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Atletismo

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Joyce Cardosa

em

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

(IMA-2016). Sobre as corridas de revezamento no atletismo é correto afirmar, EXCETO:

A) O bastão deve ser mantido na mão durante toda a corrida.
B) O bastão deve ser transmitido de mão em mão, onde o atleta conseguir passar.
C) Se o bastão cair, o atleta deve pegá-lo de volta.
D) É o bastão que é cronometrado, e não o corredor.

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Questões resolvidas

(IMA-2016). Sobre as corridas de revezamento no atletismo é correto afirmar, EXCETO:

A) O bastão deve ser mantido na mão durante toda a corrida.
B) O bastão deve ser transmitido de mão em mão, onde o atleta conseguir passar.
C) Se o bastão cair, o atleta deve pegá-lo de volta.
D) É o bastão que é cronometrado, e não o corredor.

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1
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS 
DO ENSINO DE ATLETISMO
Prof. Esp. Eduardo Torres Ribeiro
2
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS 
DO ENSINO DE ATLETISMO
PROF. DR. EDUARDO TORRES RIBEIRO
3
 Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Me. Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Me. Cristiane Lelis dos Santos
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Profª. Elislaine Santos
 Profª Débora Rith Costa Teixeira
 Revisão Técnica: Prof. Dr. Victo Neiva Lavorato
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luiza Mendes Leite
 Lorena Oliveira Silva Portugal 
 
 Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Daniel Guadalupe Reis
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Eliza Perboyre Campos 
© 2023, Editora Prominas.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
4
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS 
DO ENSINO DE ATLETISMO
1° edição
Ipatinga, MG
Editora Prominas
2023
5
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes 
nas quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão 
do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar 
ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para 
determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, 
mostradas a seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
6
UNIDADE 1
UNIDADE 2
SUMÁRIO
1.1 ATLETISMO ESPORTE BASE................................................................................................................................................................................................................................................................10
1.2 O ATLETISMO NO BRASIL...................................................................................................................................................................................................................................................................13
1.3 CURIOSIDADES HISTÓRICAS...........................................................................................................................................................................................................................................................14
FIXANDO O CONTEÚDO .........................................................................................................................................................................................................................................................................20
2.1 CORRIDAS DE VELOCIDADE............................................................................................................................................................................................................................................................24
2.2 CORRIDAS DE MEIO FUNDO...........................................................................................................................................................................................................................................................32
2.3 CORRIDAS DE FUNDO.......................................................................................................................................................................................................................................................................33
2.4 MARCHA ATLÉTICA............................................................................................................................................................................................................................................................................35
 2.4.1 Técnica da marcha atlética...............................................................................................................................................................................................................................................36
FIXANDO O CONTEÚDO .........................................................................................................................................................................................................................................................................39
HISTÓRICO DO ATLETISMO
ATLETISMO CORRIDAS E MARCHA
UNIDADE 3
3.1 SALTO EM DISTÂNCIA........................................................................................................................................................................................................................................................................43
3.2 SALTO TRIPLO........................................................................................................................................................................................................................................................................................46
3.3 SALTO EM ALTURA..............................................................................................................................................................................................................................................................................47
3.4 SALTO COM VARA.............................................................................................................................................................................................................................................................................50
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................................................................................................................54
ATLETISMO SALTOS
UNIDADE 4
4.1 ARREMESSO DE PESO.........................................................................................................................................................................................................................................................................58
 4.1.1 Fases do Arremesso de Peso................................................................................................................................................................................................................................................60
 4.1.2 Técnicas para o Arremesso de Peso................................................................................................................................................................................................................................61
4.2 LANÇAMENTO DE MARTELO..........................................................................................................................................................................................................................................................62
 4.2.1com barreiras.
8. (Educopédia – 2019). Considere as afirmações:
I. Levando-se em conta que a prova de maratona possui 42,2 km (42.195 metros), a 
prova de meia maratona possui 21,1 km.
II. Qualquer prova com mais do que 42,2 Km é considerada uma ultramaratona.
Marque a alternativa correta:
a) Ambas as alternativas estão certas;
b) Ambas as alternativas estão erradas;
c) Só a alternativa II está correta, porque não existe meia maratona;
d) Só a alternativa I está correta, porque não existe prova mais longa do que uma 
maratona.
e) Só a alternativa II está correta, porque só existe a São Silvestre que é uma maratona 
com distância menor de 15 Km.
42
ATLETISMO - SALTOS
43
 Diferente das corridas, que são provas que na sua realização são feitos registros 
de marcas em relação ao tempo, nos saltos ocorre nas provas os registros de marcas 
de distância ou altura. Como também os saltos são modalidades do atletismo que 
possuem as mesmas provas para atletas do sexo masculino e feminino.
Os saltos no Atletismo são divididos em dois tipos, cada um com 2 modalidades. Saltos em 
que as marcas aferidas são as distâncias, salto em distância e salto triplo (Saltos Horizon-
tais), e saltos em que as marcas aferidas são as alturas, o salto em altura e o salto com 
vara (Saltos Vesticais).
FIQUE ATENTO
3.1 SALTO EM DISTÂNCIA
 Assim como outras provas do atletismo, as origens doas salto data-se da 
Antiguidade, com registros destas provas nos Jogos Olímpicos na Grécia antiga. Uma 
história contada sobre a realização desta prova, diz que um competidor espartano no 
ano 656 a.C. teria realizado um salto à distância de 7,05 metros, e que essa marca só foi 
igualada 2530 anos depois, por um irlandês chamado John Lane.
 O salto em distância é realizado após uma breve corrida para ganhar impulso, o 
atleta chega à tábua, que separa a pista da caixa de areia, o atleta deve saltar o mais 
longe possível. O Atleta não pode pisar na linha de impulsão que fica no ponto final da 
tábua de impulsão no momento do solto (queimar o salto). A marca deixada na areia 
é usada para medir o salto, sendo considerada a distância entre a linha de impulso e o 
ponto mais próximo da marcação na areia.
Figura 37: Pista - salto em distância
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 A dinâmica de funcionamento do salto em distância é de fácil compreensão, 
porém é uma prova que exige dos atletas a combinação de habilidades motoras, a 
coordenação, qualidades físicas, a velocidade e a força, para que os melhores resultados 
sejam alcançados nas quatro diferentes fases do salto:
 A Corrida de aproximação: fase em que o atleta adquire velocidade para 
impulsionar o salto. Ao mesmo tempo, também deve coordenar suas passadas para 
que pise no espaço correto da tábua e não queime o salto. A distância da corrida pode 
variar entre 10 passadas até mais de 20 passadas, respeitando o limite de 40 metros 
da pista. A técnica da corrida é semelhante à técnica da corrida de velocidade e a 
velocidade deve ser aumentada progressivamente até a tabua de impulsão.
44
 A Impulsão (Takecoff): corresponde ao momento de impulsão para o salto. Nessa 
fase, o atleta busca manter a velocidade horizontal decorrente da corrida e adquirir, 
também, velocidade vertical. Com isso, o salto é realizado em movimento angular 
parabólico que potencializa a distância saltada. Quanto maior for a velocidade de 
aproximação do atleta, e menor for o tempo de taekoff, maior será a distância do salto. 
A planta do pé deve fazer um contato com o solo rápido e ativo. O tempo do impulso 
deve ser minimizado através de uma flexão mínima da perna de impulso.
 O Voo (flutuação): essa fase define o estilo do salto, pois nela os atletas realizam 
técnicas complementares para aumentar a distância saltada. Entre os estilos estão, 
principalmente, os saltos grupado, arco e com passadas no ar, sendo este o de execução 
mais complexa. Também ocorre, nessa fase, a preparação para a queda.
 No salto grupado a perna livre é mantida na posição da fase de impulso, o tronco 
deve permanecer ereto e vertical. A perna de impulso está em constante movimento 
durante a maior parte do voo. A perna de impulso é fletida e lançada para frente e para 
cima perto da fase final de voo e ambas as pernas devem estender-se para frente na 
queda.
 No salto com arco, ocorre a extensão dorsal a perna livre baixa através da rotação 
da pelve que avança para frente. A perna de impulso deve estar paralela a perna livre 
e os braços devem vir de trás para frente.
 No salto com passada no ar ou tesoura, o atleta continua a fazer o movimento de 
corrida no ar, com movimento circular dos braços. O ritmo da passada da corrida de 
impulso não deve ser alterado. O movimento de corrida no ar deve terminar na queda 
com as duas pernas estendidas para frente.
45
 A Queda: parte final do salto, em que o atleta aterrissa, ainda buscando a maior 
eficiência do movimento. Nessa fase, portanto, deve-se projetar o corpo para frente, de 
modo favorecer que os pés toquem o solo na posição mais distante possível. Os braços 
devem ser puxados para trás e o quadril deve ser puxado par frente em direção ao 
ponto de contato com o solo, minimizando a perda de distância.
 Essas quatro fases descritas compõem o movimento do salto em distância como 
um todo. Por fim, após a realização do salto, ocorre a medição da distância obtida pelo 
atleta para, assim, ser mensurada a marca obtida.
 Em uma competição de salto em distância, a sequência dos saltadores é sorteada 
e geralmente, os atletas têm direito a 6 saltos por competição. Embora esse número 
varie conforme o regulamento das competições. Os três primeiros saltos podem ser 
usados para a definição dos 8 finalistas, que terão direito a mais três tentativas para 
definir o vencedor, que será aquele que obtiver a melhor marca em toda a prova. Além 
dessas observações, uma normativa importante é quanto à liberdade do atleta para 
incrementar seu salto com ações (grupado, arco e passadas no ar) que lhe permitam 
alcançar uma boa marca, desde que no momento da impulsão, o realize com um pé 
apenas.
 O Brasil sempre obteve bons resultados nessa prova, inclusive a primeira medalha 
de ouro na história do país em modalidades femininas, aconteceu com a saltadora 
Maurren Maggi, alcançando a marca de 7,04 metros, em 2008, nas Olimpíadas de 
Pequim.
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46
3.2 SALTO TRIPLO
 O salto triplo é uma combinação de três saltos sucessivos que terminam com a 
queda em uma caixa de areia. A prova inicia-se com uma corrida de impulso. Objetivo 
deste salto é atingir a maior distância possível, utilizando três impulsos durante o salto. 
 O salto triplo surgiu nos antigos Jogos Olímpicos, na Grécia, quando não existiam 
regras e os atletas podiam dar dois pulos e um salto, ou três passos e um salto durante 
a competição.
 Para realizar o salto triplo, executa-se o impulso inicial, uma passada saltada e 
um salto final. O comprimento do salto é medido a partir da tábua de impulsão até onde 
aterrissar o salto (caixa de areia). O segundo salto deve ser dado com a mesma perna 
que o primeiro. O terceiro salto deve ser dado com a perna contrária ao do primeiro 
e segundo saltos. O pé inativo não pode tocar o solo, não se pode, ao saltar, cair fora 
da pista ou da caixa de areia e o salto é considerado nulo, se alguma parte dos pés 
ultrapassar a tábua de impulsão. 
 O salto triplo é o resultado de uma combinação da força e da técnica. Os perigos 
de lesão surgem apenas naqueles atletas que consideram o salto triplo como um 
apêndice do salto em distância. A técnica moderna do salto triplo exige robustez e uma 
boa condição física, sendo o atleta do salto triplo um saltador versátil. Ele necessita 
de força de impulsão, resistência de impulsão e destreza em elevada medida, uma 
capacidade de sprint muito boa um forte sentido de equilíbrio.Entre o salto em distância e o salto triplo existe uma relação estreita de 
movimentos. No salto triplo o objetivo da corrida de aproximação é a obtenção da 
velocidade ideal e a preparação para a impulsão. O melhoramento do recorde nos 
últimos anos deve-se principalmente, a uma corrida de balanço maior e mais rápida. A 
distância da corrida de aproximação depende da capacidade do atleta de atingir a sua 
velocidade ideal (velocidade máxima). Os saltadores que alcançam a sua velocidade 
máxima rapidamente necessitam de uma corrida de aproximação mais curta do que 
aqueles que têm menor poder de aceleração. Como regra de força aplica-se: atletas 
de alta competição 35 até 42 metros que compreendem 18 a 22 passadas de corrida 
de aproximação, jovens de 10 a 15 passadas. O tronco endireita-se gradualmente nas 
últimas passadas (preparação para a impulsão através do relaxamento).
 A impulsão é uma transição ativa da corrida para a fase de voo. É discutível com 
que perna se deve iniciar o Hop. Pode partir-se de uma força de impulsão aproximada 
de ambas as pernas, de forma que, em regra, a perna com maior propensão (a perna 
de impulsão no salto em comprimento) efetuará os dois primeiros saltos (Hop e Step), 
determinando-se assim 2/3 do rendimento total no salto triplo.
 Enquanto o 1° salto Hop é um salto o mais baixo possível e a perna de impulsão é 
47
movimentada rapidamente sob o corpo, através da qual o saltador garante uma maior 
velocidade horizontal possível. A queda dá-se através da antecipação extensa do pé 
de queda (perna de impulsão), a perna, neste caso, está quase esticada. O saltador 
continua nesta fase até atingir o solo. O centro de gravidade do corpo deve permanecer 
cerca de um pé atrás do pé da frente. A própria queda dá-se sobre a planta do pé.
 Os braços e a perna de balanço auxiliam através de uma oscilação intensa 
a impulsão para o 2º Salto Step é o que dá mais cuidados ao atleta do salto triplo. 
Os aumentos de rendimento também são atribuídos à extensão do Step. A perna de 
balanço é movimentada até a horizontal; os braços movimentam-se alternadamente 
ou simultaneamente. O tronco permanece também aqui direito. A perna de impulsão, 
primeiro esticada, é mais tarde fletida e o joelho da frente é levado até à altura da 
bacia. Uma extensão simultânea das pernas de balanço e de impulsão inicia a queda. 
O pé apoia-se sobre toda a planta; o centro de gravidade do corpo encontra-se mais 
ou menos sobre os calcanhares.
 A queda ativa no Step facilita a impulsão para o 3º salto O Jump, que é a única 
parte do salto triplo que pode ser designada como salto em distância, onde são possíveis 
a aplicação de todas as três variantes da técnica dele, o salto grupado, arco e com 
passadas no ar ou tesoura.
Figura 39: Salto triplo
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
3.3 SALTO EM ALTURA
 Não se sabe ao certo a origem do salto em altura, mas sabe-se que era praticado 
na Alemanha por volta do século XVIII, de uma forma diferente da que conhecemos hoje, 
O primeiro registro de um salto em altura data de 1854 e o primeiro evento da modalidade 
foi registrado no século XIX na Escócia, no qual a barra horizontal foi colocada até 1,68 
metro de altura. O esporte começou a ser praticado nas Olimpíadas durante os Jogos 
de Atenas, em 1896, onde o americano Ellery Clark foi o vencedor. Na busca pela melhor 
maneira de saltar fez do salto em altura a prova que mais sofreu modificações desde 
que começou a ser disputada, melhorando muito suas marcas.
 O objetivo no salto em altura é ultrapassar um sarrafo sem derrubá-lo, sem 
qualquer auxílio e com a impulsão de um só pé de apoio, se a impulsão ocorrer com os 
dois pés, o salto é anulado. Em uma competição oficial, a altura mínima a ser saltada 
é determinada pelos organizadores e juízes. Cada atleta escolhe com qual altura quer 
iniciar a competição e tem três chances de ultrapassá-la sem derrubar o sarrafo. A 
cada salto realizado com sucesso, o atleta pode definir qual a próxima altura que 
será saltada por ele. Geralmente há o incremento de três a cinco centímetros. Após 
três tentativas fracassadas, o atleta é eliminado da competição. Quem atingir a maior 
altura sem derrubar o sarrafo é o vencedor. No caso de empate, se dois ou mais atletas 
48
empatarem em uma altura final, os critérios para definir a melhor colocação são: o 
menor número de saltos na altura de empate e o menor número de saltos falhos ao 
longo de toda a prova. Uma exceção é aplicada caso o empate seja relativo ao primeiro 
lugar da prova. Nesse caso, aplica-se um salto extra para definir a melhor colocação.
 A barra horizontal, conhecida como sarrafo, é feita de fibra de vidro ou alumínio e 
possui aproximadamente quatro metros de comprimento. Geralmente circular, o sarrafo 
é sustentado por dois postes verticais que ficam posicionados entre a pista de corrida 
e o local da queda dos atletas, que é revestido por um material que visa amortecer a 
queda do saltador. A pista por onde o atleta corre tem aproximadamente 20 metros de 
comprimento. 
 Declara-se como nulo o salto em que o atleta encosta no sarrafo e o derrubar 
após o salto, tocar o solo no momento do salto de modo a adquirir vantagem e/ou 
tocar o sarrafo, o colchão ou as barras de suporte quando correr sem saltar. Dentre as 
três chances de salto, o atleta pode abortá-lo a qualquer momento e, a partir de então, 
começa-se a contar um minuto para que ele efetue uma nova tentativa. Caso o tempo 
estipulado seja ultrapassado, o salto será considerado nulo e o atleta perderá uma 
chance de saltar.
Figura 40: Salto em altura do atletismo
Fonte: Wikipédia (2022)
 Dentre as mudanças nas regras dessa modalidade, as mais significativas referem-
se às técnicas utilizadas para realizar os saltos, empreendidas por diferentes atletas ao 
longo da história do salto em altura. Mas, além dessas, podem ser citadas também 
alterações na área de queda (inclusão de colchão para melhor amortecimento) e nos 
calçados para prática da modalidade (proibição de calçados com solas de impulsão, 
molas ou similares). Apesar das mudanças muitos elementos das primeiras regras 
dessa modalidade se mantêm nas disputas atuais.
 As maneiras de saltar são variadas, entre elas pode-se citar as técnicas mais 
conhecidas:
 • Tesoura: essa técnica é utilizada como alternativa à técnica de impulsão com os 
dois pés juntos, que foi proibida para evitar que a modalidade se tornasse uma disciplina 
acrobática. Nela, o atleta deve levantar as pernas uma de cada vez, impulsionando-se 
para o salto com a perna externa (mais distante da estrutura do sarrafo).
 • Rolo ventral: também consiste na impulsão com a perna mais próxima à 
estrutura de salto, seguida da projeção da perna de fora por cima do sarrafo. Assim, o 
atleta a transpõe ventralmente, ou seja, circunda-a de frente durante a fase aérea do 
salto.
 • Fosbury flop: essa técnica, também conhecida como rolo dorsal, é 
majoritariamente utilizada pelos atletas atualmente. Ela consiste em um salto de 
49
cosas para o sarrafo, em que o atleta passa primeiro sua cabeça sobre ela, seguido 
dos ombros e das pernas, arqueando o corpo na fase aérea. Os melhores resultados 
foram obtidos com o salto fosbury flop, nome dado em homenagem ao seu criador, o 
americano Dick Fosbury, que usando essa técnica venceu a prova do salto em altura 
nos Jogos Olímpicos de 1968, na cidade do México.
Agora confira um pouco mais sobre Dick Fosbury o Americano que revolucionou 
a maneira de saltar em altura e fez história acessando o link a seguir, que mos-
tra uma matéria realizada pelo ge.globo sobre o assunto.
Disponível em: http://glo.bo/3dVXtak. Acesso em: 05 set. 2022.
BUSQUE POR MAIS
Figura 41: Salto tesoura/Salto rolo ventral/Salto fostbury flop
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Embora consista em uma ação humana fundamental (saltar), o salto em altura 
possui uma organização interna bastante complexa. Isso pode ser observado, por 
exemplo, a partir de suas regras e técnicas, descritas brevementeanteriormente.
 O salto em altura é dividido por diversas fases:
 CORRIDA DE APROXIMAÇÃO - A corrida de balanço é feita em forma de “J”, com 
uma primeira parte em reta (o atleta deve inclinar-se ligeiramente para frente para 
acelerar) e uma segunda parte em curva (o atleta deve inclinar-se para o lado de 
dentro da curva). A velocidade deve aumentar progressivamente durante a corrida até 
o atleta atingir uma velocidade ótima.
 CHAMADA - Na chamada o atleta deve fazer um apoio rápido e ativo do pé 
no solo, num movimento de patada. Esse apoio deve ser feito na linha da trajetória 
da corrida. No final da chamada o tronco deve estar ereto, a perna de impulsão em 
extensão completa e a coxa da perna livre deve subir até à horizontal.
 VÔO - Na primeira parte da fase de vôo (enquanto o atleta está subindo), a posição 
do final da chamada deve ser mantida e o braço do lado da perna livre é lançado para 
cima paralelamente ao sarrafo. Ao passar por cima do sarrafo o atleta deve arquear as 
costas e baixar as pernas e a cabeça, tentando ficar o mais descontraído possível.
 QUEDA - A queda é feita sobre as costas e o seu principal objetivo é evitar lesões.
http://glo.bo/3dVXtak
50
Figura 42: Salto em altura
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
3.4 SALTO COM VARA
 Há registros dessa modalidade sendo praticada desde os Jogos da Grécia Antiga, 
por cretenses e celtas, embora tenha origens atribuídas aos britânicos do século XVII.
 No início do século XX a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) se filiou 
à Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF). Isso resultou na 
participação do país em disputas internacionais de atletismo, incluindo as Olimpíadas 
e os Campeonatos Sul-Americanos. Com isso, atletas brasileiros foram ganhando 
destaques nas competições, a exemplo de Lúcio de Castro, que conquistou o sexto 
lugar em salto com vara nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1932.
 Essa modalidade já rendeu ao Brasil algumas medalhas nas disputas internacionais. 
Como exemplo podemos citar as conquistas de ouro Pan-Americano de Fábio Gomes 
da Silva, nos Jogos do Rio em 2007, assim como os bronzes conquistados em Caracas 
(1983), por Tomás Valdemar Hinthaus, e em Buenos Aires (1951), por Sinibaldo Gerbasi.
 Dentre esses atletas, mais recentes, destacam-se Thiago Braz, pela realização de 
saltos acima de 6 metros de altura, que conquistou o ouro e o recorde olímpico no salto 
com vara, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 e Fabiana Murer, única atleta feminina a 
conquistar um título mundial na disciplina.
Figura 43: Thiago Braz e Fabiana Murer
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
51
Agora confira um pouco mais sobre Thiago Braz o Brasileiro e seu salto com vara 
na Olimpíada do Rio que fez história acessando o link a seguir, que mostra uma 
matéria sobre o atleta e seu feito.
Disponível em: https://bit.ly/3fs0oHU. Acesso em: 05 set. 2022
BUSQUE POR MAIS
O salto com vara foi uma das últimas provas femininas a entrar no programa olímpico, em 
Sydney-2000, estreando ao lado do lançamento de martelo e oito anos dos 3.000 m com 
obstáculos, que só entraram em Pequim-2008. Atualmente é possível perceber a presença 
marcante das mulheres nas competições Olímpicas, mas historicamente as mulheres so-
freram preconceito e não só no esporte, foram travadas várias batalhas femininas até que 
as mulheres conseguissem ser o que são hoje... Pense e pesquise sobre a participação das 
mulheres nos esportes desde a era primitiva até a era moderna.
VAMOS PENSAR?
 No dia 17 de setembro de 2020 o sueco Mondo Duplantis estabeleceu um novo 
recorde mundial para a modalidade, atingindo a marca de 6,15 metros. Essa marca 
foi alcançada durante uma das etapas da Dimond League de atletismo, realizada em 
Roma. O recorde superado por Mondo foi estabelecido pelo ucraniano Sergey Bubka em 
31 de julho de 1994, com marca de 6,14 metros.
