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• ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA
• PROF. WAGNER
• ENF 41 N
• 06/09 a 22/10
Clique para editar o estilo 
do título mestre
QUEM SOU EU????
- ENFERMAGEM DE 1999 A 2019
- ADVOGADO DE 2017 ATÉ OS DIAS ATUAIS
- PROFESSOR DE 2018 ATÉ OS DIAS ATUAIS
- PROFESSOR DO GRAU DESDE NOVEMBRO 
2022 (PORTUGUÊS, INGLÊS, 
INFORMÁTICA, ADM. EM ENFERMAGEM, 
POL. DE SAÚDE, SAÚDE DO 
TRABALHADOR, SAÚDE COLETIVA, ETC.)
- PROFESSOR DA REDE ESTADUAL DE 
ENSINO (PORTUGUÊS, INGLÊS, 
SOCIOLOGIA, FILOSOFIA)
- PROFESSOR ENSINO PROFISSIONALIZANTE 
NOVOTEC (TÉC. DESENV. DE SISTEMAS)
- PÓS GRADUADO EM:
- DOCÊNCIA PARA O ENSINO SUPERIOR
- MBA EXECUTIVO EM SAÚDE
- DOCÊNCIA EM ENFERMAGEM
- ESPECIALISTA EM URGÊNCIA E 
EMERGÊNCIA
- ESPECIALISTA EM ATENÇÃO INTEGRAL À 
SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
MEUS 
CONTATOS 
NA WEB!
11 99024-
8598
DATAS 
IMPORTANTES
ENF 41 N
ENFERMAGEM EM 
EMERGÊNCIA
PROF. WAGNER
DISCIPLINA: ENF. EM 
EMERGÊNCIA
➢ 06/09 INICIO DAS AULAS
➢ 27/09 AVALIAÇÃO AV1
➢ 16/10 EXERCÍCIOS PARA NOTA 
VALENDO ATÉ 4,0
➢ 18/10 REVISÃO P/ PROVA
➢ 22/10 ENTREGA DO 
TRABALHO INDIVIDUAL
➢ VALENDO ATÉ 6,0 PONTOS
➢ 22/10 AVALIAÇÃO AV2
➢ AULAS EAD: 11/09 E 09/10
ORIENTAÇÕES SOBRE O TRABALHO:
- DEVERÃO ESCOLHER UM DOS TEMAS ABAIXO E 
REALIZAR UM TEXTO DISSERTATIVO, COM AS 
PRÓPRIAS PALAVRAS (AUTORAL), COM BASE NO 
TEMA PESQUISADO. DEVERÁ SER 
MANUSCRITO ( MÍNIMO 45 LINHAS) CONTENDO 
CAPA, CONTRA CAPA.
- ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO
- PCR
- TRAUMAS ABDOMINAIS
- FERIMENTOS POR ARMAS DE FOGO
AULAS PRÁTICAS SALA 06
• 15/10/2024
• * NÃO É NECESSÁRIO 
UTILIZAR UNIFORME 
BRANCO.
• *OBRIGATÓRIO A ESTAR 
COM ROUPAS QUE NÃO 
CAUSEM SUA EXPOSIÇÃO, 
SENDO VEDADO A 
UTILIZAÇÃO DE SAIAS E 
VESTIDOS.
CONCEITOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento 
(UPA) ou Hospitais
➢A triagem foi introduzida nos hospitais, particularmente 
em unidades de emergência, meados de 1950 e 1960.
➢Em Hospitais americanos, esse processo é realizado por 
enfermeiros, que, além de selecionarem os pacientes por 
prioridade, têm autonomia para solicitar exames e 
administrar medicamentos previamente estabelecidos em 
protocolos institucionais.
➢No Brasil, o enfermeiro é o profissional preparado para 
exercer a função de “triador’’, reconhecida e respaldada 
pela Lei do Exercício Profissional, cabendo-lhe tanto a 
“consulta de enfermagem quanto a prescrição de 
medicamentos estabelecidos em programas de saúde 
pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde” 
(BRASIL, 2001).
• A enfermagem em urgência e 
emergência é uma especialidade 
dedicada ao cuidado de pacientes 
em situações críticas, 
demandando intervenção 
imediata. Essa área desempenha 
um papel crucial no sistema de 
saúde, fornecendo cuidados ágeis 
e decisivos em momentos de 
crise, sendo um pilar fundamental 
para preservar vidas e minimizar 
danos.
Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento 
(UPA) ou Hospitais
➢Desta forma, a triagem envolve as duas funções, embora, 
em algumas unidades de atendimento, o enfermeiro 
realize somente a consulta de enfermagem, não havendo, 
até o momento, protocolos de medicamentos aprovados 
para serem administrados a partir dos sintomas/sinais 
identificados na triagem.
➢A avaliação dos próprios pacientes e seus familiares está 
repleta de dados subjetivos, vinculados a temores, 
ansiedade ou medo da morte.
➢Cabe ao enfermeiro embasado em dados clínicos, dispor 
de informações objetivas e subjetivas e experiência, além 
de avaliar qual paciente necessita de atendimento 
imediato e qual pode esperar (BRASIL, 2001).
Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento 
(UPA) ou Hospitais
➢É comum o profissional encontrar dualidades 
para fazer a sua avaliação e tomar a decisão 
mais correta ou pertinente.
➢De forma a amenizar dúvidas e incertezas, o 
serviço de triagem dos hospitais desenvolveu 
protocolos de atendimento multiprofissional, 
que permitem auxiliar o enfermeiro na 
tomada de decisão e, assim, aumentar a 
precisão da triagem.
A Triagem numa Emergência segue algumas 
Premissas Importantes
➢É importante observar que, em uma emergência, a triagem 
segue algumas premissas importantes, as quais serão 
descritas a seguir:
– Identificar os pacientes que necessitam de cuidados imediatos;
–Encaminhar adequadamente os pacientes ao médico, de acordo 
com a especialidade, observando-se os protocolos estabelecidos;
–Escolher o local adequado para que o paciente seja acomodado e 
avaliado pelo médico, em caso de o atendimento ser priorizado;
–Fornecer informações e orientações aos pacientes e seus 
familiares na tentativa de amenizar ansiedades decorrentes da 
procura por unidades de primeiro atendimento, muitas vezes 
associadas ao estresse.
Estrutura Disponível
➢O local da triagem de pacientes que dão 
entrada em UPAs e Hospitais de emergência 
está localizado na entrada principal do 
Hospital, espaço no qual o paciente recebe 
uma senha de atendimento fornecida por um 
assistente administrativo que orienta quanto 
aos procedimentos de atendimento.
Estrutura Disponível
➢Há três tipos de senhas de atendimento:
–Atendimento normal:
•É observado o atendimento normal para aqueles pacientes 
que chegam caminhando com dificuldade ou em cadeira de 
rodas, recebem a senha para atendimento normal e são 
posteriormente chamados pelo enfermeiro. O tempo médio 
de uma triagem é de 2 a 3 minutos para um adulto e 3 a 5 
minutos para crianças e idosos.
Estrutura Disponível
➢Há três tipos de senhas de atendimento:
–Senha preferencial:
•São as senhas entregues pelo assistente administrativo aos 
pacientes idosos, gestantes, deficientes físicos e mães com 
crianças de colo, de acordo com a Lei n. 10.048/2.000. 
•Caso o paciente chegue à recepção com sinais de gravidade, 
ferimentos expostos ou ansiedade exacerbada, o assistente 
administrativo é orientado a fornecer uma senha preferencial e 
avisar ao enfermeiro. 
•Neste caso, o enfermeiro, ao realizar a triagem, avalia se 
realmente é necessário priorizar o caso para ser atendido pelo 
médico ou se é possível acalmar o paciente e encaminhá-lo ao 
cadastro.
Estrutura Disponível
➢Há três tipos de senhas de atendimento:
–Cadastro:
•Este tipo de senha é entregue ao paciente em situações de 
retorno ortopédico (até 15 dias da consulta); 
procedimentos com a equipe de enfermagem, tais como 
curativos e troca de sondas; ou medicações com receita 
médica anexada. 
•Em casos assim, os pacientes não passam pelo processo de 
triagem.
Instalações e Estrutura Física
➢A Triagem na UPA é realizada em duas salas separadas, 
permanecendo um enfermeiro 24 horas em cada uma 
delas.
➢A chamada da senha é feita dentro de sala de triagem e o 
paciente se dirige ao enfermeiro, que se apresenta e inicia 
o processo de entrevista. 
➢A sala de triagem é composta por um balcão com 
impressos e material de apoio, duas cadeiras, uma 
balança, 1 aparelho depressão manual (esfignomanômetro 
e estetoscópio), 1 aparelho de glicemia capilar, 1 aparelho 
multifunção automático com PA não invasiva e oxímetro 
(mensuração de saturação de O² e FC), 1 termômetro 
individual do profissional, além de gases, luvas, máscaras e 
um telefone para solicitar a vaga do paciente ao local de 
destino.
Instalações e Estrutura Física
➢A triagem, também chamada de “avaliação inicial”, é 
registrada em impresso próprio, servindo como guia 
para as perguntas que devem ser feitas e, assim, 
adquirir informações para o enfermeiro tomar as suas 
decisões e classificar o nível de atendimentos e 
especialidades mais adequados. O impresso consta de 
vinte questões iniciais. 
➢As principais, para se chegar a uma decisão, 
compreendem: 
–Queixa principal e duração; 
–Sinais vitais; 
–Antecedentes pessoais e familiares (quando pertinente); 
–Medicações de uso habitual e atual; 
–Cirurgias prévias e alergias.
Instalações e Estrutura Física
➢Baseado nas questões do impresso, na inspeção e 
observação e num rápido exame físico, além do suporte 
dos protocolos, o enfermeirofome de ar, agitação, hipotensão, 
taquicardia e cianose.
–O paciente deve receber imediatamente alta concentração 
de oxigênio e deve ser realizada a descompressão com uma 
agulha intravenosa de grosso calibre, para que haja um 
escape de ar. Esse procedimento torna o pneumotórax 
hipertensivo em pneumotórax aberto simples.
Pneumotórax
➢Pneumotórax hipertensivo
Pneumotórax
➢Tratamento para pneumotórax hipertensivo:
–O tratamento de um doente com pneumotórax 
consiste em diminuir a pressão no espaço pleural, 
mediante descompressão com agulha 
(toracocentese) ou drenagem com dreno torácico 
sob selo d’água. Administração de O2 suplementar e 
acesso venoso calibroso.
Hemotórax
➢É a presença de sangue no espaço pleural. O 
sangramento pode ter origem na parede da 
musculatura torácica, nos vasos intercostais 
ou no tecido pulmonar. O tratamento consiste 
em toracocentese ou instalação de um dreno 
ligado ao selo d’água.
Hemotórax
Hemotórax
➢Assistência de enfermagem na drenagem torácica:
–Preparar o doente, explicando todo o procedimento;
–Trocar diariamente o curativo (cuidados no local da inserção 
do dreno);
–Avaliar o funcionamento do tubo torácico diariamente;
–Observar nível de água;
–O frasco de selo d’água deve estar no mínimo a 50cm abaixo 
do tórax do paciente:
–Tubos devem ser fixados com látex que não impeçam a 
locomoção do paciente, cuidando para que não fiquem 
dobrados;
–Realizar ordenha s/n;
–Manter em fácil acesso duas pinças Kelly, em caso de quebra 
de frasco ou desconexão.
Hemotórax
➢É importante observar os casos em que o 
dreno deve ser retirado: quando a drenagem 
for inferior a 50ml nas 24 horas, após o 
paciente recuperar a sua função respiratória 
normal, se não existe oscilação na coluna de 
líquido ou borbulhar (após excluída hipótese 
de obstrução ou deslocamento do dreno), e 
após avaliação por RX.
Contusão cardíaca
➢A causa mais comum da lesão cardíaca é a aplicação 
de força na região anterior do tórax. O coração ocupa 
uma grande parte do centro do tórax e está situado 
entre o esterno e a coluna torácica. 
➢No trauma torácico fechado grave, como ocorre em 
colisões frontais com veículos motorizados, primeiro o 
tórax atinge o painel ou a direção e, então, o coração é 
comprimido entre o esterno e a coluna. Pode haver 
vários tipos de lesão cardíaca, mas a mais comum é a 
contusão miocárdica.
Contusão cardíaca
➢Esta contusão pode causar destruição das células da 
parede, ruptura da própria parede do coração ou 
danos as suas válvulas. O ventrículo direito (VD) é 
mais comumente lesado devido à sua localização 
subesternal. 
➢Uma contusão parcial ou que atinja toda a espessura 
da musculatura pode ser sinalizada pela diminuição 
do débito cardíaco ou por arritmias. O tratamento 
consiste em suporte farmacológico para arritmias, 
oxigenoterapia, monitorização e, dependendo da 
extensão da contusão, correção cirúrgica da lesão.
Tamponamento cardíaco
➢Ocorre quando há um acúmulo agudo de líquido 
entre o saco pericárdico e o coração. O saco 
pericárdico é composto de um tecido fibroso 
inelástico e normalmente há pouco líquido. 
➢Este acúmulo de líquido ocasiona o aumento da 
pressão dentro do saco pericárdico, impede o 
retorno venoso ao coração e leva à diminuição 
do debito cardíaco e da pressão arterial. 
Tamponamento cardíaco
➢O sangue pode entrar no espaço pericárdico se 
os vasos sanguíneos do pericárdio se romperem 
por trauma fechado ou penetrante ou se houver 
ruptura ou penetração do miocárdio. Esta 
condição, chamada de hemopericárdio, pode 
levar ao tamponamento cardíaco. 
➢O tamponamento cardíaco é mais 
frequentemente devido a ferimentos por arma 
branca. O tratamento envolve e remoção do 
sangue do pericárdio (pericardiocentese) e a 
interrupção do sangramento.
Tamponamento cardíaco
➢Manifestações clínicas:
–Enquanto manifestações clínicas, observam-se: 
veias do pescoço distendidas, hipotensão arterial, 
batimentos cardíacos abafados, ansiedade, 
confusão, além de poder apresentar do precordial.
Tamponamento cardíaco
➢Assistência de enfermagem:
–Fornecer oxigênio em alta concentração;
–Reposição volêmica com acesso venoso de grosso 
calibre;
–Tranquilizar o paciente explicando todos os 
procedimentos que serão realizados;
–Controlar rigorosamente os sinais vitais já que podem 
ocorrer alterações graves em um curto intervalo de 
tempo;
–Preparar e manter sempre em ordem o material de 
emergência e material para drenagem.
Emergências Cardiovasculares - Choque
➢Denomina-se choque cardiovascular o distúrbio agudo 
na circulação com alteração na relação oferta-
demanda de oxigênio aos tecidos, causada por uma 
redução do volume circulante, resultando em 
isquemia dos tecidos e consequente morte celular. 
➢Caso não haja correção, o choque pode ocorrer, por 
falha no mecanismo que bombeia o sangue (coração), 
por problemas no vaso sanguíneo (alterações na 
resistência da parede dos vasos) e baixo nível de 
fluido no corpo (sangue e líquidos corporais).
➢O choque pode ser classificado em hipovolêmico, 
cardiogênico, séptico, anafilático e neurogênico
Emergências Cardiovasculares - Choque
➢Sinais e sintomas:
–Inquietude;
–Taquicardia;
–Pulso fino e taquicárdico;
–Pele fria e pegajosa;
–Sudorese abundante;
–Mucosas descoradas;
–Cianose;
–Resfriamento de extremidades;
–Hipotermia;
–Respiração superficial, rápida e irregular;
–Náuseas e vômito;
–Hipotensão;
–Alterações neurossensoriais.
Choque hipovolêmico
➢Ocorre por redução aguda no volume 
circulante no corpo. Observa-se a perda de 15 
a 25% de perda de líquidos corporais, o que 
equivale a cerca de 700 a 1300ml de perda.
➢Causas:
–Perda sanguínea – hemorragia;
–Perda de líquido e eletrólitos por vômitos e diarreia;
–Perda hídrica interna (‘grande queimado’, ascite).
Choque hipovolêmico
➢Tratamento:
–Consiste em tratar a causa básica;
–Reposição hídrica e sanguínea;
–Redistribuição de líquido;
–Medicações vasoativas.
➢Derivados de sangue são indicados quando a 
causa do choque hipovolêmico for 
hemorragia. Deve-se administrar oxigênio por 
máscara.
Choque cardiogênico
➢É a incapacidade de o coração bombear uma 
quantidade adequada de sangue para os 
órgãos nobres, causando queda da pressão 
arterial, falta de oxigênio nos tecidos e 
acúmulo de líquidos nos pulmões. 
➢Diz-se de uma das maiores complicações do 
infarto agudo do miocárdio e se não for 
tratada com urgência, pode levar à morte em 
50% dos casos.
Choque cardiogênico
➢Causas:
–São de etiologia coronária;
–Infarto agudo do miocárdio (IAM);
–Falência miocárdica;
–Arritmias;
–Miocardites.
