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Direito Empresarial
Conceitos importantes
Direito mercantil / comercial/ empresarial: Versa sobre o começo do desenvolvimento, da preservação, recuperação e extinção de uma empresa, importando desta forma em um ramodo direito privado.
· 01) Conceitos essenciais:
· Empresa: Atividade econômica que visa a produção ou circulação de bens ou serviços
· Empresário: Pessoa que exerce a empresa (Art. 966 CC) . Aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para produção e circulação de bens ou de serviços.
· Sociedade:
· Simples: Ocorre para se exercer profissão de natureza intelectual, de natureza literária, artística ou cientifica.
· A Cooperativa é regristrada na Junta Comercial, mas é sempre SOCIEDADE SIMPLES.
· Empresária: Visa a produção ou circulação de bens ou serviços.
· Independente do seu objeto, considera-se empresária SOCIEDADE ANÔNIMA E COMANDITA POR AÇÕES.
· Contrato de interesses: Contrato pelo qual pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços para exercício da atv. Empresarial, a fim de se obter benesses a partir da partilha de resultados entre si.
· Pessoa jurídica: Sociedade que exerce a empresa a partir do registro de contrato (Art. 44, 45 e 985 CC)
· Capital social: Resultado da contribuição dos sócios.
o Sócio: Pessoa (jurídica ou física) parte do contrato de sociedade, representado nessa relação por suas quotas.
· Administrador: Pessoa física que representa a pessoa jurídica. Neste sentido, não se trata necessariamente de um sócio, pois, pode ser que haja uma relação em que o indivíduo receba uma remuneração por sua função.
· Gerente: Preposto permanente a quem são conferidos os poderes necessários para o desenvolvimento regular do objeto social da empresa, desta forma, entre o empresário e o gerente há solidariedade.
· Estabelecimento: Conjunto organizado de bens para exercício da empresa pelo empresário ou sociedade. Desta forma, se trata do conjunto de bens corpóreos e incorpóreos que compõe
o acervo da empresa, a fim de se alcançar, por meio destes, a finalidade produtiva e lucrativa da empresa, assim como servindo de garantia ao pagamento de obrigações. (Art. 1142 CC)
· Franquia: Licença de uso de marca para formação de novos estabelecimentos.
· Domínio: Estabelecimento virtual da empresa
· Firma / Razão social: O nome empresarial se formará pela utilização dos nomes pessoais do empreendedores, completos ou abreviados
· Tipo de nome empresarial: Nome do empresário individual ou social, é registrado
· Empresário individual: Se utiliza nome individual completo como firma, podendo adicionaradjetivo que o represente.
· Tem CNPJ para se equirapar a pessoa jurídica para fins fiscais.
· Não necessita ser registrada em CPJ,pois continua sendo pessoa fisica, entao deve estar registrada no Cartório de Pessoas Naturais.
· Empresário social: Se utiliza ao nome de apenas um dos sócios.
· Denominação: Tipo de nome empresarial, palavra ou expressão de uso popular ou fantasioso, é registrado. Desta forma, é caracterizada pela atividade desenvolvida pela empresa, isto é, seu objeto social.
· Nome empresarial: Identifica o empresário ou sociedade empresária.
· Marca: Identifica produto ou serviço. Se pode manifestar p.ex como propriedade industrial, desenho industrial e patente de invenção e modelo de utilidade.
· Título de estabelecimento: Nome de fantasia, identifica o estabelecimento, não é registrado.
· Pequenas empresas:
· Microempresa: Faturamento bruto anual de até R$360.000
· Empresa de pequeno porte: Faturamento bruto anual de até R$4.800.000
Princípios e Características
1°- Livre Iniciativa (1°,170 CF)
· Princípio geral da atividade econômica.
· Liberdade de empresa e de contrato.
2°- Livre Concorrência (170 CF)
· Assegura os particulares todos os meios lícitos de copulação(contratação) e capitação de clientela.
3°- Proteção da pequena empresa
· Microempresa (360.000 faturamento) e Empresa de pequeno porte (4.800.000 faturamento).
· Arts.983 e 982
· Empresa Individual, Pessoa Física , Sociedade Empresária e Sociedade Simples.
· Arts.170 e 179(CF)
· Benefício para a pequena empresa se desenvolver.
· LC 123/06
4°- Função social da empresa
· Decorre da função social da propriedade.
· Estabelece a necessidade de cumprimento da lei e atendimento aos anseios dos empregados, colaboradores, a comunidade e dos sócios minoritários.
· Lei das Sociedades por Ações (L 6404/76, arts.154, 216 paragrafo único. 5°- Limitação de Responsabilidade dos Sócios
· Sociedades empresárias (Limitada e Anônima)
· Estimula a atividade econômica.
· Só se pode cobrar da sociedade.
· A responsabilidade da empresa com credor é ilimitada, mas a dos sócios é limitada.
6°- Sigilo dos livros
· Impede que as pessoas tenham acesso aos livros e documentos do empresário.
7° Par condicio creditorum
· Exigam que os credores sejam tratados com igualdade na medida de que se igualam.
· Credores: T,GR,F,Q,M,S- Trabalhista, Garantia Real, Fiscal, Quirografado, Multa e Subordinados (art.83, Lei 11.101/05)
· Falência.
8° Inopobilidade das Exceções (defesa) pessoais frente ao 3° de boa-fé
· Título de crédito.
· Impede a apresentação de defesa pessoal contra 3° com qual não se teve relação direta (devedor-terceiro).
· Toda assinatura é uma obrigação.
· Proteção do sócio minoritário.
CARACTERÍSTICAS
A) Cosmopolitismo
· Tendência a internalização.
· Lei 7357/85 – Lei do Cheque
· Convenção de Genebra
b) Solidariedade- deve ser expressa.
· Decorre da lei ou da vontade das partes;
· Sócio responde por obrigação do outro;
c) Dinamicidade: simplicidade nas formas, não há mita solenidade.
