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• ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA • PROF. WAGNER • ENF 41 N • 06/09 a 22/10 Clique para editar o estilo do título mestre QUEM SOU EU???? - ENFERMAGEM DE 1999 A 2019 - ADVOGADO DE 2017 ATÉ OS DIAS ATUAIS - PROFESSOR DE 2018 ATÉ OS DIAS ATUAIS - PROFESSOR DO GRAU DESDE NOVEMBRO 2022 (PORTUGUÊS, INGLÊS, INFORMÁTICA, ADM. EM ENFERMAGEM, POL. DE SAÚDE, SAÚDE DO TRABALHADOR, SAÚDE COLETIVA, ETC.) - PROFESSOR DA REDE ESTADUAL DE ENSINO (PORTUGUÊS, INGLÊS, SOCIOLOGIA, FILOSOFIA) - PROFESSOR ENSINO PROFISSIONALIZANTE NOVOTEC (TÉC. DESENV. DE SISTEMAS) - PÓS GRADUADO EM: - DOCÊNCIA PARA O ENSINO SUPERIOR - MBA EXECUTIVO EM SAÚDE - DOCÊNCIA EM ENFERMAGEM - ESPECIALISTA EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - ESPECIALISTA EM ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE MEUS CONTATOS NA WEB! 11 99024- 8598 DATAS IMPORTANTES ENF 41 N ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA PROF. WAGNER DISCIPLINA: ENF. EM EMERGÊNCIA ➢ 06/09 INICIO DAS AULAS ➢ 27/09 AVALIAÇÃO AV1 ➢ 16/10 EXERCÍCIOS PARA NOTA VALENDO ATÉ 4,0 ➢ 18/10 REVISÃO P/ PROVA ➢ 22/10 ENTREGA DO TRABALHO INDIVIDUAL ➢ VALENDO ATÉ 6,0 PONTOS ➢ 22/10 AVALIAÇÃO AV2 ➢ AULAS EAD: 11/09 E 09/10 ORIENTAÇÕES SOBRE O TRABALHO: - DEVERÃO ESCOLHER UM DOS TEMAS ABAIXO E REALIZAR UM TEXTO DISSERTATIVO, COM AS PRÓPRIAS PALAVRAS (AUTORAL), COM BASE NO TEMA PESQUISADO. DEVERÁ SER MANUSCRITO ( MÍNIMO 45 LINHAS) CONTENDO CAPA, CONTRA CAPA. - ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO - PCR - TRAUMAS ABDOMINAIS - FERIMENTOS POR ARMAS DE FOGO AULAS PRÁTICAS SALA 06 • 15/10/2024 • * NÃO É NECESSÁRIO UTILIZAR UNIFORME BRANCO. • *OBRIGATÓRIO A ESTAR COM ROUPAS QUE NÃO CAUSEM SUA EXPOSIÇÃO, SENDO VEDADO A UTILIZAÇÃO DE SAIAS E VESTIDOS. CONCEITOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) ou Hospitais ➢A triagem foi introduzida nos hospitais, particularmente em unidades de emergência, meados de 1950 e 1960. ➢Em Hospitais americanos, esse processo é realizado por enfermeiros, que, além de selecionarem os pacientes por prioridade, têm autonomia para solicitar exames e administrar medicamentos previamente estabelecidos em protocolos institucionais. ➢No Brasil, o enfermeiro é o profissional preparado para exercer a função de “triador’’, reconhecida e respaldada pela Lei do Exercício Profissional, cabendo-lhe tanto a “consulta de enfermagem quanto a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde” (BRASIL, 2001). • A enfermagem em urgência e emergência é uma especialidade dedicada ao cuidado de pacientes em situações críticas, demandando intervenção imediata. Essa área desempenha um papel crucial no sistema de saúde, fornecendo cuidados ágeis e decisivos em momentos de crise, sendo um pilar fundamental para preservar vidas e minimizar danos. Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) ou Hospitais ➢Desta forma, a triagem envolve as duas funções, embora, em algumas unidades de atendimento, o enfermeiro realize somente a consulta de enfermagem, não havendo, até o momento, protocolos de medicamentos aprovados para serem administrados a partir dos sintomas/sinais identificados na triagem. ➢A avaliação dos próprios pacientes e seus familiares está repleta de dados subjetivos, vinculados a temores, ansiedade ou medo da morte. ➢Cabe ao enfermeiro embasado em dados clínicos, dispor de informações objetivas e subjetivas e experiência, além de avaliar qual paciente necessita de atendimento imediato e qual pode esperar (BRASIL, 2001). Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) ou Hospitais ➢É comum o profissional encontrar dualidades para fazer a sua avaliação e tomar a decisão mais correta ou pertinente. ➢De forma a amenizar dúvidas e incertezas, o serviço de triagem dos hospitais desenvolveu protocolos de atendimento multiprofissional, que permitem auxiliar o enfermeiro na tomada de decisão e, assim, aumentar a precisão da triagem. A Triagem numa Emergência segue algumas Premissas Importantes ➢É importante observar que, em uma emergência, a triagem segue algumas premissas importantes, as quais serão descritas a seguir: – Identificar os pacientes que necessitam de cuidados imediatos; –Encaminhar adequadamente os pacientes ao médico, de acordo com a especialidade, observando-se os protocolos estabelecidos; –Escolher o local adequado para que o paciente seja acomodado e avaliado pelo médico, em caso de o atendimento ser priorizado; –Fornecer informações e orientações aos pacientes e seus familiares na tentativa de amenizar ansiedades decorrentes da procura por unidades de primeiro atendimento, muitas vezes associadas ao estresse. Estrutura Disponível ➢O local da triagem de pacientes que dão entrada em UPAs e Hospitais de emergência está localizado na entrada principal do Hospital, espaço no qual o paciente recebe uma senha de atendimento fornecida por um assistente administrativo que orienta quanto aos procedimentos de atendimento. Estrutura Disponível ➢Há três tipos de senhas de atendimento: –Atendimento normal: •É observado o atendimento normal para aqueles pacientes que chegam caminhando com dificuldade ou em cadeira de rodas, recebem a senha para atendimento normal e são posteriormente chamados pelo enfermeiro. O tempo médio de uma triagem é de 2 a 3 minutos para um adulto e 3 a 5 minutos para crianças e idosos. Estrutura Disponível ➢Há três tipos de senhas de atendimento: –Senha preferencial: •São as senhas entregues pelo assistente administrativo aos pacientes idosos, gestantes, deficientes físicos e mães com crianças de colo, de acordo com a Lei n. 10.048/2.000. •Caso o paciente chegue à recepção com sinais de gravidade, ferimentos expostos ou ansiedade exacerbada, o assistente administrativo é orientado a fornecer uma senha preferencial e avisar ao enfermeiro. •Neste caso, o enfermeiro, ao realizar a triagem, avalia se realmente é necessário priorizar o caso para ser atendido pelo médico ou se é possível acalmar o paciente e encaminhá-lo ao cadastro. Estrutura Disponível ➢Há três tipos de senhas de atendimento: –Cadastro: •Este tipo de senha é entregue ao paciente em situações de retorno ortopédico (até 15 dias da consulta); procedimentos com a equipe de enfermagem, tais como curativos e troca de sondas; ou medicações com receita médica anexada. •Em casos assim, os pacientes não passam pelo processo de triagem. Instalações e Estrutura Física ➢A Triagem na UPA é realizada em duas salas separadas, permanecendo um enfermeiro 24 horas em cada uma delas. ➢A chamada da senha é feita dentro de sala de triagem e o paciente se dirige ao enfermeiro, que se apresenta e inicia o processo de entrevista. ➢A sala de triagem é composta por um balcão com impressos e material de apoio, duas cadeiras, uma balança, 1 aparelho depressão manual (esfignomanômetro e estetoscópio), 1 aparelho de glicemia capilar, 1 aparelho multifunção automático com PA não invasiva e oxímetro (mensuração de saturação de O² e FC), 1 termômetro individual do profissional, além de gases, luvas, máscaras e um telefone para solicitar a vaga do paciente ao local de destino. Instalações e Estrutura Física ➢A triagem, também chamada de “avaliação inicial”, é registrada em impresso próprio, servindo como guia para as perguntas que devem ser feitas e, assim, adquirir informações para o enfermeiro tomar as suas decisões e classificar o nível de atendimentos e especialidades mais adequados. O impresso consta de vinte questões iniciais. ➢As principais, para se chegar a uma decisão, compreendem: –Queixa principal e duração; –Sinais vitais; –Antecedentes pessoais e familiares (quando pertinente); –Medicações de uso habitual e atual; –Cirurgias prévias e alergias. Instalações e Estrutura Física ➢Baseado nas questões do impresso, na inspeção e observação e num rápido exame físico, além do suporte dos protocolos, o enfermeirofome de ar, agitação, hipotensão, taquicardia e cianose. –O paciente deve receber imediatamente alta concentração de oxigênio e deve ser realizada a descompressão com uma agulha intravenosa de grosso calibre, para que haja um escape de ar. Esse procedimento torna o pneumotórax hipertensivo em pneumotórax aberto simples. Pneumotórax ➢Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax ➢Tratamento para pneumotórax hipertensivo: –O tratamento de um doente com pneumotórax consiste em diminuir a pressão no espaço pleural, mediante descompressão com agulha (toracocentese) ou drenagem com dreno torácico sob selo d’água. Administração de O2 suplementar e acesso venoso calibroso. Hemotórax ➢É a presença de sangue no espaço pleural. O sangramento pode ter origem na parede da musculatura torácica, nos vasos intercostais ou no tecido pulmonar. O tratamento consiste em toracocentese ou instalação de um dreno ligado ao selo d’água. Hemotórax Hemotórax ➢Assistência de enfermagem na drenagem torácica: –Preparar o doente, explicando todo o procedimento; –Trocar diariamente o curativo (cuidados no local da inserção do dreno); –Avaliar o funcionamento do tubo torácico diariamente; –Observar nível de água; –O frasco de selo d’água deve estar no mínimo a 50cm abaixo do tórax do paciente: –Tubos devem ser fixados com látex que não impeçam a locomoção do paciente, cuidando para que não fiquem dobrados; –Realizar ordenha s/n; –Manter em fácil acesso duas pinças Kelly, em caso de quebra de frasco ou desconexão. Hemotórax ➢É importante observar os casos em que o dreno deve ser retirado: quando a drenagem for inferior a 50ml nas 24 horas, após o paciente recuperar a sua função respiratória normal, se não existe oscilação na coluna de líquido ou borbulhar (após excluída hipótese de obstrução ou deslocamento do dreno), e após avaliação por RX. Contusão cardíaca ➢A causa mais comum da lesão cardíaca é a aplicação de força na região anterior do tórax. O coração ocupa uma grande parte do centro do tórax e está situado entre o esterno e a coluna torácica. ➢No trauma torácico fechado grave, como ocorre em colisões frontais com veículos motorizados, primeiro o tórax atinge o painel ou a direção e, então, o coração é comprimido entre o esterno e a coluna. Pode haver vários tipos de lesão cardíaca, mas a mais comum é a contusão miocárdica. Contusão cardíaca ➢Esta contusão pode causar destruição das células da parede, ruptura da própria parede do coração ou danos as suas válvulas. O ventrículo direito (VD) é mais comumente lesado devido à sua localização subesternal. ➢Uma contusão parcial ou que atinja toda a espessura da musculatura pode ser sinalizada pela diminuição do débito cardíaco ou por arritmias. O tratamento consiste em suporte farmacológico para arritmias, oxigenoterapia, monitorização e, dependendo da extensão da contusão, correção cirúrgica da lesão. Tamponamento cardíaco ➢Ocorre quando há um acúmulo agudo de líquido entre o saco pericárdico e o coração. O saco pericárdico é composto de um tecido fibroso inelástico e normalmente há pouco líquido. ➢Este acúmulo de líquido ocasiona o aumento da pressão dentro do saco pericárdico, impede o retorno venoso ao coração e leva à diminuição do debito cardíaco e da pressão arterial. Tamponamento cardíaco ➢O sangue pode entrar no espaço pericárdico se os vasos sanguíneos do pericárdio se romperem por trauma fechado ou penetrante ou se houver ruptura ou penetração do miocárdio. Esta condição, chamada de hemopericárdio, pode levar ao tamponamento cardíaco. ➢O tamponamento cardíaco é mais frequentemente devido a ferimentos por arma branca. O tratamento envolve e remoção do sangue do pericárdio (pericardiocentese) e a interrupção do sangramento. Tamponamento cardíaco ➢Manifestações clínicas: –Enquanto manifestações clínicas, observam-se: veias do pescoço distendidas, hipotensão arterial, batimentos cardíacos abafados, ansiedade, confusão, além de poder apresentar do precordial. Tamponamento cardíaco ➢Assistência de enfermagem: –Fornecer oxigênio em alta concentração; –Reposição volêmica com acesso venoso de grosso calibre; –Tranquilizar o paciente explicando todos os procedimentos que serão realizados; –Controlar rigorosamente os sinais vitais já que podem ocorrer alterações graves em um curto intervalo de tempo; –Preparar e manter sempre em ordem o material de emergência e material para drenagem. Emergências Cardiovasculares - Choque ➢Denomina-se choque cardiovascular o distúrbio agudo na circulação com alteração na relação oferta- demanda de oxigênio aos tecidos, causada por uma redução do volume circulante, resultando em isquemia dos tecidos e consequente morte celular. ➢Caso não haja correção, o choque pode ocorrer, por falha no mecanismo que bombeia o sangue (coração), por problemas no vaso sanguíneo (alterações na resistência da parede dos vasos) e baixo nível de fluido no corpo (sangue e líquidos corporais). ➢O choque pode ser classificado em hipovolêmico, cardiogênico, séptico, anafilático e neurogênico Emergências Cardiovasculares - Choque ➢Sinais e sintomas: –Inquietude; –Taquicardia; –Pulso fino e taquicárdico; –Pele fria e pegajosa; –Sudorese abundante; –Mucosas descoradas; –Cianose; –Resfriamento de extremidades; –Hipotermia; –Respiração superficial, rápida e irregular; –Náuseas e vômito; –Hipotensão; –Alterações neurossensoriais. Choque hipovolêmico ➢Ocorre por redução aguda no volume circulante no corpo. Observa-se a perda de 15 a 25% de perda de líquidos corporais, o que equivale a cerca de 700 a 1300ml de perda. ➢Causas: –Perda sanguínea – hemorragia; –Perda de líquido e eletrólitos por vômitos e diarreia; –Perda hídrica interna (‘grande queimado’, ascite). Choque hipovolêmico ➢Tratamento: –Consiste em tratar a causa básica; –Reposição hídrica e sanguínea; –Redistribuição de líquido; –Medicações vasoativas. ➢Derivados de sangue são indicados quando a causa do choque hipovolêmico for hemorragia. Deve-se administrar oxigênio por máscara. Choque cardiogênico ➢É a incapacidade de o coração bombear uma quantidade adequada de sangue para os órgãos nobres, causando queda da pressão arterial, falta de oxigênio nos tecidos e acúmulo de líquidos nos pulmões. ➢Diz-se de uma das maiores complicações do infarto agudo do miocárdio e se não for tratada com urgência, pode levar à morte em 50% dos casos. Choque cardiogênico ➢Causas: –São de etiologia coronária; –Infarto agudo do miocárdio (IAM); –Falência miocárdica; –Arritmias; –Miocardites. ➢Tratamento: –Trata-se a causa com o objetivo de limitar a lesão cardíaca, preservar o miocárdio e melhorar a capacidade do coração em exercer sua função de bomba. Pode ser cirúrgico ou com o uso de drogas vasoativas. Choque séptico ➢É decorrente de um processo infeccioso disseminado, grave, em que ocorre a liberação de mediadores, inflamatórios que produzem lesão do endotélio do vaso, ocasionando a permeabilidade do vaso e extravasamento de líquido. ➢O choque séptico tem como causas as infecções de sítios diversos. O tratamento é feito a partir do uso de antibióticos específicos para combater a bactéria causadora das infecções. Choque anafilático ➢O choque anafilático é desencadeado por uma reação alérgica exacerbada determinando vasoplegia generalizada, com consequente redução do volume circulante. ➢Causas: –Picadas de inseto; –Drogas; –Alimentos. ➢Tratamento: –Adrenalina; –Anti-histamínicos; –Corticoides. Choque neurogênico ➢No choque neurogênico ocorre vasodilatação por perda do controle vasomotor. ➢Causas: –Lesão no sistema nervoso central (SNC); –Trauma raquimedular; –Bloqueios anestésicos; –Efeitos depressores de medicamentos. Choque neurogênico ➢Tratamento: –Consiste em restauração do tônus simpático, por meio da estabilização da medula espinhal, posicionamento correto do paciente, em caso de anestesia espinhal.