➢Tratamento:
–Trata-se a causa com o objetivo de limitar a lesão 
cardíaca, preservar o miocárdio e melhorar a capacidade 
do coração em exercer sua função de bomba. Pode ser 
cirúrgico ou com o uso de drogas vasoativas.
Choque séptico
➢É decorrente de um processo infeccioso 
disseminado, grave, em que ocorre a liberação 
de mediadores, inflamatórios que produzem 
lesão do endotélio do vaso, ocasionando a 
permeabilidade do vaso e extravasamento de 
líquido.
➢O choque séptico tem como causas as infecções 
de sítios diversos. O tratamento é feito a partir 
do uso de antibióticos específicos para combater 
a bactéria causadora das infecções.
Choque anafilático
➢O choque anafilático é desencadeado por uma 
reação alérgica exacerbada determinando 
vasoplegia generalizada, com consequente 
redução do volume circulante.
➢Causas:
–Picadas de inseto;
–Drogas;
–Alimentos.
➢Tratamento:
–Adrenalina;
–Anti-histamínicos;
–Corticoides.
Choque neurogênico
➢No choque neurogênico ocorre vasodilatação 
por perda do controle vasomotor.
➢Causas:
–Lesão no sistema nervoso central (SNC);
–Trauma raquimedular;
–Bloqueios anestésicos;
–Efeitos depressores de medicamentos.
Choque neurogênico
➢Tratamento:
–Consiste em restauração do tônus simpático, por 
meio da estabilização da medula espinhal, 
posicionamento correto do paciente, em caso de 
anestesia espinhal.➢Assistência de enfermagem:
–Manter posição antichoque;
–Controlar os sinais vitais (SSVV) com frequência;
–Administrar oxigênio conforme prescrição médica;
–Tranquilizar o paciente, transmitindo-lhe segurança;
Choque neurogênico
➢Assistência de enfermagem:
–Monitorar as condições cardíacas;
–Proporcionar conforto ao paciente;
–Administrar medicações prescritas;
–Promover balanço hídrico rigoroso;
–Realizar a punção venosa com jelco de grosso calibre, 
para administração de hemoderivados (choque 
hipovolêmico) e infusão de líquido;
–Observar quanto a reações alérgicas;
–Utilizar técnicas assépticas em todos os procedimentos.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Denomina-se parada cardiorrespiratória a interrupção 
súbita dos batimentos cardíacos, resultando na 
cessação de uma circulação efetiva. É um limite de 
gravidade eu impõe atendimento imediato. Ocorre 
perda de consciência, ausência de pulso e batimento 
cardíaco inaudível. 
➢O início da lesão cerebral irreversível começa com 
aproximadamente 4 minutos de interrupção da 
circulação. Por isso, se devem iniciar as manobras de 
ressuscitação cardiopulmonar o quanto antes.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Sinais e sintomas:
–Ausência de pulso em grandes artérias;
–Ausência de respiração;
–Inconsciência;
–Dilatação pupilar;
–Palidez;
–Cianose.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Reanimação cardiopulmonar (RCP):
–Em 2015, as Diretrizes da American Heart Association 
(AHA) propuseram novas recomendações sobre a 
Ressuscitação (ou reanimação) Cardiopulmonar (RCP) e 
Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE). 
–Uma das alterações foi a utilização de “Cadeias de 
Sobrevivência” distintas para pacientes que sofrem uma 
PCR no ambiente intra ou extra-hospitalar. Essa 
alteração aconteceu devido as diferenças existentes nos 
processos até que os pacientes sejam encaminhados à 
unidade de cuidados intensivos, onde serão fornecidos 
os cuidados pós-PCR.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Reanimação cardiopulmonar (RCP):
Vigilância e 
prevenção.
Reconhecimento e 
acionamento do 
serviço médico de 
emergência.
RCP imediata de 
alta qualidade
Rápida 
desfibrilação
Suporte avançado 
de vida e cuidados 
pós-PCR
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Vigilância e prevenção:
–De acordo com Sakamoto (2016), os pacientes no 
ambiente hospitalar dependem de um sistema de 
vigilância adequado, a fim de prevenir a PCR. Entretanto, 
na ocorrência da PCR, é preciso uma interação 
harmoniosa dos vários departamentos e serviços da 
instituição e de um time multidisciplinar de 
profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, 
fisioterapeutas, entre outros.
–A nova diretriz da American Heart Association preconiza 
o acionamento imediato do time de resposta rápida na 
iminência de pacientes com deterioração clínica aguda, 
com o objetivo de prevenir a Parada Respiratório Intra-
hospitalar (PCRIH). 
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Reconhecimento e acionamento imediato do 
serviço médico de emergência:
–O profissional de saúde deve reconhecer a PCR. É 
importante avaliar a responsividade (chamando o 
paciente pelo nome), avaliar a respiração e pulso, de 
forma simultânea, por dez segundos. Em casa de 
detecção destes sinais, o profissional deve solicitar a 
outro, clara e objetivamente, que acione a equipe 
médica, traga o carro de emergência e o desfibrilador. 
De modo geral, a instituição possui um protocolo para o 
acionamento da equipe médica ou time de resposta 
rápida.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Após os comandos acima descritos, deve-se 
iniciar imediatamente a Sequência de 
Atendimento C – A – B:
–C: Compressões torácicas de alta qualidade;
–A: Vias aéreas – abrir vias aéreas;
–B: Boa ventilação – garantir via aérea avançada.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢ RCP imediata, de alta qualidade:
–Após o acionamento do serviço médico, devem-se iniciar as compressões 
torácicas e ventilação em todos os pacientes adultos com PCR, seja por 
causa cardíaca ou não.
➢As compressões torácicas de alta qualidade se dão conforme 
descrito a seguir:
–a) Com as mãos sobre a metade inferior do esterno (região hipotenar), 
sem flexionar os cotovelos;
–b) Frequência: 100 a 120 compressões/minuto;
– c) Profundidade: mínima de 2 polegadas (5 cm) e máximo 2,4 polegadas 
(6 cm);
–d) Permitir retorno total do tórax após cada compressão. Não apoiar-se 
sobre o tórax entre as compressões;
–e) Minimizar as interrupções nas compressões. Não interromper as 
compressões por mais de 10 segundos;
– f) Colocar a prancha rígida embaixo do tórax do paciente, assim que 
disponível.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢No que diz respeito à relação ventilação-
compressão adequada:
–a) Sem via aérea avançada:
–b) Realizar abertura de vias aéreas;
–c) Ventilação numa relação: 30:2, ou seja, 30 
compressões: 2 ventilações (até a garantia de uma via 
aérea avançada);
–d) Com via aérea avançada:
–e) Compressões contínuas a uma frequência 100 a 120/ 
minuto e 1 ventilação a cada 6 segundos (10 respirações 
por minuto).
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Rápida desfibrilação:
–a) De posse do Desfibrilador Externo Automático (DEA), 
deve-se verificar o ritmo;
–b) Em caso de ritmo chocável (Fibrilação Ventricular ou 
Taquicardia Ventricular sem Pulso), deve-se: aplicar 1 
choque; reiniciar a RCP por 2 minutos até o DEA avisar 
sobre a verificação do ritmo; continuar o Suporte 
Avançado de Vida assuma ou a vítima se movimente;
–c) Em caso de ritmo não chocável, deve-se: reiniciar a 
RCP por 2 minutos, até ser avisado pelo DEA para 
verificação do ritmo e continuar até que o pessoal do 
SAV assuma ou até que a vítima se movimente.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Sakamoto (2016) afirma que a utilização do DEA no 
ambiente hospitalar pode ser considerada para 
facilitar a desfibrilação precoce (meta de 
administração de choques em tempo ≤ 3 minutos do 
colapso), especialmente nas áreas cujo pessoal não 
esteja capacitado para reconhecer ritmos ou em que o 
uso de desfibriladores não seja frequente. 
➢O DEA pode ser utilizado pelo Enfermeiro ou pela 
equipe de enfermagem sob sua supervisão, na 
presença ou ausência do profissional médico, 
conforme previsto no protocolo de Suporte Básico de 
Vida.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Em alguns hospitais, não se encontra disponível o DEA, 
somente o desfibrilador manual, e, nesse caso, necessita 
que a equipe médica esteja disponível 24 horas, tendo em 
vista que é um procedimento privativo do profissional 
médico e segundo Parecer Técnico n. 0001/2012 do 
COREN-ES: “[…] não é atribuição do enfermeiro o uso do 
desfibrilador manual dentro do ambiente intra-hospitalar 
[…]”.
➢É essencial que a equipe de enfermagem esteja atualizada 
e capacitada para a execução dos protocolos da instituição, 
entendendo suas particularidades, uma vez que um bom 
atendimento pode determinar a sobrevivência do 
paciente.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR:
–Segundo Tallo e cols. (2012 apud SAKAMOTO, 2016), o 
suporte avançado de vida (SAV) engloba recursos 
adicionais como monitorização cardíaca, administração 
de fármacos, desfibriladores, equipamentos especiais 
para ventilação, marcapasso e cuidados após o retorno a 
circulação espontânea.
–A desfibrilação manual é utilizada no Suporte Avançado 
de Vida (SAV), em que a equipe multiprofissional está 
presente, incluindo o Médico, e existe equipamento 
disponível, preferencialmente desfibrilador manual 
bifásico.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR:
–Quando indicado, o choque inicial é aplicado de forma 
única, na energia máxima do DEA ou do desfibrilador 
manual disponível (360 J no aparelho monofásico ou 
180 a 220 J no aparelho bifásico).
–É importante observar a diferença entre a Desfibrilação 
e a Cardioversão, que eventualmente causam dúvidas 
entre os profissionais. Na cardioversão elétrica, o 
procedimento eletivo no qual se aplica ochoque elétrico 
de maneira ‘sincronizada’, ou seja, a descarga elétrica é 
liberada na onda R, no período refratário da 
despolarização cardíaca.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR:
–É indicada no tratamento de taquiarritmias, tais como a 
Fibrilação atrial (FA) flutter atrial, taquicardia paroxística 
supraventricular e taquicardias com complexo largo e 
com pulso. A desfibrilação elétrica é um procedimento 
terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente 
elétrica contínua ‘não sincronizada’ no músculo 
cardíaco. 
–Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras 
musculares do miocárdio, tornando possível a reversão 
de arritmias graves como a TV e a FV, permitindo ao nó 
sinusal retomar a geração e o controle do ritmo 
cardíaco.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR:
–Enquanto o médico assume a responsabilidade quanto ao 
desfibrilador, estabelecimento de uma via aérea avançada e 
orientações sobre os medicamentos a serem administrados (dose 
e frequência), a equipe de enfermagem necessita prestar 
assistência de forma organizada, de acordo com cada 
competência:
•a) Enfermeiro: controle do carro de emergência (preparo das medicações) e 
do tempo (intervalo entre as medicações e manobras de ressuscitação 
cardiopulmonar);
•b) Técnico de enfermagem responsável pelo paciente: à beira leito, 
administrando as medicações solicitadas pelo médico;
•c) Técnico de enfermagem auxiliar (“dupla): assistência ao médico na 
execução da compressão torácica e suporte para demais atividades que se 
fizerem necessárias;
•d) O fisioterapeuta realiza os cuidados com a via aérea e ventilação 
(AMBU/ventilador mecânico), conforme orientação médica.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢Os medicamentos mais utilizados na PCR:
–a) Epinefrina: vasopressor para ressuscitação, pode ser utilizada 
logo após o início da PCR devido a um ritmo não chocável;
–b) Lidocaína e amiodarona: ambas são indicadas para evitar 
recorrência da fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem 
pulso;
–c) Difosfato de adenosina: a adenosina é recomendada como 
segura e potencialmente eficaz para o tratamento e o diagnóstico 
inicial da taquicardia de complexo largo monomórfica regular 
indiferenciada;
–d) Betabloqueadores: indicados para tratamento pós-PCR por FV 
ou TVSP, pois estão relacionados com maior probabilidade de 
sobrevivência. No entanto, devem ser avaliados caso a caso, pois 
podem ocasionar uma grave instabilidade hemodinâmica, 
exacerbar a bradiarritmia e insuficiência cardíaca. Para alguns 
pacientes que já eram cardiopatas e faziam uso de 
Betabloqueadores antes, indica-se manter a prescrição para 
melhor prognóstico.
Parada cardiorrespiratória (PCR)
➢São observamos também os materiais necessários para o 
suporte ventilatório, que são:
–a) Laringoscópio, com laminas de diferentes tamanhos;
–b) Ambu;
–c) Máscaras;
–d) Cânulas de Guedel;
–e) Pinça de Magill;
–f) Tubos endotraqueais;
–g) Cadarço para amarração do tubo;
–h) Seringas de 10 e 20cc, sondas para aspiração;
– i) Luvas e máscaras para EPI da equipe;
– j) Pontos de oxigênio;
–k) Ar comprimido e vácuo;
– l) Desfibrilador;
–m) Eletrocardiógrafo.
Emergências Digestivas – Trauma 
abdominal
➢As lesões abdominais não reconhecidas são uma 
das principais causas de morte nos pacientes 
traumatizados. A morte pode ocorrer devido à 
perda intensa de sangue, em decorrência de 
ferimentos nos órgãos. 
➢As lesões abdominais podem ser causadas por 
ferimentos penetrantes ou por trauma fechado. 
Pode ocorrer lesão de múltiplos órgãos, nos 
ferimentos penetrantes, embora isso seja menos 
provável nos fermentos por arma branca que 
naqueles por arma de fogo. 
Emergências Digestivas – Trauma 
abdominal
➢A compressão se dá quando os órgãos 
abdominais são comprimidos entre objetos 
sólidos, como, por exemplo, entre o volante e a 
coluna vertebral.
➢Forças de cisalhamento rompem órgãos sólidos 
ou vasos sanguíneos na cavidade abdominal, 
devido à tração exercida sobre os ligamentos de 
fixação e os vasos. O fígado e o baço podem se 
romper e sangrar com facilidade e a perda de 
sangue pode ser rápida.
Emergências Digestivas – Trauma 
abdominal
➢Observam-se os seguintes indicadores seguros 
para suspeitar a presença de lesão abdominal:
–a) Mecanismo de lesão ou estrago no carro;
–b) Sinais externos de trauma;
–c) Choque de causa não explicada;
–d) Choque mais grave do que o explicado por outras 
lesões;
–e) Presença de rigidez abdominal ou distensão.
➢É importante salientar que o indicador mais 
confiável de sangramento intra-abdominal é a 
presença de choque de origem não explicada.
Emergências Digestivas – Trauma 
abdominal
➢Evisceração:
–A evisceração ocorre quando um segmento do 
intestino ou outro órgão abdominal sai através de 
um ferimento, ficando fora da cavidade abdominal. 
–Não se deve tentar colocar o órgão de volta. O 
conteúdo deve ser coberto com compressa estéril, 
umedecida com solução fisiológica, regularmente, 
para evitar o ressecamento dos órgãos expostos.
Emergências Digestivas – Trauma 
abdominal
➢Objetos encravados:
–Um objeto encravado no abdômen nunca deve ser 
mobilizado ou retirado antes que sua forma e 
localização tenham sido identificadas 
radiologicamente. 
–Se houver sangramento à volta do objeto, deve ser 
feita a pressão direta em volta do ferimento, com a 
palma da mão, em torno do objeto. O abdômen não 
dever ser apalpado, para que não provoque mais 
laceração ou afunde ainda mais a ponta do objeto.
Emergências Digestivas – Hemorragias 
digestivas
➢As Hemorragias Digestivas (HD) são situações 
clínicas sem que há uma quantidade anormal 
de sangue dentro do tubo digestivo. 
Classificam-se em hemorragia digestiva alta 
(HDA) e hemorragia digestiva baixa (HDB).
Emergências Digestivas – Hemorragias 
digestivas
➢Hemorragia digestiva alta (HDA):
–Neste tipo de hemorragia ocorre o sangramento 
proveniente do tubo digestivo, decorrente de lesões 
localizadas entre o esôfago e o ângulo de Treitz. As 
principais causas são:
•Ruptura de varizes esofagiana;
•Câncer de esôfago ou estômago;
•Ulcera péptica gastroduodenal;
•Gastrite erosiva medicamentosa.
Emergências Digestivas – Hemorragias 
digestivas
➢Enquanto fatores de risco, observam-se: uso de 
bebidas alcoólicas, politraumatismo, hepatopatia 
com hipertensão porta, distúrbios de 
coagulação, medicamentos (AINES, ASS e 
anticoagulantes).
➢Os principais sinais e sintomas da hemorragia 
digestiva alta são observados a seguir:
–Hematêmese;
–Melena;
–Manifestações relacionadas à perda sanguínea – 
mucosas decoradas, hipotensão arterial, taquicardia, 
sudorese, choque hipovolêmico.
Emergências Digestivas – Hemorragias 
digestivas
➢O tratamento da HDA é feito a partir da lavagem 
gástrica, dieta zero ou líquida, manutenção do estado 
hemodinâmico, administração de medicações como 
ranitidina, omeprazol, somatostatina. 
