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O Direito das obrigações e o Direito das coisas integram os direitos patrimoniais. 
Entretanto, apesar de integrarem o mesmo ramo, não podem ser confundidos, 
porque o primeiro trata de direitos pessoais e o segundo trata dos direitos reais. 
O direito das obrigações compreende os vínculos de natureza patrimonial, que 
se estabelece de pessoa para pessoa, por isso é Direito pessoal, pois é o direito 
do credor contra o devedor, tendo por objeto uma determinada prestação. 
Forma-se uma relação de crédito e débito entre as pessoas. Assim trata-se de 
um conjunto de normas e princípios jurídicos reguladores das relações 
patrimoniais entre um credor (sujeito ativo) e um devedor (sujeito passivo) a 
quem incumbe o dever de cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação 
de dar, fazer ou não fazer. Direito real é o poder– direto e imediato– do titular 
sobre a coisa, com exclusividade e contra todos. Cria um vínculo entre a pessoa 
e a coisa (direito de propriedade), e esse vínculo dá ao titular uma exclusividade 
em relação ao bem (erga omnes). DIREITO REAIS X DIREITOS PESSOAIS 
a) Quanto à formação Direitos reais: têm origem na lei, não podem ser criados 
em um contrato entre duas pessoas, sendo, por esse motivo, limitados. Seguem 
o princípio do numerus clausus (número limitado). 
b) Quanto ao objeto Direitos pessoais: não resultam da lei, nascem de contratos 
entre pessoas. Há 16 contratos nominados pela lei, entretanto, é possível a 
criação de contratos inominados, pois, para exsurgir um direito pessoal, basta 
que as partes sejam capazes e o objeto seja lícito. Segue o princípio do numerus 
apertus (número aberto.) Direito das coisas: o objeto é sempre um bem corpóreo. 
Direito pessoal: o objeto é a prestação. Sempre que duas pessoas celebram um 
contrato uma delas torna-se devedora de uma obrigação em relação à credora. 
c) Quanto aos sujeitos Direito pessoal: os sujeitos são o credor e o devedor 
(sujeito ativo e sujeito passivo). 
D) Quanto à duração Direitos reais: costuma-se dizer que o direito real somente 
possui o sujeito ativo porque esse é ligado à coisa (de um lado o titular e do outro 
lado a coisa). A explicação, entretanto, é didática. Nos direitos reais, em princípio, 
o sujeito passivo é indeterminado porque todas as pessoas do universo devem 
abster-se de molestar o titular (são compensação, pela prescrição, pela novação 
etc.). direitos oponíveis erga omnes). No instante em que alguém viola o direito 
do titular, o sujeito passivo se define. Direitos pessoais: são transitórios, pois 
nascem, duram um certo tempo e se extinguem (pelo cumprimento, pela Direitos 
reais: são perpétuos, significa dizer que não se extinguem pelo não uso, 
entretanto, extinguem-se pelas causas expressas em lei (por exemplo: 
desapropriação, usucapião em favor de terceiros, perecimento da coisa, 
renúncia etc.). 
2. Conceito de Obrigação 
Obrigação é o vínculo jurídico que confere ao credor o direito de exigir do 
devedor o cumprimento da prestação. Se há um direito pessoal, é porque duas 
pessoas se obrigaram uma com a outra. Não se deve confundir, ainda, obrigação 
(debitum) e responsabilidade (obligatio), pois esta última só se configura quando 
a prestação pactuada não é pactuada pelo devedor. 
A primeira corresponde, em sentido estrito, ao dever do sujeito passivo de 
satisfazer a prestação positiva ou negativa em beneficio do credor, enquanto a 
outra se refere a autorização dada pela lei,ao credor que não foi satisfeito, de 
acionar o devedor, alcançando seu patrimônio, que responderá pela prestação. 
Obrigação Natural 
A regra é de que o descumprimento de qualquer obrigação permite a 
responsabilização patrimonial do devedor, mas excepcionalmente, existem 
obrigações sem responsabilidade, são as chamadas obrigações naturais, 
debitum sem obligatio, são os exemplos da dívida de jogo, das pretensões 
prescritas. Ressalte, que também pode haver responsabilidade sem obrigação– 
obligatio sem debitum, é o caso do fiador, que responde mesmo a obrigação não 
sendo sua. Importante, ainda, distinguir os estado de sujeição e o ônus jurídico. 
O Estado de sujeição consiste na situação da pessoa que tem que suportar, sem 
que nada possa fazer, na sua esfera jurídica, o poder jurídico conferido a outra 
pessoa. O estado de sujeição corresponde a um direito potestativo. benefício 
maior. O onerado suporta um prejuízo em troca de uma vantagem. Oônus 
jurídico por sua vez, pelo comportamento que a pessoa deve observar, com o 
propósito de obter u 
• Fontes das obrigações 
Pode-se dizer que a obrigação resulta da vontade do Estado, por intermédio da 
lei (exemplo: obrigação de prestar alimentos, obrigação do patrão responder pelo 
ato do empregado, obrigação do pai responder pelo ato do filho etc) ou da 
vontade humana, por meio dos contratos (obrigação de dar, fazer ou não fazer), 
das declarações unilaterais da vontade (promessa de recompensa e título ao 
portador) e dos atos ilícitos (obrigação de reparar o prejuízo causado a terceiro– 
ato ilícito civil, previsto na Parte Geral do Código Civil). Alguns autores entendem 
que a única fonte de obrigação é a lei, porque é ela quem obriga as pessoas a 
cumprirem os contratos que celebram ou as declarações de vontade que 
expressam ou, ainda, a repararem os danos que causam. Pode-se dizer, então, 
que algumas vezes a lei é a fonte imediata (direta) da obrigação (exemplo: a 
obrigação alimentar), outras vezes, porém, ela é a fonte mediata (indireta) da 
obrigação. No Direito Romano, foi Gaio quem sistematizou as fontes das 
obrigações, posteriormente desenvolvida pelo instituto Justiniano que seriam 
distribuídas em quatro categorias: 
Contrato– situação de acordos celebrados entre duas partes; 
Delito– dano dolosamente causado por ato ilícito 
Quase-contrato– tratava-se de atos humanos lícitos equiparáveis ao contrato, 
como a gestão de negócio, a promessa de recompensa. 
Quase-delito– é o ilícito culposamente causado. 
Na atualidade existem algumas correntes doutrinarias definidoras das fontes das 
obrigações, prevalecendo como fontes mediatas: 
Os atos jurídicos negociais (o contrato, o testamento, as declarações unilaterais 
de vontade) 
Os atos jurídicos não negociais ( o ato jurídico stricto sensu, o fato material, como 
por exemplo a situação de vizinhança) 
Os atos ilícitos (no que se inclui o abuso de direito e o enriquecimento ilícito). 
Essa enumeração não é taxativa. O CC/16 não tinha um dispositivo especifico 
sobre as fontes das obrigações. O CC/02 manteve a mesma orientação, e não 
reservou capitulo especifico às fontes. 
• Obrigação Propter rem 
Obrigações propter rem (ambulatórias) derivam da vinculação de alguém a 
certos bens, sobre os quais incidem deveres decorrentes da necessidade de 
manter-se a coisa. Assim, considera que as obrigações reais passam a pesar 
sobre quem se torne titular da coisa. Logo, sabendo-se quem é o titular, sabe-se 
quem é o devedor. Portanto, são obrigações que se constitui entre duas 
determinadas pessoas, mas em função de uma coisa. São obrigações propter 
rem: a do condomínio de contribuir para a conservação da coisa comum (CC, 
art. 624); a do proprietário de um imóvel no pagamento do IPTU; a maioria dos 
direitos de vizinhança. São características dessas figuras 
1º) vinculação a um direito real (surgem ex vi legis); 
2º) possibilidade de exoneração do devedor pelo abandono do direito real, 
renunciando o direito sobre a coisa; 
3º) transmissibilidade por meio de negócios jurídicos, caso em que a obrigação 
recairá sobre o adquirente; 
1) Obrigação e responsabilidade: a obrigação se refere a um dever de realizar 
uma prestação (schuld/débito), sendo, portanto, dever originário. A 
responsabilidade (haftung) é a consequência jurídica patrimonial do credor ao 
descumprimento de uma obrigação (decorrente da lei ou da vontade das partes), 
portanto, trata-se de um dever secundário(349). 
Espécies de sub-rogação: 
1) legal: decorrente da lei, nas hipóteses do art. 346; a lei determina independente 
da vontade das partes; 
2) convencional: depende de acordo escrito entre as partes, quando o terceiro 
solvens faz acordo com o credor primitivo e fica com o direito de sub-rogação 
mesmo sem interesse jurídico e mesmo sem a anuência do devedor. Através de 
acordo escrito se transferem todas as vantagens do credor primitivo para o solvens, 
igual a uma cessão de crédito (347 e 348) 
São pressupostos da sub-rogação: 
• Existência do vínculo obrigacional. 
• “Res debita” representada por obrigação de dar ou de fazer fungível. 
• Pagamento por iniciativa de terceiro. 
• Substituição do credor primitivo pelo terceiro 
• A lei não exige forma especial. No entanto, tratando-se de sub-rogação 
convencional a doutrina manifesta-se pela necessidade de se impor forma 
solene 
3. Dação em Pagamento(arts. 356 a 359) 
Conduta de dar coisa em pagamento diferente da coisa devida. Credor concorda 
em receber coisa diversa de pecúnia. 
Pode acontecer dação sem anuência do credor? Nunca, o consentimento é 
crucial 
É dar alguma coisa em pagamento, diferente da coisa devida. Os romanos 
chamavam de datio in solutum. Dação vem assim do 
verbo dar. Por favor, não é "da ação" em pagamento, mas "dação" mesmo, do 
verbo dar. 
É o acordo liberatório em que o credor concorda em receber do devedor 
prestação diversa da ajustada (356). Não pode haver 
imposição do devedor em pagar algo diferente do devido (313), afinal quem deve 
dinheiro só paga com um objeto se o credor 
aceitar. Ex: devo dinheiro e pago com uma TV. 
Requisitos da dação: 
1) consentimento, concordância, anuência do credor; 
2) prestação diversa da ajustada, então não se trata de obrigação alternativa, 
pois nesta a obrigação nasce com duas opções de 
pagamento; na dação é só depois que as partes trocam o objeto do pagamento. 