➢Assistência de enfermagem: –Manter posição antichoque; –Controlar os sinais vitais (SSVV) com frequência; –Administrar oxigênio conforme prescrição médica; –Tranquilizar o paciente, transmitindo-lhe segurança; Choque neurogênico ➢Assistência de enfermagem: –Monitorar as condições cardíacas; –Proporcionar conforto ao paciente; –Administrar medicações prescritas; –Promover balanço hídrico rigoroso; –Realizar a punção venosa com jelco de grosso calibre, para administração de hemoderivados (choque hipovolêmico) e infusão de líquido; –Observar quanto a reações alérgicas; –Utilizar técnicas assépticas em todos os procedimentos. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Denomina-se parada cardiorrespiratória a interrupção súbita dos batimentos cardíacos, resultando na cessação de uma circulação efetiva. É um limite de gravidade eu impõe atendimento imediato. Ocorre perda de consciência, ausência de pulso e batimento cardíaco inaudível. ➢O início da lesão cerebral irreversível começa com aproximadamente 4 minutos de interrupção da circulação. Por isso, se devem iniciar as manobras de ressuscitação cardiopulmonar o quanto antes. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Sinais e sintomas: –Ausência de pulso em grandes artérias; –Ausência de respiração; –Inconsciência; –Dilatação pupilar; –Palidez; –Cianose. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Reanimação cardiopulmonar (RCP): –Em 2015, as Diretrizes da American Heart Association (AHA) propuseram novas recomendações sobre a Ressuscitação (ou reanimação) Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE). –Uma das alterações foi a utilização de “Cadeias de Sobrevivência” distintas para pacientes que sofrem uma PCR no ambiente intra ou extra-hospitalar. Essa alteração aconteceu devido as diferenças existentes nos processos até que os pacientes sejam encaminhados à unidade de cuidados intensivos, onde serão fornecidos os cuidados pós-PCR. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Reanimação cardiopulmonar (RCP): Vigilância e prevenção. Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência. RCP imediata de alta qualidade Rápida desfibrilação Suporte avançado de vida e cuidados pós-PCR Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Vigilância e prevenção: –De acordo com Sakamoto (2016), os pacientes no ambiente hospitalar dependem de um sistema de vigilância adequado, a fim de prevenir a PCR. Entretanto, na ocorrência da PCR, é preciso uma interação harmoniosa dos vários departamentos e serviços da instituição e de um time multidisciplinar de profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros. –A nova diretriz da American Heart Association preconiza o acionamento imediato do time de resposta rápida na iminência de pacientes com deterioração clínica aguda, com o objetivo de prevenir a Parada Respiratório Intra- hospitalar (PCRIH). Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Reconhecimento e acionamento imediato do serviço médico de emergência: –O profissional de saúde deve reconhecer a PCR. É importante avaliar a responsividade (chamando o paciente pelo nome), avaliar a respiração e pulso, de forma simultânea, por dez segundos. Em casa de detecção destes sinais, o profissional deve solicitar a outro, clara e objetivamente, que acione a equipe médica, traga o carro de emergência e o desfibrilador. De modo geral, a instituição possui um protocolo para o acionamento da equipe médica ou time de resposta rápida. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Após os comandos acima descritos, deve-se iniciar imediatamente a Sequência de Atendimento C – A – B: –C: Compressões torácicas de alta qualidade; –A: Vias aéreas – abrir vias aéreas; –B: Boa ventilação – garantir via aérea avançada. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢ RCP imediata, de alta qualidade: –Após o acionamento do serviço médico, devem-se iniciar as compressões torácicas e ventilação em todos os pacientes adultos com PCR, seja por causa cardíaca ou não. ➢As compressões torácicas de alta qualidade se dão conforme descrito a seguir: –a) Com as mãos sobre a metade inferior do esterno (região hipotenar), sem flexionar os cotovelos; –b) Frequência: 100 a 120 compressões/minuto; – c) Profundidade: mínima de 2 polegadas (5 cm) e máximo 2,4 polegadas (6 cm); –d) Permitir retorno total do tórax após cada compressão. Não apoiar-se sobre o tórax entre as compressões; –e) Minimizar as interrupções nas compressões. Não interromper as compressões por mais de 10 segundos; – f) Colocar a prancha rígida embaixo do tórax do paciente, assim que disponível. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢No que diz respeito à relação ventilação- compressão adequada: –a) Sem via aérea avançada: –b) Realizar abertura de vias aéreas; –c) Ventilação numa relação: 30:2, ou seja, 30 compressões: 2 ventilações (até a garantia de uma via aérea avançada); –d) Com via aérea avançada: –e) Compressões contínuas a uma frequência 100 a 120/ minuto e 1 ventilação a cada 6 segundos (10 respirações por minuto). Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Rápida desfibrilação: –a) De posse do Desfibrilador Externo Automático (DEA), deve-se verificar o ritmo; –b) Em caso de ritmo chocável (Fibrilação Ventricular ou Taquicardia Ventricular sem Pulso), deve-se: aplicar 1 choque; reiniciar a RCP por 2 minutos até o DEA avisar sobre a verificação do ritmo; continuar o Suporte Avançado de Vida assuma ou a vítima se movimente; –c) Em caso de ritmo não chocável, deve-se: reiniciar a RCP por 2 minutos, até ser avisado pelo DEA para verificação do ritmo e continuar até que o pessoal do SAV assuma ou até que a vítima se movimente. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Sakamoto (2016) afirma que a utilização do DEA no ambiente hospitalar pode ser considerada para facilitar a desfibrilação precoce (meta de administração de choques em tempo ≤ 3 minutos do colapso), especialmente nas áreas cujo pessoal não esteja capacitado para reconhecer ritmos ou em que o uso de desfibriladores não seja frequente. ➢O DEA pode ser utilizado pelo Enfermeiro ou pela equipe de enfermagem sob sua supervisão, na presença ou ausência do profissional médico, conforme previsto no protocolo de Suporte Básico de Vida. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Em alguns hospitais, não se encontra disponível o DEA, somente o desfibrilador manual, e, nesse caso, necessita que a equipe médica esteja disponível 24 horas, tendo em vista que é um procedimento privativo do profissional médico e segundo Parecer Técnico n. 0001/2012 do COREN-ES: “[…] não é atribuição do enfermeiro o uso do desfibrilador manual dentro do ambiente intra-hospitalar […]”. ➢É essencial que a equipe de enfermagem esteja atualizada e capacitada para a execução dos protocolos da instituição, entendendo suas particularidades, uma vez que um bom atendimento pode determinar a sobrevivência do paciente. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR: –Segundo Tallo e cols. (2012 apud SAKAMOTO, 2016), o suporte avançado de vida (SAV) engloba recursos adicionais como monitorização cardíaca, administração de fármacos, desfibriladores, equipamentos especiais para ventilação, marcapasso e cuidados após o retorno a circulação espontânea. –A desfibrilação manual é utilizada no Suporte Avançado de Vida (SAV), em que a equipe multiprofissional está presente, incluindo o Médico, e existe equipamento disponível, preferencialmente desfibrilador manual bifásico. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR: –Quando indicado, o choque inicial é aplicado de forma única, na energia máxima do DEA ou do desfibrilador manual disponível (360 J no aparelho monofásico ou 180 a 220 J no aparelho bifásico). –É importante observar a diferença entre a Desfibrilação e a Cardioversão, que eventualmente causam dúvidas entre os profissionais. Na cardioversão elétrica, o procedimento eletivo no qual se aplica ochoque elétrico de maneira ‘sincronizada’, ou seja, a descarga elétrica é liberada na onda R, no período refratário da despolarização cardíaca. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR: –É indicada no tratamento de taquiarritmias, tais como a Fibrilação atrial (FA) flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e taquicardias com complexo largo e com pulso. A desfibrilação elétrica é um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua ‘não sincronizada’ no músculo cardíaco. –Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias graves como a TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR: –Enquanto o médico assume a responsabilidade quanto ao desfibrilador, estabelecimento de uma via aérea avançada e orientações sobre os medicamentos a serem administrados (dose e frequência), a equipe de enfermagem necessita prestar assistência de forma organizada, de acordo com cada competência: •a) Enfermeiro: controle do carro de emergência (preparo das medicações) e do tempo (intervalo entre as medicações e manobras de ressuscitação cardiopulmonar); •b) Técnico de enfermagem responsável pelo paciente: à beira leito, administrando as medicações solicitadas pelo médico; •c) Técnico de enfermagem auxiliar (“dupla): assistência ao médico na execução da compressão torácica e suporte para demais atividades que se fizerem necessárias; •d) O fisioterapeuta realiza os cuidados com a via aérea e ventilação (AMBU/ventilador mecânico), conforme orientação médica. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢Os medicamentos mais utilizados na PCR: –a) Epinefrina: vasopressor para ressuscitação, pode ser utilizada logo após o início da PCR devido a um ritmo não chocável; –b) Lidocaína e amiodarona: ambas são indicadas para evitar recorrência da fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso; –c) Difosfato de adenosina: a adenosina é recomendada como segura e potencialmente eficaz para o tratamento e o diagnóstico inicial da taquicardia de complexo largo monomórfica regular indiferenciada; –d) Betabloqueadores: indicados para tratamento pós-PCR por FV ou TVSP, pois estão relacionados com maior probabilidade de sobrevivência. No entanto, devem ser avaliados caso a caso, pois podem ocasionar uma grave instabilidade hemodinâmica, exacerbar a bradiarritmia e insuficiência cardíaca. Para alguns pacientes que já eram cardiopatas e faziam uso de Betabloqueadores antes, indica-se manter a prescrição para melhor prognóstico. Parada cardiorrespiratória (PCR) ➢São observamos também os materiais necessários para o suporte ventilatório, que são: –a) Laringoscópio, com laminas de diferentes tamanhos; –b) Ambu; –c) Máscaras; –d) Cânulas de Guedel; –e) Pinça de Magill; –f) Tubos endotraqueais; –g) Cadarço para amarração do tubo; –h) Seringas de 10 e 20cc, sondas para aspiração; – i) Luvas e máscaras para EPI da equipe; – j) Pontos de oxigênio; –k) Ar comprimido e vácuo; – l) Desfibrilador; –m) Eletrocardiógrafo. Emergências Digestivas – Trauma abdominal ➢As lesões abdominais não reconhecidas são uma das principais causas de morte nos pacientes traumatizados. A morte pode ocorrer devido à perda intensa de sangue, em decorrência de ferimentos nos órgãos. ➢As lesões abdominais podem ser causadas por ferimentos penetrantes ou por trauma fechado. Pode ocorrer lesão de múltiplos órgãos, nos ferimentos penetrantes, embora isso seja menos provável nos fermentos por arma branca que naqueles por arma de fogo. Emergências Digestivas – Trauma abdominal ➢A compressão se dá quando os órgãos abdominais são comprimidos entre objetos sólidos, como, por exemplo, entre o volante e a coluna vertebral. ➢Forças de cisalhamento rompem órgãos sólidos ou vasos sanguíneos na cavidade abdominal, devido à tração exercida sobre os ligamentos de fixação e os vasos. O fígado e o baço podem se romper e sangrar com facilidade e a perda de sangue pode ser rápida. Emergências Digestivas – Trauma abdominal ➢Observam-se os seguintes indicadores seguros para suspeitar a presença de lesão abdominal: –a) Mecanismo de lesão ou estrago no carro; –b) Sinais externos de trauma; –c) Choque de causa não explicada; –d) Choque mais grave do que o explicado por outras lesões; –e) Presença de rigidez abdominal ou distensão. ➢É importante salientar que o indicador mais confiável de sangramento intra-abdominal é a presença de choque de origem não explicada. Emergências Digestivas – Trauma abdominal ➢Evisceração: –A evisceração ocorre quando um segmento do intestino ou outro órgão abdominal sai através de um ferimento, ficando fora da cavidade abdominal. –Não se deve tentar colocar o órgão de volta. O conteúdo deve ser coberto com compressa estéril, umedecida com solução fisiológica, regularmente, para evitar o ressecamento dos órgãos expostos. Emergências Digestivas – Trauma abdominal ➢Objetos encravados: –Um objeto encravado no abdômen nunca deve ser mobilizado ou retirado antes que sua forma e localização tenham sido identificadas radiologicamente. –Se houver sangramento à volta do objeto, deve ser feita a pressão direta em volta do ferimento, com a palma da mão, em torno do objeto. O abdômen não dever ser apalpado, para que não provoque mais laceração ou afunde ainda mais a ponta do objeto. Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas ➢As Hemorragias Digestivas (HD) são situações clínicas sem que há uma quantidade anormal de sangue dentro do tubo digestivo. Classificam-se em hemorragia digestiva alta (HDA) e hemorragia digestiva baixa (HDB). Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas ➢Hemorragia digestiva alta (HDA): –Neste tipo de hemorragia ocorre o sangramento proveniente do tubo digestivo, decorrente de lesões localizadas entre o esôfago e o ângulo de Treitz. As principais causas são: •Ruptura de varizes esofagiana; •Câncer de esôfago ou estômago; •Ulcera péptica gastroduodenal; •Gastrite erosiva medicamentosa. Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas ➢Enquanto fatores de risco, observam-se: uso de bebidas alcoólicas, politraumatismo, hepatopatia com hipertensão porta, distúrbios de coagulação, medicamentos (AINES, ASS e anticoagulantes). ➢Os principais sinais e sintomas da hemorragia digestiva alta são observados a seguir: –Hematêmese; –Melena; –Manifestações relacionadas à perda sanguínea – mucosas decoradas, hipotensão arterial, taquicardia, sudorese, choque hipovolêmico. Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas ➢O tratamento da HDA é feito a partir da lavagem gástrica, dieta zero ou líquida, manutenção do estado hemodinâmico, administração de medicações como ranitidina, omeprazol, somatostatina. ➢O tratamento endoscópico (escleroterapia ou injeção endoscópica do polímero) é indicado nos casos preditivos de ressangramento ou de mau prognóstico, tratamento com o balão Sengstaken-Blakemore (utilizado quando há falha no controle do sangramento, impossibilidade de realizar EDA, ressecamento após 2 sessões de escleroterapia) e tratamento cirúrgico. Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas ➢Hemorragia digestiva baixa (HDB): –Na HDB ocorre sangramento proveniente do trato intestinal distal ao ângulo de Treitz. Exterioriza-se por melena e/ou hematoquesia. Observam-se para este tipo de hemorragia observam-se as principais causas: •Sangramento do intestino grosso; •Pólipos em cólon; Hemorroidas; •Doenças inflamatórias intestinais; •Ulceras ou lacerações (reto ou ânus); •Câncer de cólon; •Colite isquêmica. Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas ➢ Para a assistência de enfermagem nos sangramentos gerais com sinais de choque são observados os seguintes procedimentos: –Oferecer oxigêniopor cateter nasal; – Instalar 2 acessos venosos de grosso calibre; – Iniciar reposição volêmica; –Conforme rotina da instituição, colher sangue para prova cruzada, hemograma e etc.; –Realizar sondagem vesical de demora e monitorar diurese; –Monitorar balanço hídrico; –Manter dieta zero; –Realizar lavagem intestinal até retorno limpo; –Aferir sinais vitais rigorosamente. –Se houver indicação realizar a sondagem gástrica e lavagem gástrica, observando o aspecto da drenagem; –Proporcionar acomodação segura e confortável para os pacientes; –Anotar todos os procedimentos que serão realizados no paciente e comunicá-lo previamente. Emergências do Sistema Tegumentar e Musculoesquelético ➢As emergências do sistema tegumentar e musculoesquelético são aquelas advindas de ferimentos, traumas musculoesqueléticos, fraturas e luxações, contusão e distensão, e queimaduras. Ferimentos ➢São qualquer rompimento de tecidos como mucosas ou pele que resultam de uma agressão contra determinado segmento, podendo ser por agressão física, química ou biológica. Constituem ameaças por causar uma abertura nos tecidos, colocando em contato o meio externo com o interno, aumentando o risco de infecções e sangramentos. ➢Tipos: –Laceração: ruptura da pele com bordas irregulares, causadas por instrumento grosseiros. –Avulsão: tecidos desprendidos das estruturas de sustentação. –Abrasão: pele desnuda, queimadura por fricção da pele contra superfícies rígidas. Ferimentos ➢Tipos: –Laceração: ruptura da pele com bordas irregulares, causadas por instrumento grosseiros. –Avulsão: tecidos desprendidos das estruturas de sustentação. –Abrasão: pele desnuda, queimadura por fricção da pele contra superfícies rígidas. –Contusão: sangue preso sob a superfície da pele, causado por impacto de um objeto rombudo de encontro ao corpo. –Hematoma: massa de sangue semelhante a um tumor presa sob a pele. –Perfuração: incisão da pele com bordas bem definidas, geralmente causadas por instrumentos pontiagudos. –Cortes ou incisões: Incisão da pele com bordas bem definidas, geralmente mais longa que funda. –Moldada: feridas apresentando o contorno de um objeto que causou (volante de carro). Trauma musculoesquelético ➢As lesões de extremidades, embora comuns nos traumatizados, raramente apresentam riscos de vida, apenas quando o paciente apresenta perda de sangue significativa por conta desta lesão. ➢O trauma musculoesquelético pode ser classificado em três principais tipos: trauma isolado sem risco de vida, trauma sem risco de vida, mas associado a trauma multissistêmico com risco de vida, e lesões musculoesqueléticas com risco de vida (fratura de bacia, fêmur- risco de vida pela perda sanguínea). ➢As lesões de extremidades resultam em dois problemas que exigem tratamento ainda no atendimento pré- hospitalar: a hemorragia e as instabilidades. Hemorragias ➢A hemorragia é o extravasamento de sangue de dentro dos vasos através de uma lesão que ocasionou ruptura dos vasos. O sangue vermelho escuro flui de capilares venosos, e o vermelho vivo com fluxo pulsante é proveniente de uma arteira. ➢A velocidade de sangue perdida e a velocidade da sua perda determinarão a capacidade de o paciente compensar a perda ou entrar em choque. Hemorragias ➢Controle de hemorragias externas: –O tratamento das hemorragias externas envolve a aplicação de pressão direta firme nas artérias envolvida em um ponto que seja proximal à ferida. Muitos sangramentos podem ser estancados por pressão direta. –É importante observar que um torniquete é aplicado em uma extremidade unicamente como último recurso em casos em que a hemorragia externa não possa ser controlada de nenhum outro modo e uma cirurgia imediata não seja possível (BRUNNER, 2009). Hemorragias ➢Controle de hemorragias internas: –Se o paciente não apresentar nenhum sinal visível de sangramento, mas apresentar taquicardia, hipotensão, sede, ansiedade, pelo fria e úmida, suspeita-se de hemorragia interna. Geralmente se administra o concentrado de hemácia para reposição sanguínea e prepara-se o paciente para o tratamento definitivo (cirurgia ou terapia farmacológica). Instabilidade/fraturas e luxações ➢As duas lesões que causam instabilidade de osso ou articulação são as fraturas e as luxações: ➢Fraturas: –Denominam-se fraturas a interrupção na continuidade de um osso, sendo definida de acordo com o seu tipo e extensão. As fraturas acontecem quando o osso recebe um impacto maior do que aquele que pode receber. A lesão das estruturas pode ocorrer pela força que ocasionou a fratura ou pelo movimento das extremidades pontiagudas do osso fraturado, podendo lesar vasos sanguíneos, causando hemorragias interna ou externa, além de lesar o tecido muscular e os nervos. Instabilidade/fraturas e luxações ➢Tipos de fraturas : –Fratura completa: envolve uma ruptura em todo o perímetro do osso; –Fratura incompleta: ruptura apenas em parte do perímetro do osso; –Fratura cominutiva: produz vários fragmentos ósseos; –Fratura fechada: também conhecida como simples é aquela que não causa ruptura da pele; –Fratura aberta: também chamada de composta ou complexa, é aquela em que a ferida na pele em torno dela se estende até o osso fraturado; –Fraturas compressivas: o osso foi corrompido até ocorrer, de fato, a fratura; Instabilidade/fraturas e luxações ➢Tipos de fraturas: –Fratura depressiva: os fragmentos dos ossos são empurrados para dentro; –Fratura epifisária: fratura que atinge a extremidade do osso; –Fratura em galho verde: é aquela que um lado do osso é quebrado e o outro se inclina; –Fratura impactada: o fragmento ósseo é empurrado contra o outro fragmento e penetra nele; –Oblíqua: forma um ângulo através do osso; –Fratura patológica: ocorre numa área de osso doente; –Fratura espiral: contorna a diáfise; –Fratura transversal: é transversal ao osso. Instabilidade/fraturas e luxações ➢Tipos de fraturas: Instabilidade/fraturas e luxações ➢Os principais sinais e sintomas são a dor, a perda da função, deformidade, encurtamento de extremidade, crepitação, edema e mudança de cor. As formas de tratamento podem ser: ➢Tratamento emergencial: –Sempre que se suspeitar de uma fratura, é necessário que se realize a imobilização. Durante este procedimento, deve-se segurar a extremidade distal e a proximal ao local fraturado, para evitar os movimentos de rotação e angular do membro afetado. Nas fraturas abertas, as feridas devem ser cobertas com compressa estéril, para evitar contaminações dos tecidos mais profundos. Não se deve, em hipótese alguma, tentar reduzir a fratura. Instabilidade/fraturas e luxações ➢Tratamento médico: –O tratamento médico inclui redução, imobilização e recuperação da função normal do membro afetado. ➢Redução: –É a restauração dos fragmentos da fratura ao alinhamento e à rotação anatômica. Pode ser usada rotação aberta – os fragmentos de algumas fraturas são reduzidos por abordagem cirúrgica, colocando-se dispositivos de fixação, como por exemplo: pinos metálicos, fios, parafusos, placas, pregos e hastes. Na redução fechada: os ossos são colocados em justaposição (extremidades em contato), é realizada por manipulação ou tração manual. Instabilidade/fraturas e luxações ➢Imobilização: –A imobilização pode ser feita por fixação interna (talas internas e implantes metálicos) ou externa (bandagens, gesso, talas, tração contínua e fixadores externos). Os fragmentos ósseos devem ser imobilizados e mantidos em posição e alinhamento correto, até que haja a consolidação total do osso. ➢Assistência de enfermagem: –Remover joias e relógios, para que não prejudique a circulação; –Atentar para as queixas do paciente; –Observar sempre a perfusão do membro imobilizado; –Posicionar o paciente de forma correta e confortável; –Estar atento a sinais e sintomas de complicações; Instabilidade/fraturas e luxações ➢Assistência de enfermagem: –Depois da imobilização,considerar a elevação do membro para diminuição do edema; –Em caso de fratura com grande perda sanguínea, realizar a reposição volêmica; –Administrar medicações prescritas (analgésicos, antibióticos). ➢Atenção: em cada foco de fratura pode haver sangramento importante devido a laceração de vasos ou pela lesão dos músculos próximos ao local da fratura. Por exemplo, pode ocorrer perda de 1000 a 2000 ml de sangue por coxa fraturada. Outro local em que pode haver grande perda sanguínea é a fratura da bacia. Luxações ➢É a separação dos dois ossos de uma articulação, causada por uma ruptura significativa dos ligamentos. Os ossos se apresentam literalmente “desconjuntados”, criando uma área de instabilidade óssea, fazendo-se necessária a imobilização. Os indivíduos que já tiveram luxações possuem ligamentos mais frouxos e podem estar propensos a luxações mais frequentes, a menos que o problema seja corrigido cirurgicamente. ➢As luxações podem ser congênitas (presente no nascimento, como, por exemplo: luxação no quadril), espontâneas ou patológicas (doença de estrutura articular) e traumáticas (a articulação é rompida por uma força). Luxações ➢Sinais e sintomas: –Dor aguda; –Alterações no contorno das articulações: –E comprimento da extremidade, perda da mobilidade normal e alterações no eixo dos ossos em luxação. ➢Tratamento: –No hospital, o médico realiza a redução manual e imobiliza com tala, gesso ou bandagens para preservar a função articular. Utilizam-se analgésicos, anestésicos e relaxantes musculares para diminuição da dor. –É importante salientar que as luxações são emergências ortopédicas, porque os nervos associados à estrutura, o suprimento sanguíneo e estruturas articulares podem estar comprometidos, podendo levar à necrose vascular. Luxações ➢Assistência de enfermagem: –Manter a imobilização do membro; –Atentar para queixas do paciente; –Promover conforto ao paciente; –Preparar e informar ao paciente sobre a redução da luxação; –Preparar materiais para a redução; –Administrar medicações prescritas. Entorse ➢Trata-se de uma lesão em que os ligamentos e fibras musculares de sustentação que circundam uma articulação são estirados ou até lacerados. Este ligamento rompido perde sua capacidade de estabilização. As entorses, são causadas por torção ou puxão violento. Entorse ➢Enquanto sinais e sintomas, observa-se a ruptura de vasos sanguíneos, formando hematomas, edemas, tornando a articulação muito sensível ao toque e ao movimento. As entorses se classificam em: –I grau: há ruptura de apenas algumas fibras de ligamento. Há edema leve, hipersensibilidade e dor ao mover a articulação. –II grau: há ruptura de mais fibras. Há um grau maior de edema, instabilidade articular e perda parcial da função articular. –III grau: o ligamento se rompe totalmente: há dor interna, movimento articular anormal, hipersensibilidade grave, edema aumentado. Entorse ➢Para o tratamento, se observa a utilização do acrônimo RICE, para que não se esqueça da conduta terapêutica: –R (repouso); –I (Ice, gelo em inglês); –C (compressão); –E (elevação do membro). ➢No que diz respeito à assistência de enfermagem, estava deverá ser baseada na implantação do tratamento, seguindo o protocolo para entorse. Amputação ➢Em casos de amputação por acidente, a parte do corpo é totalmente separada de um membro, ficando sem irrigação sanguínea e, por conseguinte, sem oxigenação e nutrição. Se não for prestado o atendimento correto, esta parte do pode ter morte celular (necrose) e não pode ser mais implantada. ➢A avulsão é a laceração e desprendimento de partes moles. No início, o sangramento pode ser volumoso, entretanto, o mecanismo de defesa do corpo faz com que os vãos do local lesado se contraiam. Amputação ➢Princípios do atendimento para a parte amputada: –A parte amputada deve ser limpa cuidadosamente com solução de ringer lactato; –Deve ser envolvido com compressas estéril umedecida com solução de ringer lactato e colocar no saco plástico ou numa caixa; –Deve-se identificar o saco e colocá-lo em um recipiente com gelo triturado; –Não se deve colocar gelo diretamente na parte amputada. ➢Quanto mais tempo a amputação fica sem oxigenação, menor é a probabilidade de ser reimplantada. Contusão e Distensão ➢A contusão é produzida por força não penetrante, causada por uma pancada ou queda, ocasionando uma lesão dos tecidos moles. Ocorre rompimento de pequenos vasos sanguíneos, levando à formação de hematoma. ➢A distensão é um estiramento ou ruptura do músculo ou tendão, causado por esforço ou estresse excessivo. ➢A contusão quanto a distensão têm como sinais e sintomas a dor, o edema e a mudança de cor. Assim como na entorse, observa-se o RICE como forma de tratamento. Queimaduras ➢A queimadura é observada enquanto um trauma de origem térmica nos tecidos orgânicos, que resulta em dor e ansiedade. As lesões de queimadura não se restringem apenas à pele. ➢As grandes queimaduras podem causar lesões extensas e multissistêmicas, podendo provocar lesões com risco de vida, pois podem afetar indiretamente o rim, o coração, o trato gastrointestinal e o sistema imune da vítima. Queimaduras ➢As queimaduras têm como causas: –Agentes térmicos: causados por vapor úmido, valor líquido, calor, objetos e produtos aquecidos, água quente, chama, etc.; –Agentes químicos: temos vários produtos capazes de produzir queimaduras químicas. As lesões são resultados de exposição prolongada e podem ser agravadas enquanto a substância permanece na pele. Ex.: potássio, bário e hidróxido de sódio; –Eletricidade: as queimaduras por corrente elétrica só devastadoras. A lesão aparente pode não refletir com exatidão a lesão causada; –De raios-X, raios ultravioleta, nucleares, etc.; –Agentes biológicos: animais (lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc.) e vegetais (o látex de certas plantas, urtiga, etc.). Queimaduras ➢Manifestações clínicas: –Destruição dos tecidos: depende do fator que causou e d intensidade da exposição; –Dor: na queimadura, milhares de filetes nervosos ficam expostos e a passagem do ar por estes ambientes causam dor. Nas queimaduras mais profundas, esta dor tende a diminuir devido à destruição total dessas terminações; –Perda local de líquido: dá-se a vasodilatação e o aumento da permeabilidade capilar, causadas pelo calor que leva à passagem de plasma para os tecidos ao redor; –Infecção: a intensa destruição dos tecidos favorece a migração de micro-organismos para as lesões e até mesmo para a corrente sanguínea. Queimaduras ➢Fisiopatologia: –As principais alterações fisiológicas que ocorrem num processo de queimadura são: aumento de permeabilidade capilar e edema; flictenas e edemas generalizados ocorrem devido ao excesso de líquido intersticial que sai da queimadura. –A lesão térmica determina a exposição