 O salto com vara é uma das provas do atletismo, onde o atleta deve saltar por 
cima de um obstáculo, que é chamado de sarrafo, utilizando uma vara. Seu objetivo 
é alcançar a maior altura possível, passando pelo sarrafo sem derrubá-lo. A pista em 
que o atleta inicia a preparação para o salto deve medir ao menos 45 metros, devendo 
apresentar o obstáculo ao final dessa distância. O sarrafo deve medir 4,5 metros de 
comprimento, podendo pesar no máximo 2,260 kg e devendo ser sustentado por duas 
traves laterais com regulagem de altura de fixação. Deve haver uma caixa de apoio, feita 
de metal ou madeira, imediatamente após o fim da pista de corrida, medindo 1 metro de 
comprimento, 60 centímetros de largura e 15 centímetros de proximidade em relação 
ao obstáculo. Cada atleta possui três tentativas para saltar as alturas determinadas 
pelos árbitros. Contudo, podem se recusar a saltar uma determinada altura e esperar 
outra mais elevada. Caso o atleta não consiga superar o obstáculo após suas três 
tentativas é eliminado da disputa. O mesmo ocorre caso derrube o sarrafo durante as 
tentativas. Em caso de empate, o número menor de tentativas na altura em questão 
é utilizado como critério de desempate, definindo assim o vencedor. Entretanto, caso 
não seja suficiente para defini-lo, o segundo critério é o número menor de tentativas 
durante toda a disputa.
 Para sua realização o atleta inicia uma corrida em uma pista de 45 metros até 
chegar ao obstáculo, carregando a vara para o salto, cujo tamanho é variável conforme 
sua estatura. Então, apoia sua vara no solo e se impulsiona para passar por cima do 
sarrafo (barra horizontal apoiada em dois postes), e cair do outro lado. Se conseguir, a 
altura aumenta e o atleta possui três novas tentativas para saltá-la.
 Sendo assim, podemos dividir o salto com vara nas seguintes fases:
 Corrida: corresponde ao momento em que o atleta se desloca até o obstáculo a 
https://bit.ly/3fs0oHU
52
ser saltado e se prepara para o salto. Desse modo, essa fase compreende à busca por 
aceleração para a impulsão do salto sobre o sarrafo.
 Impulsão: refere-se ao momento em que o atleta encaixa a vara na caixa de 
apoio e se prepara para se projetar para próximo do sarrafo.
 Voo: essa fase compreende ao momento em que o atleta se projeta por cima do 
sarrafo, utilizando-se da flexibilidade da vara e do impulso obtido para isso.
 Queda: essa fase do salto com vara refere-se ao momento em que, tendo 
superado o sarrafo, o atleta se prepara para amortecer a queda.
Figura 44: Salto com vara
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 O salto com vara é o mais complexo de todos os saltos, por causa do implemento, 
que necessita de uma técnica específica para seu manuseio. Assim, é importante que 
o atleta leve em consideração na execução do salto com vara, a perfeita utilização da 
técnica, tendo o máximo de concentração e observando todos os detalhes da técnica 
em cada fase do salto.
 Empunhadura: o atleta deve carregar a vara na horizontal, com a ponta levemente 
elevada, posicionando-a na altura do quadril. Assim, na empunhadura, a palma da 
mão posterior deve estar voltada para cima, enquanto a da mão anterior se posiciona 
para baixo, com o braço um pouco à frente do corpo.
 Corrida de aproximação: durante a corrida, a vara deve ser mantida do lado 
contrário ao da perna de impulsão do atleta e a velocidade deve ser progressiva. Desse 
modo, as passadas devem ser ritmadas e o atleta deve abaixar a vara aos poucos 
durante o percurso, preparando-a para o encaixe.
 Encaixe: durante o contato com o pé de impulsão no solo, na última passada do 
atleta, o atleta também deve realizar o encaixe da vara na caixa de apoio, utilizando-a, 
portanto, para impulsionar o salto.
 Impulsão e pêndulo: a impulsão deve ser realizada pela perna correspondente à 
mão da frente do atleta. Desse modo, nesse momento, o atleta utiliza a energia elástica 
adquirida com a deformação da vara para formar um pêndulo que gerará uma força 
propulsora, impulsionando-o para cima e para a frente.
 Elevação e giro: com a impulsão, o atleta adquire a posição de “verticalização 
invertida”,ou seja, ele fica de ponta cabeça e de costas para o sarrafo. Assim, ao atingir 
essa postura, deve realizar um giro de 180°, de modo a ficar de frente para o sarrafo e o 
transpor.
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 Transposição e queda: a transposição corresponde ao momento em que o atleta 
passa as pernas por cima do sarrafo, seguido da região do quadril. Com isso, desloca o 
centro de gravidade acima da barra, assumindo uma posição curvada que possibilita 
ultrapassá-la. Desse modo, a movimentação deve ser completada puxando os braços 
e o tórax para trás/cima e preparando-se para a queda.
 Embora sejam descritas de modo fragmentado, as fases e técnicas do salto 
com vara constituem um movimento único e integrado, a partir do qual a eficiência do 
movimento é configurada. Portanto, é fundamental se atentar para como cada parte se 
relaciona com o todo para a eficiência do salto.
Agora leia a unidade 4 do livro “Metodologia do atletismo”, de Juliano Vieira da 
Silva D. e Fernando Guilherme Priess para conhecer mais sobre as provas de 
salto, suas técnicas. 
Disponível em: https://bit.ly/3SCYDGD. Acesso em: 05 set. 2022
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/3SCYDGD
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FIXANDO O CONTEÚDO
1. Leia as afirmativas a seguir:
I. No atletismo, a prova de salto pode ser feita em duas modalidades: em salto vertical 
e em salto horizontal.
II. O salto em distância e o salto triplo, são exemplos de saltos realizados de forma 
vertical.
III. O salto em altura e o salto com vara, são exemplos de saltos realizados de forma 
horizontal.
Marque a alternativa correta:
a) As três afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II e III são falsas.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I e III são falsas.
d) A afirmativa III é verdadeira, e a I e II são falsas.
e) As três afirmativas são falsas.
2. (IFB – 2017). Uma das provas clássicas do atletismo é o salto em distância que, 
independentemente do estilo de salto adotado, apresenta uma fase de preparação, 
envolvendo a concentração inicial do atleta e a corrida de aproximação; o impulso, que 
deverá ser realizado com a perna de impulsão; uma fase de deslocamento ou flutuação, 
que é diferenciada de acordo com a técnica de movimento empregada; a queda, que 
concluirá o salto em distância (MATTHIESEN, 2010).
Segundo a referida autora, é correto na execução do salto em distância o seguinte 
movimento:
a) utilização do movimento dos braços no momento da elevação e flutuação;
b) chegada na tábua com inversão da perna de impulsão;
c) última passada da corrida que antecede a impulsão, demasiadamente ampla;
d) na queda, cair para trás, apoiando os braços ou outras partes do corpo para além da 
marca registrada pelos pés;
e) impulsão lenta ou impulsão realizada com impacto demasiadamente acentuado do 
pé de impulso.
3. (GERCON - 2016). A área para o salto em distância e/ou o salto triplo é composta 
pelo corredor de salto e pela caixa de areia. No corredor de salto ficam duas tábuas de 
impulsão. O salto será inválido ou nulo caso o atleta:
a) Não toque na segunda tábua de impulsão.
b) Se o atleta realizar o segundo salto com a perna contrária ao primeiro salto.
c) Se o atleta realizar o terceiro salto com a perna contrária aos dois primeiros saltos.
d) Se o atleta não queimar o salto no momento da impulsão na primeira tábua de 
55
impulsão.
e) Se o atleta ao cair sair pelo lado do fundo da caixa de areia.
4. (UFRJ - 2015). Uma das considerações sobre o salto é que saltar é elevar-se 
procurando transpor maior distância ou maior altura. Na modalidade do atletismo, 
existem, por exemplo, o salto em altura, o salto em distância, o salto com vara e o salto 
triplo. Sendo assim, para um bom desempenho no salto triplo, o atleta deve aprimorar 
os componentes básicos de:
a) Velocidade, força, coordenação, equilíbrio e flexibilidade.
b) Velocidade, potência, coordenação, equilíbrio e flexibilidade.
c) Velocidade, potência, elasticidade, equilíbrio e flexibilidade.
d) Velocidade, potência, coordenação, resistência e elasticidade.
e) Força, potência, coordenação, equilíbrio e flexibilidade.
5. (CEPERJ – 2013). Como prova oficial de salto no atletismo, o salto em altura, ao longo 
dos anos, desenvolveu técnicas e estilos que contribuíram significativamente para a 
superação de marcas antes impensáveis para o ser humano. Darido e Souza Jr. (2007), 
indicam que a técnica do salto em altura divide-se nas seguintes fases:
a) corrida de aproximação; chamada; suspensão; recepção.
b) chamada; pêndulo; transposição do sarrafo; queda.
c) corrida de aproximação; chamada; transposição do sarrafo; recepção.
d) chamada; transposição do sarrafo; recepção; queda.
e) corrida de aproximação; pêndulo, extensão; queda.
6. (CONSULPLAN – 2010). Os empates nas provas de salto em altura e salto com vara no 
atletismo, serão decididos da seguinte forma:
a) O competidor com o menor número de salto em altura, em que ocorrer o empate, 
será considerado vencedor.
b) O competidor com o maior número total de saltos falhos em toda prova, incluindo a 
última altura ultrapassada, será considerado o de melhor colocação.
c) Relacionado ao primeiro lugar, os competidores empatados devem ter mais um salto 
na altura mais alta, em que quaisquer dos competidores empatados tenha perdido o 
direito de continuar saltando.
d) Fará elevar ou abaixar a barra, se os competidores passarem ou falharem 
respectivamente, 5cm no salto em altura e 2cm no salto com vara, devendo existir uma 
tentativa em cada altura até que o empate seja decidido.
e) Os árbitros devem oferecer aos competidores envelopes fechados, onde o competidor 
que escolher o envelope que tenha o maior número vencerá a competição.
7. (IF/PA – 2015). De acordo com as regras oficiais de competição 2014-2015, da 
Confederação Brasileira de Atletismo – CBAt, analise as afirmativas seguintes acerca 
da prova salto com vara e marque a opção CORRETA:
I. Os atletas podem usar suas próprias varas.
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II. O atleta tem permissão para usar a vara de outro atleta, sem o consentimento dele.
III. A vara pode ser feita de qualquer material ou combinação de materiais e de qualquer 
comprimento ou diâmetro, mas a superfície básica deve ser lisa.
IV. Se, ao efetuar uma tentativa, a vara do atleta quebrar, isso não será considerado 
como um salto falho e uma nova tentativa deve ser concedida ao saltador.
a) As afirmativas I e II estão corretas.
b) As afirmativas I, II e III estão corretas.
c) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
8. (GUALIMP – 2019). Sobre as modalidades de salto no atletismo considere os itens a 
seguir:
I. Salto em distância;
II. Salto triplo;
III. Salto em altura;
IV. Salto com vara.
São saltos verticais os citados em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) II e IV apenas.
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ATLETISMO ARREMESSO E 
LANÇAMENTOS
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 Já tivemos a oportunidade de conhecer e compreender as provas de corrida e de 
saltos do atletismo nas unidades anteriores. Agora, nessa unidade, vamos apresentar 
alguns conhecimentos a respeito dos arremessos e dos lançamentos no atletismo.
 Essas são chamadas provas de força, os arremessos e lançamentos no atletismo 
se dividem entre: dardo, disco, peso e martelo. As competições são disputadas na parte 
interior do campo do estádio, por atletas de qualquer sexo, com variação de peso dos 
objetos usados. Quem registrar a maior distância de arremesso ou lançamento será o 
vencedor.
Segundo o Dicionário Aurélio (FERREIRA, 2004, p.197), arremessar e atirar têm a mesma de-
finição, ou seja, é o ato de atirar, lançar com força para longe: arrojar. No atletismo, o lan-
çamento caracteriza-se como o ato de soltar ou desprender-se do objeto. O arremesso 
caracteriza-se como o ato de empurrar o objeto. Ambas as ações têm em comum o fato 
de tentarem jogar o objeto o mais longe possível.
FIQUE ATENTO
4.1 ARREMESSO DE PESO
 A prática do arremesso de peso tem origem atribuída aos povos celtas, que 
possuíamrituais em que arremessavam pedras e troncos de árvores. Posteriormente, 
sobretudo no século XVII, o arremesso de peso começou a ser praticado como modalidade 
esportiva nos “Highland Games”, na Escócia, quando os atletas arremessavam pedras. 
Essa modalidade do atletismo passou a fazer parte dos Jogos Olímpicos em Atenas, em 
1896.
 Além dos povos celtas, a história do arremesso de peso é marcada por competições 
de força realizadas entre soldados ingleses. Nessas competições, eram utilizadas 
balas de canhões de guerra, exercendo grande influência na formação esportiva da 
modalidade como é conhecida atualmente. Essa influência se traduz, por exemplo, na 
padronização dos pesos das bolas utilizadas, decorrente de torneios disputados entre 
universitários ingleses no século XIX.
 É possível observar a necessidade de um atleta desempenhar grande força para 
realizar essa prova em competições oficiais, uma vez que o objeto a ser arremessado é 
uma esfera, que deve possuir medidas de 7,26 kg e de 110 a 130 mm (masculino) ou de 
4 kg e de 95 a 110 mm (feminino).
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 O arremesso é feito a partir de uma área circular, com diâmetro de 2,135 metros. 
A regra determina que o arremesso deve ser sempre feito acima da linha do ombro e 
o atleta só pode deixar o círculo de lançamento depois de a bola tocar o chão. Caso 
contrário, o arremesso será invalidado.
Figura 46: Área de arremesso e setor pré-determinado de queda do peso
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 A marca obtida em cada arremesso é medida a partir do primeiro lugar onde 
o peso bate no chão, dentro de um setor pré-determinado com 35° de abertura. Em 
disputas com 8 competidores, cada atleta tem direito a 6 tentativas. Se houver mais do 
que 8 participantes, as três primeiras tentativas são usadas como classificação dos 8 
finalistas. Na fase decisiva, serão mais três arremessos.
 O arremesso do peso deve ser feito com a região calosa da mão e dos dedos, 
portanto sem que haja contato entre o implemento (peso) e a palma da mão do atleta. 
As movimentações técnicas para a realização do arremesso devem ser feitas no espaço 
circular delimitado, chamado de área de arremesso, sem ultrapassá-lo. Esse espaço 
mede 2,135 m de diâmetro.
Figura 47: Arremesso de peso
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Durante as provas, o atleta não pode pisar ou ultrapassar a marca da área de 
arremesso. Além disso, não pode deixar o peso cair, sendo que ambas as situações 
geram a anulação do arremesso (ou da tentativa). Além disso, durante as provas, o 
atleta deve entrar e sair da área de arremesso por trás do círculo (área específica), 
estando sujeito a penalização caso descumpra esse protocolo.
60
Figura 48: Arremesso de peso
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 4.1.1 Fases do Arremesso de Peso
 Preparação (empunhadura): a fase de preparação também se refere à 
empunhadura do implemento, sendo caracterizada pelo contato afastado entre ele e a 
palma da mão do atleta. Desse modo, o implemento é ligeiramente apoiado na lateral 
do polegar e nas falanges dos demais dedos da mão.
 Preparação (postura inicial): essa fase refere-se ao posicionamento do atleta 
em relação ao setor de lançamento (de costas ou lateralmente), variando conforme 
seu estilo técnico de arremesso. Refere-se também ao posicionamento do peso, que 
deve ser “encaixado” na região do pescoço, com a palma da mão voltada para o queixo 
e o cotovelo formando um ângulo aproximado de 45° em relação ao tronco.
 Deslocamento: o deslocamento diz respeito à transição da postura inicial da 
preparação até o momento da posição de força (projeção) do arremesso em si. Vale 
destacar que há diferentes formas de deslocamento, que pode ser linear, em rotação ou 
apenas com inclinação de tronco, também variando conforme a técnica de arremesso.
 Arremesso: desdobrando-se do deslocamento, tem-se início a fase de arremesso. 
Nessa fase, há a projeção da força do corpo para o implemento a ser arremessado, de 
modo a lançá-lo. Com isso, a trajetória do implemento é impulsionada pelo movimento 
técnico, seguindo da extensão total do braço de arremesso e progressiva extensão dos 
dedos e abrindo-se a mão para a soltura do peso.
 Recuperação: essa fase refere-se à finalização do arremesso. Nesse momento, o 
atleta busca reorganizar sua postura, após a soltura do implemento, para recuperar o 
equilíbrio. O intuito, nessa fase, é que o atleta finalize o lançamento sem que seus pés 
saiam da área de arremesso. Caso ele exceda o limite do perímetro, o arremesso é 
invalidado. Do contrário, considera-se finalizado e é mensurada a distância alcançada.
Figura 49: Fases do Arremesso de Peso
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
61
 4.1.2 Técnicas para o Arremesso de Peso
 Arremesso lateral sem deslocamento: nessa técnica, o atleta inicia posicionado 
na metade anterior da área de arremesso, com o corpo lateralmente disposto em 
relação ao setor de lançamento. Assim, realiza uma ligeira inclinação de tronco para trás, 
acentuando o apoio na perna posterior, que deve estar semiflexionada. Na sequência, 
desloca o peso para a perna anterior e impulsiona o arremesso, soltando o implemento 
ao estender o braço de arremesso.
Figura 50: Técnica do Arremesso Lateral sem Deslocamento
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Arremesso lateral com deslocamento: o atleta inicia posicionado de costas para 
o setor de lançamento. Dessa posição, inclina ligeiramente o tronco, acentuando o 
apoio na perna anterior e deslocando-o para a posterior. Nessa transição, posiciona-se 
de frente para o setor de lançamento em um giro (180°) e desloca a perna em que se 
apoiava inicialmente em direção ao anteparo no chão. Assim, apoia-se nela novamente 
e realiza a extensão de braço para a soltura do implemento.
Figura 51: Técnica do Arremesso Lateral com Deslocamento
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Arremesso O’Brien: inicialmente de costas para o setor de lançamento, o 
atleta inclina ligeiramente o tronco para frente, aproximando os joelhos e elevando 
e estendendo para trás a perna contrária à de apoio na sequência. Com isso, realiza 
um pequeno salto para deslocamento, mantendo a perna de apoio. A partir desse 
ponto, a execução do movimento segue a mesma descrição do arremesso lateral com 
deslocamento.
Figura 52: Técnica do Arremesso O’Brien
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
62
 Arremesso rotacional: o atleta inicia de costas para o setor de lançamento, 
realizando um balanceio a partir do qual efetua os giros, deslocando-se para trás. Os 
giros são realizados no lugar e nas pontas dos pés, possuindo uma fase em que, de 
frente para o setor de lançamento, o atleta salta para o centro da área de arremesso, 
apoiando-se na perna contrária à de apoio para o arremesso e transferindo o peso 
para a perna de apoio para finalizar o movimento.
Figura 53: Técnica do Arremesso Rotacional
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 É importante destacar que, independentemente da técnica de arremesso 
utilizada, há constantes nos movimentos. Por exemplo: o atleta deve sempre manter o 
peso posicionado próximo ao pescoço, respeitando a empunhadura e o limite da área 
de arremesso, como descrito anteriormente.
Agora confira um pouco mais sobre o arremesso de peso acessando o link a 
seguir, que mostra uma matéria realizada sobre o assunto. 
Disponível em: https://bit.ly/3M1pAkJ. Acesso em: 05 set. 2022
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4.2 LANÇAMENTO DE MARTELO
 O lançamento de martelo é uma modalidade cuja origens remetem à antigos 
jogos de povos celtas. Além de lendas, a mitologia celta atribui a um herói mitológico 
(Cuchulain), o arremesso de uma roda de carruagem, girando-a por cima de sua 
cabeça. Posteriormente, a roda de carruagem fora substituída por uma pedra presa a 
uma alça de madeira e, depois, por martelos de ferreiros.
 NaIrlanda e na Escócia, por vol6a do século XIII, o lançamento de martelo foi 
valorizado pelo rei Henrique VIII, um entusiasta lançador de martelo. Na época, era uma 
prática de diversão e demonstração de técnica.
 Em algumas tribos germânicas (povos teutões), o lançamento de martelo 
compunha festivais religiosos, sendo praticado em homenagem ao Deus Thor. Além 
disso, estátuas e desenhos indicam que a prática era comum entre irlandeses da Idade 
Média e do século XVI.
 A partir do século XVII a modalidade já era regularmente praticada como prova 
https://bit.ly/3M1pAkJ
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de atletismo em países como Inglaterra, Irlanda e Escócia. No entanto, suas regras ainda 
não eram bem delimitadas. Por exemplo, os martelos utilizados, forjados em ferro, não 
possuíam medidas de peso e comprimento do cabo prescritas. A padronização desses 
e de outros aspectos ocorreram em 1875, encabeçadas por praticantes ingleses.
 A participação olímpica dessa modalidade ocorreu, pela primeira vez, na edição 
de Paris 1900. Contudo, a modalidade foi disputada apenas por homens até 2000, 
quando a categoria feminina foi inserida nos Jogos Olímpicos de Sydney. 
 Atualmente, o martelo utilizado nas competições de atletismo é composto de três 
partes: cabeça, cabo e empunhadura (manopla). Hoje, o martelo masculino pesa 7,26 
kg e ter o comprimento variando entre 1,17 m e 1,21 m e o feminino pesa 4 kg e deve ter 
entre 1,16 m e 1,19 m.
Figura 54: Martelo utilizado nas competições de atletismo
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 A cabeça deve ser feita de ferro sólido, latão ou outro metal menos maciço que 
o latão. O cabo deve ser de arame de aço com pelo menos 3 mm de diâmetro. Já a 
manopla deve ser rígida e articulada ao cabo por um anel, de modo a não permitir 
ações giratórias nessa articulação.
 O lançamento é iniciado dentro de uma base circular de concreto (círculo de 
lançamento com 2,13 m de diâmetro) e é considerado válido quando o martelo cai no 
setor de lançamento (ângulo de 34,92° em relação ao centro do círculo). Além disso, o 
atleta não pode ultrapassar o limite do círculo antes de o martelo tocar o solo e deve 
sempre sair do círculo por sua parte posterior.
Figura 55: Setor de Lançamento do Martelo
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Cada atleta tem 6 tentativas. Após as três primeiras, continuam na competição 
somente os 8 primeiros na classificação. Na fase final, são feitas outras três tentativas. 
Como resultado, considera-se a melhor marca entre os seis lançamentos feitos.
 Assim, o atleta inicia o arremesso com os pés inertes e suas mãos segurando a 
alça do martelo. Então, gira o martelo cerca de três a quatro vezes sobre o próprio corpo 
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e, na sequência, inicia os giros em torno do próprio eixo, cerca de duas a três vezes. Com 
isso, alcança velocidade para, enfim, soltar o martelo, lançando-o para frente e para 
cima.
 O objetivo dessa prova do atletismo é lançar o martelo o mais longe possível, 
aterrando-o nos limites definidos. Não é considerado falha se qualquer parte do 
martelo atingir a gaiola após ter sido lançado e cair na área de queda fora da gaiola. É 
considerado falha se a cabeça do martelo, no primeiro contato com o solo, tocar a linha 
do setor de lançamento ou qualquer parte/objeto fora dela.
 A gaiola de proteção é obrigatória em provas realizadas em estádios 
concomitantemente com outras provas ou fora de estádios e com espectadores 
presentes. Ela deve ser projetada em forma de “U”, posicionada a 7 metros de distância 
do centro do círculo de lançamento, possuir abertura de 6 metros de largura e alturas 
mínimas de 7 m a 10 m, conforme a disposição dos painéis.
 A gaiola também deve ser disposta de modo a não oferecer risco de ricochete 
sobre o atleta ou acima dela mesma. Além disso, não deve permitir que o martelo a 
atravesse ou passe por baixo de seus painéis.
 O local em que o martelo toca o solo é demarcado e verificado em relação ao 
ângulo permitido para validar o lançamento. Com base na distância verificada pelos 
árbitros é feita a classificação dos atletas para definir o vencedor, a partir da maior 
distância alcançada.
 4.2.1 Fases do Lançamento do Martelo
 Empunhadura e posição de partida: a empunhadura corresponde à pegada na 
manopla, apoiando-a nas falanges distais e sobrepondo a mão esquerda pela direita. 
A empunhadura é feita em posição de partida, ou seja, de costas para o setor de 
lançamento.
Figura 56: Empunhadura e posição de partida
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Balanceios para os molinetes: são dois tipos. Um inicia pela direita e para trás do 
corpo, partindo de uma flexão seguida de uma extensão lateral de tronco para o início 
do molinete. Já o outro inicia com uma elevação do martelo à frente do corpo, seguida 
de uma oscilação para trás, entre as pernas, e do impulso para cima e para a direita, 
seguindo conforme o primeiro descrito.
