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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Patologia das Estruturas
Elaboração
Daniela Glizt S. de Carvalho, M.A.
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
ESTRUTURAS DE CONCRETO ................................................................................................................ 11
CAPÍTULO 1
LINHA DO TEMPO E EVOLUÇÃO ............................................................................................ 11
CAPÍTULO 2
MATERIAIS DE COMPÕEM A MISTURA ..................................................................................... 15
CAPÍTULO 3
NORMAS TÉCNICAS .............................................................................................................. 28
UNIDADE II
PATOLOGIA ......................................................................................................................................... 30
CAPÍTULO 1
PATOLOGIAS EM CONCRETO ARMADO .................................................................................. 30
CAPÍTULO 2
AGENTES CAUSADORES ........................................................................................................ 38
CAPÍTULO 3
ANÁLISE DAS POSSÍVEIS CAUSAS ............................................................................................. 46
UNIDADE III 
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS ................................. 51
CAPÍTULO 1
FISSURAS E EFLORESCÊNCIAS ................................................................................................ 51
CAPÍTULO 2
CORROSÃO DE ARMADURAS E FLECHAS EXCESSIVAS ............................................................. 58
CAPÍTULO 3
MANCHAS NO CONCRETO APARENTE E NINHOS DE CONCRETAGEM ..................................... 64
UNIDADE IV
ESTRUTURAS METÁLICAS ....................................................................................................................... 69
CAPÍTULO 1
PERFIL DO SETOR – PROJETOS E MONTAGEM ......................................................................... 71
CAPÍTULO 2
MONTAGEM DA ESTRUTURA METÁLICA .................................................................................... 78
CAPÍTULO 3
PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS DE AÇO................................................................................... 81
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 87
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
A construção civil passou por um excelente momento de crescimento até meados 
de 2014, impulsionada pelo crescimento da economia que disponibilizou crédito 
à população com menor poder aquisitivo por meio do programa habitacional 
“Minha Casa, Minha Vida” e juros mais competitivos para empresários do 
setor, gerando um número expressivo de empreendimentos imobiliários. O 
setor também praticamente “ferveu” com obras ligadas a infraestrutura urbana 
objetivando atender à Copa do Mundo, beneficiando muitos estados brasileiros, 
e, especificamente na cidade do Rio de Janeiro, houve o incremento das obras 
ligadas às Olimpíadas de 2016. 
Somente com a Copa do Mundo, estima-se um investimento na ordem de 35 
bilhões, e este número poderia ter sido muito maior se toda a infraestrutura 
programada tivesse sido efetivamente entregue no período previsto. Não só o 
setor de construção, mas toda a cadeia produtiva foi beneficiada neste período. 
Atrelado a esse desenvolvimento econômico, as construções imprimiram novos 
parâmetros de velocidade executiva, ou seja, a necessidade de cumprimento 
de menores prazos para entrega dos empreendimentos elevaram a qualidade 
dos planejamentos, busca por aprimoramento tecnológico, padronização dos 
materiais e serviços com custos enxutos, e à manutenção de um excelente padrão 
de qualidade.
Muitas empresas deixaram a construção artesanal e passaram a pensar e 
principalmente a agir como a indústria, considerando o empreendimento com 
diversas linhas de produção. Para tanto, a existência dos projetos executivos nas 
diversas disciplinas envolvidas, totalmente compatibilizados e detalhados, se faz 
necessária antes do início da construção. Essas mesmas empresas conseguiram 
obter excelentes resultados durante o período econômico crescente.
Outra observação importante no período foi que, com o acréscimo das exigências 
dos consumidores – impulsionados pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor) 
e, claro, pelo elevado investimento em um sonho, a casa própria –, exigir 
adequado padrão de qualidade passou a ser a nova realidade a ser atendida pelas 
incorporadoras e construtoras.
Todavia, é importante ressaltar que, assim como qualquer produto,expostas nos grandes 
centros urbanos, tais como as pontes e viadutos, devido principalmente à poluição 
dessas cidades. A falta de manutenção faz que o ataque seja progressivo, chegando 
às armaduras, o que pode levar à ocorrência de acidentes.
Figura 51. A perda de fragmentos de concreto do viaduto sobre a Linha Amarela é ameaça para motoristas.
Fonte: https://ogimg.infoglobo.com.br/in/2875947-b4d-61e/FT1086A/652/A-perda-de-fragmentos-de-concreto-do-viaduto-
sobre-a-Linha-Amarela-e-ameaca-para-motoristas-Foto-Marcelo-CarnavalAgencia-O-Globo.jpg.
60
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
O processo de manutenção em qualquer tipo de construção é fundamental para a 
permanência da vida útil das peças, ou seja, atuar na prevenção poderá ser muito 
mais econômico do que investir no reparo. Para seu tratamento, é essencial a 
contratação de profissional experiente e qualificado. Segundo Júnior (2008): 
Além de remover as oxidações, precisa-se reconstruir o cobrimento 
das armaduras com concreto bem adensado. Este cobrimento tem a 
finalidade de: impedir a penetração de umidade, oxigênio e agentes 
agressivos até as armaduras; recompor a área da secção de concreto 
original; propiciar um meio que garanta a manutenção da capa 
passivadora no aço (Júnior, 2008, p. 5).
Para que ocorra uma melhor visualização e identificação da patologia e posterior 
reparo, será necessária a execução da limpeza da superfície do concreto com 
lixamento mecânico da superfície. Em seguida, serão executados:
 » Reparos: para cada ocorrência, será necessária a aplicação de técnica 
específica de reparo de modo que cuidados com relação a segurança 
sejam tomados, bem como o não comprometimento da estrutura.
 » Estucamento: corrigida a patologia, será necessário recompor o local. 
A utilização de argamassa aditivada e polimento é um processo bem 
difundido, pois preenche os poros e cria uma superfície uniforme.
 » Acabamento: o acabamento poderá seguir a proposta original da 
estrutura. Para pontes e viadutos, aplica-se verniz acrílico à base de 
água ou solvente ou outra especificação; todavia, é essencial aplicar 
um sistema protetor de acabamento para proteção da peça.
Figura 52. Reparos na armadura.
Fonte: https://www.tecnosilbr.com.br/wp-content/uploads/2017/12/corrosao-de-armaduras.jpg.
https://www.tecnosilbr.com.br/corrosao-de-armadura-o-que-causa-e-como-amenizar-esse-dano/
61
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
A fase de projeto é fundamental para o dimensionamento das peças de concreto 
armado. Para realiza-lo, o profissional deve possuir expertise e demandar tempo 
para a concepção de um projeto eficiente e com vistas à economia do investimento, 
porém preservando a segurança.
A flechas excessivas podem ser resultado de um dimensionamento equivocado 
da estrutura ou, ainda, de uma possível vibração no terreno. Como resultado, 
aparecem fissuras; dependendo das causas e da dimensão da fissura (flecha), 
trincas e rachaduras – nos elementos como vigas, pilares e lajes (peças estruturais) 
– podem ou não causar riscos a edificações e seus habitantes. Mesmo quando 
visualmente não merecem atenção, deve ser providenciado o controle da abertura 
da fissura e posterior manutenção do local.
Figura 53. Fissuração típica em viga solicitada a flexão.
Fonte: https://guideengenharia.com.br/wp-content/uploads/2.png.
Inicia-se normalmente com a presença de fissura, sintoma usual desta patologia 
com orientação bem definida e aumento progressivo das aberturas, que afetam, por 
ordem decrescente de ocorrência, paredes, tetos e pavimentos. Também pode haver 
empolamento/destacamento nos revestimentos e soltura de tijolos, em casos mais 
graves. 
Figura 54. Esmagamento da peça de concreto armado.
Fonte: https://guideengenharia.com.br/wp-content/uploads/4.png.
62
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
Quanto à possível terapia, será necessário avaliar e analisar as particularidades da 
estrutura que sofrerá a intervenção e, posteriormente, avaliar as diversas técnicas 
existentes, para escolher a que seja melhor à situação. 
Dentre os inúmeros métodos utilizados para reforçar elementos estruturais, 
os mais comuns são: encamisamento (acréscimo de concreto com ou sem 
armadura); adição de perfis ou chapas metálicas; protensão externa; e colagem 
de mantas de fibra de carbono (SOTO, 2013).
Figura 55. Sequência de fotos – encamisamento do pilar.
Fonte: http://www.ct.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2015/TCC_FERNANDO%20LUIZ%20ZUCCHI.pdf.
Para prevenção das fissura,s será necessário atentar para:
 » cobrimento: maior tempo para a camada carbonatada chegar ao aço;
 » concreto menos permeável;
 » menor relação água/cimento e maior fck;
 » tipo de cimento;
 » cuidados com formas arquitetônicas e drenagem;
 » proteção superficial do concreto e revestimentos;
 » armaduras especialmente passivas;
 » aços revestidos (epóxi, galvanização);
 » aços inoxidáveis;
 » armaduras de fibras (carbono, vidro, kevlar);
http://www.ct.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2015/TCC_FERNANDO%20LUIZ%20ZUCCHI.pdf
63
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
 » cuidados no uso de aditivos que contenham em sua fórmula o cloreto 
de cálcio; e
 » cuidados especiais se o concreto estiver sujeito a correntes elétricas.
64
CAPÍTULO 3
Manchas no concreto aparente e 
ninhos de concretagem
Umidade excessiva, oxidação nas armaduras, proliferação de fungos e bolores e 
demais agentes agressivos podem provocar manchas no concreto aparente.
Quando o dano não se refere a oxidação da armadura, teremos consequências mais 
visuais, tornando a aparência do concreto desgastada e cheia de manchas
Figura 56. Manchas no concreto aparente de uma fachada.
Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/5b5f/5b79/f197/cc3b/cf00/0239/slideshow/FAUUSP_Vilanova_Artigas_Flickr_
Fernando_Stanklus.jpg?1532975988.
Normalmente, a terapia para essa patologia é simples: uma limpeza no local, com 
aplicação de jatos de água ou produtos específicos e nova pintura ou verniz. Já em 
casos mais graves, será necessário verificar com mais detalhe o problema, promover 
um lixamento mecânico e posterior recomposição da superfície. 
No mercado, encontramos diversas opções de verniz, que destacamos a seguir:
 » verniz antipichação.
 » verniz poliuretano;
 » verniz acrílico a base de água;
65
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
 » verniz acrílico a base de solvente; e
 » silicone líquido silano-siloxano.
Figura 57. Tratamento no concreto aparente.
Fonte: https://www.amengenharia.eng.br/img/servicos/tratamento-de-concreto-aparente/tratamento-de-concreto-aparente.
jpg.
As principais falhas ocorrem durante o processo de concretagem e levam ao 
aparecimento dos ninhos de concretagem, conhecidos também como brocas e 
bicheiras. Para Marcelli (2007), o adensamento do concreto tem a finalidade de 
eliminar os vazios, melhorando o preenchimento da forma da peça concretada, 
deixando o concreto mais denso e compacto. A qualidade do adensamento impacta 
diretamente na resistência do concreto.
Em obras de menor porte, pode-se executar o adensamento manual. Em áreas maiores, 
porém, se faz necessária a utilização de vibradores. Uma ocorrência que leva também 
a essa patologia diz respeito ao detalhamento da armadura: erros como excesso 
de armadura provocam a impossibilidade de vibrar o concreto dentro das formas, 
https://www.amengenharia.eng.br/tratamento-de-concreto-aparente
https://www.amengenharia.eng.br/tratamento-de-concreto-aparente
66
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
retendo assim a argamassa e britas. Outros problemas que podem proporcionar os 
aparecimentos de bicheiras são:
 » falhas nas vedações das formas;
 » traço do concreto; e
 » lançamento do concreto.
Figura 58. Ninhos de concretagem.Fonte: http://www.construcaocivil.info/wp-content/uploads/2015/04/Ninho-de-concretagem-tambem-conhecido-como-broca-
ou-bicheira-em-um-reservatorio-inferior-com-89-m3.-.jpg.
A durabilidade e a resistência do concreto ficam comprometidas à medida que o 
material fica segregado, e, em casos mais graves, podem aparecer as armaduras de 
aço, sujeitas a sofrer grandes deformações e até mesmo a colapsar a estrutura.
A recuperação da estrutura estará ligada à complexidade da peça. Em 
determinados casos, é possível realizar uma limpeza no local, retirando todo 
o material segregado, preparando toda a área de aderência e aplicando um 
microconcreto ou graute, com características semelhantes às existente no local. 
Lembramos que o graute é um material formulado para que, com a simples mistura 
adequada das partes, em proporções bem definidas, torne-se fluido e autoadensável 
no estado fresco e aderente, resistente e sem retração no estado endurecido.
Não só as caraterísticas do concreto para aplicação (qualidade e fluidez) devem 
ser observada, mas em todo o processo de aplicação deverá ser utilizada mão de 
obra qualificada e feito acompanhamento de responsável técnico. As situações 
mais graves poderão levar a reconstrução das peças, elevando os custos dos 
reparos.
https://construcaocivil.info/ninho-de-concretagem-tambem-conhecido-como-broca-ou-bicheira-em-um-reservatorio-inferior-com-89-m3/
https://construcaocivil.info/ninho-de-concretagem-tambem-conhecido-como-broca-ou-bicheira-em-um-reservatorio-inferior-com-89-m3/
67
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
Figura 59. Correto adensamento do concreto.
Fonte: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/upload/imagens/PR_concret02d%20-%20Distribuir%20o%20concreto%20
uniformemente.jpg.
A ocorrência das patologias que mais atingem o concreto armado é apresentada 
no gráfico a seguir (Figura 60), sendo que a mais comum são as manchas nas 
superfícies, pois estão em contato constante com intempéries e com as más 
condições ambientais 
Figura 60. Patologias mais recorrentes no concreto armado.
 
