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Introdução a imunologia O centro produtor de células da resposta imunológica é a medula óssea ANTICORPOS Teste indireto AGUDA CRÔNICA MEMÓRIA IgM IgG INFECÇÃO ATIVA INFECÇÃO ATIVA JANELA IMUNOLÓGICA: tempo atrasado na produção de anticorpo Ocorre no HIV/COVID morte por covid é por hiper-resposta imunológica MEMORIA IMUNOLOGICA: É a capacidade do sistema imune de reconhecer de forma rápida e específica um antígeno que o corpo já foi exposto e gerar uma resposta imunológica Pode ser: HUMORAL – Proteínas e sistema líquido do corpo ou CELULAR – Células. O IgG é maior em concentração que o IgM Na 2ª dose, como já tinha memória imunológica ocorre um aumento elevado de Ig totais. A carga de IgG aumenta a cada exposição a um antígeno, aumentando também a imunidade. Por isso é importante a dose de reforço para alguns antígenos. ANTIGENO Teste direto PCR em tempo real teste rápido para pesquisa de antígeno HISTÓRIA Imunidade significa proteção do organismo a doenças. A praga de Atenas (430 a.C) foi a primeira descrição de resistência após exposição a uma doença infecciosa. Erlich e Metchinikov descrevem os fundamentos da imunologia (conceito do próprio e não-próprio) O PAI DA IMUNOLOGIA Em 1789 Jenner observou que as vacas doentes tinham feridas iguais às provocadas pela varíola no corpo de humanos. Mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus bovino tinham uma versão mais suave da doença; Jenner inoculou em um menino com varíola, pus das bolhas das mãos de uma leiteira que adquiriu a varíola bovina através do contato com gado. O menino teve um pouco de febre e algumas lesões, mas não desenvolveu a infecção da varíola de forma completa, tendo uma recuperação rápida.4 Ele realizou novas inoculações em outras crianças, inclusive em seu próprio filho e em 1798, seu trabalho foi reconhecido e publicado MECANISMO DE DEFESA Sistema imune: Conjunto de células e proteínas especializadas que interagem entre si para identificar e destruir os invasores estranhos ou substâncias anormais antes que eles possam lesar o corpo. OUTRAS FUNÇÕES: “limpeza” do organismo retirada de células mortas. Rejeição de enxertos; Memória imunológica; Reconhecimento do próprio. FLUXO DA RESPOSTA IMUNE Barreirais naturais: pele, mucosas e membranas Se essas barreiras são ultrapassadas, o corpo desencadeia a resposta mune inata Fagócitos, células natural killer, inflamação e febre Se a resposta imune inata é insuficiente, o corpo responde com resposta imune adaptativa Linfócitos, anticorpos, células e proteínas de memória CÉLULAS DA RESPOSTA IMUNE LINFÓCITOS Envolvidas na resposta imune adquirida: células B e células T. Células NK (natural killer): envolvidas na imunidade inata FAGÓCITOS Todos envolvidos com a imunidade inata Monócito/macrófago Neutrófilo Eosinófilo CÉLULAS AUXILIARES Também envolvidas na imunidade inata Basófilo Mastócito CLASSIFICAÇÃO DA IMUNDADE IMUNIDADE INATA Não específica e primeira linha de defesa A resposta imune inata está sempre sendo ativada A febre ocorre depois da resposta imune inata, mas antes da adaptativa ser ativada. IMUNIDADE ADAPTATIVA Específica e segunda linha de defesa Protege/reexposição CLASSES DA IMUNOGLOBULINAS IgG: Produzido em grande quantidade, ele rompe os antígenos, destruindo estas células. É um anticorpo de memória, por conta disso quando elevado no corpo pode representar que já se foi infectado com determinada infecção; IgE: É um anticorpo de alergias e infecções por helmintos. IgD: Têm uma função muito restrita. Constitui menos de 1% das imunoglobulinas presentes IMUNIDADE HUMORAL (proteínas) Y IgG citocinas CELULAR (células) linfócitos neutrófilos, macrofagos e eosinófilos no plasma, mas são encontradas em grande quantidade na membrana do linfócito B. IgM: É o primeiro anticorpo a ser produzido, é um pentâmero, e por isso, ele segura os antígenos. Quando se encontra elevado no corpo, pode representar um processo infeccioso; IgA: É um anticorpo que só é produzido em locais onde há mucosas (ex: intestinos), é um dímero. Células da resposta imune LOCALIZAÇÃO DAS CÉLULAS DA RI Presentes como células circulantes no sangue e na linfa, como agregados nos órgãos linfoides e espalhadas em praticamente todos os órgãos DE ONDE VEM As células da RI provêm da célula tronco da medula óssea (célula hematopoiética). Da célula tronco se dividem em: linhagem mielóide e linhagem linfoide LEUCÓCITOS Células mais importantes para a resposta imune. Linhagem Linfoide: Produz os diferentes tipos de linfócitos. Linhagem Mieloide: Responsável pela produção de monócitos, macrófagos, neutrófilos, eosinófilos e basófilos FAGÓCITOS Função primária é identificar, ingerir e destruir microrganismos; Fagócitos se comunicam com outras células que promovem ou regulam as