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SINAIS E SISTEMAS
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do 
Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais 
em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, 
Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, 
e com a Educação a Distância presente 
em todo estado do Espírito Santo, e com 
polos distribuídos por todo o país. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro 
áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando 
pela qualidade de seu ensino e pela 
formação de profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de 
Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 
instituições avaliadas no Brasil, apenas 
15% conquistaram notas 4 e 5, que são 
consideradas conceitos de excelência em 
ensino. Estes resultados acadêmicos 
colocam todas as unidades da Multivix 
entre as melhores do Estado do Espírito 
Santo e entre as 50 melhores do país.
 MISSÃO
Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.
 VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida 
nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Sergio Ricardo Master Penedo
Sinais e sistemas / RICARDO MASTER PENEDO, SERGIO - Multivix, 2023
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2023 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE QUADROS
UNIDADE 3
 Contribuições à convolução de sinais 67
UNIDADE 5
 Estabilidade e Causalidade 123
UNIDADE 6
 Diferenças entre filtros analógicos e digitais 146
5
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
UNIDADE 1
 Jean-Baptiste Fourier (1768-1830) 13
 Sistema entrada-saída, gerado pela aplicação de uma força F 
a um corpo de massa m, gerando uma aceleração a 14
 Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) e Isaac Newton (1643-1727) 14
 Representação de um sinal no domínio do tempo 16
 Sistema 17
 Michael Faraday (1791-1867) e John Frederic Daniell (1790-1845) 18
 Categorização de sinais estacionários 19
 Representação de um sinal contínuo 20
 Representação de um sinal no tempo discreto 21
 Representação de um sinal determinístico 21
 Representação de um sinal aleatório 22
 Invariância no tempo para sistemas discretos 24
 Linearidade para sistemas discretos. 25
 Representação de um sinal contínuo: existência para todo t 27
 Representação de um sinal discreto: existência para alguns t 28
 Sinal deslocado 31
 Sinal Escalonado 32
 Sinal discreto invertido 33
UNIDADE 2
 Leonhard Euler (1707-1783) 39
 Diagrama de blocos de um sistema 40
 Zenão de Cítio (333 a.C.-263 a.C.) 41
 Joseph-Louis Lagrange (Giuseppe Lodovico Lagrangia) (1736-1813) 
e Henri Poincaré (1854-1912) 42
 Utilização de equações diferenciais para a modelagem de sistemas 43
 Sistema massa-mola 44
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Função impulso 45
 Função degrau 46
 Análise de estabilidade 49
 Sinal discreto 51
 Exemplo de um sinal discreto gerado por recorrência 53
 Função impulso no tempo discreto 56
 Função degrau no tempo discreto 57
UNIDADE 3
 Equipamento de áudio 64
 Norbert Wiener (1894-1964) 66
 Definição de convolução 68
 Convolução entre dois sinais 69
 Propriedades da convolução 71
 Representação de edição de imagem 73
 Ondas sonoras 76
 Sistemas de comunicação 78
 Resposta de um sistema a uma entrada arbitrária 79
 Teorema da Convolução 82
 Resposta de um sistema nos domínios temporal e da frequência 83
UNIDADE 4
 Processamento de sinais biomédicos 89
 Joseph Fourier (1768-1830) 91
 Sinais analógicos 92
 Relação entre sinais no tempo e na frequência. 93
 Exemplo de aplicação da transformada de Fourier 94
 Cálculos 96
 Associação entre o teorema da convolução e a transformada 
de Fourier 97
 Resposta em frequência 100
 Diagrama de Bode 101
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Frequência 103
 Amplificando frequências 105
 Controles de frequência 106
UNIDADE 5
 Processamento de sinais digitais e telecomunicações 113
 Frequência de comunicação 114
 Amplitude do sinal 116
 Círculo unitário 116
 Comportamento espectral de sistemas 118
 Circuitos de computador 120
 Análise das exigências do sistema 122
 Etapas de análise 124
 Softwares especializados em engenharia 125
 Software 126
UNIDADE 6
 Filtro de sinais 132
 Tipos de filtro 133
 Sinais em telecomunicações 134
 Passagem de frequências 135
 Torres de sistemas de comunicação 139
 Comunicação 141
 Processamento de sinais digitais 142
 Painel de controle de áudio 144
 Processamentos de sinais 147
 Ondas sonoras 148
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
5UNIDADE
6UNIDADE
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 10
1 TEORIA DE SINAIS E SISTEMAS 12
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 12
1.1 INTRODUÇÃO À TEORIA DE SINAIS E SISTEMAS 12
1.2 ANÁLISE DE SINAIS NO DOMÍNIO DO TEMPO 26
2 SISTEMAS LIT CONTÍNUOS E DISCRETOS 38
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 38
2.1 SISTEMAS LIT CONTÍNUOS 38
2.2 SISTEMAS LIT DISCRETOS 51
3 CONVOLUÇÃO 63
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 63
3.1 CONCEITO DE CONVOLUÇÃO 64
3.2 APLICAÇÕES DA CONVOLUÇÃO 77
4 ESPECTRO DE SINAIS E RESPOSTA EM FREQUÊNCIA 88
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 88
4.1 TRANSFORMADA DE FOURIER (TF) 89
4.2 RESPOSTA EM FREQUÊNCIA DE SISTEMAS LIT 99
5 ESTRUTURAS COMPUTACIONAIS PARA SISTEMAS DISCRETOS 111
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 111
5.1 EQUAÇÕES DE DIFERENÇA E A TRANSFORMADA Z (TZ) 112
5.2 IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DISCRETOS 119
6 TEORIA DE FILTROS 131
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 131
6.1 FUNDAMENTOS DE FILTROS 132
6.2 PROJETO DE FILTROS EM SISTEMAS LIT DISCRETOS 141
REFERÊNCIAS 152
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
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MULTIVIX EAD
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Boas-vindas à disciplina Sinais e Sistemas! Nosso objetivo principal é fornecer 
a você uma compreensão aprofundada e habilidades práticas na análise e 
manipulação de sinais e sistemas, bem como na interação entre esses ele-
mentos.
Você será capaz de dominar os fundamentos de sinais e sistemas, compre-
endendo e operando efetivamente com suas características e propriedades. 
Esperamos que, ao final desta disciplina, você possa:
• Compreender a definição formal de sinais e sistemas.
• Representar adequadamente sinais no domínio do tempo.
• Realizar as operações básicas sobre sinais: amplificação, deslocamento, 
escalonamento e inversão.
• Aprender os conceitos de causalidade, linearidade e invariância no tempo, 
tanto para sistemas contínuos como para sistemasdiscretos.
• Realizar a convolução de sinais contínuos e obter sua transformada de Fourier.
• Realizar a convolução de sinais discretos e calcular sua transformada Z.
• Projetar filtros para sinais discretos.
Esperamos trazer a você uma experiência única, desejando desde já 
bons estudos!
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SINAIS E SISTEMAS
> Compreender a 
definição formal de 
sinais e sistemas.
> Representar 
adequadamente 
sinais no domínio do 
tempo.
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SINAIS E SISTEMAS
1 TEORIA DE SINAIS E SISTEMAS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará a teoria inicial de sinais e sistemas, trazendo sua defi-
nição e classificação, abrindo caminho para o vasto campo de aplicações que 
essa teoria proporciona estudar. As características de continuidade, invariân-
cia no tempo e linearidade serão estudadas, estabelecendo uma ligação forte 
entre a natureza de sinais e a natureza de sistemas.
Em sequência, será introduzida a representação de sinais no domínio do tem-
po contínuo e no domínio do tempo discreto. Serão descritas, além de opera-
ções básicas elementares, operações específicas que agem sobre tais entida-
des nesses domínios, em termos de sua amplitude, posição, escala e reflexão.
Por fim, serão apresentados os chamados sistemas lineares invariantes no 
tempo (SLIT), descrevendo-se suas propriedades mais importantes: causali-
dade, linearidade e invariância no tempo.
Ao fim desta unidade, você será capaz de explorar as aplicações avançadas 
em sinais e sistemas e terá conhecimentos sólidos para enfrentar os desafios 
matemáticos que surgirão ao lidar com tal universo de conhecimento, em 
suas mais variadas aplicações.
1.1 INTRODUÇÃO À TEORIA DE SINAIS 
E SISTEMAS
O estudo de sinais e sistemas é considerado um ambiente de estudo clássi-
co para muitas áreas da Ciência, em particular àquelas ligadas à Engenha-
ria e Tecnologia. De fato, a teoria de sinais e sistemas agrupa um conjunto 
valioso de princípios matemáticos que recapitulam os trabalhos de mate-
máticos como Fourier, Laplace e outros nomes de destaque nesse campo 
do conhecimento.
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SINAIS E SISTEMAS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
JEAN-BAPTISTE FOURIER (1768-1830)
Fonte: ©Boilly, Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem - retrato de Fourier. Veste roupas formais e tem cabelos curtos. 
Fourier tem cabelos escuros.
É fato que a teoria de sinais e sistemas tem se destacado de forma única nas 
últimas décadas, em particular nos segmentos voltados às áreas de pesquisa 
em Energia, Comunicações, Eletroeletrônica e, de um modo particular, Pro-
cessamento de Sinais (voz, imagem e vídeo), com suas diversas aplicações. 
Nesse sentido, muito se avançou na direção de se obter facilidades para a vida 
moderna humana. No núcleo do campo de estudo da Teoria de Sinais e Siste-
mas, concentra-se uma curiosidade científica que se baseia na necessidade 
de modelar o comportamento de sistemas físicos de modo preciso e asserti-
vo, descrevendo com razoável segurança e propriedade as regras de causa e 
efeito entre as grandezas sob modelo. Um exemplo clássico a ser citado é o 
da Segunda Lei de Newton, em que o físico inglês Isaac Newton soube mo-
delar o fenômeno da queda de corpos rígidos, a partir da definição de uma 
lei física direta que relacionava a força resultante aplicada a um corpo à ace-
leração que este corpo desenvolvia, ou seja, vinculando ao elemento “força” 
uma característica de causalidade (como uma ação de “entrada”), e ao ele-
mento “aceleração” uma característica de consequência (ou ação de “saída”) 
(Lathi, 2008).
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MULTIVIX EAD
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SINAIS E SISTEMAS
SISTEMA ENTRADA-SAÍDA, GERADO PELA APLICAÇÃO DE UMA FORÇA F A UM CORPO 
DE MASSA M, GERANDO UMA ACELERAÇÃO A
a
F m
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - representação de um sistema pela aplicação de um sinal de entrada 
(vetor força F) aplicado a uma esfera azul de massa m que repousa em uma superfície 
retilínea, gerando um sinal de saída (vetor aceleração a).
Desta aceleração, outras grandezas podem ser derivadas, como a posição e a 
velocidade, conforme o modelo preestabelecido que foi construído a partir da 
relação desenhada entre força e aceleração.
Em outra vertente, o estudo da teoria de sinais e sistemas também abriu por-
tas ao desenvolvimento do cálculo diferencial, em que Leibniz e (novamente) 
Newton puderam se basear para modelar sistemas físicos na conformação de 
equações diferenciais, construindo relações matemáticas sólidas que associa-
vam de modo implícito, variáveis de entrada e variáveis de saída (Diniz; Silva; 
Netto, 2014; Frank, 2008). 
GOTTFRIED WILHELM LEIBNIZ (1646-1716) E ISAAC NEWTON (1643-1727)
Fonte: ©Ekenaes; ©Yeeno, Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem - retratos de Leibniz, à esquerda, e Newton, à direita. Ambos têm cabelos 
longos, de Leibniz é preto; de Newton, branco acinzentado, têm pele clara e vestem 
casaco escuro.
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SINAIS E SISTEMAS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
No caso dessas equações, o interesse científico maior se fez sempre no ques-
tionamento de como uma dada saída se comportaria mediante a aplicação 
de uma dada entrada. A descrição desse comportamento é a chave de estudo 
da teoria de sinais e sistemas, permitindo que qualquer fenômeno possa ser 
descrito por leis matemáticas bem definidas, dentro de uma margem reque-
rida de quão precisas se queira representar as situações realísticas em mode-
los. É o caso dos sistemas elétricos, mecânicos e químicos, em que se espera 
um determinado sinal de saída para um sinal de entrada conhecido, por meio 
do conhecimento do modelo desenhado (Higuti; Kitano, 2003; Nalon, 2013; 
Santana et al., 2012). Com base em tais premissas, apresentaremos nas próxi-
mas seções, os conceitos de sinais e sistemas, ilustrando suas propriedades.
1.1.1 DEFINIÇÃO DE SINAIS E SISTEMAS
Pode-se entender sinal como sendo, matematicamente, uma função real ou 
complexa que pode assumir diversos valores ao longo do tempo. No caso da 
teoria de sinais e sistemas, o modelamento de fenômenos reais admite que 
todo sinal pode ser representado em função de combinações lineares de sinais 
senoidais ou mesmo exponenciais complexos, já que tal consideração permi-
te que condições de linearidade e invariância no tempo, abordadas mais à 
frente nesta unidade, sejam obedecidas. A figura a seguir ilustra a representa-
ção de um sinal arbitrário modelado por , 
cujos valores variam com o tempo.
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MULTIVIX EAD
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SINAIS E SISTEMAS
REPRESENTAÇÃO DE UM SINAL NO DOMÍNIO DO TEMPO
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - representação de um sinal arbitrário no domínio do tempo. A curva em 
azul indica variações do sinal no domínio do tempo.
Na Engenharia e na Computação, o conceito de sistema remete tanto a ob-
jetos tangíveis – como sistemas de softwares, sistemas eletrônicos, sistemas 
computacionais, sistemas mecânicos – quanto a elementos abstratos – como 
sistemas de equações lineares ou modelos de entrada e saída ou um modelo 
matemático de entrada e saída (Diniz; Silva; Netto, 2014; Frank, 2008; Lathi, 
2008). Em ambos os casos, a representação de sistemas por meio de um me-
canismo de entrada e saída se faz importante para que fique clara a conexão 
entre causa e efeito, expressando com razoável precisão os fenômenos na-
turais que traduzem, em sua ocorrência, a mesma relação de antecedência 
/ consequência. Em outras palavras, um sinal de entrada excita um determi-
nado sistema, que modifica tal sinal egera um sinal de saída como resposta 
à entrada aplicada – o que não deixa de trazer uma conexão com a condição 
física de ação e reação, notoriamente reportada na Mecânica Clássica.
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SINAIS E SISTEMAS
MULTIVIX EAD
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SISTEMA
SISTEMA
Objetos 
tangíveis 
Sistemas 
computacionais
Sistemas 
eletrônicos
Sistemas 
de software
Sistemas 
mecânicos 
Sistemas de 
equações 
lineares 
Modelos de 
entrada e saída
Modelo 
matemático de 
entrada e saída
Elementos 
abstratos 
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - esquema hierárquico mostrando o conceito de sistema. No topo, a 
palavra Sistema; no nível seguinte, Objetos tangíveis e Elementos abstratos. Abaixo de 
objetos tangíveis: sistemas de software; sistemas eletrônicos; sistemas computacionais; 
sistemas mecânicos. Abaixo de Elementos abstratos: sistemas de equações lineares; 
modelos de entrada e saída; modelo matemático de entrada e saída.
Para fins de análise, nesta unidade, designa-se como sistema toda relação 
matemática entre um sinal que é injetado como entrada e um sinal que é 
coletado como saída, cuja representação formal é feita por meio de um mo-
delo. Ou seja, a todo sistema estudado corresponde um modelo, que será tão 
mais simples ou mais complexo conforme se deseje tornar mais superficial 
ou mais complexa sua descrição.
A representação de sinais teve na figura de Fourier seu maior impulso ao lon-
go da história. Jean-Baptiste Joseph Fourier (1768-1830), matemático fran-
cês, era também notório egiptólogo e administrador, tendo grande influên-
cia na Física Matemática por meio de seu trabalho Théorie Analytique de La 
Chaleur (1822). Fourier mostrou como a condução de calor em corpos sólidos 
pode ser analisada em termos de séries matemáticas infinitas, que recebe-
ram seu nome – Séries de Fourier (Senda et al., 2005). 
Extrapolando o conceito para além do tema específico de condução de calor, 
os estudos de Fourier estimularam bastante as pesquisas em Física e Mate-
mática, que, desde então, têm sido frequentemente associadas à solução de 
problemas de contorno, bem como ao modelamento de ocorrências naturais, 
como manchas solares, marés e condições climáticas. O trabalho de Fourier 
também exerceu grande influência na teoria das funções de uma variável real, 
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MULTIVIX EAD
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SINAIS E SISTEMAS
que é considerado hoje um dos principais ramos da Matemática Moderna 
(Bonatti; Lopes; Peres, 2009; Roberts, 2010). Fourier, filho de um alfaiate, fre-
quentou pela primeira vez a escola quando foi aluno da instituição militar da 
localidade em que morava, dirigida por monges beneditinos. Naquela oca-
sião, demonstrou tamanha proficiência em matemática, ainda nos primeiros 
anos, e mais tarde, se tornou professor de matemática da própria instituição. 
Os ideais da Revolução Francesa conduziram Fourier para a carreira política, 
o que o fez por mais de uma vez correr risco real de perder sua vida. O mate-
mático foi um dos melhores professores de seu tempo, destacando-se na co-
munidade acadêmica e vindo a trabalhar, em sua carreira, em parceria com 
outros físicos e químicos expoentes da época, como John Frederic Daniell e 
Michael Faraday.
MICHAEL FARADAY (1791-1867) E JOHN FREDERIC DANIELL (1790-1845)
Fonte: ©Materialscientist; ©Wdwwd, Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem - retratos de Faraday e Daniell. Ambos vestem roupas formais e têm 
cabelos curtos. O retrato de Faraday é em preto e branco; o de Daniell, colorido.
O cerne do trabalho de Fourier reside no fato de que o matemático sempre 
vislumbrou a ideia de equacionamento de problemas tomando como base a 
necessidade de construção de modelos bem definidos, regidos por equações 
sistêmicas (Stelle, 2005). 
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MULTIVIX EAD
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A teoria de Fourier é até hoje expoente em diversas 
aplicações em Telecomunicações, Processamento 
de Sinais e Sistemas de Controle, não tendo 
encontrado teoria que a tivesse substituído, o que 
marca Fourier como um dos grandes pensadores e 
estudiosos de seu tempo. 
1.1.2 CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS: CONTÍNUOS 
E DISCRETOS, DETERMINÍSTICOS E 
ALEATÓRIOS
Segundo a teoria de sinais, é útil que se classifique tais sinais de acordo com 
características que melhor o definam, em termos de simetria, de distribuição 
no tempo e de estacionariedade. Faz- se aqui uma breve descrição de como 
se caracterizam, a fim de que se possam criar posteriormente conceitos e 
definições.
CATEGORIZAÇÃO DE SINAIS ESTACIONÁRIOS
Sinais 
periódicos
Sinais 
quasi-periódicos
Sinais 
estacionários
Sinais 
determinísticos
Sinais 
estocásticos
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - diagrama de blocos mostrando a classificação de sinais estacionários. 
Abaixo de Sinais estacionários, no nível seguinte, sinais determinísticos e sinais 
estocásticos; abaixo de sinais determinísticos, sinais periódicos e sinais quase-periódicos.
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Diz-se que um sinal x(t) é contínuo se é definido para todo instante t. São 
exemplos de sinais contínuos:
A figura a seguir ilustra um sinal arbitrário contínuo.
REPRESENTAÇÃO DE UM SINAL CONTÍNUO
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - representação de um sinal contínuo.
Por outro lado, um sinal x[n] é discreto se existe apenas para valores de n in-
teiros. São exemplos de sinais discretos:
A figura a seguir ilustra um sinal arbitrário sinal discreto. É importante desta-
car que um sinal discreto existe apenas para instantes de tempo representa-
dos por números inteiros, positivos ou negativos.
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REPRESENTAÇÃO DE UM SINAL NO TEMPO DISCRETO
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - representação de um sinal no tempo discreto.
Já no que diz respeito à característica probabilística, pode-se conceituar um 
sinal como sendo determinístico ou aleatório. Um sinal é determinístico se 
pode ser reproduzido caso sejam aplicadas as mesmas condições utilizadas 
em sua geração (Lathi, 2008; Senda et al., 2005). 
A figura a seguir ilustra um sinal arbitrário determinístico.
REPRESENTAÇÃO DE UM SINAL DETERMINÍSTICO
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - representação de um sinal determinístico.
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SINAIS E SISTEMAS
Já sinais aleatórios (ou estocásticos) são sinais que possuem uma variabilida-
de que dificulta sua predição ou caracterização na forma analítica, sem pos-
suírem traços de periodicidade (Lathi, 2008).
A figura a seguir ilustra um sinal arbitrário estocástico.
REPRESENTAÇÃO DE UM SINAL ALEATÓRIO
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - representação de um sinal aleatório ou estocástico.
Sinal determinístico
é um sinal que pode ser completamente descrito por uma função 
matemática ou equação, ou seja, cujo comportamento ao longo do 
tempo é completamente previsível e não aleatório.
Sinal estocástico
é um sinal que exibe alguma forma de aleatoriedade ou 
imprevisibilidade em seu comportamento ao longo do tempo. 
Distintamente de um sinal determinístico, cujo comportamento 
futuro pode ser completamente previsto com base em equações 
matemáticas, possui incerteza em relação aos valores futuros.
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SINAIS E SISTEMAS
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É importante destacar que a classificação de sinais em contínuos/discretos 
ou determinísticos/estocásticos não possui nenhuma dependência, ou seja, 
sinais contínuos ou discretos podem ser determinísticos ouestocásticos, sem 
perda de generalidade.
Tome-se um exemplo numérico:
De acordo com a classificação anterior, o sinal acima 
é classificado como contínuo, em termos de existir 
para todo instante de tempo, bem como se trata 
de um sinal determinístico, posto que pode ser 
reproduzido com clareza segundo uma expressão 
matemática. 
1.1.3 CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS: 
LINEARES, INVARIANTES NO TEMPO (LIT) E 
SUAS PROPRIEDADES
Do mesmo modo que sinais são devidamente classificados conforme carac-
terísticas bem definidas, os sistemas também recebem classificações com 
base nas propriedades que tais sistemas possuem.
No que diz respeito à característica de invariância no tempo, define-se um 
sistema como invariante no tempo se, ao se aplicar um retardo ou avanço de 
tempo no sinal de entrada, provoca-se um deslocamento de tempo idêntico 
no sinal de saída. As características de um sistema invariante no tempo não se 
alteram com o tempo (Frank, 2008; Santana et al., 2012).
A figura a seguir ilustra o efeito da invariância no tempo na caracterização 
de sistemas.
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SINAIS E SISTEMAS
INVARIÂNCIA NO TEMPO PARA SISTEMAS DISCRETOS
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - invariância no tempo para sistemas discretos. Os sinais à esquerda dos 
blocos são sinais de entrada, ao passo que os sinais à direita dos blocos são sinais de saída.
Invariância no tempo: 
propriedade que associa a rigidez de um sistema à variação de 
instante de aplicação de um sinal.
Meios: 
identifica-se um sistema como invariante no tempo para permitir 
sua caracterização de forma assertiva, sem perda de generalidade na 
análise de sinais deslocados no tempo.