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Figura 57: Fases do Lançamento do Martelo - Movimento
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Molinetes (Moinho): consistem em movimentos de rotação do tronco com os 
braços em extensão total. Nesses movimentos, o corpo é arqueado de modo a transferir 
o peso do corpo para o lado contrário ao do martelo. Isso se dá com o deslocamento do 
quadril para o lado oposto ao do martelo.
Figura 58: Fases do Lançamento do Martelo - Moinho
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Giros: os giros aumentam a força centrífuga gerada pelos molinetes. Para isso, 
após o último molinete, o atleta transfere o peso para a perna esquerda, que servirá 
de pivô para os giros. Assim, os giros são feitos externamente sentido ao setor de 
lançamento, em velocidade crescente e sobre o calcanhar esquerdo, enquanto o pé 
direito gira sobre a planta, em meios giros.
Figura 59: Fases do Lançamento do Martelo - Giro
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Lançamento: o lançamento em si parte das pernas, em continuidade aos giros, 
impulsionado o quadril e o tronco. O atleta deve, então, manter os braços estendidos, o 
tronco inclinado e tracionar o martelo, levando-o para trás e para cima na continuidade 
do giro e soltando-o na sequência, na altura dos ombros.
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Figura 60: Fases do Lançamento do Martelo - Lançamento
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Reversão: refere-se a um momento de inversão das pernas com o intuito de não 
transpor o limite do círculo de lançamento. Assim, o atleta pode levar a perna esquerda 
para trás no lançamento, flexionar a perna direita ou mesmo continuar girando sentido 
ao centro do círculo.
Figura 61: Fases do Lançamento do Martelo - Reversão
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
Agora confira um pouco mais sobre o lançamento de martelo acessando o link 
a seguir, que mostra uma matéria realizada sobre o assunto.
Disponível em: https://bit.ly/3fshplg. Acesso em: 05 set. 2022
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4.3 LANÇAMENTO DE DISCO
 O lançamento de disco é uma modalidade muito tradicional do atletismo, 
compunha o pentatlo dos Jogos Olímpicos da Antiguidade e é representada pela 
estátua de Discóbolo, uma obra do escultor grego Míron datada do século V a.C. Estima-
se que o lançamento de disco tenha surgido como representação do ato de pescadores 
atirarem pedras sobre a superfície dos rios, fazendo-as deslizar.
https://bit.ly/3fshplg
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Figura 62: Estátua de Discóbolo
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 As suas origens modernas remetem à Alemanha da década de 1870. Assim, a 
modalidade masculina integra os Jogos Olímpicos da Era Moderna desde a edição de 
Atenas 1896 e a feminina desde a edição de Amsterdã 1928.
 O lançamento de disco é uma das provas de campo do atletismo, cujo objetivo 
consiste em lançar um disco de metal ou material semelhante à maior distância possível. 
Essa prova se caracteriza, principalmente, pela realização técnica do lançamento, que 
ocorre a partir da empunhadura do disco com apenas uma mão e da realização de um 
giro completo para o lançamento.
 Nesse esporte, o implemento utilizado é um disco (ou prato) de metal em formato 
circular, cujas medidas,na prova feminina, variam entre 37 e 39 mm de espessura e 
entre 180 e 182 mm de diâmetro, com peso de 1 kg. Já na prova masculina, o peso é de 
2 kg, com medidas entre 44 a 46 mm de espessura e entre 219 e 221 mm de diâmetro.
Figura 63: Discos (ou pratos) de metal
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 O atleta deve segurar o disco entre os dedos da mão dominante e lança-lo a 
partir de uma posição estacionária. O lançamento deve ser realizado dentro de um 
círculo de concreto com 2,5 m de diâmetro, disposto no campo de lançamento dessa 
prova, margeado por um anteparo de concreto com 2 cm de altura.
 Cada atleta possui três tentativas de lançamento para obter a maior pontuação 
em relação aos demais competidores. O atleta que ultrapassar o limite do círculo de 
lançamento perde (“queima”) a oportunidade de pontuar, ou seja, tem a tentativa 
anulada.
 A medição da distância alcançada com o lançamento ocorre do primeiro ponto 
de contato feito pela queda do disco até o interior da circunferência do círculo de 
lançamento. Para o lançamento ser considerado válido, além do atleta não queimá-lo, 
o disco precisa cair (ou “aterrar”) dentro do setor de lançamento. O setor de lançamento 
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é uma área de referência demarcada no campo em um ângulo de aproximadamente 
35º em relação ao centro do círculo de lançamento;
 O atleta deve deixar o círculo de lançamento somente após a queda do disco no 
setor, e sempre pela parte posterior do círculo, em observância às regras da prova. Além 
das regras do lançamento de disco, os atletas devem observar a execução técnica do 
movimento.
Figura 64: Fases do lançamento de disco
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 4.3.1 Fases do lançamento de disco
Figura 65: Fases do lançamento de disco
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Empunhadura: o disco deve ser segurado de forma descontraída (flexível) e sem 
que caia da mão do atleta. Para isso, precisa ser apoiado entre as falanges distais dos 
dedos (com exceção do polegar) e o antebraço. Assim, para possibilitar esse apoio no 
antebraço, é preciso que o atleta realize uma leve flexão de punho.
Figura 66: Empunhadura
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Posição inicial: posição estacionária da qual parte o atleta, com pés afastados 
à largura dos ombros, formando uma base. Essa postura deve ser realizada na parte 
posterior do círculo e de costas para o setor de lançamento. Após esse posicionamento, 
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realizam-se balanceios (geralmente três) para quebrar a inércia e iniciar o movimento 
de giro, auxiliando na impulsão.
Figura 67: Posição inicial
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
Figura 68: “BALANCEIOS"
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Giro ou deslocamento: o atleta gira em torno do próprio eixo, gerando uma força 
de aceleração centrífuga. Logo, inicia deslocando uma perna (em geral, a esquerda) 
para trás, apoiando-se sobre ela e deslocando o corpo para o centro do círculo, onde se 
apoia sobre a outra perna. Após esse apoio, a perna inicial é projetada à parte anterior 
do círculo e o atleta se encontrará, então, em posição de lançamento.
Figura 69: Giro ou deslocamento
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
70
 Posição final ou de lançamento: nesse momento, o atleta se encontrará com 
ambos os pés apoiados no solo, em afastamento anteroposterior, e com o braço que 
empunha o disco atrás do corpo. Além disso, o troco também se encontrará levemente 
flexionado para trás, pois ambos (tronco e braço) estarão acompanhados o movimento 
centrífugo.
Figura 70: Posição final ou de lançamento
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Lançamento: momento em que o movimento de giro é parado pela perna projetada 
à frente e se desenvolve em uma impulsão a partir da qual ocorre o lançamento do 
disco em si. Portanto, a força e a velocidade geradas com o deslocamento impulsionam 
o lançamento do disco, por meio de sua transferência ao quadril, ao troco e ao braço de 
lançamento, continuamente.
Figura 71: Lançamento
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Reversão: é realizado em oposição à tendência do corpo ao desequilíbrio para a 
frente, em função da progressão do movimento. Com isso, o atleta recupera o equilíbrio 
imediatamente após lançar o disco e evita anular a tentativa. Portanto, a reversão 
consiste em movimentos compensatórios, que podem ser pequenos saltos, outros giros 
ou a alternância de pernas voltando-se ao centro do círculo e/ou evitando tocar sua 
borda.
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Agora confira um pouco mais sobre o lançamento de disco acessando o link a 
seguir, que mostra uma matéria realizada sobre o assunto.
Disponível em: https://bit.ly/3fswh36. Acesso em: 05 set. 2022
BUSQUE POR MAIS
4.4 LANÇAMENTO DE DARDO
 As origens do lançamento de dardo remetem à pré-história da humanidade, 
em que instrumentos similares (sobretudo lanças) eram utilizados tanto para a caça 
quanto para guerrilhas entre os povos. Contudo, sua história enquanto prática esportiva 
remonta aos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga.
 Na Grécia antiga, os dardos eram feitos de madeira de oliveira e as provas 
ocorriam em dois formatos específicos: um visando acertar um alvo específico e outro 
tentando lançá-lo o mais longe possível. Entretanto, essa prática foi aperfeiçoada pelos 
povos escandinavos durante o século XIX, por quem as características do dardo lançado 
foram alteradas.
 A forma com que a prova é realizada na atualidade teve a primeira aparição nos 
Jogos Olímpicos de Atenas, em 1906. Essa edição dos Jogos Olímpicos não é considerada 
oficial, pois aconteceu em um período entre olímpiadas, como evento comemorativo 
dos 10 anos dos Jogos Olímpicos da era Moderna.
 No decorrer da história, a distância que os atletas participantes dessa modalidade 
lançavam o dardo só aumentava, até que o húngaro Miklós Nemeth obteve notável 
marca de 94,58 m, no ano de 1976, em Montreal. Desde então, iniciou-se uma discussão 
a respeito da segurança e da viabilidade do esporte, uma vez que se necessitava de 
espaços cada vez maiores para a sua realização.
 Por isso, houve mudanças no equipamento (dardo), de forma que possibilitasse 
uma descida mais rápida do dardo, alcançando uma distância menor.
Quando o húngaro Miklós Nemeth obteve em Montreal 1976, a marca de 94,58 m, uma dis-
cussão a respeito da segurança e da viabilidade do esporte, buscou-se alternativas para a 
sua realização. Por isso, houve mudanças no equipamento (dardo), de forma que possibili-
tasse uma descida mais rápida do dardo, alcançando uma distância menor. Pense e pes-
quise sobre quais mudança no equipamento (dardo) foram feitas para garantir a descida 
rápida do dardo, a menor distância a ser alcançada e garantir a segurança de sua prática.
VAMOS PENSAR?
 O lançamento de dardo é iniciado por uma corrida de aproximação, realizada de 
modo retilíneo e com aceleração progressiva em uma pista de 34,9 x 4 metros. Durante 
essa corrida, o atleta deve empunhar o dardo e carregá-lo na altura da cabeça. Assim, 
ao aproximar-se da marcação, inicia a preparação para o lançamento do dardo.
https://bit.ly/3fswh36
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Figura 73: Área de lançamento de dardo
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 A preparação para o lançamento corresponde ao posicionamento do dardo 
atrás da linha dos ombros. Essa ação é realizada junto com a inclinação do tronco para 
trás e para a frente, respectivamente, combinada com um giro rápido. Essas ações 
integradas correspondem ao movimento que impulsiona o lançamento do dardo.
 O objetivo do lançamento é fazer com que o dardo alcance a maior distância 
possível quanto ao ponto em que foi lançado. No entanto, o lançamento também intenta 
que o dardo caia em uma angulação perfeita, inclinado entre 30° e 40° em relação ao 
solo.
 O dardo deve medir entre 2,60 e 2,80 metros nas categorias masculinas e entre 
2,20 e 2,30 metros nas categorias femininas. Além disso, deve pesar 800 e 600 gramas 
para essas duas categorias, respectivamente.
Figura74: Dardo
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Cada atleta tem direito a realizar três lançamentos. Onde, os oito melhores 
resultados da competição são classificados para a realização dos lançamentos finais. 
Assim, os atletas têm direito a três lançamentos cada durante essa etapa.
 É proibido que o atleta saia/ultrapasse a zona de lançamento antes, durante ou 
mesmo após o lançamento do dardo. Caso isso ocorra ele é desclassificado. O atleta 
também é desclassificado caso a ponta do dardo a tocar o solo após o lançamento 
não seja aquela posicionada para a frente nos momentos precedentes a essa ação.
Figura 75: Atleta realizando lançamento de dardo
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
73
 4.4.1 Fases do lançamento de dardo
 Preparação: essa fase corresponde ao momento de empunhadura ou pega. 
Nesse momento, o atleta pega o dardo de forma confortável e descontraída, em posição 
diagonal e com a palma da mão voltada para cima. Após realizar a pega, ele deve se 
dirigir para o corredor de lançamento para iniciar a corrida de balanço. Existem três 
tipos de empunhadura mais comuns.
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 Corrida de balanço: essa fase é subdividida nas fases frontal e lateral.
Figura 77: Corrida de aproximação
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
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 Fase de corrida frontal: na fase frontal o atleta realiza uma corrida lenta e ritmada 
em direção à zona de lançamento. Nesse momento, o dardo deve estar paralelo ao 
solo, podendo estar levemente arqueado para cima.
 Fase de corrida lateral: a fase lateral progride da frontal, quando o atleta inicia 
o “ritmo dos 5 passos”. Portanto, nesta fase, ele avança com o lado esquerdo do corpo 
ao sentido do lançamento e, em seguida, realiza uma torção de tronco para a direita, a 
qual precede o lançamento. Assim, ao realizar o 5° passo com o pé de apoio ele prepara 
a impulsão para o lançamento.
Figura 78: Corrida preparatória
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Lançamento: nessa fase ocorre o posicionamento do pé esquerdo (de apoio) 
no solo de modo firme, estabelecendo a base do lançamento. Com isso, há uma 
movimentação em efeito de desdobramento, partindo do quadril para o peito, em que 
o atleta mobiliza o corpo para a ação. Com isso, o braço lançador é o último a ser 
acionado, mantendo-se estendido até a soltura do dardo, dando continuidade à ação.
Figura 79: Lançamento
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Recuperação: ao finalizar a ação de lançamento, com a soltura do dardo, o 
atleta deve travar o movimento, evitando perturbações no percurso do implemento e 
ações nulas na prova. Logo, ele realiza de um a três passos para organizar a fase de 
recuperação do movimento. Por essa razão, é fundamental que o atleta não lance o 
implemento no limite da zona de lançamento, evitando sua desclassificação.
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Figura 80: Lançamento e recuperação
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
Confira um pouco mais sobre o lançamento do dardo acessando o link a seguir, 
que mostra uma matéria realizada sobre o assunto.
Disponível em: https://bit.ly/3roDt3d. Acesso em: 05 set. 2022
BUSQUE POR MAIS
Agora leia o capítulo quatro do livro “Aspectos Pedagógicos do Atletismo”, de 
Paola Neiza Camacho Rojas para compreender um pouco mais sobre o arre-
messo e lançamentos no Atletismo e as possibilidades que ele apresenta a sua 
área de estudos e futura profissão de Educador Físico. 
Disponível em: https://bit.ly/3ydNowh. Acesso em: 04 set. 2022.
https://bit.ly/3roDt3d
https://bit.ly/3ydNowh
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FIXANDO O CONTEÚDO
1. O arremesso de peso é uma das modalidades do atletismo. Arremessar o peso é 
transformar a velocidade horizontal, adquirida durante o deslocamento, em velocidade 
de arremesso, perspectivando o alcance da maior distância possível. Em outras palavras, 
é empurrar um objeto, qualquer, acima da linha dos ombros para frente. Com relação à 
regulamentação da prova do arremesso de peso, assinale a alternativa correta.
a) O peso deve ser arremessado partindo do ombro com uma ou com as duas mãos, 
a critério do praticante. O peso não deve ser arremessado de trás da linha dos ombros.
b) No momento em que o competidor assumir uma posição no círculo e começar um 
arremesso, o peso deverá tocar ou estar bem próximo do queixo, e a mão não deverá 
ser arriada abaixo dessa posição durante a ação do arremesso.
c) Para que uma tentativa seja válida, o peso deve cair completamente fora dos 
limites internos do setor de queda. A medição deve ser feita imediatamente após cada 
arremesso.
d) Durante as provas, o atleta pode pisar ou ultrapassar a marca da área de arremesso. 
Além disso, pode deixar o peso cair, sendo que ambas as situações o arremesso será 
validado.
e) A mediação ocorre a partir da marca mais longe que o peso chegar após a queda 
até à parte interna do aro de arremesso, por meio de uma reta que passa pela marca 
e pelo centro do círculo.
2. (FAFIPA – 2009). Os povos antigos praticavam o arremesso com pesadas pedras, 
que foram substituídas por bolas de ferro. Com a mudança do implemento, vieram as 
evoluções técnicas. No arremesso de peso:
a) após o peso ser arremessado, o atleta pode sair do círculo de arremesso por qualquer 
lugar.
b) as fases do arremesso do peso são: empunhadura, posição inicial, deslocamento, 
posição final, arremesso propriamente dito, reversão.
c) o peso deve ser apoiado sobre a palma da mão e deve ficar longe do pescoço.
d) durante todo o arremesso, as pernas do atleta devem permanecer estendidas.
e) se o peso cair sobre a linha demarcatória do setor de queda, a tentativa será válida.
3. (UECE – 2018). O Atletismo se insere no conteúdo Esportes e deve ser apresentado aos 
alunos nas aulas de Educação Física Escolar. São provas de atletismo apresentadas no 
conteúdo Esportes:
a) Arremesso de disco e lançamento de dardo.
b) Arremesso de martelo e lançamento de peso.
c) Arremesso de peso e lançamento de martelo.
d) Arremesso de dardo e lançamento de disco.
e) Arremesso de peso e arremesso de martelo.
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4. As fases do lançamento de martelo são descritas conforme características 
fundamentais de cada momento que compõe as ações do lançamento. Desse modo, 
assinale a alternativa que apresenta as fases do lançamento de martelo, conforme 
apresentadas na matéria:
a) Empunhadura, posição de balancete, balancete, giros, aceleração, lançamento e 
reversão.
b) Empunhadura, posição de partida, reversão, balancete, molinete, giro e lançamento.
c) Empunhadura, posição de partida, balancete, giro, lançamento, molinete e reversão.
d) Empunhadura, posição de partida, balancete, molinete, giro, lançamento e reversão.
e) Empunhadura, posição de balancete, balancete, giro, lançamento e reversão.
5. (IE Osvaldo Cruz – 2017). Sobre as provas oficiais do atletismo, assinale a alternativa 
correta que condiz com a prova adulto masculino de Arremesso e Lançamento:
a) Peso (4kg), Disco (1,0kg), Dardo (600g), Martelo (4kg).
b) Peso (7,26kg), Disco (2,0kg), Dardo (800g), Martelo (7,26kg).
c) Peso (6,36kg), Disco (2,5kg), Dardo (700g), Martelo (8,26kg).
d) Peso (8,36kg), Disco (4kg), Dardo (800g), Martelo (8,26kg).
e) Peso (5,36kg), Disco (2,5kg), Dardo (600g), Martelo (5,26kg).
6. (SEDUC/AM – 2014). Assinale a opção que apresenta modalidades de atletismo que 
são consideradas de lançamento.
a) Dardo, martelo e disco.
b) Peso, dardo e maça.
c) Martelo, disco e peso.
d) Disco, maça e fita.
e) Maça, disco e dardo.
7. Acerca dos detalhes técnicos relacionados à prova de Lançamento de Dardo no 
atletismo, marque a alternativa correta:
a) A corrida para o lançamento deve ser crescente em velocidade, sendo veloz até o 
ponto em que atrapalhe um pouco a coordenação para o lançamento.
b) O número de passos da corrida para o lançamento depende da condição do lançador. 
Pode variar de 18 a 22 passos, antes do 15 a 17 passos finais, que já correspondem à 
tomada de posição e lançamento.
c) Os passos finais,utilizados para a tomada de posição e lançamento, devem ser 
realizados com desaceleração e com movimentos de baixa amplitude.
d) A puxada do dardo deve ser feita com o aproveitamento mínimo do arco de 
lançamento. A puxada inicia-se sobre a cabeça, em ponto cuja projeção coincide com 
o pé de trás.
e) As ações do lançamento devem somar forças que devem ser aplicadas no eixo 
longitudinal do dardo.
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8. (CONSULPAN – 2012). Relacione corretamente as provas do atletismo com suas 
respectivas descrições.
1. Lançamento de dardo.
2. Lançamento de disco.
3. Lançamento de martelo.
4. Arremesso de peso.
( ) O atleta lança uma peça formada por um cabo com um peso na ponta.
( ) Consiste no lançamento de uma haste metálica, que é feita de uma pista, na qual o 
lançador corre cerca de 15 passadas.
( ) São bolas maciças de metal com diâmetros e pesos diferentes para homens e 
mulheres.
( ) A peça lembra uma nave espacial feita de metal e possui pesos diferentes para 
homens e mulheres.
A sequência está correta em
a) 1, 2, 4, 3
b) 2, 4, 1, 3
c) 4, 3, 1, 2
d) 3, 1, 4, 2
e) 2, 4, 3, 1
79
OUTRAS PROVAS, 
COMPETIÇÕES E 
TREINAMENTOS
80
 No atletismo existem algumas competições que reúnem diversas provas para 
serem praticadas pelo mesmo atleta em dois dias seguidos: são as chamadas provas 
combinadas, que exigem do atleta versatilidade, velocidade, força e resistência, além 
de técnica em diversas modalidades diferentes. Apenas duas provas consideradas 
oficiais, tanto pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) quanto pela Associação 
Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), que são o heptatlo (que consiste em 
sete provas) feminino e o decatlo (com dez provas) masculino.
 Há em algumas competições, que podem apresentar outra provas combinadas 
como o tetratlo (com quatro provas) e o pentatlo (com cinco provas), que são praticadas 
por ambos sexos e são realizadas apenas nas categorias iniciais, a partir dos 12 anos.
5.1 PROVAS COMBINADAS
 O decatlo é o melhor exemplo da antiga busca grega por um atleta completo. Nessa 
prova combinada, não aparecem os melhores de cada modalidade, mas sim atletas 
que conseguem uma regularidade em todas elas. O formato praticado atualmente tem 
sua formatação realizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) desde 1912.
 Nessa formatação, no primeiro dia de competição são realizadas as cinco 
primeiras provas (corrida de 100 m, salto em distância, arremesso de peso, salto em 
altura e corrida de 400 m). No segundo dia, são realizadas as últimas cinco provas 
(corrida de 110 m com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento 
de dardo e corrida de 1.500 m). Para se definir o vencedor, são utilizadas pontuações 
baseadas em fórmulas e tabelas, que sempre geraram problemas no decatlo.
 Em 1912 foi usada a tabela sueca. Desde 1952 utiliza-se a tabela evolutiva da 
IAAF (modificada em 1964 e 1986), mas que até hoje gera muita reclamação. As regras 
utilizadas são as mesmas oficiais das modalidades disputadas, acrescidas de mais 
algumas como: 30 minutos de intervalo entre uma prova e outra (no mesmo dia) 
e, caso o atleta não faça uma saída ou uma tentativa em uma das provas, ele será 
desclassificado nas provas seguintes e será considerado abandono de competição. Há 
também pequenas modificações, como no caso do salto em distância e das provas de 
arremesso/lançamentos, em que os atletas só têm três tentativas cada; e nos saltos 
verticais, com elevação uniforme do sarrafo (3 cm para salto em altura e 10 cm no salto 
com vara).
Figura 81: Decatlo
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
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 O heptatlo combina sete provas do atletismo e é comumente praticado na 
categoria feminina. Faz parte do programa olímpico desde as Olimpíadas de 1964, 
em Tóquio, embora tenha surgido como pentatlo e apenas em Los Angeles, em 1984, 
tenham sido adicionados a corrida de 800 m e o lançamento de dardo, chegando na 
mesma configuração atual.
 No primeiro dia de provas são realizadas a corrida de 100 m com barreira, o salto 
em altura, o arremesso de peso e a corrida de 200 m. Já no segundo dia, seguem as 
disputas de salto em distância, lançamento de dardo e corrida de 800 m. Para saber 
o vencedor da prova, assim como no decatlo, é seguida determinada pontuação, 
baseada em fórmulas. Essas fórmulas são expressas em tabelas, que apresentam 
também um mínimo para se alcançar, que corresponde a zero pontos. Por exemplo, no 
salto em altura, o mínimo aceitável é de 0,75 m de altura (o que atribui ao atleta zero 
ponto, enquanto que ao saltar 1,82m, lhe são atribuídos 1.000 pontos.