respostas imunológicas NEUTRÓFILOS. Leucócitos polimorfonucleares predominantes na circulação sanguínea (90%dos granulócitos circulantes), têm vida curta (horas) Originam na medula: linhagem mieloide; Migram rapidamente para os locais de dano tecidual; Linha de frente das defesas imunes inatas: célula fagocítica Importantes em infecções bacterianas; Capturam microrganismos e os destroem em vesículas intracelulares usando enzimas de degradação e outras substâncias antimicrobianas (fagocitose); MONÓCITOS Produzido na medula óssea, com vida média de um dia na corrente sanguínea; Realiza fagocitose de microrganismos e de células estranhas; Remove células senescentes e resíduos do apoptose. MACRÓFAGOS São a forma madura dos monócitos, que circulam no sangue e migram para os tecidos, onde se diferenciam em macrófagos. Nos tecidos, os macrófagos podem permanecer por semanas ou meses. Monócitos entram no sangue e se diferenciam em: NOME LOCALIZAÇÃO Célula de Langerhans Epiderme Histiócito Derme Célula de Kupffer Fígado Macrófago alveolar Pulmão Micróglia SNC Osteoclasto Ossos Célula mesangial do glomérulo Rim Função é fagocitar as substâncias estranhas na corrente sanguínea e nos tecidos FUNÇÕES: Defesa do organismo: ingestão e morte de microrganismos por mieloperoxidase; Coordenar respostas imunes: pró e anti- inflamatório; Células limpadoras do organismo: eliminam células mortas e restos celulares; Atuam como APC: apresentam antígenos; Possui duas vias de ativação: Ativação clássica M1: Induz uma ação inflamatória; e ação microbicida na fagocitose e morte de bactérias e fungos. Ativação alternativa M2: Induz uma ação anti- inflamatória e reparação tecidual. CÉLULAS DENDRÍTICAS Têm longas projeções membranosas e capacidade fagocítica; Expressam receptores que reconhecem moléculas produzidas pelos Mos; Migram da medula óssea para o sangue e apresentam os Ag para os linfócitos T. CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENO (APC) Células especializadas em capturar antígenos e apresentá-los aos linfócitos; Principal APC: célula dendrítica; Os macrófagos e células B apresentam antígenos aos linfócitos; APC fazem parte das imunidades inata e adquirida. CÉLULAS DA RI COM GRÂNULOS MASTÓCITOS Os mastócitos não são encontrados no sangue, mas em tecidos saudáveis, próximos a pequenos vasos sanguíneos e nervos; Célula globosa, grande, com citoplasma cheio de grânulos basófilos; Liberação de mediadores químicos promove recrutamento de neutrófilos e frações do complemento em direção ao sítio inflamatório; Desgranulação dos mastócitos provoca reações alérgicas. Possuem um papel importante nas alergias, reações inflamatórias e resposta à parasita; ○ São encontrados nos tecidos e, têm receptores para IgE. Atuam na proteção de superfícies internas do organismo contra patógenos; Liberam histaminas quando o alergênico é encontrado BASÓFIILOS Muito semelhantesaos mastócitos; São pouco frequentes na circulação sanguínea (para interagir com seus ligantes, e a ativação feita por agentes quimiotáticos ou citocinas. O LFA1 é importante na ligação e ativação linfocitária através da interação com o seu principal ligante, o ICAM-1, induzindo a ligação leucócito/endotélio e contribuindo para a agressão endotelial mediada por neutrófilos. Tal ativação pode ocorrer por ação de citocinas ou pela ligação do leucócito a selectinas endoteliais. A ligação LFA-1/ICAM-1 adere o leucócito à célula endotelial ou a outros receptores facilitadores de sua migração ao sítio inflamatório. O CR3 e o CR4 são receptores do SC, do fragmento C3b, sendo esta interação importante nos mecanismos de fagocitose. Além disto, o CR3 ou Mac-1 é responsável pelo recrutamento de células mielóides para o sítio inflamatório As integrinas atuam também como mediadores da união de leucócitos às células endoteliais por meio de interações heterotípicas com moléculas da superfamília das imunoglobulinas. ICAM-1 atua como ligante para todas integrinas β2. ICAM-2 como ligante para as integrinas Mac-1 e LFA-1. ICAM-3 como ligante para LFA-1 e αDβ2. VCAM-1 como ligante VLA-4 e αDβ 2 Integrinas interagem fortemente com seus ligantes localizados nas células endoteliais, tendo como resultado uma firme união dos leucócitos à parede celular-ADESÃO. Deficiência de Adesão Leucocitária-1 (LAD-1) mutações na cadeia β2 das integrinas inabilidade de adesão à parede dos vasos sanguíneos Redução de leucócitos no sítios de inflamação Infecções bacterianas de repetição SUPERFAMÍLA DAS IMUNOGLOBULINAS Diversas moléculas de adesão contém um número variável de domínios semelhantes às imunoglobulinas e são chamadas de superfamílias de imunoglobulinas. Receptor de célula T (T cell receptor-TCR), CD3, CD4, CD8 Antígenos MHC classe I e classe II LFA-2 (CD2), LFA-3 (CD58) ICAM-1 (CD54), ICAM-2 (CD56b), ICAM-3 (CD56c) VCAM-1 (CD108) PECAM-1 (CD31) Mad-CAM-1 Ligantes para CAMs pertencentes às famílias das selectinas e integrinas ICMA-1 ICAM-2 ICAM-3 VCAM-1 Mad-CAM-1 Atua como seu próprio ligante interações de caráter hemofílico com moléculas do mesmo tipo expressas em outras células PECAM-1 (Molécula de Adesão- Plaqueta-Célula Endotelial) DISTRIBUIÇÃO ICAM-1 expressa nos leucócitos e nas células endoteliais e epiteliais. VCAM-1 expressa células endoteliais e algumas células dendríticas Apresentam baixos níveis de expressão em condições fisiológicas Expressão sofre estímulo por ação de citocinas ICAM-2 é expressa em alguns leucócitos, nas células endoteliais e plaquetas. ICAM-3 é expressa em todos os leucócitos e células endoteliais. PECAM-1 é expressa nos leucócitos, células endoteliais e plaquetas. INFLAMAÇÃO COMO MECANISMO DE RESISTÊNCIA NATURAL A AGENTES INFECCIOSOS ETAPA 1 A primeira etapa é mediada pelas selectinas. As células do endotélio, sob o efeito do TNF- α ou do lipopolissacarídeo (LPS) bacteriano, expressam selectina E que se associa ao sialil- Lewis x (ligante de selectina E), expresso por neutrófilos, permitindo que estas células sofram um rolamento sobre o endotélio. Este tipo de associação é de fraca afinidade e propicia um tipo de adesão temporária entre o endotélio e a célula fazendo com que ela vá rolando sobre o endotélio ETAPA 2 A segunda etapa é mediada por integrinas. O TNF-α induz, na superfície do endotélio e do neutrófilo, moléculas proteicas, o ICAM-1 e o LFA-1, respectivamente. Estas moléculas são responsáveis pela adesão da maioria das células do sistema imune ao endotélio. A liberação da IL-8 pelos macrófagos propicia que esta citocina com atividade quimiotáctica, associada ao endotélio do vaso, aumente a afinidade de ligação entre o LFA-1 e o ICAM- 1, porque os neutrófilos apresentam receptores para a IL-8. ETAPA 3 A terceira etapa consiste na passagem propriamente dita das células. As células aderidas ao endotélio, através destas interações, farão a diapedese ou o extravasamento para o tecido através de interação homóloga entre moléculas CD31, expressas pelo neutrófilo e pela célula endotelial. ETAPA 4 A última etapa consiste na migração, dentro do tecido, das células provenientes do sangue. Quando as células chegam ao tecido, a migração ocorre de acordo com o gradiente de concentração dos fatores quimiotáticos, processo denominado quimiotaxia. Estes fatores quimiotáticos para neutrófilos são a IL-8, o leucotrieno B4 (LTB4), o PAF, peptídeos liberados pelos próprios agentes invasores e peptídeos oriundos da degradação tecidual. A migração de monócitos provavelmente envolve a ativação das mesmas moléculas de adesão, mas as quimiocinas envolvidas são as MCP-1, 2 ou 3 (Proteína Quimiotáctica do Monócito) ou MIP-1α ou MIP-1β (Proteína Inibitória do Macrófago). Órgãos do sistema imunológico SISTEMA LINFÁTICO Vasos linfáticos, tecidos e órgãos linfoides (contendo células imunocompetentes) CÉLULAS IMUNOCOMPETENTES Linfócitos T e B Células NK Monócito/macrófago Células dendríticas (foliculares, intersticiais, de Langerhans, células M) ORGÃOS LINFOIDES São um conjunto de órgãos nos quais as células predominantes são os linfócitos, estão relacionadas com a defesa do organismo contra moléculas e contra organismos cuja moléculas são consideradas pelos organismos como estranhas. ORGÃOS LINFOIDES PRIMÁRIOS São responsáveis pela produção e maturação dos leucócitos do organismo MEDULA ÓSSEA Ocorre a produção das células imunes TIMO Responsável pela maturação dos linfócitos T Localiza-se entre os pulmões e a frente do coração; Principal função: maturação dos linfócitos T; -Maturação dos LT ocorre durante o crescimento fetal e na infância; Os LT após desenvolvidos no Timo migram para os gânglios linfáticos do corpo; Produz a timosina (hormônio indutor da maturação dos LT) ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS São responsáveis pelo desencadeamento da resposta imunológica adquirida. BAÇO Filtro e reservatório de sangue, ele aparece como reservatório de grandes quantidades das células do sistema imunológico conhecidas como monócitos e de outras células sanguíneas. Maior órgão do sistema linfático; Responsável por “filtrar” o nosso sangue (diferente da que é realizada pelos rins); Remoção de hemácias velhas, reciclando o tecido sanguíneo; Armazenamento de sangue (até 250ml); Remoção de vírus e bactérias no sangue durante a filtração do sangue; Polpas vermelhas é armazenamento e sangue e polpas brancas é filtração do sangue LINFONODOS Estão distribuídos por vasos linfáticos. Contém células do sistema imunológico e ajuda a combater infecções atacando e destruindo germes que são transportados pelo líquido linfático. Tecido linfoide encapsulado Espalhados pelo trajeto dos vasos linfáticos