Manchas 
superficiais
22%
Físsuras -
ativas e 
passivas 
21%Corrosão na 
armadura
20%
Ninhos
20%
Flechas 
Exessivas
10%
Degradação 
química
7%
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS 
DE CONCRETO ARMADO
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTLDCUz3XxVC2g8OIljSnHxyzOVmaKaxoeVlyXg_
CRST2Q9SXBo&usqp=CAU.
Os custos envolvidos nos reparos mencionados acima, bem com o processo 
de correção, poderão variar desde pequenos reparos (baixo investimento) 
a recuperação de maior grandeza na estrutura (alto investimento). O 
investimento em programas de manutenção progressiva e medidas protetoras 
é menos expressivo, devendo ser a melhor orientação, junto aos proprietários e 
administradores das obras.
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTLDCUz3XxVC2g8OIljSnHxyzOVmaKaxoeVlyXg_CRST2Q9SXBo&usqp=CAU
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTLDCUz3XxVC2g8OIljSnHxyzOVmaKaxoeVlyXg_CRST2Q9SXBo&usqp=CAU
68
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
Seguir as normas estabelecidas que regulamentam as construções é fator 
predominante para evitar qualquer problema. Ainda sobre a norma NBR 6118, a 
tabela 6.1 (Figura 61) indica a classe de agressividade ambiental, que deve ser 
considerada pelo projetista: 
Figura 61. Tabela 6.1 NBR 6118 – Classe de agressividade ambiental (CAA).
Classe de 
agressividade 
ambiental 
Agressividade Classificação geral do tipo de 
ambiente para efeito de projeto 
Risco de deterioração 
da estrutura 
I Fraca 
Rural 
Insignificante 
Submersa 
II Moderada Urbana (1) (2) Pequeno 
III Forte 
Marinha (1) 
Grande 
Industrial (1) (2) 
IV Muito Forte 
Industrial (1) (3) 
Elevado 
Respingos de Maré 
1 
Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para ambientes 
internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviços em apartamentos, residências e conjuntos 
comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura). 
2 
Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões de clima seco com 
umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambiente 
predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente. 
3 Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em industrias de celulose e 
papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas 
 
Fonte: https://neoipsum.com.br/wp-content/uploads/2019/09/6.1.jpg.
69
UNIDADE IVESTRUTURAS 
METÁLICAS
No Brasil, tendo em vista a maior utilização de estruturas de concreto, a 
construção metálica é menos conhecida, pois, no início do desenvolvimento 
dos grandes edifícios e pontes, a indústria siderúrgica era pouco desenvolvida 
nacionalmente, tornando a importação do material muito cara.
Com uma estrutura totalmente fabricada na Bélgica, o viaduto Santa Efigênia, 
localizado no Vale do Anhangabaú em São Paulo, foi construído entre os anos de 
1911 e 1913. Todo o material chegou ao porto de Santos e subiu a Serra do Mar 
com muita dificuldade pela estrada de ferro S. Paulo Railway. A supervisão da 
construção ficou a cargo Johann Grundt, mestre de obras alemão.
Figura 62. Viaduto Santa Efigênia.
Fonte: https://metalica.com.br/wp-content/uploads/2019/09/pontes-historia-7.jpg. 
https://metalica.com.br/historia-das-estruturas-de-aco-no-brasil/
70
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
Com maior investimento nas obras executadas em concreto armado, somente a 
partir de 2003 houve um efetivo incremento no setor do metal, o que aqueceu o 
mercado tanto com novas oportunidades como alternativas executivas – visando 
vencer as exigências – quanto com maior produtividade e consequentemente 
menor prazo de entrega. 
Esse amadurecimento do setor refletiu em investimento em mão de obra 
qualificada, obras ambientalmente pensadas e sistemas de construção 
industrializados, permitindo a utilização de estruturas metálicas (aço) em 
diversos setores da construção civil.
71
CAPÍTULO 1
Perfil do setor – projetos e montagem
A partir de 2011, o CBCA – Centro Brasileiro em Aço – e a ABCEM – Associação 
Brasileira de Construção Metálica – desenvolvem pesquisa com fabricantes de 
estrutura de aço visando qualificar as informações sobre o setor.
Na pesquisa de 2016, ano base de 2015, contou com a participação de 324 
empresas no setor, que subsidiaram informações referentes a:
 » localização das empresas;
 » área específica de atuação;
 » volume de produção;
 » capacidade produtiva instalada;
 » tipos de certificação;
 » número de funcionários;
 » terceirização de serviços e atividades;
 » faturamento bruto anual; e
 » expectativa de crescimento.
Localização das empresas (participação na 
produção)
Em termos de produção, as empresas fabricantes de estruturas em aço também 
estão concentradas na região Sudeste, com 60% das indústrias, e na região Sul, 
com 24%.
72
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
Figura 63. Localização das empresas.
 
 
 
 
 
 
ESTADOS 
PARTICIPAÇÃO NA 
PRODUÇÃO 
Sudeste 60% 
SP 29% 
MG 19% 
ES 7% 
RJ 5% 
Sul 24% 
RS 17% 
SC 5% 
PR 2% 
Nordeste 8% 
BA 4% 
CE 3% 
PE 1% 
PB 0% 
MA 0% 
SE 0% 
PI 0% 
Centro-Oeste 5% 
GO 2% 
DF 1% 
MT 2% 
MS 0% 
Norte 3% 
PA 0% 
AM 1% 
RO 2% 
TOTAL 100% 
 
60%24%
8% 5% 3%
PARTICIPAÇÃO NA PRODUÇÃO
Sudeste SuL Nordeste Centro-Oeste Norte
Fonte: Notas de aula.
73
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
Áreas de atuação
Podemos observar, através dos infográficos, o comparativo entre as áreas de 
atuação e tipos de construção nos últimos anos. Devido à participação de novas 
empresas a partir de 2015, a atuação em estruturas de médio e pequeno porte foi 
acrescida de 6%, e a atuação em obras de grande porte cresceu 4%. Já o setor de 
construções industriais pesadas e obras especiais cai gradativamentea cada ano.
Figura 64. Estrutura das empresas.
Figura 53 – Áreas de atuação x tipos de construção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Notas de aula 
 
 
 
 
 
 
Estrutura de grande porte Construções industriais 
pesadas e obras especiais 
Estrutura de médio porte Estrutura de pequeno porte 
 2011 2012 2013 2014 2015 2011 2012 2013 2014 2015 
 2011 2012 2013 2014 2015 2011 2012 2013 2014 2015 
Fonte: Notas de aula.
Em 2015, a capacidade produtiva instalada em aço foi de 2,112 milhões de 
toneladas, porém já é possível notar uma desaceleração do setor a partir de 
2014, em torno de 2% 
Figura 65. Capacidade produtiva.
2011 2012 2016 2014 2015
2.112
milhmilhãmilhão t
1.414
milhãmilhão t
1522
milhão t
1.966
milhmilhãmilhão t
1.654
milhão t
Fonte: Notas de aula.
74
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
Quando ao faturamento do setor, apesar de as empresas muitas vezes não 
apresentarem os seus números reais, estima-se um faturamento na ordem 
de 6,9 bilhões neste setor somente em 2015, mesmo considerando a queda 
proveniente do período de recessão da economia.
Figura 66. Faturamento. 
 8,9 
 
 9,00 9,10 
 6,9 
 
 
 2012 2013 2014 2015 
 
Fonte: Notas de aula.
Fatores que influenciam no custo de uma 
estrutura metálica
Sendo o aço vendido em kg ou ton, ou seja, com muitas variáveis que acabam por 
influenciar significativamente o custo das peças finais fabricadas, relacionamos os 
fatores relevantes a respeito dos custos:
 » seleção de sistema estrutural;
 » projeto dos elementos estruturais individuais;
 » projeto e detalhe das ligações;
 » processo a ser usado na fabricação;
 » especificação para a fabricação e montagem;
 » sistema de pintura e proteção à correção;
 » sistema de proteção contra incêndio;
 » padrão de segurança do trabalho exigido pelo contratante; entre outros.
Segundo a NBR 8800 – Projetos de estruturas de aço e estrutura mistas de aço e 
concreto de edifícios –, entende-se por “projeto” o conjunto de especificações, 
cálculos estruturais, desenho de projeto, de fabricação e montagem dos elementos 
de aço e os desenhos de forma e armação referente às partes de concreto.
75
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
Figura 67. Estrutura mista aço e concreto.
Fonte: https://www.cimentoitambe.com.br/wp-content/uploads/2017/09/estrutura-mista2_pilar.jpg.
Nas informações gerais do projeto de estrutura metálica, deve-se:
 » Constar desenhos de projeto os quais indiquem as normas 
complementares utilizadas bem como especifiquem todos os materiais 
estruturais empregados.
 » Indicar os dados relativos às ações adotadas e aos esforços solicitantes 
de cálculo a serem resistidos sobretudo pelas fundações.
 » Nas ligações parafusadas, indicar tipos de parafuso, contendo a bitola e 
o comprimento e, em parafusos de alta resistência, tipo de protensão e 
tabela de torque.
 » Caracterizar ligações soldadas por simbologia adequada que contenha 
informações completas para sua execução, de acordo com as normas 
técnicas AWS A2.1 A2.4 e ABNT TB-2.
 » Constar nos desenhos de projeto as contraflechas de vigas, treliças de 
banzos paralelos e tesouras de cobertura.
É importante ressaltar que, em obras que contenham peças maiores, os projetos 
já devem conter os pontos de onde ocorrerá o içamento bem como informar a 
sequência de montagem preferencial, e outras situações que possam afetar a 
segurança da estrutura também devem estar descritas (sistema de montagem e 
desmontagem).
https://www.cimentoitambe.com.br/estruturas-mistas-concreto-aco/
76
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
Aspectos particulares ao empreendimento que devem ser de conhecimento do 
projetista no ato de sua contratação:
 » fornecimento de energia;
 » acessibilidade para cargas;
 » área de estocagem para as peças fabricadas;
 » interface com estrutura de suporte e compatibilidade com sistemas 
complementares (águas pluviais, dutos, equipamentos); e
 » prazos, considerando a interdependência fundamental com o sistema 
de ligação estrutural e método executivo de montagem de obra.
A verificação das fundações ou das vigas de suporte deve possuir precisão, pois 
elas influenciarão a qualidade dimensional da montagem, do detalhamento e da 
fabricação da estrutura. Chumbadores, insertos ou outros aparelhos de fixação 
das colunas às bases normalmente são instalados por terceiros, mas devem ser 
verificados pelo montador antes de se iniciar a montagem.
Dependendo do tipo, uma falha na fundação poderá inviabilizar a montagem, 
exigindo adequações ou nova execução de blocos de fundação, vigas e até novas 
perfurações de estacas, refletindo no preço e prazo da obra.
Questões relacionadas ao alinhamento, prumo e nivelamento para a fixação das 
vigas e perfis metálicos são fundamentais, tais como:
 » Os gabaritos devem ser fixados na parte superior das formas.
 » As formas devem estar firmemente contidas, de modo a não se 
deslocarem antes ou durante a concretagem.
 » Para garantir que os chumbadores não se desloquem do prumo, as 
extremidades inferiores devem manter a distância correta em relação 
às formas, usando travamento tridimensional nos chumbadores.
 » As estruturas devem ser montadas a partir de um mesmo plano 
horizontal de referência. As fundações devem ser verificadas através 
da topografia antes do início da montagem.
77
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
Figura 68. Arranques da estrutura metálica.
Fonte: Notas de aula.
 » Se a diferença da base mais alta para a mais baixa exceder 50 mm, 
pode ser necessária alguma intervenção, seja para complementar as 
bases mais baixas, seja para reduzir a altura das mais altas.
 » Verificar se as roscas dos chumbadores das bases estão em condições 
de fixar as porcas das placas de base.
 » Cada base pode receber dois ou mais calços, que devem estar 
perfeitamente nivelados entre si para não introduzir erro de prumos 
nas colunas.
 » Para correção de pequenos erros, calços e cunhas de aço poderão ser 
confeccionados ou utilizados e introduzidos entre as placas e bases.
78
CAPÍTULO 2
Montagem da estrutura metálica
A fase final de uma estrutura metálica é a sua montagem. Após todo o estudo 
e desenvolvimento dos projetos e fabricação das peças, estas chegam na obra 
para execução da montagem. O investimento nesta etapa é em torno de 30% 
em relação ao total gasto no projeto e, caso haja alguma incompatibilidade, os 
investimentos serão muito maiores. O planejamento será de acordo com o tipo 
de projeto desenvolvido e seguirá as seguintes etapas.
 » definição do processo de montagem (esquema construtivo);
 » equipamentos a serem utilizados (locação);
 » prazo; e
 » medidas de segurança recomentadas durante a implantação.
Figura 69. Montagem de estrutura metálica.
Fonte: Notas de aula.
Após a verificação das condições da fundação, locação dos chumbadores e 
entrega do material já fabricado, é preciso apresentar:
 » pátio de estocagem de fácil acesso e próximo ao local de montagem;
 » acessos para os equipamentos e caminhões;
 » fornecimento de energia elétrica;
79
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
 » meio ambiente de trabalho seguindo a legislação vigente;
 » formação de equipes e liberação de frentes de trabalho;
 » compatibilização com outros sistemas;
 » turnos e horários de trabalho, entre outros.
Figura 70. Área de estocagem.
Fonte: Notas de aula.
Para a montagem, deverão ser verificados preliminarmente:
 » alinhamento;
 » nivelamento;
 » esquadro; e
 » prumo.
Figura 71. Montagem de estrutura metálica.
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-euSMXh3EFwY/WgI7q7N9cqI/AAAAAAAAA-0/fBF-clyyCjE4Qgd5HOMRRsXDlKHp80NjACLcBGAs/
s1600/estrutura.jpg.
http://cursoinspetordequalidade.blogspot.com/2017/11/curso-montagem-estrutura-metalica.html
http://cursoinspetordequalidade.blogspot.com/2017/11/curso-montagem-estrutura-metalica.html80
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
O içamento das peças é uma etapa que merece atenção, uma vez que envolve 
aspectos relacionados à segurança, sendo necessário conhecer todas as cargas e 
esforços envolvidos. Essas informações deverão ser repassadas aos fornecedores 
dos equipamentos para o correto dimensionamento dos guindastes e gruas. Estes 
deverão:
 » Calcular a carga.
 » Calcular o centro de gravidade.
 » Definir os acessórios de içamento (cabos, manilhas, viga equalizadora, 
barra espaçadora etc.).
 » Compor as forças.
Figura 72. Içamento de estrutura metálica.
Fonte: http://guinchocadserv.com.br/wp-content/uploads/2016/05/cadserv-guincho-teresina-22-1024x600.jpg.
http://guinchocadserv.com.br/servicos/montagem-de-estruturas-metalicas/
81
CAPÍTULO 3
Patologias nas estruturas de aço
Na construção civil, o maior interesse se dá sobre os aços estruturais de média 
e alta resistência mecânica, termo designado de todos os aços que, devido a sua 
resistência, ductilidade e outras propriedades, são adequados para a utilização em 
elementos da construção civil sujeitos a carregamento.
Figura 73. Classificação – tensão de escoamento.
Tipo 
Limite de escoamento mínimo, 
Mpa 
Aço carbono de média resistência 195 a 259 
Aço de Alta resistência e baixa liga 290 a 345 
Aço ligados tratados termicamente 630 a 700 
 
Fonte: https://metalica.com.br/wp-content/uploads/2019/09/acos-estruturais-04.jpg.
Quando falamos em manifestações patológicas em estruturas metálicas, é 
importante ressaltar que poderão ocorrer por causas diversas:
 » falhas de projeto e de detalhamento;
 » falhas nos processos e detalhes construtivos;
 » qualidade ou utilização inadequada dos materiais;
 » falhas de manutenção ou ausência de manutenção preventiva;
 » sobrecarga ou concentração de tensões;
 » utilização indevida da estrutura; e
 » variações térmicas.
As mais usuais encontradas nas estruturas aço são:
 » Corrosões: são classificadas como localizada ou generalizada, mas 
também podemos encontrar algumas variações que assumem outras 
formas e aparências superficiais, com formação mais ou menos 
irregular, ou ainda com formação de fissuras ou formação de pites. 
https://metalica.com.br/acos-estruturais-2/
82
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
Iniciaremos apresentando os conceitos das corrosões localizadas e 
generalizadas e posteriormente a Figura 73, que contém estas e as 
demais possibilidades.
 › Corrosão localizada: está ligada a drenagem das águas pluviais 
bem como a deficiências nos detalhes construtivos, levando ao 
acúmulo de umidade, água e agentes agressivos.
Figura 74. Corrosão localizada.
Fonte: http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistainiciacao/wp-content/uploads/2016/11/15.175_IC.pdf.
 › Corrosão generalizada: causada pela falta de utilização de 
proteção contra o processo de correção.
Figura 75. Corrosão generalizada.
Fonte: http://incopre.com.br/wp-content/uploads/2015/09/corrosao-concreto-2.jpg.
http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistainiciacao/wp-content/uploads/2016/11/15.175_IC.pdf
83
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
Figura 76. Tipos de corrosão.
Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/wp-content/uploads/2019/10/tipos-de-corros%C3%A3o.png.
 » Flambagem local ou global: causada pelo uso de modelos 
estruturais incorretos para a verificação da estabilidade, ou 
deficiências no enrijecimento local de chapas, ou ainda por efeitos 
de imperfeições geométricas não consideradas nos cálculos e 
projetos.
 » Fratura e propagação de fraturas: falhas iniciadas devido 
a concentração de tensões, a detalhes de projetos equivocados, 
a defeitos nas soldas, ou a possíveis variações de tensões não 
mensuradas em projeto.
 » Deformações excessivas: neste cas,o temos sobrecargas ou efeitos 
térmicos não previstos no projeto original, ou ainda deficiências na 
disposição de travejamentos.
Figura 77. Deformações excessivas.
Fonte: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3144/tde-04092008-155911/publico/6_cap.pdf.
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3144/tde-04092008-155911/publico/6_cap.pdf
84
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
Incompatibilidade de projetos
A falta de comunicação entre os projetistas e tempo hábil para desenvolvimento do 
projeto leva a incompatibilidades somente percebidas quando da montagem. Na 
Figura 75, vemos um exemplo desse problema ocorrendo entre as disciplinas de 
estrutura de aço e estrutura de concreto.
Figura 78. Incompatibilidade de projetos.
Fonte: https://www.researchgate.net/publication/308180886/figure/fig1/AS:540484147703810@1505872870503/FIGURA-1-
Situacao-de-falhas-na-estrutura-metalica-devido-a-incompatibilidade-de-projeto.png.
Falha de gabarito
Uma das falhas recorrentes diz respeito ao gabarito das furações para passagens 
dos parafusos, que muitas vezes não estão com o diâmetro correto ou no local 
adequado, conforme demostram as imagens abaixo.
Figura 79. (a) Falha no gabarito de furação – (b) Furos não previstos nos projetos.
Fonte: https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-
ESTRUTURAS-METALICAS.pdf.
https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-ESTRUTURAS-METALICAS.pdf
https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-ESTRUTURAS-METALICAS.pdf
85
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
Falta de parafusos
A fiscalização durante o processo de montagem deve ser constante, para evitar a 
ocorrência de falhas como a falta de parafuso de ligação em uma estrutura.
Figura 80. Falta de parafusos.
Fonte: https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-
ESTRUTURAS-METALICAS.pdf.
Subdimensionamento de peças estruturais
Os erros de projeto ou em suas revisões podem impactar em perdas de peças 
estruturais e, muitas vezes, chegar a colapsar a estrutura.
Figura 81. Subdimensionamento de peças estruturais.
Fonte: https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-
ESTRUTURAS-METALICAS.pdf.
https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-ESTRUTURAS-METALICAS.pdf
https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-ESTRUTURAS-METALICAS.pdf
https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-ESTRUTURAS-METALICAS.pdf
https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-ESTRUTURAS-METALICAS.pdf
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UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
Em resumo, as principais falhas ocorridas nas estruturas metálicas são:
 » falhas de projeto e de detalhamento; 
 » falhas nos processos e detalhes construtivos; 
 » falhas de manutenção ou ausência de manutenção preventiva; e
 » utilização indevida da estrutura.
Figura 82. Falhas (%).
 
Cálculo, 
Detalhamento, 
Plantas Executivas 
e Construtivas, 
Plantas de 
Montagem
41%
Erros de re-
orientação, 
Modificação de 
projeto, Não 
cumprimento de 
normas, Falta de 
definição de projeto, 
Modificação nos 
materiais
32%
Materiais
16%
Uso
11%
%
Cálculo, Detalhamento, Plantas Executivas e Construtivas, Plantas de Montagem
Erros de re-orientação, Modificação de projeto, Não cumprimento de normas, Falta de definição
de projeto, Modificação nos materiais
Materiais
Uso
Fonte: https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-
ESTRUTURAS-METALICAS.pdf.
Ao longo do texto, foi possível verificar que podemos incorrer em falhas nas 
diversas etapas de uma obra, desde o projeto, passando pela construção, até a 
sua manutenção. Sendo assim, executar um projeto e obras dentro das normas 
técnicas e seguir boas práticas de manutenção são ações efetivas para a vida útil 
de uma construção.
https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-ESTRUTURAS-METALICAS.pdfhttps://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-ESTRUTURAS-METALICAS.pdf
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durabilidade – notas de aula. IPOG, 2019.
TORAYA, Juan de las Cuevas. Un siglo de Cemento en Latinoamérica, Instituto 
Mexicano del Cemento y el Concreto. México: IMCYC, 1999. Disponível em: https://
www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.028/748/pt Acesso em: 13 jul. 
2020.
TRINDADE.; Diego dos Santos da. Patologia em Estruturas de concreto 
armado. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia 
Civil) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 2015. Disponível 
em: http://coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2015/TCC_DIEGO%20
DOS%20SANTOS%20DA%20TRINDADE.pdf. Acesso em: 13 jul. 2020.
USP. Comportamento estrutural. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/
disponiveis/3/3144/tde-04092008-155911/publico/6_cap.pdf. Acesso em: 13 jul. 
2020.
XI SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE (ata). 
Perspectivas de Desenvolvimento num Mundo Globalizado- Escola Superior 
de Educação - Instituto Politécnico do Porto – Porto – Portugal, 2015.
ZUCCHI, Fernando Luiz. Técnicas para o reforço de elementos estruturais. 
2015. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Civil) – Universidade 
Federal de Santa Maria, UFSM, RS, 2015. Disponível em: http://www.ct.ufsm.br/
engcivil/images/PDF/2_2015/TCC_FERNANDO%20LUIZ%20ZUCCHI.pdf. Acesso 
em: 13 jul. 2020.
http://serpolengenharia.com.br/2018/10/02/concreto-aparente-tratamento/
http://serpolengenharia.com.br/2018/10/02/concreto-aparente-tratamento/
https://doi.org/10.31072/rcf.v10i1.804
http://coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2015/TCC_DIEGO%20DOS%20SANTOS%20DA%20TRINDADE.pdf
http://coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2015/TCC_DIEGO%20DOS%20SANTOS%20DA%20TRINDADE.pdf
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3144/tde-04092008-155911/publico/6_cap.pdf
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3144/tde-04092008-155911/publico/6_cap.pdf
	_Hlk46273361
	Apresentação
	Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa
	Introdução
	Unidade I
	Estruturas de Concreto
	Capítulo 1
	Linha do tempo e evolução 
	Capítulo 2
	Materiais de Compõem a Mistura 
	Capítulo 3
	Normas técnicas 
	Unidade II
	Patologia
	Capítulo 1
	Patologias em concreto armado
	Capítulo 2
	Agentes causadores 
	Capítulo 3
	Análise das possíveis causas
	Unidade III 
	Principais Ocorrências Patológicas em Concreto Armado e Terapias
	Capítulo 1
	Fissuras e eflorescências 
	Capítulo 2
	Corrosão de armaduras e flechas excessivas
	Capítulo 3
	Manchas no concreto aparente e ninhos de concretagem
	Unidade IV
	Estruturas Metálicas
	Capítulo 1
	Perfil do setor – projetos e montagem
	Capítulo 2
	Montagem da estrutura metálica
	Capítulo 3
	Patologias nas estruturas de aço
	Referênciasa edificação 
também tem um ciclo de vida útil, que sofrerá influência devido à qualidade de 
9
sua construção e, principalmente, à existência ou não de manutenções periódicas. 
Sobre a qualidade da construção, caberá ao construtor providenciar as correções e 
reparos necessários. A existência de uma patologia poderá ocorrer devido a vários 
fatores: falhas no projeto, má qualidade de materiais, mão de obra inadequada, 
falta de planejamento etc. Negligenciar as correções refletirá, para o proprietário, 
na desvalorização do seu imóvel; já para a construtora, resultará em propaganda 
negativa, comprometendo assim vendas futuras.
Com relação às manutenções periódicas, durante a vida útil do empreendimento, 
dependerá do condomínio, mas é importante ressaltar que, quanto mais rápida a 
resolução dos pequenos problemas, melhor será possível evitar os grandes. 
Entre as patologias mais comuns observadas na construção civil, podemos 
ressaltar as nas estruturas de concreto, que podem ou não influenciar a 
durabilidade e a segurança da edificação.
Objetivos
Este material objetiva atender os requisitos propostos pela ementa do curso 
apresentando:
 » Conceito e tipos de patologias.
 » Verificação dos principais agentes causadores.
 » Apresentação das manifestações patológicas.
 » Diagnósticos, recuperação e custos para reparos dos danos.
10
11
UNIDADE IESTRUTURAS DE 
CONCRETO
CAPÍTULO 1
Linha do tempo e evolução 
Um tipo de concreto obtido com a mistura de cal e pozolana já era utilizado na 
Roma antiga, porém esses materiais eram somente provenientes da extração 
natural de cinzas vulcânicas, acrescidas de cal e água do mar; o material resultante 
se tornava mais forte com o acréscimo de tempo. 
Figura 1. Roma antiga.
Fonte: http://www.minutoengenharia.com.br/uploads/posts/595/como-era-feito-o-concreto-da-roma-antiga.jpg.
A produção industrializada do cimento Portland se iniciou na Inglaterra em 
princípios do século XVIII; assim, foi possível pensar em dosagens especificas de 
agregados e cimentos endurecidos a partir da adição de água. A pedra endurecida 
ficou conhecida como concreto simples. 
12
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
Mesmo com a sua anterior utilização, somente em 1824 foi desenvolvido um 
processo para a produção do cimento Portland, cujo idealizador foi o empreiteiro 
Joseph Aspdin. Podemos verificar, a seguir, as imagens dos fornos desenvolvidos 
para a produção. O material recebeu esse nome devido à semelhança com pedras 
calcárias da Ilha de Portland, na Inglaterra.
Figura 2. Fornos de aparência de garrafas.
Fonte: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.028/748/pt.
Podemos citar outras datas marcantes na evolução e utilização do concreto pelo 
mundo:
Figura 3. Evolução do concreto – linha do tempo.
 
Uso de 
 material 
semelhante 
 ao concreto 
Ensaios sobre o 
concreto armado 
e publicação de 
 resultados (Haytt) 
Compra da 
patente de 
Monier e 
revenda 
Teoria de 
dimensionamento de 
elementos em concreto 
armado (Mörsch) 
Utilização 
 do concreto 
 em escala 
 mundial 
Barco em argamassa de 
 cimento, areia e fios de 
arame (Lambot) 
Fabricação 
do cimento 
 Portland 
(Aspidin) 
Vasos de 
flores 
 em 
argamassa 
 de cimento, 
areia e malha 
 de aço, início 
da divulgação 
do concreto 
 (Monier) 
Novas 
 patentes e 
divulgação 
do 
concreto 
em outros 
países 
(Monier) 
Patentes de 
viga com 
 armação 
(Hennebique) 
Primeira 
norma sobre 
o concreto 
armado 
Reconhecimento 
da importância 
da protensão na 
 construção civil 
Wayss compra patentes de Monier, funda 
empresa que realiza ensaios e publica resultados 
que inspiram Koenen a desenvolver uma base de 
cálculo para o concreto 
Desenvolvimento dos 
princípios do concreto 
 protendido (Mörsch e Koenen) 
Protensão 
de armadura 
(Döhring) 
Tempos 
romanos 
1824 
184
9 
187
7 
186
1 
188
4 
188
8 
190
0 
191
2 
194
5 
187
8 188
6 
189
2 
190
4 
192
8 
Fonte: PORTO; FERNANDES, 2015.
https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.028/748/pt
13
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Concreto armado no Brasil
Apesar de inventado na Europa, o concreto armado foi amplamente difundido em 
diversos países, chegando ao Brasil no final do século XIX. 
Primeiramente aplicado em tubulações hidráulicas, passou rapidamente a ser 
utilizado nas edificações, permitindo que verticalizações atingissem grandes alturas, 
vencessem grandes vãos etc. Importante destacar que os cálculos estruturais, a 
princípio, eram desenvolvidos no exterior. Entre os edifícios altos (mais de 100 
metros) construídos no Brasil utilizando o concreto armado, na década de 1930, 
podemos destacas o edifício Martinelli, na cidade de São Paulo, e o edifício 
conhecido como A Noite, no município do Rio de Janeiro, este considerado como 
um mirante da cidade por muitos anos.
Figura 4. Edifício A Noite – 102 metros de altura.
Fonte: https://diariodorio.com/wp-content/uploads/2015/05/A-Noite-Edificio.jpg.
Em 1924, ocorreu uma expansão da utilização do concreto armado no Brasil a 
partir da associação entre a Companhia Construtora em Cimento Armado e a 
empresa Wayss & Freytag, possibilitando também a formação de engenheiros 
brasileiros. Apesar do desenvolvimento de outros materiais para execução das 
estruturas, o concreto foi e é ainda hoje muito utilizado no Brasil.
14
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
Quando falamos nas propriedades plásticas do concreto, não podemos deixar 
de mencionar que um dos maiores arquitetos brasileiros: Oscar Niemeyer foi um 
pioneiro na exploração dessas propriedades, utilizando muitas curvas e formas 
ousadas em seus projetos, viabilizadas a partir da utilização do concreto armado. 
15
CAPÍTULO 2
Materiais que compõem a mistura 
Devido a sua qualidade, flexibilidade e resistência, o concreto é amplamente 
utilizado na construção civil no Brasil e em outros países. Contudo, sua eficiência é 
reduzida à medida que há baixa qualidade em sua mensuração, emprego e aplicação. 
Para estudarmos as patologias encontradas no concreto armado, se faz necessário 
iniciarmos conceituando os elementos envolvidos.
Figura 5. Misturas: Concreto – Pasta – Argamassa.
 
 
Concreto = aglomerantes + água + agregado miúdo + agregado graúdo 
 
 Pasta 
 
 Argamassa 
 
 
 
 
 
Fonte: (CLÍMACO, 2008, p.33 – adaptado).
Conhecemos como “concreto simples” a mistura acima descrita, cuja durabilidade 
é semelhante à da pedra natural; possui excelente resistência a compressão, 
ainda de fácil trabalhabilidade, transporte e moldagem. Todavia, quando a 
força solicitada é de tração, passa a resistir de 1/5 a 1/15 quando comparada à 
resistência à compressão. 
Após estudos visando aumentar a resistência à tração, principalmente em peças 
submetidas a flexão, a mistura passaria a utilizar barras de aço, surgindo assim o 
concreto armado. A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas –, em sua 
publicação NBR 6118 (2014) – Projeto de Estrutura de Concreto – Procedimento, 
apresenta as seguintes definições sobre o tema.
 » Elementos de concreto simples estrutural: elementos 
estruturais elaborados com concreto que não possuem qualquer 
tipo de armadura, ou que a possuem em quantidade inferior ao 
mínimo exigido para o concreto armado.
16
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
 » Elementos de concreto armado: aqueles cujo comportamento 
estrutural depende da aderência entre o concreto e armadura, e nos 
quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da 
materialização dessa aderência.
Figura 6. a. Concreto simples b. Concreto armado.
 
 
a 
b 
Concreto Compressão 
Tração fissuras armaduras 
Fonte: http://arquitetandoestruturas.weebly.com/uploads/7/4/0/3/74037971/9443831.jpg?488.
Mas, antes de citar todas as normas envolvidas na fabricação e execução dos 
diversos serviços que utilizam o concreto simples ou armado, é precisoconceituar 
os elementos que compõem essa mistura, conforme apresentado na Figura 6.
Cimento Portland
Anteriormente mencionado neste texto, apresentamos, a seguir, o processo 
de fabricação do cimento Portland com maior detalhamento. Atualmente 
encontramos variações mais específicas do produto inicial, ou seja, além do 
cimento comum, encontramos no mercado os cimentos especiais e compostos.
A temperatura para a obtenção do cimento tipo Portland, por meio da calcinação, 
chega a em torno de 1.500 °C. Para sua obtenção, temos, na mistura, calcário, 
argila composta por quantidades de alumínio e ferro, e a gipsita com elevado teor 
de finura, conhecida como “material controlador da pega”.
Obtemos, após o resfriamento desses insumos, um produto aglomerado em partes 
com dimensão variáveis de 2 a 20 mm – somente após a moagem desse material 
final, que possui o nome de clínquer, é que temos o cimento Portland.
http://arquitetandoestruturas.weebly.com/blog/march-29th-2016
17
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Cimento Portland comum (CPI/CPI-S)
O cimento Portland é o mais usual, uma vez que é utilizado sempre que as 
características da construção não exigem propriedades especiais, como atingir 
uma resistência ainda mais elevada ou a um determinado agente agressivo.
Sua classificação é dada por CP 1-25, CP 1-32 e CP 1-40, conforme a resistência (em 
MPa), alcançada aos 28 dias. A verificação é realizada por meio de corpos-de-prova 
moldados rompidos pelo método MB-1 (NBR – 7215).
Cimento Portland de alta resistência inicial 
(CP V-ARI)
Utilizado quando se necessita de alta resistência inicial, trata-se do aglomerante 
hidráulico. Pode obter essa característica: por alteração da composição química; 
por um maior tempo de cozedura e temperaturas mais elevadas; intensificando-se o 
processo de moagem do clínquer.
Esse material é recomendável quando a peça estrutural necessitar desformar 
rapidamente por questões emergenciais, por exemplo. Todavia, como este cimento 
desprende um maior calor de hidratação do que o cimento CPI, é possível o 
aparecimento de fissuras. Outro problema observado diz respeito ao seu maior 
teor de Ca(OH), o que pode representar uma menor durabilidade do que o cimento 
comum.
Cimento Portland de alto-forno (CP III)
É o resultado da mistura de clínquer, ainda não passada pelo processo de moagem 
final com a escória de alto-forno. Ou seja, os dois materiais passam juntos 
pela moagem final. Uma das suas vantagens em relação ao cimento comum diz 
respeito ao calor de hidratação, que, neste caso, é mais lento, sendo também 
mais resistente a sulfatos. 
É importante ressaltar que o aparecimento das vantagens ocorre somente quando 
a substituição pela escória for superior a 40% da mistura total. Sua indicação é 
para concretagem de grandes peças; essa quantidade de escória, todavia, pode 
resultar em um endurecimento mais lento, o que pode incrementar o processo de 
cura.
18
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
Cimento Portland resistente aos sulfatos
O material resistente a sulfatos deve possuir uma composição diferenciada na 
mistura quando comparado à utilização de cimento comum. Entre as principais 
alterações, destacamos que:
 » o teor de C3A do clínquer seja igual ou inferior a 8%, e cujo teor 
de adições carbonáticas seja igual ou inferior a 5% da massa do 
aglomerante total;
 » o teor de escória granulada de alto-forno (CP III) esteja entre 60% e 
70%;
 » o teor de materiais pozolânicos (CP IV) esteja entre 25% e 40%;
 » tenham antecedentes com base em resultados de ensaios de longa 
duração, ou referências de obras que comprovadamente indiquem 
resistência a sulfatos.
Cimento Portland pozolânico (CPIV)
Para a produção deste material, é utilizada a mistura do clínquer de cimento e 
cimentos pozolânicos, variando o percentual de utilização deste material em 
relação à mistura entre 15% e 50%.
Estes materiais pozolânicos podem ser naturais (cinzas vulcânicas) ou produzidos 
artificialmente (cinzas resultantes da combustão do carvão). Constituídos por sílica 
e alumina, quando em contato com hidróxido de cálcio e água, formam um material 
análogo ao cimento
Cimento Portland branco estrutural (CPB)
Conhecido mais como cimento branco, principalmente devido a sua coloração, 
uma vez que possui baixos teores de óxido de ferro e manganês, é alcançado por 
processo de moagem e resfriamento diferenciado do cimento Portland comum. 
Para que seja considerado cimento branco, deve possuir um índice de brancura 
superior a 78%. Esse cimento é regulamentado pela norma NBR 12989 e possui 
duas subdivisões: o cimento Portland branco estrutural e o não estrutural.
19
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
A produção do cimento branco utiliza calcário branco, e a sua resistência é 
muito superior ao produto tradicional. Mais utilizado em projetos nos quais 
temos a moldagem de peças específicas (arquitetura mais arrojada), devido a sua 
flexibilidade.
Figura 7. Cimentos brasileiro e normas.
Designações Classes Norma ABNT 
Cimento Portland comum 
CP I-25 
NBR – 5732 CP I-32 
CP I-40 
Cimento Portland comum 
CP I-S-25 
NBR – 5732 CP I-S-32 
CP I-S-40 
Cimento Portland composto 
CP II-E-25 
NBR – 11578 CP II-E-32 
CP II-E-40 
Cimento Portland composto 
CP II-Z-25 
NBR – 11578 CP II-Z-32 
CP II-Z-40 
Cimento Portland composto 
CP II-F25 
NBR – 11578 CP II-F-32 
CP II-F-40 
Cimento Portland de alto-forno 
CP III – 25 
NBR – 5735 CP III – 32 
CP III – 40 
Cimento Portland pozolânico 
CP IV – 25 
NBR – 5736 
CP IV – 32 
Cimento Portland de alta 
resistência inicial 
CP V – ARI NBR – 5733 
 
