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RESUMOS P/ PERIODONTIA ANATOMIA DO LIGAMENTO PERIODONTAL A função do periodonto (tecidos de suporte dos dentes) é inserir o dente no tecido ósseo da mandíbula e da maxila e manter a integridade da superfície da mucosa mastigatória da cavidade oral. A mucosa oral é dividida em três zonas: - Mucosa mastigatória, formada pela gengiva e pelo revestimento do palato duro. - Mucosa especializada, que reveste o dorso da língua. - Mucosa de revestimento, formada pela parte restante da cavidade oral. O periodonto é dividido em duas partes principais: - Periodonto de proteção, formado pela gengiva livre e gengiva inserida. - Periodonto de sustentação, formado pelo osso alveolar, ligamento periodontal e cemento radicular. - Pontos importantes para o exame clínico periodontal: PERIODONTO DE PROTEÇÃO Gengiva: É componente da mucosa mastigatória e cobre parte do processo alveolar, circundando a parte cervical (gengival) dos dentes, limitando-se da mucosa alveolar (linha mucogengival) até a margem da gengiva livre. É subdividida em gengiva livra (ou marginal) e gengiva inserida (ou ceratinizada). Gengiva livre: Apresenta consistência firme, superfície opaca e coloração rósea. A ranhura gengival livre está presente em apenas 30-40% dos adultos. Ela é demarcada da gengiva inserida adjacente pelo sulco gengival livre, que mede aproximadamente 1mm de largura. Sulco gengival: Espaço raso que possui forma V, delimitado pela superfície dental de um lado e o epitélio de revestimento da gengiva marginal livre no outro. A sua profundidade é determinada pela introdução da sonda periodontal e a estimativa da distância que ela penetra. A profundidade de sondagem de um sulco gengival clínico normal em humanos é de 2 a 3mm. Gengiva inserida: Apresenta textura firme, coloração rósea e um pontilhado delicado, lembrando aspecto de casca de laranja. Ela é contínua com a gengiva marginal, sua largura geralmente é maior na região dos incisivos (3,5 a 4,5mm na maxila e 3,3 a 3,9mm na mandíbula) e mais estreita nos segmentos posteriores (1,9mm na maxila e 1,8mm nos primeiros pré-molares inferiores). Gengiva interdental. Epitélio gengival: Consiste em um revestimento contínuo de epitélio estratificado e é dividido em três áreas: Epitélio oral, epitélio sulcular oral e epitélio juncional. Suas células desempenham papel ativo na defesa inata do hospedeiro por responder às bactérias de maneira interativa, e acabam participando ativada na resposta à infecção, na sinalização de outras reações do hospedeiro e na integração das respostas imunes inata e adquirida. Função: proteger as estruturas profundas, enquanto permite o intercâmbio seletivo com o meio ambiente ora.; barreira mecânica, química, microbiana, contra água e funções de sinalização. Principais tipos celulares: Queratinócitos (produção de ceratina) e 10% de células claras, sendo os: melanócitos (sintetizam pigmentos), células de Langerhans (defesa da mucosa oral), células de Merkel (função sensorial) e células inflamatórias (neutrófilos, linfócitos e plasmócitos). Tecido conjuntivo: Seus principais componentes: - Fibras colágenas: compõem cerca de 60% do volume do TC. - Fibroblastos: compões cerca de 5%. - Vasos e nervos: compõem cerca de 35%, que estão integrados a uma substância fundamental amorfa (matriz). O tecido conjuntivo da gengiva é conhecido como LÂMINA PRÓPRIA. Possui uma camada papilar (subjacente ao epitélio) que consiste em projeções papilares entre as cristas epiteliais, e uma camada reticular contínua com o periósteo do osso alveolar. Principais tipos celulares: fibroblastos, mastócitos e macrófagos (protegem o tecido contra alguma invasão bacteriana), e células inflamatórias (neutrófilos, linfócitos e plasmócitos). Fibras gengivais: Sistema proeminente de feixes de fibras colágenas do tecido conjuntivo. Funções: unir firmemente a gengiva marginal contra o dente, promover rigidez necessária para resistir às forças da mastigação sem serem defletidas da superfície dental e unir a gengiva marginal livre ao cemento radicular e à gengiva inserida adjacente. São organizadas em três grupos: gengivodental, circular e transseptal. - Fibras gengivodentais: PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO Mucosa alveolar: Não é ceratinizada, possui coloração mais avermelhada devido a proximidade dos vasos sanguíneos com a superfície. É frouxa em relaxação a gengiva e mais sensível. Ligamento periodontal: É o tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e celular. Este circunda as raízes dos dentes e une o cemento