Objetivos: 
com a invariância no tempo, as operações básicas realizadas sobre 
sinais se mantêm válidas mesmo na condição de atrasos na aplicação 
do sinal de entrada.
No que tange à definição de linearidade, um sistema é linear se atende ao 
princípio da superposição, que estabelece o seguinte enunciado: Dado um 
sistema sujeito à aplicação de uma entrada x1(t) que implica uma saída y1(t), 
bem como à aplicação de uma entrada x2(t) que implica uma saída y2(t), à 
aplicação de uma entrada x3(t) que implica uma saída y3(t), e assim por diante 
para tantas quantas forem as entradas, pode-se dizer que a saída global para 
a totalização (soma) das entradas é igual à totalização (soma) das saídas indi-
viduais (Diniz; Silva; Netto, 2014; Lathi, 2008; Nalon, 2013).
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Tal efeito é mais bem descrito no diagrama a seguir.
LINEARIDADE PARA SISTEMAS DISCRETOS.
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - linearidade para sistemas discretos. À esquerda dos blocos, os sinais de 
entrada individuais; à direita, suas respectivas saídas. O bloco final contém como entrada, 
todas as entradas individuais somadas, sendo sua saída igual à soma das saídas 
individuais anteriores.
Linearidade: 
propriedade que associa a um sistema, sua característica de responder 
a diferentes sinais de entrada de forma a somar em sua saída, as 
respostas individuais referentes a cada entrada.
Meios: 
identifica-se um sistema como linear para permitir sua caracterização 
de forma assertiva, sem perda de generalidade na análise de 
sinais individuais.
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Objetivos: 
com a linearidade, as operações básicas realizadas sobre sinais se 
mantêm válidas mesmo na condição de independência de distintos 
sinais de entrada.
1.2 ANÁLISE DE SINAIS NO DOMÍNIO DO TEMPO
Uma vez descrita a diferença entre sinais e sistemas, e apresentadas caracte-
rísticas relevantes de comportamento no tempo para ambas as entidades, é 
preciso entender como representar sinais dentro do escopo de existência da 
variável tempo, já que sinais podem existir em intervalos contínuos ou discre-
tos de tempo.
1.2.1 REPRESENTAÇÃO DE SINAIS CONTÍNUOS 
E DISCRETOS NO DOMÍNIO DO TEMPO
A representação de sinais contínuos e discretos segundo a variável tem-
po apresenta uma distinção relevante em aplicações de processamento 
de sinais e na análise de sistemas. Como já anteriormente definido, sinais 
contínuos são aqueles que variam de forma suave e contínua ao longo do 
tempo, sendo descritos assim por funções matemáticas contínuas (Diniz; 
Silva; Netto, 2014; Lathi, 2008; Stelle, 2005). 
Um exemplo clássico de sinal contínuo é uma onda senoidal, representada 
por uma função trigonométrica ou combinação de funções trigonométricas, 
como seno ou cosseno. No caso, representar sinais contínuos, envolve, então, 
o uso de equações matemáticas que descrevem sinais com existência em to-
dos os pontos no tempo, como ilustrado na figura a seguir.
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REPRESENTAÇÃO DE UM SINAL CONTÍNUO: EXISTÊNCIA PARA TODO T
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - representação de um sinal contínuo.
Por outro lado, os sinais discretos se referem a amostragens dos sinais contí-
nuos em intervalos de tempo regulares, o que significa que o sinal é observa-
do apenas em pontos discretos, não estando disponível em todos os instantes 
de tempo. Assim, a representação de sinais discretos envolve uma sequência 
finita ou infinita de valores (Diniz; Silva; Netto, 2014; Lathi, 2008).
Exemplos de sinais discretos são os sinais de áudio digital, em que a amplitu-
de do som é amostrada a uma taxa fixa, segundo uma frequência definida de 
amostragem. A figura a seguir ilustra o mesmo sinal da figura anterior, mas 
em sua versão amostrada no tempo, ou seja, discreta.
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REPRESENTAÇÃO DE UM SINAL DISCRETO: EXISTÊNCIA PARA ALGUNS T
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - representação de um sinal discreto.
É importante observar que a diferença de valores na escala de tempo não 
significa que os vetores tempo contínuo e tempo discreto tenham de possuir 
mesmos limites (no caso, o sinal contínuo pode existir para uma faixa de tem-
po e, ao ser amostrado, existir em valores de tempo discreto distintos). 
Em outras palavras, o fato de o sinal discreto existir para n = 90 não significa 
que sua amostra correspondente no tempo contínuo ocorra em t = 90 s. No 
caso, a 90ª amostra do sinal pode corresponder a qualquer valor de tempo 
contínuo, de acordo com o intervalo de tempo em que são registrados os va-
lores do sinal (o que é definido como “período de amostragem”) – no caso das 
figuras, há uma amostra discreta a cada 0,1 segundo, o que indica que as 100 
amostras obtidas representam, de fato, 10 segundos do sinal contínuo.
A escolha entre a representação contínua ou 
discreta para caracterizar um sinal depende do 
contexto da aplicação. Sinais contínuos são úteis 
quando se deseja modelar fenômenos físicos 
de forma precisa; já sinais discretos permitem o 
uso eficiente de algoritmos digitais para análise e 
processamento de informações. 
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Caso se deseje transportar um sinal contínuo para um sinal na forma discre-
ta, como ilustrado nas figuras anteriores, coletam-se valores a intervalos de 
tempo fixos. O período em que tais amostras são coletadas é definido como 
período de amostragem (Lathi, 2008; Nalon, 2013)
Período de amostragem: 
corresponde ao período em que as amostras de um sinal contínuo são 
coletadas, para formar sua versão discretizada ou discreta.
Meios: 
o período de amostragem pode ser mensurado com base na 
identificação de amostras de um sinal contínuo que se repete de 
forma sistemática, sendomedido pela distância entre tais amostras 
(no caso de sinais senoidais, pela distância entre pontos de mesma 
fase).
Objetivos: 
conhecendo-se o período de amostragem de um sinal discreto, 
pode-se, sob determinadas condições, recuperar a versão contínua 
desse sinal.
Os processos de conversão entre sinais contínuos e discretos e vice-versa, co-
nhecidos como amostragem e reconstrução, aparecem em diversas aplica-
ções, sendo operações usuais em Processamento de Sinais para garantir que 
a informação seja representada e manipulada de forma adequada no domí-
nio do tempo discreto. 
Para um sinal contínuo limitado em faixa (ou seja, sem “vazios” entre a fre-
quência nula e seu conteúdo espectral) com máxima frequência fM , pode-se 
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reconstruir tal sinal com base em suas amostras se a amostragem tiver sido 
realizada de tal forma que a frequência de amostragem fS (inversa do período 
de amostragem) obedecer à seguinte condição:
Tal condição é referida na literatura como “Teorema da Amostragem”, ou 
Teorema de Nyquist-Shannon. 
Para reconstruir um sinal contínuo, com base em 
suas amostras discretas sem perda de informação, 
a frequência de amostragem deve ser pelo menos 
igual ao dobro da frequência máxima presente no 
sinal contínuo (Lathi, 2008). 
Se a frequência de amostragem não atender a essa condição, ocorrerá um 
fenômeno chamado de aliasing, em que componentes de frequência do 
sinal original serão erroneamente interpretadas como frequências distintas 
das originais, resultando em distorção e perda de informação no processo de 
reconstrução (Lathi, 2008; Santana et al., 2012).
O Teorema da Amostragem é fundamental em 
algumas aplicações de Processamento Digital 
de Sinais, como na digitalização de áudios, vídeos 
e imagens, garantindo que os sinais analógicos 
possam ser representados com precisão em sua 
forma digital, e com possibilidade de reconstrução 
sem perdas. 
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1.2.2 OPERAÇÕES BÁSICAS COM SINAIS: 
DESLOCAMENTO, ESCALONAMENTO 
E INVERSÃO
Sinais podem ser livremente combinados como funções matemáticas ele-
mentares, admitindo certas operações matemáticas usuais, como desloca-
mento, escalonamento e inversão, descritos a seguir. A definição dessas fun-
ções, estabelecida a sinais contínuos, também se aplica a sinais discretos, 
como apresentado a seguir.
a. Deslocamento
Para um sinal x(n), equivale a se calcular sua versão adiantada ou atrasada, ou 
seja, representar x(n – n0).
SINAL DESLOCADO
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - é ilustrado o sinal original; no gráfico inferior, o sinal deslocado de 2 
amostras (atrasado no tempo discreto). Cada amostra é indicada por um círculo, com 
altura proporcional à amplitude.
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b. Escalonamento
Para um sinal x(n), equivale a se calcular sua versão amplificada ou atenuada, 
ou seja, representar .
SINAL ESCALONADO
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - representação de um sinal escalonado. No gráfico superior, é ilustrado 
o sinal original; no gráfico inferior, o sinal multiplicado de 2 unidades no tempo discreto. 
Cada amostra é indicada por um círculo, com altura proporcional à amplitude.
c. Inversão
Para um sinal x(n), equivale a se calcular sua versão refletida em relação ao 
eixo vertical Y, ou seja, representar x(– n).
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SINAL DISCRETO INVERTIDO
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - representação de um sinal deslocado. No gráfico superior, é ilustrado 
o sinal original; no gráfico inferior, o sinal deslocado de 2 amostras (atrasado no tempo 
discreto). Cada amostra é indicada por um círculo, com altura proporcional à amplitude.
1.2.3 PROPRIEDADES DE SISTEMAS LIT: 
LINEARIDADE, INVARIÂNCIA NO TEMPO E 
CAUSALIDADE
Das considerações anteriores, é possível caracterizar invariância no tempo e 
linearidade para sinais, de modo que se utiliza a notação de SLIT para indicar 
a classificação de Sistema Linear Invariante no Tempo. Um sistema que seja 
assim classificado possui as características de ser invariante no tempo para 
atraso aplicado em uma entrada, bem como, quando submetido a diferentes 
entradas, responde de forma conjunta a cada entrada, somando as diferentes 
saídas individuais (Lathi, 2008; Nalon, 2013; Roberts, 2010).
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Sistema linear invariante no tempo – é um 
sistema que carrega em si ambas as propriedades: 
linearidade, garantindo que a saída de entradas 
individuais é combinada como saída única 
resultante da soma de tais entradas; e invariância 
no tempo, em que entradas deslocadas no tempo 
conduzirão a saídas deslocadas no tempo por 
igual quantidade. 
CONCLUSÃO
Esta unidade buscou apresentar os conceitos de sinais e sistemas, caracteri-
zando-os em termos de suas propriedades e condições de existência. A distin-
ção apropriada entre tais conceitos permite explorar com a devida proprieda-
de o tratamento matemático de fenômenos naturais, em termos de modelos 
que a partir desses fenômenos são definidos, com as devidas precisão numé-
rica e elegância.
Foram também apresentadas características de representação dessas enti-
dades mediante os conceitos de tempo contínuo e tempo discreto, permi-
tindo que a conformação matemática de sinais e sistemas possa se adequar 
à natureza da aplicação de Processamento de Sinais que seja selecionada 
como forma de representação. 
Assim, adquire-se embasamento para o estudo de representações adequa-
das de sinais e sistemas nos tempos contínuo e discreto, permitindo que se-
jam realizadas operações gráficas de escalonamento, deslocamento no tem-
po e inversão, que são operações consideradas usuais ao se processar sinais.
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• Estacionariedade: no campo da Estatística, 
a estacionariedade se refere a uma condição 
de séries temporais que indica haver, em 
tais séries, constância de propriedades 
estatísticas, ou seja, valores de média, variância 
e outras características da série não se alteram 
significativamente ao longo do tempo.
• Sinal: é a representação numérica de um 
fenômeno ou variável física que descreve uma 
ação ou estado físico, de forma a tornar tal 
entidade tratável para operações matemáticas 
e/ou gráficas.
• Sistema: é uma entidade composta por partes 
independentes e interligadas, representando as 
características de um modelo e respondendo a 
sinais de entrada, gerando como resposta sinais 
de saída.
• Sistema invariante no tempo: sistema que 
responde a um sinal de entrada adiantado ou 
atrasado, posicionando o sinal de saída com o 
mesmo avanço/atraso observado na entrada.
• Sistema linear: sistema que responde a um 
sinal de entrada combinado de vários sinais 
individuais como uma única saída também 
combinada como soma das saídas individuais. 
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SINAIS E SISTEMAS
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre este tema, leia os artigos a 
seguir:
1. Sinais e sistemas. ELE 0331 – Princípios de 
Comunicações. 
2. Sinais e sistemas definidos sobre aritmética 
intervalar complexa. 
3. Linearidade em Sinais e Sistemas.
4. Apostila de Sinais e Sistemas.
5. Aplicações de Processamento Digital de Sinais 
em Engenharia Elétrica.
https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/optoeletronica/sinais_e_sistemas.pdf
https://www.scielo.br/j/tema/a/yDqX7r5frKFkvvLJTWfYVqk/abstract/?lang=pt#https://www.scielo.br/j/tema/a/yDqX7r5frKFkvvLJTWfYVqk/abstract/?lang=pt#
https://www.decom.fee.unicamp.br/~rlopes/EA616/Ivanil/LSS.pdf
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/mdasilva/disciplinas/et75h/et75h/SinaisESistemas_Stelle.pdf
https://www.lcs.poli.usp.br/~marcio/Papers/Senda2005.pdf
https://www.lcs.poli.usp.br/~marcio/Papers/Senda2005.pdf
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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SINAIS E SISTEMAS
UNIDADE 2
> Compreender a 
representação de 
sinais e sistemas 
contínuos.
> Compreender a 
representação de 
sinais e sistemas 
discretos.
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2 SISTEMAS LIT CONTÍNUOS E 
DISCRETOS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará a manipulação matemática de sinais, em termos de 
sua representação distinta para os casos contínuo e discreto, sendo cada 
uma delas indicativa de diferentes universos de aplicações na teoria de sinais 
e sistemas. 
Inicialmente, será estabelecida a distinção entre equações diferenciais e 
equações de diferença, existentes para modelar, respectivamente, sistemas 
baseados no tempo contínuo e no tempo discreto. A análise de tais equações 
tem como propósito avaliar o comportamento de sistemas em termos de sua 
resposta para sinais de entrada tomados como referência, como sinais em 
impulso e em degrau, permitindo assim que se possa qualificar qualquer sa-
ída com base no conhecimento explícito do sistema.
Em sequência, será dada atenção às características de resposta para sistemas 
no tempo contínuo, avaliando-se suas condições de estabilidade, ou seja, em 
que situações as respostas desses sistemas a entradas estáveis se comportam 
também em condições de estabilidade.
Por fim, a mesma atenção será dispensada ao caso de sistemas no tempo 
discreto, avaliando-se igualmente as respostas de sistemas ao caso de sinais 
de entrada estáveis no domínio do tempo discreto, de forma a consolidar o 
conceito de estabilidade nesse tipo de domínio temporal.
Ao fim desta unidade, você será capaz de explorar com razoável habilidade os 
sinais contínuos e discretos, em termos de seu comportamento associado à 
estabilidade diante dos diversos sinais de entrada a que forem apresentados.
2.1 SISTEMAS LIT CONTÍNUOS
No estudo de sinais e sistemas, a análise específica e detalhada dos chama-
dos “sistemas lineares e invariantes no tempo” (ou SLIT), como visto anterior-
mente, é fundamental para o entendimento de como sinais e sistemas se 
relacionam, em termos de caracterizar adequadamente os sinais gerados por 
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esses sistemas em resposta a outros sinais. No caso, sistemas assim denomi-
nados são muito importantes por representarem a maior parte dos sistemas 
que se encontram na natureza, sendo sua compreensão essencial para anali-
sar diversos fenômenos científicos (Bonatti; Lopes; Peres, 2009).
A história que acompanha o desenvolvimento teórico dos SLIT remonta ao 
século XVIII, quando o matemático alemão Leonhard desenvolveu as bases 
para toda a teoria das equações diferenciais, ganhando corpo no século XX, 
com o advento da teoria de Controle e com os avanços da Eletrônica (Diniz; 
Silva; Netto, 2014).
 LEONHARD EULER (1707-1783)
Fonte: ©Jakob Emanuel Handmann, Wikimedia Commons (2023).
#Paratodosverem - retrato de Euler. O matemático veste roupas despojadas e tem 
cabelos brancos.
Por meio do estudo focado de equações diferenciais para modelar fenôme-
nos físicos e químicos, os estudiosos de sistemas passaram a perceber que 
havia uma conexão intrínseca entre sinais de entrada e sinais de saída, per-
fazendo-se uma relação matematicamente consistente entre tais entidades.
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SINAIS E SISTEMAS
DIAGRAMA DE BLOCOS DE UM SISTEMA
Entrada SaídaSistema
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#Paratodosverem - diagrama de blocos de um sistema. À esquerda, o sinal de entrada; à 
direita, o sinal de saída. O sistema recebe o sinal de entrada e gera uma saída conforme 
suas características intrínsecas.
Na modelagem de fenômenos contínuos, ou seja, que respondem continua-
mente a excitações aplicadas em sua entrada, tais sistemas se definem tam-
bém contínuos, de modo que o estudo da resposta (e assim das equações 
que os regem) é útil no sentido de caracterizar completamente os sistemas 
associados (Frank, 2008).
Com base em tais considerações, apresentam-se nas próximas seções os con-
ceitos de equações diferenciais aplicadas a SLIT contínuos, investigando a se-
guir as respostas ao impulso e ao degrau, bem como as questões de estabili-
dade e causalidade.
2.1.1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E EQUAÇÕES 
DE DIFERENÇA EM SISTEMAS LIT CONTÍNUOS
As equações diferenciais assumem, na Teoria de Sinais, um importante papel 
para descrever e analisar toda forma de sistema que represente (por meio de 
um modelo) um dado fenômeno natural, seja físico, químico ou biológico. De 
fato, as equações diferenciais, muitas vezes referidas na literatura como EDs, 
trazem um modo elegante e preciso de descrever sistemas LIT contínuos, 
sendo o elemento de conexão entre os sinais de entrada e as respostas desses 
sistemas mediante a aplicação de tais sinais, permitindo que se compreenda 
como se comportam em relação ao tempo (Lathi, 2008).
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Uma equação diferencial nada mais é que uma expressão matemática que 
relaciona a derivada de uma função desconhecida a ela própria, em conjun-
to com outras variáveis. Em outras palavras, no contexto da compreensão 
de um sistema LIT contínuo, tais equações absorvem a relação entre um si-
nal de entrada, a resposta do sistema a tal entrada e suas derivadas (Higuti; 
Kitano, 2003).
Os primeiros registros históricos da utilização de equações diferenciais re-
montam à Grécia Antiga, fazendo referência aos matemáticos Zenão de Cítio 
e Eudoxo de Cnido, que estudavam o comportamento de taxas de variação. 
(Diniz; Silva; Netto, 2014).
ZENÃO DE CÍTIO (333 A.C.-263 A.C.)
Fonte: ©Jeremy Weate, Wikimedia Commons (2023).
#Paratodosverem - busto de Zenão de Cítio aparentemente em mármore representando 
um homem sério de barba longa.
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SINAIS E SISTEMAS
Foi, todavia, no Renascimento e, posteriormente, com os trabalhos de ma-
temáticos como Newton e Leibniz, que o mundo presenciou os primeiros 
passos do Cálculo Diferencial e Integral. Desses avanços, outros matemáticos, 
como Lagrange e Poincaré, trouxeram contribuições significativas à teoria de 
equações diferenciais (Diniz; Silva; Netto, 2014).
JOSEPH-LOUIS LAGRANGE (GIUSEPPE LODOVICO LAGRANGIA) (1736-1813) 
E HENRI POINCARÉ (1854-1912)
Fonte: Wikimedia Commons (2023).
#Paratodosverem - retratos de Lagrange e Poincaré. Ambos vestem roupas formais e têm 
cabelos curtos. Lagrange tem cabelos brancos; Poincaré tem cabelos pretos e usa óculos.
Um exemplo usual da aplicação de equações diferenciais em sistemas LIT 
contínuos é a Equação Diferencial Linear Ordinária (EDO), ferramenta ma-
temática que descreve o comportamento de sistemas cujas respostas são 
proporcionais às entradas e às suas taxas de variação. As EDOs são parti-
cularmente úteis em Sistemas de Controle, Eletrônica e Processamento de 
Sinais, em que se prestam a modelar todos os fenômenos físicos inerentes 
a tais campos.
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UTILIZAÇÃO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARA A MODELAGEM 
DE SISTEMAS
Hipóteses
Representação 
por equações 
diferenciais
Resoluçãode equações 
diferenciais
Soluções
Predições do 
modelo
Alteração das 
hipóteses ou 
refinamento 
do modelo
Formulação 
matemática
Comparação 
das predições 
com modelo 
prévio
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#Paratodosverem - diagrama de blocos envolvendo o fluxo de modelagem de um sistema 
por meio de equações diferenciais. Os blocos seguem o fluxo no sentido horário, na 
seguinte ordem: Hipóteses; Representação por Equações Diferenciais; Formulação 
Matemática; Resolução das Equações Diferenciais; Soluções; Predições do Modelo; 
Comparação das Predições com o Modelo Prévio; Alteração das Hipóteses ou 
Refinamento do Modelo.
A associação de equações diferenciais com sistemas LIT contínuos é uma fer-
ramenta válida que permite determinar a complexidade do sistema e assim 
facilitar sua análise. Como derivadas de qualquer ordem podem estar envolvi-
das nas equações, compreender as propriedades e soluções dessas equações 
é fundamental para prever e controlar o comportamento de sistemas LIT con-
tínuos em uma diversidade de aplicações. À medida que se ganha mais noção 
de como as equações diferenciais formam a base para o projeto de sistemas 
complexos, mais fácil se torna modelar problemas do mundo real.
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SINAIS E SISTEMAS
Considere um exemplo clássico de sistema massa-mola, constituído por uma 
massa m presa a uma mola de constante elástica k, de modo que se pode 
escrever a equação diferencial:
No caso, a equação diferencial, de 2ª ordem, descreve completamente o mo-
vimento da massa e a deformação da mola, sujeitas à aplicação da força F.
SISTEMA MASSA-MOLA
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#Paratodosverem - sistema massa-mola; mola representada na cor prata sobre um 
pedestal dourado no qual há a letra “m” minúscula. À esquerda da mola, uma seta 
vermelha aponta para cima e ao lado dela há a letra “F” maiúscula. À direita da mola, 
há a letra “k” minúscula.
Um exemplo interessante de uso de equações 
diferenciais se dá na modelagem de sistemas 
climáticos para prever padrões meteorológicos. 
Essas equações auxiliam os cientistas a entenderem 
como fatores como temperatura, pressão 
atmosférica e ventos interagem ao longo do tempo, 
permitindo previsões climáticas mais precisas. 