Efeitos da dação: 
1) satisfatório em relação ao credor, mesmo recebendo outra coisa, pois o credor 
pode preferir receber coisa diversa do que 
receber com atraso ou nada receber; 
2) liberatório em relação ao devedor, pois a dívida se extingue e o devedor se 
exonera da obrigação. Estes dois efeitos são os 
mesmos do pagamento natural. 
3) deverá obedecer às regras da compra e venda (art. 357, CC). 
4. Imputação do pagamento (art. 352 a 355,cc)- 
Uma pessoa deve a várias pessoas, sendo a obrigação das mesmas naturezas, 
vencidas e entre os mesmos sujeitos e paga um valor que não dá para quitar o 
total da obrigação, se a imputação não for feita por ambos, existem regras de 
presunção, presume-se que foi paga a dívida que primeiro venceu, segunda 
regra: p pagamento ser direcionado como dívida mais onerosa (impõe o devedor 
um maior ônus, consequência maior) se a dividas foram vencidas no mesmo dia. 
A imputação depende de prova, o devedor primeiro tem q imputar? Se o devedor 
não faz, o credor pode fazer. 
O normal é haver entre duas pessoas apenas uma obrigação, mas pode ocorrer 
de alguém ter mais de uma dívida com o 
mesmo credor. Assim, se A deve a B cem reais decorrentes de um empréstimo 
e outros cem reais decorrentes de um ato 
ilícito (ex: A bateu no carro de B), quando A vai pagar apenas uma destas dívidas 
precisa dizer a B qual está quitando. 
Assim, imputar o pagamento é determinar em qual dívida o pagamento está 
incidindo. Num conceito mais técnico, 
imputação de pagamento é a operação pela qual o devedor de mais de uma 
dívida vencida da mesma natureza a um só 
credor, indica qual das dívidas está pagando por ser tal pagamento inferior ao 
total das dívidas (352). 
É preciso que haja mais de uma dívida, todas vencidas, da mesma natureza (ex: 
obrigação de dar dinheiro) e o 
pagamento ser menor do que a soma das dívidas. 
Cabe ao devedor fazer a imputação, dizer qual dívida está quitando. Se o 
devedor não imputar, o credor poderá fazê-lo 
(353). Se o devedor e o credor não fizerem a imputação, a lei fará na dívida de 
maior valor, conforme art. 355 (que trata 
da imputação legal). 
 
5. Novação( arts. 360 a 367) 
Quando se cria uma nova obrigação coma intenção de extinguir imã anterior, 
alterando a composição subjetiva. O primeiro requisito para a novação é ter uma 
válida, pode ter todos os elementos diferentes ou apenas um. 
A novação é negócio jurídico que substitui relação obrigacional por outra, 
alterando a composição subjetiva 
ou objetiva. Situa-se na dupla ocorrência: extinção de uma dívida, sem 
pagamento, e instauração de outra. A 
relação obrigacional não é modificada por outra, mas extinta. A novação, 
portanto, tem duplo conteúdo: 
extintivo (mas não satisfatório) e gerador. 
Requisitos da novação: 
1. Preexistência de uma obrigação que ainda não esgotou seus efeitos. 
Obrigação nula e inexistente não 
aceita novação (art. 367, CC). 
2. Formação de uma nova obrigação que tem por finalidade substituir o vínculo 
anterior. Exige-se alteração 
substancial entre as duas relações obrigacionais, pequenos adendos, alteração 
de garantias e mudança do 
vencimento não constituem novação. 
3. Animus novandi expresso ou tácito (art. 361, CC). Inequívoca vontade de 
extinguir o vínculo preexistente. 
Havendo dúvida se houve novação ou não, deve-se decidir pela não ocorrência 
sendo a segunda obrigação 
apenas uma confirmação da primeira (art. 361, CC). 
4. Capacidade das partes. 
Modalidades de novação (art. 360, CC): 
1. Novação objetiva ou real: ocorre quando a alteração se processa no objeto da 
dívida ou na natureza ou na causa 
da obrigação (inc. I), permanecendo as mesmas partes. 
2. Novação subjetiva ou pessoal: ocorre quando a modificação pretendida se 
refere à titularidade do crédito e/ou do 
débito (inc. II e III). 
Efeitos de novação: 
1. A intenção de novar provoca renúncia ao crédito e a seus acessórios. 
2. A nova obrigação extingue a obrigação preexistente e com ela seus acessórios 
e garantias. 
3.Havendo solidariedade passiva a novação pactuada entre o credor e um dos 
devedores exonera os demais, 
subsistindo as garantias e preferências apenas sobre os bens do devedor que 
realizou o negócio jurídico (art. 365, 
CC). 
4.Inválida a novação, não se restauram as garantias da obrigação preexistente, 
salvo expressa disposição em 
contrário (arts. 364 e 366, CC). 
6. Compensação(368-380) 
Os mesmos sujeitos são reciprocamente credores e devedores um do outro. 
Ocorre quando duas pessoas são, ao mesmo tempo e entre si, credoras e 
devedoras, excluindo-se as dívidas integralmente 
se os débitos forem iguais ou, parcialmente, pelo valor do menor. O instituto 
constitui importante instrumento de 
simplificação das operações financeiras, evitando circulação desnecessária de 
moeda e representando um elemento de 
garantia. 
Modalidades: 
1. Total: ocorre quando as dívidas forem de igual montante. 
2.Parcial: ocorre quando as dívidas são de valores desiguais e, neste caso, a 
compensação se dará pela medida do crédito 
de menor montante. 
3. Legal: trata-se de fato jurídico em sentido estrito. Opera-se automaticamente, 
desde que presentes todos os requisitos 
legais. 
4. Voluntária: tem natureza jurídica contratual e decorre de acordo de vontades. 
Requisitos: 
1. Reciprocidade de créditos e débitos. A 
2.Liquidez das dívidas. 
3.Fungibilidade das dívidas (equivalência quantitativa) e homogeneidade e 
certeza do objeto. 
4. Exigibilidade dos débitos. 
Efeitos da compensação: 
1.Extinção das obrigações que se excluem reciprocamente pelo valor da 
prestação menor. 
2.O direito de compensar comporta renúncia (art. 375, CC) 
3. A compensação não pode causar prejuízo a terceiros 
 
7. Confusão(arts. 381 a 384,CC) 
Juridicamente, em sentido amplo, confusão é expressão utilizada para designar 
consolidação, centralização de titularidades. 
Configura-se confusão quando, em decorrência de um fato jurídico, o crédito e o 
débito sereúnem em uma só pessoa, extinguindo-se a obrigação. Trata-se de 
verdadeira sucessão de posições de credor e devedor que leva à extinção da 
obrigação com seus acessórios. 
Pressupostos da confusão: 
1.Unidade da obrigação. 
2.Não separação de patrimônios. 
3.Consolidação do crédito e débito em uma pessoa. 
4. Opera ex vi legis e, por isso, dispensa manifestação de vontade 
Modalidades de confusão: 
Total: ocorre quando o crédito se incorpora integralmente ao patrimônio do 
devedor. 
Parcial ou imprópria (art. 383, CC): ocorre quando o crédito se incorpora 
parcialmente ao patrimônio do devedor. 
Causa mortis: o devedor é herdeiro do próprio credor que morreu. 
Inter vivos: pode ser gratuita ou onerosa (cessão de crédito, casamento com 
comunhão universal.). 
Efeitos jurídicos da confusão: Extinção da obrigação 
8. Remissão(arts. 385 a 388) 
Não existe a remissão se o devedor não concordar, pu dela, para a produção de 
efeitos o credor tem q perdoar e p devedor concordar, é bilateral 
Dá-se a remissão da dívida quando o titular do crédito, sem prejuízo de terceiro, 
espontaneamente libera o devedor da obrigação, sem pagamento, e este a 
aceita. Na linguagem comum, é ato de renúncia; sob o aspecto jurídico, o ato de 
remitir não se confunde com o de renunciar, pois enquanto aquele é negócio 
jurídico bilateral, este é unilateral. A remissão, portanto, é declaração receptícia 
de vontade. 
São pressupostos da remissão (art. 386, CC): 
Intenção de perdoar. 
Capacidade para o ato. 
Não prejuízo de terceiro. 
Aceitação do devedor (pode ser expressa ou tácita). 
Forma livre (arts. 386 e 387, CC). 
A remissão pode estar sujeita a termo ou a condição. 
Espécies de remissão: 
Total: alcança a integralidade da prestação. 
Parcial: alcança parte da prestação. do devedor (art. 386, CC). 
Expressa: decorre de declaração de vontade expressa do credor e aceitação do 
devedor. 
Tácita: ocorre quando a dívida é representada por instrumento particular e o 
credor o entrega voluntariamente ao devedor, criando uma presunção de 
pagamento (art. 324, CC) e provando a desoneração do devedor 
Efeitos da remissão 
Os efeitos da remissão se operam a partir do momento em que o devedor aceita 
a liberalidade. 
Se o credor libera da obrigação um dos co-devedores os demais continuam 
coobrigados, descontada a quota remitida (arts. 277 e 388, CC). 
A remissão é um ato de disposição meramente abdicativo 
 
 
Inadimplemento- o que diferencia é o tempo q a obrigação pode ser cumprida. 
 
• Inadimplemento propriamente dito 
Impossibilidade fática ou impossibilidade por falta do interesse do credor no 
cumprimento tardio. 
O descumprimento foi voluntário quando decorre da culpa- perdas e danos e o 
involuntário decorre do caso fortuito ou forca maior. 
• Mora 
Purgação da mora- se resolve com o cumprimento da obrigação. 
Existem atividades que a competência é exclusiva de determinada s pessoas. É 
entendido 
No Brasil é vedado o anatocismo . Pode acumular juros remuneratórias com 
juros moratórios. Não pode juros sobre juros 
Ao pode inadimplir o devedor. Entretanto? Ambos podem cometer mora. O 
credor assume as consequências da mora independente de caso fortuito ou força 
maior, já o devedor não. 
As moras recíprocas tem os efeitos compensados. 
P credor em mora responde por todos os custos que o devedor por todos os 
custos que o devedor tiver com a coisa tem q ser ressarcido. 
Mora do devedor- o devedor responde desde que seja voluntário. A 
consequência é pagamento de juros, multas, autorização monetária. A maior 
consequência é que ele responde pela coisa mesmo que haja excludentes de 
responsabilidade, assumindo risco integral, a única hipótese de se eximir é se 
provar que haveria o dano da coisa mesmo que estivesse com o credor(derivado). A doutrina aponta que 
pode haver obrigação sem responsabilidade com seria o caso das obrigações 
naturais, bem como, pode haver responsabilidade sem obrigação, como seria o 
caso do fiador. 
