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Quais são as sanções previstas no ECA?
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê diversas sanções para garantir a proteção dos 
direitos da criança e do adolescente. Essas sanções podem ser aplicadas a diferentes atores, como 
pais, responsáveis, profissionais e instituições, que violem os direitos previstos na lei. O sistema de 
sanções do ECA foi desenvolvido com base em princípios de proporcionalidade e razoabilidade, 
considerando tanto a gravidade da infração quanto as circunstâncias específicas de cada caso.
As sanções previstas no ECA visam punir as infrações e garantir a responsabilização dos infratores, 
além de promover a ressocialização e a reparação dos danos causados. É importante destacar que o 
ECA prioriza medidas que promovam a reintegração familiar e social, buscando evitar a criminalização 
da criança e do adolescente. O estatuto estabelece um sistema progressivo de sanções, começando 
com medidas mais brandas e aumentando a severidade conforme a gravidade da infração.
O processo de aplicação das sanções segue um rigoroso protocolo legal, garantindo o direito ao 
contraditório e à ampla defesa. Além disso, todas as medidas devem ser aplicadas considerando o 
melhor interesse da criança e do adolescente, conforme estabelecido pela Constituição Federal e 
tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.
Admoestação: É uma advertência formal, aplicada por escrito, geralmente a pais ou responsáveis, 
quando a infração não é grave. Serve como um alerta para que a conduta seja corrigida e os 
direitos da criança sejam respeitados. A admoestação deve ser feita em audiência específica, com a 
presença do Ministério Público, e fica registrada para fins de eventual reincidência.
1.
Multa: Aplicada em casos de infrações mais graves, como a exploração do trabalho infantil ou a 
negligência, pode ser aplicada a pais, responsáveis, empresas e instituições. O valor da multa varia 
de acordo com a gravidade da infração e a capacidade econômica do infrator. Os recursos 
provenientes das multas são destinados ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente.
2.
Prestação de serviços à comunidade: Uma forma de responsabilização que visa a reparação do 
dano causado, através da realização de tarefas em benefício da comunidade, como em escolas, 
hospitais ou creches. Esta medida tem duração máxima de seis meses e deve ser cumprida em 
jornadas não superiores a oito horas semanais, sem prejuízo da frequência escolar ou trabalho.
3.
Internação: Em casos de infrações graves, como homicídio ou tráfico de drogas, o adolescente 
pode ser encaminhado para internação, em regime fechado, em unidades de internação 
socioeducativa. A internação é aplicada como medida de última instância e deve ser acompanhada 
por programas educativos e de ressocialização. O período máximo de internação é de três anos, 
com reavaliações periódicas a cada seis meses.
4.
Perda ou suspensão do poder familiar: Aplicada em casos extremos, quando os pais ou 
responsáveis cometem infrações graves contra seus filhos ou tutelados. Esta medida visa proteger 
a criança ou adolescente de situações de risco, abuso ou negligência severa.
5.
Proibição temporária de funcionamento: Sanção aplicada a estabelecimentos que descumpram as 
normas de proteção à criança e ao adolescente. Pode ser parcial ou total, dependendo da 
gravidade da infração e do histórico do estabelecimento.
6.
Cassação de licença de funcionamento: Medida mais severa aplicada a estabelecimentos, 
resultando na proibição definitiva de suas atividades quando há graves violações aos direitos da 
criança e do adolescente.
7.

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