➢O tratamento endoscópico (escleroterapia ou injeção 
endoscópica do polímero) é indicado nos casos 
preditivos de ressangramento ou de mau prognóstico, 
tratamento com o balão Sengstaken-Blakemore 
(utilizado quando há falha no controle do 
sangramento, impossibilidade de realizar EDA, 
ressecamento após 2 sessões de escleroterapia) e 
tratamento cirúrgico.
Emergências Digestivas – Hemorragias 
digestivas
➢Hemorragia digestiva baixa (HDB):
–Na HDB ocorre sangramento proveniente do trato 
intestinal distal ao ângulo de Treitz. Exterioriza-se por 
melena e/ou hematoquesia. Observam-se para este tipo 
de hemorragia observam-se as principais causas:
•Sangramento do intestino grosso;
•Pólipos em cólon; Hemorroidas;
•Doenças inflamatórias intestinais;
•Ulceras ou lacerações (reto ou ânus);
•Câncer de cólon;
•Colite isquêmica.
Emergências Digestivas – Hemorragias 
digestivas
➢ Para a assistência de enfermagem nos sangramentos gerais com 
sinais de choque são observados os seguintes procedimentos:
–Oferecer oxigêniopor cateter nasal;
– Instalar 2 acessos venosos de grosso calibre;
– Iniciar reposição volêmica;
–Conforme rotina da instituição, colher sangue para prova cruzada, 
hemograma e etc.;
–Realizar sondagem vesical de demora e monitorar diurese;
–Monitorar balanço hídrico;
–Manter dieta zero;
–Realizar lavagem intestinal até retorno limpo;
–Aferir sinais vitais rigorosamente.
–Se houver indicação realizar a sondagem gástrica e lavagem gástrica, 
observando o aspecto da drenagem;
–Proporcionar acomodação segura e confortável para os pacientes;
–Anotar todos os procedimentos que serão realizados no paciente e 
comunicá-lo previamente.
Emergências do Sistema Tegumentar e 
Musculoesquelético
➢As emergências do sistema tegumentar e 
musculoesquelético são aquelas advindas de 
ferimentos, traumas musculoesqueléticos, 
fraturas e luxações, contusão e distensão, e 
queimaduras.
Ferimentos
➢São qualquer rompimento de tecidos como mucosas 
ou pele que resultam de uma agressão contra 
determinado segmento, podendo ser por agressão 
física, química ou biológica. Constituem ameaças por 
causar uma abertura nos tecidos, colocando em 
contato o meio externo com o interno, aumentando o 
risco de infecções e sangramentos.
➢Tipos: 
–Laceração: ruptura da pele com bordas irregulares, causadas 
por instrumento grosseiros.
–Avulsão: tecidos desprendidos das estruturas de sustentação.
–Abrasão: pele desnuda, queimadura por fricção da pele 
contra superfícies rígidas.
Ferimentos
➢Tipos: 
–Laceração: ruptura da pele com bordas irregulares, causadas por 
instrumento grosseiros.
–Avulsão: tecidos desprendidos das estruturas de sustentação.
–Abrasão: pele desnuda, queimadura por fricção da pele contra 
superfícies rígidas.
–Contusão: sangue preso sob a superfície da pele, causado por 
impacto de um objeto rombudo de encontro ao corpo.
–Hematoma: massa de sangue semelhante a um tumor presa sob a 
pele.
–Perfuração: incisão da pele com bordas bem definidas, geralmente 
causadas por instrumentos pontiagudos.
–Cortes ou incisões: Incisão da pele com bordas bem definidas, 
geralmente mais longa que funda.
–Moldada: feridas apresentando o contorno de um objeto que 
causou (volante de carro).
Trauma musculoesquelético
➢As lesões de extremidades, embora comuns nos 
traumatizados, raramente apresentam riscos de vida, 
apenas quando o paciente apresenta perda de sangue 
significativa por conta desta lesão. 
➢O trauma musculoesquelético pode ser classificado em 
três principais tipos: trauma isolado sem risco de vida, 
trauma sem risco de vida, mas associado a trauma 
multissistêmico com risco de vida, e lesões 
musculoesqueléticas com risco de vida (fratura de bacia, 
fêmur- risco de vida pela perda sanguínea).
➢As lesões de extremidades resultam em dois problemas 
que exigem tratamento ainda no atendimento pré-
hospitalar: a hemorragia e as instabilidades.
Hemorragias
➢A hemorragia é o extravasamento de sangue 
de dentro dos vasos através de uma lesão que 
ocasionou ruptura dos vasos. O sangue 
vermelho escuro flui de capilares venosos, e o 
vermelho vivo com fluxo pulsante é 
proveniente de uma arteira. 
➢A velocidade de sangue perdida e a 
velocidade da sua perda determinarão a 
capacidade de o paciente compensar a perda 
ou entrar em choque.
Hemorragias
➢Controle de hemorragias externas:
–O tratamento das hemorragias externas envolve a 
aplicação de pressão direta firme nas artérias envolvida 
em um ponto que seja proximal à ferida. Muitos 
sangramentos podem ser estancados por pressão direta.
–É importante observar que um torniquete é aplicado em 
uma extremidade unicamente como último recurso em 
casos em que a hemorragia externa não possa ser 
controlada de nenhum outro modo e uma cirurgia 
imediata não seja possível (BRUNNER, 2009).
Hemorragias
➢Controle de hemorragias internas:
–Se o paciente não apresentar nenhum sinal visível 
de sangramento, mas apresentar taquicardia, 
hipotensão, sede, ansiedade, pelo fria e úmida, 
suspeita-se de hemorragia interna. Geralmente se 
administra o concentrado de hemácia para 
reposição sanguínea e prepara-se o paciente para o 
tratamento definitivo (cirurgia ou terapia 
farmacológica).
Instabilidade/fraturas e luxações
➢As duas lesões que causam instabilidade de osso 
ou articulação são as fraturas e as luxações:
➢Fraturas:
–Denominam-se fraturas a interrupção na continuidade 
de um osso, sendo definida de acordo com o seu tipo e 
extensão. As fraturas acontecem quando o osso recebe 
um impacto maior do que aquele que pode receber. A 
lesão das estruturas pode ocorrer pela força que 
ocasionou a fratura ou pelo movimento das 
extremidades pontiagudas do osso fraturado, podendo 
lesar vasos sanguíneos, causando hemorragias interna 
ou externa, além de lesar o tecido muscular e os nervos.
Instabilidade/fraturas e luxações
➢Tipos de fraturas :
–Fratura completa: envolve uma ruptura em todo o perímetro 
do osso;
–Fratura incompleta: ruptura apenas em parte do perímetro 
do osso;
–Fratura cominutiva: produz vários fragmentos ósseos;
–Fratura fechada: também conhecida como simples é aquela 
que não causa ruptura da pele;
–Fratura aberta: também chamada de composta ou complexa, 
é aquela em que a ferida na pele em torno dela se estende 
até o osso fraturado;
–Fraturas compressivas: o osso foi corrompido até ocorrer, de 
fato, a fratura;
Instabilidade/fraturas e luxações
➢Tipos de fraturas:
–Fratura depressiva: os fragmentos dos ossos são empurrados 
para dentro;
–Fratura epifisária: fratura que atinge a extremidade do osso;
–Fratura em galho verde: é aquela que um lado do osso é 
quebrado e o outro se inclina;
–Fratura impactada: o fragmento ósseo é empurrado contra o 
outro fragmento e penetra nele;
–Oblíqua: forma um ângulo através do osso;
–Fratura patológica: ocorre numa área de osso doente;
–Fratura espiral: contorna a diáfise;
–Fratura transversal: é transversal ao osso.
Instabilidade/fraturas e luxações
➢Tipos de fraturas:
Instabilidade/fraturas e luxações
➢Os principais sinais e sintomas são a dor, a perda da 
função, deformidade, encurtamento de extremidade, 
crepitação, edema e mudança de cor. As formas de 
tratamento podem ser: 
➢Tratamento emergencial:
–Sempre que se suspeitar de uma fratura, é necessário que se 
realize a imobilização. Durante este procedimento, deve-se 
segurar a extremidade distal e a proximal ao local fraturado, 
para evitar os movimentos de rotação e angular do membro 
afetado. Nas fraturas abertas, as feridas devem ser cobertas 
com compressa estéril, para evitar contaminações dos 
tecidos mais profundos. Não se deve, em hipótese alguma, 
tentar reduzir a fratura.
Instabilidade/fraturas e luxações
➢Tratamento médico:
–O tratamento médico inclui redução, imobilização e 
recuperação da função normal do membro afetado.
➢Redução:
–É a restauração dos fragmentos da fratura ao 
alinhamento e à rotação anatômica. Pode ser usada 
rotação aberta – os fragmentos de algumas fraturas são 
reduzidos por abordagem cirúrgica, colocando-se 
dispositivos de fixação, como por exemplo: pinos 
metálicos, fios, parafusos, placas, pregos e hastes. Na 
redução fechada: os ossos são colocados em 
justaposição (extremidades em contato), é realizada por 
manipulação ou tração manual.
Instabilidade/fraturas e luxações
➢Imobilização:
–A imobilização pode ser feita por fixação interna (talas 
internas e implantes metálicos) ou externa (bandagens, 
gesso, talas, tração contínua e fixadores externos). Os 
fragmentos ósseos devem ser imobilizados e mantidos em 
posição e alinhamento correto, até 
que haja a consolidação total do osso.
➢Assistência de enfermagem:
–Remover joias e relógios, para que não prejudique a 
circulação;
–Atentar para as queixas do paciente;
–Observar sempre a perfusão do membro imobilizado;
–Posicionar o paciente de forma correta e confortável;
–Estar atento a sinais e sintomas de complicações;
Instabilidade/fraturas e luxações
➢Assistência de enfermagem:
–Depois da imobilização,considerar a elevação do membro para 
diminuição do edema;
–Em caso de fratura com grande perda sanguínea, realizar a 
reposição volêmica;
–Administrar medicações prescritas (analgésicos, antibióticos).
➢Atenção: em cada foco de fratura pode haver sangramento 
importante devido a laceração de vasos ou pela lesão dos 
músculos próximos ao local da fratura. Por exemplo, pode 
ocorrer perda de 1000 a 2000 ml de sangue por coxa 
fraturada. Outro local em que pode haver grande perda 
sanguínea é a fratura da bacia.
Luxações
➢É a separação dos dois ossos de uma articulação, 
causada por uma ruptura significativa dos ligamentos. 
Os ossos se apresentam literalmente 
“desconjuntados”, criando uma área de instabilidade 
óssea, fazendo-se necessária a imobilização. Os 
indivíduos que já tiveram luxações possuem 
ligamentos mais frouxos e podem estar propensos a 
luxações mais frequentes, a menos que o problema 
seja corrigido cirurgicamente.
➢As luxações podem ser congênitas (presente no 
nascimento, como, por exemplo: luxação no quadril), 
espontâneas ou patológicas (doença de estrutura 
articular) e traumáticas (a articulação é rompida por 
uma força).
Luxações
➢Sinais e sintomas:
–Dor aguda;
–Alterações no contorno das articulações:
–E comprimento da extremidade, perda da mobilidade 
normal e alterações no eixo dos ossos em luxação.
➢Tratamento:
–No hospital, o médico realiza a redução manual e 
imobiliza com tala, gesso ou bandagens para preservar a 
função articular. Utilizam-se analgésicos, anestésicos e 
relaxantes musculares para diminuição da dor.
–É importante salientar que as luxações são emergências 
ortopédicas, porque os nervos associados à estrutura, o 
suprimento sanguíneo e estruturas articulares podem 
estar comprometidos, podendo levar à necrose vascular.
Luxações
➢Assistência de enfermagem:
–Manter a imobilização do membro;
–Atentar para queixas do paciente;
–Promover conforto ao paciente;
–Preparar e informar ao paciente sobre a redução da 
luxação;
–Preparar materiais para a redução;
–Administrar medicações prescritas.
Entorse
➢Trata-se de uma lesão 
em que os ligamentos e 
fibras musculares de 
sustentação que 
circundam uma 
articulação são estirados 
ou até lacerados. Este 
ligamento rompido 
perde sua capacidade de 
estabilização. As 
entorses, são causadas 
por torção ou puxão 
violento.
Entorse
➢Enquanto sinais e sintomas, observa-se a ruptura de 
vasos sanguíneos, formando hematomas, edemas, 
tornando a articulação muito sensível ao toque e ao 
movimento. As entorses se classificam em:
–I grau: há ruptura de apenas algumas fibras de ligamento. Há 
edema leve, hipersensibilidade e dor ao mover a articulação.
–II grau: há ruptura de mais fibras. Há um grau maior de 
edema, instabilidade articular e perda parcial da função 
articular.
–III grau: o ligamento se rompe totalmente: há dor interna, 
movimento articular anormal, hipersensibilidade grave, 
edema aumentado.
Entorse
➢Para o tratamento, se observa a utilização do 
acrônimo RICE, para que não se esqueça da 
conduta terapêutica: 
–R (repouso);
–I (Ice, gelo em inglês); 
–C (compressão); 
–E (elevação do membro).
➢No que diz respeito à assistência de 
enfermagem, estava deverá ser baseada na 
implantação do tratamento, seguindo o 
protocolo para entorse.
Amputação
➢Em casos de amputação por acidente, a parte do 
corpo é totalmente separada de um membro, 
ficando sem irrigação sanguínea e, por 
conseguinte, sem oxigenação e nutrição. Se não 
for prestado o atendimento correto, esta parte 
do pode ter morte celular (necrose) e não pode 
ser mais implantada. 
➢A avulsão é a laceração e desprendimento de 
partes moles. No início, o sangramento pode ser 
volumoso, entretanto, o mecanismo de defesa 
do corpo faz com que os vãos do local lesado se 
contraiam.
Amputação
➢Princípios do atendimento para a parte amputada:
–A parte amputada deve ser limpa cuidadosamente com 
solução de ringer lactato;
–Deve ser envolvido com compressas estéril umedecida com 
solução de ringer lactato e colocar no saco plástico ou numa 
caixa;
–Deve-se identificar o saco e colocá-lo em um recipiente com 
gelo triturado;
–Não se deve colocar gelo diretamente na parte amputada.
➢Quanto mais tempo a amputação fica sem oxigenação, 
menor é a probabilidade de ser reimplantada.
Contusão e Distensão
➢A contusão é produzida por força não 
penetrante, causada por uma pancada ou queda, 
ocasionando uma lesão dos tecidos moles. 
Ocorre rompimento de pequenos vasos 
sanguíneos, levando à formação de hematoma.
➢A distensão é um estiramento ou ruptura do 
músculo ou tendão, causado por esforço ou 
estresse excessivo.
➢A contusão quanto a distensão têm como sinais 
e sintomas a dor, o edema e a mudança de cor. 
Assim como na entorse, observa-se o RICE como 
forma de tratamento.
Queimaduras
➢A queimadura é observada enquanto um trauma 
de origem térmica nos tecidos orgânicos, que 
resulta em dor e ansiedade. As lesões de 
queimadura não se restringem apenas à pele. 
➢As grandes queimaduras podem causar lesões 
extensas e multissistêmicas, podendo provocar 
lesões com risco de vida, pois podem afetar 
indiretamente o rim, o coração, o trato 
gastrointestinal e o sistema imune da vítima.
Queimaduras
➢As queimaduras têm como causas: 
–Agentes térmicos: causados por vapor úmido, valor líquido, 
calor, objetos e produtos aquecidos, água quente, chama, 
etc.;
–Agentes químicos: temos vários produtos capazes de 
produzir queimaduras químicas. As lesões são resultados de 
exposição prolongada e podem ser agravadas enquanto a 
substância permanece na pele. Ex.: potássio, bário e 
hidróxido de sódio;
–Eletricidade: as queimaduras por corrente elétrica só 
devastadoras. A lesão aparente pode não refletir com 
exatidão a lesão causada;
–De raios-X, raios ultravioleta, nucleares, etc.;
–Agentes biológicos: animais (lagarta-de-fogo, água-viva, 
medusa, etc.) e vegetais (o látex de certas plantas, urtiga, 
etc.).
Queimaduras
➢Manifestações clínicas:
–Destruição dos tecidos: depende do fator que causou e 
d intensidade da exposição;
–Dor: na queimadura, milhares de filetes nervosos ficam 
expostos e a passagem do ar por estes ambientes 
causam dor. Nas queimaduras mais profundas, esta dor 
tende a diminuir devido à destruição total dessas 
terminações;
–Perda local de líquido: dá-se a vasodilatação e o 
aumento da permeabilidade capilar, causadas pelo calor 
que leva à passagem de plasma para os tecidos ao 
redor;
–Infecção: a intensa destruição dos tecidos favorece a 
migração de micro-organismos para as lesões e até 
mesmo para a corrente sanguínea.
Queimaduras
➢Fisiopatologia:
–As principais alterações fisiológicas que ocorrem num processo de 
queimadura são: aumento de permeabilidade capilar e edema; 
flictenas e edemas generalizados ocorrem devido ao excesso de 
líquido intersticial que sai da queimadura. 
–A lesão térmica determina a exposição do colágeno no tecido 
afetado, levando à liberação de histamina. A histamina, 
juntamente com outras cininas liberam prostaglandinas.
–Todos esses mediadores inflamatórios aumentam a 
permeabilidade capilar aos líquidos com consequente edema. Este 
acúmulo de líquido pode, muitas vezes, pode comprometer a 
circulação sanguínea dos membros.
–As queimaduras se classificam quanto à profundidade em 
primeiro, segundo e terceiro graus, e quanto à extensão em 
pequeno, médio e grande queimado, conforme se observará a 
seguir.
Queimaduras
➢Profundidade da queimadura
Queimaduras
➢De primeiro grau:
–As queimaduras de primeiro grau afetam apenas a epiderme, 
que é a camada mais externa da pele. São avermelhadas e 
dolorosas, como, por exemplo, a queimadura solar.
➢De segundo grau:
–Envolve a epiderme e a derme, apresenta pele avermelhada 
e com bolhas (flictenas), além de dor severa.
➢De terceiro grau:
–Acomete a totalidade das camadas da pele, ossos, músculos, 
nervos e vasos. O paciente apresenta pouca ou nenhuma dor. 
A queimadura se aparentacor branca, amarela ou marrom, 
não cicatriza espontaneamente e necessita de enxerto.
Queimaduras
➢ A extensão da queimadura é determinada por meio da avaliação da 
porcentagem da superfície corporal que sofreu a queimadura. Este 
sistema atribui porcentagem em múltiplos de nove . Esta estimativa 
é necessária para que se realize o tratamento e a reposição volêmica 
correta e evite complicações associadas ao choque hipovolêmico.
Queimaduras
➢Pequeno queimado:
–Queimaduras de primeiro grau em qualquer extensão e/ou 
de segundo grau com área corporal atingida até 5% em 
crianças menores de 12 anos e 10% em maiores de 12 anos.
➢Médio queimado:
–Queimaduras de segundo grau, com área corporal atingida 
entre 5% a 15% em menores de 12 anos e 10% e 20% em 
maiores de 12 anos, ou de terceiro grau, com até 10% da 
área corporal atingida em adultos, quando não envolver face 
ou mão ou períneo ou pé, e menor que 5% nos menores de 
12 anos ou qualquer queimadura de segundo grau 
envolvendo mão ou pé ou face ou pescoço ou axila.
Queimaduras
➢Grande queimado:
–Queimaduras de segundo grau, com área corpora 
atingida maior do que 15% em menores de 12 anos 
ou maior de 20% em maiores de 12 anos, ou 
queimaduras de terceiro grau, com mais de 10% da 
área corporal atingida no adulto e maior que 5% nos 
menores de 12 anos, ou queimaduras no períneo ou 
por corrente elétrica, ou de mão ou pé ou face ou 
pescoço ou axila, que tenha terceiro grau.
Queimaduras
➢Indicação de internação hospitalar:
–Lesão por inalação;
–Queimadura de terceiro grau em qualquer grupo etário;
–Queimadura de face, mãos, pés, genitália e região 
perineal;
–Queimadura elétrica;
–Intoxicação por fumaça;
–Lesões de via aéreas;
–Lesões de terceiro grau, atingindo mias de 10% da SCQ 
adulto e 5% em crianças;
–Lesões de segundo grau, atingindo área superior a 20% 
adulto e 10% em crianças.
Queimaduras
➢Princípios básicos para o atendimento à 
vítima de queimadura:
–Avaliação do comprometimento das vias áreas;
–Estabilidade hemodinâmica;
–Controle rigoroso do balanço hidroeletrolítico.
Queimaduras
➢Assistência de enfermagem:
–Como toda a vítima de trauma, segue-se o protocolo do 
trauma ACB, observando-se:
–Fazer a abordagem das vias áreas, aferindo a frequência 
respiratória, atentando para queimaduras de pelos 
nasais, cílios e sobrancelhas, tosse ou rouquidão;
–Administrar O2 conforme prescrição e, se necessário, 
preparar o material para intubação;
–Manter acessos venosos calibrosos e seguros;
–Atentar para sinais de confusão mental, cianose 
perilabial, agitação psicomotora, bem como sinais de 
instabilidade hemodinâmicas;
Queimaduras
➢Assistência de enfermagem:
–Remover roupas de formas delicada;
–Controlar a hipotermia;
–Determinar a extensão da lesão, o que ocasionou e profundidade;
–Realizar sondagem vesical nos pacientes graves e aqueles que 
tiverem lesão de genitais;
–Monitorar rigorosamente o balanço hídrico;
–Controlar a dor administrando medicações prescritas;
–Caso necessário, realizar sondagem gástrica;
– Informar ao paciente todos os procedimentos que serão 
realizados;
–Tratar a queimadura conforme protocolo do serviço;
–Realizar a profilaxia antitetânica;
–Oferecer apoio psicológico;
–Auxiliar no cuidado às feridas;
–Aferir SSVV.
Queimaduras
➢Complicações das queimaduras:
–Alterações no sistema respiratório:
–Alterações no sistema gastrointestinais;
–Lesão renal;
–Infecções locais podendo evoluir para septicemia;
–Sequelas funcionais e estéticas que prejudicam a 
autoestima do paciente;
–Choque.
	Slide 1: ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA 
	Slide 2
	Slide 3: QUEM SOU EU????
	Slide 4: MEUS CONTATOS NA WEB! 11 99024-8598
	Slide 5: DATAS IMPORTANTES
	Slide 6: DISCIPLINA:  ENF. EM EMERGÊNCIA
	Slide 7: ORIENTAÇÕES SOBRE O TRABALHO:
	Slide 8: AULAS PRÁTICAS SALA 06
	Slide 9: CONCEITOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
	Slide 10: Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) ou Hospitais
	Slide 11
	Slide 12: Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) ou Hospitais
	Slide 13: Triagem na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) ou Hospitais
	Slide 14: A Triagem numa Emergência segue algumas Premissas Importantes
	Slide 15: Estrutura Disponível
	Slide 16: Estrutura Disponível
	Slide 17: Estrutura Disponível
	Slide 18: Estrutura Disponível
	Slide 19: Instalações e Estrutura Física
	Slide 20: Instalações e Estrutura Física
	Slide 21: Instalações e Estrutura Física
	Slide 22: Instalações e Estrutura Física
	Slide 23: Instalações e Estrutura Física
	Slide 24: Instalações e Estrutura Física
	Slide 25: Instalações e Estrutura Física
	Slide 26: Instalações e Estrutura Física
	Slide 27: Instalações e Estrutura Física
	Slide 28: Sala de atendimento de emergência
	Slide 29: Sala de atendimento de emergência
	Slide 30: Sala de atendimento de emergência
	Slide 31: Considerações Finais
	Slide 32: Considerações Finais
	Slide 33: Apresentação sobre Enfermagem
	Slide 34: Apresentação sobre Enfermagem
	Slide 35: Apresentação sobre Enfermagem
	Slide 36: Apresentação sobre Enfermagem
	Slide 37: Apresentação sobre Enfermagem
	Slide 38: Apresentação sobre Enfermagem
	Slide 39: Apresentação sobre Enfermagem
	Slide 40: Bases Legais para o Exercício da Enfermagem
	Slide 41: Bases Legais para o Exercício da Enfermagem
	Slide 42: O Atendimento Pré-hospitalar
	Slide 43: O Atendimento Pré-hospitalar
	Slide 44: O Atendimento Pré-hospitalar
	Slide 45: O Atendimento Pré-hospitalar
	Slide 46: Técnico em enfermagem em emergência médica
	Slide 47: Técnico em enfermagem em emergência médica
	Slide 48: Os tipos veículos
	Slide 49: Os tipos veículos
	Slide 50: Os tipos veículos
	Slide 51: Os tipos veículos
	Slide 52: Sistema de Atenção Integral às Urgências
	Slide 53: Os Principais Casos de Atendimento em Enfermagem em Emergência
	Slide 54: Breve revisão anatômica
	Slide 55: Breve revisão anatômica
	Slide 56: Breve revisão anatômica
	Slide 57: Breve revisão anatômica
	Slide 58: Breve revisão anatômica
	Slide 59
	Slide 60: Febre
	Slide 61: Febre
	Slide 62: Febre
	Slide 63: Febre
	Slide 64: Hematúria
	Slide 65: Hematúria
	Slide 66: Dor Lombar
	Slide 67: Dor Lombar
	Slide 68: Dor Lombar
	Slide 69: Dor Lombar
	Slide 70: Dor Lombar
	Slide 71: Tratamento da dor lombar e mecanismo postural
	Slide 72: Tratamento da dor lombar e mecanismo postural
	Slide 73: Tratamento da dor lombar e mecanismo postural
	Slide 74: Tratamento da dor lombar e mecanismo postural
	Slide 75: Dor Abdominal
	Slide 76: Dor Abdominal
	Slide 77: Dor Abdominal
	Slide 78: Dor Abdominal
	Slide 79: Dor Abdominal
	Slide 80: Dor Abdominal
	Slide 81: Traumas
	Slide 82: Traumas
	Slide 83: Avaliação de hemorragia e sangramento
	Slide 84: Avaliação de hemorragia e sangramento
	Slide 85: Avaliação de hemorragia e sangramento
	Slide 86: Avaliação das vias aéreas com controle da região cervical
	Slide 87: Avaliação das vias aéreas com controle da região cervical
	Slide 88: Avaliação respiratória
	Slide 89: Avaliação respiratória
	Slide 90: Avaliação circulatória – sangramento e perfusão
	Slide 91: Avaliação neurológica (AVDI)
	Slide 92
	Slide 93: Avaliação neurológica (AVDI)
	Slide 94: Traumatismo Crânio-encefálico (TCE)
	Slide 95: Traumatismo Crânio-encefálico (TCE)
	Slide 96: Fraturas de crânio
	Slide 97: Fraturas de crânio
	Slide 98: Fraturas de crânio
	Slide 99: Fraturas de crânio
	Slide 100: Lesão cerebral
	Slide 101: Lesão cerebral
	Slide 102: Lesão cerebral
	Slide 103: Lesão cerebral
	Slide 104: Lesão penetrante
	Slide 105: Lesão penetrante
	Slide 106: Lesão penetrante
	Slide 107: Lesão penetrante
	Slide 108: Lesão penetrante
	Slide 109: Lesão penetrante
	Slide 110: Lesão penetrante
	Slide 111: Traumatismo Raquemedular (TRM)
	Slide 112: Traumatismo Raquemedular (TRM)
	Slide 113: Traumatismo Raquemedular (TRM)
	Slide 114: Traumatismo Raquemedular (TRM)
	Slide 115: Traumatismo Raquemedular (TRM)
	Slide 116: Traumatismo Raquemedular (TRM)
	Slide 117: Traumatismo Raquemedular (TRM)
	Slide 118: Traumatismo Raquemedular (TRM)
	Slide 119: Crise Convulsiva
	Slide 120: CriseConvulsiva
	Slide 121: Crise Convulsiva
	Slide 122: Crise Convulsiva
	Slide 123: Assistência de enfermagem
	Slide 124: Assistência de enfermagem
	Slide 125: Emergências Respiratórias
	Slide 126: Asma Brônquica
	Slide 127: Asma Brônquica
	Slide 128: Asma Brônquica
	Slide 129: Asma Brônquica
	Slide 130: Asma Brônquica
	Slide 131: Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)
	Slide 132: Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)
	Slide 133: Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)
	Slide 134: Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)
	Slide 135: Obstrução das Vias Aéreas
	Slide 136: Manobras manuais
	Slide 137: Manobras manuais
	Slide 138: Manobras manuais
	Slide 139: Manobras manuais
	Slide 140: Cânula orofaríngea
	Slide 141: Cânula orofaríngea
	Slide 142: Cânula nasofaríngea
	Slide 143: Cânula nasofaríngea
	Slide 144: Intubação traqueal
	Slide 145: Intubação traqueal
	Slide 146: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace)
	Slide 147: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace)
	Slide 148: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace)
	Slide 149: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace)
	Slide 150: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace)
	Slide 151: Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (Ovace)
	Slide 152: Edema Agudo do Pulmão (EAP)
	Slide 153: Edema Agudo do Pulmão (EAP)
	Slide 154: Edema Agudo do Pulmão (EAP)
	Slide 155: Edema Agudo do Pulmão (EAP)
	Slide 156: Edema Agudo do Pulmão (EAP)
	Slide 157: Edema Agudo do Pulmão (EAP)
	Slide 158: Emergências do Trauma – Trauma Torácico
	Slide 159: Emergências do Trauma – Trauma Torácico
	Slide 160: Fraturas de costelas
	Slide 161: Fraturas de costelas
	Slide 162: Tórax instável
	Slide 163: Tórax instável
	Slide 164: Tórax instável
	Slide 165: Contusão pulmonar
	Slide 166: Contusão pulmonar
	Slide 167: Pneumotórax
	Slide 168: Pneumotórax
	Slide 169: Pneumotórax
	Slide 170: Pneumotórax
	Slide 171: Pneumotórax
	Slide 172: Pneumotórax
	Slide 173: Hemotórax
	Slide 174: Hemotórax
	Slide 175: Hemotórax
	Slide 176: Hemotórax
	Slide 177: Contusão cardíaca
	Slide 178: Contusão cardíaca
	Slide 179: Tamponamento cardíaco
	Slide 180: Tamponamento cardíaco
	Slide 181: Tamponamento cardíaco
	Slide 182: Tamponamento cardíaco
	Slide 183: Emergências Cardiovasculares - Choque
	Slide 184: Emergências Cardiovasculares - Choque
	Slide 185: Choque hipovolêmico
	Slide 186: Choque hipovolêmico
	Slide 187: Choque cardiogênico
	Slide 188: Choque cardiogênico
	Slide 189: Choque séptico
	Slide 190: Choque anafilático
	Slide 191: Choque neurogênico
	Slide 192: Choque neurogênico
	Slide 193: Choque neurogênico
	Slide 194
	Slide 195: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 196: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 197: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 198: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 199: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 200: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 201: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 202: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 203: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 204: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 205: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 206: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 207: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 208: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 209: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 210: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 211: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 212: Parada cardiorrespiratória (PCR)
	Slide 213: Emergências Digestivas – Trauma abdominal
	Slide 214: Emergências Digestivas – Trauma abdominal
	Slide 215: Emergências Digestivas – Trauma abdominal
	Slide 216: Emergências Digestivas – Trauma abdominal
	Slide 217: Emergências Digestivas – Trauma abdominal
	Slide 218: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas
	Slide 219: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas
	Slide 220: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas
	Slide 221: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas
	Slide 222: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas
	Slide 223: Emergências Digestivas – Hemorragias digestivas
	Slide 224: Emergências do Sistema Tegumentar e Musculoesquelético
	Slide 225: Ferimentos
	Slide 226: Ferimentos
	Slide 227: Trauma musculoesquelético
	Slide 228: Hemorragias
	Slide 229: Hemorragias
	Slide 230: Hemorragias
	Slide 231: Instabilidade/fraturas e luxações
	Slide 232: Instabilidade/fraturas e luxações
	Slide 233: Instabilidade/fraturas e luxações
	Slide 234: Instabilidade/fraturas e luxações
	Slide 235: Instabilidade/fraturas e luxações
	Slide 236: Instabilidade/fraturas e luxações
	Slide 237: Instabilidade/fraturas e luxações
	Slide 238: Instabilidade/fraturas e luxações
	Slide 239: Luxações
	Slide 240: Luxações
	Slide 241: Luxações
	Slide 242: Entorse
	Slide 243: Entorse
	Slide 244: Entorse
	Slide 245: Amputação
	Slide 246: Amputação
	Slide 247: Contusão e Distensão
	Slide 248: Queimaduras
	Slide 249: Queimaduras
	Slide 250: Queimaduras
	Slide 251: Queimaduras
	Slide 252: Queimaduras
	Slide 253: Queimaduras
	Slide 254: Queimaduras
	Slide 255: Queimaduras
	Slide 256: Queimaduras
	Slide 257: Queimaduras
	Slide 258: Queimaduras
	Slide 259: Queimaduras
	Slide 260: Queimaduras
	Slide 261: Queimadurasé capaz de tomar a decisão e 
classificar o paciente de acordo com a gravidade e 
especialidade que deverá avaliá-lo. O processo para a 
tomada de decisão do enfermeiro deve seguir alguns 
critérios, conforme descrito a seguir:
–Durante a descrição da queixa do paciente, o enfermeiro deve 
utilizar o raciocínio clínico para registrar e tomar a decisão com 
segurança. Caso o paciente seja um mau informante, o enfermeiro 
deve tentar aprofundar a sua entrevista, em busca de uma história 
mais detalhada, considerando os dados subjetivos, a localização do 
problema, irradiação, intensidade, história pregressa dos sintomas 
e, também, dados objetivos, ou seja, observação da aparência 
física (coloração da pele, como cianose ou palidez, sudorese, etc.); 
Instalações e Estrutura Física
–Avaliação de sinais vitais e conhecimento de suas 
alterações relacionadas com a queixa do paciente.
