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INTRODUÇÃO
Esta aula pretende apresentar uma visão geral do uso da água na construção e recomenda possíveis medidas
para melhorar as práticas de gestão da água nos canteiros de obras e na operação da infraestrutura. O uso da
água está diretamente relacionado à emissão de gases de efeito estufa em muitos casos.
Nesta aula você verá que os conceitos de edifícios verdes e edifícios de energia zero estão se tornando
populares, pois visam à economia de água e energia. A água coletada da chuva e o reúso de águas servidas
podem poupar um volume signi�cativo de água durante a vida útil de uma edi�cação, portanto, você,
estudante, como futuro pro�ssional, poderá adotar as técnicas apresentadas sempre que possível.
Embora as regulamentações ambientais e de uso da água tenham feito um progresso notável na conservação
e reúso da água na construção, é importante que você, como um futuro pro�ssional do setor, considere
outras possibilidades de alcançar uma maior e�ciência no uso da água por meio de pesquisa contínua,
atualização de políticas governamentais, treinamento e maior conscientização ambiental.
Aula 1
ÁGUA: CONSERVAÇÃO E REÚSO 
Esta aula pretende apresentar uma visão geral do uso da água na construção e recomenda possíveis
medidas para melhorar as práticas de gestão da água nos canteiros de obras e na operação da
infraestrutura.
USO DOS RECURSOS NATURAIS E A GERAÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Aula 1 - Água: conservação e reúso 
 Aula 2 - E�ciência energética e fontes sustentáveis
 Aula 3 - Resíduos sólidos urbanos
 Aula 4 - Gestão e gerenciamento dos resíduos da construção civil – RCC
 Aula 5 - Revisão da unidade
 Referências
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USO DE ÁGUA NO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL E SISTEMAS DE DRENAGEM
A água é um dos componentes essenciais na construção, sendo necessária em quantidade variável,
dependendo do tipo, escala e etapas de um projeto. Exemplos incluem supressão de poeira durante a fase de
escavação de uma construção de engenharia civil, compactação do solo, imersão de agregados graúdos,
preparação de argamassa, mistura de concreto de cimento, cura de concreto, lavagem de equipamentos,
limpeza de canteiros de obras, demolição (por jato de água), paisagismo, combate a incêndios e consumo
humano. Além disso, um volume considerável de e�uentes e águas pluviais geralmente é gerado em um
canteiro de obras, que muitas vezes necessita de tratamento antes de ser reutilizado ou descartado no
ambiente natural.
A água para construção pode ser derivada de várias fontes. Uma das fontes mais comuns é a água
subterrânea, que é bombeada de aquíferos e usada para atividades de construção. As águas subterrâneas são
utilizadas principalmente para atividades de construção mineira em áreas remotas, onde não há água
canalizada nem água super�cial facilmente disponível. O aproveitamento das águas subterrâneas envolve o
bombeamento, que necessita de energia associada às emissões de gases de efeito estufa. Outra fonte de água
é água de superfície, por exemplo, rio e lago. A água reciclada também é utilizada na construção, por exemplo,
na preparação de misturas de concreto utilizando águas residuais domésticas tratadas.
Um volume signi�cativo de água, denominado “água incorporada”, é usado no processo de fabricação de
vários materiais de construção, como aço, tijolo, cimento, alumínio, vidro e carpete. No processo de fabricação
desses materiais, a água pode ser usada como lubri�cante, agente de limpeza, selante, meio de transferência
de calor, solvente, meio de controle de poluição do ar e uma série de outras �nalidades, dependendo dos
materiais que estão sendo fabricados.
Além disso, para certas atividades na construção, como mistura e cura de concreto, é importante o uso de
água limpa e livre de contaminantes. Água potável é frequentemente usada na preparação de argamassa e
concreto fresco. Por exemplo, o uso de aditivos redutores de água na preparação de concreto fresco e
argamassa pode reduzir até 10% o consumo de água, enquanto os aditivos aumentam a trabalhabilidade do
concreto e da argamassa (Tamura, 2020).
Somado a isso, toda essa água precisa ser direcionada de forma segura para os canais de drenagem. Os
sistemas de drenagem na construção civil servem para garantir a estabilidade, longevidade e funcionalidade
dos ambientes construídos. São intrincadas redes de tubulações, canais e estruturas, devidamente projetadas
para gerenciar e redirecionar a água – seja da chuva, subterrânea ou de outras fontes – para longe de áreas
críticas, como fundações de edifícios, porões e paisagens circundantes. Ao canalizar efetivamente a água para
longe das estruturas, os sistemas de drenagem ajudam a evitar o acúmulo de água, a erosão do solo, danos à
fundação e possíveis falhas estruturais.
À medida que a urbanização continua a se expandir e os padrões climáticos evoluem, o papel de sistemas de
drenagem e�cientes torna-se ainda mais primordial, enfatizando a necessidade de soluções inovadoras de
design e práticas sustentáveis em projetos de construção (Tamura, 2020; Curi, 2012).
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MEDIDAS SUSTENTÁVEIS DE CONSERVAÇÃO E DRENAGEM DA ÁGUA NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
Nos últimos anos, o uso de água em novos edifícios foi substancialmente reduzido como resultado da
aplicação de uma ampla gama de tecnologias e medidas. Tais medidas podem incluir (Yudelson, 2013;
Tamura, 2020):
Selecionar e aplicar padrões de rotulagem de água avaliados e acessórios disponíveis para o
desenvolvimento, incluindo chuveiros e�cientes, vasos sanitários com descarga dupla e reguladores de
�uxo nas torneiras.
Instalar um abastecimento de água alternativo, como um tanque de água da chuva e conectá-lo aos
sistemas internos de água (por exemplo, banheiros e/ou lavanderia).
Instalar um abastecimento de água alternativo para jardinagem e usar espécies de plantasde baixa
necessidade de água como parte do plano de paisagismo.
Implementar opções adicionais para apartamentos multifamiliares (como coleta de águas pluviais para
uso em banheiros e jardins e paisagismo com baixo consumo de água).
Utilizar processos de auditoria de água, detecção de vazamentos e reparos para evitar perdas de água.
Utilizar sistemas e insumos inovadores (por exemplo, plasti�cantes) no concreto, que reduz a
necessidade de água no concreto bruto sem reduzir a resistência desejada.
Atualmente, a instalação de dispositivos que visam à e�ciência de água em vez dos sistemas convencionais de
alto �uxo de água garante a conservação da água potável nos edifícios (Yudelson, 2013). A adoção dessas
medidas pode exigir algum investimento de capital inicial adicional, embora relatórios mostrem que, na
maioria dos casos, o período de retorno desse investimento é inferior a um ano, especialmente quando os
dispositivos são usados com frequência.
O Brasil ainda enfrenta desa�os signi�cativos em relação ao uso sustentável da água no setor de construção
civil. Embora haja preocupações crescentes com a escassez de recursos hídricos, a implementação de práticas
e�cazes de conservação de água no setor ainda se encontra em estágios iniciais. Alguns esforços e iniciativas
são observados em relação ao melhor aproveitamento da água na construção civil, incluindo (Tamura, 2020):
Normas e regulamentações: o Brasil conta com normas técnicas, como a ABNT NBR 15.575, que
estabelecem critérios para a construção de edi�cações sustentáveis e e�cientes em termos de recursos,
incluindo a água. Essas normas fornecem diretrizes para o projeto e a construção de sistemasvalor é possível estimar a quantidade de geração de resíduo total, considerando, também, para
isso, o histórico per capita de geração para a região de interesse. A título de exemplo, a Associação Brasileira
de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) informou que, conforme Figura 1, em 2021
dP
dt = Ka → P = P2 + Ka (t − t2) → Ka =   P2 −P1
t2 −t1
dP
dt = Kg.  P → P = P2e
Kg(t−t2) → Kg =   lnP 2 −lnP 1
t2 −t1
P =   k
1+ea−b (t−t0)
dP
dt = Ka → P = P2 + Ka (t − t2) → Ka =   P2 −P1
t2 −t1
0 0
1 1
2 2
Ka =   P2 −P0
t2 −t0
=   40000−10585
2000−1980 = 1470,8
Pt = P0 + Ka(t − t0) = 10585 + 1470,8 (t − 1980)
P2035 = 10585 + 1470,8 (2035 − 1980) = 91.479hab
23/11/2024, 11:51 wlldd_241_u3_con_sus
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cada brasileiro gerou, em média, 1,08 kg de resíduo sólido por dia (Abrelpe, 2022).
Figura 1 | Geração per capita médio de resíduo sólido no Brasil
Fonte: Abrelpe (2022)
A partir desses valores, tomando como exemplo a quantidade de 1,08 kg/hab.dia, é possível estimar que, a
cada dia, a quantidade de resíduo sólido gerado pela população será:
Em resumo, prever um modelo de crescimento populacional é crucial para projetos de gerenciamento de
resíduos sólidos urbanos, pois orienta planejamento de infraestrutura, alocação de recursos, seleção de
tecnologia de tratamento de resíduos, avaliação de impacto ambiental e planejamento de longo prazo.