Axila, virilha, pescoço, tórax e abdome (mesentério) Tamanho: de até 2cm Função: armazenamento de linfócitos TONSILAS FARÍNGEAS Produzem anticorpos e também fazem parte do sistema imunológico e ajudando na defesa do organismo contra a invasão de agentes estranhos Ímpar e localizada na parede posterior da nasofaringe; Revestidas por epitélio pseudoestratificado ciliado e não apresentam criptas; TONSILAS PALATINAS (AMÍGDALAS) Tecido linfoide parcialmente encapsulado; Possuem nódulos linfáticos; Possuem criptas com restos celulares; FARINGOTONSILITES: inflamação na faringe, amígdalas e tonsilas faríngeas. ADENOIDITES: inflamação nas tonsilas faríngeas AMIGDALITES: inflamação nas tonsilas palatinas TONSILAS LÍNGUAIS Numerosas e localizadas no 1/3 posterior da língua; Revestidas por epitélio estratificado não queratinizado; Possuem várias criptas profundas que frequentemente contém restos celulares; São menores e mais numerosas que as tonsilas palatinas e faríngeas; O TRÂNSITO DOS LINFÓCITOS QUIMIOCINAS Recrutam as células de defesa para o sítio de infecção; Regulamo trânsito dos linfócitos através dos órgãos linfoides periféricos; São citocinas quimiotáticas; -Principal quimiocina IL-8 Receptores celulares RECONHECIMENTO DA IMUNIDADE INATA Reconhecimento de estruturas estranhas ao hospedeiro PAMPs: padrões moleculares associados ao patógeno DAMPs: padrões moleculares associados ao dano PAMPS Produzidos pelo patógeno Invariáveis entre microrganismos de mesma classe Essenciais para sobrevivência do patógeno DAMPS São substâncias endógenas produzidas ou liberadas por células mortas ou danificadas causadas por infecções, por exemplo. Além disso também podem indicar lesões celulares assépticas (sem infecção) provocadas por queimaduras, toxinas químicas, traumas, entre outras PRRS Receptores de Reconhecimento de Padrões Atuam na opsonização e ativação do complemento Indução da resposta inflamatória Fagocitose Apoptose. Expressam em: células apresentadoras de antígeno (células dendríticas e macrófagos) e outras células pertencentes ou não ao sistema imune. Atuam no reconhecimento dos PAMPs e DAMPs – células do hospedeiro” “ Não possuem especificidade” Os PRRs se classificam em quatro famílias principais: Receptores tipo Toll (TLR) Receptores tipo NOD (NLR) Receptores de Lectinas tipo C (CLR) Receptores tipo RIG-1 (RLR) TOLL LIKE RECEPTORS Possuem PRRs Reconhecimento dos PAMPs Primeira linha de defesa - Imunidade Inata Desenvolvimento de cascata inflamatória - ativação celular e liberação de citocinas SINALIZAÇÃO MEDIADA PELOS TLRS 1. Recrutamento de proteínas adaptadoras à região citoplasmática: adaptadores principais: MYD88 e TRIF. MYD88: TLR 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 TRIF: TLR 3 e 4 TLR1, 2, 4 e 6 necessitam de um segundo adaptador para a união ao MYD88, denominado TIRAP, e o receptor TLR4 necessita TRAM para a união ao TRIF. Estes adaptadores recrutam diferentes proteínas, como por exemplo: quinases, que iniciam diferentes rotas de sinalização intracelular. As principais vias de sinalização ativadas pelos TLRs: MAP quinases (ERK, p38, JNK) Via NFkB Via IRF ELEMENTOS INDUZIDOS PELA ESTIMULAÇÃO DOS TLRS Citocinas inflamatórias: IL6, TNFα, IL12 Citocinas anti-inflamatórias: IL10 Interferons do Tipo 1 (α e β): Resposta antiviral Quimiocinas: Atração por quimiotaxia Receptores de Quimiocinas: Migração de células ativadas para os gânglios linfáticos Moléculas antimicrobianas Moléculas co-estimuladoras: CD80/86 e CD40: ativação dos linfócitos T pelas células apresentadoras de antígeno RECEPTORES NOD NOD 1 NOD 2 NLRP3 Sensores intracelulares de PAMPs que entram na célula via fagocitose ou poros e DAMPs que estão associados ao estresse celular. Linfócitos, macrófagos, células dendríticas. RECEPTORES NOD 1 NOD 1 contendo o domínio de oligomerização de ligação a nucleotídeos (NOD1) Receptor proteico codificado pelo gene NOD1. Intracelular Reconhece moléculas bacterianas e estimula uma reação imunológica. Contém um domínio de recrutamento das caspases (CARD). A estimulação de NOD1 por moléculas contendo iE-DAP resulta na ativação do fator de transcrição NF-kB (ativa a expressão de citocinas inflamatórias) RECEPTORES NOD 2 Contribui para a remodelação tecidual Ação sinérgica com o TLR-4. A ativação da família de receptores intracitoplasmáticos do tipo NOD (NLR) pode levar à formação de complexos proteicos denominados inflamassomas, entre eles, o inflamassoma NLRP3, formado por três estruturas básicas: receptores do tipo NOD, proteína adaptadora (ASC) e pró-caspase1. Essas caspases ativas são capazes de induzir a maturação proteolítica de interleucina-1 beta (IL-1b) e IL-18, que então são liberadas para o meio extracelular. O inflamassoma estabelece um envolvimento estreito com a inflamação patológica, pela