radicular ao osso alveolar propriamente dito. Funções: ancoragem dos dentes, distribuição e absorção da força produzidas pela mastigação para o osso alveolar e mobilidade dentária Principais tipos celulares: Fibroblastos (renovação do colágeno), osteoblastos (revestem a superfície óssea), osteoclastos (associados com a reabsorção do osso), cementoblastos (revestem a superfície do cemento), fibras nervosas e células epiteliais. Pode ser visto radiograficamente e quando há um espessamento do LP (visível na radiografia) significa inflamação periodontal ou excesso de força oclusal. Fibras da crista alveolar: Unem o cemento, abaixo da junção cemento-esmalte, dirige-se para baixo, inserindo- se na crista alveolar. Funções: retenção do dente no alvéolo, oposição de forças laterais e proteção das estruturas profundas do ligamento. - Fibras horizontais: se ligam ao cemento em um ângulo reto abaixo da crista óssea e sua função é fazer a contenção do movimento lateral dos dentes. - Fibras oblíquas: representam a maior parte dos grupos de fibras do LP e partem obliquamente do cemento até o osso alveolar. Sua função é dar resistência às forças axiais diretas. - Fibras apicais: ficam em direção a parte apical do cemento e sua função é dar resistência às forças de luxação e proteção do feixe vásculo-nervoso. Cemento radicular: Tecido calcificado especializado que recobre as superfícies radiculares dos dentes. Não contém vasos sanguíneos, linfáticos ou inervação. Composto 65% de hidroxiapatita. Não apresentam remodelação fisiológica, mas tem uma formação contínua ao longo da vida. Funções: insere as fibras do LP na raiz e contribui para o processo de reparo após danos na superfície radicular. Tipos de cemento: acelular e celular. - Cemento acelular: cemento primário ou acelular, que se forma em conjunção à formação da raiz e da erupção dental. - Cemento celular: cemento secundário ou celular, que se forma após o dente entrar em oclusão e em resposta às demandas funcionais, entretanto áreas com cemento acelular ou celular podem se alternar na superfície da raiz. Osso alveolar: O processo alveolar é definido como as partes da maxila e da mandíbula que formam e dão suporte aos alvéolos dos dentes. Este se desenvolve em associação com o desenvolvimento e a erupção dos dentes. Em junção com o cemento radicular e o LP, distribuem e absorvem as forças geradas. O osso compacto que reveste o alvéolo é perfurado por numerosos canais de Volkmann e vasos sanguíneo, linfáticos e fibras nervosas passam do osso alveolar para o LP. 65% de hidroxiapatita. Principais tipos celulares: Osteoblastos (formadores de osso), osteoclastos (reabsorção do osso) e osteócitos (células maduras derivadas dos osteoblastos, residentes em lacunas da matriz óssea). Maxila: o osso é mais espesso do lado palatino e vestibular na região de molares e mais delgado na região vestibular anterior. As paredes dos alvéolos são revestidas por osso compacto e as paredes de ossos compacto são preenchidas por osso esponjoso. Mandíbula: tábua óssea cortical das faces vestibular dos dentes incisivos e pré-molares é mais delgada do que naface lingual. O osso é mais espesso na superfície vestibular do que na lingual em região de molares. FATORES DE RISCO DA DOENÇA PERIODONTAL A doença periodontal envolve a destruição dos tecidos de suporte dos dentes, por meio de interação entre bactérias e hospedeiro. Diagnosticas e prevenir essa doença é função do cirurgião-dentista. A periodontite é responsável por 70% das perdas dentárias e é uma doença multifatorial, não age sozinha. O tratamento periodontal é uma via de mão dupla, não podemos agir sem a colaboração do paciente em realizar uma higienização correta e adequada. Uma gengiva saudável se apresenta clinicamente com cor rosa pálida, superfície fosca e pontilhada, consistência firme, resiliente e margem fina. Já uma gengiva inflamada se apresenta clinicamente com vermelhidão, inchaço e sangramentos. Os fatores de risco (indicadores de risco/fatores modificadores da doença periodontal) são as características, comportamentos e condições que elevam às chances de alguém desenvolver tal doença, ou seja, eles aumentam a probabilidade de sua ocorrência, mas não sozinhos. - Fatores associados às doenças periodontais: Biofilme e outros fatores locais, fatores ambientais, doenças sistêmicas, fatores psicossociais e fatores do hospedeiro. Dentre todos fatores existentes, os principais são: gravidez, diabetes e tabagismo. Estes possuem efeitos profundos e de grande alcance ao hospedeiro, incluindo efeitos sobre: resposta inflamatória, sistema vascular, sistema imune, reparo tecidual e resposta fisiológica. Portanto, eles possuem potencial para modificar a susceptibilidade a doença, microbiota da placa, apresentação clínica da DP, progressão da doença e resposta ao tratamento. - Biofilme dentário: populações bacterianas inseridas em uma matriz e aderentes à superfícies entre si. A placa bacteriana pode se aderir em dentes, na superfície bucal e em próteses, por isso, o paciente deve manter o meio bucal adequado, mesmo que faça o uso de próteses. As bactérias do complexo vermelho são altamente patogênicas e são mais frequente envolvidas e estão em maior quantidade na doença periodontal. Há uma redução destas após o tratamento periodontal. - Outros fatores locais predisponentes (fatores que retém placa): cálculo dentário, restaurações e próteses com excesso e aparelhos ortodônticos. - Diabetes mellitus: a hiperglicemia altera também o ambiente local da bolsa periodontal, pois a concentração de glicose no fluido crevicular gengival afeta a composição da placa dentobacteriana, aumentando o número de anaeróbio Gram- negativos. A hiperglicemia é responsável pela diminuição das defesas do hospedeiro frente aos patógenos periodontais, exacerbação da resposta inflamatória, alterações microvasculares e retardo da cicatrização, além de impedir a reparação de novo osso. Ou seja, quando temos a glicemia controlada há um menor risco da doença periodontal e menor severidade desta, e quando temos uma glicemia não controlada há maior risco da DP e maior ocorrência e desenvolvimento desta. Um diabético não controlado possui risco de aumento na profundidade de bolsa periodontal, maior acúmulo de biofilme periodontopatogênico e maior perda de inserção periodontal. - Tabagismo: pode afetar a vascularização nas respostas imunológicas. Este também gera um efeito negativo no tratamento periodontal cirúrgica e não cirúrgico, pois afeta a saúde bucal, vascularização dos tecidos gengivais, respostas imune e inflamatória, além de fazer com que haja uma demora na cicatrização do tecido conjuntivo periodontal, atuando negativamente na resposta do paciente ao tratamento. Não é possível identificar a gengivite em pacientes tabagistas, devido a vasoconstrição, este apresenta uma gengiva com leucoedema. Além do tabaco em si, o uso de produtos do fumo que não contém fumaça também pode afetar a saúde periodontal. Alterações em fumantes: mudança na coloração da estrutura dentária e gengival, leucoplasia da gengiva, estomatite nicotínica, retardo da cicatrização, gengivite e periodontite. Efeitos negativos do tabagismo no periodonto: alterações imunológicas, efeitos vasoconstritores e citotóxicos nos tecidos e células do periodonto e alterações na microbiota patogênica. A vasoconstrição crônica dos capilares gengivais induzida pelo tabagismo e a hipóxia crônica de tecidos periodontais explicam parte da gravidade da DP em tabagistas. Além disso, a nicotina ao ser consumida pode diminuir a proliferação dos osteoblastos, aumentando a atividade da fosfatase alcalina. Os fumantes apresentam maior profundidade de sondagem, maior perda de inserção clínica, maior perda óssea e consequentemente maior perda dentária. - Gravidez: gestantes apresentam níveis aumentados de estrogênio e progesterona, que exacerba inflamação gengival, iniciada pela PLACA BACTERIANA. Cerca de 35% das grávidas apresentam gengivite. Ao contrário dos tabagistas, as gestantes fazem a vasodilatação. - Higiene bucal adequada: 1. Parar de fumar: é a medida mais importante na prevenção da gengivite e periodontite. 2. Dieta saudável. 3. Avaliação dentária regular. 4. Limpeza regular profissional. EXAME CLÍNICO PERIODONTAL É o exame que avalia o estado periodontal do paciente. Sua função é avaliar a condição dos tecidos moles e duros ao redor dos dentes. Registra parâmetros tais como: profundidade de sondagem, mobilidade dentária, lesão de furca, entre outros. - Bandeja clínica necessária: 1. Espelho. 2. Pinça de algodão. 3. Sonda exploradora. 4. Espátula 1. 