Previsões precisas permitem que os sistemas de gerenciamento de resíduos sejam projetados e
implementados de forma e�caz, garantindo que os resíduos da crescente população urbana sejam
gerenciados de maneira sustentável, e�ciente e ambientalmente correta.
É importante observar, porém, que esses modelos fornecem representações simpli�cadas do crescimento
populacional e podem não capturar todas as complexidades das populações do mundo real. Fatores como
competição, predação e mudanças ambientais podem in�uenciar signi�cativamente a dinâmica populacional
e podem exigir modelos mais so�sticados para previsões precisas.
A futura geração de resíduos projetada tem implicações signi�cativas para a infraestrutura de gestão de
resíduos, alocação de recursos e impactos ambientais nos municípios. À medida que as populações crescem, a
urbanização se expande, os padrões de consumo evoluem e espera-se que a produção de resíduos aumente.
Compreender essas implicações é crucial para um planejamento e�caz da gestão de resíduos.
Os aumentos projetados na produção de resíduos têm implicações de longo alcance para a infraestrutura de
gestão de resíduos, alocação de recursos e impactos ambientais nos municípios. Estimativas precisas da
geração de resíduos são essenciais para um planejamento informado e implementação de estratégias de
gestão de resíduos. Os municípios devem priorizar práticas sustentáveis de gestão de resíduos para mitigar os
riscos ambientais e promover a e�ciência dos recursos.
Total Gerado = Geração per capita x População
Total Gerado = 1,08 kg
hab . dia x 91.479hab
Total Gerado = 1,08 kg
hab . dia x 91.479hab
Total Gerado ≅98.798 kg = 98,8 ton
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RESUMO VISUAL
Fonte: elaborada pelo autor.
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Aula 1
ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.575: Edi�cações habitacionais -
Desempenho. Rio de Janeiro, 2013.
CABRAL, J. J. S. P. et al. Projeto piloto de uma caixa de descarga e�ciente, econômica e à prova de vazamentos.
Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 22, n. 5, p. 953–959, set. 2017.
CHING, F. D. K.; SHAPIRO, I. M. Edi�cações sustentáveis ilustradas. Porto Alegre: Bookman, 2017.
CURI, D. (org.). Gestão ambiental. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
SIVIRINO, K. J.; FISCHER, Y. P.; LINKE, P. P. Construção sustentável: uma revisão bibliográ�ca. Revista
Monogra�as Ambientais, Santa Maria, v. 20, e2, 2021.
TAMURA, C. A. Construções sustentáveis. Curitiba: Contentus, 2020.
YUDELSON, J. Projeto integrado e construções sustentáveis. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Aula 2
CHANCEL, L.; BOTHE, P.; VOITURIEZ, T. Climate Inequality Report 2023. World Inequality Lab. Norad. UNPD.
CHING, F. D. K.; SHAPIRO, I. M. Edi�cações sustentáveis ilustradas. Porto Alegre: Bookman, 2017.
COSTA, L. M. da; ALVAREZ, C. E. de; MARTINO, J. A. de. Proposta de método de projeto baseado no
desempenho para edifícios energeticamente e�cientes. Ambiente Construído, v. 21, n. 2, p. 409–433, abr.
2021.
CURI, D. (org.). Gestão ambiental. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION. International Energy Outlook 2019 with projections to 2050.
U.S. Energy Information Administration, O�ce of Energy Analysis, U.S. Department of Energy. Washington, DC,
2019.
GOBATO, A. Geração de energia elétrica no Brasil: Fontes alternativas e renováveis. [S. l.]: Novas Edições
Acadêmicas, 2018. ISBN-13: 978-6202180856
SIVIRINO, K. J.; FISCHER, Y. P.; LINKE, P. P. Construção sustentável: uma revisão bibliográ�ca. Revista
Monogra�as Ambientais, Santa Maria, v. 20, e2, 2021.
TAMURA, C. A. Construções sustentáveis. Curitiba: Contentus, 2020.
YUDELSON, J. Projeto integrado e construções sustentáveis. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Aula 3
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10004: Resíduos Sólidos – Classi�cação. Rio de
Janeiro, 2004.
BRASIL. Lei nº. 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília, DF, 2
de agosto de 2010.
BRASIL. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus �ns
e mecanismos de formulação e aplicação. Brasília, DF, 31 de agosto de 1981.
BRASIL, Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos
para a gestão dos resíduos da construção civil. Publicação DOU nº 136, de 17/07/2002, p. 95-96.
BRASIL, Resolução CONAMA nº 431, de 24 de maio de 2011. Altera o art. 3º da Resolução no 307, de 5 de
julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, estabelecendo nova classi�cação para o
gesso. Publicação DOU nº 99, de 25/05/2011, p. 123.
BRASIL, Resolução CONAMA nº 469, de 29 de julho de 2015. Altera a Resolução CONAMA no 307, de 5 de
julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção
civil. Publicação DOU, de 30/07/2015, p. 109 e 110.
BRASIL, Resolução CONAMA nº 348, de 16 de agosto de 2004. Altera a Resolução CONAMA no 307, de 5 de
julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos. Publicação DOU nº 158, de 17/08/2004, p.
70.
CURI, D. (org.). Gestão ambiental. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
REFERÊNCIAS
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
Aula 4
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS Especiais (ABRELPE). Panorama
dos resíduos sólidos no Brasil 2022. São Paulo, 2022. Disponível em: https://abrelpe.org.br/panorama/.
Acesso em: 6 set. 2023.
BRASIL. Lei nº. 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília, DF, 2
de agosto de 2010.
BRASIL. Resolução Conama nº 307, de 5 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos
para a gestão dosresíduos da construção civil. Publicação DOU nº 136, de 17/07/2002, p. 95-96.
CONAMA. Resolução Conama nº 469, de 29 de julho de 2015. Altera a Resolução Conama no 307, de 5 de
julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção
civil. Publicação DOU, de 30/07/2015, p. 109 e 110.
CONAMA. Resolução Conama nº 307, de 05 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Brasília, o5 de julho de 2002.
PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Regional Noroeste realiza limpeza em área de bota-fora clandestino.
Flicker. 2012. Disponível em: https://�ic.kr/p/bB1pZt. Acesso em: 26 dez. 2023.
TAMURA, C. A. Construções sustentáveis. Curitiba: Contentus, 2020. [Biblioteca Virtual]
Aula 5
(ABRELPE). Panorama de Resíduos Sólidos 2021. Abrelpe, 2022. Disponível em:
https://abrelpe.org.br/panorama-2021/. Acesso em: 2 out. 2023.
BECHARA, E. (org.). Aspectos relevantes da Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei nº 12.305/2010. São
Paulo: Grupo GEN, 2013. 
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https://storyset.com/
https://www.shutterstock.com/pt/
https://abrelpe.org.br/panorama/
https://flic.kr/p/bB1pZt.
https://abrelpe.org.br/panorama-2021/de água
e�cientes, como sistemas de captação e reúso de água da chuva, medidores individuais de consumo de
água e controle de vazamentos.
Certi�cações sustentáveis: alguns empreendimentos imobiliários buscam obter certi�cações de
construções sustentáveis, como o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e o AQUA (Alta
Qualidade Ambiental). Essas certi�cações incentivam práticas de construção que consideram a e�ciência
no uso de água, promovendo tecnologias como sistemas de reúso de água, dispositivos economizadores
e paisagismo adaptado à disponibilidade hídrica.
Inovações tecnológicas: algumas empresas têm investido em pesquisas e desenvolvimento de
tecnologias que promovem o uso mais e�ciente da água na construção e operação de edifícios. Isso pode
incluir sistemas automatizados de controle de água, dispositivos economizadores e materiais de
construção mais sustentáveis.
Apesar desses esforços, ainda há um longo caminho a percorrer para que o setor de construção civil no Brasil
adote práticas sustentáveis e e�cientes em relação à água de forma generalizada. A escassez de recursos
hídricos, as demandas crescentes por água e as mudanças climáticas destacam a importância de continuar a
promover a conscientização, a educação e a regulamentação para garantir um uso responsável da água no
setor de construção civil.
ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A SUSTENTABILIDADE HÍDRICA EM EDIFÍCIOS
Um dos principais aspectos da construção de novos edifícios é criar edifícios sustentáveis que possam reduzir
o consumo de água e melhorar a e�ciência hídrica por meio da reciclagem, e drenagem. A sustentabilidade da
água em edifícios pode ser melhorada de várias maneiras, como (1) coleta de água da chuva, (2) coleta de
águas residuais, (3) dispositivos de descarga e �uxo em edifícios e (4) paisagismo inteligente.
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1. Captação de água de chuva: a água da chuva é uma fonte de água relativamente limpa e com os
devidos cuidados pode ser utilizada até para consumos potáveis. É importante ressaltar que é uma fonte
gratuita e pode ser coletada em quantidade considerável de captação de telhados e outras áreas
pavimentadas que podem ser usadas para diversos �ns (por exemplo, irrigação de jardins, descarga de
vasos sanitários, lavanderia, resfriamento e aquecimento, uso higiênico e potável) (Sivirino; Fischer; Linke,
2021).