 
d) Previsibilidade: segurança jurídica. As partes devem saber o que está sendo negociado e ter certeza que não vai ocorrer mudanças nesses período, sem o seu conhecimento.
· Novo quorúm de mudança no contrato social: sócios que representem mais de 50% das cotas;
· Não há direito adquirido no direito societário: se a lei mudou, ela passa a ser aplicada nos contratos firmados antes da mudança também.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Pré- história:
· Previsão do Código de Hamurabi
· Lex Rodhia de Jactus
· Nauticum Foenus
→até o século XI -história do comércio
- normas espaças
- direito mercantil marítimo
Lex Rodhia de Jactus: Código de 1850
- o prejuízo deve ser distribuido com todos os comerciantes que estão tendo suas mercadorias transportadas (no mar).
- o comerciante prejudicado recebia um valor pelo prejuízo. 
Art.764
-a parte marítima está em vigor até hoje.
Nauticum Foenus: misto de multo(empréstimo de dinheiro) e seguro.
· Origem do atual contrato de seguro.
· Definia que um comerciante poderia pegar um dinheiro emprestado com outro comerciante para transportar mercadoria.
· Se não chegar a mercadoria ele fica com o dinheiro (devedor)
· Se chegar- devolve o dinheiro
História Propriamente Dita
Subjetivista:
- a partir do séc. XI
- corporação de comerciantes: tinham seu próprio estatuto, em caso de conflito; usos e costumes mercantis- era obrigatório matrícula na corporação
· Norma veio depois.
· Princípio do sigilo dos livros (séc.XI) e a maioria dos institutos mercantis
· Concordata- recuperação de empresa
· Comerciante- precisa estar matriculado(obrigatório) + fazer do comércio sua profissão (exercício da atividade comercial como habitualidade)
· Comércio- comprar para revender.
· Direito mercantil- era a serviço do comerciante.
Fase Objetivista:
· Teoria dos Atos de Comércio: protege agora quem pratica atos de comércio com habitualidade
· Não era mais preciso a matrícula
· Extinta as corporações
· Criados os Tribunais de comércio: são extintos e se tornam as Juntas Comerciais
· Código Comercial Francês (1807- 1808)
Fase da Empresarialidade (atual)
· Teoria da empresa (Código Civil Italiano de 1942)
· No Brasil:
-Legislação portuguesa (fase subjetivista)
-Código Comercial de 1850 (fase objetivista): ele não elencava os atos de comércio, mas estes atos foram aplicados no Brasil. A doutrina, discute que nesse caso ele não seria objetivista
-Para ter benefício precisa estar matrículado e devia fazer da mercanciaatividade habitual: corncordata (prazo e desconto)
-Prazo prescricional menor
-Regulamento 737 (1850) - art.19- determinadava que a mercancia era a atividade de banco, seguro, armação e expedição de navios, revender no grosso e de uma vez, além da Industrial que também seria comerciante.
-CC/02 : Positivou a Teoria da Empresa (art.966)
Fábio Olhoa Coelho “é a nova forma de regulação da atividade econômica dos particulares”, com a caracterização do empresário e da sociedade empresária.
 
· Revogou parcialmente o Código Comercial de 1850, permanecendo em vigor apenas a parte marítima.
· Código de 16 não cuidava de direito mercantil, empresarial.
· CC/02 ficou claro que o mais importante é a atividade, não a pessoa.
· Não existe mais juridicamente a figura comercial
· Na regulação anterior: prestação de serviços, atividade imobiliária e atividade rural não eram consideradas como atividades empresárias.
· Unificou a teoria das Obrigações e dos Contratos
EXERCÍCIO DA EMPRESA
· Paronama Constitucional (art.173)
-art.170- versa sobre a liberdade entre os particulares.
· Código Civil (art.972) :exige o Pleno gozo da sua capacidade civil (+ de 18 anos e emancipados) e não impedimento legal.
Impedimentos:
· Agente Público: não pode ser empresário individual, nem administrador.
Este só pode ser sócio, se a responsabilidade for limitada.
-Responsabilidade Limitada: não há risco de crime falimentar e nem responsabilidade; 
-não pode ser sócio de SNC (Sociedade em Nome Coletivo), uma vez que os sócios desta respondem ilimitadamente.
-Só pode ser sócio comanditário
Comanditado: administrador e tem responsabilidade ilimitada.
Comanditário´responsabilidade limitada.
· Agente Legislativo: podem ser empresários, administrador e sócio; não há impedimento em regra.
- não pode tratar de favor com ente legislativo, de natureza contratual (art.54 CF)
Prefeito: pode, desde que não trate de assunto com ente vinculado (consequência: perda de mandato)
· Militar: mesmas regras do agente público. Contudo, é considerado crime, enquanto para os outros agentes apenas se perde o mandato.
· Leiloeiro: quem faz leilão, entre outros. São agentes auxiliares, matriculados na Junta Comercial.
-Empresário de classe especial.
-exerce atividade pública, mas não é agente público
-não pode ser nem sócio de responsabilidade limitada, se aplica também ao corretor de seguros.
· Falido não reabilitado: quando tem sentença declatória de falência.
-Após 5 anos da extinção da sentença que exitingue a insolvência civil: pode se pedir a reabilitação ( no caso de pessoa não empresária).
-3 anos no caso de falência: a contar a partir do fim da sentença de decretação.
-Se todos forem pagos: pode ser reabilitado antes desse prazo. Deve- se pagar + 25% dos quirografários.
-Falência de sociedade limitada:os sócios não ficam impedidos de exercer atividade empresarial.
-Sociedade ilimitada falida = sócios falidos.
· Estrangeiro com visto provisório: está impedido de exercer atividade empresarial.
· ATENÇÃO: 
-Analfabeto pode e administra por procuração de instrumento público.
-A Junta não investiga impedimentos, mas ao se matricular assina-se declaração de não impedimento.
Autorização do incapaz
Art.974 cc “Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.”
REQUISITOS PARA QUE O INCAPAZ SEJA SÓCIO: Responsabilidade Limitada, ser representado ou assistido, não ser administrador.
 -Situações em que o incapaz pode dar continuidade à empresa : incapacidade superviniente; herança recebida por incapaz (nos casos em que é autorizado pelo juiz.
-Alvará é um documento de autorização, este pode ser revogado a qualquer tempo.
-Incapaz não pode participar de sociedade ilimitada e solidária:pelas obrigações sociais e não pode exercer funções de administração de sociedade alguma.
-não há limitação de responsabilidade: pessoa física forma um conjunto de bens uno. CNPJ – primeiro responde com os bens no exercício do comércio, se não houver, os bens pessoais.
-Se o representante do incapaz for impedido: o juiz nomeia gerente.Este também é nomeado se houver risco da nomeação do representante.
§3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; (pagas todas as cotas por todos os sócios em seus determinados valores). Assim a responsabilidade será limitada. Portanto, o incapaz não fará parte de SNC mesmo que seja integralizada, em razão da responsabilidade dos sócios ser ilimitada.
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. 
Caracterização do Empresário e da Sociedade Empresária
Arts.966 e 982 Requisitos:
-Atividade econômica: aquela que gera riqueza e permite a distribuição dessa riqueza. O lucro não é um traço distintivo para o empresário e o não empresário.
-Produção e circulação de bens(comprar para revender) e serviços
-Profissionalismo: desde da fase subjetivista, é a habitualidade, a finalidade de atender as necessidades do mercado.
-Organização: é a articulação(uso) dos fatores de produção, mas aqueles necessários para a necessidade do mercado.
Tecnologia: é outro fator de produção, mas tem um alto grau de subjetividade. Camelô- mercador que vende nas ruas ou calçadas.
· Se tem um registro na Prefeitura é empresário, caso o contrário não é.
· Não paga imposto
Despachante- preenche todos os requisitos. Não são abordados pelos doutrinadores. Ainda que irregular ,a sociedade empresária responde por crime falimentar.
Thalis – diz que a organização é um falso requisito para caracterização do empresário. Não é um pensamento dominante dentro da doutrina.
Exclusões: parágrafo único : art.966
Registro Público de Empresas
DREI- órgão federal que cuida da organização das Juntas Comerciais. Instrução do DREI- 81/2020
Lei 11.598/07- Se aplica a sociedades simples também, pois se aplica ao Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas, criou a REDESIM.
· REDESIM- rede nacional para simplificação do registro e legalização de empresas e negócios.
· Ela unificou o processo de registro na Junta Comercial. Lei 14.195/21- restrita ao direito mercantil
SINREM- Sistema Nacional do Registro de Empresas Mercantis.
· Previsto na Lei 8934/94
· Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DREI) é o órgão federal, que coordena, fiscaliza, disciplina e regulamenta as Juntas Comerciais e suas atividades.
· É o órgão máximo para o SINREM.
· Não tem em regra função executiva no registro de empresas
· Entretanto, autorização de empresa estrangeira é feita no DREI, isto é uma função executiva.
A Junta é um órgão estadual que exerce uma função de interesse federal e realiza as funções de arquivamento, autenticação, matrícula e assentamento (atos de registro praticado pela Junta Comercial).
· Arquivamento- Ato de registro relativo a pessoa física do empresário ou da sociedade empresária. (Começa, altera ou extingue o registro).
· Autenticação- Ato de registro relativo aos livros empresariais, consistente na aposição no termo de abertura e no termo de encerramento do livro.
· Matrícula- Ato de registro relativo aos leiloeiros, tradutores públicos juramentados, interpretes comerciais, administradores de armazéns gerais e aos trapicheiros (trapiche é um armazém de depósito a beira d’água)
· Assentamento- Ato de registro relativo aos usos e costumes
Cheque visado- é um cheque no qual o gerente do banco dá um visto de ciência no qual ele reconhece que já foi retirado o dinheiro na conta do cliente para realizar o negócio.
-Se devolvido, é ajuizado ação indenizatória contra o banco.
-É o único uso e costume assentado em Junta Comercial.
-Cheque visado foi substituídopelo cheque administrativo, que é emitido pelo próprio banco. Se devolvido, este pode ajuizar ação de execução.
Sistema Híbrido de Subordinação Hierárquica- as Juntas respondem ao DREI, contudo, se tratando de questões administrativas, estas respondem ao ente estadual.
Procedimentos envolvendo a Junta Comercial
Procedimento- é um conjunto coordenado de atos.
· Administrativo-Fora da justiça
-Pedido de Reconsideração (Junta Comercial)
-Recurso ao Plenário(Junta Comercial)
-Recurso ao DREI.
· Judicial-Processo judicial
- Justiça Federal : Mandado de Segurança( matéria técnica)
-Justiça Estadual: Mandado de Segurança (matéria administrativa)
-Vara de Fazenda Pública Empresarial
-Ação anulatória de alteração contratual- Vara civil, no qual a Junta Comercial não atua no polo passivo, visto que não é de interesse dela.
-Pode ser na Vara de Fazenda ,desde que seja uma ação contra a Junta.
-Posso entrar com recurso ao DREI, no caso de nome empresarial semelhante.
-Posso também ajuizar ação de obrigação de não fazer, a fim de obrigar a outra empresa a se abster de usar o nome semelhante. Ação indenizatória pode ser movida conjuntamente.
Prazo para o arquivamento: 30 dias.
-O documento assinado produz efeitos para os signatários no momento da assinatura, e os efeitos perante terceiros se observado o prazo de 30 dias(ex tunc), com efeitos retroativos, se não observado o prazo este produz após o registro na junta comercial(ex nunc).
Obrigações Empresariais
· Registrar na Junta
· Levantar balanços:
-Patrimonial
-Resultados econômicos: DRE- Demonstrativo de Resultado Econômico, é um documento tributário que apresenta a mesma função do Balanço de Resultados Econômicos.
· Escriturar os livros: Fazer o lançamento das atividades empresariais.
Art 1190 cc- Princípio do sigilo dos livros.
Os livros se dividem em:
Obrigatórios: A não escrituração implica uma penalidade.
-Comum: Diário ou Balancetes diários e balanços
-Especiais: Dependem das circunstâncias.
Facultativos: Não implica nenhuma sanção ou prejuízo, na falta de escrituração.
Ex: Borrador: rascunho do diário
Conta corrente- registro de vendas de um cliente. Livro Caixa- Registro de entrada e saída de dinheiro.
Livros empresariais: são obrigatórios por força do direito mercantil Livros do empresário: são obrigatórios por força de outros ramos do direito.
Requisitos de Regularidade:
· Extrínsecos: aposição do termo de abertura e encerramento.
· Intrínsecos: observância da técnica contábil da escrituração
Em Português e moeda corrente de Real, em ordem cronológica.
Princípio dos Sigilos: art.1190 cc e
art.1193- o fiscal ou auditor da receita federal pode ter acesso ao seu livro. Não se aplica a autoridades fiscais e fazendárias.
Exibição judicial dos livros:
· Parcial: em regra.
Se requere a Perícia Contábil e a extração de súmula.
-livros devem estar em conformidade com os requisitos para que se prove a favor do títular
-O livro pode provar contra ou a favor do seu titular.
· Total: casos expressamente previstos em lei: sucessão, sociedade, gestão na conta de outrem, comunhão de interesses e falência. (art.1191)
A exibição deve ocorrer na sede da sociedade empresarial Exceção:
Sócio devedor de alimentos: em regra, é exposto apenas a parcialidade dos livros, pois os casos de totalidade estão expressos em lei, contudo os juízes tem autorizado a integralidade(total).
MEI- esta dispensado de escriturar os livros empresariais. MEI é a empresa que tem um faturamento anual de ate 81.000 reais.
· LC 123/2006, arts. 68 e 18-A.
Empresas de Grande Porte- escriturar de acordo com a Lei 11.638/07 e olhar os requisitos de Fundações e Sociedades anônimas. São empresas que tem um faturamento de até 240 milhões de reais.
Penalidades:
Crime falimentar- quem não está registrado na Junta não pode recorrer a recuperação de empresas
Dificuldade de acesso ao crédito Não pode participar de licitação
Prepostos- arts. 1169 e seguintes
Espécies:
· Obrigatório: Contabilista (contador e técnico de contabilidade)
-Inscritos do Conselho Regional de Contabilidade.
-MEI não tem obrigação de escriturar os livros empresariais.
· Facultativos: Todos os outros prepostos, inclusive o gerente, mesmo que este seja um preposto permanente.
Responsabilidade Civil: Só respondem pelos atos praticados pelo preposto no local ou em atividade que envolva a empresa.
· Local + atividade = preponente (empresário/chefe)
· Responsabilidade Solidária = quando se tratar de ato doloso praticado pelo preposto.
-É responsabilizado tanto o preposto quanto o preponente.
-Pode ajuizar ação apenas contra um, se for da escolha do requerente.
-Quando a ação do preposto tem dolo, este responde pelo perante ao preponente.
-Por culpa, só responde o preposto.
· Responsabilidade subjetiva: é a regra. Depende de prova, dolo ou culpa.
· Responsabilidade objetiva(exceção): se o preposto se faz substituir pelo exercício da profissão. Só é necessário provar que ocorreu o ato. Violou o art. 1169 cc.
;-O preposto é proibido de fazer concorrência com empresário preponente. (responsabilidade civil + responsabilidade criminal por concorrência desleal).
-O preponente pode reter o lucro que o preposto teve com a concorrência até obter o valor devido.
-Pode reter salário? Em algum casos o empregador esta autorizado a reter parte do salário, estes casos estão expressos na CLT.
- O empresário preponente pode reter do preposto na sua integralidade desde que este não seja empregado.
Estabelecimento Empresarial
Um complexo corpóreos e incorpóreos de bens organizados pelo empresário ou pela sociedade empresária para o exercício da atividade.
Aviamento- é a medida do valor do estabelecimento empresarial.
-A capacidade do estabelecimento comercial de produzir lucros.
Sinônimos de estabelecimento: Fundo de comércio, Azienda, Good Will for Trade.
Espécies :
· Principal- sede: é o centro vital das atividades empresariais (STJ), geralmente é onde estão os bens de maior valor econômico, contudo, a jurisprudência tem decido pelo local da administração e da contabilidade.
· Secundário- filiais, sucursais, agências, postos de atendimento – a distinção não tem relevância jurídica
Estabelecimento Empresarial
Contratos
· Eficácia ou produção de efeitos durante terceiros: Averbação + Publicação na imprensa oficial;
· Se estes não forem registrados e nem publicados tem efeitos entre partes, mas não entre terceiros.
· Contrato de alienação e aquisição , cessão(onerosa) do estabelecimento empresarial, Trespasse.
· Alienante ou cedente, adquirente ou cessionário, trespassante e trespassatário;
· Se o contrato for de trespasse e o alienante não tiver bens suficientes, ele precisa da concordância(anuência) dos credores. É uma anuência expressa.
· Concordância tácita: é a notificação dos credores, no qual nenhum deles se opôs em até 30 dias, nesse caso, conclui-se que eles concordaram.
Notificação judicial ou cartorária(títulos e documentos de PJ).
· No caso de credor domiciliado em outra cidade: deve se ir ao cartório da cidade do domicilio.
· No caso de domicílio no exterior: é feita judicialmente.
