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Como monitorar os pacientes durante a 
terapia?
O monitoramento dos pacientes durante a terapia com bonecas é fundamental para garantir a 
segurança e a eficácia da intervenção. É preciso observar atentamente as reações do paciente à 
presença da boneca, registrando qualquer mudança comportamental, emocional ou física. Este 
monitoramento deve ser realizado de forma sistemática e contínua, envolvendo toda a equipe de 
cuidados e utilizando instrumentos de avaliação padronizados quando possível.
Reações emocionais: observar se a terapia está promovendo bem-estar, reduzindo o estresse e a 
ansiedade, ou se o paciente apresenta reações negativas, como irritabilidade, agitação ou medo. É 
importante notar mudanças no humor ao longo do dia, expressões faciais, tom de voz e linguagem 
corporal durante a interação com a boneca.
Interação com a boneca: verificar se o paciente demonstra interesse pela boneca, se a utiliza de 
forma adequada, se a abraça, conversa com ela ou a cuida como se fosse um bebê real. Observe 
também padrões de apego, rituais desenvolvidos com a boneca e como o paciente se refere a ela 
(por nome, como filho/filha, etc.).
Mudanças comportamentais: identificar se a terapia está auxiliando na redução de 
comportamentos desafiadores, como agitação, delírios, alucinações, agressividade ou 
comportamentos repetitivos. Monitore também mudanças na socialização com outros pacientes e 
equipe, participação em atividades diárias e capacidade de seguir rotinas.
Condições físicas: monitorar a saúde do paciente durante a terapia, observando qualquer sinal de 
desconforto, dor, alterações no sono, apetite ou mobilidade. Acompanhe também sinais vitais 
quando necessário, nível de energia e disposição para atividades.
Aspectos cognitivos: avaliar possíveis impactos na orientação temporal e espacial, memória 
recente e remota, capacidade de comunicação e tomada de decisões simples relacionadas aos 
cuidados com a boneca.
Interação social: observar como a presença da boneca afeta as relações do paciente com 
familiares, outros residentes e equipe de cuidados, notando se há aumento na frequência e 
qualidade das interações sociais.
É importante registrar as observações de forma clara e objetiva, descrevendo o comportamento do 
paciente durante a interação com a boneca, bem como qualquer alteração em seu estado físico ou 
emocional. Essas informações são essenciais para avaliar a eficácia da terapia e para ajustar a 
intervenção, se necessário.
O monitoramento deve ser realizado em diferentes momentos do dia e em várias situações, como 
durante as refeições, atividades em grupo, momentos de descanso e visitas familiares. Isto permite 
uma avaliação mais completa do impacto da terapia na rotina do paciente. Recomenda-se também 
realizar avaliações periódicas mais estruturadas, utilizando escalas de avaliação comportamental e 
funcional específicas para pacientes com demência.
A frequência e intensidade do monitoramento podem ser ajustadas de acordo com a resposta 
individual do paciente à terapia, sendo mais intensivo no início do tratamento ou quando houver 
mudanças significativas no quadro clínico. É fundamental manter uma comunicação efetiva entre 
todos os membros da equipe de cuidados para garantir a consistência nas observações e intervenções.

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