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• PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA – BENEFÍCIOS DO SEGURADO ESPECIAL • Edição 2020 • PROF. FREDERICO AMADO • PROGRAMA: Segurado especial. Hipótese de filiação. Produtor rural. Pescador artesanal. Presunção de recolhimento da contribuição. Idade mínima. Pontos controversos. Hipóteses de caracterização e descaracterização da qualidade de segurado especial. Área do imóvel rural. Dimensão da embarcação. A prova material. Documentos mais utilizados. Contemporaneidade. Aposentadoria por idade do segurado especial. Híbrida. Regra de transição. Benefícios por incapacidade laborativa. Salário- maternidade. Auxílio-acidente. Pensão por morte. Auxílio-reclusão. Renda mensal. Competência jurisdicional. Pontos controversos. • Efeitos da reforma da previdência no segurado especial? • CF, artigo 195: § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 • Lei 8.212/91: Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de: (Redação dada pela Lei nº 10.256, de 2001) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10256.htm#art1 • I - 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; (Redação dada pela Lei nº 13.606, de 2018) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13606.htm#art14 • II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho • § 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição obrigatória referida no caput, poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei. Códigos para recolhimento – Segurado Especial (Facultativo) 1503 Segurado Especial – Mensal 1554 Segurado Especial – Trimestral • Decreto 3.048/99: Art. 28. O período de carência é contado: • § 1o Para o segurado especial que não contribui na forma do § 2o do art. 200, o período de carência de que trata o § 1o do art. 26 é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural, mediante comprovação, na forma do disposto no art. 62. • § 21. O salário-de-benefício do segurado especial consiste no valor equivalente ao salário-mínimo, ressalvado o disposto no inciso II do § 2o do art. 39 deste Regulamento. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6722.htm#art1 • Qual o(s) enquadramento(s) do trabalhador rural ? • O que caracteriza o trabalho rural ? • Vale frisar que a caracterização do trabalho como urbano ou rural, para fins previdenciários, depende da natureza das atividades efetivamente prestadas pelo empregado ou contribuinte individual e não do meio em que se inserem, sendo plenamente possível o desenvolvimento do trabalho rural nas cidades e vice-versa. • Artigo 7º, inciso IV, da Instrução Normativa INSS 77/2015. • Nesse sentido também é a linha de decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região: “a caracterização do trabalho como urbano ou rural depende da natureza das atividades efetivamente prestadas e não do meio em que se inserem”. • Passagem do julgamento da AC 9604330870, de 25.11.1997. • Existem determinadas atividades profissionais que realmente geram dúvidas sobre a sua natureza urbana ou rural, a exemplo do tratorista, do motosserista e do administrador de fazenda, considerados trabalhadores urbanos pela autarquia previdenciária. • IN INSS 77/2015: Art. 7º Observadas às formas de filiação dispostas nos arts. 8º, 13, 17, 20 e 39 a 41, deverão ser consideradas as situações abaixo: • V - o segurado, ainda que tenha trabalhado para empregador rural ou para empresa prestadora de serviço rural, no período anterior ou posterior à vigência da Lei nº 8.213, de 1991, será considerado como filiado ao regime urbano como empregado ou contribuinte individual, conforme o caso, quando enquadrado, dentre outras, nas seguintes categorias: http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1991/8213.htm •a) carpinteiro, pintor, datilógrafo, cozinheiro, doméstico e toda atividade que não se caracteriza como rural; •b) motorista, com habilitação profissional, e tratorista; •c) empregado do setor agrário específico de empresas industriais ou comerciais, assim entendido o trabalhador que presta serviços ao setor agrícola ou pecuário, desde que tal setor se destine, conforme o caso, à produção de matéria-prima utilizada pelas empresas agroindustriais ou à produção de bens que constituíssem objeto de comércio por parte das empresas agrocomerciais, que, pelo menos, desde 25 de maio de 1971, vigência da Lei Complementar - LC nº 11, de 25 de maio de 1971, vinha sofrendo desconto de contribuições para o ex-Instituto Nacional de Previdência Social - INPS, ainda que a empresa não as tenha recolhido; http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/43/1971/11.htm •d) empregado de empresa agroindustrial ou agrocomercial que presta serviço, indistintamente, ao setor agrário e ao setor industrial ou comercial; •e) motosserrista; •f) veterinário e administrador e todo empregado de nível universitário; •g) empregado que presta serviço em loja ou escritório; e •h) administrador de fazenda, exceto se demonstrado que as anotações profissionais não correspondem às atividades efetivamente exercidas. • Entretanto, este tema é extremamente polêmico e nem sempre a posição do INSS é admitida pela jurisprudência. O Superior Tribunal de Justiça, por exemplo, possui precedentes que inserem os tratoristas na condição de trabalhadores rurais, a exemplo da decisão tomada no Recurso Especial 591.370, de 03/06/2004. • Com relação ao administrador de fazenda, a natureza da sua atividade também gera polêmica na jurisprudência, existindo decisões que o considera como trabalhador urbano e outras como trabalhador rural, inclusive com divergência dentro do mesmo Tribunal: •O conjunto probatório produzido demonstrou que o marido abandonou a profissão de trabalhador rural para ocupar o cargo de administrador de fazendas. Impossibilidade de extensão da profissão de rurícola à demandante.- Ausência de comprovação de labor no meio rural, nos termos do art. 143 da Lei 8.213/91.- Recurso da parte autora improvido” (TRF 3ª Região, 9ª Turma, APELAÇÃO CÍVEL 929.239, de 1403.2011). • 3. O empregado que presta seus serviços no campo como administrador de fazenda é, nos termos do art. 3º, § 1º, da Lei nº 5.889/73, trabalhador rural. 3. Agravo legal desprovido” (TRF 3ª Região, 8ª Turma, APELAÇÃO CÍVEL 1.508.870, de 02.08.2010). • Segurado especial (art. 11, VII, da Lei 8.213/91): • VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: • a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: • 1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; • 2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; • TABELA MÓDULOS FISCAIS INCRA: MATERIAL ANEXO AO MÓDULO • Existe uma linha de jurisprudência dos Tribunais Regionais Federais que tem tomado por absolutoperíodos integrais de carência previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25”. • Assim, a luz do Princípio do Tempus Regit Actum, para incapacidades (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez), partos, adoções (salário-maternidade) e prisões (auxílio-reclusão) a contar de 18 de Janeiro de 2019, caso tenha havido perda da qualidade de segurado com ulterior refiliação à previdência social, as contribuições vertidas durante a 1ª filiação não poderão ser consideradas para fins de carência dos citados benefícios durante a 2ª filiação, devendo todo o período de carência ser cumprido apenas após a refiliação à previdência social, vedado o cômputo das contribuições vertidas anteriormente à perda da qualidade de segurado. • A Lei 13.846/2019 trouxe de volta a regra de ½: “Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio- reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta Lei.” (NR) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art27a.1 REGIME 1- INCAPACIDADES, NASCIMENTOS, ADOÇÕES E MORTES ATÉ 7/7/2016: REGRA DE 1/3; REGIME 2- INCAPACIDADES, NASCIMENTOS, ADOÇÕES E MORTES DE 8/7/2016 À 4/11/2016: CARÊNCIA INTEGRAL APÓS REFILIAÇÃO (MP 739); REGIME 3- - INCAPACIDADES, NASCIMENTOS, ADOÇÕES E MORTES DE 5/11/2016 À 5/1/2017: REGRA DE 1/3; • REGIME 4- - INCAPACIDADES, NASCIMENTOS, ADOÇÕES E MORTES DE 6/1/2017 À 26/6/2017: CARÊNCIA INTEGRAL APÓS REFILIAÇÃO (MP 767); • REGIME 5- - INCAPACIDADES, NASCIMENTOS, ADOÇÕES E MORTES A PARTIR DE 27/6/2017 ATÉ 17/1/2019: REGRA DE ½ (LEI 13.457/2017); • REGIME 6- INCAPACIDADES, NASCIMENTOS, ADOÇÕES E MORTES A PARTIR DE 18/1/2019 ATÉ 17/6/2019: CARÊNCIA INTEGRAL APÓS REFILIAÇÃO (MP 871/2019). • REGIME 7- INCAPACIDADES, NASCIMENTOS, ADOÇÕES, MORTES E PRISÕES A PARTIR DE 18/6/2019 ATÉ 17/6/2019: REGRA DE ½ (LEI 13.846/2019) • ROL TAXATIVO OU EXEMPLIFICATIVO? • TRF-4 - RECURSO DE SENTENÇA CÍVEL RCI 001500 PR 2007.70.56.001500-5 (TRF- 4) • Data de publicação: 04/12/2008 • Ementa: EMENTA AUXÍLIO-DOENÇA. DISPENSA DE CARÊNCIA. ROL EXEMPLIFICATIVO. DOENÇA EQUIPARADA. 1. O rol do artigo 151 da Lei 8.213 /1991 não é taxativo, sendo possível a dispensa da carência quando a doença apresentar características semelhantes àquelas previstas no mencionado dispositivo de lei. Faz-se necessário que a doença a ser equiparada apresente sintomas, seqüelas ou características semelhantes àqueles das doenças previstas no mencionado artigo, para que então possa ser considerada grave a ponto de ser equiparada às do artigo 151 e permitir a dispensa da carência para a concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. 