do colágeno no tecido afetado, levando à liberação de histamina. A histamina, juntamente com outras cininas liberam prostaglandinas. –Todos esses mediadores inflamatórios aumentam a permeabilidade capilar aos líquidos com consequente edema. Este acúmulo de líquido pode, muitas vezes, pode comprometer a circulação sanguínea dos membros. –As queimaduras se classificam quanto à profundidade em primeiro, segundo e terceiro graus, e quanto à extensão em pequeno, médio e grande queimado, conforme se observará a seguir. Queimaduras ➢Profundidade da queimadura Queimaduras ➢De primeiro grau: –As queimaduras de primeiro grau afetam apenas a epiderme, que é a camada mais externa da pele. São avermelhadas e dolorosas, como, por exemplo, a queimadura solar. ➢De segundo grau: –Envolve a epiderme e a derme, apresenta pele avermelhada e com bolhas (flictenas), além de dor severa. ➢De terceiro grau: –Acomete a totalidade das camadas da pele, ossos, músculos, nervos e vasos. O paciente apresenta pouca ou nenhuma dor. A queimadura se aparentacor branca, amarela ou marrom, não cicatriza espontaneamente e necessita de enxerto. Queimaduras ➢ A extensão da queimadura é determinada por meio da avaliação da porcentagem da superfície corporal que sofreu a queimadura. Este sistema atribui porcentagem em múltiplos de nove . Esta estimativa é necessária para que se realize o tratamento e a reposição volêmica correta e evite complicações associadas ao choque hipovolêmico. Queimaduras ➢Pequeno queimado: –Queimaduras de primeiro grau em qualquer extensão e/ou de segundo grau com área corporal atingida até 5% em crianças menores de 12 anos e 10% em maiores de 12 anos. ➢Médio queimado: –Queimaduras de segundo grau, com área corporal atingida entre 5% a 15% em menores de 12 anos e 10% e 20% em maiores de 12 anos, ou de terceiro grau, com até 10% da área corporal atingida em adultos, quando não envolver face ou mão ou períneo ou pé, e menor que 5% nos menores de 12 anos ou qualquer queimadura de segundo grau envolvendo mão ou pé ou face ou pescoço ou axila. Queimaduras ➢Grande queimado: –Queimaduras de segundo grau, com área corpora atingida maior do que 15% em menores de 12 anos ou maior de 20% em maiores de 12 anos, ou queimaduras de terceiro grau, com mais de 10% da área corporal atingida no adulto e maior que 5% nos menores de 12 anos, ou queimaduras no períneo ou por corrente elétrica, ou de mão ou pé ou face ou pescoço ou axila, que tenha terceiro grau. Queimaduras ➢Indicação de internação hospitalar: –Lesão por inalação; –Queimadura de terceiro grau em qualquer grupo etário; –Queimadura de face, mãos, pés, genitália e região perineal; –Queimadura elétrica; –Intoxicação por fumaça; –Lesões de via aéreas; –Lesões de terceiro grau, atingindo mias de 10% da SCQ adulto e 5% em crianças; –Lesões de segundo grau, atingindo área superior a 20% adulto e 10% em crianças. Queimaduras ➢Princípios básicos para o atendimento à vítima de queimadura: –Avaliação do comprometimento das vias áreas; –Estabilidade hemodinâmica; –Controle rigoroso do balanço hidroeletrolítico. Queimaduras ➢Assistência de enfermagem: –Como toda a vítima de trauma, segue-se o protocolo do trauma ACB, observando-se: –Fazer a abordagem das vias áreas, aferindo a frequência respiratória, atentando para queimaduras de pelos nasais, cílios e sobrancelhas, tosse ou rouquidão; –Administrar O2 conforme prescrição e, se necessário, preparar o material para intubação; –Manter acessos venosos calibrosos e seguros; –Atentar para sinais de confusão mental, cianose perilabial, agitação psicomotora, bem como sinais de instabilidade hemodinâmicas; Queimaduras ➢Assistência de enfermagem: –Remover roupas de formas delicada; –Controlar a hipotermia; –Determinar a extensão da lesão, o que ocasionou e profundidade; –Realizar sondagem vesical nos pacientes graves e aqueles que tiverem lesão de genitais; –Monitorar rigorosamente o balanço hídrico; –Controlar a dor administrando medicações prescritas; –Caso necessário, realizar sondagem gástrica; – Informar ao paciente todos os procedimentos que serão realizados; –Tratar a queimadura conforme protocolo do serviço; –Realizar a profilaxia antitetânica; –Oferecer apoio psicológico; –Auxiliar no cuidado às feridas; –Aferir SSVV. Queimaduras ➢Complicações das queimaduras: –Alterações no sistema respiratório: –Alterações no sistema gastrointestinais; –Lesão renal; –Infecções locais podendo evoluir para septicemia; –Sequelas funcionais e estéticas que prejudicam a autoestima do paciente; –Choque. Slide 1: ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA Slide 2 Slide 3: QUEM SOU EU???? Slide 4: MEUS CONTATOS NA WEB! 11 99024-8598 Slide 5: DATAS IMPORTANTES Slide 6: DISCIPLINA: ENF. EM EMERGÊNCIA Slide 7: ORIENTAÇÕES SOBRE O TRABALHO: Slide 8: AULAS PRÁTICAS SALA 06 Slide 9: CONCEITOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Slide 10: Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) ou Hospitais Slide 11 Slide 12: Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) ou Hospitais Slide 13: Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) ou Hospitais Slide 14: A Triagem numa Emergência segue algumas Premissas Importantes Slide 15: Estrutura Disponível Slide 16: Estrutura Disponível Slide 17: Estrutura Disponível Slide 18: Estrutura Disponível Slide 19: Instalações e Estrutura Física Slide 20: Instalações e Estrutura Física Slide 21: Instalações e Estrutura Física Slide 22: Instalações e Estrutura Física Slide 23: Instalações e Estrutura Física Slide 24: Instalações e Estrutura Física Slide 25: Instalações e Estrutura Física Slide 26: Instalações e Estrutura Física Slide 27: Instalações e Estrutura Física Slide 28: Sala de atendimento de emergência Slide 29: Sala de atendimento de emergência Slide 30: Sala de atendimento de emergência Slide 31: Considerações Finais Slide 32: Considerações Finais Slide 33: Apresentação sobre Enfermagem Slide 34: Apresentação sobre Enfermagem Slide 35: Apresentação sobre Enfermagem Slide 36: Apresentação sobre Enfermagem Slide 37: Apresentação sobre Enfermagem Slide 38: Apresentação sobre Enfermagem Slide 39: Apresentação sobre Enfermagem Slide 40: Bases Legais para o Exercício da Enfermagem Slide 41: Bases Legais para o Exercício da Enfermagem Slide 42: O Atendimento Pré-hospitalar Slide 43: O Atendimento Pré-hospitalar Slide 44: O Atendimento Pré-hospitalar Slide 45: O Atendimento Pré-hospitalar Slide 46: Técnico em enfermagem em emergência médica Slide 47: Técnico em enfermagem em emergência médica Slide 48: Os tipos veículos Slide 49: Os tipos veículos Slide 50: Os tipos veículos Slide 51: Os tipos veículos Slide 52: Sistema de Atenção Integral às Urgências Slide 53: Os Principais Casos de Atendimento em Enfermagem em Emergência Slide 54: Breve revisão anatômica Slide 55: Breve revisão anatômica Slide 56: Breve revisão anatômica Slide 57: Breve revisão anatômica Slide 58: Breve revisão anatômica Slide 59 Slide 60: Febre Slide 61: Febre Slide 62: Febre Slide 63: Febre Slide 64: Hematúria Slide 65: Hematúria Slide 66: Dor Lombar Slide 67: Dor Lombar Slide 68: Dor Lombar Slide 69: Dor Lombar Slide 70: Dor Lombar Slide 71: Tratamento da dor lombar e mecanismo postural Slide 72: Tratamento da dor lombar e mecanismo postural Slide 73: Tratamento da dor lombar e mecanismo postural Slide 74: Tratamento da dor lombar e mecanismo postural Slide 75: Dor Abdominal Slide 76: Dor Abdominal Slide 77: Dor Abdominal Slide 78: Dor Abdominal Slide 79: Dor Abdominal Slide 80: Dor Abdominal Slide 81: Traumas Slide 82: Traumas Slide 83: Avaliação de hemorragia e sangramento Slide 84: Avaliação de hemorragia e sangramento Slide 85: Avaliação de hemorragia e sangramento Slide 86: Avaliação das vias aéreas com controle da região cervical Slide 87: Avaliação das vias aéreas com controle da região cervical Slide 88: Avaliação respiratória Slide 89: Avaliação respiratória Slide 90: Avaliação circulatória – sangramento e perfusão Slide 91: Avaliação neurológica (AVDI) Slide 92 Slide 93: Avaliação neurológica (AVDI) Slide 94: Traumatismo Crânio-encefálico (TCE) Slide 95: Traumatismo Crânio-encefálico (TCE) Slide 96: Fraturas de crânio Slide 97: Fraturas de crânio Slide 98: Fraturas de crânio Slide 99: Fraturas de crânio Slide 100: Lesão cerebral Slide 101: Lesão cerebral Slide 102: Lesão cerebral Slide 103: Lesão cerebral Slide 104: Lesão penetrante Slide 105: Lesão penetrante Slide 106: Lesão penetrante Slide 107: Lesão penetrante Slide 108: Lesão penetrante Slide 109: Lesão penetrante Slide 110: Lesão penetrante Slide 111: Traumatismo Raquemedular (TRM) Slide 112: Traumatismo Raquemedular (TRM) Slide 113: Traumatismo Raquemedular (TRM) Slide 114: Traumatismo Raquemedular (TRM) Slide 115: Traumatismo Raquemedular (TRM) Slide 116: Traumatismo Raquemedular (TRM) Slide 117: Traumatismo Raquemedular (TRM) Slide 118: Traumatismo Raquemedular (TRM) Slide 119: Crise Convulsiva Slide 120: CriseConvulsiva Slide 121: Crise Convulsiva Slide 122: Crise Convulsiva Slide 123: Assistência de enfermagem Slide 124: Assistência de enfermagem Slide 125: Emergências Respiratórias Slide 126: Asma Brônquica Slide 127: Asma Brônquica Slide 128: Asma Brônquica Slide 129: Asma Brônquica Slide 130: Asma Brônquica Slide 131: Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) Slide 132: Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) Slide 133: Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) Slide 134: Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) Slide 135: Obstrução das Vias Aéreas Slide 136: Manobras manuais Slide 137: Manobras manuais Slide 138: Manobras manuais Slide 139: Manobras manuais Slide 140: Cânula orofaríngea Slide 141: Cânula orofaríngea Slide 142: Cânula nasofaríngea Slide 143: Cânula nasofaríngea Slide 144: Intubação traqueal Slide 145: Intubação traqueal Slide 146: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) Slide 147: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) Slide 148: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) Slide 149: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) Slide 150: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) Slide 151: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) Slide 152: Edema Agudo do Pulmão (EAP) Slide 153: Edema Agudo do Pulmão (EAP) Slide 154: Edema Agudo do Pulmão (EAP) Slide 155: Edema Agudo do Pulmão (EAP) Slide 156: Edema Agudo do Pulmão (EAP) Slide 157: Edema Agudo do Pulmão (EAP) Slide 158: Emergências do Trauma – Trauma Torácico Slide 159: Emergências do Trauma – Trauma Torácico Slide 160: Fraturas de costelas Slide 161: Fraturas de costelas Slide 162: Tórax instável Slide 163: Tórax instável Slide 164: Tórax instável Slide 165: Contusão pulmonar Slide 166: Contusão pulmonar Slide 167: Pneumotórax Slide 168: Pneumotórax Slide 169: Pneumotórax Slide 170: Pneumotórax Slide 171: Pneumotórax Slide 172: Pneumotórax Slide 173: Hemotórax Slide 174: Hemotórax Slide 175: Hemotórax Slide 176: Hemotórax Slide 177: Contusão cardíaca Slide 178: Contusão cardíaca Slide 179: Tamponamento cardíaco Slide 180: Tamponamento cardíaco Slide 181: Tamponamento cardíaco Slide 182: Tamponamento cardíaco Slide 183: Emergências Cardiovasculares - Choque Slide 184: Emergências Cardiovasculares - Choque Slide 185: Choque hipovolêmico Slide 186: Choque hipovolêmico Slide 187: Choque cardiogênico Slide 188: Choque cardiogênico Slide 189: Choque séptico Slide 190: Choque anafilático Slide 191: Choque neurogênico Slide 192: Choque neurogênico Slide 193: Choque neurogênico Slide 194 Slide 195: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 196: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 197: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 198: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 199: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 200: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 201: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 202: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 203: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 204: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 205: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 206: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 207: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 208: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 209: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 210: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 211: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 212: Parada cardiorrespiratória (PCR) Slide 213: Emergências Digestivas – Trauma abdominal Slide 214: Emergências Digestivas – Trauma abdominal Slide 215: Emergências Digestivas – Trauma abdominal Slide 216: Emergências Digestivas – Trauma abdominal Slide 217: Emergências Digestivas – Trauma abdominal Slide 218: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas Slide 219: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas Slide 220: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas Slide 221: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas Slide 222: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas Slide 223: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas Slide 224: Emergências do Sistema Tegumentar e Musculoesquelético Slide 225: Ferimentos Slide 226: Ferimentos Slide 227: Trauma musculoesquelético Slide 228: Hemorragias Slide 229: Hemorragias Slide 230: Hemorragias Slide 231: Instabilidade/fraturas e luxações Slide 232: Instabilidade/fraturas e luxações Slide 233: Instabilidade/fraturas e luxações Slide 234: Instabilidade/fraturas e luxações Slide 235: Instabilidade/fraturas e luxações Slide 236: Instabilidade/fraturas e luxações Slide 237: Instabilidade/fraturas e luxações Slide 238: Instabilidade/fraturas e luxações Slide 239: Luxações Slide 240: Luxações Slide 241: Luxações Slide 242: Entorse Slide 243: Entorse Slide 244: Entorse Slide 245: Amputação Slide 246: Amputação Slide 247: Contusão e Distensão Slide 248: Queimaduras Slide 249: Queimaduras Slide 250: Queimaduras Slide 251: Queimaduras Slide 252: Queimaduras Slide 253: Queimaduras Slide 254: Queimaduras Slide 255: Queimaduras Slide 256: Queimaduras Slide 257: Queimaduras Slide 258: Queimaduras Slide 259: Queimaduras Slide 260: Queimaduras Slide 261: Queimadurasé capaz de tomar a decisão e classificar o paciente de acordo com a gravidade e especialidade que deverá avaliá-lo. O processo para a tomada de decisão do enfermeiro deve seguir alguns critérios, conforme descrito a seguir: –Durante a descrição da queixa do paciente, o enfermeiro deve utilizar o raciocínio clínico para registrar e tomar a decisão com segurança. Caso o paciente seja um mau informante, o enfermeiro deve tentar aprofundar a sua entrevista, em busca de uma história mais detalhada, considerando os dados subjetivos, a localização do problema, irradiação, intensidade, história pregressa dos sintomas e, também, dados objetivos, ou seja, observação da aparência física (coloração da pele, como cianose ou palidez, sudorese, etc.); Instalações e Estrutura Física –Avaliação de sinais vitais e conhecimento de suas alterações relacionadas com a queixa do paciente. –Avaliação e associação com outros aspectos, como: uso de medicamentos, problemas de saúde pregressos, antecedentes