5. Sonda milimetrada. Existem 2 tipos de sondas milimetradas, que são a Carolina do Norte (+ usada) e Willians. - SONDAGEM PERIODONTAL: Consiste na inserção da sonda periodontal de forma DELICADA paralelamente ao longo eixo do dente vertical do dente e em torno de cada face dentária. Deve-se anestesiar pacientes que já apresentam inflamação na gengiva. Sonda-se 6 sítios em cada dente: médio vestibular (V), disto vestibular (DV), disto palatina/lingual (DL/DP), médio palatina/lingual (P/L), mésio palatina/lingual (ML/MP) e mésio vestibular (MV). Esta sondagem irá detectar presença ou não de bolsa periodontal. Quando há sangramento durante a sondagem, indica gengivite ou que sondou de forma indelicada. Os dados deverão ser anotados no periograma. - PERIOGRAMA: Profundidade de sondagem (PS): é a distância da margem gengival até a base do sulco. Esta deve ter até 3mm, para uma saúde gengival adequada. Bolsa periodontal (BP): são os sulcos gengivais aprofundados patologicamente, que se desenvolvem em sítios infectados. Estes possuem comprimento acima de 3mm. - EXAME PERIODONTAL: 1. Índice de biofilme. Determina a quantidade de biofilme dentário presente em cada face dentária. Até 30% é aceitável. A porcentagem deve ser feita por regra de três: Quantidade de dentes. N° de faces total (n° de dentes x 4). N° de faces que coraram com o evidenciador de placa. Regra de três: N° de dentes ------ 100% N° de faces coradas ------ X Índice de biofilme= ? 2. Recessão. É a distância entre a margem da gengiva livre e a junção cemento-esmalte (JCE). É medida por meio de uma sonda milimetrada. Comprimento (mm) deve ser positivo e quando for aumento/hiperplasia gengival o comprimento (mm) deve ser negativo. Quando há presença de hiperplasia gengival, não se deve sondar, devido a pseudobolsa. 3. Profundidade de sondagem. É a distância entre a margem gengival livre e o fundo do sulco ou bolsa periodontal. É avaliado em 6 sítios por dente, 3 por V e 3 por P/L. 4. Índice de sangramento a sondagem. Este parâmetro vai nos dizer se existe inflamação gengival. É dicotômico (saudável ou não). Índice de sangramento menor que 10%= gengiva saudável. Índice de sangramentomaior que 10%+ gengivite. Sangramento a sondagem SEM BOLSA= gengivite. Sangramento a sondagem COM BOLSA= periodontite. A porcentagem deve ser feita por regra de três: N° de dentes. N° de sítios no total (n° de dentes x 6). N° de sítios que sangraram. Regra de três: N° de sítios ------ 100% N° de sítios c/ sangramento ----- X Índice de sangramento= ? 5. Nível de inserção. É a distância entre o cemento-esmalte (JCE) e o fundo do sulco ou bolsa periodontal. Este indica se há destruição dos tecidos de suporte periodontais (osso alveolar, ligamento periodontal e cemento). 6. Lesão de furca. Identifica a presença de destruição dos tecidos de suporte na região de furca dos dentes multirradiculares. É mensurada com auxílio de sonda NABERS. Este exame determina se há comprometimento ou não de furca. LESÃO DE FURCA GRAU I: Sonda menos de 1/3. LESÃO DE FURCA GRAU II: Sonda mais de 1/3 sem transpassar. LESÃO DE FURCA GRAU III: transpassa de um lado para o outro e necessariamente no molar inferior tanto a mesial quanto a distal irá possuir o mesmo grau III. Deve-se olhar pela lingual e vestibular. O molar superior pode ter diversos graus. 7. Mobilidade. A destruição progressiva dos tecidos de suporte periodontais pode resultar no aumento da mobilidade dos dentes. TODOS os dentes têm mobilidade fisiológica exercida sobre o ligamento periodontal. Este exame não deve ser realizado com o dedo. Deve-se realizar com a ponta de dois instrumentos (um na vestibular e o outro na lingual). MOBILIDADE PATOLÓGICA: GRAU I: mobilidade de 0,2 à 1mm, no sentido horizontal. GRAU II: mobilidade acima de 1mm no sentido horizontal. GRAU III: mobilidade no sentido vertical. 8. Bolsa periodontal x Pseudobolsa: Bolsa periodontal devido a perda de tecido ósseo. Pseudobolsa é oriunda de um aumento gengival, como hiperplasia gengival em orto. CLASSIFICAÇÃO DE 1999 DA DOENÇA PERIODONTAL - Doenças gengivais: Gengivite: 1. Não induzida por placa; 2. Induzida por placa; 3. Necrosante. Periodontite: 1. Crônica; 2. Agressiva; 3. Necrosante. GENGIVITE: Seus sinais e sintomas estão restritos à gengiva. São iniciados devido a placa dental. Seus sinais clínicos são: contorno gengival aumentado em virtude de edema ou fibrose; transição da cor para vermelho e/ou vermelho-acizentado, temperatura do sulco aumentada, sangramento ao toque e exsudato gengival aumentando. Seus sinais clínicos e sintomas estão associados a níveis estáveis de inserção no periodonto sem perda óssea. Há possibilidade de reversão da doença. PERIODONTITE CRÔNICA: Características inflamatórias + sangramento à sondagem + perda de inserção clínica. A destruição tecidual periodontal é equivalente aos níveis de higiene oral e de placa. Seus fatores predisponentes locais são o tabagismo, o estresse e os fatores sistêmicos de risco (principalmente diabetes). A periodontite crônica é classificada como localizada quando 30%. A gravidade da periodontite crônica no nível do local pode ser classificada com base no grau de