2) Obrigação e estado de sujeição: na obrigação ter-seá, ao lado do dever 
jurídico de prestar, um direito à prestação. No estado de sujeição haverá tão 
somente uma subordinação inelutável a uma modificação na esfera jurídica de 
alguém, por ato de outrem. Assim, no estado de sujeição uma pessoa não terá 
nenhum dever de conduta, devendo sujeitar-se, mesmo contra sua vontade, a 
que sua esfera jurídica seja constituída, modificada ou extinta pela simples 
vontade de outrem, ou melhor, do titular do direito potestativo, eventualmente 
coadjuvado pela autoridade pública] 
 
• Elementos Constitutivos da obrigação 
1. Elemento subjetivo O elemento subjetivo diz respeito aos sujeitos da 
obrigação. É composto por sujeito ativo-CREDOR (accipiens/ titular subjetivo de 
crédito) e sujeito passivo-DEVEDOR (solvens). Em qualquer dos polos o sujeito 
pode ser pessoa natural (capaz, representada ou assistida) ou jurídica (de 
qualquer natureza), bem como, as sociedades de fato. Os sujeitos podem ser 
pessoas naturais ou jurídicas, devendo ser determinados ou, ao menos, 
determináveis. Não se considera, como capaz de gerar uma obrigação, um 
contrato em que os sujeitos sejam indeterminados. Pode haver contrato em que, 
a princípio, um dos sujeitos seja indeterminado, mas no qual existam elementos 
que permitam determinar o sujeito (exemplo: alguém coloca um anúncio 
prometendo recompensa para quem encontrar um cachorro; de imediato não se 
sabe quem é o credor da obrigação, mas a declaração traz elementos que 
podem determinar o sujeito ativo: quem encontrar o cachorro). 2. Elemento 
objetivo Toda obrigação tem o seu objeto. O objeto da obrigação é sempre uma 
conduta humana que se chama prestação (dar, fazer ou não fazer). A prestação 
também tem o seu objeto, que se descobre com a pergunta: o quê? (alguém se 
obriga a fazer fazer O QUÊ?) Pode-se dizer que o objeto imediato da obrigação 
é a prestação, e o objeto mediato da obrigação é aquele que se descobre com a 
pergunta o quê? 
3. Vínculo jurídico é aquele que nasce das diversas fontes e que liga o credor ao 
devedor e vice-versa 
• Classificação das obrigações 
Assim como não háuma únicaclassificação das fontes das obrigações, a 
classificação dessas relações jurídicas varia muito de autor para autor, cada um 
fixando categorias lógicas conforme seus próprios critérios. Apontam-se, a 
seguir, as principais classificações trazidas pela doutrina brasileira. 
OBRIGAÇÕES CONSIDERADAS EM SI MESMAS 
I. Quanto ao vínculo obrigacional: 
a) Moral: são obrigações que decorrem apenas de deveres de consciência ou 
princípios morais. 
b) Natural: são aquelas cuja execução o devedor não pode ser constrangido a 
realizar, uma vez que seu pagamento é voluntário. Constitui relação de fato sui 
generis, uma vez que em determinadas situações pode gerar efeitos jurídicos. c) 
Civil: é o vínculo jurídico transitório que confere ao credor o direito de exigir do 
devedor uma determinada prestação. 
II. Quanto ao objeto em relação à sua natureza: 
a) Dar: tem por objeto a entrega de uma coisa móvel ou imóvel, certa ou incerta, 
pelo devedor ao credor. 
b) Fazer: tem por objeto a realização de um ato ou a confecção de uma coisa 
pelo devedor no interesse do credor. 
c) Não fazer: tem por objeto a abstenção lícita de um ato pelo devedor da qual 
resulta benefício patrimonial ao credor. 
III. Quanto à liquidez: 
a) Líquida: são certas quanto à existência e determinadas quanto ao objeto. 
b) Ilíquida: são obrigações cujo objeto depende de apuração (prestação incerta). 
Deve converter-se em líquida para que seja possível o seu cumprimento. 
IV. Quanto à estrutura: 
a) Simples: é aquela que possui um único devedor; um único credor e uma única 
prestação. 
b) Complexa: é obrigação em que há mais de um devedor; mais de um credor 
ou mais de uma prestação. 
b1. Cumulativa ou conjuntiva: são obrigações em que o devedor se compromete 
a várias prestações, só ficando liberado ao cumprir todas elas. 
b2. Alternativa ou disjuntiva: são obrigações que têm por objeto duas ou mais 
prestações, estando o devedor desobrigado a cumprir qualquer uma delas. 
b3. Facultativa: confere ao devedor a possibilidade de alterar o objeto da 
prestação. 
V. Quanto ao tempo de adimplemento: 
 a) a. Instantâneas ou momentâneas: se exaurem com um só ato ou fato. São 
cumpridas imediatamente após a sua constituição. 
b) b. de execução continuada ou de trato sucessivo: se perfazem em atos 
reiterados num determinado espaço de tempo de forma ininterrupta ou 
sucessiva. 
c) c. De execução diferida: são obrigações cujo cumprimento deve ser realizado 
em um só ato, mas emmomentofuturo. 
VI. Quanto aos elementos acidentais: 
a. Pura e simples: não estão sujeitas a termo, condição ou encargo. Produzem 
efeitos imediatos. 
b. Condicional: estão subordinadas a eventos futuros e incertos, podendo a 
condição ser suspensiva ou resolutiva. 
c. Atermo: são obrigações subordinadas a eventos futuros e certos, podendo o 
termo ser certo ou incerto. 
d. Com encargo ou modal: é obrigação que se encontra onerada por cláusula 
acessória que impõe ônus ao beneficiário. 
VII. Quanto à pluralidade de sujeitos: 
a. Divisíveis: são obrigações em que há pluralidade de sujeitos, respondendo 
cada um por parte da dívida ou podendo cada um só exigir a sua respectiva 
quota. Pressupõe, portanto, obrigação divisível. 
b. Indivisíveis: são obrigações em que há pluralidades de sujeitos, respondendo 
todos os devedores por toda a dívida uma vez que não há divisão de 
responsabilidade. 
c. Solidárias: são obrigações quem que há pluralidade de credores ou 
devedores, cada um com direito ou obrigado à dívida toda. 
VIII. Quanto ao conteúdo: 
a. De meio: ocorrem quando o devedor promete empregar seus conhecimentos, 
meios e técnicas para a obtenção de um determinado resultado, sem, no entanto, 
comprometer-se por este. 
b. De resultado: ocorrem quando o devedor apenas se exonera da obrigação 
quando oresultado prometido é alcançado. 
c. De garantia: é a que visa eliminar um risco que pesa sobre o credor ou as suas 
consequências. 
OBRIGAÇÕES RECIPROCAMENTE CONSIDERADAS I. Principais: são 
obrigações que subsistem por si só, sem depender de qualquer outra. II. 
Acessórias: são obrigações que têm sua existência condicionada a outra relação 
jurídica (considerada principal) 
• Obrigação de dar 
Obrigação de Dar Coisa Certa Dar coisa certa é a determinada, a perfeitamente 
individualizada, que se distingue das demais pelas suas características. 
Aobrigação de dar coisa certa um direito pessoal e não um direito real. Na 
obrigação de dar coisa certa, o credor não pode ser compelido a aceitar coisa 
diversa, ainda que mais valiosa. De modo que o devedor não pode dar coisa 
diversa, ainda que mais se pode pagar uma coisa por outra, contra a vontade do 
credor). valiosa, nem o credor é obrigado a recebê-la (art. 313 do CC). 
O referido dispositivo legal encerra um princípio do direito romano, aliud pro alio 
invito creditore solvi non potest (não Em contrapartida, o credor de coisa certa 
não pode pretender receber outra ainda de valor igual ou menor que a devida. A 
recíproca também é verdadeira: o credor não pode exigir coisa diferente, ainda 
que menos valiosa. Cumpre-se a obrigação de dar coisa certa mediante a 
entrega ou restituição, como já dito a tradição. Enquanto não ocorrer a tradição, 
a coisa continuará pertencendo ao devedor, e conforme o art. 237 “Até a tradição 
pertence ao devedor a coisa, com os seus anuir, poderá o devedor resolver a 
obrigação. melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no 
preço; se o credor não Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor,cabendo ao credor os pendentes” 
Assim por exemplo se a coisa for um animal e este der cria, o devedor não 
poderá ser constrangido a entregá-lo. Se quiser, pelo acréscimo tem direito de 
pedir um aumento de preço. 
Na obrigação de dar, consistente em restituir coisa certa, dono é o credor, com 
direito ä devolução, como ocorre no comodato e no deposito, por exemplo. 
Nesse mesmo sentido inversamente, determina o art. 241: Se, no caso do art. 
238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do 
devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. 
Todavia, o art. 242, estabelece que se para o melhoramento, ou aumento, 
atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas 
deste Código Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do 
mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de 
má-fé. A regra geral é a de que o acessório segue o principal, por isso, o art. 233 
determina que: A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela 
embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das 
circunstâncias do caso. 
PERECIMENTO E DETERIORAÇÃO DA COISA 
Prevalece a regra res perit domino, ou seja, a coisa perece para o dono. 
Portanto, se a coisa desapareceu antes da alienação, quem perde é o alienante. 
I. Perecimento: havendo o perecimento (perda total) da coisa, deve-se verificar 
se houve ou não culpa do devedor. Não havendo a culpa, resolve-se a obrigação, 
sem qualquer responsabilidade. Se o perecimento ocorreu por culpa do devedor, 
haverá obrigação de pagar o equivalente em dinheiro– mais perdas e danos–, 
desde que provado o prejuízo. II. Deterioração: é a perda parcial da coisa; 
também nesse caso deve-se observar se houve ou não a culpa do devedor. Não 
havendo culpa, o credor poderá optar por desfazer o negócio, ou ficar com a 
coisa mediante abatimento do preço avençado. Se houve culpa do devedor, as 
opções continuam as mesmas, acrescidas do pedido de perdas e danos, desde 
que provado o prejuízo. 
Obrigação de Dar Coisa Incerta 
A coisa incerta não deve ser entendida como coisa totalmente indeterminada. Ao 
menos,deve ser determinada pelo gênero e quantidade (artigo 243 do Código 
Civil). Há coisa incerta quando alguém se obriga a entregar coisa sem determinar 
sua qualidade. Faltando, porém, a determinação do gênero ou da quantidade, 
não existe obrigação. 