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2.1.2 RESPOSTAS AO IMPULSO E AO DEGRAU 
EM SISTEMAS LIT CONTÍNUOS
Um dos aspectos mais importantes no estudo de sistemas LIT contínuos diz 
respeito ao fato de compreender como esses sistemas reagem a estímulos 
específicos, como o impulso e o degrau. Essas respostas trazem aproxima-
ções importantes sobre o comportamento do sistema e exercem um papel 
fundamental na teoria de sinais e sistemas. Descrevem-se a seguir tais cate-
gorias de resposta.
a. Resposta ao Impulso
A resposta ao impulso de um sistema LIT contínuo é uma característica única 
e fundamental da sua dinâmica de funcionamento. No caso, consiste na res-
posta do sistema a um sinal de entrada definido como “impulso unitário”, que 
é representado pela função 
sendo o valor 1, no caso, representativo da área da função impulso.
FUNÇÃO IMPULSO
Fonte: ©Whiteknight, Wikimedia Commons (2023).
#Paratodosverem - função impulso ou delta de Dirac. A função impulso aparece ilustrada 
no gráfico em dois eixos, sendo representada por uma seta vertical centrada na origem, 
possuindo área equivalente à de um retângulo também centrado na origem e situado 
entre -A/2 e A/2. Quando A tende a zero, a altura do retângulo tende a infinito e sua 
largura tende a zero, de modo que o próprio retângulo acaba por tender à seta.
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A resposta ao impulso traz informações detalhadas sobre como o sistema 
se comporta quando é submetido a uma perturbação instantânea e uni-
tária, sendo frequentemente usada para determinar a resposta do sistema 
para qualquer entrada arbitrária por meio de uma convolução, um processo 
matemático recorrente em teoria de sinais e sistemas – a ser abordado nas 
próximas unidades.
b. Resposta ao Degrau
A resposta ao degrau é outra forma de se perfazer a análise de sistemas LIT 
contínuos. Tal resposta descreve a reação do sistema a um sinal de entrada do 
tipo degrau, indicado pela função
que representa uma mudança abrupta no valor da entrada no instante t = 0. 
Quando A = 1, o degrau é dito unitário.
FUNÇÃO DEGRAU
Fonte: ©RicHard-59, Wikimedia Commons (2023).
#Paratodosverem - função degrau. A função impulso aparece ilustrada no gráfico em azul, 
com um segmento de reta de amplitude nula para t < 0 e de amplitude diferente de zero 
para t >= 0. A função vale zero até atingir o valor de t = 0, e no instante t = 0 sobe para um 
valor constante, que se mantém até o infinito, como se fosse um degrau de escada, daí o 
nome “degrau”.
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A resposta ao degrau possibilita o entendimento de como um sistema se ajus-
ta a perturbações constantes, bem como fornece meios para se avaliar qual 
seu comportamento estacionário após a mudança do sinal de entrada. Com 
a resposta ao degrau, pode-se determinar parâmetros importantes, como 
tempo de subida, tempo de acomodação, sobressinal percentual e saída em 
regime permanente, que são significativos para caracterizar elementos proje-
tados como sistemas de controle e filtros seletores de sinais.
Pode-se, sem perda de generalidade, provar que:
Função Impulso: 
corresponde a uma função com duração infinitesimal e amplitude 
infinita, de modo que é convencionada como possuindo área unitária, 
sendo daí chamada de função impulso unitário ou simplesmente 
impulso unitário.
Função degrau: 
corresponde a uma função nula para todo intervalo de tempo t < 0, 
assumindo valor constante e positivo a partir de t = 0. A transição da 
função nesse intervalo ocorre em um intervalo de tempo infinitesimal, 
de modo que sua derivada exprime exatamente a função 
impulso unitário. 
Em termos de aplicações práticas, as respostas ao impulso e ao degrau se 
prestam a diversas aplicações. Na Engenharia de Controle, por exemplo, a res-
posta ao degrau é utilizada como referência no projeto de controladores que 
assegurem uma resposta rápida e estável do sistema. A resposta ao impulso, 
por sua vez, é fundamental para a análise de sistemas de comunicação, com 
vistas a mensurar a capacidade desse sistema de transmitir informações sem 
distorções significativas. Além disso, ambas as respostas são essenciais na re-
solução de problemas de engenharia, como filtragem de sinais, projeto de 
circuitos elétricos e modelagem de sistemas físicos (Nalon, 2013).
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Nas próximas seções, serão frequentemente referenciados os termos “respos-
ta ao impulso” e “resposta ao degrau” para sistemas LIT contínuos, explorando 
suas propriedades matemáticas, interpretações físicas e aplicações práticas 
em diferentes domínios da engenharia e da ciência. A compreensão dessas 
respostas é muito útil para desenvolver sistemas eficazes e eficientes em uma 
ampla gama de campos de estudo. 
Quando se toma o sinal:
o sinal resultante é tal que existe somente para 
intervalos de tempo entre 0 e 1, ou seja, configura 
uma “porta” contínua entre 0 e 1. 
2.1.3 ESTABILIDADE E CAUSALIDADE DE 
SISTEMAS LIT CONTÍNUOS
A estabilidade e a causalidade são duas propriedades de muita relevância no 
projeto de sistemas LIT contínuos, pois permitem determinar se um sistema 
é robusto e se seu comportamento é previsível em resposta a diferentes en-
tradas. Tais conceitos devem ser avaliados de forma sistemática e individual 
(Roberts, 2010).
A estabilidade éuma propriedade fundamental de sistemas LIT contínuos 
que determina a resposta do sistema a entradas limitadas. Um sistema é con-
siderado estável se, quando sujeito a uma entrada limitada, sua saída perma-
necer limitada. Em outras palavras, se um pequeno distúrbio na entrada não 
conduzir a respostas não limitadas em amplitude, o sistema é considerado 
estável. A análise da estabilidade é de vital importância na engenharia, pois 
sistemas instáveis podem conduzir a resultados imprevisíveis.
Na figura a seguir, no caso (a), o sistema é instável, pois qualquer ação de 
entrada pode conduzir a uma saída imprevista – a bolinha pode sair do equi-
líbrio. No caso (b), o sistema é estável, pois qualquer ação de entrada não alte-
rará a saída – a bolinha volta ao equilíbrio.
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ANÁLISE DE ESTABILIDADE
Fonte: ©Theotetm, Wikimedia Commons (2023).
#Paratodosverem - análise de estabilidade. À esquerda, uma bolinha equilibrada em 
situação instável, sobre uma parábola com concavidade para baixo. À direita, uma 
bolinha equilibrada em situação estável, dentro de uma parábola com concavidade 
para cima.
A causalidade é outra propriedade essencial de sistemas LIT contínuos. Ela 
determina se a saída de um sistema depende apenas das entradas presen-
tes e passadas, sem depender de entradas futuras. Em outras palavras, um 
sistema causal não pode prever ou antecipar o futuro, mas apenas responde 
ao que já aconteceu. A causalidade é uma característica fundamental em sis-
temas do mundo real, pois sistemas não causais não são realísticos e podem 
desafiar o bom senso físico.
As propriedades de estabilidade e causalidade possuem aplicações críticas 
em uma infinidade de campos de conhecimento, sobretudo em aplicações 
que requerem que sinais assumam valores comportados ou especificados 
dentro de um padrão esperado – por exemplo no controle de trajetória de 
um foguete no espaço, que está sujeito a uma enorme quantidade de forças 
atuantes, em que a estabilidade é mandatória, ou em sistemas de comunica-
ção via rádio, em que a causalidade implica remoção de ecos ou atrasos. Nas 
próximas unidades, tais conceitos tornarão a ser investigados, a fim de que se 
ganhe segurança no projeto de sistemas.
Estabilidade: 
refere-se à propriedade que determina se um sistema retorna a um 
estado de equilíbrio ou permanece sob controle após ser perturbado 
por uma entrada ou uma condição inicial específica.
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Meios: 
caracteriza-se um sistema como estável para que possa assim ser 
utilizável mediante diversos sinais de entrada.
Objetivos: 
com a estabilidade, sistemas podem ser mantidos em uso sem a 
necessidade de controle do sinal de entrada.
Deve-se reforçar que não existe conexão direta entre tais conceitos, ou seja, 
um sistema estável não é necessariamente causal, ou vice-versa.
Causalidade: 
propriedade que se refere à relação de causa e efeito, ou seja, à ideia 
de que um evento, condição ou ação é responsável por produzir uma 
mudança, efeito ou resultado específico em outro evento, condição ou 
objeto.
Meios: 
caracteriza-se um sistema como causal para assegurar que toda saída 
será decorrente apenas de entradas prévias.
Objetivos: 
com a causalidade, as operações básicas realizadas sobre sinais se 
mantêm válidas independentemente do instante de aplicação do sinal 
de entrada.
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2.2 SISTEMAS LIT DISCRETOS
No campo de sinais e sistemas, também é importante explorar a análise de 
sistemas lineares e invariantes no tempo discretos, ou sistemas LIT discretos. 
Esses sistemas representam a base teórica para manipular sinais no domínio 
do tempo discreto, sendo essenciais em áreas como processamento digital 
de sinais, telecomunicações e controle digital, entre outros.
SINAL DISCRETO
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#Paratodosverem - exemplo de sinal discreto. Cada amostra do sinal é pintada em azul, e 
a altura de cada amostra representa sua amplitude.
A evolução dos sistemas LIT discretos está intrinsecamente conectada ao 
avanço da tecnologia de computadores e à necessidade de se lidar com 
sinais e dados discretos em sistemas digitais. A década de 1940 marcou 
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o início da era da computação digital e, desde tal período, a análise de sistemas 
discretos tornou-se um campo que ganhou muito destaque em Engenharia 
e na Ciência da Computação. Com a proliferação de dispositivos concebidos 
pela Eletrônica Digital nas últimas décadas, a teoria dos sistemas LIT discretos 
tornou-se ainda mais relevante, ganhando uma importância única em nossas 
vidas cotidianas, desde a transmissão de dados em redes de comunicação até 
o processamento de imagens e som em dispositivos eletrônicos (Stelle, 2005).
Em termos da representação, análise e propriedades dos sistemas LIT discre-
tos, faz-se uma extensão natural de todos os princípios e regras estabelecidas 
para sistemas LIT contínuos, com algumas adaptações referentes à natureza 
do eixo temporal, agora discreto. Além disso, equações diferenciais agora se 
convertem em equações de diferença, sem perda de generalidade, manten-
do-se os requisitos naturais de estabilidade e causalidades, validados para o 
caso contínuo. 
2.2.1 EQUAÇÕES DE DIFERENÇA E DE 
RECORRÊNCIA EM SISTEMAS LIT DISCRETOS
Para compreender plenamente as propriedades dos sistemas LIT discretos, é 
essencial a intepretação modificada das chamadas equações de diferença, 
que são a base matemática para a representação e modelagem de sistemas 
discretos. Assim, como as equações diferenciais são pontos centrais para sis-
temas LIT contínuos, as equações de diferença exercem essa figura na análise 
de sistemas LIT discretos.
As equações de diferença descrevem a relação entre uma sequência de va-
lores de saída (normalmente representada por y[n]) e uma sequência corres-
pondente de valores de entrada (geralmente representada por x[n]) (Lathi, 
2008). Em essência, elas representam como um sistema LIT discreto evolui no 
tempo discreto, especificando como o valor atual de saída depende dos valo-
res de entrada passados e presentes. Uma equação de diferença típica pode 
ser expressa na forma geral:
em que f é uma função que relaciona as entradas passadas e presentes com 
a saída atual, e k é a ordem da equação de diferença, que determina quantos 
valores passados influenciam a saída atual.
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Na figura seguinte, ilustra-se a saída de um sistema que atrasa a entrada me-
diante a ponderação de amostras atrasadas, compondo uma saída segundo 
uma equação genérica de diferenças.
EXEMPLO DE UM SINAL DISCRETO GERADO POR RECORRÊNCIA
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#Paratodosverem - exemplo de sinal discreto gerado por recorrência.
As equações de diferença são amplamente utilizadas para modelar sistemas 
no domínio discreto. Elas encontram nicho em áreas como processamento 
de sinais digitais, controle digital, análise de séries temporais, simulação de 
sistemas discretos, entre outros. Ao modelar sistemas do mundo real, é co-
mum encontrar equações de diferença que descrevem como esses sistemas 
respondem a entradas discretas, tornando possível prever e controlar seu 
comportamento (Lathi, 2008).
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A resolução de uma equação de diferença envolve encontrar uma expressão 
geral para a sequência de saídas em termos da sequência de entradas e das 
condições iniciais. Isso permitea previsão do comportamento do sistema ao 
longo do tempo discreto. A solução pode ser obtida por diversos métodos, 
como a transformada Z, a transformada discreta de Fourier e técnicas analí-
ticas específicas para tipos particulares de equações de diferença – algumas 
dessas técnicas serão objeto das próximas unidades.
A ordem de uma equação de diferença, k, é um parâmetro importante que 
determina o número de valores de entrada passados que influenciam a saída 
atual. Equações de diferença de primeira ordem (k = 1) são as mais simples, 
enquanto ordens maiores (k > 1) levam em consideração valores de entrada 
mais distantes no passado.
Considere um sinal discreto x[n] aplicado a um 
sistema LIT discreto, gerando uma saída y[n]. Uma 
possível equação de diferença para o sistema é:
Como a saída depende unicamente de amostras 
presentes e passadas da entrada, tal sistema, 
discreto, é causal. 
A compreensão das equações de diferença é fundamental para a modela-
gem e análise de sistemas LIT discretos, já que em muitos casos são a única 
informação conhecida desses sistemas (Roberts, 2010). A forma como o proje-
tista deve resolver tal equação é livre, conforme os meios a que tenha acesso 
para tal.
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Um fato interessante sobre sistemas LIT 
discretos é que eles possuem uma influência 
forte na tecnologia moderna, especialmente em 
processamento digital de sinais e comunicação 
digital. Os algoritmos usados em smartphones, 
players de música digital e câmeras digitais são 
fundamentados em sistemas LIT discretos, ou seja, 
sempre que se utiliza um dispositivo digital para 
ouvir música, assistir a um vídeo ou fazer uma 
chamada telefônica, há interação com sistemas LIT 
discretos que processam e manipulam os sinais de 
áudio e vídeo de maneira eficiente. 
2.2.2 RESPOSTAS AO IMPULSO E AO DEGRAU 
EM SISTEMAS LIT DISCRETOS
Assim como em sistemas LIT contínuos, as respostas ao impulso e ao degrau 
são parâmetros fundamentais para se analisar sistemas LIT discretos. Essas 
respostas trazem características únicas sobre o comportamento desses sis-
temas quando sujeitos a entradas peculiares, tornando claro o entendimento 
de como reagem a diferentes entradas discretas (Santana, 2012).
A resposta ao impulso em sistemas LIT discretos é similar ao caso contínuo, 
sendo obtida pela resposta do sistema a um sinal de entrada definido como 
função impulso unitário discreto, representada como δ[n]. O impulso unitário 
discreto é definido como:
sendo o valor 1, no caso, representativo da área da função impulso.
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FUNÇÃO IMPULSO NO TEMPO DISCRETO
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#Paratodosverem - função impulso discreto. A função impulso discreto possui uma única 
amostra, situada em n = 0.
A resposta ao impulso discreto, assim como no caso contínuo, traz informa-
ções detalhadas sobre como um sistema discreto se comporta quando é sub-
metido a uma perturbação instantânea e unitária, sendo também usada para 
determinar a resposta do sistema a qualquer entrada arbitrária por meio da 
convolução discreta (Senda et al., 2005).
a. Resposta ao Degrau
A resposta ao degrau no tempo discreto também é usada para se realizar a 
análise de sistemas LIT discretos. Tal resposta descreve a reação do sistema a 
um sinal de entrada do tipo degrau, no tempo discreto, indicado pela função
que representa uma mudança abrupta no valor da entrada no instante n=0. 
Quando A = 1, o degrau é dito unitário.
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FUNÇÃO DEGRAU NO TEMPO DISCRETO.
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#Paratodosverem - função degrau no tempo discreto. A função degrau corresponde a 
vários impulsos, em azul, ocorrendo para valores de n maiores ou iguais a zero.
A resposta ao degrau, do mesmo modo que para o caso contínuo, permite 
que se compreenda como um sistema discreto se comporta diante de per-
turbações constantes, bem como provê meios para se avaliar seu compor-
tamento estacionário para n>0. Com o uso da resposta ao degrau, pode-se 
avaliar parâmetros importantes, como convergência e estabilidade, que são 
destacados na caracterização de sistemas de controle digital e filtros digitais 
(Stelle, 2005).
Pode-se também, sem perda de generalidade, provar que:
As respostas ao impulso e ao degrau no tempo discreto também revelam 
muitas aplicações práticas em processamento de sinais digitais, filtragem 
digital e controle digital (Lathi, 2008).
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2.2.3 ESTABILIDADE E CAUSALIDADE EM 
SISTEMAS LIT DISCRETOS
A estabilidade e a causalidade são, do mesmo modo que para sistemas LIT 
contínuos, propriedades fundamentais que regem de forma crítica o desem-
penho de sistemas LIT discretos, em termos de como avaliar a robustez de um 
sistema e seu comportamento é previsível para diferentes entradas (Frank, 
2008; Lathi, 2008).
A estabilidade em sistemas LIT discretos se relaciona à capacidade do sistema 
de manter as respostas limitadas quando sujeito a entradas limitadas.
Sistema estável – um sistema é considerado 
estável se, para uma entrada limitada, sua saída 
permanecer limitada. 
A análise da estabilidade de sistemas discretos é fundamental para que se 
evite a ocorrência de oscilações indesejadas, tornando-os incontroláveis em 
sua saída. Assim, avaliar a estabilidade de sistemas LIT discretos requer a ava-
liação de condições matemáticas específicas que garantam que o sistema 
permanecerá sob controle em todas as circunstâncias (Frank, 2008).
Quanto à causalidade de sistemas LIT discretos, esta segue os mesmos princí-
pios usados para análise de sistemas LIT contínuos. A causalidade determina, 
reforça, se a saída de um sistema depende apenas das entradas presentes e 
passadas, sem depender de entradas futuras. Em outras palavras, um sistema 
causal não prevê o futuro, mas responde apenas ao que já aconteceu.
Estabilidade e Causalidade são, para sistemas discretos, importantes no sen-
tido de que aplicações em Controle Digital requerem o ajuste fino de variá-
veis de processo coletadas de forma discreta, bem como há exemplos como 
a transmissão de dados em uma rede de computadores requer, para fins 
de controle de erros, que se garanta a entrega de pacotes de forma causal 
(Lathi, 2008).
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Sistema LIT discreto – é um sistema que carrega 
em si as propriedades de linearidade, que assegura 
que a saída de entradas individuais é combinada 
como saída única resultante da soma de tais 
entradas, e invariância no tempo discreto, em que 
entradas deslocadas no tempo discreto conduzirão 
a saídas deslocadas no tempo por igual quantidade. 
CONCLUSÃO
Esta unidade buscou apresentar as características de sinais e sistemas em 
termos da característica contínua ou discreta do tempo. A distinção devida 
entre tempo contínuo e tempo discreto é importante no sentido de prover a 
adequada análise de sinais de entrada vistos como referência, em que se des-
tacam sinais do tipo impulso unitário e do tipo degrau unitário, consagrados 
na literatura para implementação dessa análise.
Foram apresentados os conceitos de equação diferencial e equação de dife-
renças, respectivamente para o caso contínuo e para o caso discreto, que fa-
zem a ligação da natureza do sistema com as variáveis nele modeladas. Além 
disso, foi definida para cada modelo a importância da análise de resposta ao 
impulso e resposta ao degrau, o que associa a tal representação a adequada 
métrica para observação de desempenho.
Por fim, foram abordadas as propriedades de estabilidadee causalidade, que 
são essenciais para garantir que os sistemas se comportem de maneira previ-
sível e controlável, tanto no caso contínuo como no caso discreto.
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• Causalidade: refere-se à relação de causa e 
efeito entre eventos ou fenômenos, indicando 
que um evento (a causa) traz influência ou leva 
a outro evento (o efeito). Essa relação implica 
que uma ação ou condição precedente tem o 
poder de produzir uma mudança ou resultado 
subsequente.
• Degrau Unitário: é uma função matemática que 
é igual a zero para valores de tempo menores que 
zero e igual a um para valores de tempo maiores 
ou iguais a zero. É frequentemente usada como 
entrada de referência em sistemas dinâmicos 
para estudar como o sistema responde a uma 
mudança repentina e constante.
• Equação de diferenças: é uma equação que 
descreve como uma sequência de valores 
depende dos valores anteriores da sequência. 
É comumente usada para representar sistemas 
dinâmicos discretos, como sistemas de controle 
digital ou séries temporais discretas.
• Equação diferencial: é uma equação 
matemática que envolve derivadas de uma ou 
mais variáveis independentes em relação a uma 
variável dependente. É amplamente usada 
para descrever como quantidades mudam ao 
longo do tempo ou espaço contínuos, sendo 
fundamental na modelagem de fenômenos 
naturais e físicos. 
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• Estabilidade: indica a capacidade de um 
sistema retornar a um estado de equilíbrio 
após ser perturbado, em vez de divergir ou se 
tornar incontrolável. Um sistema é considerado 
estável quando suas respostas a perturbações 
permanecem limitadas e previsíveis.
• Impulso Unitário: é uma função matemática 
que é igual a zero para todos os valores de 
tempo, exceto para um ponto específico, 
em que é infinitamente alta, possuindo área 
unitária. No contexto de sistemas dinâmicos, é 
usado como uma entrada para avaliar como o 
sistema responde a uma perturbação breve e 
intensa, como um impulso instantâneo. 
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre este tema, leia os artigos a 
seguir:
1. Introdução aos Sinais e Sistemas. 
2. Sinais e Sistemas Lineares I. 
3. Aplicações em Processamento de Sinais.
4. Sinais e Sistemas Lineares.
5. Sinais.
http://www.univasf.edu.br/~edmar.nascimento/analise/analise_aula03.pdf
https://hector.paginas.ufsc.br/files/2013/12/Sinais-I-Slides.pdf
https://fei.edu.br/~isanches/pel304/pel304-aulas_1_e_2.pdf
https://www.cin.ufpe.br/~dmg/SS-ufpe-aula-02-sinais-e-sistemas.pdf
http://users.isr.ist.utl.pt/~jsm/teaching/ss/1_Sinais.pdf
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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UNIDADE 3
> Interpretar 
a operação de 
convolução de sinais.
> Compreender 
o significado da 
convolução em 
sistemas LIT.
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3 CONVOLUÇÃO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará a operação de convolução, como manipulação ma-
temática de sinais, em termos de sua representação distinta para os casos 
contínuo e discreto, sendo cada uma delas indicativa de diferentes universos 
de aplicações na teoria de sinais e sistemas. 
Inicialmente, direcionaremos nossa atenção para o conceito de convolução 
de sinais, explorando suas implicações nos domínios contínuo e discreto. A 
convolução tem uma função vital na análise de sistemas lineares invariantes 
no tempo, permitindo que se compreenda como um sistema responde a di-
ferentes entradas ao longo do tempo. Serão apresentadas a convolução con-
tínua e a convolução discreta, destacando as nuances de cada abordagem e 
sua relevância na modelagem e análise de sistemas.
Diferentemente da manipulação direta de equações diferenciais ou de dife-
rença, a convolução oferece uma perspectiva única para entender a relação 
entre entrada e saída em sistemas dinâmicos. No contexto contínuo, a convo-
lução é uma integral que descreve a contribuição de cada instante de tempo 
para a resposta do sistema. Já no domínio discreto, a convolução é represen-
tada por uma soma ponderada dos valores dos sinais em diferentes instantes, 
revelando como o sistema responde a sequências discretas de entrada.