cirúrgicos (destacando os mais recentes), alegrias, vacinação (destacando o tétano para adultos com ferimento e vacinas da infância para todas as crianças). Instalações e Estrutura Física ➢Desta forma, a triagem da UPA-Hospitais é realizada com o principal objetivo de classificar o paciente quanto à urgência, à especialidade médica que irá atendê-lo e ao local apropriado para este atendimento. ➢A maioria dos serviços utiliza três categorias de tomada de decisão nas triagens: –Emergência (vermelha), urgência (amarela e não urgência (verde), mais alguns serviços utilizam um sistema de classificação de cinco níveis, também empregado na Austrália, Canadá e Reino Unido, que permite uma avaliação mais confiável e uma classificação mais detalhada das diversas complexidades. Instalações e Estrutura Física ➢Classificação de risco de Manchester Instalações e Estrutura Física ➢A UPA-Hospital utiliza o sistema de três categorias de classificação de tomada de decisão, identificadas pelas cores vermelho, amarelo e verde, correspondentes aos níveis 1, 2 e 3, respectivamente. ➢Em relação às especialidades médicas disponíveis na UPA-Hospital, o paciente poderá ser encaminhado para um clínico, cirurgião, pediatra, ortopedista, neurologista, cardiologista ou ginecologista. Instalações e Estrutura Física ➢A classificação de urgência estabelecida pelo enfermeiro, assim como a especialidade médica indicada são determinadas de acordo com protocolos de atendimento multiprofissionais, médico e equipe de enfermagem, instituídos na UPA a partir de 2004. ➢Estes protocolos auxiliam o enfermeiro na tomada de decisão, pois se apresentam em forma de fluxograma, divididos por queixas mais comuns (sinais e sintomas), destino do paciente (sala de emergência, consultório ou observação), especialidade médica indicada e intervenções de enfermagem imediata (eletrocardiograma, monitorização do paciente, oxigenoterapia, glicemia capilar). Instalações e Estrutura Física ➢Além das especialidades médicas de plantão na UPA- Hospital, o enfermeiro também pode triar o paciente para otorrinolaringologista e oftalmologista, que ficam à distância (retaguarda) da Unidade de Primeiro Atendimento, seguindo um protocolo de tomada de decisão aprovado pelos representantes da equipe multiprofissional e coordenação da UPA-Hospital. Sala de atendimento de emergência ➢O serviço de emergência devido sua diversidade de situações exige alguns recursos materiais dispostos de forma ordenada e de fácil acesso. A estrutura da unidade de emergência deve ocupar o andar térreo. ➢O planejamento físico da unidade tem alguns propósitos básicos que são: a criação de espaços para abrigar equipamentos e permitir livre circulação da equipe de trabalho; a eficácia nos atendimentos, através de recursos; a redução de ações improvisadas; a assistência será mais completa se aliada a recursos materiais e ambiente físico adequados; atendimento com segurança, eficácia no uso do pessoal e equipamento, que a unidade pode desenvolver. Todos os equipamentos devem estar em boas condições de uso e devem ser testados regularmente. Sala de atendimento de emergência ➢Materiais necessários: –Fontes de oxigênio e de ar comprimido; –Fontes de vácuo para aspiração; –Foco auxiliar; –Drenos torácicos (diversos tamanhos); –Prancha rígida longa; –Colar cervical (diversos tamanhos); –Materiais esterilizados para procedimentos cirúrgicos de urgência (luvas, campos e aventais); –Esfignomanômetro e estetoscópio; Sala de atendimento de emergência ➢Materiais necessários: –Carro de emergência com monitor cardíaco, oxímetro de pulso, desfibrilador (cardiovesor), sondas de aspiração, sondas vesicais e gástricas de diversos tamanhos, jelcos e escalpes de diversos calibres, lâminas de bisturi e fios de sutura. Além de gavetas para medicações específicas de emergência; –Cânula de Guedel e pinça de Magill; –Reanimador (Ambul), lâminas curvas e retas de diversos tamanhos e laringoscópio para intubação traqueal; –Materiais para proteção individual, como luvas gorros e máscaras descartáveis. Considerações Finais ➢O enfermeiro que realiza triagem deve conhecer as técnicas para entrevistar o paciente, ter conhecimento técnico-cientifico para fazer uma boa avaliação e, sobretudo, deve entender o seu papel profissional capacitado para exercer esta função. ➢Embora as avaliações e tomada de decisão sejam guiadas por protocolos institucionais, o enfermeiro também deve levar em consideração sua instituição/experiência e não se limitar a processos que mecanizem o seu saber. Considerações Finais ➢Atualmente, a UPA-Hospital utiliza a triagem de pacientes de três níveis (vermelho, amarelo e verde). Entretanto, a equipe de enfermagem, em parceria com a equipe médica, prevê a implantação de triagem de quatro ou cinco níveis, necessidade sentida em função do aumento da demanda de pacientes, sobretudo daqueles com queixas menos urgentes e que aguardam o mesmo tempo de atendimento daqueles com queixas mais agudas. Apresentação sobre Enfermagem ➢A enfermagem possui um papel primordial em situações de emergência, porém, para que o profissional exerça a sua função, é necessário conhecimentos técnico e prático, associados ao embasamento teórico, além de equilíbrio emocional para lidar com as diversas situações que lhe são propostas. ➢A tomada de decisão de forma eficaz, implica na redução de riscos para o nosso cliente. Em emergência, muitas vidas são alvas com medidas práticas, rápidas e relativamente fáceis, se executadas de forma ordenada. O trabalho em equipe deve ser feito de uma forma sistemática, na qual cada membro conhece exatamente a sua função e interage com os outros em busca de um objetivo comum: salvar vidas. Apresentação sobre Enfermagem ➢Enfermagem em Emergência –Há algum tempo, os profissionais que trabalhavam em emergências ou em intervenções pré-hospitalares na recebiam quase nenhum treinamento, ou seja, não possuíam especialização suficiente para lidar com determinadas situações. –Somente com o passar dos anos, na década de 1980, essa realidade foi se modificando e se observou que era cada vez mais necessário que houvesse profissionais capacitados para atuar nesses serviços, com o objetivo de melhoria na qualidade do atendimento ao paciente. Apresentação sobre Enfermagem ➢Conceitos básicos em enfermagem em emergência: –Emergência: •Uma situação de emergência é aquela caracterizada como: de gravidade excepcional, que obriga a tomar providências; acontecimento inesperado; incidente; ato de emergir; aparecimento; nascimento; surgimento; ocorrência perigosa; situação crítica ou necessidade imediata. Apresentação sobre Enfermagem ➢Conceitos básicos em enfermagem em emergência: –Atendimento de emergência: •Denomina-se atendimento de emergência o conjunto de ações empregadas para a recuperação de pacientes, cujos agravos à saúde necessitamde assistência imediata, por apresentarem risco de vida, uma vez que põem em risco determinadas funções vitais que, com o passar do tempo, diminuem sua chance de eventual recuperação. Apresentação sobre Enfermagem ➢Conceitos básicos em enfermagem em emergência: –Urgência: •A urgência se caracteriza enquanto pressa, rapidez, brevidade ou necessidade imediata. O atendimento de urgência são ações destinadas à recuperação dos pacientes em condições agudas, mas não há perigo iminente de falência de quaisquer de suas funções vitais. As condições urgentes são graves, mas geralmente não perigosas, se o suporte médico e o tratamento tiverem uma pequena demora. O tratamento deve ter início num período entre 20 minutos e 2 horas. Apresentação sobre Enfermagem ➢Conceitos básicos em enfermagem em emergência: –Pronto atendimento: •São os estabelecimentos de saúde que prestam assistência a doentes, com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato, mas que funciona durante 24h e dispõe de leitos de observação. Todos os pacientes que procuram atenção médica devem ser atendidos. No entanto, a função de pronto-socorro é priorizar o atendimento de urgência e emergência. •A organização dos serviços de emergência é complexa e está ligada ao fato de que a assistência ao paciente deve ocorrer no menor tempo possível, ser organizada, que possa garantir a prestação de cuidados contínuos e coerentes com as suas necessidades. A recusa na prestação de socorro é crime e o profissional pode sofrer as sanções previstas em lei. Apresentação sobre Enfermagem ➢Conceitos básicos em enfermagem em emergência: –Abandono: •O artigo 133 do código Penal Brasileiro diz que: »Abandonar a pessoa que está sob o seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono. Pena: Detenção, de seis meses a três anos. »§ 1º. Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: Reclusão, se um a cinco anos. »§2º. Resulta-se morte: Reclusão, de quatro a doze anos. Bases Legais para o Exercício da Enfermagem ➢O profissional técnico de enfermagem desenvolve suas atividades com competência, responsabilidade e qualidade, garantindo uma assistência livre de danos causados por imperícia, imprudência e negligência (RESOLUÇÃO 311/07, ART.12). ➢Deverá prestar assistência a pacientes graves, porém, sempre com a supervisão do enfermeiro, o qual deverá garantir uma prática segura, aliada ao conhecimento científico do qual é portador. Com o crescimento do polo hospitalar em nosso país, é perceptível a formação de profissionais cada vez mais habilitado para exercer a sua função de forma compatível com a demanda hospitalar. Bases Legais para o Exercício da Enfermagem ➢Legislação para urgência e emergência: Portaria Assunto GM/MS 2923 Cria o Programa de Apoio à Implantação dos Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar para atendimento de urgência e emergência. GM/MS 479 Estabelece os critérios para o credenciamento dos hospitais em urgência e emergência nos níveis I, II e III. GM/MS 905 Estabelece a criacao da Comissão Intra-hospitalar de Transplante. GM/MS 2048 Aprova o regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência. GM/MS 1839 Exclui o recebimento do Índice de Valorização Hospitalar de Emergência IVH-E para os hospitais que não cumprirem os critérios. O Atendimento Pré-hospitalar ➢Portaria no 2.048 de 2002 prevê a estruturação dos Sistemas Estaduais de Urgências e Emergências envolvendo toda a rede assistencial de forma regionalizada e hierarquizada, desde a rede pré-hospitalar fixa (unidades da atenção primária da saúde e unidades não hospitalares de atendimento às urgências e emergências), Serviço de Atendimento Pré-hospitalar (SvAPH) móvel, até a rede hospitalar de alta complexidade, mediados pelo mecanismo de Regulação Médica. O Atendimento Pré-hospitalar ➢O Sistema de Atenção Integral às Urgências compreende: –1) Pré-hospitalar Fixo: Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Saúde da Família e Agentes Comunitários, Ambulatórios Especializados Serviço de Diagnóstico e Terapia, Serviços de Atendimento às Urgências não hospitalares (PS, Pronto Atendimento). –2) Pré-hospitalar Móvel, Sistema de Atenção Integral às Urgências. –3) Hospitalar: Prontos Socorros das unidades hospitalares, Leitos de internação: gerais terapia intensiva especializados longa permanência. –4) Pós-hospitalar: Atenção domiciliar (assistência e internação domiciliar) Reabilitação. O Atendimento Pré-hospitalar ➢Atendimento pré-hospitalar (APH) é o atendimento emergencial em ambiente extra-hospitalar (fora do hospital). É um dos elos da cadeia de atendimento a vítimas. Caracteriza-se por ser realizado fora do ambiente tradicional da atenção à saúde. ➢No Brasil, o Atendimento Pré-hospitalar tem suas diretrizes fixadas pela Portaria ministerial 814/GM de 1° de junho de 2001, que, entre outras coisas, Normatiza os Serviços de Atendimento Pré-hospitalar Móvel de Urgências. Nesta portaria também estão contidos todos os equipamento e profissionais necessários para o bom funcionamento do serviço de atendimento pré-hospitalar. O Atendimento Pré-hospitalar ➢Ainda de acordo com essa portaria, o Ministério da Saúde considera como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência o atendimento que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza traumática ou não, ou, ainda, psiquiátrica), que possa levar ao sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde. ➢Os profissionais necessários são: médico, enfermeiros, técnicos de enfermagem, telefonistas, condutores, radio-operador, bombeiros militares e profissionais responsáveis pela segurança. Técnico em enfermagem em emergência médica ➢Profissional titular do certificado ou diploma de Técnico de Enfermagem, devidamente registrado no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. Exerce atividades auxiliares, de nível técnico, sendo habilitado para o Atendimento Pré-hospitalar Móvel, integrando sua equipe, conforme os termos desta Portaria. ➢Além da intervenção conservadora no atendimento do paciente, é habilitado a realizar procedimentos a ele delegados, sob supervisão do profissional Enfermeiro, dentro do âmbito de sua qualificação profissional (PORTARIA GM 814/01). Técnico em enfermagem em emergência médica ➢O perfil desejado para este profissional é observado a seguir. –Maior de dezoito anos; –Disposição pessoal para a atividade; –Capacidade física e mental para a atividade; –Equilíbrio emocional e autocontrole; –Disposição para cumprir ações orientadas; –Disponibilidade para (re)certificação periódica; –Experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao atendimento de urgências e emergências; –Capacidade de trabalhar em equipe; e, –Escolaridade: Ensino Médio Completo e curso regular de técnico de enfermagem. Os tipos veículos ➢As ambulâncias são classificadas por tipo: –Tipo A: ambulância de transporte: veículo destinado ao transporte em decúbito horizontal de pacientes que não apresentam risco de vida, para remoções simples, de caráter eletivo. –Tipo B – ambulância de suporte básico: veículo destinado ao transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de vida conhecido e ao atendimento pré- hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, não classificado com potencial de necessitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o serviço se destino. Quando utilizado no atendimento pré-hospitalar de vítimas e acidentes, deverá conter todos os materiais e equipamentos necessários à imobilização de pacientes. Os tipos veículos ➢As ambulâncias são classificadas por tipo: –Tipo C – Ambulância de resgate: veículo deatendimento de emergências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos específicos de imobilização e suporte básico, além de equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e em alturas). Essas ambulâncias mistas deverão ter uma configuração que garanta um salão de atendimento às vítimas de, no mínimo, 8m, além do compartimento isolado para a guarda de equipamentos de salvamento. –Tipo D – Ambulância de suporte avançado: veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergência pré-hospitalares e/ou de transporte inter- hospitalar, que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos médicos necessários para esta função. Os tipos veículos ➢As ambulâncias são classificadas por tipo: –Tipo E – Aeronave de transporte médico: aeronave de asa fixa ou rotativa, utilizada para transporte inter-hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pelo Departamento de Aviação Civil (DAC). –Tipo F – Nave de transporte médico: veículo motorizado hidroviário, destinado ao transporte por via marítima ou fluvial. Deve possuir os equipamentos médicos necessários ao atendimento de pacientes, conforme a sua gravidade. –Veículos de intervenção rápida: apoio rápido. Também chamados de veículos leves, veículos rápidos ou veículos de ligação médica. São indicados para transporte de médicos com equipamentos que possibilitam oferecer suporte avançado de vida nas ambulâncias do Tipo A, B, C. Os tipos veículos Aeronave de transporte médico Motolância Ambulancha Ambulância Sistema de Atenção Integral às Urgências ➢O Sistema de Atenção Integral às Urgências compreende o pré-hospitalar fixo e o pré-hospitalar móvel. O primeiro diz respeito às Unidades Básicas de Saúde, Unidade da Família e Agentes Comunitários, ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico e terapia, serviços de atendimento às urgências não hospitalares (OS, Pronto Atendimento), enquanto que o segundo se refere aos prontos socorros das unidades hospitalares, leitos de internação: terapia intensiva especializada de longa permanência, no que diz respeito ao atendimento hospitalar, e atenção domiciliar (assistência e internação domiciliar) e reabilitação, no que diz respeito ao atendimento pré- hospitalar. Os Principais Casos de Atendimento em Enfermagem em Emergência ➢Serão observados a seguir os principais casos de entrada de pacientes em unidades de atendimento de emergência. Em primeiro lugar, é importante que o profissional de enfermagem conheça a anatomia do corpo humano. Breve revisão anatômica ➢A enfermagem deve conhecer minuciosamente a anatomia do corpo humano, bem como as alterações funcionais que este pode apresentar, para que se possa descrever, ou seja, registrar, de forma clara e precisa, qualquer tipo de anormalidade envolvendo o corpo. ➢Sem um bom domínio da estrutura dos ossos e dos músculos, por exemplo, não será possível relacionar o mecanismo do trauma com as lesões que o paciente poderá apresentar, sejam elas aparentes ou internas. Breve revisão anatômica Esquema esquelético Breve revisão anatômica Sistema muscular Breve revisão anatômica ➢Quadrante abdominal: –Os músculos, além de contribuírem para a forma externa, representam a parte ativa do aparelho locomotor, fazendo a ligação do sistema nervoso com os ossos. Breve revisão anatômica ➢A pele é o maior órgão do corpo. É formada por três camadas: epiderme, derme e hipoderme, da mais externa para a mais profunda, respectivamente. Febre ➢A febre é definida pela elevação da temperatura corporal acima da variação fisiológica circadiana. A temperatura oral varia de 37,2 oC (±0,4 oC) pela manhã a 37,7 oC (±0,4 oC) à tarde. ➢A temperatura axilar, em geral, é 0,5 oC inferior aos valores acima. Portanto, uma elevação da temperatura axilar acima de 37,7 oC pode ser considerada patológica. ➢Febre é um sintoma muito comum na unidade de primeiro atendimento, que deve ser avaliado dentro de um leque de diagnósticos diferenciais. ➢A doença decorrente de febre pode ser autolimitada ou incutir risco à vida ou morbidade incluindo a internação em unidade de terapia intensiva ou internação prolongada. Febre ➢ Conforme López e Laurentys (2004) a maioria dos episódios de febre está relacionado às infecções e destas, a maior parte é representada pelas infecções virais. Os fatores de risco na investigação da febre são: –Retorno de viagem para zona endêmica de malária ou de doenças infecciosas; – Infecção prévia pelo vírus HIV; –Transplante de órgão; –Quimioterapia ou radioterapia prévia nas últimas seis semanas; –Esplenectomia; –Uso de corticosteroides, drogas imunossupressoras, alcoolismo ou uso de drogas ilícitas intravenosas; –Neoplasia, cardiopatia ou pneumopatia com comprometimento funcional, insuficiência renal e diabetes mellitus; –Uso recente de antibióticos; –Tremores, icterícia, vômitos, rash cutâneo, alteração do estado mental e sinais neurológicos focais novos. Febre ➢O controle de temperatura é regulado pelo hipotálamo, a vasoconstrição produz sensação de frio nas mãos e nos pés, há desvio do fluxo sanguíneo para os órgãos internos que elevam a temperatura em 1 a 2 graus. ➢Uma vez que a temperatura alvo é atingida, o hipotálamo a mantém no estado febril, e quando o limiar térmico volta ao normal, há perda de calor por vasodilatação, sudorese e transpiração Febre ➢Do ponto de vista bioquímico, a febre é resultado da secreção de citocinas pirogênicas (TNF-alfa, Interleucinas -1 e -6). ➢Outras condições em que há ativação da resposta inflamatória, como trauma e doenças inflamatórias, também induzem a secreção de citocinas, que induzem o hipotálamo a elevar o “set point” da temperatura. ➢As citocinas estimulam e síntese de prostaglandina E2 (PGE2) pelas células endoteliais, macrófagos e nos neurônios. Hematúria ➢Hematúria é a eliminação de hemácias na urina. ➢Pode ser macroscópica quando vista a olho nu ou microscópica quando só é percebida ao exame microscópico do sedimento urinário (urina tipo I). ➢Nas diferentes faixas etárias, as etiologias de hematúria variam em natureza e prevalência. Hematúria ➢Hematúria alta ou glomerular: –É lesão da arquitetura dos capilares glomerulares, que leva à hiperfiltração de hemácias que se deformam ao passar pela parede dos vasos, dando origem a um sedimento urinário com dimorfismo eritrocitário e cilindros hemáticos. ➢Hematúria baixa ou não glomerular: –É observada quando as hemácias do sedimento urinário provêm de via urinária, não havendo distorção da sua forma. Não há dimorfismo nem cilindros hemáticos. Dor Lombar ➢A dor lombar promove morbidade e incapacidade, estando entre os distúrbios dolorosos que acometem o homem, com incidência apenas menor que a cefaleia. Para o diagnóstico da dor lombar, a história tem um caráter fundamental. Dor Lombar ➢Os seguintes itens da anamnese devem ser questionados: –Na hérnia discal e nas lombalgias inflamatórias: a dor pode ocorrer pela manhã; –Na estenose degenerativa do canal vertebral: a dor piora no decorrer do dia; –No osteoma osteoide: a dor piora no final da tarde, após a jornada de trabalho; –Na lombalgia mecânico-degenerativa: a dor piora no final da tarde, após a jornada de trabalho; –Nas espondiloartropatias: a dor é material, melhorando ao longo do dia. Dor Lombar ➢Exame físico: –Durante o exame físico, são observados: –Flexão e extensão da coluna lombar; –Manobra de Valsava; –Manobra de Lasègue; –Manobra de Romberg; –Sinal das Pontas; –Pesquisa de Reflexos; –Pesquisa de força muscular nos membros inferiores; –Sinais relacionados à dor lombar de causa psicossomática. Dor Lombar ➢O diagnóstico diferenciado, observando-se os sinais de alerta de afecções graves, ocorre diante dos seguintescasos: –Tumor maligno ou infecção; –Fratura; –Síndrome da cauda equina; –Úlcera péptica perfurada; –Pancreatite; –Colite e Proctite; –Distúrbio Gênito-urinário; –Problemas na aorta. Dor Lombar ➢Devem ser observados os seguintes exames complementares: –Radiologia simples; –Tomografia computadorizada; –Ressonância magnética; –Mielografia dinâmica; –Mielotomografia computadorizada; –Discografia; –Cintilografia óssea; –Eletroneuromiografia. Tratamento da dor lombar e mecanismo postural ➢No tratamento da dor lombar, é contraindicado, porém, o repouso relativo de 2 a 4 dias, com orientação postural, melhora o conforto do paciente. O mesmo deve ser posicionado em decúbito dorsal, com os joelhos fletidos em 90 graus, bem como os quadris. ➢Alguns pacientes preferem o decúbito lateral, com um travesseiro entre as coxas. A extensão dos quadris e das pernas (reproduzindo a manobra de Lasègue) agrava os sintomas, principalmente nas lombociatalgias. Tratamento da dor lombar e mecanismo postural ➢Alguns medicamentos podem ser úteis para o tratamento da lombalgia e lombociatalgia, podendo ser ministrados analgésicos comuns, anti-inflamatórios não hormonais, relaxantes musculares e antidepressivos tricíclicos. ➢As drogas devem ser prescritas por médico e utilizadas por curto período de tempo, com monitoração dos efeitos colaterais. Tratamento da dor lombar e mecanismo postural ➢Recomendam-se: –Analgésicos comuns (não narcóticos); –Anti-inflamatórios não hormonais (AINH); –Relaxantes musculares; –Analgésicos narcóticos; –Corticosteroides; –Infiltração de corticosteroide no espaço peridural; –Infiltração de corticosteroide perirradicular (foraminal). Tratamento da dor lombar e mecanismo postural ➢Cirurgia: –O tratamento cirúrgico é realizado com base no diagnóstico clínico e nos exames por imagens. Cada vez mais, tal procedimento é indicado com menor frequência, e a única indicação emergencial corresponde à Síndrome da Compressão da cauda equina. Dor Abdominal ➢A dor abdominal aguda é comumente definida como dor com menos de uma semana de duração. Já o termo “abdome agudo” se refere a um distúrbio agudo, súbito, espontâneo, cuja principal manifestação é a dor abdominal e que frequentemente necessita de uma cirurgia de urgência. Dor Abdominal ➢Devemos ter em mente que, nesses casos, mais importante que um diagnóstico apurado é a conduta correta, que deve ser rapidamente estabelecida com o tratamento dos desequilíbrios hemodinâmicos e hidroeletrolíticos e a cirurgia imediata. ➢Na maioria das vezes, existe tempo para se estabelecer uma história, um exame físico e organizar as investigações que irão ajudar no diagnóstico e planejamento terapêutico. Dor Abdominal ➢Epidemiologia: –A dor abdominal é uma das principais causas de admissões nos Departamentos de Emergências. A taxa de admissão por dor abdominal varia de 18 a 42%, sendo de até 63% e pacientes com mais de 65 anos. Em até 40% dos casos, não se consegue chegar ao diagnóstico etiológico. ➢Fisiopatologia: –A dor abdominal é classicamente dividida em três categorias: visceral, parietal é referida. Em geral, a dor visceral (autonômica) e parietal (somática) são consideradas as duas causas básicas de dor abdominal. A dor referida pode ser considerada separadamente como má interpretação cortical de um estímulo aferente visceral ou parietal. Dor Abdominal ➢Dor visceral: –É geralmente causada por estiramento de fibras aferentes C, que inervam a parede das vísceras e as cápsulas que envolvem os órgãos parenquimatosos. Ocorre por distensão, inflamação ou isquemia, que estimula os neurônios receptores, ou por envolvimento direto da inervação sensorial. –Por exemplo: o estímulo das fibras viscerais na parede do apêndice entra na medula ao nível de T10. Quando ocorre a distensão do apêndice, na fase inicial, a dor é percebida na cicatriz umbilical, que corresponde ao dermátomo cutâneo de T10. Dor Abdominal ➢Dor parietal: –É medida pelas fibras nervosas Delta C e A, senso esta última a responsável pela transmissão da dor mais aguda, intensa e localizada. A dor é causada por irritação (pus, bile, urina e outras secreções) das fibras que inervam o peritônio parietal, que cobre a porção anterior da parede abdominal. –Sua distribuição cutânea corresponde às fibras de T6 - L1. A dor parietal é localizada porque as fibras aferentes somáticas são dirigidas a apenas um dos sistema nervoso. A dor abdominal parietal costuma ser descrita em um dos quadrantes ou na região epigástrica ou central. Dor Abdominal ➢Dor referida: –A dor referida é aquela sentida num local distante do órgãos primariamente acometidos. Caracterizada por produzir sintomas, e não sinais, a dor referida costuma ser ipsilateral ao órgão envolvido. Assim como na dor visceral, o padrão de dor referida também se baseia no desenvolvimento embriológico. –O ureter e os testículos, por exemplo, são anatomicamente contíguos e, desta maneira, dividem a mesma inervação segmentar. Assim, a obstrução uretral aguda é frequentemente associada com a dor testicular. ➢Observação: –A localização da dor serve como guia ao diagnóstico, porém devemos lembrar que o quadro clássico ocorre com apenas 2/2 dos casos. A grande variabilidade é dada pelos padrões de dor atípica, evolução da patologia e o estado imunológico do paciente. Traumas ➢No que diz respeito à avaliação e ao atendimento inicial ao politraumatizado, o grande objetivo em emergência é identificar aquelas situações que representam risco imediato à vida. O atendimento é multidisciplinar, visando salvar vidas, não agravar lesões e do restabelecimento das funções comprometidas. ➢O protocolo de atendimento a vítimas neste caso foi estabelecido pelo Colégio Americano de Cirurgiões, e tem como objetivo atender de forma sistemática e com identificação e acesso rápido as lesões e tratamento adequado ao paciente politraumatizado. Traumas ➢O politraumatismo é um termo utilizado quando há mais de uma lesão no corpo. É o resultado de grandes acidentes, casos nos quais a vítima poderá apresentar lesões de diversos tipos, como: óssea, musculares dérmica, viscerais, vasculares e lesões em órgãos internos. ➢A avaliação inicial compreende: –a) avaliação das vias aéreas + imobilização da região cervical; –b) avaliação respiratória; –c) avaliação circulatória; –d) avaliação neurológica (Alerta, voz, dor, inconsciência- AVDI); e –e) exposição. Avaliação de hemorragia e sangramento ➢O tratamento inicial do choque hemorrágico é direcionado no sentido de restabelecer a perfusão celular e orgânica com sangue adequadamente oxigenado. ➢Os objetivos do tratamento são o controle da hemorragia e o restabelecimento do volume circulante adequado. No tratamento do choque hemorrágico, os vasopressores são contraindicados porque eles pioram a perfusão tecidual. Avaliação de hemorragia e sangramento ➢Para avaliar a resposta ao tratamento e reconhecer, tão logo quanto possível, o agravamento no estado hemodinâmico do doente, é necessário monitorar com frequência os índices de perfusão. ➢A reavaliação ajudará a identificar os doentes em choque compensado ou aqueles que são incapazes de montar uma resposta compensatória antes do colapso cardiovascular. Avaliação de hemorragia e sangramento ➢Tipos de hemorragia Avaliação das vias aéreas com controle da região cervical ➢A avaliação deve proceder, em primeiro lugar, com a permeabilidade de vias aéreas, seus sinais de obstrução por corpos estranhos, sangue, secreções, dentes, próteses, ossos, etc., fraturas faciais e fraturas mandibulares. Realizam-se manobras para estabelecer a permeabilidade das vias aéreas, tais como proteção da coluna cervical. Avaliação das vias aéreas com controle da região cervical ➢Manobra de Thrust: –Nesta manobra, é importante procurar não hiperestender, hiperfletir ou rodar a cabeça. Deve-se suspeitarde trauma cervical em todos os pacientes que demonstrem rebaixamento do nível de consciência e traumas acima da clavícula. Utiliza-se a manobra de deslocamento anterior da mandíbula (Jaw Thrust), apoiando-se a mandíbula de cada lado no ângulo. A mesma é deslocada para a frente, desobstruindo a hipofaringe. Avaliação respiratória ➢Assim como em qualquer atendimento de emergência, a prioridade é garantir oxigenação para os tecidos do corpo e, principalmente, para o cérebro. É muito importante avaliar o quadro respiratório do paciente, pois as vias aéreas pérvias somente não garantem ventilação adequada. Avaliação respiratória ➢Utiliza-se a sigla VOS: –Ver: •Agitação, torpor; •Cianose, tiragem intercostal; •Uso da musculatura