A escolha da qualidade caberá ao devedor, se o contrário não for convencionado. 
Pode se, no contrato, convencionar que a escolha caberá ao comprador ou a um 
terceiro. Quando a escolha couber ao devedor, ele não poderá escolher a pior 
qualidade, entretanto, também não será obrigado a entregar a melhor qualidade. 
O legislador optou pelo princípio da qualidade média nos casos de escolha pelo 
devedor. Se existirem apenas duas qualidades, e a escolha couber ao devedor, 
o critério lógico seria poder escolher qualquer delas, entretanto a lei é omissa 
nesse caso. Feita a escolha, a coisa não é mais incerta. 
A obrigação de dar coisa incerta passa a reger-se pelas regras da obrigação de 
dar coisa certa. A escolha, depois de manifestada, exteriorizada, chama-se 
concentração (é uma denominação doutrinária). nunca perece (genus nunquam 
perit). 
Antes da escolha o devedor não poderá alegar caso fortuito ou força maior (artigo 
246 do Código Civil), porque antes da escolha não existe coisa certa. Tem-se 
apenas o gênero e esse nunca perece 
OBRIGAÇÃO PECUNIÁRIA 
É a obrigação de dar dinheiro, de solver dívida em dinheiro. 
Preceitua o art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, 
em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos da 
cunhagem. subsequentes. 
O Código Civil adotou o princípio do nominalismo, ou seja, se considera como 
valor da moeda o valor nominal que lhe atribui o Estado no ato da emissão ou 
da cunhagem 
• Obrigação de fazer e não fazer 
OBRIGAÇÃO DE FAZER 
A obrigação de fazer (obligatio faciendi) abrange o serviço humano em geral, 
seja material ou imaterial, desde que seja uma atividade humana licita, possível 
e vantajosa ao credor. 
As prestações de fatos podem consistir: 
a) no trabalho físico ou intelectual, determinado pelo tempo, gênero ou 
qualidade; 
b) no trabalho determinado pelo produto, ou seja, pelo resultado; 
c) num fato determinado simplesmente pela vantagem que traz ao credor. Muito 
embora haja muita semelhança entre a obrigação de dar e fazer, a principal 
distinção entre elas, é que na obrigação de dar a prestação consiste na entrega 
de uma coisa, certa ou incerta; e na de fazer, o objeto da obrigação, consiste em 
ato ou serviço do devedor. 
I. Duas são as espécies de obrigação de fazer: infungível (personalíssima ou 
intuito personae); 
II. fungível (impessoal); 
I. Obrigação de Fazer infungível 
Obrigação infungível é aquela que não pode ser substituída por outra de mesmo 
gênero, quantidade ou qualidade. Será infungível, quando for convencionado 
que o devedor cumpra pessoalmente a prestação. Havendo clausula expressa, 
o devedor só se exonerará se ele próprio cumprir a prestação, incogitável a sua 
substituição por outra pessoa. 
A obrigação sempre será infungível quando a pessoa for contratada em razão de 
suas condições pessoais, de suas qualidades técnicas ou artísticas. Seus 
atributos pessoais foi o motivo principal para a sua contratação. O credor ainda 
pode dispor, nesse tipo de contrato, que somente aquele devedor poderá cumprir 
a obrigação. Então, pode-se dizer que há duas hipóteses de obrigações de fazer 
infungíveis a tácita e a expressa: 
I Tácita- quando é evidente que a pessoa foi contratada em razão de suas 
qualidades pessoais (exemplo: contrato de show com um artista conhecido, a 
somente o devedor poderá cumprir a obrigação. obrigação por sua natureza e 
circunstancias, será infungível); 
Expressa- quando houver cláusula expressa, no contrato, dizendo que as 
obrigações infungíveis algumas vezes podem não ser cumpridas, ou por do CC) 
impossibilidade ou por recusa. 
Impossibilidade: se a obrigação se tornar impossível, sem culpa do devedor, 
resolve-se a obrigação, afastando-se a responsabilidade, devendo apenas 
devolver o que tiver recebido a titulo de remuneração adiantado; 
se o devedor der causa a essa impossibilidade, responderá por perdas e danos. 
Recusa: o devedor não cumpre a obrigação porque não quer. Será sempre 
culposa e, por este motivo, o devedor responderá por perdas e danos. (art. 247) 
Obrigação de fazer fungível 
Sempre que não houver exigência expressa no contrato, nem se tratar de ato ou 
serviço cuja a execução dependa de qualidades pessoais do devedor, podendo 
ser realizado por terceiros, diz-se que a obrigação de fazer é fungível (art. 249 
CC). 
A obrigação será fungível sempre que o devedor ou a coisa puder ser substituída, 
por não haver necessidade de determinadas qualidades para o cumprimento da 
obrigação, ou não haver pactuação expressa. Se por exemplo, um pedreiro é 
contratado para construir um muro, a obrigação assumida é fungível, podendo o 
credor providenciar a sua execução por terceiro caso o devedor não o faça. 
Notes-se que para o fato ser cumprido por terceiro é necessário que o credor 
deseje, pois ele não é obrigado a aceitar de outrem a prestação. Estatui o art. 
249 do CC que: “se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor 
mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem 
prejuízo da indenização cabível. Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o 
credor, independente de autorização judicial, executar ou mandar executar o 
fato, sendo depois ressarcido”. 
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER 
A obrigação de não fazer é uma obrigação negativa, pois impõe ao devedor um 
dever de abstenção: o de não praticar o ato, quepoderia livremente fazer, se não 
houvesse se obrigado. 
Seria o caso do adquirente que se obriga a não construir no terreno comprado, 
prédio de certa altura. Se praticar o ato que se obrigou a não praticar, torna-se 
inadimplente, podendo o credor exigir, com base no art. 251 do CC, o 
desfazimento do que foi realizado, sob pena de se desfazer à sua custa, 
ressarcindo o culpado perdas e danos. 
O contratante lesado pode exigir o desfazimento do que foi feito, sob pena de 
desfazer-se às suas custas, mais perdas e danos. Há casos de obrigação de não 
fazer em que a única saída que resta ao lesado é perdas e danos porque, se foi 
feito, não poderá ser desfeito. 
Observe-se que certos limites devem ser observados na imposição da obrigação 
de não fazer, não sendo licitas as convenções que exijam sacrifício excessivo da 
liberdade do devedor ou que atentarem contra os direitos fundamentais da 
pessoa humana, como por outrem pratique determinados atos. exemplo suportar 
o ônus de não sair a rua, de não casar, não trabalhar.... Além dos casos em que 
o devedor está apenas obrigado a não praticar determinados atos, há outros em 
que, além dessa abstenção, o devedor está obrigado a tolerar ou permitir que se 
extingue a obrigação do devedor se se tornou impossível cumpri-la (exemplo: se 
uma lei sobrevier ao contrato obrigando a fazer o que o devedor se obrigou a 
não fazer, torna-se impossível o cumprimento da obrigação de não fazer e, por 
esse motivo, ela se extingue 
• Obrigações compostas pela multiplicidade de objetos 
Leva em conta o número de sujeitos e o número de objetos 
. As obrigações, quanto aos elementos constitutivos, podem ser simples e 
compostas (complexas). 
A) OBRIGAÇÃO SIMPLES 
É aquela que tem um único sujeito ativo, um único sujeito passivo e um só objeto. 
Basta que um desses elementos seja em número de dois para que seja a 
obrigação composta. Nas obrigações simples, adstritas a apenas uma 
prestação, ao devedor compete cumprir o avençado, nos exatos termos 
ajustados. Libera-se entregando ao credor precisamente o objeto devido, não 
podendo entregar outra ainda que mais valioso (ar. 313 CC) 
B) OBRIGAÇÃO COMPOSTA OU COMPLEXA(PLURAIS) 
É quando possui mais de um objeto.A obrigação é chamada de obrigação 
composta pela multiplicidade de objetos; quando possuir mais de um sujeito, é 
chamada de composta pela multiplicidade de sujeitos. 
I. COMPOSTAS PELA MULTIPLICIDADE DE OBJETOS 
As obrigações compostas pela multiplicidade de objetos podem, ainda, serem 
classificadas em: . 
a) cumulativas (também chamadas de conjuntivas) 
b) alternativas (também chamadas de disjuntivas) 
c) facultativas 
OBRIGAÇÃO CUMULATIVA 
Os vários objetos estão ligados pela conjunção “e” 
Exemplo: o devedor obriga-se a entregar ao credor um automóvel e um animal. 
Nessa modalidade de obrigação, há uma pluralidade de prestações e todas 
devem ser solvidas, sem exclusão de qualquer delas, sob pena de se haver por 
não cumprida. 
Pode se estipular que o pagamento seja simultâneo ou sucessivo, mas o credor 
não pode ser compelido “a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim 
não se ajustou” (art.314 CC) 
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA 
Obrigação alternativa é aquela composta pela multiplicidade de objetos, ligados 
pela disjuntiva 
Alguém se obriga a entregar ou restituir– uma coisa ou outra–, bastando a 
entrega de um dos objetos para que o devedor seja considerado adimplente. 
Quando são mais de dois objetos, há uma obrigação alternativa múltipla. Diziam 
os Romanos que, nas alternativas ou disjuntivas, muitas coisas estão na 
obrigação, porém só uma no pagamento– “plures sunt in obligatione, uma autem 
is solutione”. 
As prestações são múltiplas, mas efetuada a escolha, individualiza-se a 
prestação e as demais ficam liberadas, como se, desde o início, fosse a única 
objetivada na obrigação. Trata-se de obrigação única, com prestações várias, 
realizando-se pela escolha, com força retroativa, a concentração em uma delas 
e a consequente exigibilidade, como se fosse simples desde a sua constituição. 
Não se deve confundir obrigação alternativa com obrigação de dar coisa incerta. 
A obrigação alternativa tem sempre dois ou mais objetos, já obrigação de dar 
coisa incerta tem um único objeto e ele é indeterminado quanto à qualidade. 
Direito de escolha- a obrigação alternativa só estará em condições de ser 
cumprida depois de ser definido o objeto a ser prestado. Esta definição se dá 
pelo ato de escolha. No silêncio do contrato, a escolha cabe ao devedor. 
O Código Civil respeita primeiro a vontade das partes, logo, pode haver 
convenção no sentido de que a escolha caberá ao credor ou a um terceiro, 
previamente determinado e de comum acordo. Mas a falta de estipulação 
contratual, pelo princípio favor debitoris a escolha cabe ao devedor. Assim o art. 
