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ATIVIDADE COLABORATIVA III – ENFERMAGEM EM INFECTOLOGIA – 2024.2 1. A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de caráter crônico, com manifestações dermatoneurológicas e potencial incapacitante, que pode acometer pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias. Está inserida no grupo de doenças tropicais negligenciadas e prevalece em áreas em que a população vive em situações de vulnerabilidade socioeconômica, com dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Embora persistam o estigma e a discriminação, fatores marcantes da exclusão social ao longo da história, a hanseníase tem cura, e o tratamento está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Justifique quais medidas são necessárias para impedir sua transmissão, formas de manifestações, tipos e seus cuidados. 2. De forma simplificada, as manifestações clínicas do sarampo são divididas em três períodos: Período de infecção – dura cerca de 7 dias, iniciando-se com período prodrômico, quando surge a febre, acompanhada de tosse, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2º ao 4º dia desse período, surge o exantema, quando se acentuam os sintomas iniciais. O paciente apresenta prostração e lesões características de sarampo (exantema cutâneo maculopapular morbiliforme de coloração vermelha de direção cefalocaudal). Período toxêmico – a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana é facilitada pelo comprometimento da resistência do hospedeiro à doença. São frequentes as complicações, principalmente nas crianças até os 2 anos de idade, especialmente as desnutridas, e nos adultos jovens. Remissão – caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com declínio da febre. O exantema torna-se escurecido e, em alguns casos, surge descamação fina, lembrando farinha, daí o nome de furfurácea. Justifique quais medidas são necessárias para impedir sua transmissão e seus cuidados. 3. A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda caracterizada por um quadro de paralisia "ácida, de início súbito, que ocorre em aproximadamente 1% das infecções causadas pelo poliovírus. O de!cit motor instala-se subitamente e sua evolução, frequentemente, não ultrapassa três dias. Acomete, em geral, os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principais características a "acidez muscular, com sensibilidade preservada, e arreflexia no segmento atingido. Justifique quais medidas são necessárias para impedir sua transmissão e seus cuidados. 4. A difteria é uma doença toxi-infecciosa aguda, contagiosa, potencialmente letal, imunoprevenível, causada por bacilo toxigênico, que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe, fossas nasais e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele. É caracterizada por apresentar placas pseudomembranosas típicas. Seu agente etiológico é o Corynebacterium diphtheriae, bacilo Gram-positivo irregular, pleomórfico, não esporulado, com estruturas claviformes semelhantes a “letras chinesas” ou “paliçadas”. Pode produzir uma exotoxina de origem proteica, a toxina diftérica, o principal fator de virulência da difteria, codificada pelo gene tox adquirido através da lisogênese pelo fago B. visto isso, liste o modo de transmissão da difteria. Justifique quais medidas são necessárias para impedir sua transmissão. 5. O quadro clínico da meningite bacteriana, em geral, é grave e caracteriza-se por febre, cefaleia, náusea, vômito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental, sinais de irritação meníngea, acompanhadas de alterações do líquido cefalorraquidiano (LCR). No curso da doença, podem surgir delírio e coma. Dependendo do grau de comprometimento encefálico (meningoencefalite), o paciente poderá apresentar também convulsões, paralisias, tremores, transtornos pupilares, hipoacusia, ptose palpebral e nistagmo. Casos fulminantes com sinais de choque também podem ocorrer. Pode ser causada por uma grande variedade de bactérias. A prevalência de cada bactéria está associada a quatro fatores. Discorra sobre eles. 6. Para todos os pacientes em que a equipe médica optou por dar seguimento ao protocolo, o pacote de 1 hora deve ser executado. Embora classicamente não sejam considerados com parte do pacote de resuscitação, sinais de hipoperfusão podem incluir oligúria, presença de livedo, tempo de enchimento capilar lentificado e alteração do nível de consciência. Coloides proteicos, albumina ou soro albuminado, podem fazer parte dessa reposição inicial. O uso de amidos está contraindicado, pois está associado a aumento da incidência de disfunção renal. Esse volume deve ser infundido o mais rápido possível, considerando-se as condições clínicas de cada paciente. Pacientes cardiopatas podem necessitar redução na velocidade de infusão, conforme a presença ou não de disfunção diastólica ou sistólica. Nos casos em que foi optado por não realizar reposição volêmica, parcial ou integralmente, após avaliação de fluido responsividade, esta decisão deve estar adequadamente registrada no prontuário. 7. A reavaliação das 6 horas deve ser feita em pacientes que se apresentem com choque séptico, hiperlactatemia ou sinais clínicos de hipoperfusão tecidual. A continuidade do cuidado é importante, por isso entende-se que durante as seis primeiras horas o paciente deve ser reavaliado periodicamente. Para isso é importante o registro da reavaliação do status volêmico e da perfusão tecidual. Reavaliação da continuidade da ressuscitação volêmica, por meio de marcadores do estado volêmico ou de parâmetros perfusionais. Discorra de forma sistemática sobre as formas de reavaliação poderão ser consideradas. Liste todas elas e justifique por que o profissional Enfermeiro deverá estar empoderado desses saberes e práticas. 8. A sepse é uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia no Brasil, possuindo grande incidência na realidade das unidades de terapia intensiva (UTIs). Dentre os fatores de risco para evolução negativa estão imunossupressão, extremos de idade, uso de cateteres venosos, diabetes e etilismo. As causas podem ser comunitárias (cerca de 80% dos casos), nosocomiais ou associadas a cuidados de saúde. O pulmão é o foco mais comum (64%), seguido de abdome (20%), corrente sanguínea (15%) e trato genitourinário (14%). Os agentes mais detectados nas culturas são Staphylococcus aureus (gram-positivos), Pseudomonas sp. e Escherichia coli (gram-negativos). Desse modo, liste as disfunções orgânicas identificadas no paciente séptico. 9. A sepse é uma síndrome extremamente prevalente, com elevada morbidade e mortalidade e altos custos. Seu reconhecimento precoce e tratamento adequado são fatores primordiais para a mudança deste cenário. A implementação de protocolos clínicos gerenciados é uma ferramenta útil neste contexto, auxiliando as instituições na padronização do atendimento ao paciente séptico, diminuindo desfechos negativos e proporcionando melhor efetividade do tratamento. A síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SRIS), embora não utilizada para a definição de sepse, continua sendo importante para a triagem de pacientes com suspeita de sepse. A síndrome da resposta inflamatória sistêmica é definida pela presença de no mínimo dois dos sinais clínicos. Apresente os sinais clínicos sugestivo da síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SRIS). Referências: - Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. rev. e atual. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. - IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO.