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Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC 
Curso de Engenharia Civil 
 
Disciplina: Poluição e gestão de resíduos 
Professor: Marcelo Tramontin Souza 
 
Lista de exercício 
 
SOBRE AS AULAS: 
 
1. Como a NBR 10004 classifica os resíduos no Brasil? Cite exemplos. 
R.: A NBR 10004 classifica os resíduos sólidos em Classe I e Classe II. 
Os resíduos de Classe I são classificados como perigosos, pois são capazes de causar danos a saúde humana 
ou ao meio ambiente. Possuem pelo menos uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, 
radioatividade, toxicidade ou patogenicidade. 
São exemplos deste tipo de resíduo as pilhas e baterias, solventes, rejeito nuclear, lixo hospitalar, produtos 
químicos, tintas. 
Os resíduos de Classe II são classificados como não inertes ou inertes. 
Não inertes: Classe II – A tem como principal característica a solubilização em água. 
Exemplos: Papel e papelão, lodos, matérias orgânicos da indústria alimentícia, fibra de vidro, resíduos 
provenientes de limpeza de caldeiras. 
Inertes: Classe II – A não possuem solubilização em água. 
Exemplos: vidro, plásticos, borrachas, lata de alumínio, pedras e sucata de ferro. 
 
2. Como a Conama nº 307 classifica os resíduos? Cite exemplos. Quais classes de resíduos são recicláveis? 
R.: A Conama nº 307 é a legislação que diz respeito as diretrizes e classificação dos resíduos da construção 
civil. Ela classifica esses resíduos em 4 classes, são elas Classe A, B, C ou D. 
Classe A: São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, exemplo: solos provenientes de 
terraplanagem, componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas e placas de revestimento), argamassa e 
concreto. 
Classe B: São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel, papelão, metais, 
vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso. 
Classe C: São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias economicamente viáveis ou 
aplicações que permitam a sua reciclagem ou recuperação. Exemplo: lixas e massa de vidro. 
Classe D: São resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e 
outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições. 
As classes A e B podem ser reciclados. 
 
3. Quais as implicações de se misturar resíduos de construção com resíduos urbanos em termos de 
sustentabilidade? 
R.: A deposição inadequada do RCD compromete a paisagem do local; o tráfego de pedestres e de veículos; 
provoca o assoreamento de rios, córregos e lagos; o entupimento da drenagem urbana, acarretando em 
enchentes; além de servirem de pretexto para o depósito irregular de outros resíduos não-inertes, propiciando 
o aparecimento e a multiplicação de vetores de doenças, arriscando a saúde da população vizinha. 
 
4. Os materiais cerâmicos representam a maior fatia dos resíduos de construção. Quais as opções de 
reciclagem desses materiais? Como prepara-los para reciclagem (triagem e processamento)? 
R.: Primeiro passo é separar os resíduos vermelhos, cerâmicos, dos outros resíduos que chegam junto com 
ele. Depois esse material passa pelo britador e é transformado em um material chamado de bica corrida que 
usado para pavimentar estradas rurais. 
 
5. Como é feito a triagem dos plásticos, e quais características devemos levar em consideração na 
separação? 
R.: é necessário separar os termoplásticos dos termofixos. Os termoplásticos são os polímeros que com o 
aumento da temperatura não se degradam e permitem o remodelamento. Já os termofixos ao aumentar a 
temperatura eles degradam e não permitem que sejam remoldados. 
 