252 do CC estipula: “Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se 
outra coisa não estipulou”. 
O direito de opção transmite-se aos herdeiros. O direito de escolha não é 
ilimitado, irrestrito, por isso o §1° do art. 252 do CC determina que o devedor não 
pode obrigar o credor a aceitar parte de um objeto e parte de outro Exemplo: se 
há a obrigação de entregar 10 sacas de arroz ou 10 sacas de feijão, o devedor 
não pode obrigar o credor a aceitar 5 sacas de cada espécie). Tal dispositivo 
estabelece a indivisibilidade de pagamento quando as prestações forem 
periódicas, mensais ou anuais, ou seja, elas podem se alternar. 
Exemplo: um testador, para deixar um legado, impõe ao legatário a condição de, 
uma vez por ano, entregar 10 sacas de arroz ou 10 sacas de feijão à uma 
instituição de caridade; o devedor poderá alternar, entregando em um ano arroz, 
no outro feijão) é o que determina o §2° do art. 252 do CC. acordo entre as 
partes”, essa regra é uma inovação do art. 252 §4° do CC. este assinado para a 
deliberação. Como já afirmado, as partes podem estipular que a escolha seja 
feita por uma terceira pessoa. No caso de, após a assinatura do contrato, o 
terceiro– escolhido de comum acordo– não puder ou aceitar a incumbência da 
designação “caberá ao juiz a escolha se não houver a previsão do art. 252 §3° 
de que “a pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, 
decidirá o juiz, findo o prazo por por fim, a escolha da prestação, pode também 
ser determinada por sorteio, invocando, por analogia o art. 817 do CC, que 
dispõe “O sorteio para dirimir questões ou dividir coisas comuns considera-se 
sistema de partilha ou processo de transação conforme o caso”. 
A concentração 
Dada ciência da escolha, ocorrerá a concentração, ficando determinado, de 
modo definitivo, sem possibilidade de retratação unilateral, a prestação. 
Tornando-se a obrigação simples e só será devido o objeto determinado, não 
podendo mais ser exercido o jus variandi. 
Os efeitos da concentração retroagem ao momento da formação do vínculo 
obrigacional. salvo se em contrário dispuserem as partes ou a Lei. 
Não é exigida forma especial para a comunicação da escolha, basta a 
declaração unilateral de vontade, sem necessidade de aceitação. E comunicada 
a escolha, a obrigação se concentra no objeto determinado. Tornando-se ela 
definitiva e irrevogável, O contrato deve estabelecer prazo para o exercício da 
opção. Se não o fizer, o devedor será notificado, para efeito de sua constituição 
em mora. Esta não o priva, entretanto, do direito de escolha, salvo se a 
convenção dispuser que passa ao credor. Se ao credor competir a concentração, 
e este não a fizer no prazo estabelecido, poderá o devedor propor ação 
consignatória, dispondo o art. 342 do CC que será ele citado para efetuar a 
opção “sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o 
devedor escolher”. A negligência, tanto do devedor como do credor, pode 
acarretar a decadência do direito de escolha. Impossibilidade das prestações Em 
algunscasos fica impossível para o devedor cumprir a obrigação. 
Ex.: perecimento do objeto. Se não ocorreu culpa do devedor, a obrigação se 
extingue. 
Se houver, entretanto, culpa do devedor pelo perecimento da coisa, há duas 
soluções: Se a escolha for do devedor: perecendo um dos objetos, a obrigação 
se concentra no outro. Se perecerem os dois objetos, o devedor pagará, em 
dinheiro, o equivalente do último objeto que pereceu, mais perdas e danos. pode 
exigir, em dinheiro, o equivalente de qualquer deles, mais perdas e danos. Se a 
escolha for do credor: perecendo um dos objetos, o credor poderá ficar com o 
remanescente, ou exigir em dinheiro o equivalente do que pereceu, mais perdas 
e danos. Havendo o perecimento dos dois objetos, o credor OBRIGAÇÃO 
FACULTATIVA 
É alternativa apenas para o devedor, que tem a faculdade de entregar o objeto 
principal ou substituí-lo por outro. A obrigação facultativa consiste na 
possibilidade conferida ao devedor de substituir o objeto inicialmente prestado 
por outro, de caráter subsidiário, mas já especificado na relação obrigacional. O 
CC/2002, assim como o CC/1916, não trata expressamente dessa obrigação. A 
doutrina aceita a terminologia, mas prefere chamá-la de obrigação com 
faculdade alternativa de dependeria exclusivamente da vontade do devedor. 
cumprimento, alegando que pode haver o induzimento ao erro, ao sugestionar 
que o cumprimento 
Se o objeto principal perecer sem culpa do devedor, resolve-se a obrigação e o 
devedor não estará obrigado a entregar o segundo objeto, porque esse consistia 
apenas numa faculdade prevista pelo contrato. Para o credor, que só pode exigir 
o objeto principal, a obrigação continua sendo simples 
• Obrigação pela multiplicidade de sujeitos 
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS 
São divisíveis quando o objeto da prestação pode ser dividido entre os vários 
credores ou os vários devedores. Também chamadas de obrigações fracionárias 
ou conjuntas 
OBRIGAÇÕES INDIVISÍVEIS 
A obrigação é indivisível quando o objeto da prestação não pode ser dividido 
entre os vários credores ou os vários devedores. O que será divisível ou 
indivisível é o bem, pois não há de cogitar-se da indivisibilidade da obrigação, e 
sim da prestação determinante do negócio jurídico”. O conceito de 
indivisibilidade não é um conceito material, mas sim jurídico. 
O CC/2002 conceitua a indivisibilidade da prestação no art. 258: “A obrigação é 
indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não 
suscetível de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou 
dada a razão inviabilizando a própria prestação. 
A indivisibilidade pode ser material ou jurídica e decorre da própria natureza do 
bem, da lei ou da vontade das partes, no entanto, inovou o Código Civil de 2002, 
ao estabelecer que a indivisibilidade pode surgir por motivo de ordem econômica, 
ou dada a razão determinante do negócio jurídico. Isso implica na 
impossibilidade de divisão da prestação nos casos em que haveria redução 
substancial do valor da coisa objeto da prestação. 
A importância de distinguir as obrigações divisíveis das indivisíveis, está 
intimamente ligado à pluralidade de sujeitos. Quando houver a multiplicidade de 
credores ou devedores há uma necessidade de averiguar se é possível o 
fracionamento da prestação de modo a permitir que cada um dos credores e 
devedores possa pagar ou receber a sua parte. Se por um lado, havendo um 
único credor e um único devedor, a prestação será cumprida por inteiro, mesmo 
sendo o seu objeto divisível, presumindo-se a indivisibilidade, salvo convenção 
em contrário. (art. 314 do CC) indivisibilidade e solidariedade. 
As obrigações divisíveis são aplicadas o brocardo “concursu partes fiunt”. Em 
outras palavras, as partes se satisfazem pelo concurso, conservando-se 
independentes as obrigações de cada um. Sendo divisível a obrigação, diante 
da pluralidade de devedores, divide-se em tantas obrigações iguais e distintas 
quanto ao número de devedores. Por isso são chamadas de obrigações 
fracionárias. 
Segundo o art. 257 do CC, a regra geral é a divisibilidade das obrigações, que 
será excepcionada em duas situações: 
a) Obrigação indivisível com pluralidade de devedores: 
Cada devedor se obriga pela dívida toda, ele não poderá solver pro parte, pois 
em virtude indivisibilidade a prestação é exigível por inteiro por qualquer credor. 
Quem pagar, se sub roga em todos os direitos do credor. Quando o objeto é 
indivisível e um só dos devedores é encontrado– embora cada um deva cumprir 
sua quota-parte–, esse terá de cumprir integralmente a obrigação, tendo direito 
de regresso em face dos demais devedores. Caso um dos devedores seja 
insolvente, o credor poderá demandar qualquer um dos outros devedores. 
B) Obrigação indivisível com pluralidade de credores: 
Cada credor tem direito de reclamar a prestação por inteiro e o devedor 
desobriga-se pagando a um ou a todos. Segundo o art. 260 do CC, adimplindo-
se em favor de todos, conjuntamente, exonera-se o devedor da 
responsabilidade. Contudo pagando somente a um, receberá deste uma caução 
de ratificação, que o desobrigará quanto aos demais credores. A referida caução 
é um documento no qual se insere uma garantia da quitação unilateral por parte 
dos outros credores. Se não obtiver a caução e, mesmo assim, prestar a 
obrigação em prol de apenas um dos credores, poderá mais tarde ser compelido 
a pagar a outro credor, pois não existe a solidariedade entre eles. Logo, seria 
cautela do devedor, constituir em mora os credores e promover a consignação 
em pagamento pelo deposito da coisa em juízo. de experimentar um 
enriquecimento sem causa, ex: cavalo. 
O credor que recebeu o pagamento integral na prestação indivisível restituirá os 
demais, pois recebeu o que não lhe pertencia. Por ser indivisível, não sendo 
possível a restituição in natura do pagamento, esta se dará em espécie, sob pena 
caso um dos credores delibere pela remissão, o perdão não produzirá efeitos 
perante os outros credores, pois eles poderão exigir do devedor o pagamento, 
desde que seja abatido do valor total a cota do credor que efetuou a remissão. 
Se a obrigação for indivisível, a perda do objeto, acarreta a extinção da 
obrigação, resultando em perdas e danos. Se a culpa resultar de todos os 
devedores, o valor será fracionado entre todos. Mas se a culpa for debitada a 
apenas um dos devedores, os demais se exoneram das perdas e danos 
 
• Obrigação solidária 
Não se toma por base a divisibilidade ou não do objeto, devendo-se observar se 
existe alguma cláusula contratual ou um dispositivo de lei que disponha ser a 
obrigação solidária. Nas obrigações solidarias há uma pluralidade de sujeitos: seja 
pela concorrência de vários credores, cada um passiva, mas silenciou quanto a 
solidariedade mista com direito à dívida toda; ou seja, pela concorrência de vários 
devedores, cada um responsável por ela toda, sendo possível haver a pluralidade 
de credores e devedores. 
O legislador tratou da solidariedade ativa e quando a obrigação é solidária, cada 
devedor responde sozinho pela dívida integral. 
O artigo 932 do Código Civil dispõe que os pais respondem pelos atos dos filhos 
menores; que o patrão responde pelos atos dos seus empregados; etc. 