–Avaliação e associação com outros aspectos, como: 
uso de medicamentos, problemas de saúde 
pregressos, antecedentes cirúrgicos (destacando os 
mais recentes), alegrias, vacinação (destacando o 
tétano para adultos com ferimento e vacinas da 
infância para todas as crianças).
Instalações e Estrutura Física
➢Desta forma, a triagem da UPA-Hospitais é realizada 
com o principal objetivo de classificar o paciente 
quanto à urgência, à especialidade médica que irá 
atendê-lo e ao local apropriado para este 
atendimento. 
➢A maioria dos serviços utiliza três categorias de 
tomada de decisão nas triagens:
–Emergência (vermelha), urgência (amarela e não urgência 
(verde), mais alguns serviços utilizam um sistema de 
classificação de cinco níveis, também empregado na 
Austrália, Canadá e Reino Unido, que permite uma avaliação 
mais confiável e uma classificação mais detalhada das 
diversas complexidades.
Instalações e Estrutura Física
➢Classificação de risco de Manchester
Instalações e Estrutura Física
➢A UPA-Hospital utiliza o sistema de três 
categorias de classificação de tomada de 
decisão, identificadas pelas cores vermelho, 
amarelo e verde, correspondentes aos níveis 
1, 2 e 3, respectivamente. 
➢Em relação às especialidades médicas 
disponíveis na UPA-Hospital, o paciente 
poderá ser encaminhado para um clínico, 
cirurgião, pediatra, ortopedista, neurologista, 
cardiologista ou ginecologista. 
Instalações e Estrutura Física
➢A classificação de urgência estabelecida pelo 
enfermeiro, assim como a especialidade médica 
indicada são determinadas de acordo com protocolos 
de atendimento multiprofissionais, médico e equipe 
de enfermagem, instituídos na UPA a partir de 2004. 
➢Estes protocolos auxiliam o enfermeiro na tomada de 
decisão, pois se apresentam em forma de fluxograma, 
divididos por queixas mais comuns (sinais e sintomas), 
destino do paciente (sala de emergência, consultório 
ou observação), especialidade médica indicada e 
intervenções de enfermagem imediata 
(eletrocardiograma, monitorização do paciente, 
oxigenoterapia, glicemia capilar).
Instalações e Estrutura Física
➢Além das especialidades 
médicas de plantão na UPA-
Hospital, o enfermeiro 
também pode triar o paciente 
para otorrinolaringologista e 
oftalmologista, que ficam à 
distância (retaguarda) da 
Unidade de Primeiro 
Atendimento, seguindo um 
protocolo de tomada de 
decisão aprovado pelos 
representantes da equipe 
multiprofissional e 
coordenação da UPA-Hospital.
Sala de atendimento de emergência
➢O serviço de emergência devido sua diversidade de 
situações exige alguns recursos materiais dispostos de 
forma ordenada e de fácil acesso. A estrutura da unidade 
de emergência deve ocupar o andar térreo. 
➢O planejamento físico da unidade tem alguns propósitos 
básicos que são: a criação de espaços para abrigar 
equipamentos e permitir livre circulação da equipe de 
trabalho; a eficácia nos atendimentos, através de recursos; 
a redução de ações improvisadas; a assistência será mais 
completa se aliada a recursos materiais e ambiente físico 
adequados; atendimento com segurança, eficácia no uso 
do pessoal e equipamento, que a unidade pode 
desenvolver. Todos os equipamentos devem estar em 
boas condições de uso e devem ser testados regularmente.
Sala de atendimento de emergência
➢Materiais necessários:
–Fontes de oxigênio e de ar comprimido;
–Fontes de vácuo para aspiração;
–Foco auxiliar;
–Drenos torácicos (diversos tamanhos);
–Prancha rígida longa;
–Colar cervical (diversos tamanhos);
–Materiais esterilizados para procedimentos 
cirúrgicos de urgência (luvas, campos e aventais);
–Esfignomanômetro e estetoscópio;
Sala de atendimento de emergência
➢Materiais necessários:
–Carro de emergência com monitor cardíaco, oxímetro de 
pulso, desfibrilador (cardiovesor), sondas de aspiração, 
sondas vesicais e gástricas de diversos tamanhos, jelcos 
e escalpes de diversos calibres, lâminas de bisturi e fios 
de sutura. Além de gavetas para medicações específicas 
de emergência;
–Cânula de Guedel e pinça de Magill;
–Reanimador (Ambul), lâminas curvas e retas de diversos 
tamanhos e laringoscópio para intubação traqueal;
–Materiais para proteção individual, como luvas gorros e 
máscaras descartáveis.
Considerações Finais
➢O enfermeiro que realiza triagem deve conhecer 
as técnicas para entrevistar o paciente, ter 
conhecimento técnico-cientifico para fazer uma 
boa avaliação e, sobretudo, deve entender o seu 
papel profissional capacitado para exercer esta 
função.
➢Embora as avaliações e tomada de decisão sejam 
guiadas por protocolos institucionais, o 
enfermeiro também deve levar em consideração 
sua instituição/experiência e não se limitar a 
processos que mecanizem o seu saber.
Considerações Finais
➢Atualmente, a UPA-Hospital utiliza a triagem de 
pacientes de três níveis (vermelho, amarelo e 
verde). Entretanto, a equipe de enfermagem, em 
parceria com a equipe médica, prevê a 
implantação de triagem de quatro ou cinco 
níveis, necessidade sentida em função do 
aumento da demanda de pacientes, sobretudo 
daqueles com queixas menos urgentes e que 
aguardam o mesmo tempo de atendimento 
daqueles com queixas mais agudas.
Apresentação sobre Enfermagem
➢A enfermagem possui um papel primordial em situações de 
emergência, porém, para que o profissional exerça a sua função, é 
necessário conhecimentos técnico e prático, associados ao 
embasamento teórico, além de equilíbrio emocional para lidar 
com as diversas situações que lhe são propostas.
➢A tomada de decisão de forma eficaz, implica na redução de riscos 
para o nosso cliente. Em emergência, muitas vidas são alvas com 
medidas práticas, rápidas e relativamente fáceis, se executadas de 
forma ordenada. O trabalho em equipe deve ser feito de uma 
forma sistemática, na qual cada membro conhece exatamente a 
sua função e interage com os outros em busca de um objetivo 
comum: salvar vidas.
Apresentação sobre Enfermagem
➢Enfermagem em Emergência
–Há algum tempo, os profissionais que trabalhavam em 
emergências ou em intervenções pré-hospitalares na 
recebiam quase nenhum treinamento, ou seja, não 
possuíam especialização suficiente para lidar com 
determinadas situações. 
–Somente com o passar dos anos, na década de 1980, 
essa realidade foi se modificando e se observou que era 
cada vez mais necessário que houvesse profissionais 
capacitados para atuar nesses serviços, com o objetivo 
de melhoria na qualidade do atendimento ao paciente.
Apresentação sobre Enfermagem
➢Conceitos básicos em enfermagem em 
emergência:
–Emergência:
•Uma situação de emergência é aquela caracterizada como: 
de gravidade excepcional, que obriga a tomar providências; 
acontecimento inesperado; incidente; ato de emergir; 
aparecimento; nascimento; surgimento; ocorrência 
perigosa; situação crítica ou necessidade imediata.
Apresentação sobre Enfermagem
➢Conceitos básicos em enfermagem em 
emergência:
–Atendimento de emergência:
•Denomina-se atendimento de emergência o conjunto de 
ações empregadas para a recuperação de pacientes, cujos 
agravos à saúde necessitamde assistência imediata, por 
apresentarem risco de vida, uma vez que põem em risco 
determinadas funções vitais que, com o passar do tempo, 
diminuem sua chance de eventual recuperação.
Apresentação sobre Enfermagem
➢Conceitos básicos em enfermagem em 
emergência:
–Urgência:
•A urgência se caracteriza enquanto pressa, rapidez, 
brevidade ou necessidade imediata. O atendimento de 
urgência são ações destinadas à recuperação dos pacientes 
em condições agudas, mas não há perigo iminente de 
falência de quaisquer de suas funções vitais. As condições 
urgentes são graves, mas geralmente não perigosas, se o 
suporte médico e o tratamento tiverem uma pequena 
demora. O tratamento deve ter início num período entre 20 
minutos e 2 horas.
Apresentação sobre Enfermagem
➢Conceitos básicos em enfermagem em emergência:
–Pronto atendimento:
•São os estabelecimentos de saúde que prestam assistência a doentes, 
com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de 
atendimento imediato, mas que funciona durante 24h e dispõe de 
leitos de observação. Todos os pacientes que procuram atenção médica 
devem ser atendidos. No entanto, a função de pronto-socorro é 
priorizar o atendimento de urgência e emergência.
•A organização dos serviços de emergência é complexa e está ligada ao 
fato de que a assistência ao paciente deve ocorrer no menor tempo 
possível, ser organizada, que possa garantir a prestação de cuidados 
contínuos e coerentes com as suas necessidades. A recusa na prestação 
de socorro é crime e o profissional pode sofrer as sanções previstas em 
lei.
Apresentação sobre Enfermagem
➢Conceitos básicos em enfermagem em 
emergência:
–Abandono:
•O artigo 133 do código Penal Brasileiro diz que:
»Abandonar a pessoa que está sob o seu cuidado, guarda, vigilância 
ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos 
riscos resultantes do abandono. Pena: Detenção, de seis meses a 
três anos.
»§ 1º. Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: 
Reclusão, se um a cinco anos.
»§2º. Resulta-se morte: Reclusão, de quatro a doze anos.
Bases Legais para o Exercício da Enfermagem
➢O profissional técnico de enfermagem desenvolve 
suas atividades com competência, responsabilidade e 
qualidade, garantindo uma assistência livre de danos 
causados por imperícia, imprudência e negligência 
(RESOLUÇÃO 311/07, ART.12).
➢Deverá prestar assistência a pacientes graves, porém, 
sempre com a supervisão do enfermeiro, o qual 
deverá garantir uma prática segura, aliada ao 
conhecimento científico do qual é portador. Com o 
crescimento do polo hospitalar em nosso país, é 
perceptível a formação de profissionais cada vez mais 
habilitado para exercer a sua função de forma 
compatível com a demanda hospitalar.
Bases Legais para o Exercício da Enfermagem
➢Legislação para urgência e emergência:
Portaria Assunto
GM/MS 2923
Cria o Programa de Apoio à Implantação dos Sistemas 
Estaduais de Referência Hospitalar para atendimento de 
urgência e emergência.
GM/MS 479
Estabelece os critérios para o credenciamento dos 
hospitais em urgência e emergência nos níveis I, II e III.
GM/MS 905
Estabelece a criacao da Comissão Intra-hospitalar de 
Transplante.
GM/MS 2048
Aprova o regulamento técnico dos sistemas estaduais de 
urgência e emergência.
GM/MS 1839
Exclui o recebimento do Índice de Valorização Hospitalar 
de Emergência IVH-E para os hospitais que não 
cumprirem os critérios.
O Atendimento Pré-hospitalar
➢Portaria no 2.048 de 2002 prevê a estruturação 
dos Sistemas Estaduais de Urgências e 
Emergências envolvendo toda a rede assistencial 
de forma regionalizada e hierarquizada, desde a 
rede pré-hospitalar fixa (unidades da atenção 
primária da saúde e unidades não hospitalares 
de atendimento às urgências e emergências), 
Serviço de Atendimento Pré-hospitalar (SvAPH) 
móvel, até a rede hospitalar de alta 
complexidade, mediados pelo mecanismo de 
Regulação Médica. 
O Atendimento Pré-hospitalar
➢O Sistema de Atenção Integral às Urgências 
compreende:
–1) Pré-hospitalar Fixo: Unidades Básicas de Saúde, Unidades 
de Saúde da Família e Agentes Comunitários, Ambulatórios 
Especializados Serviço de Diagnóstico e Terapia, Serviços de 
Atendimento às Urgências não hospitalares (PS, Pronto 
Atendimento).
–2) Pré-hospitalar Móvel, Sistema de Atenção Integral às 
Urgências.
–3) Hospitalar: Prontos Socorros das unidades hospitalares, 
Leitos de internação: gerais terapia intensiva especializados 
longa permanência.
–4) Pós-hospitalar: Atenção domiciliar (assistência e 
internação domiciliar) Reabilitação.
O Atendimento Pré-hospitalar
➢Atendimento pré-hospitalar (APH) é o atendimento 
emergencial em ambiente extra-hospitalar (fora do 
hospital). É um dos elos da cadeia de atendimento a 
vítimas. Caracteriza-se por ser realizado fora do 
ambiente tradicional da atenção à saúde.
➢No Brasil, o Atendimento Pré-hospitalar tem suas 
diretrizes fixadas pela Portaria ministerial 814/GM de 
1° de junho de 2001, que, entre outras coisas, 
Normatiza os Serviços de Atendimento Pré-hospitalar 
Móvel de Urgências. Nesta portaria também estão 
contidos todos os equipamento e profissionais 
necessários para o bom funcionamento do serviço de 
atendimento pré-hospitalar.
O Atendimento Pré-hospitalar
➢Ainda de acordo com essa portaria, o Ministério da 
Saúde considera como nível pré-hospitalar móvel na 
área de urgência o atendimento que procura chegar 
precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à 
sua saúde (de natureza traumática ou não, ou, ainda, 
psiquiátrica), que possa levar ao sofrimento, sequelas 
ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, 
prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado a 
um serviço de saúde devidamente hierarquizado e 
integrado ao Sistema Único de Saúde. 
➢Os profissionais necessários são: médico, enfermeiros, 
técnicos de enfermagem, telefonistas, condutores, 
radio-operador, bombeiros militares e profissionais 
responsáveis pela segurança.
Técnico em enfermagem em 
emergência médica
➢Profissional titular do certificado ou diploma de 
Técnico de Enfermagem, devidamente registrado no 
Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. 
Exerce atividades auxiliares, de nível técnico, sendo 
habilitado para o Atendimento Pré-hospitalar Móvel, 
integrando sua equipe, conforme os termos desta 
Portaria. 
➢Além da intervenção conservadora no atendimento do 
paciente, é habilitado a realizar procedimentos a ele 
delegados, sob supervisão do profissional Enfermeiro, 
dentro do âmbito de sua qualificação profissional 
(PORTARIA GM 814/01).
Técnico em enfermagem em 
emergência médica
➢O perfil desejado para este profissional é observado a 
seguir.
–Maior de dezoito anos;
–Disposição pessoal para a atividade;
–Capacidade física e mental para a atividade;
–Equilíbrio emocional e autocontrole;
–Disposição para cumprir ações orientadas;
–Disponibilidade para (re)certificação periódica;
–Experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado 
ao atendimento de urgências e emergências;
–Capacidade de trabalhar em equipe; e,
–Escolaridade: Ensino Médio Completo e curso regular de 
técnico de enfermagem.
Os tipos veículos
➢As ambulâncias são classificadas por tipo:
–Tipo A: ambulância de transporte: veículo destinado ao 
transporte em decúbito horizontal de pacientes que não 
apresentam risco de vida, para remoções simples, de 
caráter eletivo.
–Tipo B – ambulância de suporte básico: veículo 
destinado ao transporte inter-hospitalar de pacientes 
com risco de vida conhecido e ao atendimento pré-
hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, 
não classificado com potencial de necessitar de 
intervenção médica no local e/ou durante transporte até 
o serviço se destino. Quando utilizado no atendimento 
pré-hospitalar de vítimas e acidentes, deverá conter 
todos os materiais e equipamentos necessários à 
imobilização de pacientes.
Os tipos veículos
➢As ambulâncias são classificadas por tipo:
–Tipo C – Ambulância de resgate: veículo deatendimento de 
emergências pré-hospitalares de pacientes vítimas de 
acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, com 
equipamentos específicos de imobilização e suporte básico, 
além de equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e 
em alturas). Essas ambulâncias mistas deverão ter uma 
configuração que garanta um salão de atendimento às 
vítimas de, no mínimo, 8m, além do compartimento isolado 
para a guarda de equipamentos de salvamento.
–Tipo D – Ambulância de suporte avançado: veículo destinado 
ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em 
emergência pré-hospitalares e/ou de transporte inter-
hospitalar, que necessitam de cuidados médicos intensivos. 
Deve contar com os equipamentos médicos necessários para 
esta função.
Os tipos veículos
➢As ambulâncias são classificadas por tipo:
–Tipo E – Aeronave de transporte médico: aeronave de asa 
fixa ou rotativa, utilizada para transporte inter-hospitalar de 
pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate, 
dotada de equipamentos médicos homologados pelo 
Departamento de Aviação Civil (DAC).
–Tipo F – Nave de transporte médico: veículo motorizado 
hidroviário, destinado ao transporte por via marítima ou 
fluvial. Deve possuir os equipamentos médicos necessários 
ao atendimento de pacientes, conforme a sua gravidade.
–Veículos de intervenção rápida: apoio rápido. Também 
chamados de veículos leves, veículos rápidos ou veículos de 
ligação médica. São indicados para transporte de médicos 
com equipamentos que possibilitam oferecer suporte 
avançado de vida nas ambulâncias do Tipo A, B, C.