Figura 82: Hepatlo
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
5.2 PEDESTRIANISMO E CROSS COUNTRY
 Fechando o extenso hall de provas do atletismo, vamos destacar ainda o 
pedestrianismo e do cross country. Entendemos como pedestrianismo as provas com 
percursos pedestres, também conhecidas como corridas rústicas, que são as corridas a 
pé em ruas e estradas. É uma atividade esportiva muito popular e uma das modalidades 
mais tradicionais do atletismo. Sua prática, realizada principalmente no meio natural, 
proporciona uma interação e sensibilização entre os atletas e o meio ambiente.
 Dentre outros benefícios, essas provas são muito usadas para fugir do estresse e 
do sedentarismo propiciados pela vida urbana agitada de hoje em dia. É uma atividade 
muito praticada por não apresentar grandes dificuldades técnicas, e poder ser realizada 
em diversos ritmos. Apesar de serem provas individuais, podem ser praticadas por 
grupos de diversos tamanhos. No pedestrianismo temos as corridas de rua, as corridas 
em campo e as corridas em montanha. A prova de rua mais conhecida é a maratona, 
uma corrida com percurso de 42,195 km. Porém, existem diversas outras distâncias, como 
a meia maratona (21 km), provas de 10 km, de 7 km, de 5 km dentre outras), além de 
provas específicas de caminhada, que são realizadas juntamente com essas corridas 
de rua.
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Figura 83: Corrida de rua
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 A corrida de rua é um dos esportes mais praticados atualmente. É considerado um 
esporte democrático, pois pode ser praticado por pessoas de várias idades (exigindo 
uma capacidade física mínima) sem a necessidade de equipamentos caros e de 
instalações específicas. A maioria dessas corridas possuem percursos que vão de 4 km 
a 16 km. As principais provas de rua no Brasil são: Corrida de São Sebastião (10 km - Rio 
de Janeiro, RJ), Dez Milhas Garoto (16 km - Vila Velha, ES), Corrida da Lua Cheia (4,6 km 
e 8,6 km - Curitiba, PR), Integração (5km e 10 km – Campinas, SP) e as diversas etapas 
do Circuito Sesc (3 km, 5 km e 10 km – em diversas cidades do Brasil). A maioria dessas 
corridas oferece também a possibilidade de caminhada, para agradar aos adeptos 
dessa modalidade e também àqueles que não estão preparados suficientemente para 
correr certas distâncias. O caminhar, inclusive, é a primeira etapa para os iniciantes, 
seguida do trote e depois da corrida propriamente dita.
 Devido às distâncias, o que conta nessas corridas de rua é a resistência e a 
determinação. Pelo fato de o movimento de caminhar ser um movimento natural do 
homem, é comum escutarmos que a corrida é a expressão atlética mais pura do ser 
humano. Sua prática traz diversos benefícios à saúde, por exemplo: o aumento da 
capacidade cardiorrespiratória, a regulação da taxa de açúcar no sangue, um melhor 
controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol, uma melhoria na qualidade do 
sono, a redução do peso corporal e dos riscos de infarto e a diminuição do estresse. 
Além de a corrida trazer benefícios que favoreçam uma melhor qualidade de vida do 
praticante, existem outras vantagens, como a diversidade de possibilidades de locais 
para sua prática, ou seja, não há necessidade de instalações específicas. Também é 
uma prática esportiva que não necessita de equipamentos e suas vestes limitam-se a 
tecidos leves, um bom par de tênis e talvez um boné.
 Nas provas de campo, também conhecidas como crosscountry, os atletas 
deparam com obstáculos (na maioria das vezes naturais) durante o percurso, algo 
semelhante ao que ocorre com as provas de corrida em montanha, com a diferença de 
que necessariamente esta última ocorre de fato em uma montanha, quer seja na neve, 
no deserto ou na floresta.
 O cross country é uma corrida de equipe, composta por cinco a sete corredores, 
realizada em terreno não pavimentado: grama ou terra. Apenas em 1960 a IAAF permitiu 
a participação de mulheres nessa modalidade. A distância percorrida por homens é de 
12 km e, pelas mulheres, 10 km. Originou-se de um esporte inglês do início do século XIX 
que consistia em um grupo de corredores que seguia um percurso aleatório deixando 
cair papéis no chão para que o grupo oponente seguisse esse rastro. Era praticado 
83
principalmente por universidades como Cambridge e Oxford. As corridas de cross 
country entraram no programa dos Jogos Olímpicos em três edições: Estocolmo (1912), 
Antuérpia (1920) e Paris (1924). Pelo fato de as corridas possuírem percursos, distâncias 
e os obstáculos naturais sempre diferentes, os tempos dos atletas não são comparados 
entre uma prova e outra e, por isso, também não há registros de recordes. As provas 
de corridas em campo começaram a ser disputadas no nosso país entre 1975 e 1985, 
quando a prefeitura de São Paulo investiu nessa modalidade, principalmente para 
crianças e jovens.
Figura 84: Cross country
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
Confira um pouco mais sobre Pedestrianismo e Cross Country acessando o link 
da Confederação Brasileira de Atletismo.
Disponível em: https://bit.ly/3y8YW3W. Acesso em: 05 set. 2022
BUSQUE POR MAIS
5.3 COMPETIÇÕES DE ATLETISMO
 Conhecido por ser uma modalidade esportiva disputada desde os Jogos 
Olímpicos da Antiguidade, o atletismo, atualmente, é composto por: ‘provas de pista’ 
(corridas) e ‘provas de campo’ (saltos/arremesso/lançamentos); ‘corridas de rua’, 
também denominada como pedestrianismo, marcha atlética (de rua e de pista); ‘cross 
country’ ou corridas através do campo e ‘corridas em montanhas’.
 Atualmente, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), criada em 1977, 
é a responsável pelo gerenciamento do atletismo no Brasil, tendo a ela filiadas as 
Federações Estaduais. Internacionalmente, é a Associação Internacional das Federações 
de Atletismo (IAAF), a responsável pelo gerenciamento dessa modalidade, cujas provas 
são disputadas em diferentes categorias, de acordo com a faixa etária, nos gêneros 
masculino e feminino.
 A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) organiza o esporte em categorias 
https://bit.ly/3y8YW3W
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a partir da idade no ano da competição. As modalidades são:
 • Categoria Sub-14 – Pré-Mirim: atletas com 12 e 13 anos;
 • Categoria Sub-16 - Mirins: atletas com 14 e 15 anos;
 • Categoria Sub-18 - Menores: atletas com 16 e 17 anos;
 • Categoria Sub-20 - Juvenil: atletas com 16, 17, 18 e 19 anos;
 • Categoria Sub-23: atletas com 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 anos; 
 • Categoria de Adultos: atletas a partir de 16 anos em diante;
 • Categoria de Masters: atletas a partir de 40 anos em diante.
 A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) é a responsável 
por supervisionar um sistema global de competições em coordenação com as 
associações de área. A IAAF coordenará seu calendário de competição e os das 
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respectivas associações de área com a finalidade de evitar ou minimizar conflitos. Todas 
as competições internacionais devem ser autorizadas pela IAAF ou por uma associação 
de área de acordo esta regra.
 São consideradas competições internacionais:
 • Competições inclusas nas Séries Mundiais de Atletismo.
 • O programa do Atletismo nos Jogos Olímpicos.
 • O programa do Atletismo em jogos de área, regionais ou de grupos não limitados 
a participantes de uma única área onde a IAAF não tem controle exclusivo.
 • Competições de Atletismo regionais ou de grupos não limitados a participantes 
de uma única área.
 • Torneios entre equipes de diferentes áreas representando Filiadas ou Áreas ou 
uma combinação destas.
 • Torneios Internacionais a Convite, que são categorizados pela IAAF como partes 
da estrutura global e são aprovados pelo Conselho.
 • Campeonatos de área ou outras competições intra-áreas organizadas por uma 
associação de área.
 • Programa de Atletismo de área, regional ou jogos de grupos e campeonatos de 
Atletismo regionais ou de grupos limitados à participação de uma única área.
 • Torneios entre equipes representando duas ou mais filiadas ou uma combinação 
destas dentro de uma mesma área, com exceção das competições das categorias 
Sub-18 e Sub-20.
 • Competições e Torneios Internacionais a Convite.
 Somente a IAAF tem o direito de organizar a competição de Atletismo dos Jogos 
Olímpicos e as competições que integram as Séries Mundiais de Atletismo. A IAAF 
organizará os Campeonatos Mundiais em anos ímpares. As associações de área terão 
o direito de organizar campeonatos de área e podem organizar outras competições 
intra-áreas como julgarem apropriado.
“Área” referida aqui, é a área geográfica que abrange todos os países e territórios filiados a 
uma das seis associações de área (continentes).
FIQUE ATENTO
 Em qualquer tipo de competição, nacional ou internacional, regras regidas pela 
IFFA devem ser aplicadas como nos casos citados a seguir:
 • Elegibilidade - Definição de atleta elegível - Um atleta é elegível para competir 
se ele concordar em obedecer às Regras e se não foi declarado inelegível.
 • Procedimentos disciplinares - Controvérsias e procedimentos disciplinares Regra 
ou Regulamento, surgidas sob estas Regras serão decididas, e todos os procedimentos 
disciplinares, conduzidos, serão de acordo com as disposições estabelecidas pela IFFA.
 • Regras Técnicas - Todas as competições internacionais serão realizadas sob as 
Regras da IAAF, e isso deverá constar em todos os anúncios, propagandas, programas e 
material impresso. Em todas as competições, exceto os Campeonatos Mundiais e Jogos 
Olímpicos, os eventos podem ser realizados em formato diferente daquele constante 
86
nas Regras Técnicas da IAAF, além daquele que tenham obtido na aplicação das Regras 
atuais, mas as Regras dando mais direitos aos atletas, não podem ser aplicadas. Esses 
formatos serão decididos pelos respectivos órgãos que tenham o controle sobre a 
competição.
 • Regras médicas e antidoping - Devem ser aplicadas em todas as competições 
internacionais, exceto naquelas em que o COI ou outra organização internacional 
reconhecida pela IAAF, por proposta desta, realize o controle de antidopagem em uma 
competição segundo suas regras, como os Jogos Olímpicos.
 ADAMS – Sistema de Administração e Gerenciamento Antidoping é uma ferramenta 
de gerenciamento de banco de dados baseada na internet para inserção de dados, 
armazenamento, compartilhamento e relatórios, destinada a prestar assistência a 
partes interessadas e à Agência Mundial Antidoping (World Anti-doping Agency – 
WADA) em suas operações antidoping, em conformidade com a legislação de proteção 
de dados.
 O doping é condenado em todas as modalidades esportivas, inclusive no atletismo, 
porque, em primeiro lugar, faz mal à saúde e, em segundo lugar, porque traz um ou 
mais benefícios (de forma desigual e desleal) aos atletas, tornando-os mais fortes ou 
mais resistentes, diferentemente de atletas que não fizeram uso destas substâncias, 
consideradas proibidas.
 O doping esportivo é a utilização, por um atleta, de substâncias não naturais 
ao corpo para melhorar seu desempenho de forma artificial. Atualmente, durante 
competições esportivas internacionais, os jornais publicam escândalos envolvendo 
técnicos e atletas pegos no exame antidoping. A notícia mais recente desse tipo foi 
no Mundial de Atletismo da Alemanha, no início de agosto, envolvendo esportistas 
brasileiros.
 O uso ilícito de substâncias, medicamentos e hormônios, como artifício para 
ganhar competições esportivas é muito antigo. Já nos Jogos OlímpicosFases do Lançamento do Martelo....................................................................................................................................................................................................................................64
4.3 LANÇAMENTO DE DISCO................................................................................................................................................................................................................................................................66
 4.3.1 Fases do lançamento de disco..........................................................................................................................................................................................................................................68
4.4 LANÇAMENTO DE DARDO................................................................................................................................................................................................................................................................71
 4.4.1 Fases do lançamento de dardo........................................................................................................................................................................................................................................73
FIXANDO O CONTEÚDO..........................................................................................................................................................................................................................................................................76
ATLETISMO ARREMESSO E LANÇAMENTOS
5.1 PROVAS COMBINADAS....................................................................................................................................................................................................................................................................80
5.2 PEDESTRIANISMO E CROSS COUNTRY.....................................................................................................................................................................................................................................81
5.3 COMPETIÇÕES DE ATLETISMO....................................................................................................................................................................................................................................................83
5.4 TREINAMENTO E PREPARAÇÃO FÍSICA...................................................................................................................................................................................................................................86
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................................................................................................................90
OUTRAS PROVAS, COMPETIÇÕES E TREINAMENTOS
UNIDADE 5
6.1 ATLETISMO E SUAS POSSIBILIDADES.........................................................................................................................................................................................................................................94
6.2 ABORDAGEM ESPORTIVA / PEDAGOGIA DO ESPORTE.................................................................................................................................................................................................95
6.3 ABORDAGEM LÚDICA.......................................................................................................................................................................................................................................................................98
6.4 ATLETISMO ESCOLAR......................................................................................................................................................................................................................................................................100
FIXANDO O CONTEÚDO........................................................................................................................................................................................................................................................................106
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO........................................................................................................................................................................................110
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................................................................................................................................111
ATLETISMO - ASPECTOS METODOLÓGICOS
UNIDADE 6
7
UNIDADE 1
Nesta unidade iremos falar sobre a história do atletismo como um esporte de base, 
vamos falar um pouco sobre o atletismo no Brasil e algumas curiosidades históricas.
UNIDADE 2
Nesta unidade falaremos sobre o atletismo nas corridas de velocidade, de meio 
fundo, de fundo e na marcha atlética.
UNIDADE 3
Nesta unidade falaremos do atletismo em salto em distância, salto triplo, em altura 
e com vara.
UNIDADE 4
A unidade IV falaremos sobre os arremessos de peso, lançamentos de martelo, 
disco e de dardo.
C
O
NF
IR
A 
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VR
O
UNIDADE 5
Nessa unidade falaremos sobre outros estilos de provas como provas combinas, 
pedestrianismo e Cross Country, assim como competições de atletismo e 
treinamentos e preparações físicas.
UNIDADE 6
A unidade VI abordaremos os aspectos metodológicos, no atletismo e suas 
possibilidades, algumas abordagem esportiva e a pedagogia do esporte, utilizando 
uma abordagem lúdica no atletismo escolar
8
INTRODUÇÃO
 Desde os primórdios de nossa civilização, o homem de forma natural, praticava 
uma série de movimentos, por sobrevivência, por questões culturais de lazer, prática 
esportiva ou diferentes outras finalidades. O atletismo que conhecemos hoje sob a 
forma de competição, teve sua origem na Grécia. A palavra atletismo foi derivada da raiz 
grega, “ATHI, competição”, o princípio do heroísmo sagrado grego, o espírito de disputa, 
o ideal do belo etc. A história do atletismo em muitos momentos se confunde com a 
história dos Jogos Olímpicos. Compreender o atletismo como modalidade esportiva é 
importante para o ensino do mesmo não só nas aulas de educação física escolar na 
formação educacional das crianças, como também é essencial para a formação e o 
trabalho do professor de Educação Física.
 Objetivos
 Conhecer e compreender a história do atletismo, sua evolução e técnica de 
execução das provas de corridas e marcha, das provas de lançamentos em suas 
diferentes modalidades, disco, peso, dardo e martelo, como também as provas de 
saltos e respectivos estilos, elementos básicos princípios mecânicos.
 Compreender os fundamentos e processos de pedagógicos do ensino da 
modalidade esportiva atletismo em nossa sociedade e os desafios deste conteúdo na 
educação física escolar, bem como a regulamentação e aplicação aos diversos níveis 
de ensino.
9
HISTÓRICO DO 
ATLETISMO
10
1.1 ATLETISMO: ESPORTE-BASE
 O atletismo é chamado de esporte-base de todos demais, pois nasceu da 
necessidade natural de correr, saltar e lançar objetos, desde a antiguidade, ajudando 
a sobrevivência de nossos ancestrais. Inicialmente, essa prática era de preservação da 
espécie, com o passar do tempo o homem adotou esses movimentos no lazer, medindo 
velocidade (rapidez), destreza e força com seus semelhantes.
 A Grécia é citada como berço da atividade esportiva, onde, por registros, verifica-
se que mulheres, crianças e homens maduros normalmente praticavam atletismo, 
sendo pioneiros da condição esportiva, programando corridas curtas na pista que 
chamavamda Grécia, 
cerca de três séculos antes de Cristo, havia uma regulamentação para evitar que os 
competidores tivessem o baço arrancado. Acreditava-se que com o esforço físico dos 
maratonistas, este órgão poderia endurecer e prejudicar o resultado.
Agora leia o livro “Atletismo Regras Oficiais de Competição” 2016-2017 para com-
preender um pouco mais sobre as regras oficiais que regem as competições de 
atletismo. 
Disponível em: https://bit.ly/3SA4lcr. Acesso em: 05 set. 2022
BUSQUE POR MAIS
5.4 TREINAMENTO E PREPARAÇÃO FÍSICA
 O desempenho atlético nas provas de Atletismo progrediu muito nos últimos anos. 
Níveis de desempenho inimagináveis hoje são comuns, e o número de atletas capazes 
de alcançar resultados e recordes surpreendentes cresce a cada dia.
 A que se deve esse aumento surpreendente nesses resultados? Não há uma 
https://bit.ly/3SA4lcr
87
resposta simples. O desempenho atlético é desafiador porque encorajam os atletas 
a longas e severas horas de trabalho. A ciência passou da fase meramente descritiva 
para a científica, com o auxílio de especialistas e de cientistas de várias áreas, com um 
amplo conhecimento que se reflete em metodologias mais sofisticadas de treinamento 
dos atletas. Além da grande diversidade de materiais e tecnologia usados na confecção 
de equipamentos de competição como: pistas mais rápidas, implementos e até mesmo 
vestuário e calçados.
A capacidade de adaptação ou adaptabilidade é o nome que se dá à diferente assimi-
lação dos estímulos, frente à mesma qualidade e quantidade de exercícios ou carga de 
treinamento Bompa (2002).
FIQUE ATENTO
 A periodização constitui uma parte do processo de confecção e elaboração do 
plano e procura responder a necessidade de integrar todas as variáveis que constituem 
o programa de preparação dos atletas. Tubino e Moreira (2003) definem a periodização 
do treinamento desportivo como sendo a divisão do mesmo, em etapas, para se 
atingir objetivos específicos. Já para Dantas (2003) periodização é o planejamento 
geral e detalhado do tempo disponível para o treinamento de acordo com os objetivos 
intermediários perfeitamente estabelecidos, respeitando-se os princípios científicos do 
exercício desportivo.
 Segundo Matveiev (1990) a periodização tem como objetivo proporcionar a um 
atleta em competições a forma desportiva, ou seja, o estado no qual ele está preparado 
para a obtenção de resultados desportivos.
 Segundo Gomes (2002), ela pode ser atribuída à correlação organismo ambiente, 
sob o ponto de vista da predisposição hereditária e sua expressão genética. Os principais 
objetivos do treinamento físico são o desenvolvimento do potencial fisiológico e das 
habilidades motoras Bompa (2001).
De acordo com o Dicionário de Ciências do Esporte, talento é um “termo usual da lingua-
gem para determinar indivíduos que possuem aptidões específicas melhores do que a 
média para um determinado domínio, porém, ainda não totalmente desenvolvidas”. Pense 
e pesquise, com este contexto, sobre a importância da periodização para que o potencial 
talento possa alcançar o seu mais alto nível.
VAMOS PENSAR?
 Para que um treinador possa planificar o treino dos seus atletas, é fundamental 
que estejam reunidas algumas condições:
 • Um conhecimento profundo dos princípios elementares do treino desportivo;
 • Estar familiarizado com as regras da programação e planificação do treino;
 • Ser capaz de elaborar todo o planejamento desde o macrociclo até a cada uma 
das sessões de treino ao longo do período;
 • Os atletas devem ter ao seu dispor todas as infraestruturas necessárias para 
88
poderem realizar todo o tipo de trabalho programado pelo treinador;
 • Ter capacidade de poder utilizar meios de controle e avaliação do treino ao 
longo de todo o período;
 • Todo trabalho deve ser focado em desenvolver o máximo das potencialidades 
e que os atletas venham ter grande disciplinas e foco na realização das etapas de 
treinamento.
 No que se refere ao treinamento físico de um atleta, alguns aspectos são 
fundamentais e baseados nas obras autores como Bompa (2002), Alvarenga e 
Pantaleão (2008) Barbosa (2008), Ereira et al (2009) e Farto (2002) pode-se chegar a 
algumas conclusões sobre quais são os aspectos fundamentais no treinamento.
 • É fundamental conhecer de forma muito objetiva qual o nível físico dos seus 
atletas (controle das diferentes capacidades físicas) e qual o seu nível desportivo 
(recorde pessoal) e os objetivos que se pretendem alcançar a curto, médio e longo 
prazo.
 • Outro aspecto fundamental é a motivação do atleta, sendo o treinador o principal 
responsável por conseguir motivar os seus atletas.
 • É fundamental ao treinador conhecer a capacidade do organismo de cada um 
dos seus atletas para se adaptarem aos diferentes estímulos de treino, assim como a 
capacidade de cada atleta para evoluir graças ao treino.
 • O treinador tem de conseguir prever o aparecimento das lesões, algumas 
são inevitáveis durante o processo de treino, mas devem ser evitadas as que podem 
prejudicar seriamente os níveis físicos e psíquicos dos atletas e comprometer a sua 
evolução.
 • O treinador deve estar atento e mudar o planejamento do treino da altura certa 
(Fox et al, 1994) evitando a estagnação em termos de evolução da forma desportiva.
 • O treinador deve ir variando as percentagens de treino dedicadas a cada um 
dos sistemas energéticos (aeróbio e anaeróbio), aumentando progressivamente o 
trabalho. Dependendo do tipo de prova e tipo de período de preparação, a influência 
dos diferentes sistemas energéticos, vai-se alterando.
 • O treino da força deve estar sempre diretamente relacionado com o objetivo 
que se pretende atingir em função das exigências da prova e das características de 
cada atleta. O trabalho de força mais importante deve efetuar-se um mês e meio antes 
das primeiras competições.
 • O mecanismo aeróbio é essencial para a melhoria de rendimento dos atletas, 
sendo muito fácil tanto o seu desenvolvimento com a manutenção desta capacidade. 
Já o mecanismo anaeróbio depende mais das características genéticas de cada atleta. 
 • É sempre preferível que o atleta atinja a sua forma competitiva de modo gradual, 
do que depressa, evitando que ele possa estagnar e começar a perder forma antes das 
competições mais importantes.
 • Ao longo do período sempre que aumenta o treino aeróbio diminui o anaeróbio 
e vice-versa.
 Um programa de treinamento organizado, o treinamento físico deve respeitar 
seguinte sequência para ser desenvolvido:
 1. Treinamento físico geral (TFG) – Este treinamento tem o objetivo de melhorar 
a capacidade de trabalho. Quanto mais alto o potencial de trabalho, mais facilmente 
89
o organismo adapta-se à elevação contínua das exigências físicas e psicológicas do 
treinamento (Bompa, 2002; Rushton, 1990).
 2. Treinamento físico especifico (TFE) - Este treinamento tem o objetivo de elevar 
o desenvolvimento das características fisiológicas e metodológicas do desporto. Além 
disso, a capacidade fisiológica mais alta auxilia a rápida recuperação dos atletas.
 3. Aperfeiçoamento das capacidades biomotoras (CB). - O objetivo nesta fase do 
treinamento é aperfeiçoar a capacidade bimotora especificas do desporto praticado. A 
intensidade de um exercício pode ser igual à exigência da competição levemente mais 
baixa quando as cargas estão diminuídas ou levemente mais altas, para exercícios em 
que existe um aumento de carga (Miglinas et al, 2009).
 Além dos treinamentos físicos, o treinador deve se preocupar e atentar também 
com outros dois treinamentos de grande importância para o sucesso do mesmo e do 
atleta. Um é o treinamento técnico, pois quanto mais próximo da perfeição técnica 
estiver, menor será a energia despendida pra atingir um dado resultado e o outro 
treinamento tático que é o meio pelo qual os atletas absorvem métodos impossíveis, 
meios de preparação e de organização, a fim de cumprir o objetivo, como alcançar 
certo desempenho ou obter a vitória.
Agora leia o livro Teoria e práticado treinamento esportivo – 2° Edição de Valdiir 
J. Barbanti para compreender um pouco mais sobre treinamento, seus compo-
nentes, planejamento e seus métodos básicos. 