Fonte: (SOUZA; RIPPER, 1998).
20
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
Figura 8. Resistência e durabilidade dos cimentos fabricados no Brasil.
Influências Comum e 
composto 
Alto-forno Pozolânico ARI Resistente 
aos 
sulfatos 
Branco 
estrutural 
Resistência à 
compressão 
Padrão Menor nos 
primeiros 
dias e 
maior no 
final da 
cura 
Menor nos 
primeiros 
dias e maior 
no final da 
cura 
Muito 
maior nos 
primeiros 
dias 
Padrão Padrão 
Calor gerado na 
reação cimento x 
água 
Padrão Menor Menor Maior Padrão Maior 
Impermeabilidade Padrão Maior Maior Padrão Padrão Padrão 
Resistência aos 
agentes agressivos 
Padrão Maior Maior Menor Maior Menor 
Durabilidade Padrão Maior Maior Padrão Menor Padrão 
 
Fonte: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/concreto-preparado-na-obra/execucao/58/
concreto-preparado-na-obra.html.
O crescimento da produção de cimento pelo mundo é continua, China, Índia e 
Estados Unidos, juntos respondem por 66 por cento de todo cimento produzido 
no mundo.
Figura 9. Vendas em milhões de toneladas.
 
 
 
60 
 
VENDAS EM MILHÕES DE TONELADAS 
VE
N
D
AS
 E
M
 M
IL
H
Õ
ES
 D
E 
TO
N
EL
AD
AS
 
 2016 X 2017 
120 
 
100 
 
 20 
 
40 
 
80 
 
Lafarge Holcim HeidelbergCement Cemex UltraTech Cement Dangote 
1° semestre 2016 
 
1° semestre 2017 
 
 
 Fonte: https://cimento.org/wp-content/uploads/2017/09/Vendas-Cimento-dos-Maiores-do-mundo-em-2017-768x483.png.
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/concreto-preparado-na-obra/execucao/58/concreto-preparado-na-obra.html
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/concreto-preparado-na-obra/execucao/58/concreto-preparado-na-obra.html
21
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Água
A quantidade de água utilizada na mistura define o que se chama de “fator 
água/cimento” (Figura 10), que influencia diretamente na resistência final do 
concreto. 
A estrutura pode desenvolver sintomas patológicos graves caso seja empregada 
água não-potável ou com forte presença de cloretos, pois pode contribuir de modo 
significativo para o efeito corrosivo nas armaduras de aço.
Figura 10. Decréscimo da resistência à compressão com o aumento do fator água/cimento.
 
 
0
10
20
30
40
50
0,4 0,6 0,8 1 1,2
R
es
is
tê
nc
iaà
 c
om
pr
ee
ns
ão
 –
M
Pa
Relação água/ cimento Relação água/cimento 
R
es
is
tê
nc
ia
 
à 
co
m
pr
es
sã
o 
– 
M
PA
 
0,4 0,6 0,8 1 1,2 
50 
40 
30 
20 
20 
0 
Fonte: (SOUZA; RIPPER, 1998).
Agregados
A utilização de agregados nas misturas de concreto aumenta sua resistência 
quanto aos esforços mecânicos, além de reduzir a retração na peça. Considerados 
inicialmente inertes, é sabido que possuem características químicas e físicas que 
são capazes de intervir no comportamento do concreto.
Quando da sua utilização, devem ser verificados o teor de umidade – uma vez que 
pode alterar o fator água/cimento – e a existência de materiais que podem conter 
carbono ou torrões de argila, que reduzem a qualidade da mistura final.
A granulometria utilizada deve ser tal que permita a trabalhabilidade e 
uniformidade, tendo grande influência sobre a qualidade final. Assim, torna-se 
possível uma importante redução da quantidade de pasta de cimento para uma 
produção de material com excelente qualidade.
22
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
Os agregados utilizados no concreto de cimento Portland são os graúdos (britas) 
e os miúdos (areias), cada um com determinada função e propriedade específica. 
Para os agregados miúdos, o ideal é termos um material com boa distribuição 
granulométrica, não somente de um único tamanho. Outro fator importante que 
já foi comentado anteriormente é o fator água/cimento; logo, saber o teor de 
umidade da areia é essencial para não comprometer a durabilidade e a resistência 
da estrutura.
Figura 11. Agregados para concreto.
Fonte: https://www.visualconcretos.com.br/wp-content/uploads/2018/11/agregados-para-concreto-768x330.jpg.
A areia é necessária para possibilitar as reações químicas do cimento, as quais 
são chamadas de “reações de hidratação”, que irão garantir as propriedades de 
resistência e durabilidade do concreto. Também têm a função de proporcionar seu 
manuseio. 
Já para os agregados graúdos (britas), devemos verificar a dimensão das peças 
a serem concretadas, bem como se serão ou não armadas (utilização de aço na 
estrutura), visando a utilização de dimensões adequadas. É importante que 
não haja uma grande quantidade de material pulverulento, uma vez que pode 
exigir uma maior quantidade de água, ocasionando assim acréscimo de cimento 
Portland na mistura e consequente aumento do custo.
Outro controle que se faz necessário é do formato dos grãos. Para tanto, temos 
que verificar o índice de forma do agregado, que é a relação entre a maior e 
a menor dimensão de grão (altura e comprimento). O resultado melhor será o 
menor índice de forma, pois teremos uma redução de vazios, o que também terá 
grande influência no consumo do cimento e, consequentemente, no custo final 
da mistura.
23
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Aditivos
Os aditivos utilizados na mistura do concreto de cimento Portland têm como 
objetivo melhorar as propriedades do concreto fresco, mas também após o 
seu endurecimento. As substâncias químicas que compõem os aditivos serão 
misturadas ao concreto em dosagens previamente estudadas para que, no 
momento da utilização, seu preparo seja facilitado.
Entre as principais vantagens dos aditivos podemos destacar:
 » aumento da plasticidade do concreto sem acréscimo de água;
 » redução da segregação e exsudação;
 » aumento ou redução rápida do incremento da resistência;
 » redução do calor de hidratação; e
 » aumento da durabilidade do concreto.
Figura 12. Adição de aditivo ao concreto.
Fonte: https://s3.amazonaws.com/mapa-da-obra-producao/wp-content/uploads/2018/12/aditivos-de-concreto.jpg.
A utilização dos aditivos no concreto é importante para a construção civil, sua 
utilização sendo possível em pequenas, médias e grandes obras, principalmente à 
medida que se almeja uma excelente qualidade final.
A adição deste produto é feita durante o processo de preparação da mistura, 
em quantidade não superior a 5% em relação à massa do material. Normalmente 
apresenta-se em forma liquida ou em pó.
24
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
Aço
O aço é obtido através da mistura de minério de ferro, coque (retirado de 
carvão mineral), e fundentes (como as “castinas”, que são argilas calcárias,que 
funcionam também como corretor de pH), que são sintetizados em um 
equipamento chamado alto-forno, sob temperaturas da ordem de 1500 ºC 
(FREITAS, 2007). O aço é uma liga de ferro e carbono adicionada a outros 
elementos como o silício, fósforo enxofre etc., sendo que seu teor de carbono 
pode variar de 0% a 1,7%.
O aço adere ao concreto, não permitindo que haja nenhum tipo de escorregamento 
do vergalhão interno das peças. Sua aderência decorre da existência das nervuras 
ou entalhes na barra. Para dessa aderência entre aço e concreto, é utilizada uma 
medida quantitativa baseada no coeficiente de conformação superficial das barras 
(η), conforme a NBR 7480:2007 a qual estabelece seus valores mínimos.
Figura 13. Valores mínimos de η para φ ≥ 10 mm conforme a NBR 7480:2007. 
Categoria CA-25 CA-50 CA-60 
Coeficiente de conformação 
superficial para Ø ≥ 10mm 1,00 1,50 1,50 
 