acessória. –Ouvir: •Ruídos aéreos anormais; •Respiração ruidosa (significa obstrução). –Sentir: •Movimento do ar durante o esforço respiratório. Avaliação circulatória – sangramento e perfusão ➢As grandes perdas sanguíneos são umas das causas mais frequentes de morte em pacientes politraumatizados, pois evoluem com choque hipovolêmico. As hemorragias externas devem ser tratadas com curativos compressivos, cujo controle deve ser realizado nesta etapa, porque se o sangramento não for controlado, o potencial de morte aumenta muito. ➢A reposição volêmica deve ser realizada com acesso venoso de grosso calibre e soluções de cristaloides de 1500 – 2000 ml. Os pacientes com hipovolemia podem apresentar alterações de nível de consciência e alterações de pulso. Avaliação neurológica (AVDI) ➢Corrigindo-se todos os problemas elencados nos tópicos anteriores, segue-se para a avaliação neurológica, no qual se avalia o nível de consciência. ➢A avaliação rápida neurológica compreende a sigla AVDI: –A – alerta. –V – resposta ao estímulo verbal. –D – só responde à dor. –I – inconsciente. ➢É importante que seja utilizada a escala de coma de Glasgow quando há rebaixamento de nível de consciência e se o paciente apresentar TCE. •Entre 13 e 15 – LEVE; •Entre 9 e 12 – MODERADA; •Entre 3 e 8 – GRAVE; •Menor que 3 – COMA; Escala de Glasgow Avaliação neurológica (AVDI) ➢Exposição: –Neste item, se observam a exposição e avaliação cefalocaudal da vítima. A roupa da vítima deve ser removida à procura de lesões. Não se deve se esquecer do dorso, tomando cuidado com a coluna cervical. A vítima deve ser protegida com cobertores para o controle de hipotermia. A regra geral é remover o tanto de roupa necessária para determinar a ausência ou presença de lesões. Traumatismo Crânio-encefálico (TCE) ➢Trata-se de uma ferida ou lesão, intencional ou não, infligida ao crânio por um mecanismo contra o qual este não pode se proteger. É também denominado Traumatismo craniano. É a principal causa de morte entre jovens, sendo as mais frequentes: acidentes automobilísticos, quedas e agressões. ➢Os grupos em mais alto risco de lesão cerebral traumática são as pessoas com idade entre 15 e 24 anos e os indivíduos de sexo masculino. Traumatismo Crânio-encefálico (TCE) ➢As lesões de couro cabeludo são observadas em casos de arranhões, cortes, hematomas e escalpelamentos: Fraturas de crânio ➢As fraturas de crânio são comuns, mas nem sempre são associadas à lesão cerebral, ou seja, pode ocorrer a fratura do crânio sem que nenhuma estrutura cerebral seja lesionada. As fraturas podem ser classificadas como simples, cominutivas, deprimidas ou basilares. Uma fratura simples (linear) é uma solução na continuidade do osso. ➢Uma fratura de crânio cominutiva designa uma linha de fratura múltipla ou com estilhaços. Quando há fragmentos ósseos incrustados do tecido cerebral, a fratura é deprimida. São sinônimos de TCE grave e exigem observação rigorosa. Fraturas de crânio ➢Um quadro muito preocupante é a fratura de base de crânio que não permite a visualização do dano ósseo. Deve se suspeitar deste tipo de fratura quando houver saída de líquor pelo nariz (rinoliquorreia ) ou pelo ouvido (otoliquorreia), ou vítimas que apresenta equimose nas pálpebras (olhos de guaxinim) ou na região mastoidea (sinal de Batle). Fraturas de crânio ➢Saída de líquor pelo nariz (rinoliquorreia). ➢Equimose nas pálpebras (olhos de guaxinim, vide ilustração) ou na região mastoidea (sinal de Batle). ➢Saída de líquor pelo ouvido (otoliquorreia). Fraturas de crânio ➢Rinoliquorreia. ➢Olhos de guaxinim. ➢Sinal de Batle. Lesão cerebral ➢ Concussão: –Não se associa qualquer lesão identificável ao exame. O paciente apresenta perda temporária da consciência ou da memória, cefaleia, náuseas e vômitos. O paciente deverá ficar em observação até cessar a sintomatologia. ➢ Contusão: –Há ferimento do tecido nervoso e manifestam-se mais distúrbios da função cerebral do que na concussão, porque existe edema. Pode haver alteração prolongada do estado de consciência, irritabilidade, desorientação, vômitos, mudanças dos sinais vitais (bradicardia, bradipneia, hipertensão), que tendem a ser progressivos. ➢Hemorragias: –Os hematomas são as lesões mais graves, podendo ser epidural (acima da dura), subdural (abaixo da dura-máter) ou intracerebral (dentro do cérebro). Os sintomas, muitas vezes, demoram a aparecer, até que o hematoma esteja grande o bastante para causar distorção do cérebro ou aumento da PIC (Pressão Intracraniana). Lesão cerebral ➢Hematoma epidural: –Coleção de sangue entre a dura-máter e o crânio. Sua causa mais comum é o trauma direto de baixa velocidade no osso temporal (pouco espesso) resultando na lesão de artéria meníngea média. Os sintomas são a perda da consciência, seguida de lucidez, seguindo novamente a perda progressiva da consciência e diminuição da força muscular do lado oposto. A medida que o hematoma expande, a pupila se torna dilatada e deixa de responder à luz. Lesão cerebral ➢Hematoma subdural: –Coleção de sangue entre a dura-máter e a aracnoide. Geralmente resulta de uma lesão venosa durante um impacto violento na cabeça, déficits neurológicos focais podem aparecer imediatamente após o trauma ou podem demorar dias ou até meses para se apresentar. –Os sinais e sintomas mais comuns são: cefaleia, irritabilidade, vômitos, alterações do nível de consciência, assimetria de pupilas (anisocoria) e alterações sensitivas e motoras, como distúrbios visuais, alteração de personalidade e dificuldade de fala. Lesão cerebral ➢Hematomas cerebrais: –Podem ocorrer em qualquer localização, mas são mais frequentes nos lobos temporais e frontais. O déficit neurológico depende da área cerebral que foi afetada e do tamanho da hemorragia. Lesão penetrante ➢A lesão penetrante é causado pela penetração do corpo estranho que não deve ser removido do local. A retirado do objeto somente poderá ser realizada por profissionais especializados, em centro cirúrgico. O corpo estranho deve ser fixado para que ele não produza lesões secundários ao transporte. ➢Para a avaliação do TCE, deve-se observar: –História; –Avaliação inicial: permeabilidade das vias áreas, circulação; –Avaliação neurológica (nível de consciência – escala de coma de Glasgow); –Avaliação das pupilas. Lesão penetrante ➢Escala de coma de Glasgow: –É um dos parâmetros mais importantes para se avaliar a evolução de um TCE. Por isso, esta avaliação deve ser feita em intervalos regulares. –Esta escala é universal e permite uma visão do nível de resposta do paciente a partir de três reações diferentes. Lesão penetrante ➢Escala de coma de Glasgow 1 Lesão penetrante ➢Escala de coma de Glasgow 2 Lesão penetrante ➢Escala de coma de Glasgow 3: –TCE grave: escala de coma menor ou igual a 8; –TCE moderado: escala de coma entre 9 e 12; –TCE leve: escala de coma entre 13 e 15. Lesão penetrante ➢A assistência de enfermagem em casos de TCE, o atendimento inicial deve ser direcionado à prevenção de hipóxia, manutenção do metabolismo cerebral e prevenção e controle da pressão intracraniana.Lesão penetrante ➢Deve-se observar: –Estabelecer via aérea e mantê-la pérvia (controle de coluna cervical); –Administrar O2 sob cateter S/N; –Monitorar Sinais vitais; –Avaliar nível de consciência; –Puncionar acesso venoso; –Avaliar tamanhos das pupilas e resposta a luz; –Proteger ferimentos; –Manter o paciente calmo e descrever todo o procedimento que irá fazer; –Realizar sondagem nasogástrica; –Realizar sondagem vesical monitorando o débito urinário; –Encaminhar o paciente para exames radiológicos e eletroencefalográficos; –Administrar medicações prescritas. Traumatismo Raquemedular (TRM) ➢Diz-se da lesão traumática da raqui (coluna) e medula espinal, resultando em algum grau de comprometimento temporário ou permanente das funções neurológicas. Pode ocorrer uma lesão total, ou seja, uma ruptura da medula (sintomas irreversíveis), ou compressão (sintomas regridem com o tratamento), ambas podendo levar ao choque neurogênico. ➢A hiperextensão, movimentos bruscos como uma freada repentina de um carro ou pancadas muito fortes, como mergulho em águas rasas, perfurações por arma de fogo, podem causar uma lesão medular. Traumatismo Raquemedular (TRM) ➢As manifestações do TRM dependem do nível de sua localização, pois comprometem a inervação do corpo abaixo do nível de sua localização. Se a lesão na medula cervical for alta, o comprometimento motor pode levar à parada respiratória pela paralisia dos músculos. Traumatismo Raquemedular (TRM) ➢Hiperestensão Traumatismo Raquemedular (TRM) ➢As vértebras mais frequentes envolvidas são a 5°, 6° e 7° do pescoço (C5-C7), a 12° vértebra torácica (T12) e a 1° lombar (L1). Essas vértebras são mais vulneráveis porque há maior mobilidade da coluna vertebral nessas áreas. ➢Lesões cervicais altas: C3, C4 e C5 afetam o padrão respiratório por paralisia diafragmática; C2 e C3 causam apneia e morte; C5 paralisia dos músculos acessórios. Traumatismo Raquemedular (TRM) ➢Lesões ósseas vertebrais podem estar presentes sem que haja lesões de medula espinhal. Por isso, a vítima deve ser imobilizada de forma correta preservando sua coluna. Traumatismo Raquemedular (TRM) ➢A coluna vertebral e os seus segmentos. Traumatismo Raquemedular (TRM) ➢Para o tratamento da TRM deve-se observar: imobilização da coluna cervical para prevenir lesões secundárias; cirurgia para redução de fraturas; realinhamento de coluna por meio de fixação externa e interna. Traumatismo Raquemedular (TRM) ➢A assistência de enfermagem deve proceder tal como listado a abaixo: –Realizar o protocolo para paciente vítima de trauma; –Estabelecer via aérea e mantê-la pérvia (controle de coluna cervical); –Administrar O2 sob cateter S/N; –Monitorar sinais vitais; –Puncionar acesso venoso; –Manter o paciente calmo e descrever todo o procedimento que irá fazer; –Examinar a coluna cuidadosamente com o paciente em posição neutra (deformidades, edemas, equimoses, etc.); –Valorizar as queixas de perda de força ou dormência; –Realizar sondagem vertical, monitorando o débito urinário S/N; –Encaminhar o paciente para exames radiológicas; –Mobilizar o paciente sempre em bloco; –Administrar medicações prescritas (manitol e corticoides). Crise Convulsiva ➢ Crise convulsiva são contrações musculares múltiplas, involuntárias, descoordenadas, resultantes de um estímulo cerebral anormal, acompanhadas, na maioria dos casos, de perda da consciência. ➢ Principais causas: –Epilepsia – causa mais comum; –Trauma; –Tumores cerebrais; –Febre elevada (em crianças menores de 6 anos); –Doença infecciosa como meningite e encefalites; –Outras. ➢O paciente em crise convulsiva não apresenta reflexo de deglutição e há um acúmulo de saliva, sendo esta liberada em forma de espuma, pelo estímulo excessivo dos músculos apresenta os dentes cerrados, a respiração se torna irregular e ruidosa, o paciente também pode apresentar a liberação dos esfíncteres Crise Convulsiva ➢Sinais e sintomas: –Perda da consciência; –Agitação psicomotora; –Pode ocorrer cianose –Olhar ausente; –Os olhos podem ficar fixos na parte superior ou lateral; –Contrações e espasmos musculares, com movimentos de contração e flexão muscular, que podem ser suaves a muito fortes; –Sialorreia; –Encerramento da boca com muita força, podendo haver o perigo de morder a língua e lábios; –Descontrole dos esfíncteres (urina e/ou fezes). Crise Convulsiva ➢Tipos de crise epiléptica: –Crise tônico-clônica generalizada: (crise convulsiva) abalos crônicos movimentos violentos, rítmicos e involuntários; –Crise de ausência: desorientação: olhos parados e é de curta duração; –Crise parcial simples: consciência preservada, abalos nos lábios no lado afetado; –Crise parcial complexa: olhos abertos, automatismo mastigatório, movimentos repetitivos, consciência prejudicada. Anota-se o tempo de duração da crise. Fala-se com o paciente calmamente, conduzindo-o para um local seguro. Crise Convulsiva ➢Crise tônico-clônica generalizada: Assistência de enfermagem ➢ Nos causos de crise convulsiva, devem ser observados os seguintes procedimentos na assistência de enfermagem. – Verificar se vias aéreas estão livres; – Avaliar a respiração; – Oferecer O2 a 100%; – Se possível, lateralizar a cabeça do paciente e proteger contra trauma; – Afrouxar roupas; – Não conter o paciente; – Certificar-se se há pulso arterial, bem como os outros parâmetros vitais (Pressão arterial, frequência respiratória, saturação de oxigênio, glicemia capilar); – Puncionar acesso venoso – Administrar medicações prescritas – anticonvulsivantes. – Aspirar secreções se necessário; – Realizar sondagem gástrica se necessário; – Registrar em prontuário: frequência, duração e tipo de crise; – Dar apoio psicológico a família e ao paciente; – Proteger a integridade moral do paciente. Assistência de enfermagem ➢Sinais de gravidade da crise epiléptica: –Crise convulsiva prolongada (maior ou igual a 5 minutos); –Sem recuperação da consciência entre as crises; –Gravidez; –Ferimentos secundários à crise epiléptica; –Primeira crise epiléptica (sem crises prévias). Emergências Respiratórias ➢As crises respiratórias são classificadas em asma brônquica, Insuficiência Respiratória Aguda (IRA), obstrução das vias aéreas, obstrução em vias aéreas por corpo estranho (Ovace) em vítimas conscientes, Edema Agudo do Pulmão (EAP). Asma Brônquica ➢A asma brônquica constitui a 4° causa de hospitalização pelo SUS, com cerca de 350.000 internações por ano. Na asma, há uma diminuição do calibre das vias aéreas (broncoconstrição), dificultando a passagem do ar. ➢Esta diminuição ocorre devido ao processo inflamatório que produz muco em excesso e também o edema. Este processo pode ser desencadeado por estímulos, como o contato inalatório com poeira, mofo, pólens, exercícios físicos exagerados e o frio. Asma Brônquica ➢Muito embora seja uma patologia crônica, a asma é reversível espontaneamente ou por intervenção terapêutica e os cuidados são realizados pela equipe de enfermagem. É importante observar que, se não for tratada, a asma poderá evoluir para o estado de mal asmático, insuficiência respiratória ou atelectasia. Asma Brônquica Asma Brônquica ➢Sinais e sintomas: –Três sinais frequentes: tosse, dispneia, sibilos (chiado ou chieira); –Sudorese; –Desidratação; –Fala interrompida por dispneia; –Uso da musculatura acessória; –Esforço respiratório (retração dos espaços intercostais); –Batimento de asa de nariz. Asma Brônquica ➢ Assistência de enfermagem: – Manter VAS permeáveis; – Administrar oxigênio por máscara ou cateter nasal; – Reconhecer os sinais e sintomas da exacerbação da asma (aumento da dispneia, cianose de extremidade, ansiedade); – Transmitir segurança e tranquilidade para o paciente; – Manter paciente em repouso na fase crítica; – Manter o paciente em posição de flower, mudança de decúbito; – Deambular, quando possível; – Observar e anotar sinais e sintomas; – Estimular a alimentaçãoe ingestão de líquidos; – Orientar paciente quanto à coleta de material para exames; – Orientar evitar: fumo, extremos de calor e frio, fumaça, poeira, uso de lã, convívio com animais domésticos e pessoas com infecções de trato respiratório; – Ter cuidado com equipamentos de terapia respiratória; – Administrar medicações conforme prescrição (corticosteroides, xantinas, agentes anticolinérgicos). Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) ➢Incapacidade do sistema respiratório de realizar suas funções básicas de ventilação e oxigenação e promover adequada oxigenação arterial para os tecidos e eliminação do gás carbônico, resultando em prejuízo das trocas gasosas, que leva à hipoxemia e/ou hipercapnia. ➢É caracterizada por PaO2 ≤ 60 mmHg, saturação de O2 menor que 90% e a PaCO2 ≥ 45 mmHg. ➢A IRA é a falência respiratória que surge nos pulmões, cujo funcionamento era normal antes do início da doença atual. Após a IRA, o pulmão volta ao seu estado original, diferente da insuficiência respiratória crônica, na qual a lesão é irreversível, observada em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema pulmonar e bronquite crônica. Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) ➢Causas: –Depressão no SNC, condições que afetam os nervos e músculos que controlam a respiração; –Trauma dos tecidos e costelas envolvendo os pulmões. –Obstrução das vias aéreas; –Overdose de drogas e/ou álcool. Isso afeta a área do cérebro que controla a respiração; –Doenças pulmonares, como doença pulmonária obstrutiva crônica, pneumonia; –Síndrome do desconforto respiratório agudo, embolia pulmonar, e fibrose cística. Essas doenças podem afetar o fluxo de ar e sangue para dentro e fora dos pulmões; –Lesões pulmonares agudas (inalar gases danosos ou fumaça que podem lesionar os pulmões); –Pacientes de pós-operatório, devido aos efeitos dos anestésicos, analgésicos e sedativos podem evoluir com IRA. Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) ➢Sinais e sintomas: –Dispneia, taquipneia; –Aumento do trabalho respiratório; –Uso da musculatura acessória; –Tiragem intercostal; –Batimento de asa do nariz; –Sudorese; –Ansiedade; –Agitação, confusão mental; –Sonolência ou perda da consciência; –Taquicardia, hipotensão; –Choque. Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) ➢Procedimentos de assistência de enfermagem: –Manter VAS permeáveis; –Administrar oxigênio conforme prescrição; –Monitorar oxigenação com oximetria de pulso e gasometria arterial; –Transmitir segurança e tranquilidade para o paciente; –Manter paciente em repouso na fase crítica; –Posição de Fowler, mudança de decúbito; –Observação e anotar sinais e sintomas da evolução clínica do paciente; –Puncionar acesso venoso calibroso para medicação e hidratação; –Manter medicamentos de emergência em local de fácil acesso; –Estar sempre alerta com o bom funcionamento dos equipamentos; –Monitorar resposta ventilatória do paciente. Obstrução das Vias Aéreas ➢O reconhecimento precoce da obstrução de vias aéreas é indispensável para o sucesso no atendimento. Pode ocorrer por obstrução mecânica, que pode ser pela queda da língua ocluindo a hipofaringe, ou simplesmente por corpos estranhos, como alimento, próteses dentárias dentes e etc. ➢Assegurar uma via aérea pérvia é a primeira prioridade em qualquer situação de emergência. Manobras manuais ➢No paciente inconsciente, a língua fica flácida e cai, obstruindo a hipofaringe, impedindo a passagem do ar. Então, realiza-se a manobra de Chin lift , estendendo a cabeça e levantando o queixo, com o paciente em decúbito dorsal. Esta manobra não pode ser realizada em vítimas de trauma. Manobras manuais ➢Manobra de Chin lift. Manobras manuais ➢A manobra Jaw Trust é indicada no lugar da Chin lift, em casos de vítimas de trauma com risco de lesão cervical. Nesta manobra, a cabeça do paciente não é estendida e apenas tracionam-se anteriormente os ângulos mandibulares. Manobras manuais ➢Aspiração: –Alguns pacientes podem não ser capazes de eliminar com eficiência algumas secreções, e estas podem obstruir a passagem do ar para os pulmões. A aspiração de secreções é muito importante para permitir a permeabilidade das vias aéreas. ➢Acessórios básicos: –São aqueles utilizados quando as técnicas manuais falham ou quando se faz necessária uma manutenção continua das vias aéreas. Dentre eles encontram-se as cânulas orofaríngea, cânulas nasofaríngeas e cânulas de duplo lúmen. Cânula orofaríngea ➢As cânulas orofaríngeas recebem também o nome de cânula de Guedel, utilizadas em vítimas inconscientes para manter vias aéreas pérvias e impedir que os paciente intubados mordam o tubo. Se utilizadas em vítimas conscientes, podem provocar vômito e até laringoespasmos. É necessária a correta técnica de colocação, para que não ocorra o rebaixamento da língua. Cânula orofaríngea ➢Cânula orofaríngea. Cânula nasofaríngea ➢A cânula nasofaríngea também pode ser utilizada em pacientes que não são capazes de manter via aérea pérvia, é confeccionada em látex, é bem flexível. É introduzida delicadamente em uma das narinas até a orofaringe, pode provocar hemorragias por trauma na hora de sua colocação. Cânula nasofaríngea ➢Cânula nasofaríngea. Intubação traqueal ➢É o método para se conseguir controle máximo sobre a via aérea de um paciente. É introduzido um tubo por via oral ou nasal, até a traqueia do paciente. Permite a ventilação com 100% de oxigênio. Elimina a necessidade de máscaras ajustadas, diminui os riscos de aspiração e permite uma via adicional para medicações. É um procedimento médico. Intubação traqueal ➢Intubação traqueal Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) ➢É uma situação emergencial, em que há uma obstrução do fluxo de ar pelas vias áreas. Esta obstrução pode ser parcial ou total. A restauração desta via tem que ser realizada de forma rápida e efetiva, para que o paciente não fique por muito tempo sem oxigenação. Pode ser causada por: alimentos, vômitos e por ingestão de objetos em geral. Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) ➢Classificação da obstrução: Total Parcial Não tosse Tosse Não respira Respira Movimentos paradoxais Ruídos Fala Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) ➢Sinais e sintomas: –Tosse ou tentativa de tossir; –Respiração ruidosa; –Dificuldade respiratória; –Movimentos respiratórios ineficazes; –Aflição; –Não conseguir falar; –Engasgado – sinal clássico. Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) ➢Na desobstrução, pode ser utilizada a manobra de Heimlich, que consiste na realização de uma série de compressões em nível da parte superior do abdômen, mais precisamente abaixo do esterno. Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) ➢Manobra de Heimlich. Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace) ➢Estas compressões devem ser rápidas, pressionando para dentro e para cima, na região acima da cicatriz umbilical. Devem ser realizadas manobras até a saída do objeto. Entretanto, em caso de perda de consciência, deve-se parar imediatamente de executar a manobra. ➢É preciso estar atento, pois isso pode acontecer a qualquer momento, se o objeto não for removido. Devem-se chamar serviços de emergência e pedir ajuda imediata, ou que alguém faça isso, sempre que possível, para economizar tempo. Edema Agudo do Pulmão (EAP) ➢Insuficiência respiratória súbita e progressiva, correspondente ao extravasamento de líquido para o espaço intersticial e/ou alvéolos pulmonares, resultando em: hipoxemia, comprometimento das trocas gasosas (V/P) e diminuição da complacência pulmonar. ➢O edema agudo de pulmão é uma condição clínica grave, frequentemente secundária à insuficiência cardíaca, em que há um acúmulo de sangue nas veias e capilares pulmonares, a tal ponto que acontece um extravasamento de fluidos para os espaços aéreos dos pulmões. Isso deixa o pulmão menos elástico e com menos superfíciede contato entre os gases inspirados e o sangue. Edema Agudo do Pulmão (EAP) ➢Causas: –Infarto do miocárdio – é a causa mais comum; –Disfunção do músculo cardíaco; –Doenças das válvulas aórtica ou pulmonar; –Sobrecarga circulatória: administração exagerada de líquidos, comum em crianças ou pacientes que recebem líquidos (soros) em excesso pelas veias; –Lesões pulmonares, inalação de fumaça. Edema Agudo do Pulmão (EAP) ➢Sinais e sintomas: –Dispneia rapidamente progressiva; –Taquipneia; –Tosse; –Escarro espumoso e sanguinolento (róseo); –Ansiedade, pânico, confusão mental; –Cianose com sudorese intensa; –Palidez; –Taquicardia e pulso fino; –PA aumentada; –Respiração ruidosa – estertores bolhosos e roncos bilaterais; –Ritmo de galope; –Sopros cardíacos. Edema Agudo do Pulmão (EAP) ➢Tratamento/medicações administradas: ➢O principal alvo do tratamento é reduzir o influxo de sangue sistêmico no átrio D- e reduzir o retorno venoso: –O2 100% + monitor + oximetria + via venosa; –Tratar a causa subjacente (HAS - ↓ PAD); –Corrigir fatores contribuintes; –Restrição de fluidos e de sódio; –Morfina – diminui a ansiedade e melhora a circulação arteriolar e venular; –Diuréticos – reduzem o volume de líquido, aumenta de forma intensa a excreção de urina e sódio pelo organismo; –Nitroprussiado de sódio (reduz a pressão arterial e pulmonar); –Aminofilina (atua como vasodilatador, diurético e broncodilatador); –Digitálicos (aumentam a força contrátil do coração). Edema Agudo do Pulmão (EAP) ➢Assistência de enfermagem: –Posicionar o paciente em posição sentada – pés e pernas para fora do leito, para favorecer a retenção do sangue nos membros diminuindo o retorno para o coração; –Oferecer O2 em grande concentração; –Manter acesso venoso pérvio; –Administrar medicações prescritas; –Realizar sondagem vesical para controle de diurese e balanço hídrico; –Atentar para depressão do quadro respiratório; –Monitorar sinais vitais; –Descrever sinais, sintomas e evolução clínica do paciente. Edema Agudo do Pulmão (EAP) ➢É importante salientar que a morfina pode aumentar a hipotensão, por isso é necessário deixar sempre à disposição o antagonista da morfina – naloxone. Emergências do Trauma – Trauma Torácico ➢Como ocorre com outras formas de lesões, o trauma torácico pode ser causado por mecanismos contusos ou penetrantes. Uma força exercida contra o tórax pode causar ruptura da anatomia e fisiologia normal dos órgãos torácicos. ➢Os órgãos torácicos são intimamente envolvidos na manutenção da oxigenação, ventilação e oferta de oxigênio. As lesões de tórax são a principal causa de morte por trauma (uma em cada quatro) a cada ano, embora a grande maioria de todos os traumas torácicos (90% dos traumas fechados e 80% dos ferimentos penetrantes) seja tratada sem cirurgia. Emergências do Trauma – Trauma Torácico ➢Vários mecanismos de trauma, incluindo colisões de veículos motorizados, quedas, lesões por prática de esportes, lesões por esmagamento e ferimentos por arma branca ou por projétil de arma de fogo, podem causar trauma no tórax. As lesões de tórax podem ser penetrantes ou fechadas. ➢As lesões penetrantes são causadas por forças distribuídas por uma área pequena que penetram dentro da cavidade torácica. Ex.: causadas por projétil de armas de fogo e armas brancas ou quedas sobre objetos afiados. ➢Lesões contusas: as forças são distribuídas sobre uma área maior e as lesões ocorrem devido à compressão e às forças de cisalhamento. Fraturas de costelas ➢Mesmo sendo protegidas pela musculatura subjacente, as fraturas de costelas são comuns no trauma torácico. A localização mais comum das fraturas de costelas é a face lateral da 4ª a 8ª costela, pois são finas e menos protegidas. As pontas das costelas podem ocasionar lesões no músculo, pulmões e vasos. Fraturas de costelas ➢Os sinais e sintomas de fratura de costelas são dor à movimentação, à palpação do local, podendo ocorrer falta de ar e, eventualmente, crepitação óssea. O tratamento inicial dos doentes com fraturas simples de costelas é a redução da dor por meio de imobilização e diminuição do movimento das costelas. ➢Isto pode ser realizado usando o braço do doente e uma tipoia. Vibrações anormais e tosse devem ser encorajadas, apesar da associada. Estes cuidados evitam atelectasias. ➢Os sintomas associados às lesões de tórax são como em outras áreas do corpo: quando presentes, indicam lesão. Entretanto, a ausência de sinais e sintomas não indica que não exista lesão. Tórax instável ➢Diz-se tórax instável, quando duas ou mais costelas adjacentes são fraturadas em pelo menos dois lugares, ocasionando segmento de flutuação livre. A parede torácica perde a estabilidade e ocorre o comprometimento respiratório. O segmento da parede torácica que está instável perdeu o suporte ósseo e a fixação à caixa torácica. ➢Este segmento “livre” irá se mover em direção oposta à do resto do tórax durante a inspiração e a expiração, O resultado destes dois movimentos paradoxais da parede do tórax é a diminuição da ventilação, levando à hipóxia e a hipercapnia. Tórax instável Tórax instável ➢Tratamento/assistência de enfermagem: –O tratamento nestes casos é voltado para o alívio da dor, suporte ventilatório e monitoramento de uma possível piora do quadro. –Administrar oxigênio; –Puncionar acesso venoso calibroso; –Administrar medicações prescritas, conforme prescrição (analgésicos e outros); –Incentivar a respiração profunda; –Monitorar oximetria de pulso e controle de sinais vitais – rigorosamente; –Para casos graves, se faz necessário que o médico realize a intubação traqueal e o paciente receba ventilação mecânica. Contusão pulmonar ➢Uma contusão pulmonar ocorre quando o tecido pulmonar é lacerado ou rompido por mecanismos contusos ou penetrantes. A contusão pode resultar de trauma fechado, como no tórax instável, mas pode também ser resultado de ferimento penetrante. ➢Entretanto, quer tenha como causa um trauma fechado ou um ferimento penetrante, a contusão pulmonar apresenta o mesmo problema clínico: áreas do pulmão sem ventilação. Mesmo sem a presença associada de um tórax instável, a contusão pulmonar é uma lesão torácica comum e potencialmente letal. Insuficiência respiratória grave pode se desenvolver rapidamente ao longo das primeiras 24 horas. Contusão pulmonar ➢Tratamento e assistência de enfermagem: –Administrar oxigênio suplementar; –Deve-se avaliar repetidamente a avaliação da FR, oximetria de pulso, bem como os demais sinais vitais; –Acesso venoso – manter via pérvia; –Se o paciente não apresenta grande perda sanguínea, limitar a infusão de fluidos; –Para casos graves, se faz necessário que o médico realize a intubação traqueal e o paciente receba ventilação mecânica. Pneumotórax ➢Envolve a entrada de ar para o espaço pleural, que normalmente apresenta 15ml de líquido, sendo este apenas para lubrificação e facilitar o deslizamento das pleuras. Os três tipos de pneumotórax representam níveis crescentes de gravidade. ➢Pneumotórax simples: –É causado pela presença de ar no espaço pleural. À medida que o ar aumenta, o pulmão daquele lado sofre colabamento. Pneumotórax ➢Pneumotórax aberto: –Ocorre devido a um defeito na parede torácica que permite que o ar que vem de fora entre e saia do espaço pleural com esforço ventilatório. O tratamento inicial envolve a realização do curativo de três pontos, o que evita a entrada de ar na inspiração ao mesmo tempo em que o ar escapa pelo lado aberto durante a expiração. Pneumotórax ➢Pneumotórax aberto: Pneumotórax ➢Pneumotórax hipertensivo: –Ocorre quando o ar continua a entrar no espaço pleural, sem um trajeto por onde sair, causando o aumento da pressão dentro deste espaço, fazendo colabar ainda mais o pulmão no lado acometido e empurrando o mediastino (coração e vãos sanguíneos) para o lado oposto (contralateral). –O paciente apresenta