Disponível em: https://bit.ly/3fEqaZv. Acesso em: 05 set. 2022
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/3fEqaZv
90
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Uma das características do esporte é ser subordinado a algum órgão oficial, que, 
dentre outras coisas, organiza eventos esportivos da modalidade e regulamenta as 
regras dessa prática.
1 - No país. ( ) IAAF.
2 - No continente sul-americano. ( ) CONSUDATLE.
3 - No mundo todo ( ) CBAt.
Associe as colunas de acordo com a área de abrangência dos órgãos oficiais.
a) 1 – 2 – 3.
b) 1 – 3 – 2.
c) 2 – 1 – 3.
d) 2 – 3 – 1.
e) 3 – 2 – 1.
2. Existem diversas provas oficiais no atletismo. Como podemos classificá-las? Aponte 
as opções como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Pela dificuldade de execução do movimento.
( ) Por ser mais popular.
( ) Pela habilidade principal.
( ) Pelo local da prova.
( ) Pelas distâncias a serem percorridas.
Agora, selecione a alternativa que apresenta a ordem correta:
a) F – V – V – V – V.
b) F – F – V – V – V.
c) F – F – F – V – V.
d) F – F – F – F– V.
e) F – F – F – F– F. 
3. Muitas pessoas praticam o atletismo e existem diversas formas mais eficientes e 
justas de categorizar as provas. Um dos principais objetivos dessa divisão seria buscar 
o equilíbrio, principalmente no que diz respeito às características físicas, cognitivas e 
motoras. Ao separar as provas do atletismo em categorias, quais critérios devem ser 
usados?
a) Número de participantes e altura.
b) Classificação olímpica e idade.
c) Gênero e faixa etária.
d) Patrocínio e potencial de TV.
e) Peso e circunferência.
91
4. No decatlo são combinadas dez provas do atletismo. Dentre as principais estão: as 
corridas, os saltos e os arremesso/lançamentos. Um atleta deve participar de todas as 
provas, que são divididas em dois dias de competição. A definição do vencedor se dá 
através da soma da pontuação obtida em todas as provas.
( ) Corrida de 110 m com barreira.
( ) Salto em altura.
( ) Arremesso de peso.
( ) Corrida de 1.500 m.
( ) Lançamento de martelo.
Marque verdadeiro (V) ou falso (F) para algumas das provas que compõem o decatlo.
a) V – V – V – V – V.
b) V – V – V – V – F.
c) F – V – F – V – F.
d) V – F – F – F – F.
e) F – F – F – F – F.
5. O heptatlo combina sete provas do atletismo, dentre corridas, saltos e arremesso/
lançamentos. Geralmente, é praticado por mulheres e faz parte dos Jogos Olímpicos 
desde 1964, embora apenas em 1984 é que foi formatado com as mesmas características 
que tem é hoje. Como era disputado o heptatlo nas olimpíadas antes de 1984?
a) Decatlo.
b) Duatlo.
c) Octatlo.
d) Tetratlo.
e) Pentatlo.
6. Entendemos como pedestrianismo as provas com percursos pedestres, também 
conhecidos como corridas rústicas, que são as corridas a pé em ruas e estradas. Marque 
verdadeiro (V) ou falso (F) para as corridas pertencentes ao pedestrianismo.
( ) Corridas de pista.
( ) Corridas de rua.
( ) Corridas em campo.
( ) Corridas em montanha.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta:
a) V - V - V - F.
b) V - V - F - F.
c) F - F - F - V.
d) F - V - F - V.
e) F - V - V - V.
92
7. Existem alguns movimentos que são naturais ao ser humano, movimentos que o 
homem usa em seu dia a dia e não precisam fazer grandes esforços para aprendê-
los. Qual atividade esportiva é conhecida como "a expressão atlética mais pura do ser 
humano"?
a) Peteca.
b) Natação.
c) Corrida.
d) Lançamento.
e) Salto.
8. Em um programa de treinamento organizado, o treinamento físico deve respeitar 
uma sequência para ser desenvolvido. Marque a opção correta.
a) Treinamento físico geral e aperfeiçoamento das capacidades motoras.
b) Treinamento físico específico e aperfeiçoamento das capacidades motoras.
c) Treinamento físico geral e treinamento físico específico das capacidades motoras.
d) Treinamento físico geral, específico e aperfeiçoamento das capacidades biomotoras.
e) Treinamento físico específico e aperfeiçoamento das capacidades biomotoras.
93
ATLETISMO - ASPECTOS 
METODOLÓGICOS
94
 O atletismo é classificado como um esporte de marca, que possui a características 
de buscar a melhora dos resultados, da superação de tempos (segundos, minutos, 
horas), de marcas (centímetros, metros) e de recordes.
 A superação de uma marca anteriormente estabelecida, muitas vezes, é mais 
importante que a classificação obtida pelo atleta na competição. Exemplo disto, que as 
vezes para um atleta, a superação de uma marca estabelecida em uma determinada 
prova, pode significar mais do que o lugar mais alto do pódio, pois pôde superar seus 
próprios limites.
 Sendo assim, durante uma aula, o aluno deve ser incentivado a superar seus 
próprios resultados, ao invés de rotular em comparação aos colegas de turma, sendo 
que cada um tem seu próprio potencial. “Superar seus próprios limites é (didaticamente) 
muito mais proveitoso!” Nesse sentido, o registro de conquistas, marcas individuais do 
aluno em uma ficha de avaliação ou em um caderno de aula, serve para que perceba 
que a cada dia seus resultados são diferentes e que um dia não é igual ao outro e 
seus resultados também não serão, poderão ser melhores ou piores dependendo das 
situações do dia.
 No que diz respeito as diversas provas do atletismo, é importante que ‘todos 
alunos’ possam vivenciar ‘todas as provas” do atletismo, para que assim tenham um 
conhecimento amplo da modalidade e não restrito. Assim, no futuro poderá optar por 
uma determinada prova para especializar, tornar-se um atleta, quem sabe.
6.1 ATLETISMO E SUAS POSSIBILIDADES
 Quando falamos de atletismo, abrimos uma gama enorme de possibilidades de 
trabalho a ser desenvolvido como os alunos, haja vista a grande quantidade de provas 
nessa modalidade, como já visto anteriormente. Embora algumas pessoas possam 
achar impossível de trabalhar com o atletismo, jugando que para isso precisam de um 
espaço e equipamentos adequados, isso não se reflete na prática.
 A realidade de ter uma pista oficial de 400m com raias para as corridas e marcha, 
com um campo de provas para os saltos, arremesso e lançamentos, realmente é 
para poucos. Mas o ensino do atletismo não se limita ou tem uma dependência de 
instalações ou implementos oficiais. Até mesmo que na iniciação, dependendo da idade 
dos alunos, os implementos oficiais estarão fora do padrão didaticamente apropriado 
pelo peso e tamanho dos mesmos, como também as distâncias a serem percorridas 
serão menores.
 Neste contexto, podemos trabalhar atletismo, principalmente na iniciação, em 
uma quadra de escola ou bairro, num campo de futebol, em um terreno de terra ou 
até mesmo em praças e ruas. Um exemplo marcante, é o do atleta Brasileiro Darlan 
Romani, que é um atleta especializado no arremesso de peso, campeão mundial 
indoor em 2022. Além disso, também terminou em 4°lugar nos Jogos Olímpicos de 2020, 
4°lugar no Mundial de 2019, e foi campeão no Pan de 2019. Darlan teve que superar as 
adversidades do pouco apoio dado e da pandemia, foi para Tóquio sem técnico por 
causa da pandemia e precisou improvisar treinos num terreno ao lado de sua casa 
em Bragança Paulista. Na ocasião, ele compartilhou um vídeo nas redes sociais em 
que mostrava a preparação do local do treino. - “A gente é consciente, coronavírus... 
95
Estamos organizando um lugarzinho para poder treinar aqui do lado de casa, vamos 
dar uma limpada no terreno aqui para poder começar as atividades. Treinar em casa. 
Valeu, forte abraço a todos” - disse na época.
Figura 85: Darlan em terreno baldio no início da pandemia
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Claro que, em se tratando de uma pratica voltada para o auto rendimento, 
realmente o espaço e o implemento oficial e um dos fatores, não o único, responsáveis 
para levar um atleta ao máximo das suas potencialidades. Um outro ponto muito 
importante é o foco em seu objetivo, como o demonstradopelo próprio atleta Darlan, 
que ao ser entrevistado em Tóquio após o quarto lugar disse: “Se eu já dava 200%, agora 
vou dar 300%". Sendo recompensado com o título mundial Indoor em 2022.
 Agora, em se tratando de trabalhar a iniciação, podemos faze-lo em espaços 
e implementos construídos, utilizando materiais alternativos. O professor deve então 
pensar em alternativas na sua realidade de espaços e criatividade no desenvolvimento 
das modalidades do atletismo.
 Cabe também ao professor, compreender o objetivo e o caráter ou abordagem 
a se utilizar: se será uma abordagem lúdica ou esportiva, que será fundamental no seu 
planejamento e na metodologia a ser usada.
6.2 ABORDAGEM ESPORTIVA / PEDAGOGIA DO ESPORTE 
 A pedagogia do esporte ou abordagem esportiva, segundo BARBANTI, 2003, P.222, 
pode ser definida como: “[...] um campo do conhecimento que trata do relacionamento 
entre o Esporte e a Educação. A Pedagogia do Esporte é direcionada para dar os 
fundamentos teóricos para a prática dos esportes com o objetivo de melhorar o 
desenvolvimento do homem e enriquecer a qualidade de vida. Área acadêmica de 
estudo que focaliza as intervenções educacionais no domínio do Esporte e do movimento 
humano”.
 O objeto da pedagogia do esporte é composto pela interação entre os inúmeros 
fatores envolvidos no processo de iniciação esportiva e tendo como tarefa ensinar 
técnicas, táticas e valores sociais indispensáveis para o desenvolvimento da criança, 
jovem ou adolescente (PAES; BALBINO, 2009).
96
Nessa perspectiva, o trabalho a ser desenvolvido, envolve não só o conhecimento 
pedagógico, mas também da técnica de execução, regras, tática, capacidades motoras 
e físicas inerentes a cada uma das provas do atletismo.
 Como vimos nos capítulos 2, 3 e 4 anteriormente, cada tipo de prova tem suas 
próprias exigências motoras, físicas e técnicas, conhecer a biomecânica do movimento 
técnico é fundamental, pois na iniciação aperfeiçoar a capacidade bimotora especificas 
é essencial. Para exemplificarmos o processo adequado vamos utilizar as corridas, por 
serem mais simples e naturais.
 A biomecânica do movimento da corrida, possui duas fases: Apoio (contato do 
pé com o solo) e Suspensão (elevação e projeção do corpo para a frente), mas entre as 
duas há um momento em que o corpo permanece no ar sem contato com o solo (fase 
aérea). Exercícios de biomecânica (educativos) podem auxiliar na melhora da técnica 
de corrida, melhorando a performance, sem desgaste de energia desnecessária. 
Segue, três exemplos destes exercícios que podem ser úteis e eficientes:
 • Skipping Alto (Elevação dos joelhos) – deslocar aproximadamente 20 metros 
levantando os joelhos até a altura da cintura, com os braços perpendiculares ao corpo 
e num ângulo de 90 graus, por 2 ou 3 repetições.
Figura 86: Skipping Alto
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 • Skipping Atrás ou Anfersen (Elevação dos calcanhares) – repita o movimento 
anterior, mas dessa vez encostando os calcanhares nos glúteos.
Figura 87: Skipping Atrás ou Anfersen
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 • Dribling - os pés paralelos e os cotovelos semiflexionados, elevar os pés o mínimo 
possível e realizando o exercício o mais rápido que puder sem puder, coordenando a 
movimentação dos braços e braços alternados, concentra a força nos tornozelos.
97
Figura 88: Dribling
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
Trabalhar a técnica, ou seja, a biomecânica do movimento de qualquer uma 
das provas do atletismo é essencial, para o aprendizado e aperfeiçoamento de-
las. Acesse o link para conhecer um pouco mais destas possibilidades - Treino 
Técnico - Educativos com corrida Ideal para todos os corredores.
Disponível em: https://bit.ly/3fGoHC4. Acesso em: 05 set. 2022
BUSQUE POR MAIS
 Conhecer e trabalhar as capacidades físicas exigidas em cada prova, também é 
papel do professor e de muita importância tanto na iniciação como no aperfeiçoamento. 
Um planejamento ou programa de treinamento físico organizado. Como visto no capítulo 
5 anteriormente, ele passa pelas etapas: treinamento físico geral (TFG), treinamento 
físico específico (TFE), aperfeiçoamento das capacidades biomotoras (CB).
 Enquanto os treinamentos técnicos procuram chegar o mais próximo da perfeição 
técnica do movimento, para se ter menor energia despendida no mesmo. O trabalho 
físico, busca dar uma base para que o esforço mais próximo do máximo possa ser 
realizado, sem comprometer a integridade física dos músculos envolvidos, evitando 
lesões, como também o desenvolvimento das capacidades fisiológicas envolvidas em 
cada prova.
 Neste contexto, conhecer os métodos de treinamento para melhorar o desempenho 
dos sistemas aeróbio e anaeróbio, de treino da força, de treino de velocidade e treino 
da preparação especial anaeróbia, é fundamental para o desenvolvimento de um bom 
trabalho.
 A frequência e duração de treinos, são fatores também a ser considerados, pois 
depende muito da idade e do interesse dos praticantes. A tabela a seguir traz um 
exemplo de distribuição da frequência e duração, levando-se em conta a idade dos 
iniciantes.
Idade Duração do Treino Frequência Semanal Total Horas/Semana
Até 10 anos 1 hora 3 – 4 dias 3 – 4 horas
Até 14 anos 1 hora e 30 min. 5 – 6 dias 6 – 7h30min
15 anos acima 2 horas 6 dias 12 horas
Tabela 1: Exemplo de distribuição da frequência e duração de treinos
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
https://bit.ly/3fGoHC4
98
Nesse contexto, vamos pensar se a concepção de: "Sem dor, sem ganho" realmente é vá-
lida? Pense e pesquise sobre métodos que respeitem os limites do corpo e que também 
promovam o ganho esperado ou objetivo a ser alcançado, debata se essa ideia.
VAMOS PENSAR?
 Conhecer e respeitar os limites físicos de cada aluno é importante para dosar o 
esforço no nível ideal de seu condicionamento. No trecho final de uma longa corrida, 
pernas e braços parecem fracos, parecem não mais obedecerem aos comandos do 
cérebro. Músculos cansados pedem para parar, estão fadigados. No dia seguinte, com 
o grande esforço, a dor entra em ação. Com a sensação de coxas e pernas pesadas, os 
músculos "reclamam" a cada movimento, deixando a pessoa prostrada. Ao contrário do 
que normalmente se pensa, esse quadro durar pouco, basta voltar a exercitar o grupo 
muscular afetado depois de um período de pelo menos 24 horas de descanso.
 Todo mundo que faz ou já fez atividade física já sentiu essa dor e fadiga, são 
sensações normais neste caso. São um sinal, um alarme do organismo, que informa 
que nosso corpo está sendo exigido na sua capacidade máxima e precisa de descanso. 
Ignorar esse alerta biológico é perigoso, geralmente acaba levando a uma lesão séria, 
que pode não só comprometer a integridade dos músculos, mas toda planificação e 
desempenho, dependendo do tempo que pode demorar para a recuperação e volta 
aos treinos.
6.3 ABORDAGEM LÚDICA
 Neste contexto, o estímulo para prática, o despertar do interesse pelo atletismo, 
a cada aula, fundamental para o interesse pela modalidade atletismo é o foco. Isso 
é possível por meio de variadas atividades de caráter lúdico e exercícios educativos. 
O professor tem um papel importante para criar nos alunos competências motoras 
desportiva, num mundo em um ritmo acelerado, que precisa de cidadãos capazes de 
assumir o protagonismo de suas vidas, dentro da sociedade em geral. O fornecimento 
de recursos e informação, estimulantes do trabalho pedagógico e do desenvolvimento 
de hábitos desportivos e do prazer da prática nos alunos, é peça central de trabalho 
nessa abordagem.
 Como aqui já mencionado, é importante que ‘todos alunos’ possam vivenciar 
‘todas as provas” do atletismo, para que assim tenham um conhecimento amplo da 
modalidade e não restrito. Como também possam ter suas capacidades motoras 
desenvolvidas de forma completa, rica em vivencias que estimularam ao máximo o 
desenvolvimento e o aprimoramento destas capacidades que serão a base para um 
bom desempenho técnico em qualquer prova ou desporto quequeiram continuar 
praticando.
 Em um modelo pedagógico de educação física dentro de uma abordagem 
desenvolvimentista, com base na aquisição de habilidades motoras é um processo 
contínuo e demorado. Assim sendo, para Gallahue e Donnelly (2008) o principal objetivo 
da Educação Física é proporcionar vivências e experiências de movimento adequadas 
99
ao nível de crescimento e desenvolvimento das crianças e jovens, a fim de que a 
aprendizagem das habilidades motoras seja obtida.
 Criança confrontadas com desafios motores variados, com atividades variadas, 
com o desenvolvimento de seu repertório motor, melhoram suas ações diárias, elas 
aprendem a se mover (domínio motor) e por meio do movimento tem uma aprendizagem 
cognitiva e afetiva bem trabalhada.
 As atividades de estafetas são recomentadas, pois as mesmas possuem um 
grande potencial formativo, quer seja pelo domínio sobre si mesmo e domínio de uma 
técnica ou por uma atividade de equipe em que todos são importantes e estimulem o 
espírito de grupo. Observe a seguir, alguns exemplos destas atividades de estafetas:
 • Estafetas ida e volta: dividir os alunos em duas equipes em fila indiana. Ao sinal 
do professor, o primeiro aluno corre o mais rapidamente possível, indo buscar um objeto 
a uma distância entre 10 e 15 metros, buscando-o para entregar ao segundo corredor. 
O segundo corredor irá colocar novamente o objeto no lugar demarcado onde estava, 
voltando para que o terceiro aluno ir e assim sucessivamente, até todos percorrerem o 
seu percurso.
Figura 89: Atividades de estafetas
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Semelhante ao anterior, só que dividindo a equipe em duas filas, uma de frente 
para outra. O aluno pega uma bola e corre o mais rápido possível, deixa ficar a bola na 
caixa central e correndo até a outra fila, toca na mão do colega do outro lado do campo, 
que faz o percurso inversamente, com uma bola na mão, e assim sucessivamente, até 
todos trocarem de lado no campo.
Figura 90: Atividades de estafetas
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 No mesmo sentido, estafetas com corrida moderada transpondo obstáculos 
variados e a ritmos variados, com modificação da estrutura cíclica da corrida podem 
ser trabalhadas.
100
As atividades de estafetas, como visto possui grande potencial formativo, tor-
nando-as essenciais neste processo. Acesse o link para conhecer um pouco 
mais dessas atividades – Educação Física – Corridas de Estafetas. 
Disponível em: https://bit.ly/3egcBiM. Acesso em: 15 jan 2024.
BUSQUE POR MAIS
Figura 91: Atividades de estafetas
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 As possibilidades são muitas e podem atenderem e contemplarem as mais 
diversas capacidades motoras e físicas do aluno, dentro de um processo amplo de 
aquisição. Dependendo apenas da criatividade e da busca de atividades estimulantes 
e desafiadoras que iram ajudar bastante no interesse em continuar a prática do 
atletismo.
6.4 ATLETISMO ESCOLAR
 No âmbito escolar, tanto o atletismo, como as demais práticas inseridas no contexto 
da educação física escolar, necessitam que a proposta de trabalho e a metodologia do 
professor esteja em consonância com os documentos oficiais da educação. Como o 
documento da Base Nacional Comum Curricular apresentada no ano de 2018 (BNCC).
Dentro da BNCC, podemos ver que os objetivos da educação, de forma geral, buscam utili-
zar, desfrutar e apreciar diferentes vivências corporais, tendo como principais pilares do en-
sino-aprendizagem nesta área de conhecimento “as diferentes brincadeiras, jogos, danças, 
ginásticas, esportes, lutas, e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo 
e o protagonismo” (BRASIL, 2018)
FIQUE ATENTO
 O atletismo, se enquadra como visto anteriormente dentro do pilar dos esportes, 
mais especificamente o de esporte de marca, pois possui a características de buscar 
a melhora dos resultados, da superação de tempos (segundos, minutos, horas), de 
marcas (centímetros, metros) e de recordes.
 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo 
que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os 
https://bit.ly/3egcBiM
101
alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. No 
que se refere a prática de esportes de marca, entre eles o atletismo traz as orientações 
quanto a unidade temática, objetos de conhecimento e habilidades, assim distribuídos:
Tabela 2: Anos Iniciais (alunos do 1° Ao 5° ano) – Ensino Fundamental I
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
Tabela 3: As habilidades pretendidas para a temática esportes 1° e 2° anos
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
 Aqui, podemos ver que o brinca com os colegas, as crianças estão desenvolvendo 
diferentes habilidades físicas, correndo para disputar um brinquedo, brincando de pega-
pega, saltando diferentes tipos de obstáculos ou arremessando bolas ou outros objetos 
de pesos, tamanhos e formas diferentes, vão proporcionar novas aprendizagens. O 
professor de Educação Física, deve aproveitar o fascínio das crianças pelas brincadeiras 
para ensinar o atletismo de forma lúdica e prazerosa.
 Para Moyles (2002), [...] a utilização do lúdico no processo de ensino aprendizagem 
do atletismo ganha dimensão em importância no contexto escolar por possibilitar a 
participação de todos, independentemente do seu atual desenvolvimento motor e por 
se caracterizar como sendo uma atividade prazerosa, que possibilita alegria e prazer na 
sua realização.
 Enquanto brincam, as crianças aprendem a ouvir a opinião do outro, esperar a 
vez de falar ou de jogar, a ceder, a ganhar e a perder, respeitar o grupo, cumprir regras, 
a cooperar, a resolver conflitos e respeitar limites.
 Alguns exemplos de brincadeiras e sua relação com o atletismo:
102
 • Pique ajuda – onde um dos alunos escolhido para ser o pegador, deve correr 
atras dos colegas e quando conseguir pegar algum esse o ajudará a pegar os demais 
até que todos sejam pegos.
 Essa brincadeira tem o objetivo de desenvolver a coordenação motora, agilidade 
e destreza e podem ser relacionados ao trabalho para desenvolver a corrida de 
velocidade e de resistência no atletismo.
Figura 92: Pique ajuda
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 • Estafeta de revezamento – com os alunos dispostos em filas com números iguais 
de participantes. O primeiro de cada coluna deverá, ao sinal, fazer o percurso saltando, 
contornar e voltar para tocar a mão do próximo jogador, e ir para o final da coluna. 
Podendo ter a variação de utilizar diferentes habilidades motoras para a corrida, como 
saltando com o pé direito; com as mãos na cabeça; com obstáculos no percurso como 
bancos, cones, colchão etc.
 Essa brincadeira pode ser trabalhada para desenvolver a habilidade motora como 
saltar, trabalhando a projeção do corpo durante os saltos e desenvolver a impulsão 
vertical, importante para os saltos no atletismo.
Figura 93: Estafeta de revezamento
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 • Aumentadinha - Os alunos deverão ser dispostos em fila unica, para saltar 
uma corda estendida e segura por dois colegas, ao final quando todos tiverem 
saltado, gradativamente, o professor solicita que altura da corda seja levantada, asim 
sucessivamente até a altura qua a maioria conseguir saltar com segurança. 
 Essa brincadeira trabalhada tanto a habilidade motora como saltar e desenvolve 
a impulsão vertical, como pode ser usado para iniciar o salto em altura do atletismo. 
Importante para os saltos no atletismo.
103
Figura 94: Aumentadinha
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
Figura 95: Anos Finais (alunos do 6° Ao 9° ano) – Ensino Fundamental II
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
Figura 96: As habilidades pretendidas para a temática esportes 6° e 7° anos
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Já nesta fase do 6° e 7° anos as atividades podem ser direcionadas para realização, 
as vezes se necessário adaptadas, das práticas do atletismo. Sendo aqui importante 
reforçar que, o interesse, o conhecimento,a boa vontade e a criatividade do professor 
de Educação Física são essenciais para o desenvolvimento da prática do atletismo na 
escola que é essencial e possível.