2. Coleta de água cinza: a água cinza é um tipo de e�uente gerado por determinados usos em edifícios,
como lavatórios, chuveiros e lavanderias. Esta água residual pode ser reciclada no local para uso em
sistemas sanitários, irrigação de jardins etc. A razão por trás do nome “água cinza” é devido à sua
aparência turva e ao seu status entre a água potável (geralmente chamada de água branca) e a água de
esgoto (Tamura, 2020).
3. Descarga e�ciente: a �m de melhorar a e�ciência hídrica nos edifícios, a instalação de dispositivos de
descarga e �uxo e�cientes em termos de água nos edifícios pode ser uma boa opção. O objetivo da
instalação de dispositivos de descarga e �uxo e�cientes em água é melhorar a sustentabilidade da água,
reduzindo o consumo de água por unidade de tempo ou por descarga sem comprometer o desempenho
do sistema. Algumas das descargas e acessórios com e�ciência de água incluem (1) vasos sanitários com
descarga dupla, (2) banheiros de alta e�ciência, (3) banheiros com assistência de pressão de �uxo
ultrabaixo, (4) mictórios sem água, (5) controle de vazão de descarga por sensores, (6) chuveiros de alta
e�ciência, (7) e máquinas de lavar louça e máquinas de lavar com baixo consumo de água (Cabral, 2017).
4. Paisagismo: uma quantidade considerável de água é usada no paisagismo e, portanto, uma economia
pode fazer uma diferença notável na e�ciência do uso da água. O paisagismo sábio da água é um
paisagismo de qualidade que conserva a água e usa menor quantidade de água no crescimento e
manutenção das plantas (Sivirino; Fischer; Linke, 2021).
Além disso, as melhorias também podem ser promovidas em sistemas de drenagem. Um exemplo de sistema
de drenagem e�ciente é o uso de drenos franceses. Os drenos franceses são trincheiras cheias de cascalho ou
rocha que redirecionam as águas subterrâneas para longe de estruturas, porões ou outras áreas vulneráveis.
Outro componente essencial de sistemas de drenagem e�cientes é a instalação de sistemas de calhas. As
calhas coletam o escoamento da água da chuva e a direcionam para as calhas, que então canalizam a água
para longe da fundação do prédio. As calhas corretamente posicionadas podem descarregar água em
sistemas de gerenciamento de águas pluviais, lagoas de detenção ou outras áreas designadas, garantindo que
a água da chuva não se acumule ao redor do edifício.
VÍDEO RESUMO
A água é necessária nas atividades diretas de construção e para a produção de materiais de construção, como
água incorporada. O uso da água durante a vida útil de uma infraestrutura também precisa ser considerado
na fase de planejamento e projeto da infraestrutura para economizar e conservar a água a longo prazo. Neste
vídeo, vamos abordar o uso da água no setor e as estratégias necessárias para sua utilização de forma
responsável e sustentável.
 Saiba mais
Nas últimas décadas, houve redução de consumo per capita de água. Mesmo assim, diversos países
buscam uma redução adicional no consumo por meio da melhoria dos processos de funcionamento de
equipamentos. Este artigo descreve um novo design para caixa de descarga econômica, sem obturador
nem juntas que possam ressecar e acarretar vazamento.
CABRAL, J. J. S. P. et al. Projeto piloto de uma caixa de descarga e�ciente, econômica e à prova de
vazamentos. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 22, n. 5, p. 953–959, set. 2017.
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https://doi.org/10.1590/S1413-41522017127339
https://doi.org/10.1590/S1413-41522017127339
INTRODUÇÃO
O cenário energético global enfrenta desa�os em múltiplas frentes. Os edifícios são responsáveis pelo
consumo de 36% da energia total e por isso desempenham um papel importante na busca por um futuro
energético sustentável. Representando mais de 33% das emissões de gases com efeito de estufa e cerca de
40% do consumo de materiais, os edifícios também são fundamentais na luta contra as alterações climáticas
(Tamura, 2020).
Por meio desta aula, você, estudante, poderá explorar a interação entre edifícios e e�ciência energética. Como
futuro pro�ssional do setor, procure observar como o consumo de energia pode ser considerado durante a
concepção, a construção e a operação de edifícios.
É importante que você desenvolva as suas competências de forma a promover uma discussão acerca das
perspectivas de tornar os edifícios mais sustentáveis por meio da e�ciência energética e de soluções de
energias renováveis. 
QUESTÕES ENERGÉTICAS NO SETOR DE CONSTRUÇÃO
De acordo com as estimativas de 2019, a energia utilizada no setor da construção, compreendendo os setores
residencial e comercial, é responsável por 35% do consumo global de energia. A Energy Information
Administration (2019) previu que o consumo global de energia nos edifícios crescerá em média 1,3% ao ano
de 2018 a 2050. Ainda de acordo com o relatório, nos países não pertencentes à Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico – OCDE, o consumo de eletricidade nos edifícios aumenta em mais
de 2% ou cerca de 5 vezes o crescimento do consumo de eletricidade nos edifícios existentes nos países da
OCDE (Energy Information Administration, 2019). A Figura 1 ilustra a participação do setor de construção civil
nocenário energético mundial.
Figura 1 | Participação global na energia �nal do setor de construção civil
Fonte: adaptada de Energy Information Administration (2019).
A eletricidade, como principal fonte de energia para iluminação, ar-condicionado, ferramentas e
equipamentos, tem o crescimento mais rápido entre as outras fontes de energia em edifícios residenciais e
comerciais.
Em 2019, o consumo de energia térmica e elétrica dos edifícios originou a emissão de 10Gt de dióxido de
carbono, direta e indiretamente, a maior quantidade já registrada (Chancel; Bothe; Voituriez, 2023). Os
Aula 2
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E FONTES SUSTENTÁVEIS
O cenário energético global enfrenta desa�os em múltiplas frentes.
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principais fatores envolvidos nesta questão foram o aumento de aparelhos de ar-condicionado e climas
extremamente quentes e frios em diferentes partes do mundo. É claro que este aumento nas emissões de
dióxido de carbono poderia ter sido evitado se tivesse havido uma determinação sólida em adotar políticas
e�cazes em matéria de e�ciência energética e investimento adequado em edifícios sustentáveis e fontes de
energia renováveis.
Em 2020, as emissões de dióxido de carbono dos edifícios relacionadas com a energia foram reduzidas para
9Gt devido ao impacto da pandemia de covid-19 (Chancel; Bothe; Voituriez, 2023). A pandemia levou ao
trabalho remoto e ao encerramento de escolas, universidades, hotéis e restaurantes, o que reduziu a procura
de energia e, portanto, as emissões de dióxido de carbono no setor dos serviços – apesar de ter impulsionado
o comércio de eletrônicos como notebooks, celulares, webcam e a�ns. Estudos demonstraram que o impacto
da pandemia nas emissões de gases com efeito de estufa foi limitado a uma quebra e a sua e�ciência foi em
grande parte perdida. As emissões de gases com efeito de estufa em 2021 regressaram aos níveis pré-
pandêmicos (Chancel; Bothe; Voituriez, 2023).
As situações mencionadas nos colocam de frente com fatos alarmantes. Se esta tendência continuar, não se
pode imaginar que a Terra será um bom lugar para a vida humana nas próximas décadas. Torna-se necessária
uma tomada de decisão global para reformar os padrões de consumo de energia em todos os setores,
especialmente no setor da construção, e todos os países devem aderir a esta decisão. Neste sentido destaca-
se a importância da implementação da sustentabilidade na concepção, construção e utilização de edifícios.
PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DOS EDIFÍCIOS SUSTENTÁVEIS
Ao menos as três etapas a seguir são necessárias para desenvolver um edifício sustentável:
Economia de recursos.
Projeto para retorno ao ciclo de vida.
Design para humanos.
Neste sentido, a concepção de edifícios sustentáveis contribui para a e�ciência dos recursos, gastos mínimos
de energia, �exibilidade e longevidade. De acordo com estes pré-requisitos, em uma construção sustentável
devem ser considerados os seguintes princípios e características (Yudelson, 2013):
Atender às necessidades físicas e mentais dos ocupantes do edifício: a característica mais distintiva
de um edifício sustentável que o diferencia de outros edifícios modernos é a ênfase na satisfação das
necessidades humanas.
Tornar e�ciente o uso de combustível: a construção sustentável deve minimizar a utilização de
combustíveis fósseis, utilizar fontes de energia alternativas, como a energia solar, e reduzir até certo
ponto a poluição visual e sonora.
Reduzir a utilização de novos recursos: um edifício sustentável deve ser concebido para ser utilizado
como um novo recurso para um novo edifício após a sua vida útil.
Ser amigo do clima: um edifício sustentável deve ser compatível com os recursos energéticos e
climáticos do canteiro de obras.
Haver coordenação com o local e o meio ambiente: a consistência de um edifício sustentável com o
seu entorno é essencial.