Os tipos veículos
Aeronave de transporte médico
Motolância
Ambulancha
Ambulância
Sistema de Atenção Integral 
às Urgências
➢O Sistema de Atenção Integral às Urgências 
compreende o pré-hospitalar fixo e o pré-hospitalar 
móvel. O primeiro diz respeito às Unidades Básicas de 
Saúde, Unidade da Família e Agentes Comunitários, 
ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico e 
terapia, serviços de atendimento às urgências não 
hospitalares (OS, Pronto Atendimento), enquanto que 
o segundo se refere aos prontos socorros das unidades 
hospitalares, leitos de internação: terapia intensiva 
especializada de longa permanência, no que diz 
respeito ao atendimento hospitalar, e atenção 
domiciliar (assistência e internação domiciliar) e 
reabilitação, no que diz respeito ao atendimento pré-
hospitalar.
Os Principais Casos de Atendimento em 
Enfermagem em Emergência
➢Serão observados a seguir os principais casos 
de entrada de pacientes em unidades de 
atendimento de emergência. Em primeiro 
lugar, é importante que o profissional de 
enfermagem conheça a anatomia do corpo 
humano.
Breve revisão anatômica
➢A enfermagem deve conhecer minuciosamente a 
anatomia do corpo humano, bem como as 
alterações funcionais que este pode apresentar, 
para que se possa descrever, ou seja, registrar, de 
forma clara e precisa, qualquer tipo de 
anormalidade envolvendo o corpo. 
➢Sem um bom domínio da estrutura dos ossos e 
dos músculos, por exemplo, não será possível 
relacionar o mecanismo do trauma com as lesões 
que o paciente poderá apresentar, sejam elas 
aparentes ou internas. 
Breve revisão anatômica
Esquema esquelético
Breve revisão anatômica
Sistema muscular
Breve revisão anatômica
➢Quadrante abdominal:
–Os músculos, além de contribuírem para a forma externa, 
representam a parte ativa do aparelho locomotor, fazendo a 
ligação do sistema nervoso com os ossos.
Breve revisão anatômica
➢A pele é o maior órgão do corpo. 
É formada por três camadas: epiderme, derme e 
hipoderme, da mais externa para a mais profunda, 
respectivamente.
Febre
➢A febre é definida pela elevação da temperatura corporal 
acima da variação fisiológica circadiana. A temperatura 
oral varia de 37,2 oC (±0,4 oC) pela manhã a 37,7 oC (±0,4 
oC) à tarde. 
➢A temperatura axilar, em geral, é 0,5 oC inferior aos valores 
acima. Portanto, uma elevação da temperatura axilar 
acima de 37,7 oC pode ser considerada patológica.
➢Febre é um sintoma muito comum na unidade de primeiro 
atendimento, que deve ser avaliado dentro de um leque 
de diagnósticos diferenciais.
➢A doença decorrente de febre pode ser autolimitada ou 
incutir risco à vida ou morbidade incluindo a internação 
em unidade de terapia intensiva ou internação 
prolongada.
Febre
➢ Conforme López e Laurentys (2004) a maioria dos episódios de 
febre está relacionado às infecções e destas, a maior parte é 
representada pelas infecções virais. Os fatores de risco na 
investigação da febre são: 
–Retorno de viagem para zona endêmica de malária ou de doenças 
infecciosas; 
– Infecção prévia pelo vírus HIV; 
–Transplante de órgão; 
–Quimioterapia ou radioterapia prévia nas últimas seis semanas; 
–Esplenectomia; 
–Uso de corticosteroides, drogas imunossupressoras, alcoolismo ou uso de 
drogas ilícitas intravenosas; 
–Neoplasia, cardiopatia ou pneumopatia com comprometimento 
funcional, insuficiência renal e diabetes mellitus; 
–Uso recente de antibióticos; 
–Tremores, icterícia, vômitos, rash cutâneo, alteração do estado mental e 
sinais neurológicos focais novos.
Febre
➢O controle de temperatura é regulado pelo 
hipotálamo, a vasoconstrição produz sensação 
de frio nas mãos e nos pés, há desvio do fluxo 
sanguíneo para os órgãos internos que elevam a 
temperatura em 1 a 2 graus. 
➢Uma vez que a temperatura alvo é atingida, o 
hipotálamo a mantém no estado febril, e quando 
o limiar térmico volta ao normal, há perda de 
calor por vasodilatação, sudorese e transpiração
Febre
➢Do ponto de vista bioquímico, a febre é 
resultado da secreção de citocinas pirogênicas 
(TNF-alfa, Interleucinas -1 e -6). 
➢Outras condições em que há ativação da 
resposta inflamatória, como trauma e doenças 
inflamatórias, também induzem a secreção de 
citocinas, que induzem o hipotálamo a elevar o 
“set point” da temperatura. 
➢As citocinas estimulam e síntese de 
prostaglandina E2 (PGE2) pelas células 
endoteliais, macrófagos e nos neurônios.
Hematúria
➢Hematúria é a eliminação de hemácias na 
urina. 
➢Pode ser macroscópica quando vista a olho 
nu ou microscópica quando só é percebida ao 
exame microscópico do sedimento urinário 
(urina tipo I). 
➢Nas diferentes faixas etárias, as etiologias de 
hematúria variam em natureza e prevalência.
Hematúria
➢Hematúria alta ou glomerular:
–É lesão da arquitetura dos capilares glomerulares, 
que leva à hiperfiltração de hemácias que se 
deformam ao passar pela parede dos vasos, dando 
origem a um sedimento urinário com dimorfismo 
eritrocitário e cilindros hemáticos. 
➢Hematúria baixa ou não glomerular:
–É observada quando as hemácias do sedimento 
urinário provêm de via urinária, não havendo 
distorção da sua forma. Não há dimorfismo nem 
cilindros hemáticos.
Dor Lombar
➢A dor lombar promove morbidade e 
incapacidade, estando entre os distúrbios 
dolorosos que acometem o homem, com 
incidência apenas menor que a cefaleia. Para 
o diagnóstico da dor lombar, a história tem 
um caráter fundamental.
Dor Lombar
➢Os seguintes itens da anamnese devem ser 
questionados:
–Na hérnia discal e nas lombalgias inflamatórias: a dor 
pode ocorrer pela manhã;
–Na estenose degenerativa do canal vertebral: a dor piora 
no decorrer do dia;
–No osteoma osteoide: a dor piora no final da tarde, após 
a jornada de trabalho;
–Na lombalgia mecânico-degenerativa: a dor piora no 
final da tarde, após a jornada de trabalho;
–Nas espondiloartropatias: a dor é material, melhorando 
ao longo do dia.
Dor Lombar
➢Exame físico:
–Durante o exame físico, são observados:
–Flexão e extensão da coluna lombar;
–Manobra de Valsava;
–Manobra de Lasègue;
–Manobra de Romberg;
–Sinal das Pontas;
–Pesquisa de Reflexos;
–Pesquisa de força muscular nos membros inferiores;
–Sinais relacionados à dor lombar de causa 
psicossomática.
Dor Lombar
➢O diagnóstico diferenciado, observando-se os 
sinais de alerta de afecções graves, ocorre diante 
dos seguintescasos:
–Tumor maligno ou infecção;
–Fratura;
–Síndrome da cauda equina;
–Úlcera péptica perfurada;
–Pancreatite;
–Colite e Proctite;
–Distúrbio Gênito-urinário;
–Problemas na aorta.
Dor Lombar
➢Devem ser observados os seguintes exames 
complementares:
–Radiologia simples;
–Tomografia computadorizada;
–Ressonância magnética;
–Mielografia dinâmica;
–Mielotomografia computadorizada;
–Discografia;
–Cintilografia óssea;
–Eletroneuromiografia.
Tratamento da dor lombar e 
mecanismo postural
➢No tratamento da dor lombar, é contraindicado, 
porém, o repouso relativo de 2 a 4 dias, com 
orientação postural, melhora o conforto do 
paciente. O mesmo deve ser posicionado em 
decúbito dorsal, com os joelhos fletidos em 90 
graus, bem como os quadris. 
➢Alguns pacientes preferem o decúbito lateral, 
com um travesseiro entre as coxas. A extensão 
dos quadris e das pernas (reproduzindo a 
manobra de Lasègue) agrava os sintomas, 
principalmente nas lombociatalgias.
Tratamento da dor lombar e 
mecanismo postural
➢Alguns medicamentos podem ser úteis para o 
tratamento da lombalgia e lombociatalgia, 
podendo ser ministrados analgésicos comuns, 
anti-inflamatórios não hormonais, relaxantes 
musculares e antidepressivos tricíclicos. 
➢As drogas devem ser prescritas por médico e 
utilizadas por curto período de tempo, com 
monitoração dos efeitos colaterais. 
Tratamento da dor lombar e 
mecanismo postural
➢Recomendam-se:
–Analgésicos comuns (não narcóticos);
–Anti-inflamatórios não hormonais (AINH);
–Relaxantes musculares;
–Analgésicos narcóticos;
–Corticosteroides;
–Infiltração de corticosteroide no espaço peridural;
–Infiltração de corticosteroide perirradicular 
(foraminal).
Tratamento da dor lombar e 
mecanismo postural
➢Cirurgia:
–O tratamento cirúrgico é realizado com base no 
diagnóstico clínico e nos exames por imagens. Cada 
vez mais, tal procedimento é indicado com menor 
frequência, e a única indicação emergencial 
corresponde à Síndrome da Compressão da cauda 
equina.
Dor Abdominal
➢A dor abdominal aguda é comumente 
definida como dor com menos de uma 
semana de duração. Já o termo “abdome 
agudo” se refere a um distúrbio agudo, 
súbito, espontâneo, cuja principal 
manifestação é a dor abdominal e que 
frequentemente necessita de uma cirurgia de 
urgência.
Dor Abdominal
➢Devemos ter em mente que, nesses casos, mais 
importante que um diagnóstico apurado é a 
conduta correta, que deve ser rapidamente 
estabelecida com o tratamento dos 
desequilíbrios hemodinâmicos e 
hidroeletrolíticos e a cirurgia imediata. 
➢Na maioria das vezes, existe tempo para se 
estabelecer uma história, um exame físico e 
organizar as investigações que irão ajudar no 
diagnóstico e planejamento terapêutico.
Dor Abdominal
➢Epidemiologia:
–A dor abdominal é uma das principais causas de admissões 
nos Departamentos de Emergências. A taxa de admissão por 
dor abdominal varia de 18 a 42%, sendo de até 63% e 
pacientes com mais de 65 anos. Em até 40% dos casos, não 
se consegue chegar ao diagnóstico etiológico.
➢Fisiopatologia:
–A dor abdominal é classicamente dividida em três categorias: 
visceral, parietal é referida. Em geral, a dor visceral 
(autonômica) e parietal (somática) são consideradas as duas 
causas básicas de dor abdominal. A dor referida pode ser 
considerada separadamente como má interpretação cortical 
de um estímulo aferente visceral ou parietal.
Dor Abdominal
➢Dor visceral:
–É geralmente causada por estiramento de fibras 
aferentes C, que inervam a parede das vísceras e as 
cápsulas que envolvem os órgãos parenquimatosos. 
Ocorre por distensão, inflamação ou isquemia, que 
estimula os neurônios receptores, ou por envolvimento 
direto da inervação sensorial.
–Por exemplo: o estímulo das fibras viscerais na parede 
do apêndice entra na medula ao nível de T10. Quando 
ocorre a distensão do apêndice, na fase inicial, a dor é 
percebida na cicatriz umbilical, que corresponde ao 
dermátomo cutâneo de T10.
Dor Abdominal
➢Dor parietal:
–É medida pelas fibras nervosas Delta C e A, senso esta 
última a responsável pela transmissão da dor mais 
aguda, intensa e localizada. A dor é causada por 
irritação (pus, bile, urina e outras secreções) das fibras 
que inervam o peritônio parietal, que cobre a porção 
anterior da parede abdominal. 
–Sua distribuição cutânea corresponde às fibras de T6 -
L1. A dor parietal é localizada porque as fibras aferentes 
somáticas são dirigidas a apenas um dos sistema 
nervoso. A dor abdominal parietal costuma ser descrita 
em um dos quadrantes ou na região epigástrica ou 
central.
Dor Abdominal
➢Dor referida:
–A dor referida é aquela sentida num local distante do órgãos 
primariamente acometidos. Caracterizada por produzir sintomas, e 
não sinais, a dor referida costuma ser ipsilateral ao órgão 
envolvido. Assim como na dor visceral, o padrão de dor referida 
também se baseia no desenvolvimento embriológico. 
–O ureter e os testículos, por exemplo, são anatomicamente 
contíguos e, desta maneira, dividem a mesma inervação 
segmentar. Assim, a obstrução uretral aguda é frequentemente 
associada com a dor testicular.
➢Observação:
–A localização da dor serve como guia ao diagnóstico, porém 
devemos lembrar que o quadro clássico ocorre com apenas 2/2 
dos casos. A grande variabilidade é dada pelos padrões de dor 
atípica, evolução da patologia e o estado imunológico do paciente.
Traumas
➢No que diz respeito à avaliação e ao atendimento 
inicial ao politraumatizado, o grande objetivo em 
emergência é identificar aquelas situações que 
representam risco imediato à vida. O atendimento é 
multidisciplinar, visando salvar vidas, não agravar 
lesões e do restabelecimento das funções 
comprometidas. 
➢O protocolo de atendimento a vítimas neste caso foi 
estabelecido pelo Colégio Americano de Cirurgiões, e 
tem como objetivo atender de forma sistemática e 
com identificação e acesso rápido as lesões e 
tratamento adequado ao paciente politraumatizado.
Traumas
➢O politraumatismo é um termo utilizado quando há 
mais de uma lesão no corpo. É o resultado de grandes 
acidentes, casos nos quais a vítima poderá apresentar 
lesões de diversos tipos, como: óssea, musculares 
dérmica, viscerais, vasculares e lesões em órgãos 
internos.
➢A avaliação inicial compreende: 
–a) avaliação das vias aéreas + imobilização da região cervical;
–b) avaliação respiratória;
–c) avaliação circulatória;
–d) avaliação neurológica (Alerta, voz, dor, inconsciência- 
AVDI); e
–e) exposição.
Avaliação de hemorragia e sangramento
➢O tratamento inicial do choque hemorrágico 
é direcionado no sentido de restabelecer a 
perfusão celular e orgânica com sangue 
adequadamente oxigenado. 
➢Os objetivos do tratamento são o controle da 
hemorragia e o restabelecimento do volume 
circulante adequado. No tratamento do 
choque hemorrágico, os vasopressores são 
contraindicados porque eles pioram a 
perfusão tecidual. 
Avaliação de hemorragia e sangramento
➢Para avaliar a resposta ao tratamento e 
reconhecer, tão logo quanto possível, o 
agravamento no estado hemodinâmico do 
doente, é necessário monitorar com 
frequência os índices de perfusão. 
➢A reavaliação ajudará a identificar os doentes 
em choque compensado ou aqueles que são 
incapazes de montar uma resposta 
compensatória antes do colapso 
cardiovascular. 
Avaliação de hemorragia e sangramento
➢Tipos de hemorragia
Avaliação das vias aéreas com 
controle da região cervical
➢A avaliação deve proceder, em primeiro lugar, 
com a permeabilidade de vias aéreas, seus 
sinais de obstrução por corpos estranhos, 
sangue, secreções, dentes, próteses, ossos, 
etc., fraturas faciais e fraturas mandibulares. 
Realizam-se manobras para estabelecer a 
permeabilidade das vias aéreas, tais como 
proteção da coluna cervical.
Avaliação das vias aéreas com 
controle da região cervical
➢Manobra de Thrust:
–Nesta manobra, é importante procurar não hiperestender, hiperfletir ou 
rodar a cabeça. Deve-se suspeitarde trauma cervical em todos os 
pacientes que demonstrem rebaixamento do nível de consciência e 
traumas acima da clavícula. Utiliza-se a manobra de deslocamento 
anterior da mandíbula (Jaw Thrust), apoiando-se a mandíbula de cada 
lado no ângulo. A mesma é deslocada para a frente, desobstruindo a 
hipofaringe.
Avaliação respiratória
➢Assim como em qualquer atendimento de 
emergência, a prioridade é garantir 
oxigenação para os tecidos do corpo e, 
principalmente, para o cérebro. É muito 
importante avaliar o quadro respiratório do 
paciente, pois as vias aéreas pérvias somente 
não garantem ventilação adequada. 
Avaliação respiratória
➢Utiliza-se a sigla VOS:
–Ver:
•Agitação, torpor;
•Cianose, tiragem intercostal;
•Uso da musculatura acessória.
–Ouvir:
•Ruídos aéreos anormais;
•Respiração ruidosa (significa obstrução).
–Sentir:
•Movimento do ar durante o esforço respiratório.