 Um exemplo prático dos procedimentos metodológicos para estruturar um plano 
104
de aula de atletismo nessa fase, pode ser dividida nos seguintes passos:
 • Tema: Corridas
 • 1° Passo: Roda de conversa - apresentação do tema da aula e fazer o levantamento 
prévio dos alunos sobre ele ou em relação a modalidade (Atletismo).
 • 2° Passo: Aquecimento (Jogos preliminares) – uso de movimentos em jogos 
que contemplem elementos do tema, um momento lúdico e interativo, com tarefas 
elementares, orientadas utilizando habilidades básicas necessárias ao tema.
Exemplos: Pega-pega, Bate e corre, barra manteiga etc.
 • 3° Passo: Educativos – atividades voltadas para os elementos da modalidade.
Exemplos: Trotar (corrida lenta) de um lado até o outro lado da quadra, executando o 
ritmo a ser empregado em corridas longas. Depois corrida em velocidade, mantendo a 
distância do colega que está atrás, tentando pegar o que está à frente. Por fim executar 
exercícios de aperfeiçoamento técnico como Skip, Anfersen, Dribling e o Hope.
 • 4° Passo: Vivências da modalidade: prática dos movimentos técnicos da 
modalidade, para que os alunos possam vivenciar a modalidade.
Exemplos: corridas na ponta dos pés, com saída baixa de curtas distâncias, correr 
mantendo o tronco inclinado à frente e correr executando passadas largas.
 • 5° Passo: Troca de ideias: avaliação da aula, levantar dificuldades e facilidades 
encontradas na aula, possibilidades de transformação, adaptação ou ampliação das 
atividades.
 Para MATTHIESEN et al, [...] o atletismo a ser utilizado na escola deve ser considerado 
como o "pré-atletismo", onde, numa primeira fase, faz-se através dos gestos motores 
básicos que são correr, saltar e lançar; e numa segunda fase, mantêm-se os da primeira, 
avançando-se para as tarefas que exigem uma maior codificação dos gestos motores 
básicos, aproximando progressivamente a criança do Atletismo. (2003).
 Sendo assim, no 6° ano é aconselhável, dentro de um aprendizado progressivo, 
trabalhar a história do atletismo e suas provas, dando prioridade na prática das provas 
de corrida e suas diferentes manifestações e suas regras de execução. No 7° ano partindo 
então para as provas de saltos, arremesso e lançamentos, suas regras e técnicas de 
execução. Pode-se perceber nessa fase observando os alunos, por exemplo, quais 
são os mais velozes, os mais fortes, os mais habilidosos com os obstáculos, os mais 
resistentes e os que apresentam melhor impulsão.
 Lembrando sempre que o esporte na escola, de acordo com a LDB é um projeto 
social e humano, procurando o preparo para a cidadania, comprometido com um 
projeto de uma sociedade mais humana e dedicado à promoção de valores humanos. 
Sendo o esporte, um excelente recurso para trabalhar as questões físicas e emocionais 
dos alunos, uma vez que lida com os sentimentos como: luta, dedicação, garra, 
determinação, foco, qualidade de vida, objetivos, ganhos, perdas etc., que tendem a 
torná-los pessoas melhores.
 Agora, pensar no planejamento escolar do Novo Ensino Médio é fundamental 
para se adequar às mudanças propostas para a educação brasileira. A partir de agora 
será necessário dividir as disciplinas em áreas de conhecimento e oferecer itinerários 
formativos, o que traz mais flexibilidade aos alunos e também gera uma série de desafios 
para as escolas e educadores. Soma-se a isso a necessidade de oferecer projetos 
integrados e trabalhar o Projeto de Vida de forma estruturada.
 Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a Educação Física faz parte do 
bloco Conhecimento sobre o Corpo. De forma a permitir a cada aluno gerenciar suas 
105
atividades corporais de maneira autônoma, escolhendo as mais saudáveis, e perceber 
o organismo como uma estrutura integrada, que ganha força com os estímulos corretos, 
que pode se lesionar quando a atividade não é adequada e que precisa se nutrir para 
funcionar a contento.
 Nessa perspectiva, o atletismo, sobretudo as corridas de rua e as outras provas 
devem ser trabalhadas com foco na prática de atividades físicas com regularidade, nos 
benefícios ao corpo e à mente de qualquer pessoa, na melhora do condicionamento, da 
saúde, da flexibilidade e do funcionamento dos órgãos vitais, além de cuidar também 
dos relacionamentos sociais, tornando-a mais acessível e comunicativa.
 Assim sendo, a educação física escolar deve incluir, entre seus objetivos: tornar o 
aluno capaz de dominar um repertório grande de movimentos, exibir um estilo de vida 
ativo e de utilizar a atividade física como fator de preservação da saúde física e mental, 
como fonte de prazer, autoestima e interação social.
 Mesmo sendo o conteúdo preferido de 10 a cada 10 alunos, principalmente pela 
prática de atividades físicas, tanto que os alunos esperam apenas aulas práticas na 
educação física, é importante que o professor desta disciplina no ensino médio aborde 
a teoria, das capacidades fisiológicas inerente as provas do atletismo, de forma 
a conscientizar e dar autonomia de escolha e prática de alguma delas, de forma a 
incorporar no seu estilo de vida.
 Por fim, priorizar a qualidade de vida é buscar a consciência e a mudança de 
comportamento diante da vida e das coisas que não nos fazem bem. Ter saúde e 
ser feliz, fazendo o que a gente gosta, não tem preço, mas exige de nós certa dose 
de sacrifício. Nossa saúde e qualidade de vida também dependem da forma como 
encaramos nosso corpo e nossos hábitos, saudáveis ou não.
106
1. O atletismo está presente nos Jogos Olímpicos desde a sua criação. Quando o Barão de 
Coubertin restabeleceu os Jogos Olímpicos em 1896, estes foram realizados no Estádio 
de Atenas, na Grécia. O reinício dos jogos foi muito importante para o atletismo e para 
todos os demais esportes, que consequentemente foram evoluindo nos anos seguintes 
e nas demais edições, até os tempos atuais. Por que esta evolução no atletismo ocorreu?
a) Porque os avanços nos estudos possibilitaram o aprimoramento das técnicas dos 
movimentos e do treinamento, e a melhora da qualidade das pistas de atletismo e dos 
materiais esportivos.
b) Porque as guerras que aconteciam no mundo eram interrompidas para celebrar os 
jogos.
c) Porque um período de tempo maior entre os jogos, de quatro em quatro anos, permitia 
que os países preparassem melhor seus atletas.
d) Porque os vencedores das provas nos jogos passaram a receber benefícios, como 
pensões vitalícias e isenção dos impostos.
e) Porque com o passar do tempo vem nascendo pessoas mais talentosas e assim 
atletas melhores. 
 
2. O ensino do atletismo pode ser utilizado em todas as idades do período escolar e 
com os mais variados objetivos. Embora seja uma modalidade esportiva na qual a 
maioria das provas são disputadas individualmente, há a possibilidade de trabalhar o 
espírito esportivo, a cooperação, o respeito ao próximo e também a coletividade. Sobre 
as provas do atletismo, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) As provas de revezamento são realizadas em equipe . 
( ) As provas de maratona nos jogos olímpicos são realizadas por equipes. 
( ) As provas de fundo são realizadas individualmente . 
( ) As provas com barreiras são realizadas em equipe . 
Agora marque a alternativa que contempla a sequência correta do V ou F.
a) F, F, V e V
b) F, V, F e V
c) V, F, V e F
d) V, V, F e F
e) V, V, V e V
 
3. Um dos motivos que faz com que o atletismo seja um esporte com muitos praticantes 
são a diversidade de provas e inúmeras possibilidades de prática. As provas de atletismo 
são divididas em provas de campo, de pista e de rua. Cada tipo de prova possui 
características e regras específicas. De acordo Com as características das provas de 
atletismo, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
FIXANDO O CONTEÚDO
107
( ) A prova mais longa do atletismo é a marcha atléticade 50 km.
( ) Os 100m, 200m, 400m e 800m rasos e os revezamentos 4x100m e 4x400m são 
exemplos de corridas totalmente raiadas.
( ) As provas de campo são compostas pelo arremesso, lançamentos e saltos.
( ) As provas do decatlo e heptatlo, em competições oficiais adultas, são realizadas 
por homens e mulheres, respectivamente.
( ) Os jogos de perseguição podem ser usados como iniciação lúdica às corridas de 
velocidade.
Agora marque a alternativa que contempla a sequência correta do V ou F.
a) F, F, V, V e V
b) F, V, F, F e V
c) V, F, V, V e F
d) V, F, V, V e V
e) V, V, V, F e V
 
4. A Educação Física apresenta-se na BNCC como:
"O componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas 
de codificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades 
expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos grupos sociais no de correr da história" 
(BRASIL, 2018, p.213).
Considerando o texto acima, avalie as afirmações a seguir sobre a forma como o 
atletismo é contemplado pela BNCC.
I. O atletismo é contemplado na unidade temática Esportes que reúne tanto as 
manifestações mais formais dessa prática quanto as derivadas. Como toda prática 
social, o esporte é passível de recriação por quem se envolve com ele.
II. O atletismo é contemplado na unidade temática Ginásticas, onde são propostas 
práticas com formas de organização e significados muito diferentes: ginástica geral; 
ginásticas de condicionamento físico; e ginásticas de conscientização corporal.
III. O atletismo é contemplado na unidade temática Brincadeiras e jogos, explora 
aquelas atividades voluntárias exercidas dentro de determinados limites de tempo e 
espaço, caracterizadas pela criação e alteração de regras, pela obediência de cada 
participante ao que foi combinado coletivamente, bem como pela apreciação do ato 
de brincar em si.
IV. O atletismo é contemplado na unidade temática Práticas corporais de aventura, 
onde exploram-se expressões e formas de experimentação corporal centradas nas 
perícias e proezas provocadas pelas situações de imprevisibilidade que se apresentam 
quando o praticante interage com um ambiente desafiador. 
É correto apenas o afirmado em:
a) II. 
b) I, III e IV. 
108
c) I. 
d) I, II e III. 
e) II e IV. 
5. Quando falamos no ambiente no qual o atletismo pode ser praticado, nos vem à 
cabeça as estruturas oficiais das práticas, principalmente a pista e o campo de 
atletismo. Também sabemos que oficialmente temos provas que acontecem nas ruas, 
em montanhas e em meio a trilhas. Mas o atletismo também pode ser praticado em 
outros lugares. Marque verdadeiro (V) ou falso (F) nas afirmativas a seguir referente aos 
locais de prática do atletismo.
( ) Campo de futebol.
( ) Piscina.
( ) Quadra poliesportiva.
( ) Tanque de areia.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta.
a) F – F – V – V.
b) V – V – F – F.
c) V – F – V – F.
d) V – V – V – V.
e) V – F – V – V.
6. O objeto da pedagogia do esporte é composto pela interação entre os inúmeros 
fatores envolvidos no processo de iniciação esportiva e tendo como tarefa ensinar 
técnicas, táticas e valores sociais indispensáveis para o desenvolvimento da criança, 
jovem ou adolescente. (PAES; BALBINO, 2009).
Considerando o texto acima, avalie as afirmações a seguir e marque a alternativa que 
apresenta uma afirmativa correta.
a) Nessa perspectiva, o trabalho a ser desenvolvido, envolve só o conhecimento 
pedagógico.
b) Na pedagogia do esporte só o conhecimento das técnicas de execução e as regras 
são importantes
c) As capacidades motoras e físicas inerentes a cada uma das provas do atletismo são 
dispensáveis dentro da pedagogia esportiva.
d) Não só o conhecimento pedagógico, mas também da técnica de execução, regras, 
tática, capacidades motoras e físicas inerentes a cada uma das provas do atletismo, 
são importantes neste contexto.
e) Nesta perspectiva, o estímulo para prática, o despertar do interesse pelo atletismo, a 
cada aula, fundamental para o interesse pela modalidade atletismo é o foco.
7. Dentro de uma abordagem lúdica para se trabalhar o atletismo, as atividades de 
estafetas são recomentadas, pois as mesmas possuem um grande potencial formativo, 
quer seja pelo domínio sobre si mesmo e domínio de uma técnica ou por uma atividade 
de equipe em que todos são importantes e estimulem o espírito de grupo.
109
Com base na afirmativa acima, marque a alternativa correta.
a) As atividades de estafetas, só se apresenta como possibilidades quando não há 
espaços e equipamentos adequados para a prática.
b) As atividades de estafetas, são apropriadas para trabalhos com objetivo de trabalhar 
as corridas de velocidade.
c) As atividades de estafetas não apresentam possibilidades de trabalhar corridas 
moderadas transpondo obstáculos variados e a ritmos variados.
d) As atividades de estafetas apresentam muitas possibilidades e podem atender e 
contemplar as mais diversas capacidades motoras e físicas do aluno.
e) As atividades de estafetas são práticas apenas criativas, mas pouco estimulantes e 
desafiadoras que não ajudam no interesse em continuar a prática do atletismo.
8. No âmbito escolar, tanto o atletismo, como as demais práticas inseridas no contexto 
da educação física escolar, necessitam que a proposta de trabalho e a metodologia do 
professor esteja em consonância com os documentos oficiais da educação. Como o 
documento da Base Nacional Comum Curricular apresentada no ano de 2018 (BNCC).
Considerando o texto acima, avalie as afirmações a seguir e marque a alternativa que 
apresenta uma afirmativa correta.
a) O professor de Educação Física, deve aproveitar o fascínio das crianças pelas 
brincadeiras para ensinar o atletismo de forma lúdica e prazerosa.
b) A prática competitiva no processo de ensino aprendizagem do atletismo ganha 
dimensão em importância no contexto escolar por possibilitar a participação de todos.
c) As brincadeiras não são possibilidades para desenvolver a coordenação motora, 
agilidade e destreza e não se relacionam ao trabalho da prática do atletismo.
d) O atletismo na escola deve ser considerado como o "pré-atletismo", onde deve-se 
trabalhar apenas os gestos motores básicos (correr, saltar e lançar).
e) No planejamento escolar dentro do Novo Ensino Médio é fundamental trabalhar o 
atletismo de forma sistematizada a especialização e o treinamento, para se adequar às 
mudanças propostas para a educação brasileira.
110
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 1
UNIDADE 3
UNIDADE 5
UNIDADE 2
UNIDADE 4
UNIDADE 6
QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 D
QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 A
QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 C
QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 D
QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 D
QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 A
111
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https://bit.ly/3rungcJ
114
graduacaoead.faculdadeunica.com.br
http://graduacaoead.faculdadeunica.com.brde DIALUS, corridas mais longas que chamavam de DOLIKOS, saltos em 
distância sem impulso e diversos arremessos de peso, dardo e disco em um formato 
rudimentar e variável.
 Foi em 776 a.C., ainda na Grécia Antiga, que o atletismo ganhou destaque, pois 
neste ano, foi realizada a primeira Olimpíada da história na cidade de Olímpia. A primeira 
disputa oficial foi uma corrida de aproximadamente 192 metros, que recebeu o nome 
de “stadium”. A prova foi vencida por Coroebus, que se consagrou como o primeiro 
campeão olímpico da história.
Figura 1: Ruínas do “stadion”, no alto do Santuário de Apolo em Delfos
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, a competição significava um período de 
trégua num mundo recheado de guerras e conflitos. Só podiam participar dos Jogos 
Olímpicos cidadãos nascidos em alguma das cidades-estados que formavam a Grécia 
Antiga. Eram proibidos de competir os estrangeiros, chamados de bárbaros, os escravos 
e as mulheres.
 Assim como acontece nos dias de hoje, os jogos eram disputados de quatro 
em quatro anos, período a que se dá o nome de Olimpíada. A competição sempre foi 
marcada pela celebração de uma trégua entre as cidades-estados gregas, que viviam 
em conflito. Mas diferente dos tempos atuais, apenas o campeão era premiado.
11
OLIMPÍADA corresponde ao período (intervalo) de quatro em quatro anos existente entre 
o fim de uma realização de Jogos Olímpicos e o começo de outra, também chamado de 
Ciclo Olímpico.
FIQUE ATENTO
 Dois meses antes de cada edição, uma espécie de Senado Olímpico decretava a 
trégua, que era comunicada por mensageiros escolhidos entre os cidadãos de Élis, reino 
responsável pela organização dos Jogos. A partir deste momento, atletas, juízes, artistas 
e familiares podiam viajar em segurança e tinha direito a um mês de preparação para 
as competições.
 Por volta de 456 a.C., com a invasão romana, a competição foi perdendo força. 
Sem a tenacidade dos gregos, dedicaram-se mais à corrida de “Bigas” ou a arte da 
esgrima, com espada, o escudo e a lança, do que pelas provas atléticas. Até que em 
396 a.C., o Imperador Teodósio I – Romano, decidiu acabar com todas as atividades 
esportivas pagãs para buscar apoio da igreja, desta forma acabando com os Jogos 
Olímpicos da antiguidade.
Figura 2: Corridas de Bigas
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 No século XVIII, A Inglaterra dá o primeiro passo introduzindo a prática do atletismo 
nas escolas primarias públicas em seus programas educacionais. Em 1828 Thomas 
Arnold codifica as corridas, os saltos e os arremessos, nascendo aí o espírito competitivo 
do atletismo, não só em escolas, mas também nas universidades, associações e clubes, 
difundindo seus benefícios para muitos outros países.
 Dessa forma, por volta de 1840, na Inglaterra, foram realizadas as primeiras 
competições que remetem ao atletismo moderno. Em 1850, à chegada de navios Ingleses 
nos portos do Rio de Janeiro e de São Paulo, há o registro dos primeiros movimentos de 
corridas atléticas no Brasil, como compensação do longo período no mar. Já em 1880, a 
prática já era comum nos Estados Unidos e em diversas outras nações europeias.
 Inspirado nas Olimpíadas da Grécia Antiga, Barão de Coubertin foi o criador dos 
Jogos Olímpicos da Era Moderna. Foi ele o responsável por colocar no papel os ideais 
do Olimpismo como um estilo de vida associado ao esporte, à cultura e à educação. 
Apesar disso, não via com bons olhos a presença de esportes coletivos na programação 
12
e era contra a participação de mulheres como atletas nas competições.
Figura 3: Pierre de Frédy - O Barão de Coubertin
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Em 1892, Coubertin fez uma apresentação, na Universidade de Sorbonne, em 
Paris, de um estudo sobre os exercícios físicos no mundo moderno e sobre o desejo de 
reviver os Jogos Olímpicos. Mas o apoio, para valer, só veio dois anos depois, quando 
foi realizado o que foi considerado o primeiro Congresso Olímpico. Era o dia 23 de junho 
de 1894, data em que nasceram os Jogos Olímpicos da Era Moderna e o seu criador foi 
presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), que ele mesmo fundou, de 1896 até 
1925.
 Em 1896, aconteceu a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, 
em Atenas – Grécia, sob a tutela do Barão de Coubertin, nascendo a ideia de que: “É 
possível fazer-se uma Olimpíada só com provas de atletismo; porém, é impossível com 
todos os outros desportos, sem o atletismo”. Com a participação de 13 países, 311 atletas 
masculinos, 9 modalidades e não houve a participação do Brasil.
Figura 4: Atenas-1896
Fonte: Getty Images (online, 2022)
 A partir daí, a prática do esporte foi ganhando cada vez mais força, pois o mundo 
já estava despertando para à importância da pratica esportiva na formação da 
juventude. Destacando cada vez mais o valor do atletismo, até a fundação da Federação 
13
Internacional de Atletismo Amador (IAAF) em 1912, tendo como fundadores 16 países: 
Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, Dinamarca, Estados Unidos da América do 
Norte (USA), Egito, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Noruega, Reino Unido (Inglaterra), 
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e Suécia.
Agora leia o capítulo um do livro “Aspectos Pedagógicos do Atletismo”, de Paola 
Neiza Camacho Rojas para compreender o Atletismo em sua organização atual 
e as possibilidades que ele apresenta a sua área de estudos e futura profissão 
de Educador Físico.
Disponível em: https://bit.ly/3ByxuNP. Acesso em: 08 abr. 2022
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1.2 O ATLETISMO NO BRASIL
 Relato das primeiras corridas atléticas no Brasil são de 1850, quando viajantes 
Ingleses de navios desembarcaram nos portos do Rio de Janeiro e São Paulo. 
Com atletismo com destaque nas escolas públicas inglesas no final do século XIX, 
naturalmente com a chegada destes imigrantes tenham trazido essa prática esportiva.
 Já no início do século XX, o atletismo no Brasil passou a ser disseminado e se 
consolidou, vinculada à então Confederação Brasileira de Desportos (CBD) até 1977. No 
ano de 1914 o Brasil se filiou a IAAF, no entanto, a primeira prova de expressão ocorreu 
em 1918, com um duodecatlo (12 provas) promovido pelo jornal O Estado de São Paulo. 
 Nesta época, muitos atletas representaram o País em competições internacionais, 
mesmo em condições de precariedade, como foi o caso do 1.º Campeonato Sul-
americano, que aconteceu no Uruguai em 1919. A primeira participação do atletismo 
Brasileiro em Olímpiadas foi em 1924, nos Jogos de Paris, só masculino.; só em 1952, em 
Helsinque, o Brasil teve suas primeiras medalhas Olímpicas, conquistada por Adhemar 
Ferreira da Silva ouro no Salto Triplo (16,22m) e José Telles da Conceição bronze no salto 
em altura (1,98m).
Figura 5: Adhemar Ferreira da Silva e José Telles da Conceição
Fonte: CBAt (online, 2022)
 Adhemar Ferreira da Silva, quatro anos depois, em 1956, em Melbourne, na Austrália, 
repetiu o feito, sendo medalhista de ouro no salto triplo, se tornando o único brasileiro 
no Hall da Fama da IAAF, que exalta os maiores atletas de todos os tempos. Adhemar 
estabeleceu o recorde mundial do salto triplo por 5vezes, chegando aos 16,56 metros 
https://bit.ly/3ByxuNP
14
em 1955; no seu primeiro recorde, derrubou uma que durava 14 anos. Já José Telles da 
Conceição, foi um atleta de muitas aptidões e chegou a estabelecer 21 recordes em 
cinco provas diferentes, destacando-se no salto em altura e 200 metros.
 Outro atleta brasileiro que ganhou destaque internacional em jogos olímpicos 
chama-se João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, nas Olimpíadas de Montreal em 1976 
e Moscou 1980, ganhando a medalha de bronze e seu recorde mundial no salto triplo de 
17,89 metros no Mexico, em 1975, permaneceu por quase dez anos.
Figura 6: João Carlos de Oliveira, o João do Pulo
Fonte: CBAt (online, 2022)
 A Confederação Brasileira de Atletismo só foi criada oficialmente no ano de 
1977. Desde então, a modalidade só vem crescendo no País,mas ainda em condições 
precárias de treinamento para os atletas. Mesmo assim, os atletas brasileiros possuem 
uma pequena hegemonia em âmbito continental. Em competições oficiais, o país vem 
se destacando nas provas de velocidade, no salto triplo, no salto com vara feminino e 
nas provas de revezamento.
Agora acesse o site oficial da Confederação Brasileira de Atletismo para co-
nhecer um pouco da sua organização, sobre as competições, recorde e atletas 
brasileiros em destaque. 
Disponível em: https://bit.ly/3SpGYBS. Acesso em: 08 abr. 2022
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1.3 CURIOSIDADES HISTÓRICAS
 A prova dos 100 metros rasos é a mais nobre do atletismo, talvez por definir quem 
é o homem mais veloz na competição em disputa, quer seja em Mundial ou Olímpiada, 
dura menos de 10 segundos. No percurso, o atleta dá 45 passadas e chega ao final a 36 
km/h. Um homem comum faria isso em 55 passadas, e a no máximo 22,5 km/h.