ativação de vias intracelulares de morte por apoptose, piroptosee necrose. RECEPTORES DE LECTINAS TIPO C É um tipo de domínio proteico de ligação a carboidratos de proteínas lectinas. As proteínas que contêm domínios de lectina tipo C apresentam uma gama diversificada de funções incluindo a adesão célula a célula, resposta imune a patógenos e apoptose Presentes na superfície de células fagocíticas Atuantes no englobamento de patógenos (fagocitose) Não tem capacidade de sinalização celular RECEPTORES TIPO RIG 1 Presentes no citoplasma celular Atuam no reconhecimento do RNA viral RIG-I: resposta imune aos vírus RNA de várias famílias, incluindo os paramixovírus (sarampo), rabdovírus (vírus da estomatite vesicular) e ortomixovírus (influenza A). MDA5: preferência por RNA de fita dupla longa (>2000 pb-picornavírus. SEQUESTRAMENTO VIRAL DE SINALIZAÇÃO RLR Os vírus evoluíram para subverter a sinalização de RLR para aumentar sua sobrevivência. Inibição da produção de IFNs alfa e beta RECEPTORES SCAVENGERS Presentes nos macrófagos Interação com PAMPs de lipoproteínas modificadas e células apoptóticas SR-A e CD 36 Indução na polarização M1/M2 CD36…. Fagocitose de células apoptóticas.... Características anti-inflamatórias e imunossupressoras CÉLULAS NK Linhagem celular relacionada aos linfócitos que reconhecem células infectadas e/ou alteradas e respondem diretamente destruindo estas células e secretando citocinas pró-inflamatórias. Os receptores das células NK distinguem as células doentes de células saudáveis. As células NK possuem receptores de superfície celular ativadores e inibidores. Os ligantes para o NKG2D, um receptor de ativação presente em todas as células NK humanas, são o MHC-I e o MHC-II, proteínas que não são expressas pelas células estressadas por infecção viral e outros traumas. RECEPTORES EXCITATÓRIOS: Ly49 Receptor de citotoxicidade natural (NCR), responsáveis da atividade das células NK e pela secreção de IFNγ e são capazes de se ligar às partículas virais, bactérias e a ligantes celulares. CD16 (FcγIIIA); tem um papel fundamental na citotoxicidade celular mediada e dependente de anticorpos, ligam-se a IgG. RECEPTORES INIBITÓRIOS KIRs CD94/NKG2: Um receptor da família de lectinas do tipo-C. ILT ou LIR Ly49: têm isoformas tanto inibitórias como excitatórias. RECEPTORES NA IMUNIDADE ADAPTATIVA Os receptores de antígeno de células B têm dois sítios de reconhecimento de antígenos enquanto que aqueles de células T têm apenas um. LINFÓCITOS B RECEPTORES Células da imunidade adaptativa (especificidade) BCR Antígenos extracelulares marcadores de superfície (CD19 e CD21) Ativação da célula B por citocinas e ligação ao CD40 Proliferação e diferenciação da célula B LINFÓCITOS T RECEPTORES TCR O início da resposta: reconhecimento, adesão às APCs e transdução de sinais TCR: complexo peptídeo-MHC Cadeias αβ: maioria dos linfócitos T circulantes (reconhecimento de antígenos proteicos) Cadeias γδ: 5-10% dos linfócitos T circulantes (reconhecimento de antígenos não-proteicos) TCR ΑΒ Presente nas células T CD4 e CD8 Possui uma região constante e uma região variável Possui uma cadeia α e uma cadeia β Região V: variabilidade dos TCRs CO-RECEPTORES CD4 ou CD8 Glicoproteínas transmembrânicas Pertencentes a superfamília das imunoglubinas Tranduz o sinal no momento do reconhecimento do antígeno Reforça a ligação entre os linfócitos T e as APCs MOLÉCULAS CO-ESTIMULATÓRIAS CD28 e CTLA-4 Os linfócitos T e B para ativação necessitam de dois sinas. 1º sinal: ligação dos complexos peptídeos- MHC/TCR-Co-receptores (CD4 ou CD8) 2º sinal: B7-1 (CD80) /B7-2 (CD86) E CD28 CD28: ativação dos linfócitos T Induz a expressão de proteínas antiapoptóticas e fatores de crescimento CTLA-4: inibição de células T (finalização da resposta mune) OUTRAS MOLÉCULA ACESSÓRIAS IMPORTANTES CD44 (expressa em altos níveis em células T): responsável pela retenção das células T nos tecidos extravasculares nos sítios de infecção Ligante de FAS (FASL): é expresso na superfíciedas células T CD8 e se acopla a molécula de FAS das células-alvo, que resulta no apoptose das células-alvo TCR γδ Expresso em poucas células T (5 a 10%) Apresentam linhagens distintas das células αβ restritas ao MHC O receptor γδ atua ao mesmo receptor CD3 e a proteína ζ A maioria não expressa CD4 ou CD8 Não reconhecem antígenos peptídicos associados ao MHC Reconhecem antígenos não-proteicos ligados ao CD1 das APCs Imunidade inata O biólogo russo Ilya Ilyich Mechnikov (1845- 1916) descobriu a imunidade inata definindo-a como a primeira linha de defesa contra a maioria dos microrganismos do ser vivo no início dos anos 1880 RESPOSTA A INVASÃO DE PATÓGENOS Ativação da primeira linha de defesa (barreiras físicas e químicas) Ativação da segunda linha de defesa (células) Neutrófilos Mastócitos