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Quais são as principais ideias dos 
nominalistas?
Universalia como 
nomes
Os nominalistas 
argumentavam que os 
universalia, conceitos 
abstratos como 
"humanidade" ou 
"justiça", não existem 
independentemente 
das coisas individuais. 
Em vez disso, eles 
eram apenas nomes 
ou conceitos que nós, 
humanos, criamos para 
agrupar e categorizar 
objetos semelhantes. 
Guilherme de Ockham, 
um dos principais 
defensores dessa 
visão, argumentava 
que não precisamos 
multiplicar entidades 
além do necessário - 
princípio que ficou 
conhecido como 
"Navalha de Ockham". 
Esta perspectiva 
revolucionou o 
pensamento medieval 
ao questionar a 
existência de 
abstrações universais.
Realidade 
individual
O foco estava na 
realidade individual. 
Para os nominalistas, 
as coisas individuais 
eram o que realmente 
existia, e os universais 
eram apenas 
ferramentas mentais 
para organizar nossa 
compreensão do 
mundo. Esta posição 
foi fundamental para o 
desenvolvimento do 
pensamento empirista 
posterior, influenciando 
filósofos como John 
Locke e David Hume. 
Os nominalistas 
argumentavam que 
cada objeto particular 
tem suas próprias 
características únicas, 
e que as classificações 
que fazemos são 
convenções úteis, mas 
não representam 
realidades metafísicas 
independentes.
Razão e 
experiência
Eles enfatizaram o 
papel da razão e da 
experiência na 
aquisição do 
conhecimento. A lógica 
dedutiva, com base em 
premissas verdadeiras, 
era valorizada, mas a 
experiência sensorial 
também era 
fundamental para a 
compreensão do 
mundo. Esta 
abordagem dual 
influenciou 
significativamente o 
desenvolvimento do 
método científico 
medieval e 
renascentista. Os 
nominalistas 
desenvolveram 
sistemas lógicos 
sofisticados que 
permitiam análises 
detalhadas das 
relações entre 
conceitos, sempre 
mantendo o foco na 
realidade observável e 
na experiência direta.
Crítica ao 
realismo
A principal crítica dos 
nominalistas era 
direcionada ao 
realismo, a visão de 
que os universais 
existiam 
independentemente 
das coisas individuais, 
como ideias platônicas. 
Eles argumentavam 
que essa visão era 
incompatível com a 
lógica e a experiência. 
Esta crítica gerou 
intensos debates nas 
universidades 
medievais, 
especialmente em 
Paris e Oxford, onde 
pensadores como 
Pedro Abelardo 
desenvolveram 
posições 
intermediárias. O 
debate entre 
nominalistas e realistas 
não foi apenas uma 
disputa filosófica, mas 
teve importantes 
implicações teológicas 
e políticas na Idade 
Média, influenciando 
discussões sobre a 
natureza da Igreja, do 
Estado e da própria 
verdade.

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