Atentar-se ao totalitarismo: em todos os seus princípios, a construção sustentável deve ter uma
abordagem holística para criar um ambiente saudável e avançar nesta direção.
À primeira vista, o aumento do custo da construção é justi�cável quando são utilizadas novas tecnologias da
indústria da construção, incluindo materiais inovadores para projetos de construção sustentáveis de uso
incomum. Segundo Tamura (2020), o uso dessas tecnologias segue os princípios de utilização otimizada de
energia e emprega materiais reciclados ou reutilizáveis, além de criar uma sensação positiva e agradável no
espaço, e, em geral, aumenta a vida e qualidade do edifício.
Também é possível considerar a produção de energia por meio de potenciais fontes de energia verde que
sejam ecologicamente corretas, de longo prazo e seguras para as pessoas e o meio ambiente. A conservação
de energia é uma das questões arquitetônicas mais antigas da história e continua a ser crucial para todos os
edifícios. Os recursos a seguir não dependem de combustíveis fósseis, estabilizam em vez de degradar o
ecossistema e exigem uma dedicação pro�ssional especializada à construção:
Bioenergia: energia obtida a partir de biomassa, que pode ser derivada de plantas, resíduos agrícolas,
dejetos animais e outros materiais orgânicos. A biomassa é convertida em energia através de processos
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como a combustão, digestão anaeróbica e fermentação, produzindo calor, eletricidade ou
biocombustíveis.
Energia solar: energia obtida através da conversão da luz do sol em eletricidade ou calor. Painéis solares
fotovoltaicos convertem a luz solar em eletricidade, enquanto sistemas térmicos solares utilizam o calor
para aquecimento de água ou ambientes.
Energia geotérmica: baseia-se na utilização do calor proveniente do interior da Terra. Em regiões onde o
calor subterrâneo é acessível, esse tipo de energia é capturado e convertido em eletricidade ou utilizado
diretamente para aquecimento, através de poços e sistemas de troca térmica.
Energia eólica: explora a energia cinética do vento para gerar eletricidade. Turbinas eólicas, posicionadas
em locais com ventos consistentes, convertem a energia do vento em eletricidade. É uma fonte limpa e
renovável de energia que tem visto crescimento signi�cativo em muitos países.
Sistemas de energia híbridos: combinação de duas ou mais fontes de energia para otimizar a produção
e o fornecimento de energia. Por exemplo, sistemas híbridos podem combinar energia solar e eólica para
maximizar a geração de eletricidade, garantindo uma produção mais estável e con�ável.
A conservação de energia nos edifícios pode diminuir o consumo sem comprometer o conforto térmico dos
ocupantes e sem afetar os principais requisitos funcionais do edifício. Isto se refere, mas não está limitado, à
redução de energia elétrica, aquecimento e energia de resfriamento, substituição de lâmpadas
incandescentes e outras lâmpadas antigas por LEDs novos e energeticamente e�cientes, instalação de
sensores e temporizadores de luz e térmicos, regulação e uso do sistema para aquecimento, ventilação e ar-
condicionado (AVAC), implantação de edifícios automação e controle, e envolver os ocupantes para perceber o
resultado das soluções. Estas medidas de conservação de energia têm sido frequentemente implementadas
em edifícios existentes para melhorar o desempenho operacional.
DESCENTRALIZAÇÃO DA GERAÇÃO DE ENERGIA
Para garantir a e�ciência energética, a eletricidade pode ser produzida a partir de fontes de energia
renováveis, o que constitui uma das soluções mais e�cientes para os problemas de procura crescente
associados ao desenvolvimento sustentável.Deve-se notar que as fontes renováveis são consideradas
ecologicamente seguras e inesgotáveis em comparação com as fontes de combustíveis fósseis (Gobato, 2018).
As unidades de geração descentralizada (GD) são consideradas uma solução promissora para uma visão de
rede inteligente. É necessário levar em conta que a GD de energia elétrica representa uma alternativa viável
sob aspectos econômicos e ambientais no planejamento da expansão de um sistema energético (Gobato,
2018).
Um sistema energético descentralizado é caracterizado pela localização de instalações de produção de
energia mais próximas do local do consumo de energia. Os sistemas GD procuram colocar as fontes de
energia mais próximas do usuário �nal. Quando os usuários �nais estão espalhados por uma determinada
região, a obtenção e geração de energia de uma forma descentralizada pode minimizar as ine�ciências de
transmissão e distribuição e reduzir os custos econômicos e ambientais relacionados.
Um sistema GD inclui a seguinte infraestrutura (Gobato, 2018):
Geração distribuída: o componente central de um sistema energético descentralizado é a geração
distribuída, também conhecida como geração embarcada, geração local, geração dispersa e geração
descentralizada. Em ambos, o calor e a eletricidade podem ser gerados de forma descentralizada. Mas o
calor não pode ser transportado por muito tempo e longas distâncias; portanto, tem sido
tradicionalmente gerado no local. A mudança para a geração de energia descentralizada permite
coordenação entre a geração de calor e energia em centrais combinadas de calor e energia. Esse
processo aumenta a e�ciência do sistema com a produção de eletricidade e calor, uma vez que o calor é
um subproduto de muitas técnicas de geração de eletricidade.
Armazenamento de energia: uma limitação importante na distribuição de eletricidade é que a energia
elétrica não pode ser armazenada e deve ser gerada conforme necessário. Adicionar mais fontes de
geração em um sistema descentralizado pode conduzir a novas di�culdades no controle da oferta para
melhor corresponder à procura. O armazenamento é particularmente útil para centrais de energia
renovável intermitentes, que muitas vezes produzem nas suas capacidades mais elevadas fora dos
horários de pico. A geração e o armazenamento também podem e devem ser descentralizados para
maximizar a sua e�ciência, e estar localizados fora da rede ou conectados à rede.
Demanda: as tecnologias de resposta à demanda proporcionam outra ferramenta para gerir a
estabilidade da rede quando a produção descentralizada está ligada à rede. Convencionalmente, a gestão
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da rede tem-se centrado na gestão do abastecimento. Mas as novas tecnologias, incluindo a rede
inteligente e a medição inteligente, permitem a monitorização e a comunicação em tempo real entre
produtores e consumidores de eletricidade para otimizar a utilização da rede. Na verdade, com a geração
distribuída e armazenamento, muitos consumidores de energia elétrica serão por vezes também
produtores de energia. A implementação de redes inteligentes e tecnologias para facilitar a gestão da
rede é necessária para a construção de um sistema energético verdadeiramente descentralizado.
É importante destacar que o Brasil conta com programas de e�ciência energética reconhecidos
internacionalmente há várias décadas, como o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), o Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), o Programa Nacional de Racionalização do Uso de
Derivados de Petróleo e Gás Natural (CONPET), e o Programa de E�ciência Energética (PEE) das distribuidoras
de energia, além de políticas e planos especí�cos.
VÍDEO RESUMO
Os atuais desa�os energéticos têm ocupado espaço de destaque nas discussões a respeito do meio ambiente
ao mesmo tempo que proporcionam uma visão mais ampla dos aspectos econômicos e sociais associados à
sustentabilidade. Satisfazer a atual procura de energia elétrica requer a adoção de estratégias de curto, médio
e longo prazos, aplicáveis a diferentes setores da sociedade. Neste vídeo, veremos os principais avanços da
e�ciência energética aplicada ao setor da construção civil.
 Saiba mais
O progresso na tecnologia digital nas últimas décadas permitiu o surgimento de novos métodos e
técnicas para o desenvolvimento de projetos com ênfase na e�ciência energética. O objetivo deste artigo
foi propor um método de projeto performativo para edifícios de escritórios, associando modelagem
paramétrica, simulação baseada em otimização, avaliação e classi�cação de desempenho energético.
COSTA, L. M. da; ALVAREZ, C. E. de; MARTINO, J. A. de. Proposta de método de projeto baseado no
desempenho para edifícios energeticamente e�cientes. Ambiente Construído, v. 21, n. 2, p. 409–433,
abr. 2021.
INTRODUÇÃO
A gestão de resíduos sólidos é um serviço essencial em qualquer sociedade, sendo uma questão desa�adora,
principalmente em países em desenvolvimento. O objetivo é sistematizar todas as etapas da cadeia de
resíduos, incluindo geração, coleta e transporte, triagem, tratamento, transferência e disposição �nal em
locais ambientalmente adequados.
Como futuro pro�ssional, você deve conhecer a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída no
Brasil em 2010 pela Lei n. 12.305. Essa lei fornece uma série de instrumentos para uma melhor gestão de
resíduos no país por meio de diversos mecanismos como responsabilidade compartilhada, plano de resíduos
sólidos, logística reversa e coleta seletiva. 
Por outro lado, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece normas (NBR) para geração,
classi�cação, gerenciamento, tratamento e destinação �nal de resíduos de diversas origens. Nesta aula, você
vai explorar os conceitos de resíduos sólidos e a interface com a construção civil. 