A obrigação dessas pessoas é solidária (artigo 942 do Código Civil). Quanto aos 
efeitos, há uma certa semelhança entre a indivisibilidade e a solidariedade, pois 
nas duas, ainda que haja vários devedores, somente de um o credor poderá cobrar 
a obrigação integral. 
OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL x OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA 
(indivisível)Embora um dos devedores possa ser obrigado a cumprir sozinho a 
obrigação integral, isso só ocorrerá porque o objeto é indivisível, pois na verdade 
cada devedor só deve sua quota-parte. Converte-se em perdas e danos se o objeto 
perecer por 
(solidária) Nesse caso, o devedor poderá ser obrigado a cumprir sozinhoa 
obrigação integral porque cada devedor responde pela dívida inteira. culpa dos 
devedores, passando a ser, portanto, divisível. Se a obrigação se converter em 
perdas e danos, continuará sendo solidária porque a solidariedade não depende da 
indivisibilidade ou não do objeto. 
A solidariedade pode ser de três espécies: ativa (quando há uma pluralidade de 
credores); passiva (quando há pluralidade de devedores) ou mista (quando há 
vários credores e vários devedores). 
Para que haja solidariedade é preciso que essa resulte da lei ou da vontade das 
partes (artigo 265 do Código Civil), não podendo ser presumida. Se não existir lei ou 
contrato dispondo que a dívida é solidária, a mesma será divisível (cada credor 
somente poderá cobrar a sua parte, e cada devedor responderá somente pela sua 
cota). 
O único caso de solidariedade ativa que resulta de lei é a forma de pagamento dos 
débitos dos pecuaristas (Lei Rural n. 209/48). Nos casos de solidariedade ativa, o 
devedor se exonera pagando a qualquer dos credores antes de a dívida estar sendo 
cobrada judicialmente. Se a dívida já estiver sendo cobrada em Juízo, o devedor 
somente poderá pagar ao credor que ingressou com a ação. Nos casos de 
solidariedade passiva, o credor pode cobrar a dívida de qualquer dos credores ou 
de todos eles (artigo 275 do Código Civil). Quando o credor escolhe somente um 
dos devedores, esse, que paga a dívida, terá direito de regresso contra a cota parte 
de cada um dos co-devedores solidários, pois entre eles a obrigação é divisível 
(artigo 283 do Código Civil). O devedor principal é aquele a quem a dívida interessa 
exclusivamente. Se um dos co-devedores pagar a dívida na íntegra, terá o direito de 
cobrar a mesma do devedor principal (artigo 285 do Código Civil). Quando o co-
devedor move ação contra o devedor principal, sub-roga-se no crédito. dos outros 
deverá descontar a cota-parte daquele a quem remitiu. O credor poderá renunciar 
à solidariedade em favor de um ou de vários devedores solidários, entretanto, para 
cobra 
• Transmissibilidade das obrigações 
I. Cessão de crédito (ceder, não significa que seja grátis) 
II. Assunção de dívidas(cessão de depósitos) 
Modificação de crédito sujeito ativo 
• Não muda a prestação 
• Apenas altera o credor(cedente) para novo credor(cessionário) 
• Não gera extinção da prestação 
• Entre cedente e o cessionário é criado um novo vínculo negocial , obrigacional 
• Em qualquer hipótese o cedente tem que garantir que o crédito existe 
 
• Cessão de Créditos(art. 286 a 298) 
1. Conceito – É o negócio jurídico bilateral ( manifestação de vontade) que pode 
ser gratuito ou oneroso, pelo qual o credor de uma obrigação(cedente) 
transferência no todo ou em parte a uma terceira pessoa(cessionário) 
independente da anuência do devedor(cedido) sua posição na relação 
obrigacional, com todos os acessórios e garantias , salvo disposição expressa 
em contrário. 
2. Partes- cedente- credor originário 
Cessionário- novo credor 
Cedido- devedor 
3. O negócio é feito entre o cessionário e o cedente. O cedido não precisa anuir . 
A notificação do cedido só serve para que ele saiba a quem pagar 
4. Modalidades: 
a)gratuita X onerosa 
Oneroso- ambos tem vantagens e desvantagens, gratuita apenas uma pessoa 
tem vantagens, a outra apenas desvantagens ( não tem contraprestacao) 
b) total X parcial 
Cessão total o cedente dia da relação jurídica e se for parcial o vendedor ainda 
fica como credora da parte não cedida( obrigação com pluralidade de credores, 
divisível) 
c) “Pro soluto” X “Pro solvendo” 
A Cessão pro Soluto é aquela em que há uma quitação do débito do cedente 
com cessionário, ou seja, o cedente garante a existência do crédito, mas não 
responde pela solvência do cedido. Já na Cessão pro solvendo o cedente além 
de garantir a existência do crédito, garante também a solvência do 
devedor(cedido) de forma que somente se exonera da obrigação após o 
cumprimento desta. No silêncio é pro Soluto, para ser solvendo tem que estar 
previsto no contrato. 
 
5. Exemplo: Factoring, Precatório 
4. Requisitos: 
a) capacidade- o absolutamente incapaz não pode ceder crédito a não ser 
determinação judicialmente. O representante não pode diminuir o patrimônio do 
representado. Em nenhuma hipótese o tutor e o curador podem receber crédito 
do tutelado e do curatelado. Pode ceder créditos por procuração desde que essa 
tenha poderes específicos. 
b) objeto- lícito, possível e determinado. Em regra qualquer crédito pode ser 
objeto de cessão, porém tem objetos que são direitos indisponíveis. Ex: verbas 
salariais, por própria vontade das partes. Art. 286 
c) forma- A cessão para ser válida não precisa ser solene, é um negócio informal. 
Entretanto, para produzir efeitos para uma pessoa precisa ter um 
instrumento(documento). Art. 288 
5. Efeitos: O cessionário tem os mesmos direitos do cedente. 
 
• Assunção de dívida(art. 299 a 303 cc)- 
• Tudo inverso a cessão de crédito 
1. Conceito 
2. Partes- cedente- devedor do originário 
Cessionário- novo devedor 
Cedido – credor 
3. Na cessão de débito o cedido deve ser notificada para ele concordar ou não. No 
silêncio não anui, tem que ter a anuência EXPRESSA do cedido 
4. No silêncio, o cedente responde pela dívida do cessionário 
5. Na Assunção a não que ser que seja pactuado, são extintos acessórios e 
garantias. 
6. Exceção HIPOTECA- no prazo de 30 dias pós a notificação presume a assunção 
da dívida no caso de silêncio (art.303) 
 
Do adimplemento obrigacional ou teoria do pagamento. 304 e seguintes do 
CC. 
6 perguntas da teoria do pagamento. 
1. Quem deve pagar? Sujeito ativo do pagamento( Solvens) 
2. A quem se deve pagar? Sujeito passivo do pagamento (Accipiens) 
3. O que se deve pagar? Objeto do pagamento 
4. Como provar que paguei? Prova do pagamento 
5. Quando pagar? Tempo do pagamento 
6. Onde pagar? Lugar do pagamento. 
 
O pagamento deve ser pago pelo devedor ou um terceiro 
Terceiro – interessado- vai sofrer consequências do não pagamento, interesse 
patrimonial 
Terceiro não interessado- não tem interesse patrimonial . Quando efetuar o 
pagamento pode efetuar em nome do devedor ou em nome próprio. Em nome 
do devedor pode fazer pagamento em consignação 
O terceiro não interessado 
O terceiro interessado pode fazer o pagamento em consignação se a outra parte 
não aceitar , sub-rogação 
O adimplemento obrigacional é o ápice de uma relação obrigacional, que é a 
forma de extinção natural de uma obrigação, designando o efetivo e direto 
cumprimento da prestação pelo devedor. 
O termo Pagamento– em sentido amplo– ou execução é o mesmo que 
implemento, adimplemento, prestação, resolução e solução. Previsto no art. 304 
e seguintes do CC. Trata-se das solutios. Pode ser definido como a prestação 
daquilo a que o sujeito se obrigou. 
Na obrigação de dar, o pagamento consiste na conduta de entregar ou restituir, 
assim como na obrigação de fazer, a pratica da conduta, ou a abstenção de 
conduta caracteriza o pagamento da obrigação, pois o pagamento é o 
cumprimento obrigacional. Assim sendo, em um contrato bilateral, em que 
ambas partes tem obrigação, como por exemplo um contrato de compra e venda, 
pode haver pagamento por ambas as partes. Logo, o pagamento do comprador 
consiste no ato de entregar o dinheiro, e o do vendedor, no ato de entregar o 
bem. 
Pagamento Puro e Simples 
Como já vimos, pagamento é o mesmo que execução e adimplemento. O 
pagamento puro e simples é aquele em que não há modificação relevante 
fundada em lei, não há alteração da substância do vínculo. É a solutio. Isso 
porque aquele que deve tem que pagar. Com o pagamento, alcança-se o objeto, 
e a relação jurídica entre devedor e credor se extingue, liberando a ambos. O 
Professor SILVIO RODRIGUES entende que pagamento é espécie do gênero 
adimplemento. O vocábulo adimplemento abrange todosos modos, diretos ou 
indiretos, de extinção da obrigação, pela satisfação do credor. Inclui, por 
conseguinte, a novação, a compensação etc. Já o termo pagamento fica 
reservado para significar o desempenho voluntário da prestação, por parte do 
devedor. 
Elementos 
O pagamento é composto de três elementos: 
Sujeito ativo: é aquele que deve pagar (solvens). 
Sujeito Passivo: é aquele a quem se deve pagar (accipiens). 
Objeto: é o vínculo obrigacional que justifica o pagamento (dar, fazer ou não 
fazer). 
Sujeito ativo do pagamento (quem deve pagar – o solvens) Sujeito ativo é aquele 
que deve efetuar o pagamento. 
É óbvio que é o devedor que tem o principal interesse e a própria obrigação de 
pagar, cabendo ao credor a obrigação de quitar. Em primeiro lugar é preciso 
questionarmos se a obrigação é personalíssima. 
Caso seja, somente o obrigado pode efetuar o pagamento; não sendo, qualquer 
um pode pagar, até os herdeiros. Dos arts. 304 e 305 do Código Civil 
depreendemos cinco regras: 
1) Pagamento por qualquer pessoa: a dívida pode ser paga por qualquer pessoa, 
tenha ou não ela legítimo interesse. 
2) Irrelevância da vontade do credor: o pagamento pode ser feito mesmo contra 
a vontade do credor– basta que o terceiro se utilize dos meios próprios para al 
(por exemplo, a consignação em pagamento). 
