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19/05/2013 1 Empirismo Universidade Estácio de Sá Psicologia Disciplina: Filosofia Professora: Liana Ximenes Empirismo Inglês Empirismo é uma escola de pensamento filosófica que defende que está na experiência a origem de todas as ideias. Muitos filósofos defenderam a tese empirista, mas os mais famosos e mais conhecidos são os filósofos ingleses dos séculos XVII e XVIII. Chamados de empiristas ingleses: Francis Bacon, John Locke, David Hume. Empirismo O fundamento e a fonte para todo e qualquer conhecimento é a experiência sensível, responsável pela existência das ideias da razão, e controlando o trabalho da própria razão. Pois o valor e o sentido da atividade racional dependem do que é determinado pela experiência sensível. O modelo de conhecimento verdadeiro é dado pelas ciências naturais ou experimentais, como a física e a química. Empirismo – crítica ao racionalismo John Locke – O conhecimento pode ser obtido somente a partir da experiência. George Berkeley – O mundo só existe na medida que ele é percebido. David Hume – Argumentou contra as ideias inatas. Afirmou que o conteúdo da mente pode ser dividido em: impressões e ideias. As impressões são as sensações e as ideias são cópias pálidas das nossas impressões. Empirismo Nossos conhecimentos começam com a experiência dos sentidos, isto é, com as sensações/ impressões. Os objetos exteriores excitam nossos órgãos dos sentidos e vemos cores, sentimos a diferença entre o áspero e o liso, etc. As sensações/ impressões se unem e formam uma percepção. Ou seja, percebemos uma coisa que nos chegou por meio de várias e diferentes sensações/ impressões. John Locke • John Locke nasceu em Wrington (nas proximidades de Bristol) em 1632. • Estudou na Universidade de Oxford, onde sucessivamente ensinou grego e retórica. • Em 1668 foi nomeado membro da Royal Society de Londres. • Em 1691 transferiu-se para o castelo de Oates, no Essex, como hospede de Sir Francis Masham, onde morreu em 1704. A experiência “é tudo aquilo que fornece a nosso intelecto todos os materiais do pensar". 19/05/2013 2 David Hume Nascido em Edimburgo, Escócia, em 1711. Aos doze anos, entrou na Universidade de Edimburgo. Morreu em 1776, de uma doença instestinal. Principais obras: 1739 – Tratado da natureza humana 1748 – Investigação acerca do entendimento humano 1779 – Diálogos sobre a religião natural Ideias (simples ou complexas), isto é, as imagens enfraquecidas que a memória produz a partir das impressões: "ter ideias“ significa pensar. George Berkeley • George Berkeley nasceu em Kilkenny, na Irlanda, em 1685. • Estudou matemática, filosofia, lógica e os clássicos no Trinity College de Dublin, onde se tornou doutor em 1707. • Em 1734 foi nomeado bispo da pequena diocese de Cloyne, na Irlanda, onde permaneceu ate poucos meses antes da morte, ocorrida em 1753. “Todas as ideias são nada mais que sensações, e toda ideia e apenas uma sensação singular: as que chamamos "coisas" emerge da combinação constante ou da coexistência habitual de algumas dessas ideias.” “A mente é uma tábula rasa” (John Locke) Conceito a respeito da mente defendido por John Locke Tese empirista que ao nascer a mente é vazia de qualquer conteúdo, e deve ser preenchida com as impressões e sensações da experiência. A mente, o nascimento, é tal como uma folha em branca desprovida de toda e qualquer informação. Tábula rasa onde nada foi gravado. “Somos como uma cera sem forma e sem nada impresso nela, até que a experiência venha escrever na folha, gravar na tábula, dar forma à cera. (Chauí, 2011)” Sensação e Experiência • Sensação - momento de apreensão das informações através dos sentidos que registra na mente as ideias correspondentes às sensações. • Experiência - Produto dos sentidos e fonte de toda a informação presente na mente . Impressões Impressão - cópia viva e direta das sensações na mente. Critério para validação de uma ideia. São percepções vivas (ouvimos,vemos,etc ) Meio através dos quais adquirimos a experiência. Corresponde ao critério de validade de uma ideia. Percepção de uma rosa Primeiro eu vejo uma cor vermelha e forma arredondada, aspiro o perfume adocicado, sinto a maciez e digo: “Percebo uma rosa”. A rosa é o resultado da reunião de várias associações diferentes num só objeto de percepção. Ideias Ideias (simples ou complexas), isto é, as imagens enfraquecidas que a memória produz a partir das impressões: "ter ideias“ significa pensar. Ideias - são cópias pálidas que provém de uma impressão. O sujeito do conhecimento opera associando sensações, percepções e impressões recebidas pelos órgãos dos sentidos e retidas na memória. As ideias nada mais são do que hábitos mentais de associação de impressões semelhantes ou de impressões sucessivas. De tanto as sensações se repetirem, criamos o hábito de associá- las. Essas associações são as ideias. 