Ao explorar a convolução de sinais, você desenvolverá uma compreensão sóli-
da das ferramentas matemáticas essenciais para analisar e modelar sistemas 
dinâmicos. Essa habilidade será fundamental para qualificar o comporta-
mento de sistemas diante de uma variedade de sinais de entrada, fortale-
cendo sua capacidade de análise e interpretação no contexto mais amplo da 
teoria de sinais e sistemas.
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3.1 CONCEITO DE CONVOLUÇÃO
A convolução de sinais é um conceito fundamental em processamento de 
sinais e análise de sistemas, oferecendo uma abordagem matemática po-
derosa para entender a relação entre diferentes sequências temporais. Essa 
operação é especialmente útil ao lidar com sistemas lineares invariantes no 
tempo, proporcionando uma ferramenta funcional para modelar e analisar o 
comportamento dinâmico desses sistemas.
No contexto da convolução, é possível explorar duas perspectivas distintas: a 
convolução contínua e a convolução discreta. Na convolução contínua, a ope-
ração é expressa como uma integral, permitindo a avaliação da contribuição 
de cada ponto no tempo para a resposta do sistema. Essa visão é importante 
ao lidar com sinais analógicos e sistemas contínuos. Já na convolução dis-
creta, a operação é representada por uma soma ponderada dos valores dos 
sinais em diferentes instantes temporais. Esse método é importante ao tratar 
de sinais digitais e sistemas discretos, sendo amplamente utilizado em áreas 
como processamento de imagens, comunicações e processamento de áudio.
EQUIPAMENTO DE ÁUDIO
Fonte: ©vecstock, Freepik (2023).
#pratodosverem - fotografia de equipamento musical com tela digital mostrando os sinais 
e frequências sonoros.
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A convolução é importante na análise de sistemas dinâmicos, trazendo no-
ções sobre como esses sistemas respondem a diferentes padrões de entrada 
ao longo do tempo. Sua aplicação estende-se além da teoria de sinais, sendo 
fundamental em diversas disciplinas e campos da ciência, do processamento 
de sinais biomédicos ao aprendizado de máquina.
Ao compreender o conceito de convolução de sinais, é possível não ape-
nas analisar e modelar sistemas complexos, mas também desenvolver apli-
cações práticas em uma variedade de campos. Isso contribui para avanços 
significativos em diversas áreas tecnológicas e científicas (Diniz; Silva; Lima 
Netto, 2014).
A operação de convolução em sinais tem uma história rica e suas origens re-
montam a várias áreas da matemática e engenharia. Não há um único es-
tudioso a que possa ser atribuída a formulação exclusiva da convolução de 
sinais, pois seu desenvolvimento foi um processo gradual ao longo do tempo, 
com contribuições de diversos pesquisadores em diferentes campos.
No contexto matemático, a convolução aparece em trabalhos que remontam 
ao século XVIII. O matemático francês Joseph Fourier, no século XIX, exerceu 
um papel único ao desenvolver a transformada de Fourier, que está intrinse-
camente relacionada à convolução. Seus estudos sobre séries trigonométri-
cas e análise de sinais contribuíram significativamente para a compreensão 
matemática dessa operação. Na área da teoria de controle e sistemas lineares, 
a convolução ganhou destaque no início do século XX. Engenheiros e mate-
máticos comoNorbert Wiener e Harry Nyquist foram pioneiros na aplicação 
da convolução em sistemas dinâmicos, desempenhando papéis fundamen-
tais no desenvolvimento da teoria de sistemas de controle.
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NORBERT WIENER (1894-1964)
Fonte: ©Konrad Jacobs, Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem - retrato de Wiener. O matemático veste casaco grosso e usa óculos 
de aros pretos.
Portanto, a convolução de sinais é resultado de contribuições de vá-
rios estudiosos ao longo do tempo, e sua formulação é o resultado de 
uma evolução contínua, incorporando ideias de diferentes campos da 
matemática e engenharia.
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CONTRIBUIÇÕES À CONVOLUÇÃO DE SINAIS 
Século XVIII
Contexto matemático
Convolução aparece em alguns trabalhos
Século XIX
Joseph Fourier 
Transformada de Fourier 
Estudos sobre séries trigonométricas e análise de sinais
Século XX
Área da teoria de controle e sistemas lineares 
Norbert Weiner e Harry Nyquist 
Aplicação da convolução em sistemas dinâmicos desenvolvimento da 
teoria de sistemas de controle
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - quadro com três linhas e duas colunas resumindo contribuições 
à convolução de sinais. Os textos são os seguintes: Linha 1: Século XVIII: Contexto 
matemático; Convolução aparece em alguns trabalhos. Linha 2: Século XIX: Joseph Fourier; 
Transformada de Fourier; Estudos sobre séries trigonométricas e análise de sinais. Linha 3: 
Século XX: Área da teoria de controle e sistemas lineares; Norbert Weiner e Harry Nyquist; 
Aplicação da convolução em sistemas dinâmicos desenvolvimento da teoria de 
sistemas de controle.
Com base no conceito de convolução, descreveremos agora seu conceito for-
mal e suas características matemáticas.
3.1.1 DEFINIÇÃO E INTERPRETAÇÃO 
GEOMÉTRICA DA CONVOLUÇÃO
A convolução é uma operação matemática fundamental com diversas apli-
cações em processamento de sinais e análise de sistemas. Sua definição é 
frequentemente expressa como a integral do produto de duas funções, em 
que uma delas é invertida e deslocada sobre a outra. Essa formulação é repre-
sentada pela notação matemática de asterisco (*), dada por . 
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DEFINIÇÃO DE CONVOLUÇÃO
Integral do produto de duas 
funções, em que uma delas é 
invertida e deslocada sobre a 
outra. Essa formulação é 
representada pela notação 
matemática de asterisco (*), 
dada por
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - imagem composta de um retângulo com texto contendo a definição 
de convolução: “integral do produto de duas funções, em que uma delas é invertida e 
deslocada sobre a outra. Essa formulação é representada pela notação matemática de 
asterisco (*), dada por f(t) * g(t).”
A interpretação geométrica da convolução envolve visualizar o resultado des-
sa operação como uma sobreposição ou mistura das duas funções originais.
A convolução entre dois sinais é uma operação matemática que combina es-
ses sinais para criar um terceiro sinal, chamado de sinal resultante. Tal opera-
ção é frequentemente utilizada em processamento de sinais para modelar a 
resposta de sistemas lineares e invariantes no tempo (LIT) a diferentes entra-
das. A expressão matemática da integral de convolução é dada por:
Tal equação descreve como cada ponto no sinal resultante é obtido somando 
os produtos dos valores dos sinais de entrada e para diferentes 
valores de .
A integral de convolução é uma ferramenta bastante útil para entender como 
um sistema responde a diferentes entradas ao longo do tempo, permitindo 
prever a saída do sistema para diferentes estímulos de entrada.
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Geometricamente, a convolução pode ser entendida como o processo de 
“deslizar” uma função sobre a outra, multiplicando as áreas sobrepostas em 
cada ponto ao longo do eixo. O resultado dessa sobreposição é uma nova 
função, muitas vezes chamada de resposta ao impulso, que representa como 
o sistema responde a um sinal de impulso unitário. Em termos práticos, essa 
resposta ao impulso pode ser vista como uma forma de suavização das carac-
terísticas das funções originais.
CONVOLUÇÃO ENTRE DOIS SINAIS
Fonte: ©Cdang, Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem - convolução entre dois sinais f(x) e g(x). A função f(x) é representada no 
primeiro gráfico em azul, enquanto a função g(x) é representada em laranja. Na segunda 
janela, a convolução f(x) * g(x) é representada em azul.
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A interpretação geométrica da convolução é especialmente útil em contex-
tos como processamento de imagem, em que a sobreposição de um filtro 
sobre uma imagem pode destacar ou suavizar determinadas características. 
Por exemplo, um filtro de convolução pode ser usado para realçar bordas ou 
borrar uma imagem. A sobreposição e mistura das funções refletem como 
diferentes padrões nos dados de entrada influenciam a saída do sistema.
Essa abordagem geométrica do efeito da convolução é fundamental em 
muitas disciplinas, incluindo visão computacional, processamento de si-
nais biomédicos e aprendizado de máquina. Compreender como as fun-
ções interagem geometricamente por meio da convolução é relevante ao 
extremo para a análise e o design eficaz de sistemas em uma variedade de 
aplicações práticas.
Harry Nyquist, um engenheiro eletricista e 
matemático sueco-americano, fez contribuições 
significativas para a teoria de sinais e sistemas, 
incluindo a área de convolução. Nyquist é conhecido 
por seu trabalho pioneiro no campo da teoria da 
informação e comunicação, e suas ideias têm 
aplicações importantes na manipulação de sinais. 
3.1.2 PROPRIEDADES DA CONVOLUÇÃO: 
COMUTATIVIDADE, ASSOCIATIVIDADE E 
DISTRIBUTIVIDADE 
A convolução obedece aos princípios de comutatividade, associatividade e 
distributividade, descritas a seguir.
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PROPRIEDADES DA CONVOLUÇÃO
Convolução Associatividade
Comutatividade
Distributividade
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - esquema de caixas de textos retangulares, à esquerda, uma caixa e à 
direita, três conectadas a ela. A primeira caixa contém o texto Convolução, e as demais 
contêm os textos Comutatividade; Associatividade e Distributividade.
Comutatividade
A propriedade de comutatividade na convolução indica que a ordem das fun-
ções envolvidas na operação não altera o resultado. Matematicamente, isso é 
expresso como 
em que o operador ‘*’ denota a convolução. 
Essa propriedade é fundamental, pois destaca que a convolução é simétrica 
em relação às funções envolvidas. Em contextos práticos, a comutatividade 
facilita a manipulação e a análise de sistemas, proporcionando flexibilida-
de na ordem de aplicação de filtros ou na sobreposição de características 
em sinais.
Associatividade
A propriedade de associatividade na convolução refere-se à capacidade 
de agrupar as funções em diferentes pares sem alterar o resultado. Isso é 
expresso como 
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Essa propriedade destaca a flexibilidade na aplicação de convoluções sequen-
ciais, sendo particularmente útil em sistemas complexos com múltiplos está-
gios. A associatividade simplifica a análise matemática e a implementação 
prática de sistemas lineares invariantes no tempo, tornando mais eficiente a 
manipulação de sinais em cascata.
Distributividade
A propriedade de distributividadena convolução envolve a combinação da 
operação com a adição de funções. Matematicamente, isso é expresso como 
Essa propriedade destaca como a convolução se comporta quando aplicada 
a uma soma de funções. A distributividade é essencial para entender como 
a convolução interage com sinais compostos, possibilitando a decomposição 
e a análise de sistemas complexos em componentes individuais. Essa pro-
priedade é fundamental em áreas como processamento de sinais, em que a 
manipulação eficiente de sinais combinados é fundamental.
Associatividade
Corresponde à propriedade matemática de agrupamento de fatores 
em pares sem alteração de resultado.
Comutatividade
Corresponde à propriedade matemática de inversão de fatores dentro 
de uma operação.
Distributividade
Corresponde à propriedade matemática de distribuição da 
multiplicação dentro da soma.
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Uma aplicação prática significativa da convolução de sinais é encontrada no 
processamento de imagens, especificamente na área de visão computacio-
nal. A convolução é comumente utilizada na aplicação de filtros, como o filtro 
de suavização (blurring) e o filtro de realce de bordas, para melhorar ou modi-
ficar características específicas em uma imagem. 
Ao se aplicar um filtro de suavização, a convolução é utilizada para calcular a 
média ponderada dos pixels em uma vizinhança local. Isso resulta em uma 
imagem mais suave, reduzindo o impacto de pequenas variações de intensi-
dade entre pixels adjacentes. 
REPRESENTAÇÃO DE EDIÇÃO DE IMAGEM
R
G
B
Fonte: ©storyset, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração de uma tela com duas imagens e janelas de programa de 
edição abertas sobre elas. As imagens mostram o antes e depois e nelas está desenhada 
uma mulher de coque.
Por outro lado, filtros de realce de bordas podem ser implementados por 
meio da convolução com um kernel que destaca as transições de intensidade 
na imagem, realçando as bordas e tornando-as mais visíveis (Nalon, 2013).
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Quando se tomam os sinais:
 
o sinal resultante da convolução é tal que
 
Dessa operação, decorre uma propriedade 
importante da análise de sinais: a de que a 
convolução de um sinal com um impulso resulta 
no próprio sinal. 
3.1.3 UTILIZAÇÃO DA CONVOLUÇÃO PARA 
MODELAGEM DA RESPOSTA DE SISTEMAS A 
ENTRADAS ARBITRÁRIAS
Com base no exemplo anterior, pode-se estender o raciocínio ao fato de que 
a caracterização completa de um sistema em termos de sua resposta a um 
impulso pode fornecer a resposta a qualquer entrada arbitrária. Denotando a 
resposta de um sistema ao impulso por h(t), pode-se assim verificar que, para 
uma entrada x(t), a resposta a essa entrada é dada por
Assim, o conhecimento da resposta de um sistema ao impulso nos fornece a 
possibilidade de conhecer a resposta de um sistema a qualquer entrada, pela 
aplicação da integral de convolução (Roberts, 2010).
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Cabe ressaltar, nessa análise, a importância dos conceitos de linearidade e in-
variância no tempo para a aplicação da convolução. O conceito de invariância 
no tempo é de extrema importância para a convolução de sinais, pois se es-
tabelece uma propriedade fundamental em sistemas lineares invariantes no 
tempo (LIT). Em um sistema que é invariante no tempo, a resposta do sistema 
a uma entrada particular não depende do momento em que essa entrada 
é aplicada. Isso implica que a operação de convolução em um sistema LIT 
permanece constante ao longo do tempo, o que facilita significativamente a 
análise e compreensão do comportamento do sistema.
Nesse contexto, a invariância no tempo é indispensável, porque permite que 
as características do sistema, modeladas por meio da resposta ao impulso, 
sejam aplicadas a diferentes instantes temporais sem alterações. Ao utili-
zar a convolução em sistemas LIT, podemos prever a resposta do sistema a 
qualquer sinal de entrada ao longo do tempo sem a necessidade de cálculos 
mais complexos.
Invariância no tempo na convolução: 
A propriedade é indispensável à aplicação da convolução como 
método de determinação de resposta de um sistema a um sinal 
arbitrário, pois a convolução repousa no conceito de que a resposta de 
um sistema carrega informações temporais da resposta ao impulso.
Meios: 
A invariância no tempo assegura a consistência matemática da 
aplicação da integral de convolução.
Objetivos: 
Com a invariância no tempo, a convolução pode ser usada para 
determinar a resposta de um sistema a qualquer entrada, por meio do 
conhecimento de sua resposta ao impulso.
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Essa propriedade é particularmente interessante em diversas aplicações prá-
ticas. Na engenharia de controle, por exemplo, a invariância no tempo permi-
te projetar controladores que mantêm sua eficácia ao longo do tempo. No 
processamento de sinais, a aplicação de filtros e análise espectral baseia-se 
na invariância no tempo, o que simplifica a manipulação e interpretação de 
sinais em diferentes contextos temporais.
ONDAS SONORAS
Fonte: ©vecstok, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração de ondas sonoras em três dimensões em tons azulados 
sobre fundo preto.
Deve-se salientar que a condição de causalidade não é necessária para a apli-
cação da convolução, ou seja, um sistema não causal pode ter sua resposta a 
qualquer entrada determinada pela convolução.
Causalidade: 
Propriedade que se refere à relação de causa e efeito, ou seja, à ideia 
de que um evento, condição ou ação é responsável por produzir uma 
mudança, efeito ou resultado específico em outro evento, condição ou 
objeto. A causalidade não interfere na aplicação da convolução.
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Meios: 
Embora não interfira na validade da convolução, a causalidade fornece 
meios adicionais de análise a serem aplicados no cálculo de sua integral.
Objetivos: 
Com a causalidade, a convolução pode ser mais bem compreendida 
na análise de sistemas realísticos.
3.2 APLICAÇÕES DA CONVOLUÇÃO
A convolução de sinais encontra uma ampla gama de aplicações práticas em 
diversas áreas, destacando-se especialmente na visão computacional. Nesse 
contexto, a convolução é essencial para a aplicação de filtros em imagens, 
possibilitando a realização de tarefas como suavização, realce de bordas e de-
tecção de características específicas. Por meio da convolução, é possível pro-
cessar eficientemente imagens, melhorando a qualidade visual e facilitando 
a identificação de padrões.
Outra aplicação relevante da convolução de sinais ocorre em sistemas de 
comunicação. Aqui, a convolução é empregada para modelar a resposta de 
canais de transmissão, permitindo entender como diferentes sinais se propa-
gam e interagem ao longo do tempo. Tal procedimento é fundamental para 
otimizar a transmissão de dados, garantindo uma comunicação eficiente e 
confiável em diversas situações.
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SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO
Fonte: ©macrovector, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração colorida mostra, ao fundo, o globo terrestre. Sobre ele, dividida 
horizontalmente em três partes que se conectam, temos, na parte superior, em tom azul-
claro, satélites e um tablet. Na parte central, que é uma tarja amarela, o mapa-múndi, com 
torres de transmissão em todos os continentes, interligadas por linhas tracejadas e dois 
satélites, um de cada lado. Na parte inferior, em tonalidade azul, um esquema mostrando, 
à esquerda, umaesfera representando o globo com algumas linhas sobre ela que se 
conectam por pontos em forma de pequenos círculos, da qual sai uma linha tracejada 
que conecta a um satélite, do qual a mesma linha tracejada sai e conecta a uma torre de 
transmissão, da qual a linha continua e conecta a um aparelho receptor, uma 
espécie de rádio.
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Na área de processamento de áudio, a convolução de sinais é utilizada para 
implementar efeitos sonoros em gravações musicais. Ao se realizar a convolu-
ção de um sinal de áudio com a resposta ao impulso de um ambiente espe-
cífico, é possível simular diferentes espaços acústicos, criando reverberações 
realistas ou ajustando a resposta tonal de instrumentos musicais.
Além disso, em engenharia biomédica, a convolução de sinais é aplicada na 
análise de eletrocardiogramas (ECG) e eletroencefalogramas (EEG). A convo-
lução auxilia na identificação de padrões característicos nessas leituras, con-
tribuindo para o diagnóstico de condições cardíacas e neurológicas. 
Em resumo, a convolução de sinais é uma ferramenta versátil com aplicações 
significativas em diversas disciplinas, proporcionando avanços tecnológicos e 
melhorias em análises complexas. No estudo de sinais e sistemas, cabe tam-
bém espaço ao estudo de sistemas lineares e invariantes no tempo discre-
tos, ou sistemas LIT discretos. Estes sistemas representam a base teórica para 
manipular sinais no domínio do tempo discreto, sendo essenciais em áreas 
como processamento digital de sinais, telecomunicações e controle digital, 
entre outros.
RESPOSTA DE UM SISTEMA A UMA ENTRADA ARBITRÁRIA
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - aplicação de uma entrada arbitrária a um sistema com resposta ao 
impulso conhecida. Um bloco em azul, no centro, representa o sistema, a seta à esquerda 
representa o sinal de entrada e a seta à direita representa o sinal de saída.
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3.2.1 CONVOLUÇÃO DE SINAIS CONTÍNUOS E 
DISCRETOS
A convolução de sinais contínuos e discretos representa duas abordagens 
distintas na análise de sistemas lineares invariantes no tempo (SLIT). No 
caso dos sinais contínuos, a convolução é expressa como uma integral de-
finida, conforme já anteriormente apresentado, e a operação ocorre em um 
domínio contínuo de tempo. A integral de convolução permite considerar 
uma ampla gama de valores temporais, tornando-se uma ferramenta pode-
rosa na modelagem de sistemas físicos e análise de respostas a diferentes 
entradas contínuas.
Por outro lado, na convolução de sinais discretos, a operação ocorre em pon-
tos específicos do tempo, normalmente em amostras espaçadas igualmente. 
Aqui, a convolução é representada por uma soma ponderada das amostras, 
refletindo a natureza discreta da análise de sinais em sistemas digitais. Em 
outras palavras, podemos escrever, para sinais discretos:
em que:
x[n] representa o sinal de entrada aplicado a um sistema;
h[n] corresponde à resposta do sistema ao impulso; e 
y[n] representa a saída do sistema em questão, em resposta à entrada aplicada.
Uma distinção clara entre as duas formas de convolução está na representa-
ção matemática. Enquanto a convolução contínua é expressa como uma in-
tegral, a convolução discreta é definida como uma soma finita. Essa diferen-
ça tem implicações significativas na implementação prática, especialmente 
em ambientes digitais, nos quais a manipulação de dados é realizada de 
maneira discreta.
Ambas as formas de convolução assumem funções essenciais em suas res-
pectivas áreas de aplicação. A convolução contínua é predominante em do-
mínios analógicos, enquanto a convolução discreta é aplicada em ambientes 
digitais, garantindo uma análise precisa e eficiente de sinais discretos em sis-
temas modernos.
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Suponha um sinal discreto x[n] aplicado a um 
sistema LIT discreto, gerando uma saída y[n]. 
Considere que a relação entre entrada e saída para 
esse sistema é dada por:
 
Caso seja aplicado um sinal impulsivo , 
a saída é dada por
Com o conhecimento da resposta ao impulso, é 
possível determinar a saída referente a qualquer 
sinal de entrada injetado. 
Por exemplo, se , a saída é 
dada por
 
Assim, é possível determinar com simplicidade a resposta de um sistema a 
uma entrada arbitrária, dado o conhecimento de sua resposta ao impulso.
Um fato interessante sobre a aplicação da 
convolução na determinação da resposta 
de sistemas discretos é a sua relação com a 
multiplicação no domínio da frequência. De acordo 
com o Teorema da Convolução, a convolução no 
domínio do tempo é equivalente à multiplicação 
no domínio da frequência. Essa propriedade, a 
ser explorada na próxima seção, é útil ao analisar 
sistemas discretos, pois permite uma abordagem 
eficiente para determinar a resposta em frequência 
desses sistemas. 
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3.2.2 TEOREMA DA CONVOLUÇÃO: RELAÇÃO 
ENTRE TEMPO E FREQUÊNCIA
A propriedade que relaciona a convolução no domínio do tempo com a multi-
plicação no domínio da frequência é um conceito fascinante na análise de sis-
temas discretos. Essa relação fundamental é expressa pelo Teorema da Con-
volução, que estabelece uma equivalência matemática entre as operações no 
tempo e no domínio da frequência. Em sistemas discretos, isso significa que 
a convolução de dois sinais no tempo é representada pela multiplicação de 
suas transformadas de Fourier no domínio da frequência.
TEOREMA DA CONVOLUÇÃO
Teorema da Convolução
Estabelece uma equivalência 
matemática entre as operações 
no tempo e no domínio 
da frequência.
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - balão de fala em cor vermelha com o texto Teorema da Convolução: 
Estabelece uma equivalência matemática entre as operações no tempo e no domínio 
da frequência.
Essa conexão tem implicações significativas na análise de resposta em frequ-
ência de sistemas discretos. Ao realizar a transformada de Fourier dos sinais 
envolvidos na convolução, é possível obter uma visão clara de como o sistema 
responde a diferentes componentes de frequência. Essa abordagem oferece 
um meio valioso para entender o comportamento espectral de sistemas dis-
cretos, contribuindo para projetos eficientes e análises precisas.
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RESPOSTA DE UM SISTEMA NOS DOMÍNIOS TEMPORAL E DA FREQUÊNCIA
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - aplicação de uma entrada arbitrária a um sistema com resposta ao 
impulso conhecida. Na linha superior, o bloco em azul representa o sistema no domínio 
temporal, com seta à esquerda representando o sinal de entrada e seta à direita 
representando o sinal de saída. Na linha inferior, sua representação no domínio da 
frequência, com as mesmas orientações de setas para entrada e saída da linha superior.
Além disso, a relação entre convolução e multiplicação no domínio da fre-
quência destaca a importância das técnicas atuais de processamento de si-
nais. A capacidade de realizar análises espectrais de maneira eficaz é essen-
cial em áreas como comunicações, processamento de áudio e imagem, em 
que a compreensão do comportamento em diferentes frequências é ímpar 
para otimizar o desempenho dos sistemas (Santana et al., 2012; Lathi, 2008; 
Frank, 2008).
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3.2.3 CONVOLUÇÃO E SISTEMAS LIT E 
SIGNIFICADO DA RESPOSTA AO IMPULSO 
A convolução, enquanto conceito matemático, representa uma operação “bá-sica” na análise de sistemas lineares invariantes no tempo (LIT), e sua apli-
cação abrange desde a modelagem de fenômenos físicos até a compreen-
são do comportamento de sistemas complexos em resposta a diferentes 
estímulos temporais.
Em termos mais detalhados, a convolução é uma operação algébrica que 
descreve como dois sinais temporais interagem, gerando um terceiro sinal 
que reflete a influência mútua entre eles. Isso é particularmente relevan-
te ao analisar a resposta de sistemas LIT a entradas específicas. Nesse con-
texto, a resposta ao impulso assume um papel de destaque, como já visto 
nas seções anteriores.
A resposta ao impulso é, como visto, uma representação abstrata da reação 
de um sistema a um impulso unitário, uma entrada breve e concentrada no 
tempo. Ao se convolver a resposta ao impulso com um sinal de entrada arbi-
trário, é possível determinar a resposta do sistema a esse estímulo específico. 
Em outras palavras, a resposta ao impulso atua como um “selo distintivo” que 
encapsula as características fundamentais do comportamento do sistema.
Associação entre convolução e resposta ao 
impulso – A abordagem de se associar a convolução 
à resposta ao impulso de um sistema é valiosa 
na teoria de controle, processamento de sinais e 
comunicações, em que compreender como um 
sistema responde a diferentes entradas é essencial 
para otimizar seu desempenho. 
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CONCLUSÃO
Esta unidade buscou apresentar as características da operação de convo-
lução de sinais, de tal forma que essa operação e o significado da respos-
ta ao impulso de um sistema carregam em si uma forte relação que be-
neficia a análise e o projeto de sistemas dinâmicos em uma variedade de 
aplicações tecnológicas.
Foram apresentados a definição e os princípios que regem a operação de 
convolução, tanto para sistemas contínuos ou discretos, estabelecendo uma 
ligação da natureza do sistema com as variáveis nele modeladas. Aplicações 
em sinais e sistemas fazem assim uso da convolução com propriedade, no 
intuito da caracterização completa de um sistema em análise.
Por fim, foram descritas as relações entre a convolução e sistemas lineares e 
invariantes no tempo, em termos das informações que podem ser coletadas 
sobre sistemas por meio da observação de sua resposta ao impulso.
• Associatividade: é um conceito matemático 
que descreve a propriedade de uma operação 
binária, indicando que a ordem na qual as 
operações são realizadas não afeta o resultado.
• Comutatividade: é um conceito matemático 
que descreve a propriedade de uma operação 
binária na qual a ordem dos operandos não 
afeta o resultado da operação.
• Convolução: é um conceito matemático que 
descreve uma operação entre duas funções que 
produz uma terceira função, representando a 
maneira como uma influencia a outra ao longo 
do tempo. 
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• Distributividade: é um conceito matemático 
que descreve a relação entre duas operações 
binárias, geralmente a adição e a multiplicação, 
estabelecendo que a multiplicação se aplica 
de forma distributiva sobre a soma de 
dois elementos. 
• Resposta ao impulso: é uma equação que 
descreve como uma sequência de valores 
depende dos valores anteriores da sequência. 
É comumente usada para representar sistemas 
dinâmicos discretos, como sistemas de controle 
digital ou séries temporais discretas. 
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre este tema, leia os artigos a 
seguir:
1. Introdução aos Sinais e Sistemas. 
2. Sinais e Sistemas Lineares I. 
3. Aplicações em Processamento de Sinais.
4. Sinais e Sistemas Lineares.
5. Sinais.
http://www.univasf.edu.br/~edmar.nascimento/analise/analise_aula03.pdf
https://hector.paginas.ufsc.br/files/2013/12/Sinais-I-Slides.pdf
https://fei.edu.br/~isanches/pel304/pel304-aulas_1_e_2.pdf
https://www.cin.ufpe.br/~dmg/SS-ufpe-aula-02-sinais-e-sistemas.pdf
http://users.isr.ist.utl.pt/~jsm/teaching/ss/1_Sinais.pdf
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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UNIDADE 4
> Compreender 
a definição e 
aplicações da 
transformada de 
Fourier.
> Compreender 
a associação da 
transformada 
de Fourier com 
a resposta em 
frequência de um 
sistema LIT.
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4 ESPECTRO DE SINAIS E 
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará a transformada de Fourier, uma operação fundamen-
tal na análise de sinais, diferenciando-se da convolução discutida anterior-
mente. A transformada de Fourier é uma poderosa ferramenta matemática 
que permite analisar os componentes de frequência de um sinal, proporcio-
nando uma visão única no campo da teoria de sinais e sistemas.
Inicialmente, direcionaremos nossa atenção para o conceito de transformada 
de Fourier, explorando suas implicações nos domínios contínuo e discreto. 
Essa operação possui uma função única na análise de sistemas lineares in-
variantes no tempo, permitindo compreender como um sistema responde a 
diferentes frequências ao longo do tempo. Apresentaremos o conceito mate-
mático de transformada de Fourier, destacando as nuances de cada aborda-
gem e sua relevância na modelagem e análise de sistemas.
Ao contrário da convolução, que se concentra na relação entre entrada e sa-
ída em termos de tempo, a transformada de Fourier fornece uma perspecti-
va especial ao decompor um sinal em suas componentes de frequência. No 
contexto contínuo, a transformada de Fourier é uma integral que descreve a 
contribuição de cada frequência para a representação do sinal. No domínio 
discreto, a transformada de Fourier é representada por uma soma ponderada 
dos valores do sinal em diferentes frequências, revelando como o sistema res-
ponde a diferentes componentes de frequência presentes na entrada.
Ao explorar a transformada de Fourier, você desenvolverá uma compreensão 
sólida das ferramentas matemáticas essenciais para analisar e modelar siste-
mas dinâmicos em termos de suas características de frequência. Essa habili-
dade será fundamental para avaliar o comportamento de sistemas diante de 
uma variedade de sinais de entrada, enriquecendo sua capacidade de análise 
e interpretação no contexto mais amplo da teoria de sinais e sistemas.
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4.1 TRANSFORMADA DE FOURIER (TF)
A transformada de Fourier emerge como um conceito essencial no processa-
mento de sinais e na análise de sistemas, oferecendo uma abordagem ma-
temática poderosa para revelar as componentes de frequência presentes em 
diferentes sinais. Essa operação trata com fidelidade os sistemas lineares in-
variantes no tempo, representando uma ferramenta fundamental para mo-
delar e analisar o comportamento dinâmico desses sistemas.
No âmbito da transformada de Fourier, podemos explorar duas perspectivas 
distintas: a transformada de Fourier contínua e a transformada de Fourier dis-
creta. Na transformada de Fourier contínua, a operação é expressa como uma 
integral, permitindo a avaliação da contribuição de cada frequência para a re-
presentação do sinal. Essa visão é especialmente relevante ao lidar com sinais 
analógicos e sistemas contínuos. 
Por outro lado, na transformada de Fourier discreta, a operação é representa-
da por uma soma ponderada dos valores do sinal em diferentes frequências, 
sendo vital para o processamento de sinais digitais e análise de sistemas dis-
cretos. Essa abordagem encontra aplicações abrangentes em campos como 
processamento de imagens, comunicações e processamento de áudio.
PROCESSAMENTO DE SINAIS BIOMÉDICOSFonte: Freepik (2023).
#pratodosverem - fotografia mostra profissional paramentada com EPI analisando amostra 
em recipiente, com uma pipeta na mão. Ao redor do recipiente há elementos digitais 
rodeando a amostra e sinais holográficos.
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A transformada de Fourier é importante na análise de sistemas dinâmicos, 
trazendo uma visão diferenciada de como esses sistemas respondem a dife-
rentes componentes de frequência presentes nas entradas ao longo do tem-
po. Sua aplicação não se restringe apenas à teoria de sinais, sendo fundamen-
tal em diversas disciplinas e campos científicos, desde o processamento de 
sinais biomédicos até aplicações em aprendizado de máquina.
Ao compreender o conceito da transformada de Fourier, é possível não ape-
nas analisar e modelar sistemas complexos, mas também desenvolver aplica-
ções práticas em uma variedade de campos, contribuindo para avanços signi-
ficativos em diversas áreas tecnológicas e científicas (Diniz; Silva; Neto, 2014).
Jean Baptiste Joseph Fourier, matemático e físico francês, é mais conhecido 
por suas contribuições significativas para a teoria do calor e pela introdução 
da chamada “Série de Fourier” em análise matemática. Fourier iniciou sua 
carreira como engenheiro e matemático militar (Lathi, 2008).
Durante a expedição ao Egito liderada por Napoleão 
Bonaparte, entre 1798 e 1801, Fourier desempenhou 
um papel fundamental na organização e 
administração. Foi durante esse período que ele 
começou a se interessar pela matemática aplicada. 
Sua obra mais famosa, Théorie analytique de la 
chaleur (Teoria Analítica do Calor), publicada em 
1822, estabeleceu as bases da teoria matemática do 
calor (Lathi, 2008). 
Fourier propôs a ideia revolucionária de que qualquer função periódica po-
deria ser representada como uma soma infinita de funções senoidais (se-
nos e cossenos), conhecida como Série de Fourier. Esse conceito foi fun-
damental para a análise de sinais periódicos e acabou dando origem à 
transformada de Fourier.
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A transformada de Fourier, uma extensão da Série de Fourier, permite de-
compor um sinal complexo em suas componentes de frequência. Para um 
sinal contínuo x(t), a transformada de Fourier pode ser representada por
Já em sua forma discreta, a transformada de Fourier assume uma representa-
ção que recebe a denominação de DTFT – transformada de Fourier no tempo 
discreto, expressa por
O trabalho de Fourier teve um impacto duradouro e é amplamente utilizado 
em áreas como processamento de sinais, telecomunicações, processamento 
de imagem, acústica e muitas outras disciplinas relacionadas.
JOSEPH FOURIER (1768-1830)
Fonte: ©Julien Boilly, Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem - retrato de Fourier. O matemático francês veste casaco grosso e tem 
cabelos encaracolados.
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4.1.1 CONVOLUÇÃO DE SINAIS CONTÍNUOS E 
DISCRETOS
A convolução de sinais contínuos e discretos possui forte relação com a trans-
formada de Fourier, ao se perfazer a análise de sistemas lineares invariantes 
no tempo. No contexto contínuo, a convolução é representada por uma in-
tegral, onde a operação descreve a contribuição de cada ponto no tempo 
para a resposta do sistema. Isso permite entender como o sistema responde 
a diferentes padrões temporais de entrada. A convolução contínua é especial-
mente útil em situações envolvendo sinais analógicos e sistemas contínuos 
(Lathi, 2008).
SINAIS ANALÓGICOS
Fonte: Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração colorida de cidade com prédios e árvores. Dos prédios saem 
linhas tracejadas que se ligam a ícones relacionados à comunicação, como balão de fala e 
smartphone, e outros relacionados a atividades diversas, como engrenagens e lâmpada.
Por outro lado, no domínio discreto, a convolução é expressa como uma soma 
ponderada dos valores dos sinais em diferentes instantes temporais. Esta 
abordagem é essencial ao lidar com sinais digitais e sistemas discretos. A con-
volução discreta oferece uma visão detalhada de como o sistema responde a 
sequências discretas de entrada, sendo importante em contextos em que a 
discretização do tempo é necessária (Lathi, 2008).
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A relação da convolução com a transformada de Fourier é notável, uma vez 
que a transformada de Fourier é frequentemente utilizada para analisar sis-
temas e sinais no domínio de frequência. A convolução no domínio do tem-
po corresponde à multiplicação no domínio de frequência, e isso é expresso 
pela propriedade da transformada de Fourier da multiplicação. Em outras 
palavras, temos:
Assim, compreender a convolução é tarefa essencial para interpretar as carac-
terísticas espectrais dos sinais por meio da transformada de Fourier, propor-
cionando uma visão abrangente das relações entre diferentes componentes 
de frequência presentes nos sinais.
RELAÇÃO ENTRE SINAIS NO TEMPO E NA FREQUÊNCIA.
Re
Im
Re
Im
Fonte: ©Sławomir_Biały, IkamusumeFan, Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem - representação de sinais temporais no domínio da frequência. As funções 
à esquerda, pulsos retangulares, são apresentadas no domínio do tempo. As funções à 
direita são suas representações no domínio da frequência, separadas em partes real (curva 
em roxo) e parte imaginária (curva em verde).
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A interpretação da transformada de Fourier é fortemente atrelada à percep-
ção de padrões de frequência e contribuições espectrais em diferentes con-
textos de sinais. Em aplicações como processamento de sinais e comunica-
ções, a sobreposição de funções senoidais através da transformada de Fourier 
pode destacar ou atenuar componentes específicas de um sinal (Lathi, 2008).
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA TRANSFORMADA DE FOURIER
Por exemplo, ao aplicar 
a transformada de Fourier 
em um sinal, é possível destacar 
as frequências predominantes ou 
suavizar variações indesejadas, 
proporcionando uma visão 
clara das características 
espectrais.
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - ilustração de forma hexagonal com o seguinte texto: Por exemplo, 
ao aplicar a transformada de Fourier em um sinal, é possível destacar as frequências 
predominantes ou suavizar variações indesejadas, proporcionando uma visão clara das 
características espectrais.
Essa abordagem do efeito da transformada de Fourier se faz presente em di-
versas disciplinas, incluindo processamento de sinais biomédicos, telecomu-
nicações e análise espectral de dados. Compreender como as funções senoi-
dais se sobrepõem e interagem geometricamente através da transformada 
de Fourier é fundamental para a análise precisa de sinais em uma variedade 
de aplicações práticas. Essa perspectiva espectral não apenas destaca a pre-
sença de diferentes frequências nos sinais, mas também facilita o projeto efi-
caz de sistemas em diversas áreas da engenharia e ciências aplicadas.
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Um fato curioso sobre Joseph Fourier é sua 
persistência em contribuir para a ciência mesmo 
durante momentos desafiadores de sua vida. 
Durante a Revolução Francesa, Fourier foi preso por 
suas ligações com a aristocracia. Durante seu tempo 
na prisão, ele usou suas habilidades matemáticas 
para resolver problemas práticos relacionados à 
ventilação e ao calor no ambiente prisional. Suas 
ideias e inovações nesse período influenciaram seus 
trabalhos futuros sobre a teoria do calor, destacando 
sua dedicaçãoà ciência mesmo em circunstâncias 
adversas (Lathi, 2008). 
4.1.2 TEOREMA DA CONVOLUÇÃO E A TF 
O teorema da convolução e a transformada de Fourier estão intimamente 
relacionados, fornecendo ferramentas poderosas para analisar e compreen-
der sinais e sistemas. O teorema da convolução descreve como a convolução 
de duas funções no domínio do tempo é equivalente à multiplicação de suas 
transformadas de Fourier no domínio da frequência. Esse teorema é funda-
mental para simplificar cálculos complexos, permitindo uma análise mais efi-
ciente de sistemas lineares invariantes no tempo.
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CÁLCULOS
Fonte: ©storyset, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração colorida mostrando duas pessoas em frente a uma lousa 
fazendo cálculos. Ao redor, há ícones com símbolos matemáticos como pi, percentual etc.
Ao aplicar o teorema da convolução, podemos expressar a convolução de 
duas funções como a multiplicação de suas respectivas transformadas de 
Fourier. Isso se revela especialmente útil na simplificação de operações ma-
temáticas, tornando a análise de sistemas mais acessível e eficiente. A trans-
formada de Fourier, por sua vez, proporciona uma representação no domí-
nio da frequência, revelando as componentes espectrais presentes em um 
sinal (Lathi, 2008).
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ASSOCIAÇÃO ENTRE O TEOREMA DA CONVOLUÇÃO E A TRANSFORMADA DE FOURIER
+ =Teorema da 
convolução 
Transformada 
de Fourier 
Processamento 
de sinais
Comunicações
Análise 
espectral
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - três círculos lado a lado; entre os dois primeiros há o sinal de soma (+) e 
entre os dois últimos, há o sinal de igualdade (=). No primeiro círculo, o texto é Teorema da 
convolução; no segundo, Transformada de Fourier; no terceiro: Processamento de sinais; 
Comunicações; e Análise espectral.
Essa associação entre o teorema da convolução e a transformada de Fourier 
é amplamente aplicada em diversas áreas, como processamento de sinais, 
comunicações e análise espectral. 
Ao utilizar a transformada de Fourier para analisar a resposta em frequência 
de um sistema, podemos entender como ele responde a diferentes compo-
nentes espectrais de entrada. A relação entre esses dois conceitos é essencial 
para profissionais e pesquisadores que buscam uma compreensão aprofun-
dada do comportamento de sistemas dinâmicos e a manipulação eficiente 
de sinais em diferentes domínios.
Componentes espectrais
referem-se às diferentes frequências que compõem um sinal ou uma 
forma de onda em um domínio de frequência (Lathi, 2008).
Multiplicação na frequência
refere-se à operação de multiplicar as representações espectrais de 
dois sinais para obter a representação espectral do sinal resultante.
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Teorema da Convolução
é um conceito fundamental na teoria de sinais e sistemas, que 
estabelece que a convolução de duas funções no domínio do tempo 
equivale à multiplicação de suas respectivas transformadas de Fourier 
no domínio da frequência (Lathi, 2008).
Deste modo, pode-se realizar a convolução entre sinais no domínio do 
tempo por meio do produto das transformadas individuais no domínio da 
frequência, e vice versa.
Quando se tomam os sinais:
 
o sinal resultante da convolução é tal que
No domínio da frequência: 
 
 
Desse modo, atesta-se a validade do teorema de 
convolução.
4.1.3 CONVOLUÇÃO E SISTEMAS LIT NO 
DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
A convolução é bastante funcional na análise de sistemas lineares invariantes 
no tempo (LIT) quando consideramos o domínio da frequência. 
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Aplicação: 
Ao aplicar a transformada de Fourier em uma convolução de dois 
sinais no domínio do tempo, conforme estabelecido pelo teorema da 
Convolução, obtemos a multiplicação das transformadas de Fourier 
desses sinais no domínio da frequência (Roberts, 2010).
Consequência: 
Esse processo é fundamental para simplificar a análise de sistemas 
complexos, pois nos permite examinar como diferentes componentes 
espectrais das entradas afetam a resposta do sistema (Roberts, 2010).
No domínio da frequência, a convolução torna-se uma multiplicação direta, 
o que facilita a compreensão das características espectrais de um sistema 
LIT. A resposta em frequência de um sistema é essencialmente revelada pela 
análise da transformada de Fourier da resposta ao impulso do sistema. Isso 
permite identificar como o sistema reage a diferentes frequências de entra-
da, fornecendo uma visão abrangente de suas características de filtragem e 
resposta a estímulos específicos.
4.2 RESPOSTA EM FREQUÊNCIA DE SISTEMAS LIT
A resposta em frequência de sistemas lineares invariantes no tempo (LIT) é 
uma característica fundamental para compreender como esses sistemas re-
agem a diferentes componentes espectrais nas entradas. Essa análise é fre-
quentemente realizada no domínio da frequência e fornece uma visão abran-
gente das propriedades de filtragem e resposta desses sistemas a estímulos 
de diferentes frequências. A resposta em frequência é geralmente expressa 
por meio da magnitude e da fase da função de transferência do sistema, que 
descreve como a amplitude e a fase das diferentes frequências de entrada 
são modificadas pelo sistema (Diniz; Silva; Netto, 2014).
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RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
Ao examinar a resposta em frequência de um sistema LIT, é 
possível identificar suas características fundamentais, como 
ganho e atenuação em determinadas frequências. 
A resposta em frequência é especialmente útil em áreas onde a 
capacidade de um sistema de manter ou modificar diferentes 
componentes espectrais é importante. 
Essa análise também é essencial no projeto de sistemas para 
garantir que atendam aos requisitos específicos de desempenho 
em relação às frequências de interesse.
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem - três retângulos com textos, dispostos verticalmente um acima do 
outra com setas entre eles. O texto do primeiro retângulo é “Ao examinar a resposta em 
frequência de um sistema LIT, é possível identificar suas características fundamentais, 
como ganho e atenuação em determinadas frequências”; o do segundo é “A resposta em 
frequência é especialmente útil em áreas onde a capacidade de um sistema de manter ou 
modificar diferentes componentes espectrais é importante”; e o do terceiro é “Essa análise 
também é essencial no projeto de sistemas para garantir que atendam aos requisitos 
específicos de desempenho em relação às frequências de interesse”.
A representação gráfica da resposta em frequência, muitas vezes em forma 
de Diagramas de Bode, facilita a interpretação das características espectrais 
de um sistema (Roberts, 2010).
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DIAGRAMA DE BODE
−150
−100
−50
0
M
ag
ni
tu
de
 (
dB
)
10
1
10
2
10
3
10
4
10
5
10
6
10
7
10
8
−180
−135
−90
−45
0
P
ha
se
 (
de
g)
Bode Diagram 
Frequency (rad/s)
Fonte: ©Chris828, Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem - Diagrama de Bode de um sistema. A curva superior representa a resposta 
de magnitude (em dB) do sistema. A curva inferior representa a resposta de fase 
(em graus) do sistema.
Essa abordagem permite que se façam ajustes para atender a requisitos es-
pecíficos de resposta, tornando a análise da resposta em frequência um ele-
mento de destaque na engenharia de sistemas dinâmicos.
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Diagrama de Bode
é uma representação gráfica da resposta em frequência de um 
sistema, composta por dois gráficos separados, um para a resposta de 
magnitude (ganho) e outro para a resposta de fase. O eixo horizontal 
representa a frequência em escala logarítmica, enquanto os eixos 
verticais mostram a magnitude (em decibéis) e a fase (em graus) 
(Roberts, 2010).
