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Prof.: Marcos Aurélio Lopes da Silva 
e-mail: professormarcosaureliolopes@gmail.com 
CONCEITO DE PROCESSO 
Ação continuada, realização contínua e 
prolongada de alguma atividade; seguimento, curso, 
decurso. 
DIREITO MATERIAL X DIREITO PROCESSUAL 
 
DIREITO MATERIAL 
 
Direito material ou direito substantivo é o conjunto de 
normas que regulam os fatos jurídicos que se relacionam a bens e 
utilidades da vida, contrapondo-se, neste sentido, ao direito 
processual ou formal. 
DIREITO PROCESSUAL 
 
Direito processual (também conhecido como direito 
formal ou direito adjetivo) é, segundo diversos autores, aquele 
que trata do processo, ou seja, sequência de atos destinados a 
um fim, que vem a ser aquele identificado com o da jurisdição. 
 
RAMOS DO DIREITO PROCESSUAL 
PROCESSO CIVIL 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
PROCESSO CONSTITUCIONAL 
PROCESSO DO TRABALHO 
PROCESSO PENAL 
PRINCÍPIOS 
CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO 
A) PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA 
 
A independência pode ser da instituição judiciária 
ou do juiz, pessoa física. A primeira prevista no art. 
2º da CF. A segunda , no art. 95, também da CF. 
Por independência devemos entender a ausência 
de sujeição a ordens ou diretrizes de outros poderes ou 
órgãos, internos ou externos. A independência atua 
como garantia da imparcialidade do juiz, servindo, assim, 
para legitimá-lo diante das partes, sobretudo no caso em 
que o Estado é parte. 
 
B) PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE 
 
A imparcialidade não está prevista diretamente na 
CF, mas está implícita na independência que é, uma 
garantia da imparcialidade. Significa a eqüidistância 
do juiz das partes e seus interesses no processo que 
atua. 
C) PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL (DEVIDO PROCESSO 
LEGAL) 
 
Significa três coisas: 
1) Que a instituição dos órgãos jurisdicionais 
(juízos e tribunais) deve ser anterior ao fato 
motivador de sua atuação; 
2) Que a competência dos órgãos seja determinada 
por regra geral; 
3) E, finalmente, que a designação dos juízes seja 
feita com base em critérios gerais estabelecidos por 
lei ou procedimentos fixados em lei. 
Este princípio está previsto na CF, art. 5º, incisos 
XXXVII e LII. 
D) PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE DA JURISDIÇÃO 
PELO JUDICIÁRIO. 
 
Em tese, significa que nenhum conflito pode ser 
excluído da apreciação do Judiciário, sendo a função 
jurisdicional, preponderantemente do Poder Judiciário 
(CF art. 5º, XXXV), e em casos excepcionais pelo Poder 
Legislativo (CF, art. 52, I), e por árbitros (Lei nº 9.307, 
de 23.09.1996) 
E) PRINCÍPIO DA INÉRCIA. 
 
Significa que o processo não pode ser iniciado pelo 
Juiz. Visa resguardar a imparcialidade do Juiz. Não 
tem fundamento direto na CF. Deriva dos princípios da 
independência e do acesso à justiça. É o oposto do 
princípio inquisitivo, em que o Juiz tem a iniciativa. 
(CPC, art. 2º). 
 
F) PRINCÍPIO DO ACESSO À JUSTIÇA. 
 
É a possibilidade assegurada a todos pela CF de 
acudir aos órgãos do Poder Judiciário para pedir a 
proteção jurisdicional do Estado. (CF art. 5º XXXV). 
 
G) PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. 
 
Não basta às partes terem o direito de acesso ao 
Judiciário. Para que o socorro jurisdicional seja efetivo é 
preciso que o órgão jurisdicional seja efetivo é preciso que 
o órgão jurisdicional observe um processo que assegure o 
respeito aos direitos fundamentais, o devido processo 
legal (CF, art. 5º, LIV). 
H) PRINCÍPIO DA IGUALDADE. 
 
 Deriva do princípio do devido processo legal. É a 
aplicação ao processo de igualdade forma. De fato, se 
todos são iguais perante a lei, com maior razão perante o 
juiz, que é um concretizador da lei (CF, art. 5º, I). 
 
I) PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO. 
 
É uma exigência da estrutura dialética do 
processo. Diz respeito as relações entre as partes. Seu 
pressuposto é a idéia de que a verdade só pode ser 
evidenciada pelas teses contrapostas das partes. Está 
consagrado no art. 5º, LV, da CF. 
 
J) PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA. 
 
Refere-se às relações entre as partes e o juiz. 
Significa que as partes têm o poder de reagir, imediata e 
eficazmente, contra atos do juiz violadores de seus 
direitos. Está previsto no art. 5º, inciso LV, da CF. 
K) PRINCÍPIO DA LIBERDADE DA PROVA. 
 
Todos os meios de prova são admissíveis no 
processo, salvo as provas obtidas por meios ilícitos. (CF, 
art. 5º, LVI). 
 
L) PRINCÍPIO DA TEMPESTIVIDADE DA PRESTAÇÃO 
JURISDICIONAL. 
 
Significa que as partes têm a direito a um 
processo sem dilações indevidas. Repousa na idéia de 
que justiça tardia é negação da justiça. Daí o direito 
das partes a uma decisão de um prazo razoável. (CPC, 
art. 4º e CF, art. 5º, LXXVIII). 
M) PRINCÍPIO DA ORALIDADE 
 
A oralidade se refere à forma de expressão dos 
atos processuais. Neste sentido, significa que os atos 
processuais se desenvolvem conforme um sistema 
predominantemente oral. Da oralidade derivam os 
seguintes subprincípios: 
 
 Concentração: É a decorrência lógica do sistema 
oral. Com efeito, se a atividade processual 
desenvolve-se oralmente, é necessário que os atos 
que a compõem realizem-se em uma ou em poucas 
audiências próximas, para que não desapareçam da 
memória do juiz. 
 