perda de inserção sendo leve = 1 a 2mm, moderada = 3 a 4mm e grave = > 5mm. PERIODONTITE AGRESSIVA: A história médica não é significativa. Há uma agregação familiar. Há uma rápida perda de inserção e destruição óssea. Pode se manifestar em jovem. Localizada: 1° molar/incisivo com perda de inserção interproximal em pelo menos 2 dentes, sendo um deles o primeiro molar e envolvendo não mais que dois dentes além dos primeiros molares e incisivos. Generalizada: perda de inserção interproximal generalizada afetando pelo menos três dentes permanentes, além dos primeiros molares e incisivos. PERIODONTITE NECROSANTE: Ulceração e necrose da papila e da margem gengival úlceras cobertas por uma camada branco-amarelada ou cinza= “pseudomembranas” (material constituído por fibrina e tecido necrótico com leucócitos, eritrócitos e massa bactérias). As lesões necrosantes são dolorosas e apresentam evolução rápida. Há sangramento espontâneo ou facilmente provocado pela remoção da pseudomembrana e exposição do tecido conjuntivo adjacente. Há presença de odor desagradável (foetor ex ore). A necrose gengival extensa coincide com perda óssea alveolar. NOVA CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS (2018) Principais mudanças: introdução de novos conceitos; saúde gengival e saúde periodontal; nova classificação para doenças e condições periimplantares; implementação de uma nova classificação das periodontites de acordo com seu estágio de progressão e o grau de severidade. - Condições e doenças periodontais: 1. Saúde Periodontal, Condições e Doenças gengivais; 2. Periodontite; 3. Outras condições que afetam o periodonto; - Condições e doenças Peri-Implantares: 1. Saúde Peri-Implantar; 2. Mucosite Peri-Implantar; 3. Peri-Implante; 4. Deficiências nos tecidos Peri-Implantares Moles e Duros. SAÚDE PERIODONTAL, CONDIÇÕES E DOENÇAS GENGIVAIS (GRUPO 1): 1. Saúde periodontal e gengival; - Saúde gengival clínica num periodonto íntegro: aparece sem perda de inserção, profundidade de sondagem de até 3mm, sangramento à sondagem em menos de 10% e sem perda óssea radiográfica. Coloração, aspecto casca de laranja, margem gengival... - Saúde clínica gengival em um periodonto reduzido: Em pacientes com periodontite estável há perda de inserção, profundidade de sondagem de até 4mm, sem sítios com profundidade de sondagem igual ou superior a 4mm com sangramento à sondagem, sangramento à sondagem em menos de 10% dos sítios e com perda óssea radiográfica. Em pacientes sem periodontite há perda de inserção, profundidade de sondagem até 3mm, sangramento à sondagem em menos de 10% dos sítios e possível perda óssea radiográfica (por exemplo, em casos de recessão gengival). Tratamento ortodôntico também. 2. Gengivite induzida por biofilme - Gengivite em periodonto integro. - Gengivite em periodonto reduzido. - Gengivite em periodonto reduzido tratado periodontalmente. 3. Doenças gengivais não induzida por biofilme. PERIODONTITE (GRUPO 2): Definição: Doença inflamatória crônica multifatorial associada com biofilme disbiótico e caracterizada pela destruição progressiva do aparato de inserção dental. Há uma perda de inserção em dois ou mais sítios interproximais não adjacentes. Classificação da periodontite: 1. Estágio (Severidade). 2. Grau (Progressão da Doença). - Extensão: Localizada: até 30% dos dentes afetados. Generalizada: 30% dos dentes ou mais. Padrão molar/incisivo. - Estágio (Severidade). Característica determinante: Perda de inserção clínica e perda óssea radiográfica. PERIODONTO ÍNTEGRO PERIODONTO REDUZIDO Saúde Gengivite Doença estável Doença em remissão SS Aus/mínimo Sim Aus/mínimo Reduzido PS gengiva normal Sim Sim Não Não Altura óssea normal Sim Sim Não Não Fatores modificadores Controlados Podem estar presentes Controlados Não completamente controlados Fatores predisponentes Controlados Podem estar presentes Controlados Não completamente controlados Fatores de complexidade: Grau de mobilidade e lesão de furca. A. ESTÁGIO I- INCIAL: Característica determinante: 1-2mm de perda de inserção e perda radiográfica do terço coronárioe perda radiográfica da metade do terço apical da raiz 1/3. Característica secundária: PS de 6mm ou mais, perda dental de até 4 dentes, padrão de perda óssea vertical de até 3mm, lesão de furca II ou III e defeito de rebordo moderado. D. ESTÁGIO IV- AVANÇADO: Fatores de complexidade = Estágio 3m. Característica determinante: 5mm ou mais de perda de inserção e perda radiográfica do terço apical da raiz 1/3. Característica secundária: perda dental de 5 ou mais dentes, disfunção mastigatória, trauma oclusal