Fonte: http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/03%20Acos.pdf.
Para as barras lisas, também é possível encontrar este efeito, em razão das 
irregularidades existentes próprias destas barras quando do processo de laminação.
Figura 14. Barras de aço para a construção civil.
Fonte: https://www.redfer.com.br/images/artigos/barras-de-aco-para-construcao-civil.jpg.
http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/03%20Acos.pdf
25
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Quando executado em uma espessura mínima, conhecida como “cobrimento”, e a 
relação de água e cimento estiverem dimensionados adequadamente, a interação 
entre os dois permite a proteção da armadura tanto fisicamente (cobrimento da 
armadura) como quimicamente (alcalinidade do concreto).
Para que seja utilizado na construção civil, o aço deve possuir as seguintes 
características:
 » boa resistência a corrosão;
 » elevado valor da relação entre limite de resistência e limite de 
escoamento;
 » homogeneidade;
 » ductilidade; e
 » soldabilidade.
Vantagens e desvantagens do uso do 
concreto simples ou armado
Como todo procedimento ou material empregado, a utilização do concreto armado 
nas obras possui vantagens e desvantagens. Bastos (2006) cita as vantagens no seu 
uso: 
 » Economia: especialmente no Brasil, os seus componentes são 
facilmente encontrados e relativamente a baixo custo.
 » Conservação: em geral, o concreto apresenta boa durabilidade, 
desde que seja utilizado com a dosagem correta. É muito importante a 
execução de cobrimentos mínimos para as armaduras.
 » Adaptabilidade: favorece a arquitetura, por sua fácil modelagem.
 » Rapidez de construção: a execução e o recobrimento são 
relativamente rápidos.
 » Segurança contra o fogo: é assegurada caso haja um cobrimento 
mínimo adequado.
 » Impermeabilidade: é assegurada desde que dosado e executado de 
forma correta.
26
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
 » Resistência a choques e vibrações: os problemas de desgaste 
mecânico e fadiga são menores. 
Também encontramos uma série de desvantagens na utilização do concreto, 
tendo como as principais:
 » peso próprio elevado, relativamente à resistência; 
 » reformas e adaptações de difícil execução; 
 » fissuração (ocorre e deve ser controlada); e
 » baixo grau de proteção térmica, transmite calor e som. 
Quanto à durabilidade do concreto, será necessário avaliar diversos aspectos 
quando da fabricação e seus materiais, aplicação, projeto etc. 
Durabilidade da estrutura
Em certos ambientes, a estrutura é relativamente afetada por ações físicas, como 
a variação de temperatura e ação da água, além de outros elementos químicos, 
como elementos ácidos, sulfatos e cloretos. Com a interação dessas ações químicas 
diretamente na estrutura, seu estado inicial será modificando e não exerceráa 
funcionalidade inicialmente projetada que o aço tem com o concreto. 
Podemos analisar se a estrutura foi projetada adequadamente, desde sua 
concepção de projeto, no qual podemos considerar diversos fatores para 
determinarmos o quão durável ela é.
Envelhecimento e deterioração
Agressividade em ambientes 
Para determinar a agressividade, a norma da ABNT NBR 6118 (2014) relaciona 
as ações físicas e químicas nos ambientes que interagem diretamente com 
os elementos estruturais, independentemente de serem ações mecânicas, 
hidráulicas e outras previstas em seu dimensionamento. Podem ser classificadas 
de acordo com o ambiente e risco de deterioração da estrutura, de um nível de 
risco insignificante até um grau elevado de deterioração.
Em ambientes mais agressivos, essa interação entre elementos estruturais 
funciona de forma diferente, além de sua durabilidade e fatores externos que nela 
implicam. 
27
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Em áreas litorâneas, as construções próximas ao mar estão predispostas a fatores 
ambientais, que acabam sendo agressivos às estruturas de concreto armado, o que, 
muitas vezes, é maior na parte externa do que na estrutura interna do elemento.
28
CAPÍTULO 3
Normas técnicas 
A normatização brasileira foi criada em 1940 e nomeada ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas), tendo sua primeira norma denominada como 
NB-1.
Com relação especificamente à execução e utilização do concreto, temos uma 
série de normas técnicas visando uma padronização, a mantendo e indicando 
materiais de qualidade para as obras. Antes dessa padronização, tínhamos 
muitos problemas com relação ao insumo utilizado e consequentemente ao 
produto final.
Tal mudança agregou qualidade tanto para consumidores como para as empresas, 
e seus fornecedores possuem padrão estabelecido de excelência. As exigências para 
adequação e fornecimento por parte das usinas é grande; todavia, resultam no 
crescimento das indústrias.
O concreto se difere de acordo com a especialidade, seja uma obra de pequeno 
ou médio porte, seja uma obra industrial, seja uma obra de infraestrutura, como 
rodovias e pontes. Cada obra dessas tem suas normas técnicas específicas e bem 
regulamentadas.
Essas normas são chamadas de NBR, abreviação para “Normas Brasileiras”. A NBR 
não está vinculada somente ao concreto, mas estabelece diretrizes e orientações 
acerca de milhares de materiais, produtos e serviços.
Figura 15. Industria de cimento Portland.
Fonte: https://blog.apl.eng.br/wp-content/uploads/2018/08/233285-norma-abnt-as-exigencias-tecnicas-para-o-concreto-de-
cimento-portland.jpg.
29
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Especificamente para projetos de concreto – sendo este simples, armado ou 
protendido – utilizamos a norma NBR 6118 (2014), que estabelece os requisitos 
exigíveis para as estruturas. Além da NBR 6118 (2014), podemos citar uma série 
de normas específicas para a fabricação e utilização do concreto, entre as quais 
destacamos:
 » NBR 6118 (2014): Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.
 » NBR 9607 (1986): Provas de carga em estruturas de concreto armado 
e protendido.
 » NBR 7480 (1996): Barras e fios de aço destinados a armaduras para 
concreto armado.
 » NBR 6123/Er2:2013: Forças devido ao vento em edificações – 
Procedimento.
 » NBR 6120 (1980): Cargas para o cálculo de estruturas de 
edificações.
 » NBR 14931 (2003): Execução de estruturas de concreto – 
Procedimento.
 » NBR 8548 (1984): Barras de aço destinadas a armaduras para 
concreto armado com emenda mecânica ou por solda – Determinação 
da resistência à tração.
 » NBR 7211 (2005): Agregados para concreto – Especificação.
 » NBR 7191 (1982): Execução de desenhos para obras de concreto 
simples ou armado.
 » NBR 12654 (1992): Controle tecnológico de materiais componentes 
do concreto.
 » NBR 12655 (1996): Concreto – Preparo, controle e recebimento.
30
UNIDADE IIPATOLOGIA
Quando remetemos ao conceito de “patologia” encontramos, em diversos 
dicionários, o significado relacionado à ciência médica, ou seja, como a 
ciência que estuda a origem, os sintomas e a natureza das doenças. De modo 
geral, podemos dizer que a definição leva ao entendimento de investigação e 
classificação das causas, processos, sintomas etc.
CAPÍTULO 1
Patologias em concreto armado
Mencionamos o surgimento do concreto e todos os benefícios que apresenta, o 
que fez com que sua utilização se expandisse. À medida desse aumento, foi sendo 
verificado o aparecimento de manifestações patológicas, que tinham diversas 
origens, dentre elas a utilização de mão de obra com baixa qualificação, além de 
má qualidade e má utilização do próprio material.
Não só no Brasil como em todo mundo, ocorreu a utilização em massa do 
concreto armando, inicialmente focado em habitações, executadas com cada vez 
maior velocidade, e também em obras de arte, sendo possível vencer grandes 
vãos. Visando melhor entendimento, se faz necessário apresentar o conceito de 
patologia em concreto armado utilizado por estudiosos no tema. 
Segundo Helene (1992), se entende por patologia do concreto armado a 
ciência que estuda os mecanismos, sintomas, origens e causas dos problemas 
patológicos que podem ser encontrados em estruturas de concreto armado. 
Lembrando que, para qualquer dano, existe a possiblidade de vários fatores 
serem responsáveis. Estes danos podem causar desde apenas alguns incômodos 
para aqueles que irão utilizar a obra posteriormente ao seu término – tais 
como pequenas infiltrações – até problemas que podem levar, em seu pior 
cenário, ao colapso da estrutura.
31
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Figura 16. Patologia – nicho de concretagem.
Fonte: https://www.ecivilnet.com/dicionario/images/nicho-de-concretagem.jpg.
Uma obra, da mesma forma que um ser vivo, encontra-se submetida à ação de 
elementos tais como calor, umidade, ventos, geadas etc., além de ter que suportar 
ações mecânicas, que podem cansá-la, fadigá-la e inclusive feri-la (CÁNOVAS, 1988).
Objetivamente, as causas da deterioração podem ser as mais diversas, 
do envelhecimento “natural” da estrutura aos acidentes, e, até mesmo, a 
irresponsabilidade de alguns profissionais, que optam pela utilização de materiais 
fora das especificações, na maioria das vezes, por alegadas razões econômicas 
(SOUZA, 1998).
É importante destacar que, apesar de ser um material inerte, o concreto armado 
está sujeito a ocorrência de manifestações patológicas ao longo de sua vida. Isso 
ocorre devido às interações entre os diversos elementos que o constituem, o 
cimento, agregados graúdos e miúdos e aditivos. Essa mistura, em conjunto com 
diversos agentes externos, tais como ácidos, gases, e micro-organismos, podem 
resultar em diversos problemas na estrutura, com maior ou menor gravidade.
A partir do início da construção, ela está suscetível à ocorrência de falhas das 
mais diversas naturezas, associadas a várias causas, como falta de mão de obra 
qualificada, controle de qualidade reduzido, execução da obra com pouca ou quase 
nenhuma qualidade, condições ruins de trabalho para os funcionários, materiais 
de má qualidade, irresponsabilidade técnica dos responsáveis que executam 
e coordenam a obra e até mesmo possíveis sabotagens. Podem-se citar como 
32
UNIDADE II │ PATOLOGIA
exemplos de patologias geradas por erros na execução de estruturas de concreto 
armado: falta de barras de aço – gerando trincas nas vigas –, mau escoramento das 
formas – gerando trincas – e a não vibração correta do concreto (TAKATA, 2009).
Na maioria das vezes, apenas quando a estrutura está com aspecto ruim, 
apresentando anomalias, é que se busca verificar a causa para posterior tomada 
de decisão sobre o que é urgente e imediato e o que pode esperar.
Acidentes
Edifício Palace 2
O, construído pela empresa do deputado Sérgio Naya, com 22 andares e 174 
apartamentos, desabou em 1998. Entre as hipóteses sobre o ocorrido, destacamos:
 » falta de manutenção; 
 » material e execução (pilares e vigas segregados)de baixa qualidade; 
 » “erro” de projeto (subdimensionamento de pilares); 
 » deficiência no cobrimento que protege o concreto da corrosão; e
 » ausência de estribos suplementares.
A imprensa, na ocasião, (LINCOLINS, 2019) informou que a empresa já havia 
sido processada quatro vezes antes do desabamento pela má construção, o que 
impediu a obra de receber o habite-se da prefeitura.
Figura 17. Edifício Palace 2 – RJ.
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/d/df/Palace_II.jpg.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/d/df/Palace_II.jpg
33
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Desabamento do Pavilhão da Gameleira 
Em 4 de fevereiro de 1971, em Belo Horizonte, houve uma dificuldade na retirada 
do cimbramento das escoras centrais do Pavilhão da Gameleira. Imaginou-se 
que seria devido ao recalque das fundações e iniciou-se a retirada primeiramente 
junto aos apoios, caminhando para o centro. Houve surgimento de fissuras 
junto a V103 e V203, mas manteve-se a orientação de retirada das escoras 
do apoio para o centro. Vistoria identificou que o recalque nas fundações era 
insignificante (TARDIVO, 2019).
Figura 18. Pavilhão da Gameleira.
Fonte: https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/pavilhao-da-gameleira-desabamento-deixou-65-mortos-50-feridos-
em-1971-18608430.
Em pouco tempo, ocorreu o desabamento das vigas, sem aviso prévio. Os 
recalques insignificantes tornaram-se a causa do acidente (depois corrigido). 
Constatou-se que, no topo dos pilares, havia uma grande concentração de barras, 
principal indício da causa do acidente. As barras estavam limpas e o concreto 
esmigalhado, não formando o chamado “concreto armado”, juntamente com a 
falta de detalhe de fretagem, agravada pela variação da temperatura referente a 
uma viga de 65 m. A análise do projeto indicou tensões excessivas em serviço na 
região onde não se observou aderência na vistoria.
Edifício Andrea
Outro acidente mais recente foi o do Edifício Andrea, em Fortaleza, que desabou em 
outubro de 2019. Segundo relatos (FREITAS, 2019), já havia ocorrido uma reforma 
estrutural no prédio oito meses antes do ocorrido. Todavia, os reparos não foram 
suficientes, sendo necessária nova contração. Logo após o início das atividades, 
porém, o prédio desabou.
https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/pavilhao-da-gameleira-desabamento-deixou-65-mortos-50-feridos-em-1971-18608430
https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/pavilhao-da-gameleira-desabamento-deixou-65-mortos-50-feridos-em-1971-18608430
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/10/15/predio-residencial-desaba-em-fortaleza.ghtml
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/10/15/predio-residencial-desaba-em-fortaleza.ghtml
34
UNIDADE II │ PATOLOGIA
Figura 19. Edifício Andrea – CE (características do empreendimento).
 
 
7 andares 
cobertura 
172,20 m2 – área comum 
de 36,51 m2 
12 apartamentos 
136,44 m2 cada área 
comum de 28,86 m2 
 Imagens mostram as colunas danificadas 
Edifício Andrea 
Desabamento ocorreu às 10h28 
O imóvel foi registrado em 1982 
 