Aula 3
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
A gestão de resíduos sólidos é um serviço essencial em qualquer sociedade, sendo uma questão
desa�adora, principalmente em países em desenvolvimento.
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https://doi.org/10.1590/s1678-86212021000200533
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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A primeira vez que um termo ou expressão relacionado a resíduo apareceu em um texto de base legislativa
brasileira foi na Política Nacional do Meio Ambiente (Brasil, 1981). Especi�camente, o art. 3º conceitua
poluente como qualquer forma de degradação da qualidade ambiental, resultado de atividades que, direta ou
indiretamente, causam poluição ao meio ambiente, sendo elas substâncias sólidas, líquidas ou gasosas.
Obviamente, esse conceito amplo que a PNMA de�ne abrange uma variedade de impactos e atividades
potenciais, nos quais o resíduo sólido se encontra. Porém, não de�ne por si só o que vem a ser resíduo.
Este conceito foi de�nido anos mais tarde pela NBR 10.004/1997, a qual foi substituída posteriormente pela
NBR 10.004 (ABNT, 2004), sem alteração do conceito. Segundo a norma, entende-se como resíduos sólidos:
Esse entendimento é endossado, por �m, pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), no Cap. XVI, que
de�ne resíduo sólido como:
Na teoria, a PNRS foi conduzida com intuito de esclarecer e de�nir as obrigações legais frente à geração, ao
transporte e à destinação adequada de resíduos. Os objetivos desta lei incluem redução, reutilização,
reciclagem, tratamento e descarte adequado de resíduos, inclusive sistemas de recuperação de energia, a �m
de evitar danos ao meio ambiente e à saúde. Contudo, apresenta vários problemas em termos de sua
aplicação efetiva,incluindo a falta de recursos orçamentários e a falta de capacidade institucional e de gestão
por parte de muitos municípios brasileiros, especialmente os pequenos. Para enfrentar esses desa�os, essa lei
estabelece diretrizes de gestão compartilhada, como a formação de consórcios intermunicipais para o
gerenciamento de resíduos sólidos (Curi, 2012).
O modelo de desenvolvimento sustentável perseguido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos não se limita
ao tripé da sustentabilidade e se expande com o direito humano ao meio ambiente saudável, maior
cooperação entre os agentes sociais e o empoderamento dos catadores. A Política preconiza, dentre as ações
que devem ser feitas, uma hierarquia: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos
sólidos e disposição �nal ambientalmente adequada dos rejeitos. Além disso, há mecanismo legalmente
previsto de gestão integrada de resíduos, que consiste em um conjunto de ações direcionadas para a procura
de soluções para a gestão de resíduos sólidos, considerando as dimensões política, econômica, ambiental,
cultural e social, com controle social e sob o pressuposto do desenvolvimento sustentável. 
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS
Os resíduos podem ser classi�cados com base na fonte (quem/o que gerou o resíduo), ou também em relação
às propriedades relacionadas ao quão perigoso é. A Figura 1 ilustra a classi�cação dada em relação à fonte de
origem do resíduo sólido.
Figura 1 | Classi�cação do resíduo sólido quanto sua origem
Todo resíduo nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam
incluídos nesta de�nição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água,
aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível (ABNT, 2004, [s. p.]).
Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em
sociedade, a cuja destinação �nal se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a
proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (Brasil, 2010, [s. p.]).
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Fonte: elaborada pelo autor.
Duas categorias principais de resíduos podem ser estabelecidas, com base na classi�cação adotada pela
Norma Brasileira Técnica (NBR) 10.004 (ABNT, 2004):
Resíduos perigosos – Classe 1: são resíduos que foram identi�cados como potencialmente prejudiciais
ao meio ambiente e à saúde humana e, portanto, precisam de formas de manuseio, transporte,
tratamento e disposição �nal adequados, conforme representado pela Figura 2. In�amabilidade,
corrosividade, toxicidade, ecotoxicidade e explosividade são as principais características dos resíduos
perigosos.
Figura 2 | Resíduo de Serviço de Saúde: exemplo de resíduo Classe I
Fonte: Wikimedia Commons.
Resíduos não perigosos – Classe II: são todos os resíduos que não foram classi�cados como perigosos,
isto é, não oferecem riscos à saúde humana e/ou apresentam características de podem colocar em risco
a saúde humana e a biota. De acordo com a NBR 10.004 (ABNT, 2004), tais resíduos podem ser
agrupados em duas subcategorias:
Classe II-A Não inertes: são aqueles que apresentam propriedades como biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água. Exemplos de resíduos Classe II-A incluem materiais
têxteis, restos de alimento, gessos, garrafas PET, lixo doméstico etc, conforme representado pela
Figura 3.
Figura 3 | Resto de alimentos: exemplo de resíduo Classe II-A – Não Inertes
Fonte: Wikimedia Commons.
Classe II-B Inertes: são aqueles que, por suas características intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e
que não apresentam constituintes solúveis em água, biodegradabilidade e combustibilidade. Exemplos
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de resíduos Classe II-B incluem sucata de ferro, sucata de aço, areia, tijolo, isopor etc. conforme
representado pela Figura 4.
Figura 4 | Resto de construção civil: exemplo de resíduo Classe II-B – Inertes
Fonte: Wikimedia Commons.
A Figura 5 sintetiza o �uxograma necessário para identi�car a classi�cação adotada no Brasil, mencionada nos
parágrafos anteriores (Brasil, 2004).
Figura 5 | Fluxograma para classi�cação de resíduos sólidos no Brasil
Fonte: elaborada pelo autor.
Por pertencerem a uma classe especial, os resíduos de construção civil são classi�cados da seguinte forma, de
acordo com as resoluções Conama 307/2002, Conama 431/2011 e Conama 469/2015:
Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, como:
De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura,
inclusive solos provenientes de terraplanagem.
De construção, demolição, reformas e reparos de edi�cações: componentes cerâmicos (tijolos,
blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto.
De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-
�o etc.) produzidas nos canteiros de obras.
Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, como plásticos, papel, papelão, metais,
vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso (redação dada pela Resolução nº
469/2015).
Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação (redação dada pela Resolução
nº 431/2011).
Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, como tintas, solventes, óleos e
outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de
clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que
contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde (Redação dada pela Resolução nº 348/04).
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GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A PNRS estabelece que há necessidade de estabelecer um conjunto de processos para que o gerenciamento
de resíduos sólidos seja feito de forma assertiva, possibilitando que todas as etapas, da geração à destinação
�nal, sejam ambientalmente seguras. Esse processo, denominado Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos, é de�nido como:
As etapas contidas no PNRS são aplicáveis a todos os geradores de resíduos sólidos, compreendendo os
setores público e privado. A seguir, conheceremos uma breve descrição de cada etapa (Curi, 2012).
Coleta: a coleta adequada de resíduos sólidos é importante para a proteção da saúde pública, a
segurança e a qualidade ambiental. É uma atividade de mão de obra intensiva, responsável por cerca de
três quartos do custo total da gestão de resíduos sólidos.
Transporte: a tarefa de selecionar uma rota de coleta ideal é um problema complexo, especialmente
para cidades grandes e densamente povoadas. Uma rota ótima é aquela que resulta no uso mais
e�ciente de mão de obra e equipamentos.A seleção de tal rota requer a aplicação de análises de
computador que levam em conta as muitas variáveis de projeto em uma rede grande e complexa. As
variáveis incluem frequência de coleta, distância de transporte, tipo de serviço e clima. A coleta de lixo em
áreas rurais pode apresentar um problema especial, uma vez que as densidades populacionais são
baixas, levando a altos custos unitários. Somado a isso, o transporte deve ser feito por veículos
devidamente preparados para as características de resíduos que serão transportados.
Transbordo: caso o destino �nal do lixo não seja próximo à comunidade em que é gerado, uma ou mais
estações de transferência (transbordo) podem ser necessárias. As estações de transbordo têm como
objetivo acomodar um volume maior de resíduos em veículos com capacidade maior, reduzindo o
número de viagens e de veículos necessários para transportar os resíduos até a destinação �nal. 
Tratamento: uma vez coletados, os resíduos sólidos urbanos podem ser tratados de forma a reduzir o
volume total e o peso do material que requer disposição �nal. Também pode servir para recuperar
determinados materiais, bem como energia térmica, para reciclagem ou reutilização. Formas de
tratamento incluem: incineração, compostagem, cogeração e pirólise.
Destinação �nal: a destinação do solo é a estratégia de gestão mais comum para os RSU. O lixo pode ser
depositado com segurança em um aterro sanitário, local de descarte cuidadosamente selecionado,
projetado, construído e operado para proteger o meio ambiente e a saúde pública. Os aterros são
projetados e construídos com intuito de atender às características dos resíduos que estarão aptos a
receber. Em outras palavras, isso signi�ca que há: Aterros Sanitários Classe I, Aterros Sanitários Classe II-
A e Aterros Sanitários Classe II-B. Somado ao processo de gerenciamento de resíduos, a PNRS também
orienta, por meio de diretrizes e instrumentos, estratégias com intuito de amenizar a geração de
resíduos, impactando diretamente toda a cadeia.