Avaliação circulatória – 
sangramento e perfusão
➢As grandes perdas sanguíneos são umas das causas 
mais frequentes de morte em pacientes 
politraumatizados, pois evoluem com choque 
hipovolêmico. As hemorragias externas devem ser 
tratadas com curativos compressivos, cujo controle 
deve ser realizado nesta etapa, porque se o 
sangramento não for controlado, o potencial de morte 
aumenta muito. 
➢A reposição volêmica deve ser realizada com acesso 
venoso de grosso calibre e soluções de cristaloides de 
1500 – 2000 ml. Os pacientes com hipovolemia podem 
apresentar alterações de nível de consciência e 
alterações de pulso.
Avaliação neurológica (AVDI)
➢Corrigindo-se todos os problemas elencados nos 
tópicos anteriores, segue-se para a avaliação 
neurológica, no qual se avalia o nível de consciência. 
➢A avaliação rápida neurológica compreende a sigla 
AVDI:
–A – alerta.
–V – resposta ao estímulo verbal.
–D – só responde à dor.
–I – inconsciente.
➢É importante que seja utilizada a escala de coma de 
Glasgow quando há rebaixamento de nível de 
consciência e se o paciente apresentar TCE.
•Entre 13 e 15 – LEVE;
•Entre 9 e 12 – MODERADA;
•Entre 3 e 8 – GRAVE;
•Menor que 3 – COMA;
Escala de Glasgow
Avaliação neurológica (AVDI)
➢Exposição:
–Neste item, se observam a exposição e avaliação 
cefalocaudal da vítima. A roupa da vítima deve ser 
removida à procura de lesões. Não se deve se 
esquecer do dorso, tomando cuidado com a coluna 
cervical. A vítima deve ser protegida com cobertores 
para o controle de hipotermia. A regra geral é 
remover o tanto de roupa necessária para 
determinar a ausência ou presença de lesões.
Traumatismo Crânio-encefálico (TCE)
➢Trata-se de uma ferida ou lesão, intencional ou 
não, infligida ao crânio por um mecanismo 
contra o qual este não pode se proteger. É 
também denominado Traumatismo craniano. É a 
principal causa de morte entre jovens, sendo as 
mais frequentes: acidentes automobilísticos, 
quedas e agressões. 
➢Os grupos em mais alto risco de lesão cerebral 
traumática são as pessoas com idade entre 15 e 
24 anos e os indivíduos de sexo masculino.
Traumatismo Crânio-encefálico (TCE)
➢As lesões de couro cabeludo são observadas 
em casos de arranhões, cortes, hematomas e 
escalpelamentos:
Fraturas de crânio
➢As fraturas de crânio são comuns, mas nem sempre 
são associadas à lesão cerebral, ou seja, pode ocorrer 
a fratura do crânio sem que nenhuma estrutura 
cerebral seja lesionada. As fraturas podem ser 
classificadas como simples, cominutivas, deprimidas 
ou basilares. Uma fratura simples (linear) é uma 
solução na continuidade do osso. 
➢Uma fratura de crânio cominutiva designa uma linha 
de fratura múltipla ou com estilhaços. Quando há 
fragmentos ósseos incrustados do tecido cerebral, a 
fratura é deprimida. São sinônimos de TCE grave e 
exigem observação rigorosa.
Fraturas de crânio
➢Um quadro muito preocupante é a fratura de base 
de crânio que não permite a visualização do dano 
ósseo. Deve se suspeitar deste tipo de fratura 
quando houver saída de líquor pelo nariz 
(rinoliquorreia ) ou pelo ouvido (otoliquorreia), ou 
vítimas que apresenta equimose nas pálpebras 
(olhos de guaxinim) ou na região mastoidea (sinal de 
Batle).
Fraturas de crânio
➢Saída de líquor pelo nariz 
(rinoliquorreia).
➢Equimose nas pálpebras (olhos de 
guaxinim, vide ilustração) ou na região 
mastoidea (sinal de Batle).
➢Saída de líquor pelo ouvido 
(otoliquorreia).
Fraturas de crânio
➢Rinoliquorreia.
➢Olhos de guaxinim.
➢Sinal de Batle.
Lesão cerebral
➢ Concussão:
–Não se associa qualquer lesão identificável ao exame. O paciente 
apresenta perda temporária da consciência ou da memória, cefaleia, 
náuseas e vômitos. O paciente deverá ficar em observação até cessar a 
sintomatologia.
➢ Contusão:
–Há ferimento do tecido nervoso e manifestam-se mais distúrbios da 
função cerebral do que na concussão, porque existe edema. Pode haver 
alteração prolongada do estado de consciência, irritabilidade, 
desorientação, vômitos, mudanças dos sinais vitais (bradicardia, 
bradipneia, hipertensão), que tendem a ser progressivos.
➢Hemorragias:
–Os hematomas são as lesões mais graves, podendo ser epidural (acima da 
dura), subdural (abaixo da dura-máter) ou intracerebral (dentro do 
cérebro). Os sintomas, muitas vezes, demoram a aparecer, até que o 
hematoma esteja grande o bastante para causar distorção do cérebro ou 
aumento da PIC (Pressão Intracraniana).
Lesão cerebral
➢Hematoma epidural:
–Coleção de sangue entre a dura-máter e o crânio. 
Sua causa mais comum é o trauma direto de baixa 
velocidade no osso temporal (pouco espesso) 
resultando na lesão de artéria meníngea média. Os 
sintomas são a perda da consciência, seguida de 
lucidez, seguindo novamente a perda progressiva da 
consciência e diminuição da força muscular do lado 
oposto. A medida que o hematoma expande, a 
pupila se torna dilatada e deixa de responder à luz.
Lesão cerebral
➢Hematoma subdural:
–Coleção de sangue entre a dura-máter e a aracnoide. 
Geralmente resulta de uma lesão venosa durante um 
impacto violento na cabeça, déficits neurológicos focais 
podem aparecer imediatamente após o trauma ou 
podem demorar dias ou até meses para se apresentar. 
–Os sinais e sintomas mais comuns são: cefaleia, 
irritabilidade, vômitos, alterações do nível de 
consciência, assimetria de pupilas (anisocoria) e 
alterações sensitivas e motoras, como distúrbios visuais, 
alteração de personalidade e dificuldade de fala.
Lesão cerebral
➢Hematomas cerebrais:
–Podem ocorrer em qualquer localização, mas são 
mais frequentes nos lobos temporais e frontais. O 
déficit neurológico depende da área cerebral que foi 
afetada e do tamanho da hemorragia.
Lesão penetrante
➢A lesão penetrante é causado pela penetração do 
corpo estranho que não deve ser removido do local. A 
retirado do objeto somente poderá ser realizada por 
profissionais especializados, em centro cirúrgico. O 
corpo estranho deve ser fixado para que ele não 
produza lesões secundários ao transporte.
➢Para a avaliação do TCE, deve-se observar:
–História;
–Avaliação inicial: permeabilidade das vias áreas, circulação;
–Avaliação neurológica (nível de consciência – escala de coma 
de Glasgow);
–Avaliação das pupilas.
Lesão penetrante
➢Escala de coma de Glasgow:
–É um dos parâmetros mais importantes para se 
avaliar a evolução de um TCE. Por isso, esta 
avaliação deve ser feita em intervalos regulares.
–Esta escala é universal e permite uma visão do nível 
de resposta do paciente a partir de três reações 
diferentes.
Lesão penetrante
➢Escala de coma de Glasgow 1
Lesão penetrante
➢Escala de coma de Glasgow 2
Lesão penetrante
➢Escala de coma de Glasgow 3:
–TCE grave: escala de coma menor ou igual a 8;
–TCE moderado: escala de coma entre 9 e 12;
–TCE leve: escala de coma entre 13 e 15.
Lesão penetrante
➢A assistência de enfermagem em casos de 
TCE, o atendimento inicial deve ser 
direcionado à prevenção de hipóxia, 
manutenção do metabolismo cerebral e 
prevenção e controle da pressão 
intracraniana.Lesão penetrante
➢Deve-se observar:
–Estabelecer via aérea e mantê-la pérvia (controle de coluna cervical);
–Administrar O2 sob cateter S/N;
–Monitorar Sinais vitais;
–Avaliar nível de consciência;
–Puncionar acesso venoso;
–Avaliar tamanhos das pupilas e resposta a luz;
–Proteger ferimentos;
–Manter o paciente calmo e descrever todo o procedimento que irá fazer;
–Realizar sondagem nasogástrica;
–Realizar sondagem vesical monitorando o débito urinário;
–Encaminhar o paciente para exames radiológicos e 
eletroencefalográficos;
–Administrar medicações prescritas.
Traumatismo Raquemedular (TRM)
➢Diz-se da lesão traumática da raqui (coluna) e medula 
espinal, resultando em algum grau de 
comprometimento temporário ou permanente das 
funções neurológicas. Pode ocorrer uma lesão total, 
ou seja, uma ruptura da medula (sintomas 
irreversíveis), ou compressão (sintomas regridem com 
o tratamento), ambas podendo levar ao choque 
neurogênico.
➢A hiperextensão, movimentos bruscos como uma 
freada repentina de um carro ou pancadas muito 
fortes, como mergulho em águas rasas, perfurações 
por arma de fogo, podem causar uma lesão medular.
Traumatismo Raquemedular (TRM)
➢As manifestações do TRM dependem do nível 
de sua localização, pois comprometem a 
inervação do corpo abaixo do nível de sua 
localização. Se a lesão na medula cervical for 
alta, o comprometimento motor pode levar à 
parada respiratória pela paralisia dos 
músculos.
Traumatismo Raquemedular (TRM)
➢Hiperestensão
Traumatismo Raquemedular (TRM)
➢As vértebras mais frequentes envolvidas são a 
5°, 6° e 7° do pescoço (C5-C7), a 12° vértebra 
torácica (T12) e a 1° lombar (L1). Essas vértebras 
são mais vulneráveis porque há maior 
mobilidade da coluna vertebral nessas áreas.
➢Lesões cervicais altas: C3, C4 e C5 afetam o 
padrão respiratório por paralisia diafragmática; 
C2 e C3 causam apneia e morte; C5 paralisia dos 
músculos acessórios.
Traumatismo Raquemedular (TRM)
➢Lesões ósseas vertebrais podem estar 
presentes sem que haja lesões de medula 
espinhal. Por isso, a vítima deve ser 
imobilizada de forma correta preservando sua 
coluna. 
Traumatismo Raquemedular (TRM)
➢A coluna vertebral e os seus segmentos.
Traumatismo Raquemedular (TRM)
➢Para o tratamento da TRM deve-se observar: 
imobilização da coluna cervical para prevenir 
lesões secundárias; cirurgia para redução de 
fraturas; realinhamento de coluna por meio 
de fixação externa e interna.
Traumatismo Raquemedular (TRM)
➢A assistência de enfermagem deve proceder tal como listado a 
abaixo:
–Realizar o protocolo para paciente vítima de trauma;
–Estabelecer via aérea e mantê-la pérvia (controle de coluna cervical);
–Administrar O2 sob cateter S/N;
–Monitorar sinais vitais;
–Puncionar acesso venoso;
–Manter o paciente calmo e descrever todo o procedimento que irá fazer;
–Examinar a coluna cuidadosamente com o paciente em posição neutra 
(deformidades, edemas, equimoses, etc.);
–Valorizar as queixas de perda de força ou dormência;
–Realizar sondagem vertical, monitorando o débito urinário S/N;
–Encaminhar o paciente para exames radiológicas;
–Mobilizar o paciente sempre em bloco;
–Administrar medicações prescritas (manitol e corticoides).
Crise Convulsiva
➢ Crise convulsiva são contrações musculares múltiplas, 
involuntárias, descoordenadas, resultantes de um estímulo 
cerebral anormal, acompanhadas, na maioria dos casos, de perda 
da consciência.
➢ Principais causas:
–Epilepsia – causa mais comum;
–Trauma;
–Tumores cerebrais;
–Febre elevada (em crianças menores de 6 anos);
–Doença infecciosa como meningite e encefalites;
–Outras.
➢O paciente em crise convulsiva não apresenta reflexo de deglutição 
e há um acúmulo de saliva, sendo esta liberada em forma de 
espuma, pelo estímulo excessivo dos músculos apresenta os 
dentes cerrados, a respiração se torna irregular e ruidosa, o 
paciente também pode apresentar a liberação dos esfíncteres
Crise Convulsiva
➢Sinais e sintomas:
–Perda da consciência;
–Agitação psicomotora;
–Pode ocorrer cianose
–Olhar ausente;
–Os olhos podem ficar fixos na parte superior ou lateral;
–Contrações e espasmos musculares, com movimentos de 
contração e flexão muscular, que podem ser suaves a muito 
fortes;
–Sialorreia;
–Encerramento da boca com muita força, podendo haver o 
perigo de morder a língua e lábios;
–Descontrole dos esfíncteres (urina e/ou fezes).
Crise Convulsiva
➢Tipos de crise epiléptica:
–Crise tônico-clônica generalizada: (crise convulsiva) 
abalos crônicos movimentos violentos, rítmicos e 
involuntários;
–Crise de ausência: desorientação: olhos parados e é de 
curta duração;
–Crise parcial simples: consciência preservada, abalos nos 
lábios no lado afetado;
–Crise parcial complexa: olhos abertos, automatismo 
mastigatório, movimentos repetitivos, consciência 
prejudicada. Anota-se o tempo de duração da crise. 
Fala-se com o paciente calmamente, conduzindo-o para 
um local seguro.
Crise Convulsiva
➢Crise tônico-clônica generalizada:
Assistência de enfermagem
➢ Nos causos de crise convulsiva, devem ser observados os seguintes 
procedimentos na assistência de enfermagem.
– Verificar se vias aéreas estão livres;
– Avaliar a respiração;
– Oferecer O2 a 100%;
– Se possível, lateralizar a cabeça do paciente e proteger contra trauma;
– Afrouxar roupas;
– Não conter o paciente;
– Certificar-se se há pulso arterial, bem como os outros parâmetros vitais (Pressão 
arterial, frequência respiratória, saturação de oxigênio, glicemia capilar);
– Puncionar acesso venoso
– Administrar medicações prescritas – anticonvulsivantes.
– Aspirar secreções se necessário;
– Realizar sondagem gástrica se necessário;
– Registrar em prontuário: frequência, duração e tipo de crise;
– Dar apoio psicológico a família e ao paciente;
– Proteger a integridade moral do paciente.
Assistência de enfermagem
➢Sinais de gravidade da crise epiléptica:
–Crise convulsiva prolongada (maior ou igual a 5 
minutos);
–Sem recuperação da consciência entre as crises;
–Gravidez;
–Ferimentos secundários à crise epiléptica;
–Primeira crise epiléptica (sem crises prévias).
Emergências Respiratórias
➢As crises respiratórias são classificadas em 
asma brônquica, Insuficiência Respiratória 
Aguda (IRA), obstrução das vias aéreas, 
obstrução em vias aéreas por corpo estranho 
(Ovace) em vítimas conscientes, Edema 
Agudo do Pulmão (EAP).
Asma Brônquica
➢A asma brônquica constitui a 4° causa de 
hospitalização pelo SUS, com cerca de 350.000 
internações por ano. Na asma, há uma diminuição do 
calibre das vias aéreas (broncoconstrição), 
dificultando a passagem do ar. 
➢Esta diminuição ocorre devido ao processo 
inflamatório que produz muco em excesso e também 
o edema. Este processo pode ser desencadeado por 
estímulos, como o contato inalatório com poeira, 
mofo, pólens, exercícios físicos exagerados e o frio.
Asma Brônquica
➢Muito embora seja uma patologia crônica, a 
asma é reversível espontaneamente ou por 
intervenção terapêutica e os cuidados são 
realizados pela equipe de enfermagem. É 
importante observar que, se não for tratada, 
a asma poderá evoluir para o estado de mal 
asmático, insuficiência respiratória ou 
atelectasia.
Asma Brônquica
Asma Brônquica
➢Sinais e sintomas:
–Três sinais frequentes: tosse, dispneia, sibilos 
(chiado ou chieira);
–Sudorese;
–Desidratação;
–Fala interrompida por dispneia;
–Uso da musculatura acessória;
–Esforço respiratório (retração dos espaços 
intercostais);
–Batimento de asa de nariz.
Asma Brônquica
➢ Assistência de enfermagem:
– Manter VAS permeáveis;
– Administrar oxigênio por máscara ou cateter nasal;
– Reconhecer os sinais e sintomas da exacerbação da asma (aumento da dispneia, 
cianose de extremidade, ansiedade);
– Transmitir segurança e tranquilidade para o paciente;
– Manter paciente em repouso na fase crítica;
– Manter o paciente em posição de flower, mudança de decúbito;
– Deambular, quando possível;
– Observar e anotar sinais e sintomas;
– Estimular a alimentaçãoe ingestão de líquidos;
– Orientar paciente quanto à coleta de material para exames;
– Orientar evitar: fumo, extremos de calor e frio, fumaça, poeira, uso de lã, convívio 
com animais domésticos e pessoas com infecções de trato respiratório;
– Ter cuidado com equipamentos de terapia respiratória;
– Administrar medicações conforme prescrição (corticosteroides, xantinas, agentes 
anticolinérgicos).