6. Qual a diferença entre lixões, aterros controlados e aterros sanitários? 
R.: O lixão é uma forma inadequada de disposição final de rejeitos, que se caracteriza pelo descarte de lixo 
sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. Como não há um controle do 
lixo que vai parar nesse local, resíduos de alta periculosidade e alto poder poluidor podem ser descartados de 
forma totalmente indevida gerando danos ao meio ambiente e para as pessoas que vivem próxima a região. 
O Aterro Sanitário é a forma de destinação adequada dos resíduos mais comum no Brasil e no mundo. Sua 
construção deve obedecer a critérios técnicos específicos em função dos resíduos. Desse modo, as 
operações de rotina devem ser feitas visando evitar problemas com poluição do solo, corpos hídricos e do 
ar. 
São lugares onde o lixo é disposto de forma controlada e os resíduos recebem uma cobertura de 
solos. No entanto, os aterros controlados não recebem impermeabilização do solo nem sistema de dispersão 
de gases e de tratamento do chorume gerado, ou seja, os aterros controlados são uma categoria 
intermediária entre o lixão e o aterro sanitário, sendo geralmente uma célula próxima ao lixão, que foi 
remediada, recebendo cobertura de grama e argila. 
7. Como um aterro sanitário é organizado? 
R.: A base do aterro sanitário é formada por um sistema que é responsável por drenar o chorume dos resíduos 
que depositados. 
Esta mesma base deve estar em cima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade (PEAD). 
O PEAD é utilizado por ser impermeável, imune às corrosões químicas, com vida superior a 50 anos, atóxico e 
com grande resistência química. A camada, por sua vez, deve estar em cima de outra camada de solo 
compactado para impedir que o conteúdo acabe vazando para o solo, evitando a contaminação dos lençóis 
freáticos. 
O interior do aterro também possui um sistema de drenagem de gases capaz de coletar biogás até a atmosfera, 
basicamente transformando-o em energia. 
Os resíduos são novamente cobertos por camadas de argila e também é formado por um sistema de drenagem 
de água que protegem o espaço das águas da chuva. 
 
SOBRE AS APRESENTAÇÕES 
 
Compostagem 
 
8. Quatro etapas caracterizam a compostagem: psicrofilica, mesofílica, termofílica e maturação. Explique 
cada etapa, incluindo as variações de pH e temperatura. 
 
9. Fale sobre a relação dos microrganismos com o teor de carbono e nitrogênio. 
 
10. Cite 5 resíduos sólidos urbanos recomendados para compostagem doméstica, e 5 contraindicados. 
 
 
Biogás 
 
11. Explique como, e em que condições, o biogás é gerado? 
 
12. O que é poder calorífico? Como aumentar o poder calorífico do biogás? 
 
13. Quais as implicações (positivas e negativas) do biogás a partir do lixo orgânico? 
 
 
Incineração 
 
14. Quais resíduos devem ser incinerados? Como é feita a preparação dos resíduos para incineração? Quais 
as vantagens e desvantagens da incineração frente a deposição em aterros? 
R.: Resíduos industriais em geral, não perigosos (Classe II), líquidos (Classe I e Classe II), Resíduos de serviços 
de saúde (RSS) dos Grupos A, B e E, reagentes químicos, Defensivos agrícolas, Solos contaminados, Óleo 
ascarel e Produtos controlados pelas autoridades. Na preparação os resíduos devem ser separados 
em resíduos que podem ou não ser incinerados e por conseguinte levados para o forno de combustão. 
Vantagens: redução do volume, preservação do meio ambiente, destinação de resíduos perigosos, geração de 
energia e de lucro. 
Desvantagens: gasto em equipe especializada, geração de gases tóxicos, desgaste de equipamentos 
 
15. Quais os gases gerados da incineração do resíduo orgânico e como evitar que seja lançado na atmosfera? 
R.: Metano, Etano, Monóxido de Carbono, dióxido de carbono, gás sulfídrico, dioxinas e furanos. Para evitar 
que esses gases sejam lançados na atmosfera deve-se fomentar o uso de filtros nas chaminés dos 
incineradores impedindo a emissão destes poluentes, investir no processo de lavagem e purificação de gases. 
Além disso, podemos usar aditivos alcalinos a base de cálcio e magnésio para inibir esses gases. 
 