VÍDEO RESUMO
Os atuais desa�os energéticos têm ocupado espaço de destaque nas discussões que tratam do meio
ambiente, ao mesmo tempo que proporcionam uma visão mais ampla dos aspectos econômicos e sociais
associados à sustentabilidade. Satisfazer a atual procura de energia elétrica requer a adoção de estratégias de
curto, médio e longo prazos, aplicáveis a diferentes setores da sociedade. Neste vídeo, veremos os principais
avanços da e�ciência energética aplicada ao setor da construção civil.
Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destinação �nal ambientalmente adequada dos resíduos sólidos
e disposição �nal ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal
de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos
sólidos, exigidos na forma desta Lei (Brasil, 2010).
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 Saiba mais
A obra O Poder do Lixo: abordagens antropológicas dos resíduos sólidos, publicada no Brasil pela
Associação Brasileira de Antropologia (ABA), disponível na versão eletrônica, é uma coletânea que
abrange muitas questões importantes e atuais a respeito do potencial revelador do que é chamado lixo,
fundamentalmente em dois países com realidades distintas: Brasil e Holanda
AMBROSI, C. O poder do lixo: abordagens antropológicas dos resíduos sólidos. Revista Katálysis, v. 22,
n. 2, p. 426–430, maio 2019.
INTRODUÇÃO
Uma das principais di�culdades para a gestão e logística adequadas dos resíduos de construção e demolição é
a natureza distribuída da sua geração, que difere substancialmente da geração mais convencional de resíduos
em instalações de produção industrial.
A partir desta aula, você terá condições de descrever as especi�cidades mais importantes da gestão de
resíduos de construção e demolição.
A descrição centra-se em algumas das tendências mais importantes na gestão local de resíduos em locais de
construção ou demolição, com especial atenção a práticas, políticas e regulamentos aplicáveis. 
POLÍTICAS DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Os resíduos de construção civil (RCC) são de�nidos como os resíduos gerados por todas as atividades
realizadas durante a construção, a manutenção, a demolição e a desconstrução de qualquer tipo de edifício e
obra civil, ou durante desastres naturais (Brasil, 2002). Em termos de gestão ambiental, o termo “local” é um
arranjo temporário, ou seja, uma empresa que realiza obras de construção gera RCC em locais diferentes
apenas na duração especí�ca das obras, conforme representado pela Figura 1.
Figura 1 | Resto de construção civil
Aula 4
GESTÃO E GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL – RCC
Uma das principais di�culdades para a gestão e logística adequadas dos resíduos de construção e
demolição é a natureza distribuída da sua geração, que difere substancialmente da geração mais
convencional de resíduos em instalações de produção industrial.
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https://www.scielo.br/j/rk/a/CFJVr3X6JsGbw4Pbq84yvcq
Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte (2012). 
As atividades desenvolvidas pela indústria da construção no Brasil estão listadas na Classi�cação Nacional de
Atividades Econômicas. A construção de obras civis compreende a construção de todo o tipo de edifícios
(residenciais, comerciais, industriais, agrícolas e públicos), remodelações, manutenções, ampliações e
alterações de imóveis, montagem de estruturas habitacionais e habitações pré-fabricadas. São também
consideradas as obras por empreitada ou subcontratação, e os serviços especializados no processo
construtivo, mas separadamente. 
Em 2010, o governo brasileiro criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) por meio da Lei Federal nº
12.305 (Brasil, 2010). A PNRS estabelece práticas sustentáveis para todos os setores econômicos e produtivos
para reduzir a quantidade de resíduos descartados em aterros.
Além da PNRS, as políticas brasileiras de RCC incluem regulamentações e normas, conforme mostra o Quadro
1. O Conama, por meio das Resoluções nº 307 (Brasil, 2002) e nº 469 (Brasil, 2015), estabelece diretrizes,
critérios e procedimentos para gestão e classi�cação de resíduos de construção e demolição (C&D). A PNRS
estabelece como prioridade a gestão de resíduos, preferencialmente a não geração; mas se gerados, devem
ser descartados corretamente. No Brasil, estados e municípios são responsáveis pela gestão integrada de
resíduos. Além disso, a lei permite o uso de tecnologias visando à valorização energética de resíduos sólidos
urbanos após sua viabilidade técnica e ambiental. Os estados e municípios deverão implementar um
programa de monitoramento de emissões de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.
A PNRS também exige que os municípios elaborem um Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos, e empresas de construção que geram resíduos, incluindo RCC, um plano de gestão de resíduos
sólidos, que deve enquadrar-se no plano municipal. O plano das construtoras é o documento que comprova
sua capacidade de gerenciar e destinar os resíduos de forma ambientalmente adequada, não causando danos
ao meio ambiente.
Quadro 1 | Resoluções e normas relacionadas com RCC
Regulamentação Descrição
Res. Conama 307 Diretrizes, critérios e procedimentos para gestão de RCC.
Res. Conama 469 Diretrizes, critérios e procedimentos para gestão de RCC.
ABNT NBR 15112
Diretrizes para o projeto, implementação e operação de áreas de triagem e
transbordo.
ABNT NBR 15113 Diretrizes para o projeto,implantação e operação de aterros sanitários.
ABNT NBR 15114 Diretrizes para projeto, implantação e operação de áreas de reciclagem.
ABNT NBR 15115
Procedimentos para execução de camadas de pavimentação com agregados
reciclados de RCC.
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ABNT NBR 15116
Requisitos para uso em pavimentos e preparação de concreto não estrutural com
agregados reciclados de RCC.
Fonte: elaborado pelo autor.
As desigualdades socioeconômicas entre as regiões do país demonstram a di�culdade das regiões mais
pobres em recolher adequadamente os seus resíduos em comparação com as regiões mais desenvolvidas. A
adoção de medidas para diminuir a desigualdade regional é essencial para mudar o padrão de crescimento
econômico. Políticas consistentes de aproveitamento do potencial produtivo, como o incentivo à reciclagem
de RCC, com melhor distribuição espacial no território brasileiro e sustentabilidade, podem gerar emprego e
renda no Brasil, contribuindo para a minimização das desigualdades.
No Brasil, existem leis e resoluções relativas ao descarte, gerenciamento e reciclagem de RCC, demonstrando
a existência de uma política estabelecida. Porém, tal política ambiental não é cumprida, exigindo mais
responsabilização do governo federal e mais engajamento dos poderes Legislativo e Judiciário para auxiliar e
apoiar o governo federal no alcance dos objetivos. Apesar da atual política ambiental estabelecida no país,
ainda há um longo caminho a percorrer para garantir uma redução signi�cativa dos RCC.
CLASSIFICAÇÃO, COMPOSIÇÃO E COLETA DE RCC
Se comparados com outros tipos de resíduos industriais, que comumente são gerados em uma determinada
unidade de produção, pode-se entender que uma das principais di�culdades para a adequada gestão e
logística dos RCC é a natureza distribuída de sua geração. Além disso, o volume de RCD é um dos maiores nos
atuais portfólios nacionais de �uxos de resíduos, com uma média de 1,68 toneladas por pessoa por ano no
mundo (Tamura, 2020). Isso é signi�cativamente maior do que, por exemplo, a geração de resíduos sólidos
urbanos, estimada em 1,2 toneladas por pessoa por ano no Brasil (Abrelpe, 2022). Portanto, a gestão
adequada dos RCD está normalmente associada a custos elevados devido à logística e ao valor acrescentado
relativamente baixo da sua recuperação e reciclagem.
Conforme mostra o Quadro 2, o Conama estabeleceu quatro classes principais que devem direcionar as ações
de identi�cação e classi�cação dos resíduos da construção civil (Brasil, 2002; Brasil, 2015).
Quadro 2 | Classi�cação dos resíduos da construção civil
Classe Descrição Exemplo
A
Tijolos, blocos, telhas, concreto, argamassa,
componentes cerâmicos.
Tijolos, blocos, telhas, concreto, argamassa,
componentes cerâmicos.
B Resíduos recicláveis para outros destinos.
Plásticos, papel, papelão, metais, vidro,
madeira, gesso.
C
Resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis 
que permitam a sua reciclagem/valorização.
Lixa de tinta, massa corrida, sacos de
cimento, massa de vidro, isopor.
D Resíduos perigosos do processo de construção.
Amianto, tintas, solventes, óleos ou
contaminantes provenientes de
demolições, reformas e reparos de clínicas
hospitalares.
Fonte: adaptado de Brasil (2002, 2015).
O primeiro passo para entender como o RCC pode ser gerenciado é caracterizá-lo quanto à sua composição.
Esta não é uma tarefa fácil, uma vez que a de�nição de RCD é estabelecida pela atividade que o gera e não
pela sua composição química. A composição dos RCC é extremamente heterogênea e varia amplamente em
função do tipo de construção (desde construção de estradas até edifícios com estrutura metálica), meios de
produção (por exemplo, estruturas de madeira versus estruturas de concreto armado, uso de estruturas pré-
moldadas e pré-fabricadas etc.), padrões e regulamentos nacionais e disponibilidade de recursos locais
(Tamura, 2020).