Resposta de Fase
refere-se à diferença de fase entre a entrada e a saída do sistema em 
relação à frequência. Em um Diagrama de Bode, a resposta de fase é 
representada graficamente em função da frequência (Roberts, 2010).
Resposta de Magnitude
é a medida de como o sistema amplifica ou atenua diferentes 
frequências do sinal de entrada. Representada em decibéis (dB) no 
Diagrama de Bode, a resposta de magnitude fornece uma visão da 
intensidade do sinal de saída em relação ao sinal de entrada para cada 
frequência (Roberts, 2010).
4.2.1 RELAÇÃO ENTRE RESPOSTA EM 
FREQUÊNCIA E A TF
A relação entre a resposta em frequência de um sistema e a transformada 
de Fourier (TF) é crucial para a compreensão das características espectrais de 
sinais e sistemas no domínio da frequência. A transformada de Fourier é uma 
ferramenta matemática que permite analisar um sinal no espectro de frequ-
ência, decompondo-o em suas componentes fundamentais. Quando aplica-
da a um sistema, a TF fornece uma representação no domínio da frequência 
que revela como o sistema modifica as diferentes frequências presentes na 
entrada (Roberts, 2010; Lathi, 2008).
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FREQUÊNCIA
Fonte: Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração de ondas em diversas frequências. Ao centro, uma delas se 
destaca ficando acima das demais.
A resposta em frequência de um sistema, muitas vezes expressa em termos 
da função de transferência, destaca como o sistema responde a diferen-
tes frequências de entrada. A função de transferência relaciona a entrada e 
a saída de um sistema no domínio da frequência e é diretamente associa-
da à transformada de Fourier. Ao analisar a resposta em frequência de um 
sistema, podemos identificar seu comportamento em relação às diferen-
tes componentes espectrais, incluindo ganho, atenuação e fase (Roberts, 
2010; Lathi, 2008).
A análise conjunta da resposta em frequência e da transformada de Fourier 
oferece uma compreensão abrangente das características de um sistema 
no domínio da frequência. Essa relação é essencial em diversas áreas, como 
processamento de sinais, controle de sistemas e comunicações, onde a ca-
pacidade de manipular e compreender os aspectos espectrais dos sinais e 
sistemas é crucial para o design e a otimização eficaz de sistemas dinâmicos 
(Roberts, 2010; Lathi, 2008).
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A convolução contínua é predominante em domínios analógicos, enquanto a 
convolução discreta é aplicada em ambientes digitais, garantindo uma aná-
lise precisa e eficiente de sinais discretos em sistemas modernos (Roberts, 
2010; Lathi, 2008).
Um fato interessante sobre a resposta em frequência 
pode ser observado em sistemas de áudio, como 
alto-falantes e fones de ouvido. Nestes dispositivos, 
a resposta em frequência é um indicador chave 
da capacidade do sistema reproduzir fielmente 
diferentes frequências sonoras. Algumas marcas 
e modelos de alto-falantes ou fones de ouvido são 
projetados com uma resposta em frequência mais 
plana, buscando reproduzir todos os tons de maneira 
equilibrada, enquanto outros podem enfatizar 
certas faixas de frequência para proporcionar uma 
experiência sonora mais aprimorada. 
4.2.2 ANÁLISE DA RESPOSTA EM FREQUÊNCIA 
DE SISTEMAS LIT: MAGNITUDE E FASE
A análise da resposta em frequência de sistemas lineares invariantes no tem-
po (LIT) é uma abordagem essencial na caracterização do comportamento 
desses sistemas em relação às diferentes componentes espectrais de suas 
entradas. Essa análise é frequentemente realizada por meio de Diagramas 
de Bode, que representam graficamente a magnitude e a fase da resposta 
em frequência. A magnitude revela como o sistema amplifica ou atenua dife-
rentes frequências, enquanto a fase indica o deslocamento temporal entre a 
entrada e a saída em cada frequência (Nise, 2023).
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AMPLIFICANDO FREQUÊNCIAS
Fonte: ©4045, Freepik (2023).
#pratodosverem - fotografia de mesa analógica de controlador/amplificador de frequência.
A magnitude da resposta em frequência destaca o ganho do sistema para 
diferentes componentes espectrais. Ao observar um Diagrama de Bode, é 
possível identificar facilmente as frequências em que o sistema amplifica ou 
atenua o sinal de entrada. Isso é crucial em diversas aplicações, como controle 
de sistemas, onde a estabilidade e a precisão dependem da capacidade do 
sistema de manter ganhos específicos em diferentes frequências (Nise, 2023).
A fase, por sua vez, indica a diferença de fase entre a entrada e a saída do sis-
tema para cada frequência. Isso é crucial em sistemas de comunicação, onde 
a correta sincronização temporal é vital. O estudo conjunto da magnitude e 
fase na análise da resposta em frequência proporciona uma compreensão 
abrangente do comportamento do sistema em relação às diferentes frequ-
ências, sendo essencial para o design e otimização eficaz de sistemas dinâmi-
cos em diversas áreas da engenharia.
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4.2.3 RESPOSTA EM FREQUÊNCIA NA 
FILTRAGEM DE SINAIS 
A análise da resposta em frequência é de suma importância na área de filtra-
gem de sinais, onde sistemas são projetados para modificar as características 
espectrais dos sinais de entrada. A resposta em frequência de um filtro revela 
como ele atua em diferentes componentes espectrais, seja atenuando ou re-
alçando determinadas frequências (Roberts, 2010; Lathi, 2008).
Por exemplo, em um filtro passa-baixa, a resposta em frequência indica a fre-
quência de corte a partir da qual as componentes espectrais são atenuadas, 
permitindo a passagem de frequências mais baixas. Da mesma forma, em 
um filtro passa-alta, a resposta em frequência destaca a faixa de frequências 
que será permitida, enquanto atenua as frequências mais baixas.
CONTROLES DE FREQUÊNCIA
Fonte: Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração sobre fundo preto de itens relacionados a faixas de frequência: 
ondas e equalização ajustados individualmente.
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A utilização da resposta em frequência na filtragem de sinais permite um 
projeto mais preciso e ajustado de sistemas filtrantes. Ao analisar a resposta 
em frequência, os engenheiros podem ajustar os parâmetros do filtro para 
atender a requisitos específicos, como largura de banda, atenuação de certas 
frequências indesejadas ou preservação de componentes espectrais impor-
tantes (Roberts, 2010; Lathi, 2008).
Essa abordagem na análise de sistemas de filtragem destaca como a res-
posta em frequência desempenha um papel fundamental na manipula-
ção e no controle das características espectrais dos sinais em diversas apli-
cações, incluindo telecomunicações, processamento de áudio e imagem, 
e muitos outros campos.
Filtragem de Sinais – A manipulação de sinais no 
domínio da frequência suscita diversas aplicações 
em que certas porções de um sinal no domínio da 
frequência possam ser amplificadas ou atenuadas 
– esse é o chamado filtro (Roberts, 2010). 
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CONCLUSÃOEsta unidade destaca a contribuição da transformada de Fourier e da aná-
lise da resposta em frequência para a compreensão aprofundada de siste-
mas dinâmicos. Ao explorar a transformada de Fourier, pode-se compre-
ender a estrutura espectral de sinais complexos, decompondo-os em suas 
componentes fundamentais. Essa ferramenta matemática não apenas pro-
porciona uma visão clara das frequências presentes em um sinal, mas tam-
bém estabelece uma base sólida para a análise de sistemas que operam em 
diferentes contextos.
A análise da resposta em frequência emerge como uma peça-chave no que-
bra-cabeça da compreensão de sistemas lineares invariantes no tempo. Com 
essa abordagem, examinamos como esses sistemas reagem a diferentes 
frequências de entrada, desvendando suas características fundamentais de 
amplificação, atenuação e deslocamento temporal. A relação entre a trans-
formada de Fourier e a resposta em frequência oferece uma perspectiva que 
permite não apenas se compreender a estrutura espectral de um sinal, mas 
também se entender como os sistemas dinâmicos interagem e processam 
essas informações em diversos domínios.
• Fase: refere-se à posição relativa de uma onda 
senoidal em relação a um ponto de referência 
em um determinado instante de tempo. A fase 
é medida em termos de ângulo e descreve o 
“avanço” ou “atraso” de um sinal em relação a 
outro. Em um contexto mais amplo, indica como 
o sinal está deslocado no tempo em relação a 
uma forma de onda padrão.
• Filtragem: refere-se ao processo de modificar 
as características de um sinal ao injetá lo em 
um sistema chamado filtro. O objetivo da 
filtragem é geralmente realçar ou suprimir 
componentes específicos do sinal, dependendo 
das necessidades da aplicação. 
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• Magnitude: refere-se à medida do valor absoluto 
ou da intensidade de um sinal. No contexto de 
sinais, a magnitude é associada à amplitude do 
sinal analisado.
• Resposta em frequência: é uma descrição da 
forma como o sistema responde a diferentes 
frequências de entrada. Em sistemas lineares 
e invariantes no tempo (LTI), a resposta em 
frequência é frequentemente analisada para 
entender como o sistema atua em diferentes 
componentes de frequência. 
• Transformada de Fourier: é uma ferramenta 
matemática fundamental na teoria de 
sinais e sistemas, utilizada para analisar e 
representar sinais no domínio da frequência. A 
transformada de Fourier decompõe o sinal em 
suas componentes de frequência constituintes. 
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre este tema, leia os artigos a 
seguir:
1. Introdução aos Sinais e Sistemas. 
2. Sinais e Sistemas Lineares I. 
3. Aplicações em Processamento de Sinais.
4. Sinais e Sistemas Lineares.
5. Sinais.
http://www.univasf.edu.br/~edmar.nascimento/analise/analise_aula03.pdf
https://hector.paginas.ufsc.br/files/2013/12/Sinais-I-Slides.pdf
https://fei.edu.br/~isanches/pel304/pel304-aulas_1_e_2.pdf
https://www.cin.ufpe.br/~dmg/SS-ufpe-aula-02-sinais-e-sistemas.pdf
http://users.isr.ist.utl.pt/~jsm/teaching/ss/1_Sinais.pdf
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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UNIDADE 5
> Compreender 
a definição e 
aplicações da 
Transformada Z (TZ).
> Compreender as 
técnicas de análise 
e de projeto de 
sistemas discretos no 
uso da TZ.
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5 ESTRUTURAS COMPUTACIONAIS 
PARA SISTEMAS DISCRETOS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade explorará as estruturas computacionais fundamentais para sis-
temas discretos, com foco especial na Transformada Z. A análise de sistemas 
dinâmicos discretos requer ferramentas matemáticas específicas, e a Trans-
formada Z desempenha um papel crucial nesse contexto. 
Em contraste com a abordagem contínua, em que a convolução é represen-
tada por uma integral, no domínio discreto, a convolução é tratada de ma-
neira diferente. Ao invés disso, a soma ponderada dos valores dos sinais em 
diferentes instantes de tempo é essencial para compreender como o sistema 
responde a sequências discretas de entrada.
Direcionaremos nossa atenção para o conceito de convolução em sis-
temas discretos, explorando suas implicações e nuances específicas 
para esse domínio. 
A Transformada Z, sendo uma ferramenta essencial para analisar sistemas 
dinâmicos discretos, será apresentada de forma a destacar como ela oferece 
uma visão abrangente das características espectrais e do comportamento di-
nâmico desses sistemas. 
Ao compreender a Transformada Z e suas aplicações, os estudantes desen-
volverão habilidades matemáticas essenciais para a análise e modelagem de 
sistemas discretos, fortalecendo assim sua capacidade de interpretar e res-
ponder a uma variedade de sinais de entrada no contexto mais amplo da 
teoria de sinais e sistemas.
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5.1 EQUAÇÕES DE DIFERENÇA E A 
TRANSFORMADA Z (TZ)
Equações de diferença têm um papel de destaque na modelagem e aná-
lise de sistemas dinâmicos discretos. Essas equações descrevem a relação 
entre as amostras sucessivas de um sinal, sendo essenciais para entender o 
comportamento temporal de sistemas discretos. A abordagem matemática 
para lidar com equações de diferença frequentemente envolve a aplicação da 
Transformada Z (TZ), uma ferramenta poderosa que permite analisar e carac-
terizar sistemas no domínio da frequência (Roberts, 2010; Lathi, 2008).
A Transformada Z é uma extensão da Transformada 
de Fourier discreta e é especialmente adequada 
para lidar com sequências discretas. Ela transforma 
uma sequência temporal de amostras em uma 
função complexa no plano Z, em que Z é uma 
variável complexa (Roberts, 2010). 
A aplicação da TZ a equações de diferença possibilita a análise do compor-
tamento espectral do sistema, revelando informações sobre a resposta em 
frequência, estabilidade e características dinâmicas do sistema discreto.
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PROCESSAMENTO DE SINAIS DIGITAIS E TELECOMUNICAÇÕES
Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração de vários elementos em cores verde e amarelo relacionados à 
comunicação e à transmissão de sinais como satélites, torres, computadores, celulares etc. 
em fundo preto.
Ao utilizar a Transformada Z na análise de equações de diferença, é possível 
obter uma visão mais clara e abrangente do sistema em termos de suas pro-
priedades no domínio da frequência. Isso é crucial para o projeto eficiente 
de sistemas de controle, comunicações digitais e processamento de sinais, 
em que o entendimento detalhado das características espectrais é essen-
cial para garantir a estabilidade e o desempenho adequado (Lathi, 2008; 
Roberts, 2010).
Em resumo, a interação entre equações de diferença e a Transformada Z é 
essencial para a compreensão e o projeto eficaz de sistemas dinâmicos dis-
cretos. Essa abordagem oferece uma poderosa ferramenta matemática para 
analisar o comportamento temporal e espectral desses sistemas, contribuin-
do significativamente para o avanço de áreas como engenharia de controle, 
processamento de sinais digitais e telecomunicações.
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5.1.1 RELAÇÃO ENTRE EQUAÇÕES DE 
DIFERENÇA E A TZ
A relação entre equações de diferença e a Transformada Z (TZ) é essencial 
para a análise e modelagem de sistemas dinâmicos discretos. Equações 
de diferença fornecem uma representação discreta da dinâmica temporal 
de um sistema, descrevendo como as amostras sucessivas de um sinal serelacionam (Lathi, 2008).
A Transformada Z, por sua vez, é uma ferramenta matemática valiosa que 
permite transcender o domínio temporal, proporcionando uma visão mais 
clara das características espectrais e do comportamento dinâmico desses sis-
temas (Roberts, 2010).
Para um sinal discreto x[n], a transformada Z é calculada como
Ao aplicar a Transformada Z a equações de diferença, é possível obter uma re-
presentação no domínio da frequência do sistema discreto. Essa transforma-
ção fornece informações cruciais sobre a resposta em frequência do sistema, 
identificando as frequências em que o sistema é mais sensível e destacando 
possíveis instabilidades. 
FREQUÊNCIA DE COMUNICAÇÃO
Fonte: ©Suwin, Shutterstock (2023).
#pratodosverem - fotografia de torre de comunicação em primeiro plano da qual saem 
inúmeros sinais conectando-se a diversas regiões. Ao fundo, em segundo plano, 
uma grande cidade.
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Essa análise espectral é fundamental em aplicações como processamento de 
sinais, controle digital e comunicações, onde o conhecimento das caracterís-
ticas espectrais é vital para o projeto eficiente dos sistemas.
A relação entre equações de diferença e a Transformada Z também desem-
penha um papel central na resolução e solução de problemas práticos. Ao 
aplicar a TZ, é possível encontrar soluções analíticas para equações de dife-
rença, facilitando a compreensão e manipulação dos sistemas discretos. Isso 
é particularmente útil na engenharia de controle, onde a estabilidade e o de-
sempenho do sistema são fatores críticos (Roberts, 2010; Lathi, 2008).
Uma curiosidade interessante sobre a Transformada 
Z é sua relação com a Transformada de Laplace. 
Enquanto esta é amplamente utilizada para análise 
de sistemas contínuos no domínio do tempo, a 
TZ é sua contraparte discreta, aplicada a sistemas 
dinâmicos discretos (Roberts, 2010). 
5.1.2 INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA TZ 
A interpretação geométrica da Transformada Z (TZ) proporciona uma pers-
pectiva visual valiosa para compreender as características espectrais de sinais 
discretos e sistemas dinâmicos. 
Ao considerar o plano Z, em que a TZ é representada, a relação entre os pon-
tos nesse plano e as propriedades do sinal ou sistema torna-se evidente. 
A interpretação geométrica destaca como diferentes pontos no plano Z estão 
associados a diferentes frequências e amplitudes, oferecendo uma represen-
tação intuitiva das características espectrais do sinal (Roberts, 2010).
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AMPLITUDE DO SINAL
Fonte: ©Vach cameraman, Shutterstock (2023).
#pratodosverem - ilustração de um diapasão, do qual são representadas graficamente 
as ondas vibratórias.
No plano Z, a unidade de círculo é frequentemente utilizada para representar 
a frequência angular discreta. O raio do círculo unitário indica a frequência 
angular, e os pontos nesse círculo refletem as características espectrais do 
sinal ou sistema. Por exemplo, pontos próximos à borda do círculo indicam 
frequências altas, enquanto pontos mais próximos do centro correspondem 
a frequências mais baixas. Essa interpretação geométrica permite visuali-
zar como a Transformada Z codifica a informação espectral do sinal discreto 
(Roberts, 2010).
CÍRCULO UNITÁRIO
Fonte: ©Musical Inquisit, Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem - círculo de raio unitário. Por definição, polos externos ao círculo unitário 
indicam instabilidade.
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A interpretação geométrica também destaca a importância do círculo unitá-
rio para a estabilidade de sistemas discretos. Em muitos casos, a estabilidade 
está relacionada à localização dos polos (pontos em que a Transformada Z 
é infinita) no plano Z. 
Se todos os polos estão dentro do círculo unitário, 
o sistema é estável; caso contrário, o sistema pode 
ser instável. Isso fornece uma representação gráfica 
valiosa para analisar e projetar sistemas dinâmicos 
discretos com base em critérios de estabilidade 
(Roberts, 2010). 
Em síntese, a interpretação geométrica da Transformada Z oferece uma abor-
dagem visual e intuitiva para entender as características espectrais e a esta-
bilidade de sinais discretos e sistemas. Ao explorar o plano Z, os engenheiros 
e cientistas podem ganhar insights valiosos para análise e projeto eficazes 
de sistemas dinâmicos em aplicações que vão desde controle digital até 
processamento de sinais.
5.1.3 UTILIZAÇÃO DA TZ NA ANÁLISE DE 
SISTEMAS DISCRETOS
A Transformada Z (TZ) é uma ferramenta fundamental na análise de sistemas 
discretos, desempenhando um papel crucial na investigação das proprieda-
des espectrais e dinâmicas desses sistemas (Roberts, 2010).
Veja alguns pontos importantes que destacam o papel crucial da 
Transformada Z:
Representação de Sinais e Sistemas: a Transformada Z é utilizada para repre-
sentar sinais e sistemas discretos no domínio da frequência, proporcionando 
uma visão mais clara dos componentes espectrais.
Domínio Z x Domínio do Tempo: enquanto o domínio do tempo é usado para 
representar sinais e sistemas no tempo discreto, o domínio Z fornece uma re-
presentação no domínio da frequência, permitindo análises mais abrangentes.
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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DE SISTEMAS
Ao empregar a TZ, os engenheiros e cientistas são capazes de 
traduzir equações de diferença que modelam sistemas discretos 
para o domínio da frequência, proporcionando uma visão 
abrangente do comportamento espectral desses sistemas.
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - quadro com o seguinte texto: ao empregar a TZ, os engenheiros e 
cientistas são capazes de traduzir equações de diferença que modelam sistemas discretos 
para o domínio da frequência, proporcionando uma visão abrangente do comportamento 
espectral desses sistemas.
A TZ é amplamente utilizada para análise de estabilidade de sistemas dis-
cretos. A localização dos polos da função de transferência no plano Z é crítica 
para determinar a estabilidade do sistema. 
A análise de estabilidade no plano Z é uma ferramenta crítica na engenha-
ria de sistemas discretos, especialmente em contextos como controle digital, 
processamento de sinais e sistemas sonoros discretos. A localização dos polos 
no plano Z fornece insights valiosos sobre o comportamento dinâmico dos 
sistemas e é fundamental para projetar sistemas digitalmente resultados.
Se todos os polos estiverem dentro do círculo 
unitário no plano Z, o sistema é considerado estável 
(Roberts, 2010). 
Essa abordagem gráfica facilita a identificação rápida e eficaz de con-
dições de estabilidade, contribuindo para o projeto seguro de sistemas 
dinâmicos discretos.
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Algumas aplicações da TZ são descritas a seguir (Lathi, 2008):
Resposta em frequência: 
Além da estabilidade, a TZ é essencial para analisar a resposta em 
frequência de sistemas discretos. A partir da Transformada Z, é possível 
derivar a resposta em frequência, identificando como o sistema 
responde a diferentes frequências de entrada. Essa análise é valiosa 
em aplicações como processamento de sinais, comunicações digitais 
e controle, onde a compreensão das características espectrais do 
sistema é fundamental para garantir um desempenho eficaz.
Problemas práticos: 
A TZ também é aplicada em problemas práticos de engenharia, 
oferecendo uma ferramenta matemática poderosa para resolver 
equações de diferença complexas e analisar sistemas dinâmicos 
discretos em diversos domínios. Com a utilização adequada da 
TZ, os profissionaissão capacitados a modelar, analisar e otimizar 
sistemas discretos em uma ampla gama de aplicações tecnológicas, 
proporcionando avanços significativos em campos como automação, 
comunicações e processamento de sinais digitais.
5.2 IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DISCRETOS
A implementação de sistemas discretos se presta a muitas aplicações práti-
cas de conceitos teóricos em diversas áreas. Ao lidar com sistemas dinâmicos 
discretos, é crucial considerar aspectos como estabilidade, resposta em fre-
quência e eficiência computacional na implementação real desses sistemas 
(Lathi, 2008).
A Transformada Z (TZ) desempenha um papel central na implementação 
de sistemas discretos, pois permite analisar e projetar sistemas no domínio 
da frequência. Ao compreender as características espectrais do sistema por 
meio da TZ, os engenheiros podem tomar decisões informadas durante a im-
plementação, ajustando parâmetros para atender a requisitos específicos de 
desempenho e estabilidade (Lathi, 2008).
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CIRCUITOS DE COMPUTADOR
Fonte: ©Nick_Picnic, Shutterstock (2023).
#pratodosverem - imagem mostra circuitos de computador em tons de azul.
A escolha de estruturas computacionais, como filtros digitais, controladores 
PID digitais ou sistemas de comunicação digital, requer uma compreensão 
profunda das características do sistema em questão. A TZ oferece uma visão 
abrangente das propriedades espectrais do sistema, facilitando a escolha e a 
implementação de estruturas que atendam às especificações desejadas.
A implementação de sistemas discretos envolve (Lathi, 2008):
Algoritmos: 
A implementação de sistemas discretos muitas vezes envolve o uso de 
algoritmos eficientes, especialmente em aplicações em tempo real. 