2. O acidente vascular cerebral dispensa a carência quando as seqüelas por ele deixadas podem ser equiparadas à paralisia irreversível, caso dos autos. https://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/420900974/recurso-de-sentenca-civel-rci-1500-pr-20077056001500-5 • TRF-4 - INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO JEF : 50092262120124047001 PR 5009226- 21.2012.404.7001 • INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO REGIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. INCAPACIDADE DECORRENTE DE SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC. DISPENSA DE CARÊNCIA. ART. 26, II, LEI 8.213/91. AUSÊNCIA DE MATÉRIA DE FATO CONTROVERTIDA. DESNECESSIDADE DE DEVOLUÇÃO À TURMA DE ORIGEM PARA RETRATAÇÃO. JULGADA PROCEDENTE A AÇÃO. DEFERIDA, DE OFÍCIO, A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. • 1. O rol de doenças previsto no art. 151, da LBPS não pode ser taxativo. Não se cogita de matéria cuja rigidez exija um elenco imutável. • 2. O art. 26 tem por finalidade amparar os trabalhadores vitimados por acidentes, doenças ou afecções graves que acarretam deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator específico que recomende tratamento particularmente mais brando. Penso que as premissas que inspiram a inclusão das situações que dispensam a carência em benefícios por incapacidade seriam a maior imprevisibilidade de tais eventos e as conseqüências incapacitantes mais deletérias, como as que são acarretadas pelo acidente vascular cerebral (AVC). http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11355745/artigo-26-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11355669/inciso-ii-do-artigo-26-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11339960/artigo-151-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 • 3. O art. 151 da Lei nº 8.213/91 expressamente dispensa o cumprimento da carência nos casos em que há paralisia irreversível e incapacitante, o que se aplica ao segurado acometido de acidente vascular cerebral. • 4. Dispensável o retorno dos autos à turma de origem para retratação quando não existe questão de fato a ser dirimida, já que, no presente caso, a incapacidade laboral restou incontroversa. • 5. Julgado procedente o pedido e deferida, de ofício, a antecipação dos efeitos da tutela para implantar o benefício postulado. • 6. Incidente de uniformização provido, determinando-se a devolução dos ao juízo de origem. • Acordão • Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Turma Regional De Uniformização do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar provimento ao pedido de uniformização, e, por maioria, a não devolver o processo à Turma de Uniformização e, desde logo, antecipar a tutela jurisdicional, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11339960/artigo-151-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 • “PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXÍLIO-DOENÇA. CARÊNCIA NÃO COMPROVADA. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.998/01. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA.- A concessão do benefício de aposentadoria por invalidez ou auxílio- doença exige qualidade de segurado, incapacidade para o trabalho e cumprimento de carência, quando exigida.- Não cumprimento do período de carência de doze meses exigido pelo artigo 25, inciso I, da Lei nº 8.213/91.- Patologia diagnosticada não está arrolada dentre as hipóteses constantes da Portaria Interministerial nº 2.998, de 23.08.2001, a qual, em atendimento ao disposto no artigo 26, inciso II, da Lei nº 8.213/91, prevê as doenças em relação às quais se afasta a exigência de carência.- Referido rol, contendo exceções à regra, deve ser interpretado restritivamente.- Aplicável a autorização legal de julgamento monocrático, prevista no artigo 557, caput, do Código de Processo Civil.- Agravo ao qual se nega provimento” (TRF 3, AC 1742520, de 23/09/2013). • Trf 2 • Processo • AC 201102010081518 • Orgão Julgador • PRIMEIRA TURMA ESPECIALIZADA • Publicação • 16/01/2012 • Julgamento • 13 de Dezembro de 2011 • Relator • Desembargador Federal ABEL GOMES • Ementa • PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. NÃO OCORRÊNCIA DE JULGAMENTO EXTRA PETITA. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO. DOENÇA EQUIPARADA. ROL EXEMPLIFICATIVO DO ART. 151 DA LEI Nº 8.213/91. DISPENSA DA CARÊNCIA ANTE A GRAVIDADE DA DOENÇA. INCAPACIDADE LABORATIVA DEFINITIVA CONSTATADA. LAUDO PERICIAL. JUROS REFORMADOS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. http://www.jusbrasil.com/topicos/11339960/artigo-151-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 • CONTROVÉRSIAS SOBRE A DEFINIÇÃO DE ACIDENTE DE QUALQUER NATUREZA: • AVC, TIRO ETC • Art. 147. IN INSS 77/2015 • Parágrafo único. Entende-se como acidente de qualquer natureza aquele deorigem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos ou biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa. • DII após a filiação ou refiliação (SEM CARÊNCIA) OU • DII após a filiação ou refiliação e após a integralização da carência (COM CARÊNCIA) • DII PRECISA SER DENTRO DO PERÍODO DE GRAÇA, AO MENOS • Hipótese de concessão do auxílio-doença - INCAP TEMPORÁRIA POR MAIS DE 15 DIAS CONSECUTIVOS OU PERMANENTE COM REABILITAÇÃO • Hipótese de concessão da aposentadoria por invalidez – INCAP. PERMANENTE SEM REABILITAÇÃO • COPES - • § 8o Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio-doença, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm#art1 • § 9o Na ausência de fixação do prazo de que trata o § 8o deste artigo, o benefício cessará após o prazo de cento e vinte dias, contado da data de concessão ou de reativação do auxílio-doença, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação perante o INSS, na forma do regulamento, observado o disposto no art. 62 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm#art1 Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) § 1o O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham retornado à atividade estarão isentos do exame de que trata o caput deste artigo: (Redação dada pela lei nº 13.457, de 2017) I - após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando decorridos quinze anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a precedeu; ou (Incluído pela lei nº 13.457, de 2017) II - após completarem sessenta anos de idade. (Incluído pela lei nº 13.457, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm#art1 • § 2o A isenção de que trata o § 1o não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades: (Incluído pela Lei nº 13.063, de 2014) • I - verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do benefício, conforme dispõe o art. 45; (Incluído pela Lei nº 13.063, de 2014) • II - verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado ou pensionista que se julgar apto; (Incluído pela Lei nº 13.063, de 2014) • III - subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme dispõe o art. 110. (Incluído pela Lei nº 13.063, de 2014) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13063.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13063.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13063.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13063.htm • AUXÍLIO-ACIDENTE • Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, conforme situações discriminadas no regulamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) • § 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do benefício de aposentadoria por invalidez a que o segurado teria direito e será devido somente enquanto persistirem as condições de que trata o caput. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) • § 1º-A. Na hipótese de manutenção das condições que ensejaram o reconhecimento do auxílio-acidente, o auxílio será devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art50 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art50 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art50 • § 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) • § 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio- acidente. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9528.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9528.htm#art2 • § 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (Restabelecido com nova redação pela Lei nº 9.528, de 1997) • § 5º . (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995) • § 6º As sequelas a que se refere o caput serão especificadas em lista elaborada e atualizada a cada três anos pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, de acordo com critérios técnicos e científicos. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9528.