Citocinas Leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos, células dendrítcas, linfócito T, natural killer e linfócito B) BARREIRAS NATURAIS Pele: Primeiro mecanismo de defesa do corpo. Quando não está íntegra abre uma porta de entrada para os agentes antimicrobianos Folículos pilosos: Apreendem os microrganismos e mantém a integridade da pele; Glândulas sebáceas e Glândulas sudoríparas: Têm função antimicrobiana, pois os antígenos se “colam” no corpo devido ao suor e são mais facilmente removidos no banho; Lisozima: Enzima presente na lágrima e na saliva, é responsável por nos proteger do contato com agentes microbianos; Microbiota Normal Externa: Competem com os agentes patógenos externos pela colonização do nosso corpo, produzindo substâncias antimicrobianas. SUPERFÍCIES INTERNAS: Muco ciliar do trato respiratório: tem a função de aprisionar os microrganismos, o corpo produz muco para gelificar esses microrganismos e isso facilita sua saída durante a tosse; Reflexo da tosse: Ocorre sempre quando há um acúmulo de material sobre as células do trato respiratório inferior; pH do estômago: Em torno de 3-3,5. Faz a destruição da carga microbiana dos alimentos para deixá-la menor que a microbiota do TGI; Microbiota Normal do TGI: Competem com os agentes infecciosos pela colonização do intestino. Porém, quando há uma concentração maior de agentes infecciosos ocorre a inflamação das microvilosidades ocasionando no quadro diarreico; Fluxo urinário: Limpa a uretra dos microrganismos. Por isso deve-se urinar a cada 3 horas; pH vaginal: Responsável por controlar os lactobacilos e a cândida mantendo um equilíbrio entre eles. Lisozima PELE E MIROBIOTA SAUDAVEL Microbiota residente confere proteção, neutralizando a ação de agentes externos. DISBIÓTICA Patógeno produz enzimas que atacam a barreira cutânea RUPTURA DA BARREIRA CUTÂNEA: penetração de alérgenos e ativação da cascata inflamatória. RECONHECIMENTO DE ANTÍGENOS O sistema imune inato reconhece os antígenos através dos receptores celulares que reconhecem moléculas microbianas e de dano celular. Reconhecem moléculas características de patógenos microbianos, mas não de células mamíferas. PAMP Padrões moleculares associados aos patógenos Substâncias microbianas que estimulam a imunidade inata Vírus, bactérias Gram negativa, bactérias Gram positiva e fungos expressam diferentes PAMP DAMP Padrões moleculares associados a danos Moléculas endógenas excretadas por células danificadas ou mortas Produzidos como resultado de danos celulares provocados por infecções. RECEPTORES CELULRES DE RECONHECIMENTO DE PADRÕES Expressos na superfície dos: fagócitos (neutrófilos e macrófagos) e células dendríticas RECEPTORES SEMELHANTES A TOLL (TLR): reconhecem produtos de uma ampla variedade de MOs; RECEPTORES SEMELHANTES A NOD (NLR): reconhecem constituintes da parede celular bacteriana; RECEPTORES SEMELHANTES A RIG: sensores citosólicosde RNA viral; RECEPTORES DE CARBOIDRATOS: reconhecem carboidratos microbianos (manose, dectinas). ELIMINAÇÃO DO PATÓGENO Resposta imune inata infecção recrutamento de células efetoras reconhecimento por PAMPs, ativação de células efetoras e inflamação remoção do agente infeccioso Resposta imune adaptativa infecção transporte de antígenos para órgãos linfoides reconhecimento por células B e T expansão clonal e diferenciação para células efetoras remoção do agente infeccioso DESENCADEAMENTO DA RESPOSTA IMUNE Macrófagos e células dendríticas fagocitam os antígenos. Mastócitos liberam MQ, macrófagos pró- inflamatórios, que expressam IL-6 Neutrófilos são atraídos e inicia-se a diapedese Permeabilidade endotelial permite a migração de neutrófilos ao sítio de infecção Aumento de proteínas no soro, PCR e proteínas do sistema complemento. INFLAMAÇÃO AGUDA EM RESPOSTA A LESÃO 1. LESÃO TECIDUAL Uma resposta inflamatória pode ser desencadeada por agentes físicos, químicos ou biológicos Resposta inflamatória a bactérias introduzidas quando uma farpa penetra na pele. 2. VASODILATAÇÃO Fluxo sanguíneo aumentado para a área lesada fornece maior quantidade e proteínas plasmáticas, neutrófilos e fagócitos. 3. PERMEABILIDADE AUMENTADA Exsudato (substância líquida que sai dos vasos sanguíneos para os tecidos circundantes) rico em proteínas, contendo imunoglobulinas e complemento, move-se para a área lesada 4. EMIGRAÇÃO DOS LEUCÓCITOS Os neutrófilos e os fagócitos aderem às células endoteliais dos capilares. Os leucócitos esgueiram-se através de fendas criadas pela contração das células endoteliais. 5. QUIMIOTAXIA Os neutrófilos e os macrófagos movem-se para o local da lesão, em resposta ao gradiente de mediadores quimiotáticos liberados pelo tecido lesado. 