16. Explique o funcionamento do incinerador de leito fluidizado. 
R.: O incinerador deleito fluidizado deve apresentar um leito circulante ou borbulhante. Ambos os tipos, 
consistem de um vaso de combustão parcialmente cheio com partículas de areia, alumina, carbonato de cálcio 
ou outro material. O ar de combustão é fornecido através de uma placa distribuidora na base do combustor a 
uma taxa suficiente para fluidizar o leito. As temperaturas de operação são normalmente mantidas entre 760 
e 871C e o excesso de ar requerido é aproximadamente de 25% a 150%. Os incineradores de leito fluidizado 
podem ser utilizados para líquidos, lamas ou materiais sólidos incluindo o solo e resíduos perigosos. Por 
permitir uma boa distribuição do resíduo dentro do leito e remover os sólidos residuais originados, os 
incineradores de leito fluidizado oferecem alta eficiência de transferência de calor, alta turbulência e 
temperatura uniforme ao longo do leito. 
 
 
Resíduos radioativos 
 
17. A respeito do processo de condicionamento, cite as opções de matriz sólida para reter os contaminantes. 
Qual delas é a mais utilizada? 
R.: As opções de matriz sólida são o cimento, betume, polímeros e vitrificação; Sendo o cimento, o mais 
utilizado, por conta de seu baixo custo e sua alta densidade 
 
18. Quais os tipos de radiação e quais são os efeitos da exposição à radiação por longos períodos? 
R.: A radiação nuclear ionizante é classificada em radiações alfa, beta e gama. A radiação alfa tem baixo poder 
de penetração, a beta tem poder médio e a gama tem alto poder de penetração (sendo que esta última pode 
se propagar na velocidade da luz). 
Quando um ser vivo é exposto por longos períodos a essas ondas eletromagnéticas podemos ter basicamente 
dois efeitos: Mutações genéticas e quebra de moléculas. 
Os tipos de radiação ionizante são alfa, beta e gama. A exposição por longos períodos causa quebra de 
moléculas (o que impedi a multiplicação celular) e a mutação genética (que faz com que a célula adquira uma 
nova função diferente da original) 
 
19. Qual o melhor método de condicionamento de resíduos radioativos atualmente? 
R.: O melhor método para condicionar resíduos radioativos é primeiramente reduzir seu volume por meio de 
procedimentos químicos, após isso reserva-lo dentro de uma cápsula de chumbo e em seguida condesa-lo 
numa matriz sólida. 
 
 
Tratamento do chorume 
 
20. Como o chorume é gerado? Porque são considerados tóxicos? 
 
21. Como é realizado o tratamento biológico? Explique cada etapa. 
 
22. Quais os metais pesados encontrados no chorume? 
 
 
Aterro Classe I 
 
23. Quais as características dos resíduos classe I? Cite alguns. 
R.: Os resíduos são classificados como perigosos se tiver características de inflamabilidade, corrosividade, 
reatividade, toxicidade ou patogenicidade conhecida, e provoque algum risco à saúde. 
Alguns exemplos de resíduos perigosos são: agrotóxicos, resíduos industriais, pilhas e baterias, pneus, 
óleos lubrificantes, produtos químicos, resíduos hospitalares, entre outros. 
 
24. Quais as diferenças entre aterros sanitários normais (classe II) e classe I? 
R.: Os resíduos são classificados através da NBR 10004/04, em resíduos de classe II inertes ou não Inertes, e 
resíduos classe I (resíduos perigosos), ou seja, os aterros normais (classe II) realizam o tratamento de dos 
resíduos desta classe. Já os aterros de classe I, fazem o tratamento dos resíduos perigosos. Além disso, 
algumas outras diferenças são que os aterros de classe I precisam ser construídos em áreas cobertas para que 
a chuva e os intempéries não causem nenhuma reação ao entrar em contato com os resíduos, é necessária 
também uma maior proteção do solo com impermeabilização e um maior preparo da equipe para manuseio 
do material. 
 
Dimensionamento de aterro sanitário 
 
25. Considerando que o % atendido da população de Itabuna e Ilhéus é de 100%, calcule (separadamente) a 
quantidade de lixo (RSU) gerado em ambas as cidades diariamente. Considere a geração per capita de 
1,035 kg/hab.dia e massa específica de 700 kg/m³. 
 
26. Calcule também as dimensões (altura, profundida e área) das células (depósitos de compactação) das 
células. Leve em consideração a quantidade de terra (20% do volume de RSU) necessária.

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