de 2° grau, mobilidade grau 2 ou 3, problemas mastigatórios e menos de 20 dentes remanescentes. - Grau: Risco de progressão da doença e prevê os efeitos sistêmicos na saúde. GRAU DE PERIODONTITE CRITÉRIO PRIMÁRIO Evidência Direta Perda de inserção ao longo de 5 anos Evidência Indireta Perda óssea ao longo de 5 anos Fenótipo MODIFICADORES Fatores de risco Tabagismo Diabetes A. GRAU A- PROGRESSÃO LENTA: GRAU DE PERIODONTITE GRAU A CRITÉRIO PRIMÁRIO Evidência Direta Perda de inserção Perda de inserção ao longo de 5 anos Evidência Indireta Perda óssea Até 0,25mm Fenótipo Muita placa e pouca destruição periodontal MODIFICADORES Fatores de risco Tabagismo Não Diabetes Não B. GRAU B- PROGRESSÃO MODERADA: GRAU DE PERIODONTITE GRAU B CRITÉRIO PRIMÁRIO Evidência Direta Perda de inserção Inferior a 2mm em 5 anos Evidência Indireta Perda óssea 0,25-1mm Fenótipo Destruição de acordo com os níveis de placa MODIFICADORES Fatores de risco Tabagismo 10 cigarro/dia Diabetes Com diabetes HBAIC >7%. - PERIODONTITE NECROSANTE: Processo inflamatório do periodonto que se caracteriza por necrose/ulceração da papila interdental. Sintomas: sangramento gengival, dor, halitose e perda óssea. Outros sinais e sintomas: Febre, linfadenopatia e formação de pseudomembrana. Periodontite como manifestação de Doenças Sistêmicas (GRUPO 3): Outras desordens sistêmicas que influenciam a patogênese das doenças periodontais: 1. Diabetes Mellitus; 2. Obesidade; 3. Osteoporose; 4. Artrite (reumatoide e osteoartrite); 5. Estresse emocional; 6. Depressão; 7. Tabagismo (dependência de nicotina); 8. Uso de medicações. Outras condições que afetam o periodonto: Desordens sistêmicas que podem resultar em perda dos tecidos periodontais de suporte independente de periodontite. Manifestações Periodontais ou Condições Sistêmicas: 1. Abcessos periodontais e lesões endoperiodontais; 2. Condições e deformidades mucogengivais; 3. Forças oclusais traumáticas; 4. Fatores relacionados ao dente e às próteses. LESÕES PERIODONTAIS AGUDAS As lesões periodontais são subdivididas em: 1. CRÔNICAS: Longa duração e baixa intensidade de virulência. 2. AGUDAS: Curso breve, rápida instalação, acompanhadas de dor e apresentam sinais clássicos da inflamação (dor, calor, rubor e edema). LESÕES PERIODONTAIS AGUDAS Doenças periodontais agudas progressão rápida, dor, destruição tecidual e infecção situações de urgência tratamento imediato. Sintomas clínicos: dor, perda de função e áreas delimitadas por necrose. Tipos de LP agudas: 1. Gengivite necrosante. 2. Periodontite necrosante. 3. Pericoronarite. 4. Abscesso periodontal. 5. Abscesso gengival. 6. Lesões endoperio. 7. Gengivoestomatite herpética. Tratamentos: remoção mecânica da placa, terapia antimicrobiana e melhora nas condições de higiene oral. GENGIVITE NECROSANTE E PERIODONTITE NECROSANTE: Sinais e sintomas: halitose, sensação de cunha entre os dentes, inversão papilar, formação de pseudomembrana branco amarelada, dor intensa, gosto metálico, sangramento espontâneo, sialorreia, febre e mal estar. Fatores predisponentes locais e sistêmicos: imunossupressão (AIDS, leucemia, câncer); tabagismo; deficiência nutricional; higiene bucal deficiente; estresse físico e mental; trauma local. - A gengivite necrosante pode ser localizada ou generalizada. Tratamentos 1° consulta: - Atendimento imediato (urgência). 1. Anamnese (odontológica e médica). 2. Exame clínico. 3. Diagnóstico. 4. Profilaxia das áreas afetadas. 5. Remoção da pseudomembrana (gaze com H2O2 10v- água oxigenada 10v ou com clorexidina). 6. Remoção atraumática de placa bacteriana, cálculo supragengival e resíduos. 7. Aplicação de clorexidina tópica 0,12% no local por 1 minuto. 8. Antibiótico (em casos de alterações sistêmicas ou febre- metronidazol ou amoxilina). Tratamento em casa: 1. Bochechos com clorexidina 0,12%. 2. Escovação atraumática. 3. Evitar ou abolir álcool, cigarro e atividades físicas. 4. Alimentação líquida e nutritiva. 5. Se houver comprometimento sistêmico, antibiótico. 6. Se houver subnutrição, complexo vitamínico (vitamina C). Tratamento após 5 dias da 1° consulta: 1. Polimento coronário mais profundo. 2. Controle de placa (escova interdental, fio dental). 