Análise de complexidade: 
A TZ auxilia na análise de complexidade computacional, permitindo 
a escolha de estratégias de implementação que otimizem o 
desempenho do sistema, garantindo respostas rápidas e eficientes.
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Em suma, a implementação de sistemas discretos é um processo multidisci-
plinar que combina teoria e prática. A utilização da Transformada Z na análise 
e projeto desses sistemas é fundamental para garantir a eficácia, estabilidade 
e eficiência computacional durante a implementação real, contribuindo para 
o desenvolvimento de tecnologias avançadas em diversas áreas da engenha-
ria e ciência da computação.
5.2.1 ESTRUTURAS COMPUTACIONAIS: 
SISTEMAS DE DIFERENÇA DIRETA E RECURSIVA
As estruturas computacionais de sistemas discretos frequentemente se divi-
dem em duas categorias principais: sistemas de diferença direta e sistemas 
de diferença recursiva. Ambas desempenham papéis cruciais em áreas como 
processamento de sinais e controle digital, oferecendo abordagens distintas 
para implementar e modelar sistemas dinâmicos discretos (Lathi, 2008).
Sistemas de diferença direta 
são uma forma simples e direta de representar operações em sistemas 
discretos. Eles envolvem a aplicação direta de coeficientes a entradas 
e saídas, sem a necessidade de retroalimentação. Essa abordagem 
é frequentemente utilizada em filtros digitais, onde a resposta do 
sistema é determinada apenas pelos valores atuais das entradas e 
saídas. A simplicidade e eficiência computacional fazem dos sistemas 
de diferença direta uma escolha comum em implementações práticas 
(Lathi, 2008).
Sistemas de diferença recursiva 
incorporam realimentação, tornando-os especialmente úteis na 
modelagem de sistemas dinâmicos mais complexos. A presença de 
realimentação permite que esses sistemas capturem dependências 
temporais, tornando-os ideais para representar sistemas com 
memória, como em processos de controle adaptativo. Apesar de 
uma maior complexidade computacional devido à realimentação, 
os sistemas de diferença recursiva são fundamentais para modelar 
sistemas dinâmicos mais avançados (Lathi, 2008).
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A escolha entre sistemas de diferença direta e recursiva depende das caracte-
rísticas específicas do sistema que está sendo modelado ou implementado. 
Em aplicações práticas, como processamento de áudio ou controle de pro-
cessos industriais, engenheiros avaliam cuidadosamente as exigências do sis-
tema para determinar a estrutura mais adequada. 
ANÁLISE DAS EXIGÊNCIAS DO SISTEMA
Fonte: Freepik (2023).
#pratodosverem - engenheiro usando EPI com tablet na mão e fisionomia séria. Ao redor, 
há equipamentos e diversos itens virtuais como hologramas no ar.
Ambas as abordagens oferecem ferramentas poderosas para a implemen-
tação eficaz de sistemas discretos, destacando a importância da com-
preensão profunda dessas estruturas computacionais na engenharia de 
sistemas digitais. 
5.2.2 ANÁLISE DE ESTABILIDADE E 
CAUSALIDADE DA TZ
A análise de estabilidade e causalidade são fundamentais na aplicação da 
Transformada Z (TZ) na modelagem e análise de sistemas dinâmicos discre-
tos. A estabilidade é uma propriedade fundamental que determina a respos-
ta de um sistema ao longo do tempo e sua capacidade de permanecer con-
trolado. Ao aplicar a TZ para analisar equações de diferença que representam 
sistemas discretos, a localização dos polos no plano Z é um indicador crucial 
da estabilidade. Se todos os polos estiverem dentro do círculo unitário, o siste-
ma é considerado estável, o que é um critério essencial para o projeto confiá-
vel de sistemas dinâmicos discretos (Lathi, 2008).
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SINAIS E SISTEMAS
A causalidade, por sua vez, está relacionada à capacidade do sistema de pre-
ver a saída com base nas entradas atuais e passadas. A TZ permite uma aná-
lise clara da causalidade, uma vez que a região de convergência associada à 
Transformada Z indica as condições sob as quais a resposta ao impulso do 
sistema é causal. O entendimento dessas condições é vital para garantir que 
a representação do sistema seja fisicamente realizável e esteja alinhada com 
o comportamento esperado em aplicações práticas (Lathi, 2008).
ESTABILIDADE E CAUSALIDADE 
Estabilidade Causalidade
Propriedade fundamental que determina 
a resposta de um sistema ao longo do 
tempo e sua capacidade de permanecer 
controlado.
Capacidade do sistema de prever a saída 
com base nas entradas atuais e passadas.
Localização dos polos no plano z é um 
indicador crucial da estabilidade.
A região de convergência associada à 
transformada z indica as condições sob as 
quais a resposta ao impulso do sistema 
é causal.
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - quadro com linha de título e de texto dividido em duas colunas. 
À esquerda “Estabilidade” com o texto: Propriedade fundamental que determina a 
resposta de um sistema ao longo do tempo e sua capacidade de permanecer controlado. 
Localização dos polos no plano z é um indicador crucial da estabilidade. À direita 
“Causalidade” com o texto: Capacidade do sistema de prever a saída com base nas 
entradas atuais e passadas. A região de convergência associada à transformada z indica as 
condições sob as quais a resposta ao impulso do sistema é causal.
Na prática, a análise de estabilidade e causalidade da TZ é frequentemente 
realizada durante o projeto e a implementação de sistemas discretos, espe-
cialmente em aplicações críticas, como controle digital e processamento de 
sinais. O uso correto da TZ permite aos engenheiros avaliarem rapidamente a 
estabilidade de um sistema e verificar se a causalidade é mantida, proporcio-
nando uma base sólida para decisões de projeto e garantindo o desempenho 
adequado do sistema em condições dinâmicas.
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ETAPAS DE ANÁLISE
Fonte: ©storyset, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração de uma moça com prancheta na mão analisando três 
engrenagens dispostas no ar, numeradas e conectadas por uma faixa azul que passa 
acima e abaixo delas. No chão uma seta aponta a mesma direção crescente em que foram 
dispostas as engrenagens.
Assim, a análise de estabilidade e causalidade são pontos centrais na utiliza-
ção da TZ na engenharia de sistemas dinâmicos discretos. Esses conceitos 
são essenciais para garantir que as representações e modelos utilizados na 
análise e no projeto se alinhem com os princípios físicos e requisitos práticos, 
resultando em sistemas estáveis, eficientes e eficazes. 
5.2.3 UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE PARA 
PROJETO DE SISTEMAS DISCRETOS 
A utilização de software é bastante comum no projeto de sistemas discretos, 
oferecendo ferramentas poderosas para análise, simulação e implementação. 
Softwares especializados em engenharia, como MATLAB, Simulink e Python 
com bibliotecas como NumPy e SciPy, fornecem ambientes integrados que 
permitem aos engenheiros modelarem e analisarem sistemas dinâmicos dis-
cretos de maneira eficiente.
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SINAIS E SISTEMAS
SOFTWARES ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA
Softwares
Python Simulink
MATLAB
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - esquema com um círculo central circundado por três círculos conectados 
por uma linha. No círculo do centro, lê-se Softwares; nos círculos ao redor, os textos são 
MATLAB, Simulink e Python.
Diversos programas permitem a aplicação prática de conceitos como a Trans-
formada Z na análise de sistemas discretos. Por meio dessas ferramentas, os 
engenheiros podem realizar simulações que incorporam equações de dife-
rença, analisando o comportamento temporal e espectral dos sistemas. A 
capacidade de visualizar e interpretar os resultados de simulações facilita a 
tomada de decisões informadas durante o projeto.
Além disso, programas de projeto de sistemas discretos oferecem recursos 
avançados para a implementação prática de algoritmos e estruturas compu-
tacionais. Eles permitem a programação eficiente de sistemas de diferença 
direta e recursiva, facilitando a tradução de modelos teóricos em implemen-
tações práticas, seja para controle digital, processamento de sinais ou comu-
nicações digitais. Esses programas também são úteis para análise de estabili-
dade, causalidade e desempenho computacional (Lathi, 2008).
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SOFTWARE
Fonte: ©storyset, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração elaborada de posicionamento superior mostrando uma mesa 
sobre a qual há teclado, monitor, mouse, um vaso com planta e uma xícara de café. Há as 
mãos de uma pessoa digitando e aparecem balões de fala ao redor do teclado nos quais 
há códigos de programação. Na tela do monitor, há diversas linhas de código. A ilustração 
é toda em tons de verde.
Em resumo, a utilização de software no projeto de sistemas discretos simpli-
fica e acelera o processo de análise e implementação. Essas ferramentas ofe-
recem uma abordagem prática e eficiente para engenheiros, permitindo que 
explorem uma variedade de cenários, otimizem parâmetros e validem seus 
projetos antes da implementação física, contribuindo assim para o avanço e a 
inovação em diversas áreas da engenharia e computação. 
Simulação computacional aplicada a Sinais – 
A estratégia de se utilizar software específico para 
Sinais e Sistemas é inteligente, no sentido de que se 
pode simular situações realísticas em computador, 
facilitando a realização de testes (Lathi, 2008). 
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CONCLUSÃO
Esta unidade explorou aspectos centrais da análise e do projeto de sistemas 
discretos, destacando a relevância da Transformada Z (TZ) e outras ferramen-
tas matemáticas. A TZ se mostra uma ferramenta versátil na modelagem e 
análise de sistemas dinâmicos discretos, proporcionando uma visão detalha-
da das características espectrais e temporais desses sistemas. A análise de 
estabilidade e causalidade, fundamentada na TZ, emerge como um ponto 
focal essencial, permitindo aos engenheiros avaliarem a viabilidade e confia-
bilidade de sistemas em uma variedade de aplicações.
Ao abordar as estruturas computacionais, observamos como sistemas de di-
ferença direta e recursiva oferecem abordagens distintas para implementar 
sistemas discretos. Cada abordagem tem suas próprias vantagens e é selecio-
nada com base nas características específicas do sistema a ser modelado ou 
controlado. A compreensão dessas estruturas computacionais é fundamen-
tal para escolhas informadas durante o projeto. A implementação de siste-
mas dinâmicos discretos, em aplicações do mundo real, buscou apresentar 
as características da operação de convolução de sinais, de tal forma que essa 
operação e o significado da resposta ao impulso de um sistema carregam em 
si uma forte relação, que beneficia a análise e o projeto de sistemas dinâmicos 
em uma variedade de aplicações tecnológicas.
Foram apresentados a definição e os princípios que regem a operação de 
convolução, tanto para sistemas contínuos ou discretos, estabelecendo uma 
ligação da natureza do sistema com as variáveis nele modeladas. Aplicações 
em sinais e sistemas fazem assim uso da convolução com propriedade, no 
intuito da caracterização completa de um sistema em análise.
Por fim, foram descritas as relações entre a convolução e sistemas lineares e 
invariantes no tempo, em termos das informações que podem ser coletadas 
sobre sistemas a partir da observação de sua resposta ao impulso.
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• Equação de diferenças: é uma equação 
que descreve as relações entre as amostras 
consecutivas de uma sequência discreta. Ela 
expressa a relação funcional entre os termos 
sucessivos de uma sequência por meio de 
operadores de diferença.
• Recursão: refere-se à característica de um 
processo ou equação que depende de suas 
próprias interações anteriores. Em sistemas 
discretos, a recursão é comumente encontrada 
em equações de diferenças, em que o valor 
atual depende dos valores passados.
• Referência direta: indica a relação ou conexão 
direta entre um componente ou sinal específico 
e o ponto de referência. Isso pode se aplicar 
a sistemas onde um sinal de entrada está 
diretamente relacionado a um ponto de 
referência sem passar por pontos intermediários.
• Sistema discreto: sistema cujas variáveis de 
entrada e saída são funções definidas apenas 
em pontos discretos no tempo ou no espaço. Em 
oposição a sistemas contínuos, onde as variáveis 
são definidas em intervalos contínuos, sistemas 
discretos lidam com valores específicos em 
instantes específicos. 
• Transformada Z: é uma ferramenta matemática 
usada para analisar sistemas lineares invariantes 
no tempo (LTI) discretos. Ela transforma uma 
sequência discreta no domínio do tempo 
em uma função no domínio da frequência 
complexa, fornecendo uma representação útil 
para a análise e projeto de sistemas discretos. 
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MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre este tema, leia os artigos 
a seguir:
1. Sistemas discretos e convolução (p. 2-14). 
2. Transformada Z (p.18-43). 
3. Série de Fourier de Sinais Discretos (p. 46-64).
4. Transformada de Fourier Aplicada ao Sinal 
Elétrico (p.6-35).
5. Sinais.
https://www.decom.fee.unicamp.br/~rlopes/EA616/Ivanil/LSS.pdf
https://www.decom.fee.unicamp.br/~rlopes/EA616/Ivanil/LSS.pdf
https://www.decom.fee.unicamp.br/~rlopes/EA616/Ivanil/LSS.pdfhttp://pee.ufrj.br/teses/textocompleto/2005021801.pdf
http://pee.ufrj.br/teses/textocompleto/2005021801.pdf
https://statics-submarino.b2w.io/produtos/5588382/documentos/5588382_1.pdf
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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UNIDADE 6
> Compreender a 
definição de filtros 
seletivos de sinais e 
seus tipos.
> Compreender 
as técnicas de 
projetos de filtros 
para sistemas LIT 
discretos.
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6 TEORIA DE FILTROS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade será dedicada à exploração da Teoria de Filtros, uma disciplina 
essencial no estudo de sistemas dinâmicos. Abordaremos a operação de fil-
tragem como uma manipulação matemática de sinais, examinando suas re-
presentações distintas nos domínios contínuo e discreto, cada uma indicativa 
de aplicações específicas na teoria de sinais e sistemas.
Iniciaremos focalizando o conceito fundamental de filtragem de sinais, inves-
tigando as implicações nos domínios contínuo e discreto. A Teoria de Filtros 
desempenha um papel crucial na análise de sistemas lineares invariantes no 
tempo, oferecendo insights sobre como esses sistemas reagem a diversas en-
tradas ao longo do tempo. Apresentaremos tanto a filtragem contínua quan-
to a filtragem discreta, destacando as nuances de cada abordagem e sua re-
levância na modelagem e análise de sistemas.
Ao contrário da abordagem direta de equações diferenciais ou de diferença, 
a filtragem proporciona uma perspectiva única para compreender a relação 
entre a entrada e a saída em sistemas dinâmicos. No contexto contínuo, a 
filtragem é representada por uma operação que descreve como cada ins-
tante de tempo contribui para a resposta do sistema. Já no domínio discre-
to, a filtragem é expressa por uma soma ponderada dos valores dos sinais 
em diferentes instantes, revelando como o sistema responde a sequências 
discretas de entrada.
Ao explorar a Teoria de Filtros, você desenvolverá uma compreensão sólida 
das ferramentas matemáticas essenciais para analisar e modelar sistemas di-
nâmicos com foco especial na filtragem de sinais. Essa habilidade será funda-
mental para avaliar o comportamento de sistemas diante de uma variedade 
de entradas, fortalecendo sua capacidade de análise e interpretação no con-
texto mais amplo da teoria de sinais e sistemas.
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6.1 FUNDAMENTOS DE FILTROS
Os Fundamentos de Filtros constituem a base essencial para compreender a 
operação e a aplicação destes dispositivos em sistemas dinâmicos. Um filtro, 
em sua essência, é um componente que modifica as características de um si-
nal, destacando ou suprimindo determinadas frequências. Ao mergulharmos 
nos fundamentos, deparamo-nos com conceitos-chave que delineiam a teo-
ria por trás desses dispositivos, permitindo-nos analisar como eles moldam e 
aprimoram sinais em diversos contextos.
FILTRO DE SINAIS
Fonte: ©aspsan, Freepik (2023).
#pratodosverem - foto de parte do painel de controle de um mixer de som.
Ao explorar os Fundamentos de Filtros, é crucial compreender os diferentes 
tipos de filtros e suas aplicações específicas. Filtros passa-baixa, passa-alta e 
passa faixa são exemplos comuns, cada um projetado para atender a necessi-
dades particulares em termos de frequência de sinal. 
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TIPOS DE FILTRO
Filtros
passa-baixa
Filtros
passa-alta
Filtros
passa-faixa
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - três retângulos com textos: Filtros passa-baixa; Filtros passa-alta; 
e Filtros passa-faixa.
No domínio prático, os filtros desempenham um papel vital em diversas áre-
as, desde processamento de áudio e imagem até telecomunicações, adap-
tando-se às exigências específicas de cada aplicação.
A análise matemática é um aspecto fundamental no projeto de filtros, permi-
tindo-nos modelar e compreender o comportamento desses dispositivos de 
maneira precisa. 
De equações que descrevem a resposta 
em frequência até métodos de projeto que 
visam atender a critérios específicos, a análise 
matemática desempenha um papel central na 
capacidade de projetar filtros personalizados para 
aplicações específicas. 
Essa compreensão profunda dos fundamentos matemáticos é essencial para 
engenheiros e pesquisadores que buscam otimizar o desempenho de siste-
mas por meio da implementação eficiente de filtros.
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6.1.1 CONCEITO DE FILTRAGEM: ALTERAÇÃO 
SELETIVA DE COMPONENTES DE 
FREQUÊNCIA EM UM SINAL
A filtragem é um conceito fundamental que permeia diversas áreas da en-
genharia e ciências aplicadas, envolvendo a alteração seletiva de com-
ponentes de frequência em um sinal. Esse processo visa modular as 
características espectrais de um sinal, destacando ou atenuando determi-
nadas faixas de frequência conforme a necessidade específica da aplicação. 
A compreensão do conceito de filtragem é essencial para a manipulação efi-
caz de sinais em áreas como processamento de áudio, telecomunicações e 
processamento de imagens.
SINAIS EM TELECOMUNICAÇÕES
Fonte: ©macrovector, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração com fundo amarelo contendo uma torre de telecomunicações 
no centro e diversos elementos ao redor todos conectados por Wi-Fi; há notebook, 
impressora, smartphone, smartwatch, máquinas de cartão de crédito etc.
No cerne do conceito de filtragem está o funcionamento básico de um fil-
tro, que age como um dispositivo capaz de passar ou bloquear diferentes fai-
xas de frequência em um sinal. Os filtros podem ser projetados para permi-
tir a passagem de frequências abaixo de um determinado ponto de corte 
(filtros passa-baixa), acima desse ponto (filtros passa-alta) ou em uma faixa 
específica (filtros passa-faixa). 
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PASSAGEM DE FREQUÊNCIAS
Filtros passa-alta: 
passagem da frequência 
acima do ponto de corte
Filtros passa-baixa: 
passagem da frequência 
abaixo do ponto de corte
Filtros passa-faixa: 
passagem da frequência 
em faixa específica
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - esquema com três setas; uma aponta para cima e ao lado tem o texto: 
Filtros passa-alta: passagem da frequência acima do ponto de corte; uma aponta para 
a direita e ao lado traz o texto Filtros passa-faixa: passagem da frequência em faixa 
específica; a terceira aponta para baixo e traz o texto Filtros passa-baixa: passagem da 
frequência abaixo do ponto de corte.
Essa capacidade seletiva torna os filtros ferramentas poderosas na adaptação 
de sinais às exigências de uma aplicação específica.
Aplicação: 
A aplicação do conceito de filtragem é vital na análise de sinais 
complexos. 
Exemplo: 
em análises de áudio, um filtro pode ser empregado para realçar as 
frequências relevantes de uma voz humana, ignorando os ruídos 
indesejados. 
Vantagem: 
Essa habilidade de alteração seletiva permite uma interpretação mais 
clara e eficaz dos sinais em diversos contextos, proporcionando uma 
ferramenta valiosa na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias 
(Lathi, 2008).
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Apesar de sua importância, a filtragem enfrenta desafios contínuos à medida 
que as tecnologias avançam. A demanda por filtros mais precisos, eficientes 
e adaptáveis impulsiona a pesquisa em áreas como filtros adaptativos e téc-
nicas avançadas de processamento de sinal. O conceito de filtragemestá in-
trinsecamente ligado à evolução da tecnologia, com tendências emergentes 
prometendo abordagens mais sofisticadas e eficientes para a manipulação 
seletiva de componentes de frequência em sinais.
Uma curiosidade sobre a filtragem de sinais está 
relacionada ao seu papel na melhoria da qualidade 
de áudio em gravações musicais. Em estúdios de 
gravação profissionais, os engenheiros de som 
frequentemente aplicam técnicas de filtragem 
para destacar ou atenuar frequências específicas, 
ajustando o equilíbrio tonal das faixas musicais. 
O uso cuidadoso de filtros permite aprimorar a 
clareza das vozes, realçar instrumentos específicos 
e controlar a presença de ruídos indesejados, 
contribuindo para a produção de áudio de alta 
qualidade (Lathi, 2008). 
6.1.2 TIPOS DE FILTROS: PASSA-BAIXAS, 
PASSA-ALTAS, PASSA-FAIXA E REJEITA-FAIXA 
A classificação dos filtros de acordo com suas características de passagem e 
rejeição de frequências é essencial para compreender as diversas aplicações 
na teoria de sinais e sistemas. Dentre os principais tipos de filtros, destacam-
-se os passa-baixas, passa-altas, passa-faixa e rejeita-faixa. Cada um destes de-
sempenha um papel específico na manipulação de sinais, adaptando-se às 
necessidades particulares de uma ampla gama de aplicações (Lathi, 2008).
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Filtros passa-baixas: 
permitem a passagem de frequências abaixo de uma determinada 
frequência de corte, atenuando aquelas acima desse ponto. Esses 
filtros são frequentemente empregados para eliminar componentes 
de alta frequência indesejados, sendo utilizados em sistemas de áudio 
para melhorar a qualidade sonora, por exemplo, na reprodução de 
graves e médios (Lathi, 2008).
Filtros passa-altas: 
permitem a passagem de frequências acima de um determinado 
ponto de corte, enquanto atenuam aquelas abaixo desse limite. Esses 
filtros são úteis em situações em que se deseja realçar ou destacar 
componentes de alta frequência em um sinal, sendo aplicados em 
áreas como processamento de imagens para destacar contornos ou 
bordas (Lathi, 2008).
Filtros passa-faixa: 
permitem a passagem de frequências dentro de uma faixa específica, 
atenuando aquelas fora dessa faixa. Esse tipo de filtro é comumente 
utilizado em comunicações, onde é necessário isolar e transmitir 
uma banda específica de frequências, garantindo uma comunicação 
eficiente e livre de interferências (Lathi, 2008).
Filtros rejeita-faixa: 
também conhecidos como filtros notch, fazem o oposto dos passa-
faixa, rejeitando ou atenuando uma faixa de frequências específica, 
enquanto permitem a passagem das demais. São amplamente 
utilizados para eliminar interferências de frequências específicas em 
sinais, como em sistemas de transmissão de dados e em aplicações de 
controle para suprimir ruídos indesejados (Lathi, 2008).
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Cada tipo de filtro possui aplicações específicas, sendo escolhido de acordo 
com as características desejadas em um determinado sistema. A compreen-
são desses diferentes tipos de filtros é crucial para engenheiros e pesquisa-
dores que buscam otimizar o desempenho de sistemas em variados contex-
tos, desde eletrônica e telecomunicações até processamento de sinais em 
áreas como áudio e imagem. Essa diversidade de filtros fornece ferramentas 
fundamentais para a adaptação de sinais às exigências particulares de cada 
aplicação (Diniz; Silva; Netto, 2014).