3) Terceiro interessado: é imperiosa a distinção entre o terceiro interessado e o 
não interessado. O terceiro interessado sub-roga-se nos direitos do credor. 
4) Terceiro não interessado: se o terceiro não é interessado, não se sub-roga. Se 
o credor era hipotecário, o terceiro tem o direito de reembolsar-se, porém sem 
os privilégios da hipoteca. 
5) Pagamento em nome do devedor: mesmo o terceiro não interessado se sub-
roga nos direitos do credor ao pagá-lo, não em seu próprio nome, mas em nome 
e por conta do devedor (arts. 304, parágrafo único, e 305). 
 
O artigo 304 do Código Civil dispõe que qualquer terceiro– até mesmo o não 
interessado– pode pagar a dívida, desde que o faça em nome e por conta do 
devedor. Na realidade, pouco importa para o credor quem faça o pagamento, 
desde que o faça corretamente. Para o credor, o importante é receber o que lhe 
é devido, isto é, o seu crédito. O devedor também só tem vantagens, pois vê a 
dívida retratada, já que sua obrigação vantagem, já que a ação judicial é um 
elemento de intranquilidade social. em nada se agrava, só atenua. Do ponto de 
vista social, o cumprimento da obrigação também só traz O terceiro não 
interessado pode pagar a dívida em seu próprio nome ou em nome do devedor. 
Se pagar em nome do devedor, não surge outra relação obrigacional, pois seria 
como se o próprio devedor tivesse efetuado o pagamento. Ocorre mera 
liberalidade por parte do terceiro. É a interpretação do artigo 305, a contrário 
senso. 
Como o dispositivo legal mencionado determina que o terceiro não interessado 
que pague a dívida em seu próprio nome tem direito a reembolsar-se, evidente 
que, se pagou em nome do próprio devedor, não tem direito ao reembolso. Se o 
terceiro não interessado paga a dívida em seu próprio nome, com fundamento 
no artigo 304, tem direito ao reembolso, porém sem qualquer sub-rogação nos 
direitos do credor. Não há animus donandi. Quis apenas ajudar o devedor. O 
credor não pode recusar o pagamento efetuado pelo terceiro não interessado, 
desde que seja feito em nome do devedor. Esse terceiro não interessado é 
aquele que não tem vínculo com o contrato. 
O cumprimento da obrigação, por qualquer um, é elemento de paz social, de 
forma que é sempre estimulado pelo Direito. 
Sujeito Passivo do Pagamento 
O sujeito passivo (accipiens) é aquele que deve receber, ou a quem se deve 
pagar. terceiro possa validamente receber. O princípio está no artigo 308, quando 
esse dispõe que o pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o 
represente, sob pena de só valer se ratificado pelo credor ou se reverter em 
proveito dele. A regra geral derivada do supracitado artigo, é a de que, deve-se 
pagar ao credor. No entanto podem ocorrer exceções, como as situações em 
que o credor está inibido de receber o pagamento, e aquelas em que um Caso 
não haja, portanto, pagamento corretamente feito ao credor ou seu 
representante, compete ao devedor provar que houve ratificação ou que houve 
reversão em proveito do credor. Aplica-se o velho brocardo de que quem paga 
mal, paga duas vezes. Nem sempre, portanto, a regra geral de que o pagamento 
deve ser efetuado ao credor é válida. O pagamento, às vezes, efetuado ao credor 
não é válido (exemplo: pagamento ao menor que não pode quitar). É a situação 
do credor inibido de recebe O pagamento efetuado para terceiro, às vezes, quita. 
Exemplo: credor ratifica pagamento ao credor incapaz. Com o pagamento da 
obrigação, compete ao credor a quitação. 
A quitação é a prova de que a obrigação se extinguiu, total ou parcialmente, pelo 
seu adimplemento. O credor incapaz não pode praticar ato jurídico sem estar 
representado ou assistido, de forma que não pode, de per si, quitar. Tanto que o 
artigo 310 do Código Civil considera viciado o ato jurídico, não valendo o 
pagamento ao menor que não pode quitar. A própria lei prevê uma exceção 
(artigo 310 do Código Civil) quando diz que o pagamento efetuado ao incapaz 
de quitar será válido quando reverter em benefício desse. O ônus da prova é do 
devedor desidioso. 
Exemplo: se o menor gastar o dinheiro, o devedor pagará novamente. 
Observação: O devedor deve saber que o menor é incapaz ou ter mecanismos 
para conhecer tal situação. Se o devedor for induzido em erro quanto à idade, 
erro escusável, poderá anular o negócio jurídico e o pagamento prevalecerá. (O 
artigo 310 do Código Civil fala em "cientemente".) 
a) Crédito penhorado 
(artigo 312 do Código Civil) Se o devedor vier a ser intimado da penhora, feita 
sobre seu crédito por outras dívidas, não poderá utilizar o bem penhorado para 
pagar dívidas com terceiros. penhorado, tal pagamento será ineficaz. O 
patrimônio do devedor responde por suas dívidas. Tal patrimônio contém bens 
corpóreos e incorpóreos (créditos). Tais bens devem estar desobstruídos para 
pagamento. Portanto, mesmo pagando ao credor real, se o bem estiver 
b) Representante do credor 
O pagamento pode ser feito ao representante do credor o pagamento em 
qualquer dos casos é válido, desde que o representante tenha poderes para 
representar. O artigo 311 do Código Civil diz que o portador da quitação é 
mandatário do credor. Há presunção juris tantum de mandato. Isso porque 
haveria uma negligência se o credor permitisse que o terceiro, contra sua 
vontade, trouxesse consigo a quitação do crédito de que é titular. A presunção 
não é irrefragável e pode ser elidida por prova em contrário 
c) Validade do pagamento a terceiro 
Credor ratificado: é um gestor de negócios com eficácia ex tunc, isto é, reatroage 
até a realização do negócio e produz todos os efeitos do mandato (artigo 873 do 
Código Civil). Pagamento aproveita ao credor: mesmo sem a ratificação por parte 
do credor ou do portador de mandato, caso o pagamento aproveite ao credor, 
ocorre a extinção da obrigação pela quitação, para evitar o enriquecimento 
indevido. É de quem paga o ônus de provar o benefício. Exemplo: homem paga 
ao filho em vez de pagar à mulher, mas o numerário é usado na escola. 
Pagamento ao credor putativo: o credor putativo é aquele que não é, mas se 
apresenta, aos olhos de todos, como o verdadeiro credor. Exemplo: Herdeiro 
aparente. É o caso do herdeiro afastado posteriormente da herança, por 
indignidade 
Objeto e Prova do pagamento 
Apesar de o Código apresentar 14 artigos a respeito do objeto do pagamento, 
na realidade a maioria deles diz respeito à prova do pagamento. 
a) Princípio do nominalismo 
Segundo tal princípio, o devedor tem o direito de se liberar da obrigação, 
pagando a mesma quantidade de moeda recebida.Independentemente da 
alteração do valor monetário intrínseco da moeda, portanto, o devedor salvo o 
disposto nos artigos subsequentes. de uma importância em dinheiro se libera da 
dívida oferecendo a quantidade de moeda inscrita no título da dívida. Hoje resta 
evidente que o caráter inflacionário torna imperiosa a adoção da correção 
monetária, para evitar o enriquecimento indevido de uma parte em relação a 
outra. Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em 
moeda corrente e pelo valor nominal, 
b) A cláusula de escala móvel 
A cláusula de escala móvel é aquela que traz uma variação na prestação do 
devedor, segundo os índices de custo de vida ou segundo os preços de 
determinadas mercadorias. 
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas 
A quitação é prova do pagamento, consiste em um escrito, no qual o credor 
reconhece o recebimento do que fora estipulado e libera o devedor até o 
montante que foi pago. A quitação geral libera o devedor do vínculo geral que o 
prendia ao credor. O devedor tem o direito de reter o pagamento caso o credor 
se recuse em fornecer a quitação, conforme o artigo 319. Tal retenção não 
implica em mora, pois o artigo 396 estabelece que não havendo fato ou omissão 
imputável ao devedor, não incorre esse em mora. A quitação não precisa ter a 
forma do contrato, bastando que se perfaça por escrito e satisfaça os requisitos 
do artigo 320 do Código Civil. O parágrafo único que diz: "Ainda sem os 
requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das 
circunstâncias resultar haver sido paga a dívida". Portanto, o legislador foi 
flexível e, muito embora não tenha dito que a quitação pode ser por qualquer 
forma, garantiu validade a mesma nas hipóteses de comprovação do pagamento 
da dívida. A quitação, muito mais do que uma obrigação do credor, é um direito 
do devedor. Além de incidir em mora, o credor incide em contravenção penal, 
conforme a Lei n. 4.494/94, artigo 17, inciso II. Art. 313. O credor não é obrigado 
a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. 
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o 
credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não 
se ajustou. 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta 
entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o 
juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor 
real da prestação. 
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda 
estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da 
moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial. 
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o 
pagamento, enquanto não lhe seja dada. 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, 
designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem 
por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, 
ou do seu representante. Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos 
neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar 
haver sido paga a dívida. Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na 
devolução do título, perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, 
declaração do credor que inutilize o título desaparecido. 
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última 
estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as 
anteriores. 
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-
se pagos. 
Art. 324.Aentrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. credor, 
suportará este a despesa acrescida. Parágrafo único. Ficará sem efeito a 
quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do 
pagamento. 
Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a 
quitação; se ocorrer aumento por fato do 
Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-
á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da execução 
DO LUGAR DO PAGAMENTO 
Devemos fazer uma distinção entre a dívida QUESÍVEL (querable) e a dívida 
PORTÁVEL (portable). 
Quesível é a dívida que se paga, por princípio, no domicílio do devedor. Portável 
é a dívida que se paga em qualquer lugar determinado. A regra geral é que a 
dívida seja normalmente quesível, isto é, deve ser paga no domicílio do devedor. 
Compete ao salvo disposição em contrário, o pagamento deve ser efetuado no 
domicílio do devedor. credor, portanto, ir até lá para receber o pagamento. O 
próprio artigo 327 estabelece esse princípio, afirmando que 
“As partes podem transformar uma dívida portável em quesível, por estipulação 
expressa ou tácita entre as partes. 
Exemplo: uma dívida está estipulada para ser paga no domicílio do credor; 
porém, se o credor for cobrar a dívida na casa do devedor, transforma a natureza 
do local de recebimento 
O local do pagamento é importante para caracterizar a mora. Assim, se a 
prestação deve ser cumprida no domicílio do credor e o devedor não comparece, 
incide em mora. Porém, se o credor não comparece no domicílio do devedor 
para receber a dívida quesível, não há mora, já que não há culpa por parte do 
devedor. 