 Talvez a prova dos 100 metros rasos mais marcante não só na história do atletismo 
e dos Jogos Olímpicos, mas também na da humanidade, tenha acontecido em 1936, 
nas Olimpíadas de Berlim, na Alemanha, com o ditador Adolf Hitler no poder. Mesmo 
15
sendo contra o evento esportivo no país, Hitler aceitou sediar a cerimônia com o objetivo 
de fazer propaganda do nazismo e confirmar o que chamava de “supremacia ariana”, 
conceito que induziu muitos alemães a se considerarem superiores a pessoas de outros 
países ou judeus, por exemplo.
Nesse contexto que apareceu o atleta negro Jesse Cleveland Owens, com então 22 anos, 
nascido em Alabama, nos Estados Unidos. Ele se tornou o primeiro atleta a vencer quatro 
ouros em uma Olimpíada e, com a sua vitória, desafiou diretamente a crença na superiori-
dade da raça ariana. Ele ganhou as medalhas nos 100m, 200m, revezamento 4×100 e salto 
em distância. A vitória de Jesse Owens entrou para a história pelo momento simbólico: ele 
foi o homem negro que subiu ao pódio em pleno regime nazista. Pense e pesquise sobre a 
importância deste feito para luta racial.
VAMOS PENSAR?
Figura 7: Jesse Cleveland Owens
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 Não só de momentos de glória aprova dos 100 metros rasos foi marcada na 
história. O atleta canadense Ben Johnson ficou quase uma hora e meia tomando líquido 
para conseguir fazer xixi depois da vitória nos 100 metros, em Seul, na Coreia do Sul. No 
dia seguinte, os dois minúsculos frascos marcados com o número 1237 mostraram a 
presença de estanozolol, substância que aumenta artificialmente a massa muscular e 
a competitividade do atleta.
 Havia entre os atletas na época a suposição de que o estanozolol seria indetectável 
pelos exames. Na verdade, em Seul, foi a primeira vez que ele acabou sendo percebido. 
Ben Johnson foi excluído dos registros da Olimpíada de Seul - seu nome e suas marcas 
não constarão de qualquer estatística oficial dos Jogos. Ele também ficou proibido de 
disputar qualquer competição internacional por dois anos. Sendo só lembrado pela 
tentativa frustrada de trapaça e pelo vexame mundial, fora totalmente do espírito 
Olímpico.
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16
 Em contrapartida, hoje não tem como falar em 100 metros rasos e nos 200 metros 
rasos e não ter em mente ou falar de Usain Bolt. O jamaicano se tornou o primeiro 
corredor a bater os recordes de 100 metros, 200 metros e 4×100 metros nos mesmos 
Jogos Olímpicos, em Pequim, na China, em 2008. Um dia antes de completar 23 anos, 
em 2009, Bolt quebrou o recorde dos 200 metros mais uma vez. Com 19s19, o corredor 
se tornou o primeiro a ser campeão olímpico e mundial das provas de 100 e 200 metros. 
Mesmo assim, esnobou: “Não foi uma boa prova, mas foi veloz”.
 Exatamente um ano depois da vitória em Pequim, em 16 de agosto de 2009, 
durante o Campeonato Mundial de Atletismo, Usain Bolt quebrou mais um recorde nos 
100 metros. Marcou 9s58. Foi a maior diferença registrada de um recorde para outro 
desde 1968. Quando quebrou o recorde dos 100 metros pela terceira vez, em Berlim, Bolt 
deu 42 passadas. Isso equivale a aproximadamente 2,30 metros por passo. Na prova, 
ele manteve uma velocidade média de 37,6 km/h, e chegou a 41,8 km/h.
 Várias universidades dos Estados Unidos ofereceram bolsas de estudos quando 
jovem para Bolt treinar em suas dependências. Ele recusou todas e resolveu treinar em 
Kingston, capital da Jamaica, seu país natal. Bolt foi o mais jovem corredor a ganhar um 
Campeonato Mundial Júnior. Aconteceu em 2002, quando ele tinha 15 anos.
 Seu patrocinador de material esportivo, a Puma, fechou o contrato com ele em 
2003, aos 16 anos. Bolt foi o mais jovem atleta a assinar com a Puma. Bolt quebrou o 
recorde dos 100 metros pela primeira vez em 31 de maio de 2008, no Reebok Grand Prix, 
em Nova York, nos Estados Unidos. Ele fez o percurso em 9s72, batendo o recorde de seu 
compatriota Asafa Powell.
 Já a Maratona é a corrida mais longa do atletismo. São 42,195 km de muito esforço, 
desgaste, dificuldade e resistência, é a última e mais emocionante prova dos Jogos 
Olímpicos. Sendo disputada desde os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, em 
1896, sendo que o percurso a princípio era de 40 km.
 Segundo a lenda, no ano 490 a.C. Pheidippides correu aproximadamente 40 km 
fazendo o percurso da Planície de Maratona até Atenas, para dar uma boa notícia. Os 
persas haviam jurado aos gregos que, caso vencessem a batalha, invadiriam Atenas, 
violariam suas mulheres e matariam seus filhos. Temendo tal violência, ficou combinado 
que as mulheres matariam seus filhos e cometeriam suicídio, caso não tivessem notícias 
sobre a vitória dentro de 24 h.
 Como os atenienses venceram os persas, Pheidippides foi incumbido de correr 
todo o Vale de Maratona até Atenas para impedir a desgraça. Segundo a história, 
Pheidippides ao chegar só teve fôlego para pronunciar a palavra “vencemos”, e caiu 
morto.
 Se a lenda é verdadeira não se sabe, mas o fato é que na primeira Olimpíada 
da era moderna, em 1896, Pheidippides foi homenageado com a criação da prova da 
Maratona, ainda com um percurso de 40 km. Sendo que, Pheidippides não foi o único a 
perder a vida nessas condições. Em 1912, em uma Maratona em Estocolmo, um português 
chamado Francisco Lázaro morreu durante a prova.
 O percurso aumentou por outro fato curioso. Em 1948, quando os Jogos Olímpicos 
foram sediados na Inglaterra, o percurso foi aumentado em 2,195 m, para que a família 
Real pudesse assistir à largada da prova sem sair do Palácio de Windsor.
 A primeira maratona olímpica feminina foi realizada em 1984, em Los Angeles, 
nos Estados Unidos. A vencedora foi a norte-americana, Joan Benoit Samuelson com 
2h24min52. Dezessete dias antes da maratona olímpica, Benoit fez uma cirurgia no 
17
joelho e se recuperou fazendo o deep-running (corrida na piscina com flutuador sem 
impacto).
 Mas o fato que mais chamou atenção do mundo foi à chegada da suíça Gabrielle 
Andersen-Scheiss, na época com 39 anos. Devido ao forte calor, mais de 30 graus, ela 
se desidratou, teve câimbras, cambaleou nos últimos 200 metros, já dentro do estádio 
olímpico. Por ser uma atleta experiente, os médicos a acompanharam até cruzar a linha 
de chegada na 37a. colocação com 2h48min42. Muitos acham que ela foi a última. Logo 
depois veio a Eleonora Mendonça, única representante do Brasil. Aí sim, vieram outras 
mulheres com tempos acima das 3 horas. 44 corredoras completaram a maratona. 
Outros acham que ela teve sequelas, morreu, mais que nada. Gabrielle aos 76 anos 
continua – correndo. Gabrielle Andersen-Scheiss, é um exemplo de garra, perseverança, 
determinação e espírito olímpico.
Figura 9: Gabrielle Andersen-Scheiss
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
Agora confira um pouco mais sobre a história de Gabriele Andersen acessando 
o link a seguir, que mostra uma matéria do ge.globo realizada sobre o assunto.
Disponível em:https://bit.ly/3R3lQQL. Acesso em: 08 abr. 2022
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 Em Atenas, em 2004, um fato curioso colocou o brasileiro Vanderlei Cordeiro 
de Lima na galeria dos heróis olímpicos mundiais. Ele corria pelas ruas de Atenas, no 
percurso da maratona, e estava em primeiro lugar, no km 36,5, a 1h52min de prova, 
quando foi vítima da agressão. Já tinha corrido 86% da prova, estava a seis quilômetros 
do fim e na frente – se aproximava do ouro.
 De repente, um ex-padre irlandês, manifestante de ações confusas, invadiu a 
prova, agarrou e empurrou Vanderlei por metros em direção a calçada. Ajudado por um 
popular, Vanderlei se reequilibrou e retornou para a corrida. Mas restaram a perda de 
tempo, de ritmo de corrida e da concentração. Um pouco a frente perdeu a liderança, 
mas seguiu até o fim em direção ao pódio.
https://bit.ly/3R3lQQL
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Figura 10: Wanderlei Cordeiro de Lima, Atenas 2004
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
Agora confira um pouco mais sobre o ocorrido com Wanderlei Cordeiro de Lima 
acessando o link a seguir, que mostra uma matéria realizada sobre o assunto. 
Disponível em: https://bit.ly/3R4PCEw. Acesso em: 08 abr. 2022
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 Cruzou a linha de chegada no histórico Estádio Panatinaiko, em terceiro lugar, em 
2h12min11. E comemorou a seu modo, com o “aviãozinho” (o italiano Stefabi Baldini ganhou 
o ouro, em 2h10min55, e o norte-americano Meb Keflezighi a prata, em 2h11min29).
 Vanderlei foi muito aplaudido pelo público e nas entrevistas ao fim da maratona, 
ainda no estádio na zona mista e logo depois na sala de imprensa, com jornalistas 
do mundo todo, foi o centro das atenções, competidor para o qual foram dirigidas a 
maioria das perguntas. E surpreendeu ao valorizar a sua conquista e a dos adversários 
também. Comemorou muito o pódio olímpico, apesar de todo o prejuízo causado por 
uma falha de segurança da prova.
 O Comitê Olímpico do Brasil (COB) e a Confederação Brasileira de Atletismo 
(CBAt) apresentaram recurso. Mas os organizadores da Olimpíada e o Comitê Olímpico 
Internacional (COI) não revisaram o resultado da maratona. Em contrapartida, e pela 
atitude diante da adversidade sofrida, Vanderlei foi agraciado com a medalha Pierre de 
Coubertain, uma honraria esportiva-humanitária do COI a atletas e pessoas envolvidas 
com o esporte que demonstrem alto grau de esportividade e espírito olímpico durante 
a disputa dos Jogos.
 Atualmente são várias as provas de Maratona espalhadas pelo mundo, inclusive 
no Brasil. A prova anual de Maratona mais antiga acontece desde 1897, no Dia do Patriota, 
em Boston, nos Estados Unidos.
https://bit.ly/3R4PCEw
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Agora leia a unidade 1 do livro “Metodologia do atletismo”, de Juliano Vieira da 
Silva para conhecer mais sobre os atletas de atletismo que realizaram feitos 
históricos em competições e suas marcas, encontrado nas páginas de 20 a 25.
Disponível em: https://bit.ly/3C2zUG2. Acesso em: 10 abr. 2022
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/3C2zUG2
20
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (UEM–PR). Sobre o atletismo, analise as seguintes afirmativas:
I. O Atletismo existe desde o surgimento do homem, pois o mais antigo dos ancestrais 
humanos já andava, corria, saltava e lançava objetos.
II. Na moderna definição, o Atletismo é um esporte com provas de pista (corridas), 
de campo (Saltos e Lançamentos), provas combinadas, como o Decatlo e o Heptatlo 
(provas de pista e campo), o Pedestrianismo (corridas de rua, como a Maratona), 
corridas de campo (Cross Country), corridas em montanha e Marcha Atlética.
III. A primeira competição esportiva de que se tem notícia foi uma corrida, nos Jogos 
de 776 a.C., na cidade de Olímpia, na Grécia, o que impulsionou o surgimento das 
Olimpíadas.
IV. Adhemar Ferreira da Silva foi o primeiro saltador de triplo do Brasil a estabelecer o 
recorde mundial na prova.
São corretas as alternativas:
a) Afirmativas I, II e III
b) Afirmativas I, II e IV
c) Afirmativas I, III e IV
d) Afirmativas II, III e IV
e) Afirmativas III e IV
2. O atletismo é chamado de esporte-base de todos demais, por quê?
a) Nasceu da necessidade natural de correr, saltar e lançar objetos, que são habilidades 
inerentes a todos os outros esportes.
b) Na antiguidade, prejudicava a sobrevivência de nossos ancestrais, já que, essa 
prática era de preservação da espécie
c) Com o passar do tempo o homem abandonou esses movimentos no lazer, por causa 
da tecnologia.
d) Medindo velocidade (rapidez), destreza, força com seus semelhantes, o homem se 
mostra um ser superior e espiritualizado.
e) Todo atleta profissional praticou atletismo na infância, só por isso conseguiram 
sucesso em seus esportes.
3. Em relação aos Jogos Olímpicos da Antiguidade é correto afirmar que:
a) Nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, a competição significava um período no mundo 
recheado de guerras e conflitos, sendo realizados em meio ao campo de batalha.
b) Só podiam participar dos Jogos Olímpicos cidadãos nascidos em alguma das 
cidades estado que formavam a Grécia Antiga.
c) Eram permitidos competir os estrangeiros, chamados de bárbaros, os escravos e as 
mulheres, desde que convertidos as crenças Gregas.
21
d) Os Jogos eram disputados diferentemente do que acontece hoje de dois em dois 
anos, período a que se dá o nome de Olimpíada.
e) A competição sempre foi marcada pela celebração de uma vitória das cidades 
estado gregas em um conflito e diferente dos tempos atuais, todos eram premiados.
4. Inspirado nas Olimpíadas da Grécia Antiga, Barão de Coubertin foi o criador dos 
Jogos Olímpicos da Era Moderna. Foi ele o responsável por colocar no papel os ideais 
do Olimpismo como um estilo de vida associado ao esporte, à cultura e à educação. 
Com base nisto, sobre o Barão de Coubertin é correto afirmar que:
a) Via com bons olhos a presença de esportes coletivos na programação e era a favor 
da participação de mulheres como atletas nas competições.
b) Em 1892, apresentou, na Universidade de Sorbonne, em Paris, um estudo sobre os 
exercícios físicos no mundo antigo e o desejo de encerrar definitivamente os Jogos 
Olímpicos.
c) Em 1894 foi realizado o que foi considerado o primeiro Congresso Olímpico e o dia 23 
de junho de 1894, foi a data em que nasceram os Jogos Olímpicos da Era Moderna.
d) Coubertin fundou o COI (Comitê Olímpico Internacional), mas nunca foi presidente 
da instituição que ele mesmo fundou em 1896.
e) Para Coubertin só era possível fazer-se uma Olimpíada com todos os outros desportos, 
porém, era impossível só com as provas do atletismo.
5. No início do século XX, o atletismo no Brasil passou a ser disseminado e se consolidou, 
vinculada à então Confederação Brasileira de Desportos (CBD) até 1977. No ano de 1914 
o Brasil se filiou a IAAF, no entanto, a primeira prova de expressão ocorreu em 1918, com 
um duodecatlo (12 provas) promovido pelo jornal O Estado de São Paulo.
Baseado no texto, julgue as afirmações a seguir:
I. Nesta época, muitos atletas representaram o País em competições internacionais, 
mesmo em condições de precariedade, como foi o caso do 1.º Campeonato Sul-
americano, que aconteceu no Uruguai em 1919.
II. A primeira participação do atletismo Brasileiro em Olímpiadas foi em 1934, nos Jogos 
de Paris, no masculino e feminino.
III. Só em 1952, em Helsinque, o Brasil teve suas primeiras medalhas Olímpicas, conquistada 
por Adhemar Ferreira da Silva ouro no Salto Triplo e Wanderley Cordeiro de Lima bronze 
no salto em altura.
Estão corretas somente:
a) Só a I
b) I e II
c) I e III
d) II e III
e) I, II e III
6. Qual a modalidade de salto que o atleta João Carlos de Oliveira, o “João do Pulo” 
22
disputou e foi recordista?
a) Salto triplo.
b) Salto com vara.
c) Salto em altura.
d) Salto em distância.
e) Sato ornamentais.
7. Trata-se de uma corrida do atletismo, em que o atleta executa a largada com o 
auxílio de um bloco de partida. É considerada a prova mais rápida do atletismo. Estamos 
falando dos ___________________.
a) 100 metros rasos
b) 200 metros rasos
c) 400 metros rasos
d) 100 metros com barreiras.
e)110 metros com barreiras.
8. [Educopédia/2019] Desde as Olimpíadas de Londres, em 1908, a maratona tem uma 
distância específica. Marque a opção que mostra a distância correta em metros.
a) 40 quilômetros;
b) 42.030 quilômetros;
c) 42.185 quilômetros;
d) 42.195 quilômetros;
e) 42 quilômetros.
23
ATLETISMO - CORRIDAS E 
MARCHAS
24
 Em sua essência, o atletismo é uma competição para provar quem é o mais 
rápido, o que salta mais alto ou quem tem a capacidade de arremessar um objeto mais 
distante. Ele é composto por uma série de provas, que podem ser realizadas em pista, 
campo ou rua.
 A pista de atletismo é utilizada para as provas de corrida, ela é oval, mede 400 
metros e tem nove raias. Já o campo, ou parte interna do estádio, é usado para as 
provas de arremesso ou lançamento. Nessas competições, os atletas lançam dardos, 
discos e martelos, além de arremessarem pesos. A prova mais tradicional de rua é a 
maratona, em que os atletas percorrem a distância de 42,195 km.
2.1 CORRIDAS DE VELOCIDADE
Figura 11: Pista de atletismo
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3fbOBgI. Acesso em: 08 abr. 2022.
 As corridas de velocidade ou de curta distância estão entre as mais antigas de 
que se tem registro. A corrida de velocidade, conhecida com o nome de Stadium, com 
aproximadamente 200 metros, foi realizada nos Jogos Olímpicos de 776 a.C., na Grécia.
 Atualmente, as corridas de velocidade ou curta distância são compostas por 100 
metros, 200 metros e 400 metros rasos (masculino e feminino), os revezamentos 4 x 100 
metros e 4 x 4000 metros (masculino e feminino), as corridas sobre barreiras em 100 
metros e 400 metros (feminino) e 110 metros e 400 metros(masculino).
 As prova dos 100 metros, 200 metros e 400 metros são as provas que definem os 
atletas mais rápidos. Nessas disputas, os corredores são separados por raias de 1,22m 
de largura e não podem interferir no espaço de outro competidor. Os atletas largam de 
blocos de partida fixados no chão ao som de um sinal de partida. Nos 200 metros e 400 
metros as posições de largada não são alinhadas, para compensar as curvas. Caso 
tenha tempo de reação inferior a 0,1s, o competidor será desclassificado por largada 
falsa. O vencedor será aquele cujo torso cruzar primeiro a linha de chegada, pernas 
e braços são desconsiderados. Caso não seja possível determinar o vencedor a olho 
nu, é usado o sistema chamado photo finish para determinar o campeão. Se a prova 
for disputada com uma velocidade de vento favorável maior que 2 m/s, os tempos 
https://bit.ly/3fbOBgI
25
registrados não são aceitos para a homologação de recordes.
 Blocos de Largada ou Partida: podem ser construídos de madeira ou metal; 
são utilizados pelo atleta na partida somente nas corridas de velocidade intensa e 
prolongada; devem ser ancorados atrás da linha de largada; a finalidade é de fazer 
com que o atleta alcance maior velocidade num menor intervalo de tempo ou espaço 
percorrido – aceleração mais rápida do corpo; são fixados na pista e devem ser 
ajustáveis para que o atleta consiga beneficiar-se ao máximo ao se posicionar para a 
largada.; os locais de apoio dos pés possuem uma inclinação – melhor apoio para os 
pés – apoio dianteiro com menor inclinação que o traseiro.
Figura 12: Blocos de Largada ou Partida
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Segundo Hay (1981), “o sucesso da corrida depende da habilidade do atleta em 
combinar os movimentos de suas pernas, braços e tronco formado um todo suavemente 
coordenado.” 
 O movimento das pernas é cíclico e dividido em três partes: Fase de apoio: 
começa com o pé tocando o solo e termina, quando o centro de gravidade do atleta o 
ultrapassa; Fase de propulsão: começa quando a fase de apoio termina e quando o pé 
deixa o solo; Fase de recuperação, durante a qual o pé está fora do solo e está sendo 
levado à frente preparando-se para tocar novamente o solo;
 A corrida é uma atividade natural, mas a técnica deve ser um fator muito 
preocupante quando se trata de competições, é preciso preocupar-se com vários 
aspectos que podem influenciar a técnica. Preocupação com a técnica das passadas. 
Na passada a maior preocupação é com a velocidade instantânea, melhora-se a 
velocidade aumentando a frequência e a amplitude da passada.
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 O tempo de apoio da passada é de 0,15 s e o tempo de suspensão é de 0,25 s a 
0,75 s. Quando ocorre o amortecimento no solo a planta do pé tem um leve predomínio 
e o apoio ligeiramente adiante da vertical do joelho. No apoio, os ombros estão baixos, 
o tronco está na vertical, os braços em ângulo de 90º, a perna de apoio em leve flexão, 
o calcanhar da perna livre próximo ao glúteo. A impulsão para a próxima passada 
deve ser de máxima intensidade, o joelho da perna livre deverá estar elevado quase na 
horizontal.
Figura 14: Apoio na passada de corrida de velocidade
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Ação dos braços na corrida de velocidade devem estar flexionados a 90º, levando 
os cotovelos para trás na movimentação, em alguns momentos o atleta varia um 
pouco o ângulo. Esta variação é comum ocorrer, pois o principal fator dessa variação é 
o tamanho da passada, os movimentos efetuados pelos braços devem corresponder à 
sequência de movimentos efetuados pelas pernas.
 Os principais aspectos a serem observados na técnica de corrida de velocidade:
 Pontos positivos: Elevação da coxa na horizontal, colocando-se paralelamente 
ao solo, na finalidade de aumentar a amplitude da passada; Grande ação do tornozelo, 
tocando o pé suavemente no solo; Inclinação do corpo no ângulo de 30º, para que os 
movimentos tendam para frente.
Figura 15: Técnica de corrida de velocidade - Pontos positivos
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Pontos negativos: Excessivo cruzamento dos braços na frente do tronco, o que 
provoca num desequilíbrio do corredor; Falta de extensão das pernas, colocação dos 
pés planos na pista, ombros muito altos.
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 A técnica de um corredor muda quanto mais rápido ele corre, velocistas gastam 
mais tempo no ar do que corredores de fundo, balançam e flexionam seus braços mais 
vigorosamente, elevam mais os joelhos, impulsionam mais a perna, e flexionam mais o 
joelho. A tensão é prejudicial ao atleta, que despende energia desnecessária; velocistas 
tentam correr explosivamente, porém relaxando seu rosto, pescoço, ombros e mãos.
Figura 17: Exemplo de técnica da corrida em velocidade
Fonte: CARR (1998)
 Entre as corridas de velocidade no atletismo, há as provas que são disputadas 
com barreiras: 100 metros com barreiras (feminino) e 110 metros (masculino).
 A prova é disputada na reta da pista de atletismo e cada atleta deve respeitar sua 
raia. A largada é feita a partir de blocos de partida no chão da pista. Nos 100 metros de 
extensão da prova, são dispostas 10 barreiras, a serem saltadas pelos atletas. A primeira 
barreira é colocada a 13 metros da linha de partida, enquanto as seguintes têm 8,5 
metros de distância entre si. Depois da última barreira, há um percurso de 10,5 metros 
até à linha de chegada. As barreiras têm 83,8 centímetros de altura e são colocadas de 
forma que caiam para a frente caso sejam tocadas pela corredora. O toque ou mesmo 
a derrubada de barreiras não desclassifica a atleta já que, geralmente, afeta de forma 
negativa o tempo final na prova. A competidora pode ser desclassificada caso invada 
a raia de outra atleta ou tenha um tempo de reação ao sinal de largada inferior a 0,1s, 
considerado uma largada falsa.