Fonte: hhttps://s2.glbimg.com/bNIX2H2XiQpQnvPlYJuFOindseE=/0x0:1600x4350/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/
v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/M/A/Nzkm5VRSOa1BqMb5boWA/queda-predio-
fortaleza-vale.jpg.
Transcorridos alguns meses do ocorrido, ainda não foi divulgado relatório da perícia 
que foi executado no local, não sendo possível, então, afirmar que o desmoronamento 
ocorreu quando dos inícios da atividade referente à segunda reforma. Se sabe com 
certeza que nove pessoas perderam a vida nesta ocorrência. 
Figura 20. Edifício Andrea – CE (após o desmoronamento).
Fonte: https://s2.glbimg.com/5yIHw-8UWKTHyLnVU6D6mQisMTE=/0x0:1280x720/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/
AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/k/D/PJCJejRrGXMZOGvfXJDg/whatsapp-image-2019-10-
16-at-13.01.02.jpeg.
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/12/30/edificio-que-desabou-em-fortaleza-passou-por-reforma-8-meses-antes-de-tragedia.ghtml
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/12/30/edificio-que-desabou-em-fortaleza-passou-por-reforma-8-meses-antes-de-tragedia.ghtml
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/12/30/edificio-que-desabou-em-fortaleza-passou-por-reforma-8-meses-antes-de-tragedia.ghtml
35
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Tipos de patologias
Em poucos parágrafos, foi possível observar as diversas possibilidades de 
ocorrências que prejudicam a vida útil de um projeto. Essas manifestações 
poderão aparecer em qualquer momento e de diversas maneiras, tanto em 
múltiplos elementos estruturais quanto nas fundações. 
O projeto de engenharia envolve não só as disciplinas tradicionais, mas 
também fatores como meio ambiente, estética, custos, impacto social, evolução 
tecnológica e otimização. Não existe projeto menos ou mais importante. O que 
existem são estruturas grandes e pequenas. Todos devem ser tratados com os 
mesmos requisitos de segurança, qualidade e utilização.
Para evitar a ocorrência das patologias e, com isso, incrementar a vida útil do 
projeto, poderemos investir em:
 » um bom desenvolvimento do projeto;
 » correto planejamento da execução;
 » qualidade dos materiais e da mão de obra;
 » manutenção periódica; e
 » adaptações planejadas.
As manifestações patológicas são verificadas por meio de sinais que podem vir a 
aparecer em peças estruturais, conjunto de peças ou ainda em outro componente, 
porém tendo como problema inicial uma peça estrutural, como, por exemplo, 
rompimento de uma tubulação em decorrência de uma manifestação na estrutura.
De acordo com Pedro et al. (2002), a origem das patologias pode ser classificada em:
 » Congênitas: são aquelas originárias da fase de projeto em função 
da não observância das normas técnicas ou erro e omissões dos 
profissionais, que resultam em falhas no detalhamento e concepção 
inadequada.
36
UNIDADE II │ PATOLOGIA
Figura 21. Projeto estrutural – investimento.
Fonte: https://www.guiadaengenharia.com/wp-content/uploads/2018/11/projeto-estrutural-etapas.jpg.
 » Construtivas: sua origem está relacionada à fase de execução da 
obra, resultante do emprego de mão de obra despreparada, produtos 
não certificados e ausência de metodologia adequadas.
Figura 22. Falhas construtivas.
Fonte: hhttps://diariodonordeste.verdesmares.com.br/image/contentid/policy:1.2162621:1590244772/rachaduras-risco-cair-
casa-predio.jpg?f=16x9&$p$f=6bc1af8.
 » Adquiridas: ocorrem durante a vida útil, sendo resultado da exposição 
ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes da 
agressividade do meio ou decorrentes da ação humana.
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/negocios/online/rachaduras-e-trincas-como-saber-os-riscos-na-sua-casa-ou-predio-segundo-especialista-1.2162612
37
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Figura 23. Danos estruturais provocados por raios.
Fonte: https://thorusengenharia.com.br/wp-content/uploads/2018/05/raio-1.jpg.
 » Acidentais: caracterizadas pela ocorrência de algum fenômeno 
atípico, resultado de uma solicitação incomum.
https://thorusengenharia.com.br/blog/o-que-acontece-em-um-edificio-quando-cai-um-raio-spda/
38
CAPÍTULO 2
Agentes causadores 
Quando da deterioração do concreto, é necessário verificar as diversas possibilidades 
quanto aos possíveis agentes causadores do problema. Normalmente, não há somente 
um provocando a redução do desempenho estrutural. Entre os possíveis agentes, 
destacamos:
 » Mecânicos: abalos sísmicos, alterações na configuração do terreno, 
sobrecarga na estrutura.
Figura 24. Danos estruturais provocados por abalos sísmicos.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/upload/conteudo/terremoto_12.jpg.
 » Químicos: maresia, poluição do ar, acúmulo de água na estrutura, 
variação da temperatura, umidade relativa do ar, radiação solar, chuva.
 » Biológicos: fungos e bactérias.
 » Físicos (do material): escolha errada, incorreto dimensionamento.
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/abalos-sismicos.htm39
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Para que seja possível identificar corretamente as manifestações patológicas e, 
assim, colher subsídios necessários à definição da causa e reparos, é necessário 
atentar para as seguintes etapas:
 » vistorias no local;
 » determinação da existência e da gravidade do problema patológico;
 » caracterização da peça sujeita a manifestação patológica;
 » definição do desempenho esperado e comparação com ele; e
 » definição de medidas de segurança.
Vistoria no local: para a correta inspeção no local, é importante seguir um 
procedimento. Para tanto, ter em mãos uma ficha padrão para levantamento local 
é fator importante. Para inspeção de pontes e viadutos, utilizamos parâmetros 
da NBR9452/2016, que apresenta quatro tipos de inspeções, quatro tipos de 
parâmetros e cinco notas para classificações. 
A inspeção de estruturas de concreto é um conjunto de procedimentos técnicos e 
especializados que compreende na coleta de dados necessários à formulação de 
um diagnóstico e prognóstico da estrutura, visando manter ou reestabelecer os 
requisitos de segurança estrutural, de funcionalidade e de durabilidade. 
40
UNIDADE II │ PATOLOGIA
Figura 25. Exemplo de ficha de inspeção visual.
I – Caracterís�cas do local 
Empreendimento 
Localização 
II – Caracterização 
Geométrica 
a. traçado re�líneo em curva normal esconsa 
b. inclinação Longitudinal em nível em rampa 
 Transversal em nível superelevação 
III - Caracterís�ca da Estrutura 
a. superestrutura concreto aço s/acesso ___________ 
b. mesoestrutura concreto aço s/acesso _______ 
c. infraestrutura concreto aço s/acesso _______ 
IV - Caracterís�ca da Estrutura 
 
 Neoprene 
 
 metálico art.freyssinet chumbo 
 inexistente s/acesso em bom estado em mal estado 
V - Caracterís�ca da Estrutura 
 
 estável 
 
 instável com recalque ___________ 
VI - Caracterização do Pavimento 
 
 asfál�co 
 
 concreto em bom estado 
em mal 
estado 
VII - Caracterização das juntas de dilatação 
a. encontros bom estado recobertas rompidas ___________ 
b. intermediárias mal estado recobertas rompidas _______ 
VIII - Caracterização dos guardas rodas e guardas corpo 
a. guarda rodas: bom estado deteriorado inexistente ___________ 
b. guarda corpo: mal estado deteriorado inexistente _______ 
IX - Anomalias verificadas 
condição Conservação longarinas transversinas lajes pilares 
fissuras 
flechas 
infiltração 
corrosão 
segregação 
exposição 
desaprumo 
rompimento 
deformação 
X - Avaliação da Obra 
 
 
 quadro de fissuração 
 
 obs.: ___________ 
 
 obra em bom estado obs.: ___________ 
 
 fechas excessivas obs.: ___________ 
 
 obra preocupante obs.: ___________ 
 
 recalques de fundações obs.: ___________ 
 
 manter observação obs.: ___________ 
 
 deformação excessiva obs.: ___________ 
 requer vistoria especial obs.: ___________ 
Fonte: Notas de aula.
http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2015/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-esclarecida
41
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Nem toda a estrutura será uma ponte, porém é importante montar uma ficha que 
contenha dados importantes para análise posterior. A etapa de é fundamental para 
caracterização dos problemas.
Para tanto, quando no local, é importante verificar junto tanto às pessoas envolvidas 
no processo de produção quanto às que habitam o local, vizinhos etc.
Para melhor conceituação das manifestações patológicas, ensaios no local e 
laboratoriais deverão ser realizados. 
Entre os ensaios solicitados para a verificação das patologias em concreto, 
destacamos:
 » resistividade;
 » esclerometria;
 » ultrassom;
 » profundidade de carbonatação;
 » concentração de cloretos;
 » resistência a compressão; e
 » porosidade.
Ensaio de resistividade elétrica 
Esse ensaio é ligado à passagem da corrente elétrica pelo material – no caso, o 
concreto. Para que a realização desse ensaio seja possível, é necessário que o 
responsável pelo ensaio realize algumas equações:
 » resistividade elétrica: 𝜌 = 1/σ;
 » resistência do material: 𝑅 = 𝜌. 𝑙/ 𝐴; e
 » diferença de potencial: 𝑉 = 𝑅.I.
42
UNIDADE II │ PATOLOGIA
Figura 26. Ensaio de resistividade elétrica.
 
Fonte de corrente 
alternada Amperímetro 
Voltímetro 
Eletrodos 
Linhas equipotenciais 
Linhas de fluxo de 
correntes 
Fonte: (HOPE, 2005).
Ensaio de esclerometria
Esse método é utilizado para determinar valor próximo da resistência em relação 
à compressão superficial do concreto em seu estado endurecido ou uniforme. O 
ensaio embasa-se em uma massa martelo que é estimulada a chocar-se com a área 
de ensaio.
Figura 27. Ensaio de esclerometria.
 
Corpo 
Trava 
Indicador 
Martelo 
Mola 
Êmbolo 
Instrumento 
pronto para o 
ensaio 
Corpo 
impulsionado em 
direção ao objeto 
de ensaio 
O 
martelo é 
solto 
O martelo 
sofre 
reflexão 
Fonte: Mehta; Monteiro, 2008.
43
PATOLOGIA │ UNIDADE II
É uma das técnicas mais difundidas em todo o mundo para a avaliação da 
homogeneidade do concreto – NBR 7584/82 –, correlacionando a resistência ao 
choque (dureza superficial) e a resistência à compressão do material.
Figura 28. Ensaio de esclerometria.
Fonte: http://www.concrelab.com.br/wp-content/uploads/2018/11/ENSAIO-DE-ESCLEROMETRIA-768x280.jpg.
Ensaio de ultrassom
O ensaio de ultrassom tem por objetivo denunciar erros e problemas na parte 
interior do concreto, sendo utilizadas as diretrizes da NBR 8802/1994, segundo a 
qual verificamos:
 » a homogeneidade do concreto (qualidade e uniformidade);
 » falhas internas (ninhos e vazios); e
 » variações das propriedades do concreto.
Figura 29. Equipamento de ensaio de ultrassom.
Fonte: (MALHOTRA; CARINO, 2004).
44
UNIDADE II │ PATOLOGIA
Figura 30. Modos de transmissão segundo a NBR 8802 (1994).
 
 
Transmissão direta Transmissão indireta Transmissão semi-direta 
Fonte: (MALHOTRA; CARINO, 2004).
Na Figura 30, observamos:
 » transmissão direta, com transdutores em faces opostas;
 » transmissão indireta, com transdutores na mesma face; e
 » transmissão indireta, com transdutores em face adjacentes.
Profundidade de carbonatação
Causada por um componente químico presente nas cidades, a carbonatação é um 
dos mecanismos mais recorrentes de deterioração do concreto armado. O dióxido de 
carbono, existente no ar, penetra nos poros do concreto e reage com o hidróxido de 
cálcio formando carbonato de cálcio e água.
A carbonatação progride com a frente paralela à superfície. Quando a frente de 
carbonatação atravessa o cobrimento das armaduras, estas ficam despassivadas 
(devido à perda de alcalinidade), permitindo o início da sua corrosão (desde que 
existam água e oxigênio), comprometendo, desse modo, a durabilidade do concreto.
Figura 31. Ação da carbonatação.
 
 
Superfície com graus variáveis de 
permeabilidade aos fluídos e gases 
Profundidade depende de vários parâmetros 
Criação de duas 
camadas distintas 
Co2 
pH = 12,6 
pH = 8,3 
Fonte: (LIBÓRIO, 1998).
45
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Para os ensaios nas armaduras do concreto, existem alguns testes a serem 
realizados, dentre os quais, destacamos:
 » localização e espessura de recobrimento;
 » perda de diâmetro e seu imite elástico;
 » medição de potenciais; e
 » medição da velocidade de corrosão.
Todos esses ensaios referentes às armaduras do concreto existem para denunciar 
as patologias que possam causar problemas estruturais e danificar a vida útil do 
concreto armado.
Os ENDs (ensaios nãodestrutivos) são teste realizados em peças que estão 
de alguma forma lesadas, através de seus princípios físicos, mantendo as 
características físicas, químicas, mecânicas ou dimensionais e, assim, não 
interferindo no uso posterior. 
46
CAPÍTULO 3
Análise das possíveis causas
Para a verificação das possíveis causas, será necessário, após a realização de 
visita técnica in loco e elaboração de ficha cadastral das patologias:
 » Verificar bibliografias tecnológicas e cientificas. 
 » Gerar hipóteses sobre a questão objetivando o entendimento da 
origem, causas e ocorrências que levam à redução do desempenho da 
peça.
 » Verificação da necessidade de intervir no dano patológico de modo 
rápido para não causar qualquer ocorrência de acidentes.
 » Definir a melhor terapia para recomposição da peça.
 » Considerar possíveis graus de incertezas sobre os reparos.
Projeto: é importante termos um projeto coerente com as necessidades propostas 
pela arquitetura e resolvermos por completo itens relacionados a durabilidade, 
funcionalidade e segurança, pois a falta de definição nesta fase pode acarretar:
 » emprego de materiais inadequados, tais como a utilização de aço 
sem a proteção adequada para ambientes marinhos;
 » projetos pouco eficientes quanto a relação água-cimento, carregamentos, 
altura de recobrimento;
 » verificação incorreta da fadiga, fissuração e deslocamentos (flechas)
 » falta de detalhamento das peças em geral, comprometendo o nível de 
informações e especificações.
47
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Figura 32. Procedimento para reparo de pilar em área marítima
Fonte: http://www.engeplus.com.br/cache/noticia/0087/0087113/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-
esclarecida.jpg?t=20150316184710.
Figura 33. Dimensionamento equivocado da armadura.
Fonte: Notas de aula.
Execução: sendo a obra pequena ou grande, controlar sua execução não é 
tarefa fácil. Muitas vezes, o profissional responsável pelo acompanhamento 
desenvolve múltiplas tarefas, impossibilitando o seu controle efetivo no decorrer 
das atividades. Além da falta efetiva de fiscalização, podemos acrescentar outras 
ocorrências no momento da execução:
 » falta de controle de qualidade do concreto e outros materiais;
 » incorreto recobrimento da armadura;
http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2015/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-esclarecida
http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2015/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-esclarecida
http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2015/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-esclarecida
48
UNIDADE II │ PATOLOGIA
 » utilização de mão de obra sem qualificação para função exercida;
 » mal acompanhamento de projetista ou consultor durante a execução;
 » falta de cimbramento e/ou escoramento;
 » sabotagem.
Figura 34. Baixa qualidade de mão de obra.
Fonte: Notas de aula.
Figura 35. Falta de fiscalização.
Fonte: Notas de aula.
http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2015/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-esclarecida
http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2015/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-esclarecida
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PATOLOGIA │ UNIDADE II
Manutenção: a NBR 5674 apresenta os procedimentos da manutenção para as 
edificações, sendo a responsabilidade do proprietário ou de algum contratado. 
Logo, alguns aspectos tornam-se relevantes quanto à organização dos serviços de 
manutenção:
 » verificação da sobrecarga de projetos;
 » intemperes – impermeabilização, corrosão da armadura;
 » verificação de possíveis reparos, pois materiais possuem vida útil;
 » infiltrações, que podem levar a danos na estrutura.
Figura 36. Rompimento de pilar.
Fonte: https://s2.glbimg.com/POhpRgaJBfEFI9mDux5aJBbYRns=/0x0:1000x750/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/
AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/y/Q/NhYK0eS3CNBH71rqstrw/whatsapp-image-2018-02-
22-at-16.28.55.jpeg.
Figura 37. Principais causas das patologias no concreto armado.
 