· Não anuência como necessária: é permitido que se decrete a falência do devedor(alienante) -Lei 11.101/05, art.94 III;
-é decretado também a ineficácia do contrato.
Se o adquirente for de boa fé, este recebe primeiro que os prepostos trabalhistas.
Tudo que é débito do alienante se torna do adquirente desde que estes sejam regularmente escriturados.
· Corre prescrição após um ano, no caso de débito vencido, após o vencimento.
-Não escriturados: em regra não se responde, devido o princípio da legalidade. Pois a solidariedade não presume, decorre de lei ou da vontade das partes.
-se é feito um acordo entre as partes, o adquirente pode responder pelos não escriturados.
· Débito trabalhista(10,448 e 448-A clt), tributário(art.133 ctn) ou decorrente de dano causado ao meio ambiente: adquirente tem que pagar mesmo que este não seja escriturado. Vai continuar respondendo após um ano, pois não se aplica o caso de prescrição. Responsabilidade por sucessão.-Trabalhista: 448-A: Se comprovada fraude na sucessão quem se responsabiliza é o alienante. O adquirente só deve pagar débitos trabalhistas se o alienante não puder pagar (Eduardo Calion-doutrina)
-Due Diligence: é uma investigação extrajudicial para apurar possíveis irregularidades do estabelecimento, uma vez que o adquirente pode responder por todos estes débitos.
-Tributário: adquirente responde pelos débitos do alienante, mas a responsabilidade deste será subsidiária caso o alienante volte ate 6 meses ou continue exercendo atividade empresarial.
-Ambiental: propter rem: débito ambiental acompanha o bem, nesse caso, o adquirente responde ( Súmula 623 STJ )
-Créditos do alienante: quem deve o alienante, passa para o adquirente. Se uma pessoa de boa-fé provar que ela pagou assim o alienante, ela fica livre de pagar o adquirente.
-Contrato de locação: trespasse- o adquirente não se subrroga na posição de locatário, salvo se houver concordância da locadora. ( Lei 8245/91, art.13 )
No caso de MEI : estes estão dispensados da publicação de atos societários. Entendimento de um Enunciado de Jornada...
-Posso me reestabelecer em outra atividade e em outro local que não ocorra concorrência.
-No caso de estabelecimento virtual não é permitido se reestabelecer, uma vez que esse é vendido para o Brasil todo.
-O limite temporal é de 5 anos.
*Enunciados de jornada de estudos do Direito Civil, empresarial...
MERCANTIL 2° PARTE DA MATÉRIA
Estabelecimento Empresarial – bem incorporéo
· Proteção ao Ponto: Ação Renovatória
Imovél alugado- alienação ocorre por ação renovotária
Locatário tem direito a renovação do contrato de locação,desde que preencha certos requisitos(art.51 da Lei 8245/91):
-Contrato escrito por prazo determinado (vencido o prazo,já vigora por prazo indeterminado e não tem direito a renovação)
-Exercida atividade empresarial no imóvel- caso de pessoa física (mas, se o locatário for pessoa jurídica,pode ser atividade não empresarial).
-Contrato escrito que seja de pelo menos de 5 anos,ou que a soma dos prazos dos contratos seja de pelo menos 5 anos.
-Nos últimos 3 anos exerce a mesma atividade no imóvel(mesm que seja uma atividade mais ampla da exercida ou mais restritiva)
-Seja ajuizado ação revovatória no prazo dos 6 primeiros meses do último ano de vigência do contrato.(decadencial: 1 ano máximo e 6 meses no mínimo)
Prazo de 5 anos decorre de um acordo de partes entre locador e locatário, mesmo que esse seja PJ.
Renovação: vai ser sempre o prazo do último contrato.
Proprietário pode alegar exceções de retomada para não voltar a alugar o estabelecimento: 
- Insuficiência da proposta do locatário para o aluguel.(Juiz determina a realização de uma perícia para saber se realmente o valor é insuficiente,a pedido do locador).
-Realização de obras determinadas pela administração pública (importe radical transformação do imóvel).
-Realização de obras que aumente o valor do imóvel ou do negócio;
- Uso próprio ou transferência para o imóvel em estabelecimento existente a mais de 1 anos de sociedade(empresária ou simples) que o locador,ascendente,descendente ou cônjuge seja sócio majoritário. 
(não pode exercer a mesma atividade do locatário EM REGRA,mas se eu ja exercia a atividade anteriormente pode é o caso de locação gerência: quando se aluga o imóvel e os bens) 
-Proposta melhor de terceiros.
· 3 casos que se recebe imóvel,mas é cabível indenização:
indenização abarca lucros cessantes e despesas para transferir o estabelecimento.
-proposta melhor de terceiros
-quando existe o retomante insincero (se ele não der a destinação alegada no prazo de 3 meses );
-Se a transferir ou fizer uso próprio a mesma atividade do locatário.
· Não pagamento de aluguel também pode ser alegado,mas não é matéria específica como dos itens anteriores.
Luvas: valor pago pelo locatário ao proprietário a fim de conseguir um contrato de locação ou a sua renovação.(não é o aluguel) Permitido apenas no primeiro contrato ou novo contrato.
-não é admissível o pagamento de luvas para o contrato de renovação de imóvel.(impor obrigação pecuniária na renovação é uma cláusula nula).
 SHOPPING CENTER:é um complexo de estabelecimentos empresariais integrado por estabelecimentos empresariais menores.
-empreeendedor locador e lojista locatário – contrato de locação (relação jurídica) em regra.
Ibituruna shopping center tem particularidades: alguns espaços ou lojas foram alienadas. Nesse caso, existem lojistas que são proprietários das lojas.
Art.54 da Lei 8245/91: nas relações relativas em shopping center prevaleceram o que for livremente pactuado entre locador e locatário.
Res sperata: locatário paga um valor fixo (aluguel) e um valor variável (ex 3% do faturamento mensal do locatário). De acordo com o pactuado.