3. Após a fase aguda, aguardar 30 a 40 dias para tratamento periodontal. PERICORONARITE: - Inflamação nos tecidos moles que circundam a coroa dentária através da erupção dentária. - A maioria dos casos ocorrem nos sisos inferiores, devido ao espaço entre a coroa dos dentes, que é o local ideal para o acúmulo de placa bacteriana. Sinais e sintomas: inchaço dificuldade de deglutir, mal estar, dor que irradia para os ouvidos e/ou cabeça e mal hálito. Tratamento: anti-inflamatórios, gengivectomia e remoção do siso. GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA: - Inflamação da mucosa da boca. - Apresentam-se em formatos de bolhas, feridas e úlceras dolorosas. - Acomete a região de gengiva, língua, garganta, palato bochecha e lábios. - Causada pelo vírus da herpes simples tipo 1 (HSV-1). - Atinge principalmente crianças entre 6 meses e 5 anos, mas pode ocorrer em adolescentes e adultos. Sintomas: Bolhas na mucosa da boca, feridas ou úlceras que doem e ardem quando as bolhas se rompem, feridas com bordas vermelhas e centro esbranquiçado ou amarelado, sangramento no local das feridas ou úlceras, vermelhidão e inchaço nas gengivas, produção excessiva de saliva, dificuldade para falar, comer ou engolir, mal estar geral e geralmente, 1 a 2 dias antes de surgirem as bolhas ou feridas na mucosa da boca, é comum a pessoa ter febre de até 40°. OUTRAS CONDIÇÕES QUE AFETAM O PERIODONTO: 1. Manifestações periodontais de doenças ou condições sistêmicas. - Condições sistêmicas: Diabetes mellitus, obesidade, osteoporose, artrite (reumatoide e osteoartrite), estresse emocional, depressão, tabagismo (dependência de nicotina), uso de medicações, neoplasias (carcinoma oral de células escamosas, tumores odontogênicos) e infecção por HIV. 2. Abscessos periodontais e lesões endoperio. - Abscessos periodontais: Acúmulo de pus localizado na parede gengival do sulco/bolsa periodontal, ovóide, sangramento a sondagem e supuração a sondagem. O abscesso periodontal envolve tecidos e estruturas mais profundas que sustentam o dente. Classificação baseada nos fatores etiológicos envolvidos: em pacientes com periodontite (em uma bolsa periodontal preexistente) e em pacientes sem periodontite (pode ou não ter uma bolsa periodontal preexistente). - Abscesso periodontal em paciente com periodontite (bolsa periodontal preexistente): Exacerbação aguda (periodontite não tratada ou não respondeu a terapia periodontal se suporte). Após o tratamento (raspagem, cirurgia ou medicação). Sintomas: dor, edema, avermelhado, mobilidade,dente “crescido”, sensível a percussão/morder e vitalidade pulpar. - Abscesso periodontal em paciente sem periodontite (bolsa periodontal preexistente): Impactação (palito, milho de pipoca, semente de frutas, espinha de peixe). Condições iatrogênicas (perfurações). Dano radicular severo (trinca ou fratura). Reabsorção radicular. Sintomas: dor, edema, avermelhado, mobilidade, dente “crescido”, sensível a percussão/morder e vitalidade pulpar. - Abscesso gengival: Um abscesso gengival está confinado apenas ao tecido gengival. - Lesão endoperio: Comunicação patológica entre os tecidos pulpar e periodontais em determinado dente, o que pode ocorrer em forma aguda ou crônica. Caracterizadas por bolsas periodontais profundas que se estendem ao ápice radicular. Resposta a teste de vitalidade pulpar negativo ou alterado. Outros sinais e sintomas possíveis incluem evidência de perda óssea radiográfica na região apical ou de furca, dor espontânea ou à palpação/percussão, exsudato purulento/purulação, mobilidade dental, fístula, alterações de coloração na coroa do dente e/ou gengiva. 3. Deformidades mucogengivais. A recessão gengival é influenciada pelo fenótipo periodontal, resultante da combinação de fenótipo gengival. Para o diagnóstico, deve-se utilizar a transparência gengival da sonda durante a sondagem. Sonda visível: fenótipo fino ( 1mm). Classificação das recessões gengivais (extensão vertical da recessão). Recessão Tipo 1 (RT1): sem perda de inserção interproximal. Recessão Tipo 2 (RT2): perda de inserção interproximal, com distância da JCE ao fundo de sulco/bolsa menor ou igual à perda de inserção vestibular (medida da JCE ao fundo de sulco/bolsa na vestibular). Recessão Tipo 3 (RT3): perda de inserção interproximal, com distância da JCE ao fundo de sulco/bolsa maior que a perda de inserção vestibular (medida da JCE ao fundo de sulco/bolsa na vestibular). 