 Imediação: É outra decorrência do sistema oral. 
Traduz-se na necessidade de o juiz manter relação 
direta e imediata com os meios de prova e com o 
material fático em geral. 
 
 Identidade física do juiz: Se as provas são 
produzidas oralmente, só o juiz que assistiu o debate 
está em condições de tomar a decisão. 
N) PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE E ECONOMIA 
PROCESSUAL. 
 
Com efeito, se o processo é instrumento, isto é, se 
é meio para um fim, então os meios para alcançar o fim 
devem ser os mais eficientes e eficazes. Requisitos em 
que consiste a economia processual. 
 
O) PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE. 
 
Exigência do Estado Democrático fundado na 
soberania popular, à qual deve conformar-se a atividade 
jurisdicional desenvolvida pelo Judiciário. A publicidade 
tem duas direções: destina-se às partes e destinas-se ao 
público, e só esta última pode ser limitada por interesse 
público (CF, art. 93, IX). 
 
P) PRINCÍPIO DOS RECURSOS 
 
No Brasil, o direito ao recurso é garantia 
fundamental inerente à ampla defesa, expressão que 
inclui o direito de ação do autor e o de defesa do réu, 
como proclama a CF, no art. 5º, LV. 
P) PRINCÍPIO DOS RECURSOS 
 
No Brasil, o direito ao recurso é garantia 
fundamental inerente à ampla defesa, expressão que 
inclui o direito de ação do autor e o de defesa do réu, 
como proclama a CF, no art. 5º, LV. 
 
Q) PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO. 
 
O juiz é intérprete e aplicador da lei aos casos 
concretos. por isso, tem que motivar sua decisão. não 
o fazendo, pratica ato arbitrário, contrário ao direito. as 
partes têm direito fundamental à motivação das decisões 
judiciais, implícito no direito à tutela jurisdicional. não 
basta indicar o dispositivo legal. É preciso argumentar, 
isto é, justificar por que o está aplicando. A motivação é 
imperativo constitucional previsto no art. 93, IX, da CF. 
 
R) PRINCÍPIO DA COISA JULGADA. 
 
É um meio para assegurar a efetividade das 
decisões judiciais, que se tornam imodificáveis quando 
não sejam mais susceptíveis de recursos. 
S) PRINCÍPIO DA JUSTIÇA GRATUITA. 
 
É manifestação da igualdade material no processo. 
O direito à prestação jurisdicional ficaria vazio de 
conteúdo se os carentes de recursos não recebessem 
ajuda do Estado para obter proteção de seus direitos. A 
garantia está inserida nos arts. 5º, LXXIV, e 134, da 
CF, e ainda art. 98 do CPC. 
 
T) PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. 
 
É um princípio relativo ao processo penal. 
Resume-se na idéia básica de que os acusados de ilícitos 
penais são considerados inocentes até o trânsito em 
julgado da respectiva sentença penal condenatória (CF, 
art.5º, LVII). 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
PARTE GERAL 
LIVRO I 
 DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS 
TÍTULO ÚNICO 
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS 
CAPÍTULO I 
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 
Art. 1oO processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado 
conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na 
Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as 
disposições deste Código. (DEVIDO PROCESSO LEGAL) 
Art. 2oO processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por 
impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. (INÉRCIA) 
Art. 3oNão se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a 
direito. (EXCLUSIVIDADE DO PODER JUDICIÁRIO) 
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. 
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução 
consensual dos conflitos. 
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução 
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, 
advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, 
inclusive no curso do processo judicial. 
Art. 4oAs partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução 
integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. (TEMPESTIVIDADE) 
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve 
comportar-se de acordo com a boa-fé. (BOA FÉ) 
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para 
que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
(BOA FÉ) 
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao 
exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos 
ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao 
juiz zelar pelo efetivo contraditório. (IGUALDADE) 
Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins 
sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a 
dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a 
razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. (VÁRIOS) 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela 
seja previamente ouvida. (CONTRADITÓRIO) 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I - à tutela provisória de urgência; 
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II 
e III; 
III - à decisão prevista no art. 701. 
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com 
base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes 
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual 
deva decidir de ofício. (CONTRADITÓRIO) 
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão 
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. 
(PUBLICIDADE e MOTIVAÇÃO) 
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser 
autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, 
de defensores públicos ou do Ministério Público. 
Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à 
ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão 
§ 1
o
 A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição 
para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores. 
§ 2
o
 Estão excluídos da regra do caput: 
I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência 
liminar do pedido; 
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em 
julgamento de casos repetitivos; 
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas 
repetitivas; 
IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; 
V - o julgamento de embargos de declaração; 
VI - o julgamento de agravo interno; 
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça; 
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal; 
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão 
fundamentada. 
§ 3
o
 Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões 
entre as preferências legais. 
§ 4
o
 Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1
o
, o requerimento formulado pela 
parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da 
instrução ou a conversão do julgamento em diligência. 
§ 5
o
 Decidido o requerimento previsto no § 4
o
, o processo retornará à mesma posição em 
que anteriormente se encontrava na lista. 
§ 6
o
 Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1
o
 ou, conforme o caso, no § 3
o
, o 
processo que: 
I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização 
de diligência ou de complementação da instrução; 
II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II.

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