Filtros Seletores
referem-se a dispositivos ou circuitos projetados para permitir 
a passagem preferencial de sinais em determinadas faixas de 
frequência, enquanto atenuam ou bloqueiam aquelas fora dessa faixa 
(Frank, 2008).
Ganho de um filtro
refere-se à amplificação ou atenuação que um filtro aplica a um sinal 
em uma determinada faixa de frequência. O ganho é expresso como 
a razão da amplitude do sinal de saída para a amplitude do sinal de 
entrada. Um ganho positivo indica amplificação, enquanto um ganho 
negativo denota atenuação (Frank, 2008).
Largura de Banda de um Filtro
refere-se à extensão da faixa de frequência em que o filtro opera de 
maneira eficaz. É determinada pela diferença entre as frequências 
de corte ou pelos pontos em que o ganho do filtro atinge valores 
específicos, sendo um parâmetro crítico que influencia a capacidade 
do filtro em selecionar ou rejeitar determinadas frequências (Frank, 
2008).
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6.1.3 PROJETO DE FILTROS IDEAIS NO 
DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
O projeto de filtros ideais no domínio da frequência é relevante na engenha-
ria de sistemas de comunicação e processamento de sinais. Esses filtros são 
concebidos para atender a especificações precisas de passagem ou rejeição 
de determinadas frequências, e o projeto ideal visa alcançar uma resposta de 
frequência desejada sem nenhuma distorção. Apesar de sua concepção teó-
rica, os filtros ideais no domínio da frequência oferecem um ponto de partida 
valioso para entender as características fundamentais desejadas em aplica-
ções específicas (Roberts, 2010).
TORRES DE SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO
Fonte: ©macrovector, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração de várias torres de comunicação.
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Os filtros ideais no domínio da frequência são categorizados também como 
passa-baixas, passa-altas, passa-faixa ou rejeita-faixa, cada um projetado para 
atender a requisitos específicos. O filtro passa-baixas ideal, como já afirma-
do, permitiria a passagem completa de frequências abaixo de uma deter-
minada frequência de corte, atenuando instantaneamente aquelas acima. 
Da mesma forma, um filtro passa-altas ideal permitiria apenas a passagem 
de frequências acima de uma certa frequência de corte. Essa idealização 
serve como uma referência útil, embora a implementação prática de fil-
tros inevitavelmente envolva compromissos e considerações de engenharia 
(Roberts, 2010).
O projeto de filtros ideais no domínio da frequência, embora valioso para en-
tender conceitualmente os requisitos do filtro, enfrenta desafios significati-
vos na implementação prática. 
Desafios: A realização de filtros ideais em sistemas 
físicos pode levar a fenômenos como o overshoot, 
onde ocorre uma resposta transitória além do 
desejado, e à impossibilidade de implementar 
abruptas transições de frequência. Além disso, a 
implementação real de filtros frequentemente 
exige considerações práticas, como a escolha de 
componentes eletrônicos, que podem introduzir 
limitações em relação à idealização inicial 
(Roberts, 2010). 
Apesar dos desafios, os filtros ideais no domínio da frequência continuam 
sendo uma ferramenta valiosa em áreas como processamento de áudio, co-
municação sem fio e sistemas de controle. O desenvolvimento contínuo de 
técnicas de projeto, juntamente com avanços na tecnologia de componentes 
eletrônicos, tem permitido a aproximação cada vez maior da resposta de fre-
quência ideal em sistemas práticos (Roberts, 2010).
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SINAIS E SISTEMAS
COMUNICAÇÃO
Fonte: ©creativeart, Freepik (2023).
#pratodosverem - fotografia mostra a mão de uma pessoa e três bolhas com desenho do 
planeta Terra. A pessoa tem o planeta na palma da mão.
Esses aperfeiçoamentos contribuem para a eficácia dos filtros em aplicações 
do mundo real, impulsionando avanços contínuos na engenharia de sistemas 
e processamento de sinais.
6.2 PROJETO DE FILTROS EM SISTEMAS LIT 
DISCRETOS
O projeto de filtros em sistemas de tempo discreto é uma disciplina essencial 
na área de processamento de sinais digitais, proporcionando a capacidadede 
moldar e adaptar sinais discretos de acordo com as necessidades específicas 
de uma aplicação. Diferentemente dos sistemas contínuos, os sistemas de 
tempo discreto operam em amostras discretas do sinal, o que exige aborda-
gens distintas de projeto para garantir a eficácia do filtro. O projeto de filtros 
em sistemas LIT (Lineares e Invariantes no Tempo) discretos envolve a escolha 
criteriosa de parâmetros e a consideração cuidadosa das limitações inerentes 
a sistemas discretos (Roberts, 2010; Frank, 2008).
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PROCESSAMENTO DE SINAIS DIGITAIS
Fonte: ©macrovector, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração de dezesseis elementos relacionados a processamento 
de sinais organizados em quatro colunas e quatro fileiras. Há botão liga/desliga, 
reconhecimento facial, smartphone em processo de reconhecimento; senha digital com 
pontos, mão com destaque para as digitais, leitura ocular, impressão digital etc.
O projeto de filtros em sistemas LIT discretos envolve a definição de carac-
terísticas específicas que se deseja alcançar. Isso inclui a determinação da 
resposta em frequência desejada, a largura de banda do filtro, a atenuação 
ou amplificação necessária em diferentes faixas de frequência e outros pa-
râmetros que moldam o comportamento do filtro. Essas especificações são 
fundamentais para guiar o processo de projeto e garantir que o filtro atenda 
aos requisitos específicos da aplicação.
Existem várias metodologias de projeto de filtros em sistemas LIT discre-
tos, sendo as mais comuns baseadas em técnicas de transformada de 
Fourier discreta (DFT) e transformada Z (Frank, 2008; Roberts, 2010; Diniz; 
Silva; Netto, 2014).
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SINAIS E SISTEMAS
A DFT é frequentemente utilizada para análise 
e síntese de sistemas discretos no domínio da 
frequência, enquanto a transformada Z é uma 
ferramenta poderosa para representar sistemas LIT 
discretos no domínio Z (Diniz; Silva; Netto, 2014). 
O projeto de filtros em sistemas discretos geralmente envolve a escolha ade-
quada de uma função de transferência ou uma resposta ao impulso que sa-
tisfaça as especificações desejadas.
O projeto de filtros em sistemas LIT discretos enfrenta desafios próprios, in-
cluindo questões relacionadas à implementação prática, como a quantização 
de coeficientes e a escolha de estruturas de filtro eficientes. Além disso, a 
otimização de filtros em sistemas discretos muitas vezes envolve o equilíbrio 
entre a complexidade do filtro e a eficiência computacional, considerando as 
restrições de hardware. A constante evolução da tecnologia digital tem impul-
sionado inovações contínuas nesse campo, permitindo o desenvolvimento de 
filtros mais sofisticados e eficazes para aplicações em sistemas LIT discretos 
(Frank, 2008; Roberts, 2010).
6.2.1 PROJETO DE FILTROS UTILIZANDO A 
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
O projeto de filtros utilizando a resposta em frequência é uma abordagem 
fundamental na engenharia de sinais, fornecendo uma maneira eficaz de 
especificar e atingir características desejadas em sistemas de filtragem. Ao 
focar a resposta em frequência, os engenheiros podem visualizar como um 
filtro afeta diferentes componentes de frequência do sinal, permitindo uma 
modelagem precisa do comportamento desejado. A resposta em frequência 
é uma representação gráfica da magnitude e fase da saída do filtro em re-
lação à frequência de entrada, sendo uma ferramenta valiosa para projetar 
filtros adaptados às necessidades específicas de uma aplicação.
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O processo de projeto de filtros com base na resposta em frequência começa 
com a especificação detalhada das características desejadas. Isso inclui a de-
terminação da faixa de frequência de interesse, a atenuação ou amplificação 
necessária em diferentes faixas e outros parâmetros específicos. Com essas 
especificações em mente, os engenheiros podem utilizar técnicas matemáti-
cas e ferramentas computacionais para projetar filtros que atendam precisa-
mente aos requisitos estabelecidos.
PAINEL DE CONTROLE DE ÁUDIO
Fonte: Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração de painel de controle de áudio.
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Após a implementação do filtro, a resposta em frequência é avaliada em re-
lação às especificações iniciais. Esse processo muitas vezes envolve ajustes 
interativos nos parâmetros do filtro para garantir que a resposta em frequên-
cia atenda de maneira ótima aos requisitos estabelecidos. Ferramentas como 
software de simulação e análise de sinais são frequentemente empregadas 
para auxiliar nessa etapa, permitindo uma análise detalhada da resposta do 
filtro e facilitando ajustes precisos. O projeto baseado na resposta em frequ-
ência oferece uma abordagem robusta e flexível, permitindo a adaptação de 
filtros para uma variedade de aplicações, desde telecomunicações até pro-
cessamento de áudio e imagem. 
6.2.2 FILTROS ANALÓGICOS E DIGITAIS: 
DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS
Filtros analógicos e digitais são elementos fundamentais em engenharia de 
sinais, cada um com características distintas que os tornam adequados para 
diferentes aplicações. Uma das principais diferenças reside na representa-
ção dos sinais. Enquanto os filtros analógicos operam em sinais contínuos 
no tempo, os filtros digitais lidam com sinais discretizados em amostras. Essa 
distinção é essencial, pois os filtros analógicos são implementados utilizando 
componentes eletrônicos, enquanto os digitais dependem de processadores 
para manipulação de dados discreto (Lathi, 2008; Diniz; Silva; Netto, 2014).
O projeto de filtros analógicos e digitais também difere em termos de me-
todologias e ferramentas utilizadas. Filtros analógicos são frequentemente 
projetados com base em circuitos eletrônicos, utilizando componentes como 
resistores, capacitores e indutores. Em contrapartida, filtros digitais são con-
cebidos por meio de algoritmos matemáticos e técnicas de processamento 
de sinais digitais. Ambos os tipos de filtro compartilham a necessidade de 
especificações detalhadas, como a resposta em frequência desejada, mas a 
abordagem de projeto é adaptada às características inerentes de cada siste-
ma (Lathi, 2008; Diniz; Silva; Netto, 2014).
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DIFERENÇAS ENTRE FILTROS ANALÓGICOS E DIGITAIS 
Filtros analógicos Filtros digitais
Operam em sinais contínuos no tempo. Lidam com sinais discretizados em 
amostras.
Implementados utilizando componentes 
eletrônicos.
Dependem de processadores para 
manipulação de dados discretos.
Frequentemente projetados com base 
em circuitos eletrônicos, utilizando 
componentes como resistores, capacitores 
e indutores.
Concebidos por meio de algoritmos 
matemáticos e técnicas de processamento 
de sinais digitais.
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem - quadro com duas colunas e os títulos Filtros analógicos e Filtros digitais. 
À esquerda, o texto de Filtros analógicos é Operam em sinais contínuos no tempo. 
Implementados utilizando componentes eletrônicos. Frequentemente projetados com 
base em circuitos eletrônicos, utilizando componentes como resistores, capacitores 
e indutores. E à direita, o texto de Filtros digitais é Lidam com sinais discretizados em 
amostras. Dependem de processadores para manipulação de dados discretos. Concebidos 
por meio de algoritmos matemáticos e técnicas de processamento de sinais digitais.
Apesar das diferenças, tanto filtros analógicos quanto digitais possuem flexi-
bilidade e aplicações específicas. Filtros analógicos são muitas vezespreferi-
dos em sistemas que lidam principalmente com sinais contínuos, como em 
processamento de áudio ou em transmissão de rádio. Por outro lado, os filtros 
digitais oferecem vantagens em termos de flexibilidade de projeto, facilidade 
de ajuste e a capacidade de integração eficiente em sistemas digitais mais 
amplos (Lathi, 2008).
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PROCESSAMENTOS DE SINAIS
Fonte: ©storyset, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração colorida de grande aparelho de áudio sendo operado 
por uma pessoa.
Ambos têm suas limitações, com os analógicos suscetíveis a ruídos e distor-
ções, enquanto os digitais podem enfrentar desafios associados à precisão de 
amostragem e processamento em tempo real. A escolha entre filtros analógi-
cos e digitais depende das exigências específicas da aplicação e das caracte-
rísticas desejadas do sistema. 
6.2.3 PROJETO E IMPLEMENTAÇÃO DE 
FILTROS COM TÉCNICAS DE APROXIMAÇÃO E 
OTIMIZAÇÃO 
O projeto de filtros com técnicas de aproximação e otimização representam 
uma técnica avançada na engenharia de sinais, permitindo a criação de fil-
tros personalizados com desempenho otimizado para requisitos específicos. 
Tais técnicas são fundamentais para ajustar a resposta em frequência e ou-
tras características do filtro de acordo com as necessidades precisas da apli-
cação, seja em telecomunicações, processamento de áudio ou outras áreas 
(Diniz; Silva; Netto, 2014).
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Técnicas de aproximação, como as de Chebyshev, Butterworth e elípticas, 
são comumente empregadas no projeto de filtros para alcançar metas es-
pecíficas de resposta em frequência. Cada uma dessas técnicas oferece van-
tagens distintas, permitindo o equilíbrio entre a planicidade da resposta de 
frequência, a largura de banda de transição e a atenuação nas bandas de 
parada. A escolha entre essas técnicas depende das especificações da apli-
cação e dos compromissos aceitáveis em termos de desempenho do filtro 
(Diniz; Silva; Netto, 2014).
ONDAS SONORAS
Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023).
#pratodosverem - ilustração em fundo preto e ondas sonoras variadas.
A otimização de parâmetros, como coeficientes de filtro, e a escolha efi-
ciente de estruturas de filtro são aspectos cruciais do processo de projeto. 
Técnicas de otimização, como algoritmos genéticos ou algoritmos evolu-
tivos, podem ser empregadas para encontrar conjuntos ideais de parâme-
tros que maximizem o desempenho do filtro em relação às especificações 
desejadas. Além disso, a escolha cuidadosa da estrutura do filtro, como 
a ordem e a configuração, é fundamental para garantir a eficácia do filtro 
na implementação prática.
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Após o projeto, a implementação eficiente do filtro no domínio analógico ou 
digital é fundamental. Em sistemas digitais, a implementação geralmente 
envolve a utilização de algoritmos específicos e processadores de sinais digi-
tais (DSP), enquanto em sistemas analógicos, a consideração dos componen-
tes eletrônicos é fundamental. A validação do desempenho do filtro é realiza-
da por meio de técnicas de teste e medição, garantindo que a resposta em 
frequência e outras características atendam às especificações estabelecidas. 
O projeto e a implementação de filtros com técnicas avançadas proporcio-
nam uma flexibilidade significativa na adaptação desses dispositivos a uma 
variedade de aplicações, demonstrando a importância contínua da inovação 
nesse campo (Nalon, 2013).
Requisitos para projeto de filtros – Os requisitos 
para projetos de filtros guiam as decisões dos 
engenheiros para atender às necessidades 
específicas de uma aplicação. Esses requisitos 
incluem parâmetros como a resposta em frequência 
desejada, atenuação nas bandas de rejeição, largura 
de banda de transição e ordem do filtro. Além disso, 
considerações práticas, como restrições de recursos 
computacionais, custos e limitações de hardware, 
também são essenciais (Nalon, 2013). 
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CONCLUSÃO
Nessa unidade, exploramos os fundamentos e aplicações dos filtros, abordan-
do tanto os conceitos teóricos quanto as práticas de projeto e implementa-
ção. Discutimos a importância da resposta em frequência na concepção de 
filtros, destacando técnicas de aproximação e otimização que possibilitam a 
adaptação desses dispositivos às especificações detalhadas de uma aplica-
ção. Compreendemos que a escolha entre filtros analógicos e digitais envolve 
considerações específicas, sendo influenciada pelas características e deman-
das do sistema em questão. Além disso, reconhecemos a relevância da flexi-
bilidade oferecida por filtros, permitindo ajustes precisos para atender a uma 
variedade de requisitos.
Ao abordar a teoria de filtros e suas aplicações práticas, reconhecemos a ne-
cessidade de um equilíbrio cuidadoso entre os requisitos do projeto, a com-
plexidade da implementação e as limitações práticas.
• Filtragem: corresponde ao processo de aplicar 
um filtro a um sinal. O filtro pode ser analógico 
ou digital e é projetado para selecionar ou 
atenuar componentes específicos do sinal.
• Filtro passa-altas: filtro que permite a passagem 
de frequências mais altas enquanto atenua as 
frequências mais baixas. É frequentemente 
usado para remover componentes de baixas 
frequências de um sinal.
• Filtro passa-baixas: filtro que permite a 
passagem de frequências mais baixas enquanto 
atenua as frequências mais altas. É comumente 
usado para suavizar ou reduzir o ruído de altas 
frequências em um sinal. 
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• Filtro passa-faixa: filtro que permite a passagem 
de um intervalo específico de frequências, 
bloqueando tanto as frequências mais baixas 
quanto as mais altas. Esse tipo de filtro é útil 
quando é desejado isolar um determinado 
intervalo de frequências em um sinal.
• Filtro rejeita-faixa: filtro que atenua um 
intervalo específico de frequências enquanto 
permite a passagem das frequências fora 
desse intervalo. É utilizado quando se deseja 
suprimir ou eliminar uma banda estreita de 
frequências indesejadas. 
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre este tema, leia os artigos 
a seguir:
1. Filtros digitais por transformadas de Fourier 
aplicados em eletroquímica. 
2. Estudo comparativo sobre filtragem de sinais 
instrumentais usando transformadas de Fourier 
e Wavelet. 
3. Filtragem mista para sistemas lineares incertos 
discretos no tempo.
4. Filtros Ativos (p 1-14).
5. Utilização de filtro de transformada de Fourier 
para a minimização de ruídos em sinais 
analíticos.
https://www.scielo.br/j/qn/a/gQs5CqkdQsh8nFM5N4MYnzC/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/qn/a/gQs5CqkdQsh8nFM5N4MYnzC/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/qn/a/pcJxyRmgfjMm6ZmwKtHMjCx/?lang=pt&format=pdf
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https://www.scielo.br/j/qn/a/pcJxyRmgfjMm6ZmwKtHMjCx/?lang=pt&format=pdf
https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/lacerda/KL18.pdf
https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/lacerda/KL18.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7475375/mod_resource/content/2/Exemplo%20-%20Relatorio%20Bem%20Elaborado%201.pdf
https://www.scielo.br/j/qn/a/hTR8VbLNqbFDPCKcgkfzJMb/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/qn/a/hTR8VbLNqbFDPCKcgkfzJMb/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/qn/a/hTR8VbLNqbFDPCKcgkfzJMb/?format=pdf&lang=pt
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http://paginapessoal.utfpr.edu.br/mdasilva/disciplinas/et75h/et75h/SinaisESistemas_Stelle.pdf
EAD.MULTIVIX.EDU.BR
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SAÚDE • EDUCAÇÃO • DIREITO • GESTÃO E NEGÓCIOS
	Contribuições à convolução de sinaisEstabilidade e Causalidade 
	Diferenças entre filtros analógicos e digitais 
	Jean-Baptiste Fourier (1768-1830)
	Sistema entrada-saída, gerado pela aplicação de uma força F a um corpo de massa m, gerando uma aceleração a
	Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) e Isaac Newton (1643-1727)
	Representação de um sinal no domínio do tempo
	Sistema
	Michael Faraday (1791-1867) e John Frederic Daniell (1790-1845)
	Categorização de sinais estacionários
	Representação de um sinal contínuo
	Representação de um sinal no tempo discreto
	Representação de um sinal determinístico
	Representação de um sinal aleatório
	Invariância no tempo para sistemas discretos
	Linearidade para sistemas discretos.
	Representação de um sinal contínuo: existência para todo t
	Representação de um sinal discreto: existência para alguns t
	Sinal deslocado
	Sinal Escalonado
	Sinal discreto invertido
	 Leonhard Euler (1707-1783)
	Diagrama de blocos de um sistema
	Zenão de Cítio (333 a.C.-263 a.C.)
	Joseph-Louis Lagrange (Giuseppe Lodovico Lagrangia) (1736-1813) 
e Henri Poincaré (1854-1912)
	Utilização de equações diferenciais para a modelagem 
de sistemas
	Sistema massa-mola
	Função impulso
	Função degrau
	Análise de estabilidade
	Sinal discreto
	Exemplo de um sinal discreto gerado por recorrência
	Função impulso no tempo discreto
	Função degrau no tempo discreto.
	Equipamento de áudio
	Norbert Wiener (1894-1964)
	Definição de convolução
	Convolução entre dois sinais
	Propriedades da convolução
	Representação de edição de imagem
	Ondas sonoras
	Sistemas de comunicação
	Resposta de um sistema a uma entrada arbitrária
	Teorema da Convolução
	Resposta de um sistema nos domínios temporal e da frequência
	Processamento de sinais biomédicos
	Joseph Fourier (1768-1830)
	Sinais analógicos
	Relação entre sinais no tempo e na frequência.
	Exemplo de aplicação da transformada de Fourier
	Cálculos
	Associação entre o teorema da convolução e a transformada de Fourier
	Resposta em frequência
	Diagrama de Bode
	Frequência
	Amplificando frequências
	Controles de frequência
	Processamento de sinais digitais e telecomunicações
	Frequência de comunicação
	Amplitude do sinal
	Círculo unitário
	Comportamento espectral de sistemas
	Circuitos de computador
	Análise das exigências do sistema
	Etapas de análise
	Softwares especializados em engenharia
	Software
	Filtro de sinais
	Tipos de filtro
	Sinais em telecomunicações
	Passagem de frequências
	Torres de sistemas de comunicação
	Comunicação
	Processamento de sinais digitais
	Painel de controle de áudio
	Processamentos de sinais
	Ondas sonoras
	Apresentação da disciplina
	1 TEORIA DE SINAIS E SISTEMAS
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	1.1 INTRODUÇÃO À TEORIA DE SINAIS 
E SISTEMAS
	1.2 ANÁLISE DE SINAIS NO DOMÍNIO DO TEMPO
	2 SISTEMAS LIT CONTÍNUOS E DISCRETOS
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	2.1 SISTEMAS LIT CONTÍNUOS
	2.2 SISTEMAS LIT DISCRETOS
	3 CONVOLUÇÃO
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	3.1 CONCEITO DE CONVOLUÇÃO
	3.2 APLICAÇÕES DA CONVOLUÇÃO
	4 ESPECTRO DE SINAIS E RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	4.1 TRANSFORMADA DE FOURIER (TF)
	4.2 RESPOSTA EM FREQUÊNCIA DE SISTEMAS LIT
	5 ESTRUTURAS COMPUTACIONAIS PARA SISTEMAS DISCRETOS
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	5.1 EQUAÇÕES DE DIFERENÇA E A TRANSFORMADA Z (TZ)
	5.2 IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DISCRETOS
	6 TEORIA DE FILTROS
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	6.1 FUNDAMENTOS DE FILTROS
	6.2 PROJETO DE FILTROS EM SISTEMAS LIT DISCRETOS
	REFERÊNCIAS

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