Sociologia 2

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Professor Tiago Palma 
Sociologia E Política 
Trata-se do processo social por meio do qual os agrupamentos humanos, nos mais diferentes contextos históricos e geográficos e sistemas sociais, organizam:
formas de mediação de conflitos e controvérsias;
procedimentos de tomada de decisões públicas;
exercício do poder.
Vamos analisar cada um desses aspectos.
O que é política
A política envolve práticas criadas pelas sociedades para mediar situações de disputas e conflitos entre seus membros, e destes com suas instituições, de modo que não haja rompimento do grupo.
Ex.: Audiências Públicas são espaços onde pessoas, grupos e entidades manifestam posicionamentos e debatem temas que podem gerar impactos na sociedade e em suas vidas. 
Política e a dimensão dos conflitos
A política abrange, também, práticas e procedimentos criados pelas sociedades para organizar os processos de tomada de decisão sobre temas e questões de interesse público e coletivo.
Ex.: os parlamentos, como o Congresso Nacional, são espaços onde representantes do povo debatem e tomam decisões, criando leis sobre temas que impactam a sociedade.
Política e a dimensão decisória
A política diz respeito, por fim, à forma como as sociedades definem quem tomará as decisões públicas e coletivas e as executará, ou seja, quem terá o poder para decidir. 
Ex.: em alguns países, o presidente possui atribuições que lhe conferem status de autoridade máxima, mas não absoluta no processo decisório de medidas que impactam os cidadãos.
Política e a dimensão do poder
Essa é, basicamente, a definição de poder de Max Weber, que também define política como “a participação no poder ou a luta para influir na distribuição de poder, seja entre Estados ou entre grupos dentro de um Estado” (WEBER, 2010, p. 56).
Mas não são apenas os políticos “profissionais” que participam do poder e da política. Weber (2010, p. 59) também lembra que todos nós exercitamos a política quando votamos nas eleições, participamos de uma reunião para discussão e deliberação acerca de assuntos comuns ou apenas quando expressamos as nossas posições a respeito. A política também faz parte do cotidiano.
Poder para Max Weber
Em linhas gerais:
Em um tipo de organização das instituições políticas da sociedade;
Detém autoridade para o emprego legítimo do poder, amparada pela lei e pela capacidade de utilizar a força;
Exerce o domínio sobre um determinado território;
Definição de Estado
Tem como objetivo a promoção do bem comum para as pessoas que nele vivem;
Tem características próprias, conforme o contexto histórico.
Assim, podemos compreender que o Estado é constituído pelos seguintes elementos: povo, território, soberania e governo. Vamos entender cada um desses elementos?
POVO
TERRITÓRIO
ESTADO
GOVERNO
SOBERANIA
Pessoas que vivem dentro dos limites de uma organização política, jurídica e administrativa e que nele estabelecem um vínculo jurídico. Possuem direitos e deveres comuns e se consideram parte de uma nação por partilharem um sentimento de pertencimento e uma identidade nacional.
Elementos constitutivos do Estado
POVO
Elementos constitutivos do Estado
Espaço geográfico no qual se delimitam as fronteiras (inclusive marítimas, aéreas, subsolo) de um país, dentro do qual o Estado exerce o poder e é reconhecido por outros.
TERRITÓRIO
Representação regular de políticas, decisões e assuntos de Estado por parte dos funcionários que compõem um mecanismo político de um determinado território.
Elementos constitutivos do Estado
GOVERNO
GOVERNO
Elementos constitutivos do Estado
Trata-se do poder que tem o povo de se organizar jurídica e politicamente e de fazer valer no seu território as suas decisões (autodeterminação). Esse poder é inerente ao Estado, enquanto expressão dessa forma de organização.
SOBERANIA
Antes de avançarmos no assunto, vamos refletir sobre o nosso direito à educação, como cidadãos brasileiros. Para podermos aprender, precisamos de:
Que as regras sejam cumpridas para viabilizar a oferta de ensino para todos
Regras que orientem o que ensinar e como os recursos devem ser aplicados
Que haja acompanhamento da aplicação das regras para evitar problemas
Para isso, o Estado executa atividades administrativas e pedagógicas.