4. Forças oclusais traumáticas: Qualquer força oclusal que resulte em dano aos tecidos de inserção periodontal. Trauma oclusal não causa perda de inserção. Força oclusal traumática é definida como força oclusal que excede a capacidade reparativa do aparato de inserção periodontal, o que resulta em trauma oclusal e/ou causa desgaste excessivo do dente. O trauma oclusal é um termo usada para descrever a lesão que resulta em alterações no aparato de inserção, incluindo o ligamento periodontal, osso alveolar de suporte e cemento, como resultado da (s) força (s) oclusal (s). O trauma oclusal pode ocorrer em um periodonto intacto ou em um periodonto reduzido causado por doença periodontal, neste caso podendo ser classificado como trauma oclusal primário ou trauma oclusal secundário. Trauma oclusal primário: dano que resulta em mudanças teciduais de forças oclusais traumáticas aplicadas a dente(s) com suporte periodontal normal (mobilidade adaptativa e não progressiva). Trauma oclusal secundário: dano que resulta em mudanças teciduais de forças normais ou oclusais traumáticas em dente(s) com suporte periodontal reduzido. - Força ortodônticas: Podem afetar negativamente o periodonto e resultar em reabsorção radicular, desordens pulpares, recessão gengival e perda óssea alveolar. Estudos observacionais mostram que dentes com periodonto saudável – mas reduzido – podem ser submetidos a tratamento ortodôntico sem comprometimento dos tecidos periodontais de suporte, desde que haja bom controle de placa. 5. Fatores relacionados a dentes e próteses Os fatores locais relacionados à prótese se referem a condições que podem levar ao acúmulo de biofilme e a más condições de controle de placa pelos pacientes. TERAPIA NÃO CIRÚRGICA Exame periodontal: 1. Índice de placa: primeiro exame e avalia visualmente o nível de higiene oral do paciente; uma sonda pode ser usada para arrastar no dente e ver o acúmulo de placa. 2. Profundidade de sondagem: mede o quanto a sonda penetra no sulco gengival para avaliar se o paciente perdeu osso ou não; medido da margem gengival até o fundo do sulco gengival. 3. Retração gengival: avalia se a gengiva do paciente desceu ou subiu, deixando o dente maior; evidencia a junção cemento-esmalte, região que separa o que é coroa e o que é raiz; medida da JCE à margem gengival. 4. Nível de inserção clínica: avalia o total de perda óssea do paciente; é a soma da profundidade de sondagem com a retração gengival, medida da JCE ao fundo do sulco. 5. Sangramento a sondagem: avalia o nível de inflamação; sempre que a gengiva está inflamada, ela sangra. 6. Lesão de furca: avalia se houve perda óssea entre as raízes dos molares; Objetivos da terapia não cirúrgica: 1. A periodontite está fortemente associada aos biofilmes bacterianos e ao cálculo dental sobre as superfícies radiculares. 2. Consequentemente, a meta principal da instrumentação não cirúrgica de bolsa/raiz é retirar depósitos microbianos e cálculo das raízes. DEBRIDAMENTO: instrumentação para ruptura e remoção do biofilme microbiano. RASPAGEM: instrumentação para remoção dos depósitos mineralizados (cálculo). ALISAMENTO RADICULAR: instrumentação para remover o cemento e a dentina “contaminados” para restaurar a compatibilidade biológica das superfícies radiculares periodontalmente doentes. CURETAS: possuem função de raspagem supra e subgengival e alisamento radicular. Estas podem ser universais ou específicas e conseguem alcançar bolsas de maior profundidade e regiões de furca. CURETAS UNIVERSAIS: utilização universal, utilização de ambos ângulos de corte (2). 1. Curetas McCall 13/14: raspagem de dentes anteriores e pré-molares. 2. Curetas McCall 17/18: raspagem de dentes posteriores. CURETAS ESPECÍFICAS: 1. Instrumentos de raspagem mais delicados. 2. Permitem maior sensibilidade táctil. 3. Pequeno tamanho e dorso arredondado. 4. Ângulos de cortes curvos. 5. Extremidade fina arredondada. 6. Movimento de tração. 7. Determinada para cada área de utilização. 8. Um ângulo de corte ativo. CURETAS GRACEY: 1. Gracey 1-2 e 3-4: dentes anteriores. 2. Gracey 5-6: dentes anteriores e pré-molares, 3. Gracey 7-8 e 9-10: vestibular e lingual de dentes posteriores. 4. Gracey 11-12: mesial de dentes posteriores. 5. Gracey 13-14: distal de dentes posteriores. TÉCNICAS DE RASPAGEM: 1. Deve-se segurar a cureta na forma de caneta modificada associada ao apoio próximo do local de raspagem. 2. Os apoios podem ser realizados pelo 3° ou 4° dedo. Primeiro faz-se a introdução do instrumento na bolsa com ângulo 0. Na base da bolsa estabelece-se ângulo de 45° a 90°, o chamado de ângulo de trabalho (entre a face coronária da ponta ativa e a superfície dental). Faz-se um movimento de tração no sentido coronário associado a uma pressão lateral. AFIAÇÃO DO INSTRUMENTAL: 1. A afiação frequente da borda cortante do instrumento é necessária para obter a remoção eficiente do cálculo, 2. O ângulo entre a face e o verso das curetas precisa ser mantido em aproximadamente 70° durante a afiação. 3. Um ângulo maior resultará em distorção da borda cortante. 4. Um ângulo mais agudo resulta em uma borda cortante frágil e que se desgasta facilmente.