6. FAGOCITOSE O fagócito fixa-se à bactéria e a engloba por endocitose. As bactérias são degradadas por radicais do oxigênio e enzimas digestivas. DIAPEDESE Marginação, emigração e migração neutrofilica Neutrófilos marginados ao longo da parede do vaso Neutrófilos emigrando do vaso para a área lesada FEBRE Se a resposta inflamatória não for suficiente ocorre a febre, causando vasoconstrição e tremores por conta do aumento da temperatura interna, até um novo ponto de ajuste. É um processo desencadeado sempre que se tem partículas (pirógenos) que estão na superfície de bactérias, vírus e fungos; O corpo produz IL-1, IL-6 e TNF que irão alcançar o centro termorregulador do corpo no Hipotálamo e isso gera o aumento da temperatura corporal; O aumento da temperatura lentifica o processo de fissão binária das bactérias, dando mais chance dos fagócitos ou anticorpos chegarem ao lugar da infecção. INFECÇÃO BACTERIANA Quando as barreiras são ultrapassadas os macrófagos e células dendriticas reconhecem as bactérias. E tentam fagocitar as células infectadas. Mas se carga bacteriana for muito elevada os macrófagos e células dendritícas não vão dar conta vão ter uma ação pró-inflamatória, e por isso secreta IL-6, contatando o neutrófilo, que é um ótimo agente fagoctador. Neutrófilo sai do vaso sanguíneo levando junto plaquetas e proteína C reativa, então ao perder essas a medula óssea produzir neutrófilos. Os neutrófilos dirigem-se a área lesada a vão fagocitar a célula infectada. Se os neutrófilos não forem suficientes o macrófago vai mandar a IL-1 para cima, no centro termorregulador que fica no centro hipotalâmico que vai ativar a febre Se não for suficiente os macrófagos reconhecem muitos PAMPs e DAMPs e os macrófagos com um pedaço de antígeno da superfície do receptor dele (MHC tipo II) locomovem-se ao linfonodo, onde o linfócito T CD4, que tem receptor que se acopla ao MHC tipo II. Os macrófagos e células dendritica vão fagocitar e se não derem conta chamam o neutrófilo, que está na corrente sanguínea para fagocitar. INFECÇÃO VIRAL Os natural killers são atraídos quando há um processo onde o vírus conseguiu entrar na célula. O linfócito sai do endotélio e libera uma substância chamada perforina, quemata a célula. Toda célula possui o MHC tipo I que indica que a célula está saudável e células que não possuírem MHC tipo I são células infectadas. Ocorre também em célula tumoral. O linfócito Nk, reconhece que a célula não possui MHC tipo I e destrói ela com suas perforiinas. Pode ocorrer inflamação no processo já que vai possuir restos celulares que vão ser fagocitados por macrófago e célula dendrítica. O linfócito NK vai reconhecer as células sem MHC I e vai destrui-la já que está infectada. Antígenos Toda estrutura capaz de reagir com as células do sistema imune ou com anticorpos produzidos contra esse antígeno; CARACTERÍSTICAS QUE DEFINEM UM ANTÍGENO IMUNOGENICIDADE: capacidade que uma substância tem de induzir resposta imunológica; ANTIGENICIDADE: capacidade de uma substância tem de interagir com o sistema imune. Toda substância IMUNOGÊNCIA é ANTIGÊNICA. Por outro lado, NEM toda substância ANTIGÊNICA é IMUNOGÊNICA, pois nem todas as estruturas capazes de interagir com o sistema imune são capazes de induzir uma resposta imunológica. ESTRUTURA DOS ANTÍGENOS EPÍTOPO Determinante antigênico ou imunógeno Sítio de ligação específica que é reconhecido por um anticorpo ou por um receptor de superfície de um linfócito T (TCR); Menor porção de um antígeno com potencial de gerar a resposta imune; Cada antígeno pode conter um ou mais epítopos (iguais ou diferentes); “BOM ENCAIXE” DEPENDE DE: Forças atrativas intermoleculares (pontes de hidrogênio, forças de Van der Waals, forças eletrostáticas e ligações hidrofóbicas). HAPTENO Pequena molécula que pode agir como um epítopo (tem antigenicidade), mas não consegue ativar a resposta imunológica (não tem imunogenicidade). Para induzir resposta imune, hapteno precisa estar associado a uma proteína carreadora. Hapteno torna-se IMUNÓGENO FATORES QUE CONDICIONAM A RI COMPOSIÇÃO QUÍMICA Proteínas: são mais potentes imunógenos; Polissacarídeos: raramente são imunógenos. Exceção: polissacarídeos do Meningococo. Lipídios: como haptenos podem ser conjugados. Estimulam produção de anticorpos anti-DNA em doenças autoimunes. TAMANHO MOLECULAR Quanto MAIOR a substância imunogênica, MAIOR o número de epítopos apresentados, portanto, MAIOR a imunogenicidade. DOSE DO ANTÍGENO Aumento das doses de antígeno leva a um aumento não proporcional das respostas. Doses excessivas podem levar a um estado de ausência de RI: Zona de tolerância. TIPOS DE ANTÍGENOS: Lipídeos: Raramente imunogênicos; Ácidos nucleicos: Pouco imunogênicos; Polissacarídeos: Média imunogenicidade; Proteínas: Altamente imunogênicos. ANTÍGENOS TIMO DEPENDENTES: Para que ocorra a produção de anticorpos contra a maioria dos antígenos o Linfócito B recebe