19/05/2013 3 Ideias simples e complexas Para Hume, as ideias simples derivam de impressões simples. . Ex: ideias como a cor e a forma Ideias complexas – combinação de ideias simples. Princípio da Identidade Individual ou Pessoal • Tese que sustenta que há algo em nós que permanece constante durante todas a nossa existência e que é o que nos confere a identidade de um "eu". O princípio é um dos fundamentos do racionalismo cartesiano. . • Crítica ao princípio da identidade individual - seguindo o mesmo critério de uma impressão que valide uma ideia, Hume questiona onde está a impressão correspondente à ideia de um "eu" que permaneça estável. Todas as impressões são, por natureza, passageiras e não podem apresentar essa estabilidade. • Não há, portanto, nenhuma impressão que valide a ideia de "eu" e o "eu" não pode existir como se espera dessa ideia. Com essa crítica, Hume atinge um dos pilares de sustentação do racionalismo, especialmente, cartesiano. Principio da Identidade Pessoal A mente não é uma substância a que nossas percepções seriam inerentes. Notamos grupos de pensamentos, sentimentos e percepções; mas nunca percebemos uma substância à qual possamos chamar de "o Eu". Não há nada relativamente ao Eu que esteja acima de um grande feixe de percepções transitórias. Identidade A identidade não passa de uma qualidade formada pela imaginação devido ao fluxo constante de nossas percepções. As relações imaginárias de semelhança, contigüidade e causalidade acabam por produzir a ideia de Identidade, ao propiciarem o progresso ininterrupto do pensamento. Princípio da causalidade • Princípio da causalidade - Princípio que conduziu todo o pensamento na ciência até Hume que defende que há uma cadeia de causalidade entre os eventos da natureza. • Todo evento está ligada a um anterior que foi a sua causa e terá um sucessor como consequência. • Crítica ao princípio da causalidade - Utilizando-se do critério da impressão para validação de uma ideia, Hume questiona a impressão da ideia de causa. • Como a ideia de causa é gerada a partir de uma relação estabelecida pela mente, a ideia de causalidade é rejeitada. Hábito Podemos ver o sol nascer e inferir que ele vai nascer amanhã. Hume afirma que a “natureza humana” é um hábito mental que interpreta uniformidade na repetição regular, assim como uma conexão causal. Por termos visto várias vezes juntos dois fatos ou objetos, como p. ex. a chama e o calor, o peso e a solidez, somos levados pelo costume a prever um quando o outro se apresenta. O hábito é um grande guia na vida. 19/05/2013 4 Hábito: grande guia na vida Hume afirmou que é a crença (uma ideia vivida relacionada ou associada com uma impressão), guiada pelo hábito, que está no cerne de nossas pretensõesao conhecimento. E não a razão. Na ausência de uma justificativa racional, o hábito é um bom guia. Crença (impressão) + hábito = conhecimento. (Buckingham et al, 2011) Limites da experiência • limite individual dos órgãos sensoriais - não poderemos ter experiência se tivermos um problema em nosso órgão sensorial; • limite do campo da experiência - limite determinado pela experiência individual, cultura, sociedade e etc; • limite da espécie - só podemos ter experiência do que somos habilitados como seres humanos - cinco sentidos. Racionalismo x Empirismo Concepções científicas baseadas no racionalismo e no empirismo Concepção racionalista – ciência é um conhecimento racional dedutivo e demonstrativo como a matemática, portanto, capaz de provar a verdade necessária e universal de seus enunciados e resultados. (hipotético- dedutiva → DEDUÇÃO) Concepção empirista – A ciência é uma interpretação dos fatos baseada em observações e experimentos que permitem estabelecer induções. (hipotético-indutiva → INDUÇÃO ).
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