É comum nos casos de certo faturamento inferior,que o locatário fique liberado de pagar o valor variável.
-Uso próprio ou transferência não se aplica a shopping center.
-Ação de despejo: locador que deseja retirar o lojista locatário que venceu o prazo contratual ou não pagou res sperata
-Ação revisional: para rever o aluguel
Em relação locatícia ou em shopping center não se aplica o Código de Defesa do Consumidor.
A parte estrutural do imóvel não pode ser cobrada do locatário,mas pode pagar um condomínio por exemplo.
-se uma parte não cumpre suas obrigações,esta não pode exigir as obrigações da outra parte.
-Ifood: não é shopping center, uma vez que não tem espaço físico
FRANQUIA: Lei 13.966/19
É um contrato misto(prestação de serviços e licença do uso da propriedade intelectual) e atipico(apesar de ter uma lei que tipifica,não estabelece as obrigações do franquiador e do franquiado), de licença de uso de propriedade intelectual e de prestação de serviços de organização empresarial. 
Franquiador-proprietário de uma marca,patente,etc.SEMPRE EMPRESÁRIO.
Franquiado- pessoa qualquer, outro empresário que deseja ser proprietário de uma “sociedade” ou estabelecimento existinte.Pode ser empresário ou não.
· Propriedade intelectual se divide em:
Autoral- software- prazeres da vida
Industrial- Patente do modelo de utilidade, registro de marca ou desenho industrial.
Locação do uso(alugar o uso)= licença de uso
Filial= mesmo dono
Franquia= donos diferentes; Cada um possui seu CNPJ.
· Franquiador e franquiado são pessoas jurídicas diferentes. Pode ser empresário individual, pessoa física (se houver limitação da responsabilidade);
· Tem uma relação hierárquica entre franquiador e franquiado, uma vez que é possível recindir o contrato a qualquer momento.
· A lei de Franquias tranta das obrigações antes de firmar o contrato. 
· O franquiador deve entregar ao pretenso franquiado uma circular de oferta de franquia(COF),10 dias antes de firmar qualquer contrato ou pré contrato.
· Circular de oferta de franquia- dossiê ou conjunto de documentos, isto inclui um processo judicial.
· Deve incluir:
- a minuta do contrato de franquia (projeto de contrato): marcas maiores não aceitam mudanças nas cláusulas devido a grande procura para ser franquiado, contudo marcas menores se mostram mais maleáveis.Pode ser indicado propriedade intelectual de terceiro e o franquiado deve pagar os custos.
 Claúsulas ambiguas ou contraditórias são interpretadas a favor do franquiado.
-Prova da situação jurídica da propriedade intelectual:certificado de propriedade da marca pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Na COF deixa-se claro o que ele esta permitindo licenciar o uso. O pedido de registro de franquia também deve ser incluído.
-Relação dos franquiados que se desvincularam da rede de franquias nos últimos 24 meses.( deve conter nome completo,telefone e endereço).
· Contrato de franquia- contrato de adesão.Registrado no INPJ pode se opor o contrato a terceiros(deixar claro que vc tem licença do uso) ou o envio de royaties para o exterior (tudo que se pagou de investimento pela licença do uso quando o fanquiador está no exterior),mas para ser válido e eficaz não precisa ser registrado.
· No caso de informação falsa ou omisssão de nome deex-franquiado:crime de falsidade ideológica.
· Não observado o prazo de 10 dias ou informações falsas:implica a nulidade relativa do contrato.
· No caso de omissão de informações, mesmo assinado o contrato de franquia: o franquiado pode pedir a nulidade do contrato, sendo o franquiador responsável pelo ressarcimento de tudo que o franquiado investiu.
· Na relação de franquias não se aplica o Código de Defesa do Consumidor, uma vez que se presume que as partes estão em pé de igualdade e tudo o que for pactuado deve ser cumprido.
· Compromisso arbitral: se houver litígio vai ser resolvido por câmara arbitral. Pode se ajuizar um sentença de cumprimento da sentença arbitral(visto que essa é título de sentença judicial).O arbitro não precisa ser advogado. Resolve-se geralmente,na camara arbitral do franquiador. 
· Pode pedir limitar,antes da arbitragem
Comércio Eletrônico: Estabelecimento Empresarial Virtual
· Caracterização
Tratativas pre-contratuais e contratuais atraves do envio de dados a de forma eletrônica, em regra no ambiente da internet, sendo irrelevante a natureza do objeto do contrato .
· Tipos
- B2B: de empresário para empresário (regido em regra, pelo Código Civil)
-B2C: de empresário para consumidor (regido pelo Código do Consumidor-CDC) 
-C2C: de consumidor para consumidor (regido pelo CDC),mas se o empresário está utilizando a plataforma para vender (regido pelo CC)
· Direito de Arrependimento: art.49 do CDC
-Se tratar de uma relação entre empresários estes não podem se arrepender pela compra,visto que é uma relação regida pelo CC.
-Se aplica para telefone,catálogos,amostras e sites(ambientes de internet) no prazo de 7 dias.
· Lei 12.965/14 – Marco Legal da Internet: democratizou o acesso a internet.
· Lei 13.709/19- Lei Geral de Proteção de Dados
· Decreto 7962/13- Deve ser observados pelos empresários ao realizar vendas em sites e aplicativos. Normalmente não é seguido.
-Se ajuiza a ação no domicílio do réu.
Direito Societário
Celebram contrato de sociedade aqueles que se obrigam entre si a contribuir para o exercício de uma atividade econômica.
· Importância
Facilitar o exercício de atividade econômica. Permitir a união de pessoas para desenvolver atividades de maior envergadura econômica.
· Duplo sentido
É PJ e um contrato ao mesmo tempo. (art.981/ art.44)
· Contrato Plurilateral,Associativo ou Aberto
Os interesses devem ser convergentes,objetivando que a sociedade exerça sua atividade e lucre.