Figura 18: Corridas com barreiras
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Assim como nos 100 metros com barreiras, que são uma disputa feminina, a 
prova de 110 metros sãouma disputa masculina, realizada na reta da pista de atletismo 
e cada atleta deve respeitar sua raia. Nos 110 metros de extensão, são dispostas 10 
barreiras, que devem ser saltadas. A primeira barreira é colocada a 13,72 metros da 
linha de partida. As seguintes têm 9,14 metros de distância entre si. Depois da última 
barreira, há um percurso livre de 14,02 metros até à linha de chegada. As barreiras têm 
1,067 metros de altura. Seu posicionamento é feito para que a barreira caia para a frente 
se for tocada por um atleta. Caso ocorra o toque ou mesmo derrube barreiras, o atleta 
28
não é desclassificado, já que, geralmente, essa falha técnica afetará de forma negativa 
o seu tempo na prova. A desclassificação ocorre se o atleta invadir a raia de outro 
competidor ou se tiver uma largada falsa.
 A barreira deve ser feita de tal forma que para derrubá-la seja necessário, uma 
força equivalente a aproximadamente 4kg aplicada no centro da borda de cima da 
barra superior. Neste sentido, a barreira dispõe de contrapesos. A barreira de competição 
deve ser ajustável quanto à altura exigida para cada prova. Barreiras de treinamento 
podem ser desmontáveis ou projetadas para cair com facilidade.
Figura 19: barreira de competição
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Os 400 metros com barreiras são disputados tanto por homens quanto por 
mulheres. Nessa prova, é dada uma volta completa na pista de atletismo, onde são 
colocadas 10 barreiras. Os atletas devem permanecer dentro de suas raias durante 
todo o percurso. Todas as barreiras têm largura idêntica à da raia de corrida e são 
projetadas para cair para frente, caso sejam tocadas. Na prova masculina, as barreiras 
têm 94,1 centímetros de altura. Já na disputa feminina, têm altura de 76,2 centímetros. 
Os atletas não são desclassificados se tocarem ou mesmo derrubarem as barreiras. 
A eliminação acontece se invadirem a raia de outro competidor ou tiverem tempo de 
reação inferior a 0,1s, o que é considerado uma largada falsa.
Figura 20: Os 400 metros com barreiras
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Quando um(a) barreirista perde contato com o solo, após o ataque, a trajetória 
do seu CG (centro de gravidade) já está definida. Assim sendo, a posição do corpo 
no momento do ataque será fundamental para a definição da trajetória do CG do(a) 
corredor(a). Se ele(a) inclina o tronco à frente no momento do ataque à barreira, a 
trajetória do seu CG será mais rasante, pois será maior o componente horizontal da 
força exercida contra o solo. Por outro lado, se seu tronco se mantém ereto no momento 
do ataque (ação bastante comum entre iniciantes), a trajetória será mais verticalizada.
29
Figura 21: Influência da posição do tronco na trajetória do CG do corredor
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Se na fase aérea da passagem da barreira o(a) corredor(a) eleva seu tronco, 
ele(a) leva sua massa corporal para cima e, por conseguinte, seu CG. Em outras 
palavras, o corpo desce em relação à trajetória do CG, o que acaba sendo prejudicial à 
passagem da barreira.
 Por outro lado, se o(a) corredor(a) inclina o tronco à frente, seu CG abaixa em 
relação ao corpo, ou seja, o corpo sobe em relação à trajetória do CG. Por isso, a 
inclinação do tronco é imprescindível para uma ótima passagem da barreira. Além de 
facilitar a passagem do membro inferior (MI) de recuperação e reduzir a resistência 
do ar, a inclinação do tronco permite que o(a) corredor(a) possa horizontalizar sua 
impulsão sem que isso implique, necessariamente, o choque com a barreira. Ou seja, 
possibilita minimizar a oscilação do CG do(a) barreirista no plano sagital.
Figura 22: Ação do tronco na posição relativa do CG do(a) barreirista
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Seguindo o mesmo raciocínio, se o(a) barreirista mantiver seus membros 
superiores (MS) e o membro inferior (MI) de recuperação elevados logo após a passagem 
da barreira, seu membro inferior de ataque tocará o solo mais cedo, o que acelerará a 
retomada de sua corrida. Obviamente, essa elevação não pode ser exagerada a ponto 
de descaracterizar os movimentos da corrida de velocidade, o que poderia anular a 
vantagem obtida com a aproximação do corpo do(a) barreirista em direção ao solo.
Figura 23: Posição de MS e MI de ataque na posição relativa do CG
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
30
 Já os revezamentos do atletismo são as provas de velocidade disputadas por 
equipes, formadas por quatro atletas. Há competições tanto masculinas quanto 
femininas, além dos revezamentos mistos, em que as equipes são compostas por 
dois atletas de cada sexo. Os Jogos de Tóquio, em 2020, são a primeira edição das 
Olimpíadas em que há a disputa do revezamento misto 4 x 400 metros no atletismo.
Figura 24: Revezamento misto 4 x 400 metros
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 A passagem do bastão ao próximo corredor deve ser feita dentro de uma faixa 
de troca de 20 metros marcada no chão, 10 metros antes e 10 metros depois da linha 
de partida do próximo corredor. Caso a passagem de bastão seja feita fora da área 
delimitada, a equipe será eliminada. Já se houver a queda do bastão, o atleta deve 
retornar para pegá-lo.
 O objetivo da corrida de revezamento é percorrer o trajeto da prova no menor 
tempo possível ou na maior velocidade possível. A largada segue os comandos 
tradicionais das provas de corrida (“às suas marcas”, “prontos” e o aviso sonoro) e deve 
partir do bloco de saída, em posição abaixada. Caso o atleta queime a saída a equipe 
é desclassificada.
 Cada equipe de revezamento é composta por quatro atletas, que devem definir 
a ordem da corrida previamente à execução da prova. Sendo assim, ocorrerão três 
passagens de bastão durante a prova. O atleta ao iniciar a prova deve fazê-lo já em 
posse do bastão de revezamento. Desse modo, na dinâmica da corrida, os membros 
31
seguintes da equipe podem prosseguir somente quando estiverem de posse do bastão.
Figura 25. Atleta em posse do bastão de revezamento
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 O bastão deve ser um tubo liso oco circular de madeira ou metal. Além disso, 
deve ser colorido, de cor visivelmente distinta dos demais, composto por peça única, 
com peso mínimo de 50 g, diâmetro de 40 mm (com variação de 2 mm para mais ou 
para menos) e comprimento entre 0.28 mm e 0.30 mm. Não é permitido o uso de luvas, 
colas ou quaisquer outros materiais a fim de melhorar a pegada do bastão.
 A passagem visual é aquela em que o receptor espera olhando para o seu 
companheiro e bastão e é utilizada nos revezamentos longos. Normalmente a prova 
que utiliza esta forma de passagem é a prova de 4x400m. Já a Passagem não visual em 
que é realizada a passagem sem que o receptor esteja olhando para o transmissor é 
normalmente utilizada em revezamentos curtos, como é a prova de 4x100m. A passagem 
não visual é empregada com uma velocidade intensa, nela o recebedor, após iniciar a 
corrida não olha para o bastão a fim de não perder velocidade com o movimento de 
cabeça, sendo assim a responsabilidade maior de passagem de bastão do entregador.
 Existem duas formas de passagem de bastão: a passagem de bastão ascendente 
(Alemão), feita se colocando o braço para trás semiflexionado e esperando que o 
bastão venha de baixo para cima; e a passagem de bastão descendente (francês) é 
feita se colocando o braço para trás semiflexionado esperando que o bastão venha de 
cima para baixo e exige uma voz de comando do parceiro que venha em corrida.
Figura 26: Passagem de bastão descendente e passagem de bastão ascendente
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
32
Agora confira um pouco mais sobre os revezamentos acessando o link a seguir, 
que mostra uma matéria realizada pelo Jornal da Globo sobre o assunto
Disponível em: https://bit.ly/3ydzkCR. Acesso em: 08 abr. 2022
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2.2 CORRIDAS DE MEIO FUNDO
 As corridas de meio fundo ou meia distância, são as de 800 metros 1500 metros e 
3000 com obstáculo. As provas de 800 e 1.500 metros são chamadas de corridasrasos 
são provas de característica de resistência a velocidade. As provas são disputadas 
com os competidores largando em pé e não são obrigados a permanecer em suas 
raias, sendo permitido passar pelo espaço de outro competidor. Ambas as provas são 
disputadas na pista de atletismo. Nos 800 metros rasos, os atletas devem dar duas 
voltas completas e já nos 1.500 metros rasos, são realizadas três voltas completas e 
mais ¾ da pista.
Figura 27: Corrida de meio fundo
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 Já as provas de 3000 metros com obstáculos são uma prova disputada na pista 
de atletismo, em que os atletas devem correr e saltar barreiras e fossos d’água. Na 
largada, os atletas não são divididos em raias, mas não são obrigados a permanecer 
em suas raias, sendo permitido passar pelo espaço de outro competidor. Ao longo do 
percurso, eles devem saltar 28 barreiras e sete fossos d'água. Na prova masculina, as 
barreiras têm 94,1 centímetros de altura. Já na disputa feminina, têm altura de 76,2 
centímetros. O fosso d'água de superfície inclinada tem 3,66 metros de comprimento. 
Na parte mais funda, exatamente embaixo da barreira, a profundidade atinge 70 
centímetros. Nas extremidades, ele é mais raso, o que favorece os atletas que saltam 
melhor. Ao contrário das provas com barreiras, em que elas são projetadas para cair 
caso sejam tocadas, os obstáculos nesta prova são mais firmes. Por muitas vezes, os 
atletas os utilizam como impulso ao saltá-los.
https://bit.ly/3ydzkCR
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Figura 28: Provas de 3000 metros com obstáculos
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
2.3 CORRIDAS DE FUNDO
 As provas de 5000 metros e 10000 metros são as corridas de fundo do atletismo 
ou de longa distância. As corridas de longa distância exigem vigor físico dos atletas, 
alcançado a custas de muito treinamento da resistência e da velocidade para manter 
um ritmo forte na realização do percurso. Assim como nas corridas de meio fundo, os 
atletas não precisam permanecer em suas raias durante a prova. Nos 5000 metros 
rasos, são realizados 12 voltas e meia na pista de atletismo. Já os 10000 metros têm 25 
voltas.
 Já aprova mais tradicional do atletismo, a maratona é disputada em ruas ou 
estradas. Seu percurso tem 42 quilômetros e 195 metros, distância oficial estabelecida 
em 1921. Nas maratonas sob chancela da Federação Internacional de Atletismo, é 
obrigatório que o percurso tenha marcações da distância percorrida a cada quilômetro. 
Assim, os corredores podem saber em que ponto se encontram. Quando a maratona é 
realizada nos Jogos Olímpicos, normalmente quase todo o percurso se desenvolve nas 
ruas, somente a largada e a chegada acontecem dentro do estádio olímpico.
34
Figura 29: Eliud Kipchoge - O primeiro homem a correr uma maratona em menos de 2 horas
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
Somente provas de corrida com a distância de 42,195 km são consideradas e devem ser 
chamadas de MARATONA. Sendo que provas de corridas superiores a essa distância são 
consideradas e chamadas de Ultramaratonas.
Existem também provas de corridas cuja distância corresponde a 21,100 km que são con-
sideradas e chamadas de Meia Maratona. A prova de São Silvestre realizada todo final de 
ano no Brasil onde sua distância corresponde a 15 km é incorretamente chamada e con-
siderada por muitos desinformados como uma Maratona, sendo que está longe de ser até 
considerada até mesmo uma Meia Maratona.
FIQUE ATENTO
 A técnica de um corredor muda dependendo do tipo de prova a ser realizada, 
como já vimos antes, os velocistas gastam mais tempo no ar do que corredores de 
fundo, balançam e flexionam seus braços mais vigorosamente, elevam mais os joelhos, 
impulsionam mais a perna, e flexionam mais o joelho. Já um corredor de longa distância 
(fundista) balançam e flexionam menos os seus braços, elevam menos e flexionam 
menos os joelhos e principalmente não suportaria correr apoiando apenas dos dedos 
dos pés como os velocistas. Teria consequências desastrosas para seus tendões e 
articulações e teria muitas lesões, o certo para corredores de grandes distancias é o 
apoio dos pés, aterrissando com apoio nos calcanhares ou ante pé.
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Agora leia o capítulo dois do livro “Aspectos Pedagógicos do Atletismo”, de Paola 
Neiza Camacho Rojas para compreender um pouco mais da prática do atletis-
mo e as corridas, bem como sua prática adaptada. Físico. 
Disponível em: https://bit.ly/3RupCmf. Acesso em: 08 abr. 2022
BUSQUE POR MAIS
Uma pista rápida e novos avanços no design de tênis de corrida podem ter ajudado nos 
vários recordes quebrados nas Olimpíadas de Tóquio. Atletas têm comentado sobre a pis-
ta rápida, enquanto outros dizem que os chamados “super spikes” desenvolvidos pela Nike 
dão uma vantagem aos atletas que usam os sapatos da marca. Sua introdução reduziu 
significativamente os tempos de corrida em estrada e, embora seu efeito na pista seja 
menos pronunciado, ainda dá uma vantagem estimada de 1% a 2% para corredores de 
média e longa distância. Alguns críticos argumentam que os desenvolvimentos tecnoló-
gicos são semelhantes ao uso de medicamentos para melhorar o desempenho. “Estamos 
falando sobre integridade de desempenho”, disse o cientista esportivo Ross Tucker à CNN 
em 2019, enquanto refletia sobre os desenvolvimentos na tecnologia de calçados. “Esses 
sapatos criam os mesmos problemas que o doping gera.” Já outros, como Geoff Burns, 
cientista esportivo da Universidade de Michigan, apontam para o fato de que os sapatos 
não quebram nenhuma regra. “Não é doping mecânico no sentido de que todos esses 
sapatos são legais”, disse ele. “Eles não estão trapaceando.” Pense e pesquise sobre a im-
portância de novas tecnologias para os equipamentos esportivos na busca da melhoria 
da performance e sua legalidade na busca de quebra de recordes.
VAMOS PENSAR?
2.4 MARCHA ATLÉTICA
 A marcha atlética é uma modalidade não muito divulgada do atletismo, desde sua 
inclusão no programa olímpico em 1908, a marcha sofreu modificações nas distancias. 
Hoje na marcha atlética, os homens competem em percursos de 20 e 50km. Já as 
mulheres têm somente a disputa de 20km. Essa prova não se enquadra na categoria 
de corrida por não haver faze aérea e é uma prova que testa dos limites dos atletas, 
pois exige além de uma resistência enorme, pois solicita muito de todas as cadeias 
musculares do corpo, muita concentração e foco para não abandonar o movimento de 
marcha.
 As regras da marcha atlética determinam que os atletas não podem tirar os dois 
pés do chão ao mesmo tempo. Ou seja, o atleta tem de estar sempre em contato com 
o solo. Além disso, o joelho da perna que dá a passada não pode ser flexionado até 
que seja realizado o movimento completo, desde o momento do primeiro contato com 
o solo até que se encontre em posição vertical. Há diversos árbitros espalhados pelo 
percurso para verificar se os atletas estão seguindo as regras da marcha. Caso um 
competidor deixe de tocar o solo em algum momento, ele será advertido. O acúmulo de 
três advertências resulta em eliminação.
https://bit.ly/3RupCmf
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Figura 31: Marcha Atlética feminina
Fonte: Acervo pessoal do Autor (2022)
 2.4.1 Técnica da marcha atlética
 A técnica é única para todos os atletas, pois por mecânica humana, os movimentos 
que geram as forças positivas da marcha têm que ser iguais, variando somente as 
formas peculiares que cada pessoa tem de realizar os gestos de acordo com sua 
morfologia e qualidades físicas e mentais, o que constitui o estilo de cada um. (BRAVO 
et al. 1990; UK ATHLETICS, 2002).
Figura 32: Diferenças entre marcha e corrida
Fonte: Newfeel
 Os braços e ombros de acordo têm a função de equilibrar e coordenar as forças 
da inércia geradas pelas pernas e o quadril, contrabalanceando os movimentos de 
ambos sendo colaboradores das forças positivas, mesmo que não seja uma forçaque 
projete o corpo à frente como as pernas.
 Os braços devem estar flexionados a um ângulo de 90º graus e devem estar 
relaxados até os ombros, convergindo até o eixo longitudinal do corpo; as mãos devem 
37
ficar em igual postura, com os dedos flexionados de forma cômoda e os polegares retos. 
A ação dos braços devem ser pendular e realizada no plano triangular como mostra a 
figura abaixo. As mãos não devem passar a altura dos peitorais nem o eixo longitudinal 
do corpo.
Figura 33: A oscilação dos braços no plano triangular
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 As pernas produzem o movimento gerado por forças positivas, através de duas 
fases; uma fase de tração e outra de impulsão. A perna deve chegar ao solo estendida 
como mostra a figura abaixo, o pé deve fazer um contato suave com a parte externa do 
calcanhar formando com a perna um ângulo aproximado de 90º graus.
Figura 34: Fase de tração e de impulsão
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 A Perna deve chegar em completa extensão ao solo e deve flexionar no momento 
de contato como o solo. Quando a perna chega estendida ao solo a sua amplitude 
de passada é maior do que quando ela chega em flexão e o ângulo do pé com o solo 
também é maior com a perna em extensão, o que facilita o movimento de tração 
realizado pela perna ser maior.
 A ação completa do impulso unida ao movimento horizontal do quadril resulta 
em uma maior amplitude natural da passada (marcha em linha reta), pois na fase de 
duplo apoio os pés situam-se sobre uma linha imaginária reta traçada do calcanhar a 
ponta dos pés.
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 É indispensável que o atleta caminhe com os dois pés sobre uma única linha. A 
posição correta; B e C, posições defeituosas. A forma correta utilizará os movimentos 
(forças) que são gerados pelas pernas, quadris, braços e ombros; e ao marchar em 
linhas paralelas ele desviará essas forças.
 Uma boa flexibilidade da articulação coxofemoral é decisiva para a suavidade 
e regularidade do ritmo da marcha. A cada passada, quando a perna de trás avança, 
o quadril deve executar um movimento de desvio para o outro lado. O quadril tem 
uma dupla função, fazer um movimento horizontal, acompanhado para diante da 
perna atrasada e outra função seria de cima-baixo, ao descer ao lado da perna que 
se impulsiona e ao se elevar ao lado da perna que se traciona, tudo isso forma um 
movimento rotatório das articulações do quadril.
Figura 36: Movimento horizontal de subida e descida do quadril no ciclo completo de cada perna
Fonte: Acervo pessoal do autor (2022)
 A cabeça é uma parte relativamente pesada e por isso deixá-la inclinada em 
qualquer direção fora do eixo do corpo provoca fadiga, incliná-la para frente é como 
convidar ao corpo para fazer uma inclinação à frente também. A cabeça deve ficar 
comodamente sobre os ombros assim como o corpo deve ficar confortável sobre o 
quadril, não se deve fazer nenhuma tensão em seus músculos, nenhuma rotação, deve-
se sempre olhar para frente.
 A prática da marcha atlética exige muita coordenação entre os membros 
superiores, inferiores e o tronco, necessitando desta forma, que os treinadores, 
professores e atletas tenham com bastante clareza o gesto técnico correto de execução 
dos movimentos, para que suas correções sejam eficientes e promovam uma melhor 
performance diante à complexidade desta prova que é considerada uma das mais 
difíceis do atletismo.
Agora confira um pouco mais sobre a marcha atlética acessando o link a seguir, 
que mostra uma matéria realizada pelo Jornal da Globo sobre o assunto.
Disponível em: https://bit.ly/3e24RAI. Acesso em: 08 abr. 2022
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https://bit.ly/3e24RAI
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FIXANDO O CONTEÚDO
1. (IFB-DF — Adaptado). Em relação às provas que compõem o atletismo, analise as 
afirmativas abaixo.
I. As provas de corridas rasas de velocidade são compostas exclusivamente pelas 
disputas dos 100m, 200m e 400m.
II. Salto em altura, salto triplo e salto em distância são as únicas provas existentes do 
programa de saltos no atletismo.
III. Os lançamentos compreendem as provas de lançamento de disco, lançamento de 
martelo e lançamento de peso.
IV. As provas combinadas são representadas pelas disputas do heptatlo, no feminino, 
e decatlo, no masculino.
V. A prova de 1.500 m é considerada uma prova de corrida de meio fundo.
São corretas:
a) Afirmativas I, II e V
b) Afirmativas I, III e V
c) Afirmativas I, IV e V
d) Afirmativas II e III
e) Afirmativas IV e V
2. (UFPA - 2008). Considere o texto a seguir e a figura mostrada abaixo.
"Na semana passada, foram exatos 3 centésimos de segundo que permitiram ao jamaicano Asafa 
Powell, de 24 anos, bater o novo recorde mundial na corrida de 100 m rasos e se confirmar no posto de 
corredor mais veloz do planeta. Powell percorreu a pista do estádio de Rieti, na Itália, em 9,74 s, atingin-
do a velocidade média de 37 km/h. Anteriormente, Powell dividia o recorde mundial, de 9,77 s, com o 
americano Justin Gatlin, afastado das pistas por suspeita de doping.”
(revista Veja, edição de 19 de setembro de 2007)
Baseado no texto e na figura, julgue as afirmações a seguir:
I. O movimento do atleta é acelerado durante toda a corrida.
II. A aceleração do atleta é negativa no trecho entre 60 m e 100 m.
III. A máxima velocidade atingida pelo atleta é da ordem de 11,9 m/s.
IV. No trecho entre 50 m e 60 m, o movimento do atleta é uniforme.
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Estão corretas somente:
a) I e II
b) II e III
c) III e IV
d) II, III e IV
e) I, II e IV
3. (IMA-2016). Sobre as corridas de revezamento no atletismo é correto afirmar, EXCETO:
a) O bastão deve ser mantido na mão durante toda a corrida.
b) É o bastão que é cronometrado, e não o corredor.
c) O bastão deve ser transmitido de mão em mão, onde o atleta conseguir passar.
d) Se o bastão cair, o atleta deve pegá-lo de volta.
4. (CONSULPAN – 2015). Sobre as corridas de revezamento, marque V para as afirmativas 
verdadeiras e F para as falsas.
( ) A prova de revezamento 4 x 100 m e, onde possível, a de 4 x 200 m serão corridas 
inteiramente em raias.
( ) Linhas de 5 m de largura devem ser pintadas na pista para marcar as distâncias das 
zonas de passagem e a linha central.
( ) O bastão deve ser carregado na mão durante toda a prova. Se derrubado, deverá 
ser recuperado pelo atleta que o derrubou. Nesse caso, o atleta pode deixar sua raia 
para recuperar o bastão desde que, fazendo isso, ele não diminua a distância a ser 
percorrida.
( ) Cada zona de passagem deve ser de 20 m de comprimento, da qual a linha central 
é o centro.
A sequência está correta em:
a) F, V, F, F.
b) V, F, V, V.
c) V, F, V, F.
d) V, V, V, V.
e) F, V, F, V.
5. (IMA – 2018). Na prova do Atletismo Corrida com Obstáculos, as distâncias padrão 
serão 2.000m e 3.000m. Em uma prova oficial de 3.000m, haverá quantos saltos sobre 
obstáculos?
a) 18 saltos sobre obstáculos.
b) 28 saltos sobre obstáculos.
c) 7 saltos sobre obstáculos.
d) 12 saltos sobre obstáculos.
e) 17 saltos sobre obstáculos.
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6. A respeito da corrida com obstáculos, avalie as afirmações a seguir:
I. Nas corridas com obstáculo, não é permitido bloco de partida no momento da largada.
II. As corridas com obstáculos e com barreiras se diferem somente nas distâncias a 
serem percorridas.
III. Se um atleta cair em um obstáculo ou derrubá-lo durante a prova é desclassificado.
IV. A prova de corrida com obstáculos possui duas configurações: 2.000 m e 3.000 m, 
alterando-se a quantidade de obstáculos a serem transpostos no percurso.
Estão incorretas as afirmações:
a) I e II.
b) II e IV.
c) II e III.
d) I e III.
e) III e IV.
7. (Educopédia – 2019). A maratona é uma prova de corrida do atletismo. Tendo isso em 
vista, marque a alternativa correta.
a) É uma prova de corrida com obstáculos.
b) É uma prova de corrida de curta distância.
c) É uma prova de corrida de longa distância.
d) É uma prova de corrida de média distância.
e) É uma prova de corrida

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