dois sinais Próprio reconhecimento antigênico; Fornecimento pelo linfócito T auxiliar ANTÍGENOS TIMO INDEPENDENTES: Induzem resposta imunológica humoral sem a participação dos linfócitos T; Estes antígenos são compostos de numerosas unidades químicas repetidas, que ativam o linfócito B por reação à receptores de superfície específicos; Não induzem memória imunológica; São geralmente mais resistentes à degradação, persistindo por longos períodos no hospedeiro podendo estimular continuamente o sistema imune. ANTÍGENOS DEPENDENTES OU NÃO DE LINFÓCITOS T T-DEPENDENTES Antígenos que dependem de linfócitos T para ativar a resposta imune; Reconhecimento do epítopo pelos receptores de células T (TCR) através da apresentação via MHC; APC: processam o antígeno, degradam-no em peptídeos que servirão como epítopos para as células. T-INDEPENDENTES Antígenos que podem ser imunogênicos sem a participação dos linfócitos T. Porém, quando auxiliados por linfócitos T, agem mais especificamente. Ativam diretamente os linfócitos B e a síntese poli clonal de anticorpos; Ex: polissacarídeos bacterianos, flagelina dos flagelos, antígenos expressos por parasitos do TGI. ESPECIFICIDADE DOS ANTÍGENOS ANTÍGENOS ESPECÍFICOS Substâncias que ativam linfócitos T e B após terem entrado em contato com receptores específicos (TCR ou imunoglobulinas). ANTÍGENOS INESPECÍFICOS (MITÓGENOS) Ativam linfócitos T e B por mecanismos inespecíficos, não necessitando de especificidade para o TCR ou imunoglobulinas; Induzem proliferação policlonal de linfócitos B (expressão policlonal de anticorpos). SUPERANTÍGENOS (SAGS) Moléculas capazes de ativar linfócitos T e B de uma forma potencializada; Ativam muito mais linfócitos T (via apresentação MHC) ou direta ligação ao receptor do linfócito B; Promovem uma grande estimulação da resposta imune; Responsáveis por várias doenças autoimunes, dermatites e intoxicações; Exemplos: a) Toxinas estafilocócicas b) Toxinas estreptocócicas c) Proteínas gp120 do HIV d) SARS COV-2 Complexo Principal de histocompatibilidade É a compatibilidade ou equivalência entre células, tecidos e órgãos. Existe uma diferença de genes entre os seres humanos e um desses grupos de genes é chamado de Complexo Principal de Histocompatibilidade HISTÓRICO DA IMUNOLOGIA Jean Dausset (1909 – 2009), George Snell (1903 – 1966) e Baruj Benacerraf (1920 – 2011) Os três pesquisadores receberam o Prêmio Nobel de 1980 pelas suas descobertas sobre estruturas geneticamente determinadas na superfície das células, denominadas H-2 no camundongo e HLA nos humanos, que regulam as respostas imunológicas. Caracterizado o Complexo Principal de Histocompatibilidade que ajuda o Sistema Imunológico de todos os vertebrados a distinguir as suas próprias células e substâncias estranhas que entram no corpo. FORMAÇÃO DO COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE CPH-MHC é composto por um conjunto de proteínas especializadas, codificadas por genes em um locus, denominado região HLA, altamente polimórfico, com importantes papéis nas respostas imunológicas celular e humoral. HLA – Antígenos Leucocitários Humanos CONCEITOS No genoma humano a região mais variável forma o Complexo Principal de Histocompatibilidade, que carrega um grande número de diferentes loci, que codificam genes funcionais. Estes genes exibem muitas variantes, chamadas de alelos, caracterizando uma região extremamente polimórfica, com importante papel no sistema imunológico e na determinação da identidade biológica dos indivíduos. LOCALIZAÇÃO Homem – cromossomo nº 6 (HLA) Camundongo – cromossomo nº 17 (H2) ALELOS Expressão individualizada de genes em cada loco do Complexo Principal de Histocompatibilidade São expressados codominantemente HAPLÓTIPO Grupos de alelos herdados do pai e da mãe. CLASSES DE MOLÉCULAS DO CPH CLASSE I Codificam as glicoproteínas expressadas na superfície de quase todas as células nucleadas. Principal função é apresentar peptídeos para as células T citotóxicas (CD8). CLASSE I I Codificam as glicoproteínas expressadas primariamente nas células apresentadoras de antígenos. Apresentam os peptídeos antigênicos processados para as células T auxiliares (CD4). POLIGENISMO Cada indivíduo expressa normalmente: 3 pares de MHC classe I (A, B, C) 3 pares de MHC classe II (DR, DP, DQ) herdados dos pais 3 pares de MHC classe II resultantes da recombinação da cadeia α do pai com a cadeia β da mãe. POLIMORFISMO Moléculas do MHC tem expressão codominante: 2 conjuntos de pelo menos 9 moléculas são expressas na membrana Genes do MHC são fortemente ligadas e geralmente são herdadas em blocos A combinação de alelos em um cromossomo é denominada haplotipo FUNÇÕES DO CPH Reconhecimento dos antígenos pelas células T; Rejeição ou aceite de transplantes; Susceptibilidade/Resistência às doenças