É plurilateral pela multiplicidade de sócios.
· Inicío da Personalidade Jurídica
Com o registro passa a ser PJ de direito privado.
- Passa a ter titularidade judicial (ser perte em um contrato), Capacidade patrimonial (registrar imóvel em nome daquela sociedade),Capacidade processual (pode ajuizar ação ou ser demandada).
-Sociedade que não tem nenhum contrato registrado ou seja,não tem personalidade jurídica,também pode pedir decretação de falência (art.105 da Lei11.101/05), deve ser provado a sociedade - exceção. 
· Tipos societários
SS: SSP, Soc. De Adv, Coop
SE: S/A, SCPA,SCS,SNC,Ltda.
Tipo societário: é o modelo legal de regência das relações entre os sócios,dos sócios e a sociedade(simples ou empresária),dos sócios com o administrador da sociedade, dos sócios com terceiros e entre todas essas pessoas.
-Previsto por lei.
Classificação
Regime jurídico:
· Especial: SE: S/A, SCPA,SCS,SNC,Ltda.
· Comum ou simples: SE: S/A, SCPA,SCS,SNC,Ltda.
Estrutura Econômica- considera-se o que está na lei,contudo pode ser alterada por previsão do contrato social.
· Pessoas: considera-se as qualidades pessoais dos sócios. Em caso de morte dos sócios,não se pode passar as cotas aos herdeiros. Apura-se o valor das cotas e repassa o valor aos herdeiros ou os sócios podem ficar com essas cotas também (art.1028). Resguarda-se aos sócios admitir se terceiro pode ser sócio ou não.
-Sociedades simples(pura, cooperativa ou sociedade de advogados),sociedade em nome coletivo.
· Capitais:por ações(anônima ou comandita por ações). O que importa é o dinheiro/capital.
· Híbridas: Ltda é um exemplo, comandita simples(mesmo que a doutrina coloque como de pessoas) Art. 1057 – é livre a cessão de cotas (capital), mas para ocorrer a cessão não pode ter oposição de sócio que possua mais de ¼ das ações (pessoas)
-o contrato social pode mudar a estrutura econômica da sociedade atráves de previsão expressa.
Quanto a responsabilidade do sócio
· Limitada:não pode cobrar dos sócios
- Ltda(é ilimitada perante terceiros) e sociedade por ações (S/A) 
· Ilimitada: SNC,SSP(pode ser também proporcional na participação do capital), soc.de adv 
-clientes que sofreu danos cobram uma responsabilidade solidária, uma vez que pode cobrar tanto da sociedade em si quanto do sócio que te prejudicou.
· Mista: Comandita sim e por ações (comanditado- ilimitada e comanditário- limitada)
-Cooperativa: o estatuto vai estabelecer se é limitada ou ilimitada.Mesmo sendo limitada, eu posso pagar pelo prejuízos (rateio de prejuízos), é proporcional ao uso(dos bens ou atráves) da cooperativa.
Quanto a nacionalidade
· Nacional(Brasileiras): de acordo com as normas do direito brasileiro e sede no nosso país.
Bi nacionais- se registrada no Brasil vai ser brasileira
· Estrangeiras: constituída de acordo com as normas de outro ordenamento e normas de outro país, não possui sede no Brasil e necessita de autorização do Governo Federal.
Quanto ao ato constitutivo:
· Contratuais:Tem nome de sócio.
-Todas as outras são contratuais.
· Estatutárias: Normalmente não tem nome de sócio, geralmente é encontrado no livro de ações nominativas , na cooperativa, no livro de matrícula dos cooperados) cooperativa e as sociedades por ações -anônima(S/A) e comandita por ações. 
Quanto a personificação:
· Personificadas: são as que tem personalidade jurídica. As simples e empresárias.
· Não personificadas: Sociedade em comum(arts.986-990) e Sociedade em conta de participação (arts.991 ao 996).
Sociedades não personificadas
Não são registradas no cartório de PJ e nem tem personlidade jurídica
· Sociedade em comum- arts. 986 ao 990
-Contrato verbal e consensual (não depende de forma para existir) no qual aos indíviduos dividem os lucros da sociedade.
-Aquela sociedade que tem contrato escrito,mas não se registrou também é regido pelas normas da sociedade em comum.
-Quando a sociedade teve personalidade jurídica,mas perdeu.
A responsabilidade é solidária e ilimitada entre os sócios.
O sócio que contrata pela sociedade não pode alegar o benefício de ordem (primeiro são penhorados os bens do sócio, posteriormente o da sociedade), quem não contrata pela sociedade pode alegar.
Nas relações entre si,somente por escrito prova-se sociedade, mas entre terceiros podem provar de qualquer forma.
Não pode haver enriquecimento sem causa do outro sócio.
As sociedades em comum que não tem personalidade jurídica são regidas supletivamente pelas normas das sociedades simples pura.
· Sociedade em conta de participação (arts. 991 a 996)
Não tem personalidade, mas é regular. Nela tem sócios de duas categorias: ostensivo e participante(oculto).
Ex:Proprietário de terreno que permite a construção do prédio e fica com 3 apartamentos( participante) e a pessoa que se propõe a pagar os serviços de construção do prédio (ostensivo)
Sócio ostensivo responde de forma ilimitada, e o participante limitada,salvo nas negociações que tem participação deste, nesse caso há também por parte dele responsabilidade ilimitada.
Sócio ostensivo não pode admitir outro sócio participante sem a concordância do sócio participante primário.
Há contrato social nessa sociedade: determina o que cada sócio tem direito sobre os lucros.
É regido pelas regras das sociedades simples pura
Falência do sócio ostensivo: leva a a extinção da sociedade em conta de participação
Falência do participante: não é extinta a sociedade. É aplicado as regras dos contratos bilaterais do falido.
Essas sociedades não tem nome empresarial e nem proteção reservado as empresárias.