45%
22%
15%
11% 7%
Principais Causas da Patologias
Falha de projeto Falha na execução
Má qualidade dos materiais Má utilização pelo usuário
Outros
Fonte: IGC Perícias, 2017.
https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/predio-de-luxo-e-evacuado-em-sp-apos-parte-de-coluna-ceder-parecia-terremoto.ghtml
https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/predio-de-luxo-e-evacuado-em-sp-apos-parte-de-coluna-ceder-parecia-terremoto.ghtml
https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/predio-de-luxo-e-evacuado-em-sp-apos-parte-de-coluna-ceder-parecia-terremoto.ghtml
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UNIDADE II │ PATOLOGIA
Após a ocorrência de um dano na estrutura, o processo de recuperação poderá 
acarretar custos elevados, e, muitas vezes, o prazo para a sua execução pode ser 
extenso, levando à necessidade de retirada dos moradores do local.
Figura 38. Lei de evolução dos custos, Lei de Sitter.
 
MANUTENÇÃO CORRETIVA 
MANUTENÇÃO PREVENTIVA 
EXECUÇÃO 
PROJETO 
TEMPO 
CUSTO RELATIVO 1 25 5 125 
Fonte: (SITTER, 1984; HELENE, 2003).
51
UNIDADE III 
PRINCIPAIS 
OCORRÊNCIAS 
PATOLÓGICAS EM 
CONCRETO ARMADO 
E TERAPIAS
Aqui trataremos da apresentação das principais ocorrências patológicas em 
concreto armado, bem como suas possíveis terapias. Apresentaremos as causas 
principais logo a seguir; é necessário, porém, apresentarmos os conceitos de 
terapia.
De acordo a ata do XI Seminário Internacional de Educação Física e Saúde (2015), 
encontramos a origem da palavra “terapia”: vem do termo grego “therapeía”, que 
significa “método de tratar doenças e distúrbios”. 
 » Estudam-se as correções e soluções das patologias.
 » Diagnóstico deve ser bem conduzido, conhecendo as características e 
funcionalidades do local a ser tratado.
 » Escolha dos materiais e técnicas a serem utilizados deve ser cuidadosa.
 » Deve haver um programa de manutenção periódica.
CAPÍTULO 1
Fissuras e eflorescências 
Com a utilização de aços de alta resistência nas estruturas de concreto armado, o 
estudo da fissuração passou a ter uma importância maior nos projetos correntes. 
Quando se dimensiona uma viga de concreto armado, parte-se de uma das 
hipóteses básicas: que o concreto não resiste à tração. Através desta hipótese, 
chega-se à hipótese matemática de que o concreto tracionado fissura. As 
fissuras podem aparecer ao longo dos anos, meses ou horas. 
52
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
Em estruturas de concreto armado, verificarmos o aparecimento de fissuras 
na superfície. A espessura de fissura é de 0,5 mm; quando essa abertura 
está entre 0,5 e 1,5 mm é chamada de trinca; e abertura superior a 1,5 mm 
até 5 mm já se considera uma rachadura. Logo percebemos que nem todas as 
ocorrências de aberturas nas superfícies podem ser chamadas de rachaduras. 
Para complementar as possibilidades, ainda encontramos as fendas e as cortes.
A abertura de fissuras na superfície de uma estrutura de concreto armado 
compromete sua utilização tanto na redução de sua durabilidade quanto no 
prejuízo ao seu funcionamento e estética.
Figura 39. Exemplos de fissuras nas estruturas.
Fonte: Notas de aula.
A abertura de fissuras é prejudicial à durabilidade e função do meio em que a 
estrutura se encontra. 
Em menor ou maior intensidade, as aberturas na superfície são possíveis 
problemas para a estrutura em concreto e podem ser agravadas à medida que 
entram agentes agressivos por elas.
Figura 40. Anomalia x abertura da superfície.
 
Anomalia Abertura (mm) 
Fissura até 0,5 
Trinca de 0,5 a 1,5 
Rachadura 1,5 a 5,0 
Fenda 5,0 a 10,0 
Brecha acima de 10 
Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/wp-content/uploads/artigo-cientifico/pdf/inspecao-de-uma-ponte.pdf.
http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2015/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-esclarecida
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PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
Figura 41. Fissurômetro.Fonte: http://www.fissurometros.pt/imagenes/FI125.jpg.
Existem diversas possibilidades para o aparecimento das fissuras, sendo estas:
 » retração hidráulica;
 » variações das temperaturas;
 » flexão;
 » compressão;
 » cisalhamento;
 » cargas concentradas; e
 » retração.
Figura 42. Exemplo de fissuras em função da solicitação.
 
 
flexão 
tração 
cortante 
Fissuras de flexão 
Fissuras ao longo da barra 
Cargas concentradas 
torção 
Perda de aderência 
Fonte: (VIEIRA, 2017 apud SOUZA; RIPPER, 1998).
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UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
As fissuras tendem a causar a sensação de comprometimento na estrutura 
para os moradores, além de questões estéticas e de segurança poderem vir a ser 
comprometidas. 
Tal situação pode se tornar insalubre à medida que pode percolar umidade e deixar 
o ambiente comprometido. É necessário considerar a redução da durabilidade de 
estrutura em muitos casos.
Figura 43. Exemplos de fissuras nas estruturas.
Fonte: https://www.aecweb.com.br/tematico/img_figuras/estrutura-de-concreto-com-fissura$$15642.jpg.
Em peças que perdem a rigidez devido à fissuração, como é o caso das peças 
torcidas, devem-se analisar os efeitos da redistribuição de esforços no restante 
da estrutura e limitar-se a fissuração, com dimensões e detalhamento das 
armações.
Figura 44. Diagrama de momento fletor.
 
 
Diagrama de momento elástico 
M 
elástico 
M plástico 
M plástico 
M 
elástico 
Diagrama de momento fletor 
CONSIDERANDO REDIDTRIBUIÇÃO DE APOIOS 
Fonte: Notas de aula.
http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2015/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-esclarecida
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PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
Quando as fissuras são encontradas em reservatórios, a estanqueidade é um dos 
aspectos mais importantes. O critério recomendado é que se verifique o estado 
limite da abertura das fissuras.
A estrutura deve ter dimensões tais que se considere a seção homogênea, fissurada, 
com a armadura calculada desprezando a resistência à tração do concreto, com 
tensões baixas de tração nas armaduras (Estádio II).
Os estádios podem ser definidos como vários estágios de tensão pelo qual um 
elemento fletido passa, desde o carregamento inicial até a ruptura. A Figura 
43 descreve o comportamento de uma viga simplesmente apoiada submetida a 
um carregamento externo crescente, a partir do zero. Os estágios de tensão são 
quatro, cada um apresentado particularmente:
 » Estádio Ia – o concreto resiste à tração com diagrama triangular.
 » Estádio Ib – corresponde ao início da fissuração no concreto 
tracionado.
 » Estádio II – despreza-se a colaboração do concreto à tração.
 » Estádio III – corresponde ao início da plastificação (esmagamento) do 
concreto à compressão.
Figura 45. Estádios.
Fonte: Notas de aula.
O restauro nas fissuras só poderá ocorrer à medida que a causa tenha sido 
constatada e os agentes causadores eliminados, sendo necessária a execução dos 
procedimentos de reparo só após essa ocorrência, lembrando que o processo de 
identificação levará a diversas possibilidades.
http://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2015/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-esclarecida
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UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
Todavia, o fechamento da trinca deverá ser executado seguindo a diretriz proposta 
a seguir tanto para peças estruturais, vigas e pilares quanto para alvenarias 
estruturais ou de vedação.
 » Realizar remoção do revestimento existente em uma largura 
aproximada de 25 cm em ambas as direções da fissura.
 » A limpeza na região deverá ser realizada com o auxílio de uma 
trincha, retirando materiais soltos e sujeiras.
 » Estender e fixar tela do tipo “deployeé”, ou eletrossoldada, uma tira 
larga que deve transpassar a trinca em torno de 20 cm para cada 
lado, estando estendida. Devem ser presas na estrutura com auxílio 
de pregos ou cravos metálicos.
 » A área deverá ser chapiscada.
 » Posteriormente deve ser executado o revestimento em argamassa.
Figura 46. Recuperação de fissuras e trincas.
 
 
pilar 
chapisco 
Argamassa de assentamento 
bloco 
Tela soldada 
bloco 
pilar 
Tela soldada 
Fonte: https://www.custodaconstrucao.com/etapas-obra-e-valor/.
A eflorescência ocorre à medida que a qualidade da mistura do concreto não 
esteja adequada, ou seja, quantidades de água (teor de unidade) ou de aditivos 
não estão corretos ou, ainda, impurezas na areia, juntas de dilatação, levam ao 
comprometimento da qualidade da estrutura.
Quando da eflorescência, há a formação de depósitos salinos na superfície do 
concreto, resultantes das infiltrações de água ou de intempéries. A constituição 
química é de metais alcalinos e alcalino-ferrosos. Caso haja a incidência destes 
sais na estrutura do concreto por águas pluviais ou ainda devido a saturação 
do solo, ocorre acúmulo destes na superfície da peça até que a água, evapore 
formando depósitos salinos.
57
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
A formação de manchas “esbranquiçadas” na superfície da estrutura altera 
a aparência do local; em determinadas superfícies, pode resultar em uma 
degradação acentuada do material.
Figura 47. Eflorescência.
Fonte: https://cimentomaua.com.br/wp-content/uploads/2018/01/2ndary_efflorescence_07-1024x652.jpg.
Para o reparo e limpeza da área afetada pela eflorescência, utilizam-se ácidos 
(sulfâmico e ou acéticos) que removem bem as manchas; todavia, é necessário 
verificar a quantidade adequada bem como a forma correta de utilização, para 
não ocorrer mais manchas ou, ainda, corroer as superfícies, causando assim outra 
anomalias. Para tanto, se faz necessário entrar em contato com os fabricantes. 
Após a aplicação dos ácidos deve-se lavar o local com água abundante. É importante 
descobrir inicialmente a infiltração da água, pois, caso seja a causa da umidade, 
somente dessa forma ela não retornará. Em algumas situações, dependendo do 
grau de comprometimento da peça, será necessário executar uma nova camada de 
regularização (chapisco e emboço).
Figura 48. Limpeza após a aplicação de ácidos. 
Fonte: https://cimentomaua.com.br/wp-content/uploads/2018/01/img1_2013-10-08_13-48-17.jpg.
https://cimentomaua.com.br/blog/eflorescencia-descubra-como-evitar/
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CAPÍTULO 2
Corrosão de armaduras e flechas 
excessivas
A processo de corrosão da armadura (quando há perda da seção do aço) ocorre 
quando há formação de corrosão por óxido de ferro expansivo no entorno das 
armaduras. Tal situação pode aumentar o volume original da peça de 8 a 10 vezes, 
levando ao rompimento do concreto, e ficando, assim, a armadura exposta, sendo 
atacada por agentes agressivos.
As armaduras das peças de concreto armado são quase que invariavelmente 
colocadas nas proximidades de suas superfícies. Em caso de cobrimentos 
insuficientes, as armaduras ficarão sujeitas à presença de água e de ar, podendo 
desencadear-se então um processo de corrosão, que tende a abranger toda a 
extensão mal protegida da armadura.
Figura 49. Armadura exposta.
Fonte: https://www.aecweb.com.br/tematico/img_figuras/concreto-corrosao$$13232.jpg.
A oxidação da armadura ocorre lentamente, quando existe excesso de umidade, 
intemperes, gases nocivos, baixa qualidade do concreto e altura de recobrimento 
inferior à necessidade recomendada em projeto.
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PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
Figura 50. Deterioração progressiva devida à corrosão das armaduras.
 
Penetração de agentes agressivos 
por difusão, absorção ou 
permeabilidade 
Fissuração devida às forças de 
expansão dos produtos de corrosão 
Lascamento do concreto e corrosão 
acentuada 
Lascamento acentuado a redução 
significativa de secção da armadura 
Fonte: (COMIM; ESTACECHEN, 2017 apud HELENE, 1986).
O processo de carbonatação ocorre nas peças estruturais

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