e solidária, através de políticas inclusivas, responsivas, 
eficientes e eficazes que atendam verdadeiramente às necessidades e aspirações de todos os seus 
membro. 
6) a. O desafio em questão é recorrente em todo o Brasil: a escassez de medicamentos nos serviços de 
saúde públicos. A localidade em destaque é Carapebus, situada no norte do estado do Rio de Janeiro. 
A ausência de remédios é motivo de grande preocupação para os habitantes, os quais, em sua maioria, 
não possuem recursos financeiros para adquiri-los. Tal cenário afeta diretamente a promoção da saúde 
da população, uma vez que, na impossibilidade de comprar os medicamentos necessários, a saúde 
como um todo é prejudicada. Com o passar do tempo (período variável conforme a condição de saúde 
de cada indivíduo), a única opção é recorrer aos serviços de emergência locais, onde pode não haver 
tratamento medicamentoso adequado ou mesmo qualquer tipo de intervenção, agravando assim o 
estado de saúde do paciente e perpetuando esse ciclo prejudicial. 
b. Diversas soluções podem ser consideradas para lidar com a situação, tais como a implementação 
do controle de preços para evitar práticas abusivas em um mercado de medicamentos local, 
amplamente dominado por um oligopólio. Essa medida busca assegurar que a população tenha 
acesso aos medicamentos de forma mais acessível. Outra estratégia importante é garantir a 
transparência nos processos de compra e distribuição de medicamentos, combatendo a corrupção que 
pode causar escassez e desvio de recursos. Além disso, o Estado pode promover consultas públicas 
para captar a opinião da população sobre a distribuição de medicamentos e os serviços de saúde 
disponíveis. 
c. A população interessada pode acompanhar a evolução dos preços no mercado local por meio de 
representantes de associações de moradores, com o objetivo de verificar se os preços praticados 
seguem as regulamentações do governo local. Além disso, é possível observar a distribuição e os 
processos de compra por meio do Portal da Transparência. Para aqueles que não têm acesso à 
internet, grupos e associações podem ser criados para atender às consultas do governo sobre a 
situação real dos serviços de saúde e distribuição de medicamentos. Essas consultas podemser 
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realizadas em reuniões de bairro, mediadas por representantes do governo, proporcionando um 
diálogo acerca das necessidades da população em relação aos medicamentos e à saúde. 
d. A população é a principal beneficiária dos serviços de saúde (bem como de outros serviços 
públicos), uma vez que tais serviços são disponibilizados para atendê-la. Por isso, é importante que a 
população exerça sua função de fiscalizar e exigir a melhoria, eficiência e eficácia desses serviços. 
Em uma democracia, elegemos nossos representantes através do voto direto, no entanto, nem sempre 
agem de acordo com nossos interesses. Portanto, é nosso dever cobrar e verificar se de fato estão 
desempenhando adequadamente o seu papel.