A heterogeneidade das atividades de construção torna impossível estabelecer padrões con�áveis de consumo
de materiais de construção ou taxas de geração de resíduos. Alguns estudos importantes, no entanto,
conseguiram estabelecer indicadores sem quantitativos das taxas de geração de RCC.
Em geral, a variação dos RCC é elevada entre os municípios ou regiões brasileiras. Isto deve-se ao fato de cada
município ter o seu próprio plano de gestão de resíduos de C&D, além de fontes de matérias-primas
diferentes e consoantes à região. A Figura 2 mostra a composição dos RCC em diferentes municípios do Brasil.
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Argamassa, concreto, cerâmica e rocha/solo/areia têm uma contribuição signi�cativa para a geração de RCC
(Tamura, 2020). Em média, os RCC no Brasil são compostos principalmente por 29,2% de argamassa, 15,7% de
rocha/solo/areia; 12,7% de materiais cerâmicos, 8,1% de gesso e 34,1% de outros materiais incluindo concreto
(Abrelpe, 2022).
Figura 2 | Composição dos resíduos de C&D em diferentes municípios do Brasil
Fonte: adaptada de Abrelpe (2022).
A Figura 3 apresenta um grá�co que representa os resultados obtidos para cada região em termos relativos
populacionais.
Figura 3 | Quantitativo de coleta de resíduos por habitante em cada região
Fonte: adaptada de Abrelpe (2022).
A coleta de RCC é semelhante à recolha de resíduos sólidos urbanos. Em 2022, foram recolhidas pelos
municípios quase 48 milhões de toneladas de RCC, o que representa 227 kg por habitante (Abrelpe, 2022).
PLANO DE GESTÃO DE RCC
O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGRCC) é uma ferramenta fundamental para a
gestão adequada dos resíduos gerados em obras e demolições. Esse plano tem como objetivo principal
estabelecer diretrizes e procedimentos para a segregação, armazenamento, coleta, transporte, destinação
�nal ou reciclagem dos resíduos, visando minimizar impactos ambientais e promover a sustentabilidade na
construção civil.
Principais etapas do PGRCC (CONAMA, 2002):
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Diagnóstico: envolve a identi�cação e classi�cação dos tipos de resíduos gerados no canteiro de obras
ou durante a demolição. Isso inclui desde resíduos inertes, como restos de concreto e tijolos, até resíduos
perigosos, como tintas e solventes.
Segregação: com base no diagnóstico, os resíduos são segregados de acordo com suas características e
potenciais de reciclagem ou reutilização. Materiais como metais, vidros, plásticos e madeiras são
separados para facilitar o processo de destinação adequada.
Armazenamento: os resíduos segregados são armazenados temporariamente em áreas especí�cas no
canteiro de obras, devidamente sinalizadas e protegidas, evitando contaminações e dispersões
indesejadas.
Coleta e Transporte: o plano de�ne os procedimentos para a coleta interna dos resíduos e seu
transporte até pontos de destinação ou reciclagem. É crucial garantir que os resíduos sejam
transportados de forma segura e conforme as normas vigentes.
Destinação �nal ou Reciclagem: esta etapa envolve a escolha de locais licenciados para a disposição
�nal dos resíduos não recicláveis e a destinação dos materiais recicláveis para centros de reciclagem ou
reutilização.
Nas usinas de reciclagem, apenas resíduos de RCC classe A são utilizados para a produção de agregados,
conforme mostra o Quadro 3. O processo de aproveitamento é realizado inicialmente com aseparação de
resíduos de RCC na qual são removidos materiais como resíduos de tintas, solventes e amianto. Nas unidades
de processamento, os RCC são triturados inicialmente sem separação prévia do aço (no caso do concreto). Em
seguida, o material triturado passa por um separador magnético que retira o material ferroso, que é prensado
e vendido em fardos, enquanto o material inerte é peneirado para classi�cação granulométrica.
Quadro 3 | Classi�cação dos resíduos de C&D reciclados para utilização após processamento
Material reciclado Característica Aplicações
Areia
Material com dimensão máxima
inferior a 4,8 mm, livre de
impurezas, proveniente da
reciclagem de concreto e blocos de
concreto.
Argamassas de vedação de alvenaria,
contrapisos, solo-cimento, blocos e
tijolos de vedação.
Agregado �no
Material com dimensão máxima
inferior a 6,3 mm, livre de
impurezas, proveniente da
reciclagem de concreto e blocos de
concreto.
Fabricação de artefatos de concreto,
como blocos de vedação, pisos
intertravados, tubulações de esgoto.
Agregado grosso I
Material com dimensão máxima
inferior a 39 mm, isento de
impurezas, proveniente da
reciclagem de betão e blocos de
betão.
Produção de concreto não estrutural e
obras de drenagem.
Agregado II
Material com dimensão máxima
inferior a 63 mm, isento de
impurezas, proveniente da
reciclagem de betão e blocos de
betão.
Para construção de estradas como
base e sub-base, reforço de subleito e
camadas de regularização; aterros e
ajuste topográ�co de terrenos.
Fonte: adaptado de Abrelpe (2022).
No Brasil, a gestão de resíduos de construção civil é regulamentada pela Resolução CONAMA nº 307/2002, que
estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Além disso,
existem normativas municipais e estaduais que complementam e detalham as diretrizes federais,
estabelecendo obrigações especí�cas para geradores, transportadores e destinos �nais de resíduos.
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VÍDEO RESUMO
O setor da construção civil é responsável por gerar uma grande quantidade de resíduos que causam impacto
signi�cativo ao meio ambiente e à sociedade quando são descartados de forma inadequada. Dessa forma, é
fundamental ressaltar que esse setor pode ser altamente prejudicial ao meio ambiente quando as ações de
sustentabilidade não são levadas em consideração. Neste vídeo, veremos os principais avanços na gestão de
resíduos de construção civil. 
 Saiba mais
Este trabalho apresenta um modelo de gestão municipal de resíduo de construção civil (RCC).
Metodologias de sistemas leves foram utilizadas para mapear, organizar e sistematizar diferentes
práticas, exigências legislativas, percepções, conceitos e visões de diferentes atores envolvidos com RCC
no Brasil.
FERNANDES, M. da P. M.; SILVA, L. C. P. da. Um modelo orientativo para a gestão municipal dos RCCs.
Ambiente Construído, v. 17, n. 2, p. 21–38, abr. 2017.
RECURSOS NATURAIS E RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Em uma era marcada pela crescente consciência ambiental e por um compromisso também crescente com
práticas sustentáveis, a indústria da construção abraçou uma mudança transformadora em direção a técnicas
de construção ecológicas e e�cientes em termos de recursos. Os principais aspectos desta transição incluem a
implementação de medidas para reduzir o consumo de água, a integração de fontes de energia renováveis na
concepção dos edifícios e a recolha sistemática de dados para o desenvolvimento de planos de gestão de
resíduos de construção.
As iniciativas sustentáveis apresentadas a seguir não só reduzem a pegada ambiental dos projetos de
construção, mas também contribuem para diminuição dos custos a longo prazo e melhoria do bem-estar da
comunidade.
A. Redução do consumo de água
A implementação de medidas para reduzir o consumo de água nos edifícios é um passo proativo em direção à
construção sustentável. Veja algumas estratégias que podem ser adotadas:
Acessórios de baixa vazão: a instalação de vasos sanitários, torneiras e chuveiros de baixa vazão pode
reduzir substancialmente o uso de água sem comprometer o conforto do usuário.
Reciclagem de águas cinzas: as águas cinzas, que incluem água de pias e chuveiros, podem ser tratadas
e reutilizadas para �ns não potáveis, como irrigação e descargas de vasos sanitários
Captação de água pluvial: os sistemas de coleta de água da chuva coletam e armazenam para diversos
usos dentro dos edifícios, como irrigação paisagística, sistemas de resfriamento e até mesmo água
potável, em alguns casos.
B. Fontes de energia renováveis
A integração de fontes de energia renováveis na concepção de edifícios é uma pedra angular da construção
sustentável. Não só reduz as emissões de gases com efeito de estufa, mas também reduz os custos de energia
a longo prazo. Veja algumas opções de energia renovável para edifícios:
Painéis solares fotovoltaicos: instalados em telhados ou como materiais de construção integrados
podem gerar eletricidade a partir da luz solar. Essa fonte de energia limpa e renovável reduz a
Aula 5
REVISÃO DA UNIDADE
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https://www.scielo.br/j/ac/a/t9jNzWfw9YQPNrYFLxMWjsH/?lang=pt
dependência de eletricidade não renovável.
Aquecedores solares de água: os sistemas solares térmicos captam a energia do sol para aquecer água
para �ns domésticos e industriais, reduzindo a demanda por métodos convencionais de aquecimento de
água.