O artigo 328 do Código Civil estabelece que o pagamento, se consistir na compra 
e venda de imóvel, far se-á no lugar onde o imóvel se encontra. 
Os artigos 329 e 330 que determinam: "Ocorrendo motivo grave para que não 
se efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, 
sem prejuízo para o credor. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz 
presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato" 
DO TEMPO DO PAGAMENTO 
A importância do tempo do pagamento está no fato de que a obrigação só é 
exigível quando da ocorrência do termo final, isto é, do vencimento; nenhuma 
dívida pode ser reclamada antes do vencimento, pois não existe dívida antes de 
vencida a obrigação. 
As obrigações se dividem em dois grupos, quanto ao tempo do pagamento: as 
obrigações com tempo certo e as sine die (sem tempo certo). 
a) Obrigações sem tempo certo– Devem ser pagas de imediato 
b) Obrigações com tempo certo- Quando as partes estabelecem data para o 
pagamento. Assim a obrigação deve ser cumprida no prazo sob pena de 
inadimplemento, face à impontualidade. 
Temos, porém, duas exceções: 
Antecipação do pagamento, por conveniência do devedor– quando o prazo 
houver sido estabelecido em seu favor. 
A antecipação do pagamento, por conveniência do devedor, ocorre porque há 
uma presunção relativa de que o prazo, nos contratos, sempre é estabelecido 
em favor do devedor (artigo 133 do Código Civil). 
Dessa maneira, o devedor pode abrir mão do prazo concedido, antecipando a 
prestação. O devedor só não tem essa benesse quando o prazo for estabelecido 
em favor do credor, pois esse último pode recusar a prestação até o dia do 
vencimento. 
Antecipação do vencimento por força da lei- Não pode o credor exigir a prestação 
antes do seu vencimento, já que o prazo, ordinariamente, é o benefício do 
devedor. A lei pode, porém, para resguardar direitos do credor, antecipar o 
vencimento da obrigação, conforme dispõe o artigo 333 do Código Civil. 
Essas hipóteses são excepcionais, apresentando o disposto em lei numeração 
taxativa. 
Inciso I : o credor pode cobrar desde logo sua dívida, se o devedor falir ou abrir 
o concurso de credores, isto é, se tornando insolvente. Isso porque o concurso 
não só demonstra a impontualidade do devedor como também que a dívida 
excede a importância dos bens do devedor (artigo 955 do Código Civil). Temos, 
portanto, o binômio impontualidade e insolvência do devedor.Inciso II: a cobrança antecipada pelo credor pode ocorrer se outro credor 
executar direitos reais de garantia. Nessa hipótese, o crédito está resguardado 
por bem certo e específico, dado em garantia pelo devedor. Isso garante ao 
credor preferência sobre outros no rateio de bens. É lógico, portanto, que, se 
antes de vencida a dívida um outro credor vier a penhorar o bem já dado em 
garantia, não deve o primeiro credor ter que aguardar o vencimento de seu 
prazo, sob pena de não lhe ser resguardado privilégio sobre a dívida. 
Inciso III: também haverá a antecipação da obrigação se as garantias que 
asseguram o débito cessarem, ou se tornarem insuficientes, e o devedor, uma 
vez intimado, negar-se a reforçá-las. Pode, portanto, o credor exigir reforço na 
garantia, para defender seus interesses. Com negativa do devedor, há o 
vencimento antecipado para não trazer maiores prejuízos ao credor 
• Formas especiais de pagamento 
 a obrigação será extinta, sem que seja cumprido nos termos em que foi 
pactuado 
1. Pagamento em consignação(art.334 a 345)-Ex: quando um locatário morre e 
pod cobranças e pagar aos herdeiros. Ex: conta de luz vence hoje e observou 
que tinha indevidas, não paga e recebe juros mesmo q tenha taxas indevidas. 
Questão de prova: somente o devedor pode pagar a dívida? Não, o terceiro 
interessado e não interessado também. O pagamento em consignação não é útil 
apenas em pecúnia(bancos oficiai) em locais que não tem banco público pode 
ser privado, pode ser outras formas também, de dar coisa, judicialmente. O 
Extrajudicialmente o credor vai ser notificado em até 10 dias para dizer se 
concorda ou não com o depósito podendo(silenciar(anuência), concordar, não 
concordar ou concordar com ressalvas) 
A consignação é um dos meios pelo qual o devedor vai exercer o seu direito de 
pagar, na medida em que pagar não é só um dever, mas é um direito também. Por 
exemplo: Imaginem que o locador morreu e o inquilino desconhece seu herdeiro, 
deve então consignar o aluguel para evitar a mora e o despejo. 
Art. 335.A consignação tem lugar: O pagamento por consignação consiste, em 
regra, no depósito judicial ou bancário da coisa devida, realizada pelo devedor nas 
hipóteses do art. 335 do CC. Este artigo é taxativo), não é exemplificativo, de modo 
que não há outras possibilidades de consignação. 
 I- Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar 
quitação na devida forma; 
 II- Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição 
devidos; 
III- se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou 
residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
IV- Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do 
pagamento; 
V-Se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
Outro detalhe importante: só existe consignação nas obrigações de dar, pois não 
se pode depositar um serviço (obrigação de fazer) ou uma omissão (obrigação de 
não-fazer). Pode ocorrer em duas modalidades: 
1. Depósito bancário- o art. 334, CC, autoriza que o devedor ou terceiro realizem o 
depósito em estabelecimento bancário oficial. 
a. Bancos oficiais são os bancos múltiplos com carteira comercial e os bancos 
comerciais federais e estaduais e a Caixa Econômica Federal, conforme Resolução 
n. 2.814/01, BACEN. 
b. Nas localidades onde não houver estabelecimento oficial o depósito pode ser 
realizado em instituições bancárias privadas. 
c.O depósito deve ser realizado na localidade designada como lugar do pagamento 
(art. 337, CC). 
d. Por meio de carta com aviso de recebimento a instituição bancária cientificará o 
credor, concedendo-lhe dez dias para a declaração de recusa. Não se 
manifestando, presume-se que aceitou. Recusando o depósito o consignante 
deverá propor a respectiva ação no prazo de trinta dias, instruindo-a com o 
comprovante do depósito e com a recusa do credor. Caso a ação não seja proposta, 
o depósito fica sem efeito e o consignante poderá levantá-lo. 
2. Depósito judicial- o art. 334, CC, também autoriza o depósito judicial que se fará 
por meio da ação de consignação que deve ser ajuizada no lugar do pagamento. 
a. A ação de consignação em pagamento tem natureza declaratória 
b. Se não houve depósito bancário prévio, o consignante deverá depositar o objeto 
do pagamento no prazo de cinco dias contados do deferimento. 
c. Sendo o objeto da obrigação composto por prestações periódicas, devem ser 
elas depositadas a medida que forem se vencendo. 
d. A mora do devedor por si não impede a consignação se isso ainda não provocou 
consequências irreversíveis e o pagamento ainda é útil ao credor. 
e. Tratando-se de coisa incerta, sendo do credor a escolha, antes de proceder o 
depósito o devedor deve dar oportunidade para o credor realizar a concentração 
(art. 342, CC). 
f. O devedor poderá fazer o levantamento do depósito realizado se a ação for 
julgada improcedente ou se o credor não declarar que a aceita ou não contestar o 
pedido (art. 338, CC), caracterizando desistência da ação. 
g. Após a aceitação ou contestação do pedido o devedor só poderá fazer o 
levantamento com anuência expressa do credor (art. 340, CC). 
São efeitos jurídicos do pagamento em consignação: 
1. O depósito por si não constitui pagamento, nem tem efeito de liberar o devedor e 
extinguir a obrigação. 
2. O depósito não provoca a transferência de domínio. Esta apenas ocorrerá quando 
o credor fizer o seu levantamento ou houver trânsito em julgado da procedência da 
ação de consignação. 
3. Para que a consignação tenha força de pagamento é preciso que seja realizada 
observando as pessoas, o objeto modo e o tempo ajustados para o pagamento da 
obrigação (art. 336, CC). 
2. Pagamento em sub-rogação(arts. 346 a 351,CC)- forma de extinção da 
obrigação por substituição do sujeito. Dias hipóteses quando uma terceira 
pessoa paga para um devedor ou quando fornece um meio para o 
pagamento(ex: emprestar dinheiro para pagar algo), continua nos mesmos 
termos, gera a extinção da obrigação para o credor originário, nasce uma 
obrigação com outro credor. 
Apalavra sub-rogação vem do latim sub-rogatio, de sub-rogare e significa 
“substituir”, “passar para outrem”. Sub-rogar é substituir o credor, de modo que o 
pagamento por sub-rogação se assemelha à cessão de crédito por se tratar da 
substituição da pessoa do credor (348). A sub-rogação como é a transferência dos 
direitos do credor para aquele que solveu a obrigação, ou emprestou o necessário 
para solvê-la. Tem-se que, os direitos que tinha o credor passam para aquele que, 
em lugar do devedor, efetuou o pagamento, continuando o vínculo obrigacional 
entre devedor e aquele que substituiu o credor. Ex: A deve cem a B, mas C resolve 
pagar essa dívida, então B vai se satisfazer e Avai passar a dever a C. Via de regra 
não há prejuízo para o devedor que passa a dever a outrem. 
Os doutrinadores divergem no que concerne à natureza jurídica da sub-rogação, 
entendendo uns tratar-se de uma cessão de crédito; outros, de um instituto 
autônomo. Na cessão de crédito, embora haja verdadeira substituição de pessoas, 
como acontece na sub-rogação, a transferência se dá antes da liquidação da 
dívida, ocasião em que o cessionário passa a ser o sucessor, por ato entre vivos, do 
cedente. Na sub-rogação a substituição de pessoa se dá depois de efetuado o 
pagamento da obrigação, quando um terceiro paga a dívida vencida no lugar do 
devedor, ficando, por isso, com os direitos do credor, a quem pagou. 
Efeitos da sub-rogação: 
1) satisfativo em relação ao credor primitivo. O credor primitivo vai se satisfazer com 
o pagamento feito pelo terceiro, mas a obrigação permanece para o devedor; a sub-
rogação não extingue a dívida; 
2) translativo: o novo credor vai receber todas as vantagens e direitos do credor 
primitivo, desde que o pagamento tenha sido feito por sub-rogação

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