Para isso, o Estado cria leis e normas, como a LDB e a BNCC, por exemplo.
Para isso, o Estado fiscaliza e julga o cumprimento das leis.
Essas funções do Estado são definidas como executiva, legislativa e judiciária, que consistem em:
ESTADO
Função 
EXECUTIVA
Função 
LEGISLATIVA
Função 
JUDICIÁRIA
Execução das leis no âmbito da administração pública.
Prestação de bens e serviços para atender às necessidades coletivas.
Caráter permanente, estável, indisponível e técnico.
Elaboração, revisão e inovação do conjunto de leis da sociedade.
Regras e normatização do funcionamento do Estado.
Acompanhamento da aplicação das leis.
Tomada de decisões jurídicas. 
Apreciação do direito e da legalidade de ações individuais e institucionais.
Nas experiências de organização do Estado na Europa, entre meados dos séculos XV e XVIII, as funções estatais costumavam ser concentradas nas monarquias. 
Reis e rainhas detinham a soberania total, ou seja, o poder para administrar, legislar e julgar em seus territórios. 
Foi o caso do Estado Absolutista, sendo um dos expoentes a França de Luis XIV, que governou entre 1643 e 1715.
Saturn is a gas giant and has several rings. It's made of hydrogen
Neptune is the fourth-largest object by diameter in the Solar System 
OUR GOALS
VISION
MISSION
Com o tempo, mudanças políticas e sociais impulsionaram outras formas de organização das funções do Estado. Movimentos como o liberalismo, críticos ao excesso de poder concentrado em um ou poucos sujeitos, deram origem à perspectiva de separação das funções em três poderes: poder executivo, poder legislativo e poder judiciário.
Para Montesquieu, a separação das funções do Estado em três poderes criaria um sistema de pesos e contrapesos, evitando acúmulos, desequilíbrios e abusos de um poder sobre o outro.
A separação dos poderes em Montesquieu
“Tampouco existe liberdade se o poder de julgar não for separado dos Poderes Legislativo e Executivo. Se estivesse unido ao Poder Legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz seria legislador. Se estivesse unido ao Poder Executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor.” (MONTESQUIEU, 2000. p. 168)
A separação das funções do Estado 
em três poderes distintos, independentes e harmônicos entre si, implica que cada um teria autonomia para exercer sua função, mas seria controlado pelos outros, reciprocamente, com o objetivo de evitar abusos por qualquer dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Sistema de pesos e contrapesos
A partir do século XIX, a maioria dos países adotou, de forma variada e em tempos diferentes, mecanismos políticos e institucionais que impuseram limitações ao poder do soberano, baseados, principalmente, no sistema de pesos e contrapesos, que perduram até hoje, como é o caso do Brasil.
Constituição da República Federativa do Brasil
1988
Art. 2º 
São Poderes da União, independentes e harmônicosentre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
No esboço a seguir, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa projetaram o que hoje é a Praça dos Três Poderes em Brasília, centro político do Estado brasileiro, representando as três funções estatais fundamentais:
Palácio do Planalto
Sede do Poder Executivo
Congresso Nacional
Sede do Poder Legislativo
Supremo Tribunal Federal
Sede do Poder Judiciário
Como se dá a relação entre os poderes no Brasil?
PODER EXECUTIVO
Apresenta projetos de lei e edita medidas provisórias (MPs);
Veta projetos de lei aprovados pelo Legislativo;
Indica ministros dos tribunais superiores.
PODER JUDICIÁRIO
Pode anular os atos dos demais poderes em casos de inconstitucionalidade ou ilegalidade.
PODER LEGISLATIVO
Aprova ou rejeita os projetos de lei e as MPs do Executivo;
Pode derrubar vetos;
Julga o presidente da República e os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Sistema de pesos e contrapesos no Brasil
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