C. Gerenciamento de resíduos de construção
Os resíduos de construção, se não forem geridos adequadamente, podem levar à degradação ambiental e ao
aumento dos custos de eliminação. Essas medidas incluem:
Segregação de resíduos: incentivar práticas de segregação de resíduos em canteiros de obras, como
separação de recicláveis, materiais perigosos e resíduos orgânicos.
Reutilização e reciclagem: priorizar a reutilização de materiais sempre que possível e estabelecer
parcerias com postos de reciclagem para reciclar resíduos de construção como concreto, metal e
madeira.
Documentação e relatórios: manter registros detalhados das atividades de gestão de resíduos e relatar
regularmente o progresso às partes interessadas, incluindo autoridades reguladoras.
A adoção de medidas para reduzir o consumo de água, aproveitar fontes de energia renováveis e recolher
dados para planos de gestão de resíduos de construção é uma prova do compromisso da indústria da
construção com a sustentabilidade. À medida que o setor da construção continua a evoluir, adotar práticas
sustentáveis já não é uma opção, mas sim um imperativo para um futuro mais brilhante e mais sustentável.
REVISÃO DA UNIDADE
Olá estudante! Neste vídeo, vamos falar a respeito do conceito que envolve resíduos de construção civil,
reforçando, ainda, os processos relacionados a seu gerenciamento, incluindo ainda pontos importantes
relacionados aos impactos provocados pela sua má gestão. Expanda sua compreensão e torne-se parte da
solução. Assista ao vídeo para explorar estratégias práticas para um futuro mais limpo e sustentável. 
ESTUDO DE CASO
Imagine-se como um gestor da área ambiental, encarregado de uma tarefa crucial: elaborar um plano
abrangente de gestão de resíduos sólidos para o seu município. Como gerente, você tem o poder de causar
um impacto positivo signi�cativo no meio ambiente e no bem-estar da comunidade. Seu plano moldará o
futuro das práticas de gerenciamento de resíduos, garantindo a sustentabilidade e a utilização e�ciente de
recursos.
Nesta função, você avaliará o atual sistema de gerenciamento de resíduos, considerandoos métodos de
coleta, transporte, tratamento e descarte. Mas antes é necessário que você analise os padrões de geração de
resíduos.
Assim, estime a geração futura de resíduos sólidos urbanos (RSU) para a área urbana de um município �ctício,
considerando um horizonte de projeto de 20 anos, a partir de 2035, com base nos dados censitários
populacionais fornecidos na Tabela 1.
Tabela 1 | Dados censitários populacionais de um município �ctício
Ano População (hab.)
1980 10.585
1990 23.150
2000 40.000
Fonte: elaborada pelo autor.
Instruções:
Revise os dados de população do censo para o município na Tabela 1.
Analise as tendências de crescimento populacional nos últimos anos para identi�car quaisquer padrões
ou mudanças.
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Calcule a taxa média anual de crescimento populacional considerando a mudança populacional entre
cada ano censitário.
Use a taxa de crescimento média para estimar a população do município para os próximos 20 anos,
considerando o ano de 2035. Você pode aplicar a taxa de crescimento aos dados populacionais do último
censo como ponto de partida.
Considere fatores como desenvolvimento urbano, condições econômicas e projetos de infraestrutura que
podem in�uenciar o crescimento populacional e as mudanças demográ�cas no futuro.
Faça suposições acerca da geração de resíduos per capita na área urbana com base nas práticas
existentes de gerenciamento de resíduos, fatores socioeconômicos e dados de composição de resíduos.
Calcule a geração futura de RSU multiplicando a população estimada pela taxa de geração de resíduos
per capita assumida.
Documente seu processo de estimativa, incluindo os cálculos e suposições feitas.
Discuta as possíveis implicações da geração futura projetada de resíduos na infraestrutura de
gerenciamento de resíduos, alocação de recursos e impactos ambientais.
Re�ita a respeito da importância de estimativas precisas de geração de resíduos para o planejamento e
implementação de estratégias e�cazes de gestão de resíduos para este município.
 Re�ita
A gestão de resíduos e o crescimento populacional são dois temas intrinsecamente ligados que
demandam uma atenção especial no contexto atual. À medida que as populações crescem
exponencialmente em várias partes do mundo, surge a necessidade de gerenciar os resíduos produzidos
por essas comunidades de forma sustentável e e�ciente. No entanto, antes de mergulharmos nas
soluções, é crucial entendermos a dinâmica desse crescimento e como ele in�uencia a geração e o
tratamento de resíduos.
Primeiramente, como a evolução de uma população afeta a quantidade e a natureza dos resíduos
produzidos? Será que o simples aumento do número de habitantes em uma região resulta
automaticamente em mais resíduos, ou existem outros fatores?
É vital considerar não apenas a quantidade, mas também a diversidade dos resíduos. O crescimento
populacional implica não apenas em mais pessoas, mas também em mudanças nos padrões de
consumo, estilos de vida e demandas por serviços, todos os quais contribuem para a complexidade dos
resíduos gerados.
Além disso, a expansão demográ�ca frequentemente leva à urbanização acelerada. Isso nos leva a outra
questão intrigante: como as áreas urbanas em rápido crescimento podem se adaptar e evoluir seus
sistemas de gestão de resíduos para atender às necessidades de uma população em crescimento?
Devemos entram considerações como infraestrutura adequada, educação ambiental da população e
políticas públicas e�cazes. Não podemos esquecer que uma gestão de resíduos inadequada em áreas
urbanas densamente povoadas pode resultar em problemas de saúde pública, degradação ambiental e
impactos socioeconômicos negativos.
Ao re�etir sobre essas questões, devemos pensar sobre a importância de se conhecer profundamente o
comportamento e as tendências de crescimento de uma população especí�ca. Não se trata apenas de
números, mas de entender os hábitos, necessidades e comportamentos que in�uenciam a produção e a
disposição de resíduos. Isso nos leva a uma abordagem mais holística e centrada no ser humano para a
gestão de resíduos, onde as soluções são adaptadas às realidades locais e às peculiaridades de cada
comunidade.
Ademais, à medida que avançamos no século XXI, enfrentamos desa�os globais sem precedentes, como
as mudanças climáticas e a degradação ambiental. Nesse contexto, surge outra re�exão crucial: como a
gestão de resíduos pode contribuir para um futuro mais sustentável e resiliente para as próximas
gerações? A resposta a essa pergunta requer uma abordagem proativa e inovadora, que integre
tecnologias emergentes, práticas de economia circular e engajamento comunitário.
A interseção entre gestão de resíduos e crescimento populacional nos convida a uma re�exão profunda
sobre como as sociedades podem evoluir de maneira sustentável em um mundo cada vez mais
interconectado. À medida que nos deparamos com esses desa�os complexos, é imperativo que
adotemos uma abordagem informativa, colaborativa e adaptativa, garantindo que nossas ações hoje não
comprometam as oportunidades e recursos das gerações futuras.
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RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Prever um modelo de crescimento populacional é de grande importância em projetos de gestão de resíduos
sólidos urbanos (RSU). O gerenciamento de RSU envolve coleta, transporte, tratamento e disposição dos
resíduos sólidos gerados nas áreas urbanas. Compreender e antecipar as tendências de crescimento
populacional pode fornecer informações cruciais para o planejamento, projeto e implementação e�cazes de
sistemas de gerenciamento de resíduos.
Os modelos de crescimento populacional são, portanto, úteis para se estimar/prever populações futuras a
partir de critérios fundamentados. Os modelos de crescimento populacional são ferramentas matemáticas
usadas para estudar e prever como as populações mudam ao longo do tempo. Três modelos de crescimento
populacional comumente usados são o método aritmético, o método geométrico e o método da curva
logística.
O método aritmético, também conhecido como crescimento linear ou modelo de diferença constante,
assume que a população aumenta ou diminui em uma quantidade constante durante um período de tempo
�xo. A fórmula para o método aritmético é:
O método geométrico, também conhecido como crescimento exponencial ou modelo de razão constante,
assume que o crescimento populacional ocorre a uma taxa proporcional constante. A fórmula do método
geométrico é:
O método da curva logística leva em consideração os fatores limitantes que restringem o crescimento
populacional. Ele assume que o crescimento populacional inicialmente segue o crescimento exponencial, mas
eventualmente se estabiliza à medida que se aproxima de uma capacidade máxima de carga (K) do ambiente.
Este modelo é mais realista, pois considera os recursos �nitos disponíveis para a população. A fórmula para o
método da curva logística é:
A seguir, na Tabela 1, temos as seguintes informações sobre o crescimento populacional:
Tabela 1 | Dados censitários populacionais de um município �ctício
Ano População (hab.)
1980 10.585
1990 23.150
2000 40.000
Fonte: elaborada pelo autor.
Considerando o modelo matemático aritmético para a resolução deste problema, sua fórmula é expressa
como:
Onde t representa o ano da projeção. Considerando o crescimento linear da população, temos que:
t = 1980; P = 10.585
t = 1990; P = 23.150
t = 2000; P = 40.000
Logo:
Para se calcular a população do ano 2035, por exemplo, deve-se substituir t por 2035 na equação:
A partir deste

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