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)
➢Incapacidade do sistema respiratório de realizar suas 
funções básicas de ventilação e oxigenação e promover 
adequada oxigenação arterial para os tecidos e eliminação 
do gás carbônico, resultando em prejuízo das trocas 
gasosas, que leva à hipoxemia e/ou hipercapnia.
➢É caracterizada por PaO2 ≤ 60 mmHg, saturação de O2 
menor que 90% e a PaCO2 ≥ 45 mmHg.
➢A IRA é a falência respiratória que surge nos pulmões, cujo 
funcionamento era normal antes do início da doença atual. 
Após a IRA, o pulmão volta ao seu estado original, 
diferente da insuficiência respiratória crônica, na qual a 
lesão é irreversível, observada em pacientes com doença 
pulmonar obstrutiva crônica, enfisema pulmonar e 
bronquite crônica.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)
➢Causas:
–Depressão no SNC, condições que afetam os nervos e músculos 
que controlam a respiração;
–Trauma dos tecidos e costelas envolvendo os pulmões.
–Obstrução das vias aéreas;
–Overdose de drogas e/ou álcool. Isso afeta a área do cérebro que 
controla a respiração;
–Doenças pulmonares, como doença pulmonária obstrutiva crônica, 
pneumonia;
–Síndrome do desconforto respiratório agudo, embolia pulmonar, e 
fibrose cística. Essas doenças podem afetar o fluxo de ar e sangue 
para dentro e fora dos pulmões;
–Lesões pulmonares agudas (inalar gases danosos ou fumaça que 
podem lesionar os pulmões);
–Pacientes de pós-operatório, devido aos efeitos dos anestésicos, 
analgésicos e sedativos podem evoluir com IRA.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)
➢Sinais e sintomas:
–Dispneia, taquipneia;
–Aumento do trabalho respiratório;
–Uso da musculatura acessória;
–Tiragem intercostal;
–Batimento de asa do nariz;
–Sudorese;
–Ansiedade;
–Agitação, confusão mental;
–Sonolência ou perda da consciência;
–Taquicardia, hipotensão;
–Choque.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)
➢Procedimentos de assistência de enfermagem:
–Manter VAS permeáveis;
–Administrar oxigênio conforme prescrição;
–Monitorar oxigenação com oximetria de pulso e gasometria 
arterial;
–Transmitir segurança e tranquilidade para o paciente;
–Manter paciente em repouso na fase crítica;
–Posição de Fowler, mudança de decúbito;
–Observação e anotar sinais e sintomas da evolução clínica do 
paciente;
–Puncionar acesso venoso calibroso para medicação e hidratação;
–Manter medicamentos de emergência em local de fácil acesso;
–Estar sempre alerta com o bom funcionamento dos equipamentos;
–Monitorar resposta ventilatória do paciente.
Obstrução das Vias Aéreas
➢O reconhecimento precoce da obstrução de 
vias aéreas é indispensável para o sucesso no 
atendimento. Pode ocorrer por obstrução 
mecânica, que pode ser pela queda da língua 
ocluindo a hipofaringe, ou simplesmente por 
corpos estranhos, como alimento, próteses 
dentárias dentes e etc. 
➢Assegurar uma via aérea pérvia é a primeira 
prioridade em qualquer situação de 
emergência.
Manobras manuais
➢No paciente inconsciente, a língua fica flácida 
e cai, obstruindo a hipofaringe, impedindo a 
passagem do ar. Então, realiza-se a manobra 
de Chin lift , estendendo a cabeça e 
levantando o queixo, com o paciente em 
decúbito dorsal. Esta manobra não pode ser 
realizada em vítimas de trauma.
Manobras manuais
➢Manobra de Chin lift.
Manobras manuais
➢A manobra Jaw Trust é indicada no lugar da Chin lift, 
em casos de vítimas de trauma com risco de lesão 
cervical. Nesta manobra, a cabeça do paciente não é 
estendida e apenas tracionam-se anteriormente os 
ângulos mandibulares.
Manobras manuais
➢Aspiração:
–Alguns pacientes podem não ser capazes de eliminar 
com eficiência algumas secreções, e estas podem 
obstruir a passagem do ar para os pulmões. A aspiração 
de secreções é muito importante para permitir a 
permeabilidade das vias aéreas.
➢Acessórios básicos:
–São aqueles utilizados quando as técnicas manuais 
falham ou quando se faz necessária uma manutenção 
continua das vias aéreas. Dentre eles encontram-se as 
cânulas orofaríngea, cânulas nasofaríngeas e cânulas de 
duplo lúmen.
Cânula orofaríngea
➢As cânulas orofaríngeas recebem também o 
nome de cânula de Guedel, utilizadas em 
vítimas inconscientes para manter vias aéreas 
pérvias e impedir que os paciente intubados 
mordam o tubo. Se utilizadas em vítimas 
conscientes, podem provocar vômito e até 
laringoespasmos. É necessária a correta 
técnica de colocação, para que não ocorra o 
rebaixamento da língua.
Cânula orofaríngea
➢Cânula orofaríngea.
Cânula nasofaríngea
➢A cânula nasofaríngea também pode ser 
utilizada em pacientes que não são capazes 
de manter via aérea pérvia, é confeccionada 
em látex, é bem flexível. É introduzida 
delicadamente em uma das narinas até a 
orofaringe, pode provocar hemorragias por 
trauma na hora de sua colocação.
Cânula nasofaríngea
➢Cânula nasofaríngea.
Intubação traqueal
➢É o método para se conseguir controle 
máximo sobre a via aérea de um paciente. É 
introduzido um tubo por via oral ou nasal, até 
a traqueia do paciente. Permite a ventilação 
com 100% de oxigênio. Elimina a necessidade 
de máscaras ajustadas, diminui os riscos de 
aspiração e permite uma via adicional para 
medicações. É um procedimento médico.
Intubação traqueal
➢Intubação traqueal
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho 
(Ovace)
➢É uma situação emergencial, em que há uma 
obstrução do fluxo de ar pelas vias áreas. Esta 
obstrução pode ser parcial ou total. A 
restauração desta via tem que ser realizada 
de forma rápida e efetiva, para que o paciente 
não fique por muito tempo sem oxigenação. 
Pode ser causada por: alimentos, vômitos e 
por ingestão de objetos em geral. 
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho 
(Ovace)
➢Classificação da obstrução:
Total Parcial
Não tosse Tosse
Não respira Respira
Movimentos paradoxais Ruídos
Fala
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho 
(Ovace)
➢Sinais e sintomas:
–Tosse ou tentativa de tossir;
–Respiração ruidosa;
–Dificuldade respiratória;
–Movimentos respiratórios ineficazes;
–Aflição;
–Não conseguir falar;
–Engasgado – sinal clássico.
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho 
(Ovace)
➢Na desobstrução, pode ser utilizada a 
manobra de Heimlich, que consiste na 
realização de uma série de compressões em 
nível da parte superior do abdômen, mais 
precisamente abaixo do esterno. 
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho 
(Ovace)
➢Manobra de Heimlich.
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho 
(Ovace)
➢Estas compressões devem ser rápidas, 
pressionando para dentro e para cima, na região 
acima da cicatriz umbilical. Devem ser realizadas 
manobras até a saída do objeto. Entretanto, em 
caso de perda de consciência, deve-se parar 
imediatamente de executar a manobra. 
➢É preciso estar atento, pois isso pode acontecer a 
qualquer momento, se o objeto não for 
removido. Devem-se chamar serviços de 
emergência e pedir ajuda imediata, ou que 
alguém faça isso, sempre que possível, para 
economizar tempo.
Edema Agudo do Pulmão (EAP)
➢Insuficiência respiratória súbita e progressiva, 
correspondente ao extravasamento de líquido para o 
espaço intersticial e/ou alvéolos pulmonares, resultando 
em: hipoxemia, comprometimento das trocas gasosas 
(V/P) e diminuição da complacência pulmonar. 
➢O edema agudo de pulmão é uma condição clínica grave, 
frequentemente secundária à insuficiência cardíaca, em 
que há um acúmulo de sangue nas veias e capilares 
pulmonares, a tal ponto que acontece um extravasamento 
de fluidos para os espaços aéreos dos pulmões. Isso deixa 
o pulmão menos elástico e com menos superfíciede 
contato entre os gases inspirados e o sangue.
Edema Agudo do Pulmão (EAP)
➢Causas:
–Infarto do miocárdio – é a causa mais comum;
–Disfunção do músculo cardíaco;
–Doenças das válvulas aórtica ou pulmonar;
–Sobrecarga circulatória: administração exagerada de 
líquidos, comum em crianças ou pacientes que 
recebem líquidos (soros) em excesso pelas veias;
–Lesões pulmonares, inalação de fumaça.
Edema Agudo do Pulmão (EAP)
➢Sinais e sintomas:
–Dispneia rapidamente progressiva;
–Taquipneia;
–Tosse;
–Escarro espumoso e sanguinolento (róseo);
–Ansiedade, pânico, confusão mental;
–Cianose com sudorese intensa;
–Palidez;
–Taquicardia e pulso fino;
–PA aumentada;
–Respiração ruidosa – estertores bolhosos e roncos bilaterais;
–Ritmo de galope;
–Sopros cardíacos.
Edema Agudo do Pulmão (EAP)
➢Tratamento/medicações administradas:
➢O principal alvo do tratamento é reduzir o influxo de 
sangue sistêmico no átrio D- e reduzir o retorno venoso:
–O2 100% + monitor + oximetria + via venosa;
–Tratar a causa subjacente (HAS - ↓ PAD);
–Corrigir fatores contribuintes;
–Restrição de fluidos e de sódio;
–Morfina – diminui a ansiedade e melhora a circulação arteriolar e 
venular;
–Diuréticos – reduzem o volume de líquido, aumenta de forma 
intensa a excreção de urina e sódio pelo organismo;
–Nitroprussiado de sódio (reduz a pressão arterial e pulmonar);
–Aminofilina (atua como vasodilatador, diurético e broncodilatador);
–Digitálicos (aumentam a força contrátil do coração).
Edema Agudo do Pulmão (EAP)
➢Assistência de enfermagem:
–Posicionar o paciente em posição sentada – pés e pernas 
para fora do leito, para favorecer a retenção do sangue nos 
membros diminuindo o retorno para o coração;
–Oferecer O2 em grande concentração;
–Manter acesso venoso pérvio;
–Administrar medicações prescritas;
–Realizar sondagem vesical para controle de diurese e balanço 
hídrico;
–Atentar para depressão do quadro respiratório;
–Monitorar sinais vitais;
–Descrever sinais, sintomas e evolução clínica do paciente.
Edema Agudo do Pulmão (EAP)
➢É importante salientar que a morfina pode 
aumentar a hipotensão, por isso é necessário 
deixar sempre à disposição o antagonista da 
morfina – naloxone.
Emergências do Trauma – Trauma Torácico
➢Como ocorre com outras formas de lesões, o trauma 
torácico pode ser causado por mecanismos contusos 
ou penetrantes. Uma força exercida contra o tórax 
pode causar ruptura da anatomia e fisiologia normal 
dos órgãos torácicos. 
➢Os órgãos torácicos são intimamente envolvidos na 
manutenção da oxigenação, ventilação e oferta de 
oxigênio. As lesões de tórax são a principal causa de 
morte por trauma (uma em cada quatro) a cada ano, 
embora a grande maioria de todos os traumas 
torácicos (90% dos traumas fechados e 80% dos 
ferimentos penetrantes) seja tratada sem cirurgia.
Emergências do Trauma – Trauma Torácico
➢Vários mecanismos de trauma, incluindo colisões de 
veículos motorizados, quedas, lesões por prática de 
esportes, lesões por esmagamento e ferimentos por arma 
branca ou por projétil de arma de fogo, podem causar 
trauma no tórax. As lesões de tórax podem ser 
penetrantes ou fechadas.
➢As lesões penetrantes são causadas por forças distribuídas 
por uma área pequena que penetram dentro da cavidade 
torácica. Ex.: causadas por projétil de armas de fogo e 
armas brancas ou quedas sobre objetos afiados. 
➢Lesões contusas: as forças são distribuídas sobre uma área 
maior e as lesões ocorrem devido à compressão e às forças 
de cisalhamento.
Fraturas de costelas
➢Mesmo sendo protegidas 
pela musculatura 
subjacente, as fraturas de 
costelas são comuns no 
trauma torácico. A 
localização mais comum 
das fraturas de costelas é 
a face lateral da 4ª a 8ª 
costela, pois são finas e 
menos protegidas. As 
pontas das costelas 
podem ocasionar lesões 
no músculo, pulmões e 
vasos.
Fraturas de costelas
➢Os sinais e sintomas de fratura de costelas são dor à 
movimentação, à palpação do local, podendo ocorrer falta 
de ar e, eventualmente, crepitação óssea. O tratamento 
inicial dos doentes com fraturas simples de costelas é a 
redução da dor por meio de imobilização e diminuição do 
movimento das costelas. 
➢Isto pode ser realizado usando o braço do doente e uma 
tipoia. Vibrações anormais e tosse devem ser encorajadas, 
apesar da associada. Estes cuidados evitam atelectasias.
➢Os sintomas associados às lesões de tórax são como em 
outras áreas do corpo: quando presentes, indicam lesão. 
Entretanto, a ausência de sinais e sintomas não indica que 
não exista lesão.
Tórax instável
➢Diz-se tórax instável, quando duas ou mais costelas 
adjacentes são fraturadas em pelo menos dois lugares, 
ocasionando segmento de flutuação livre. A parede 
torácica perde a estabilidade e ocorre o 
comprometimento respiratório. O segmento da 
parede torácica que está instável perdeu o suporte 
ósseo e a fixação à caixa torácica. 
➢Este segmento “livre” irá se mover em direção oposta 
à do resto do tórax durante a inspiração e a expiração, 
O resultado destes dois movimentos paradoxais da 
parede do tórax é a diminuição da ventilação, levando 
à hipóxia e a hipercapnia.
Tórax instável
Tórax instável
➢Tratamento/assistência de enfermagem:
–O tratamento nestes casos é voltado para o alívio da dor, 
suporte ventilatório e monitoramento de uma possível piora 
do quadro.
–Administrar oxigênio;
–Puncionar acesso venoso calibroso;
–Administrar medicações prescritas, conforme prescrição 
(analgésicos e outros);
–Incentivar a respiração profunda;
–Monitorar oximetria de pulso e controle de sinais vitais – 
rigorosamente;
–Para casos graves, se faz necessário que o médico realize a 
intubação traqueal e o paciente receba ventilação mecânica.
Contusão pulmonar
➢Uma contusão pulmonar ocorre quando o tecido pulmonar 
é lacerado ou rompido por mecanismos contusos ou 
penetrantes. A contusão pode resultar de trauma fechado, 
como no tórax instável, mas pode também ser resultado 
de ferimento penetrante. 
➢Entretanto, quer tenha como causa um trauma fechado ou 
um ferimento penetrante, a contusão pulmonar apresenta 
o mesmo problema clínico: áreas do pulmão sem 
ventilação. Mesmo sem a presença associada de um tórax 
instável, a contusão pulmonar é uma lesão torácica 
comum e potencialmente letal. Insuficiência respiratória 
grave pode se desenvolver rapidamente ao longo das 
primeiras 24 horas.
Contusão pulmonar
➢Tratamento e assistência de enfermagem:
–Administrar oxigênio suplementar;
–Deve-se avaliar repetidamente a avaliação da FR, 
oximetria de pulso, bem como os demais sinais 
vitais;
–Acesso venoso – manter via pérvia;
–Se o paciente não apresenta grande perda 
sanguínea, limitar a infusão de fluidos;
–Para casos graves, se faz necessário que o médico 
realize a intubação traqueal e o paciente receba 
ventilação mecânica.
Pneumotórax
➢Envolve a entrada de ar para o espaço 
pleural, que normalmente apresenta 15ml de 
líquido, sendo este apenas para lubrificação e 
facilitar o deslizamento das pleuras. Os três 
tipos de pneumotórax representam níveis 
crescentes de gravidade.
➢Pneumotórax simples:
–É causado pela presença de ar no espaço pleural. À 
medida que o ar aumenta, o pulmão daquele lado 
sofre colabamento.
Pneumotórax
➢Pneumotórax aberto:
–Ocorre devido a um defeito na parede torácica que 
permite que o ar que vem de fora entre e saia do 
espaço pleural com esforço ventilatório. O 
tratamento inicial envolve a realização do curativo 
de três pontos, o que evita a entrada de ar na 
inspiração ao mesmo tempo em que o ar escapa 
pelo lado aberto durante a expiração.
Pneumotórax
➢Pneumotórax aberto:
Pneumotórax
➢Pneumotórax hipertensivo:
–Ocorre quando o ar continua a entrar no espaço pleural, sem 
um trajeto por onde sair, causando o aumento da pressão 
dentro deste espaço, fazendo colabar ainda mais o pulmão 
no lado acometido e empurrando o mediastino (coração e 
vãos sanguíneos) para o lado oposto (contralateral). 
–O paciente apresenta

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