Credor ao provar sociedade, o sócio participante não tem responsabilidade.
açãode dissolução total do sócio participante, bem como de prestação de contas: é aquela usada para extinguir a sociedade.
SPE(Sociedade de Propósito Específico)- não é tipo societário, normalmente é usado quando se contrai Sociedade em Conta de Participação. Não é vedado o uso de outro tipo societário para SPE.
Desde do 2001 toda Sociedade em conta de participação deve ser declarada para Receita Federal e pode ter inscrição no cartório de PJ, dessa forma, tem CNPJ e é equiparado a pessoa jurídica para fins fiscais, tributários. Não é pessoa jurídica.
SOCIEDADE EMPRESÁRIA PERSONIFICADAS E CONTRATINIS DE TIPO MENOR
SNC sociedade em nome coletivo- arts.1039 ao 1045
· Todos os sócios tem sociedade ilimitada e solidária.
· Nome empresarial: firma social- sobrenome de um dos sócios ou de todos os sócios.
· Não existe a indicação do tipo societário no fim do nome da sociedade.
SCS Sociedade em Comandita simples- arts 1046 ao 1051
· Comanditado: responsabilidade ilimitada e solidária.
-É esse sócio que administra a sociedade.
· Comanditário: responsabilidade limitada.
-Herdeiro tem direito de virar sócio.
· Só pode utilizar Firma social como nome empresarial e não pode indicar tipo societário.
· O nome utilizado é do sócio comanditário.
· Não pode faltar por mais de 180 dias uma das categoria de sócio. Se isto ocorrer por mais tempo, ela deve ser dissolvida.
· Na falta de sócio comanditado, deve nomer-se administrador provisório.
· Morte do sócio comanditado: apura-se o valor das cotas e paga-se aos herdeiros. (liquidação), salvo se o contrato sócio estiver dispositivo adverso, se os herdeiros fizerem acordo para entrar na sociedade e se os sócios quiserem dissolver a sociedade.(SNC, SSP e comanditado)
Sócio de indústria: Para Ricardo Negrão é incompatível com qualquer tipo societário. Aroldo Malheiros é compatível.
É compatível sócio de indústria, pois :é permitido que o sócio contribua com serviços(art.981), as regras de SSP permite que tenha sócio de insdústria(art.997) e por que não houve a proibição expressa pelo legislador(legalidade). (SSP, SNC,SCS)
-Sociedade Ltda. Foi proibido expressamente o sócio de indústria.A doutrina tabém entende que não cabe no S/A e SCPA. 
-Sócio pode ser empregado sim.
SOCIEDADE SIMPLES PURA- arts.997
-As normas de sociedade simples pura são usadas para elaborar contrato de qualquer sociedades, até mesmo as empresarias. Exceto, a das soceidades por ações (S/A e SCPA).
-São pouco utilizadas e aplicadas: se os bens da sociedade não são suficientes para pagar o credor, os bens dos sócios respondem.
-A simples pode se constituir como um dos tipos societários empresariais, desde que nãos seja aquelas que por regra são simples empresarias, isto é, S/A e SCPA.
-CONDUTO,as empresárias jamais podem ser tipo societário de simples,uma vez que para ser empresário necessita realizar função empresarial.
· Contrato social de SSP:
Elaboração: podem ser utilizadas as cláusulas do DREI padronizadas. 
	Título do contrato
Nomes dos contratantes -partes do contrato( nacionalidade,estado civil ,cpf, profissão e endereço,no caso de pessoa jurídica é a sede). 
Celebram contrato social de socidade... qualificar.
Pode ser colocado testemunhas pelas claúsulas que se seguem,
Cláusulas (obrigatórias art.997: nome da sociedade, se é por prazo determinado ou indeterminado, objeto social ou atividade,objeto social deve ser indicado CNA) , capital social (valor expresso em moeda corrente nacional) apresentando as cotas de cada sócio.
· Exercício social: apurar os resultados da sociedade, se esta deve lucro ou prejuízo. Art.175 das Leis de Sociedades por ações 6404/76 no final do exercício do ano fiscal.
· Só pessoa física administra sociedade.
· Não pode existir responsabilidade limitada na SSP. A responsabilidade é solidária.
· Quando ocorre a transferência sai do patrimônio do sócio e vai para a sociedade, não há cobrança de ITBI. Há uma imunidade.
· Cláusula Leonina: quando a cláusula diz que o sócio é proibido de participar dos lucros ou perdas.
· Inciso VIII deve ser lido como solidariamente caso tenha isso expresso no contrato.
· Exercício social: período para apurar os resultados da sociedade, seus lucros ou perdas. É necessário para que os sócios saibam o andamento de seus investimentos e para prevenir uma falência. Ocorre de 01 de janeiro a 31 de dezembro.
· Cláusulas obrigatórias- art. 997 
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato.
 
· Cláusulas facultavivas- art. 1085:
-Cláusula assegurando herdeiro como sócio.
-Previsão estabelecendo exclusão extrajudicial de sócio minoritário por justa causa em Ltda.
-Cláusula de reunião convocada por email, para que não seja necessário publicar em jornal oficial ou de grande circulação por 3 vezes.
-cláusula de como vai ser distribuído as cotas aos herdeiros do sócio que morreu,foi excluído ou se retirou de sociedade.
-cláusula de avaliação da atividade (define de que forma será avaliada a sociedade, pelo lucro dos 5 anos,por exemplo, ou pelo valor dos bens). 
-Cláusula de arbitragem:Caso de conflito entre os sócios, estabelecendo uma arbitragem, indicando câmara arbitral e arbitro
Como alterar cláusula 
Obrigatória de SSP: ter que ser por unanimidade. (se aplica em SCS e SNC)
Facultativas de SSP: maioria absoluta, mais da metade de capital social.
Ldta- seja obrigatória ou facultativa , mais da metade do capital social (maioria absoluta)

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