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art50 • Lei 8.213/91: Art. 31. O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de- contribuição, para fins de cálculo do salário- de-benefício de qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no art. 29 e no art. 86, § 5º. • Decreto 3.048/99: Art. 36. • § 6º Para o segurado especial que não contribui facultativamente, o disposto no inciso II será aplicado somando-se ao valor da aposentadoria a renda mensal do auxílio-acidente vigente na data de início da referida aposentadoria, não sendo, neste caso, aplicada a limitação contida no inciso I do § 2º do art. 39 e do art. 183. • Súmula 507-STJ: • A acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe que a lesão incapacitante e a aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, observado o critério do artigo 23 da Lei 8.213/91 para definição do momento da lesão nos casos de doença profissional ou do trabalho. • Súmula 44, do STJ,“a definição, em ato regulamentar, de grau mínimo de disacusia, não exclui, por si só, a concessão do benefício previdenciário”. • Beneficiários: apenas o segurado empregado, empregado doméstico (LC 150/2015), o trabalhador avulso e o segurado especial (art. 18, §1º, da Lei 8.213/91). • O STJ entende que não é imprescindível que a moléstia seja irreversível para a concessão deste benefício (REsp 1.112.866, de 25.11.09). • É o único benefício previdenciário exclusivamente indenizatório. • (Tema 627). O segurado especial, cujo acidente ou moléstia é anterior à vigência da Lei n. 12.873/2013, que alterou a redação do inciso I do artigo 39 da Lei n. 8.213/1991, não precisa comprovar o recolhimento de contribuição como segurado facultativo para ter direito ao auxílio- acidente. REsp 1.361.410-RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Primeira Seção, por unanimidade, julgado em 08/11/2017 http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1361410• Art. 104. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado, exceto o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüela definitiva, conforme as situações discriminadas no anexo III, que implique: (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4729.htm#art1 • I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam; • II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época do acidente; ou • III - impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social. • § 4º Não dará ensejo ao benefício a que se refere este artigo o caso: • I - que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na capacidade laborativa; e • II - de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho. • § 6º No caso de reabertura de auxílio-doença por acidente de qualquer natureza que tenha dado origem a auxílio-acidente, este será suspenso até a cessação do auxílio-doença reaberto, quando será reativado. • § 7o Cabe a concessão de auxílio-acidente oriundo de acidente de qualquer natureza ocorrido durante o período de manutenção da qualidade de segurado, desde que atendidas às condições inerentes à espécie. • § 8º Para fins do disposto no caput considerar- se-á a atividade exercida na data do acidente.(Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4729.htm#art1 • SALÁRIO-MATERNIDADE • § 2o Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no parágrafo único do art. 29. (Redação dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5545.htm#art1 SALÁRIO-MATERNIDADE • Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade. •LEI Nº 13.301, DE 27 DE JUNHO DE 2016. •§ 3o A licença-maternidade prevista no art. 392 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será de cento e oitenta dias no caso das mães de crianças acometidas por sequelas neurológicas decorrentes de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, assegurado, nesse período, o recebimento de salário-maternidade previsto no art. 71 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991. •§ 4o O disposto no § 3o aplica-se, no que couber, à segurada especial, contribuinte individual, facultativa e trabalhadora avulsa. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.301-2016?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art392 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art71 • Art. 71-A. Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013) • § 1o O salário-maternidade de que trata este artigo será pago diretamente pela Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art5 • § 2o Ressalvado o pagamento do salário- maternidade à mãe biológica e o disposto no art. 71-B, não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art5 •“Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário- maternidade. •§ 1o O pagamento do benefício de que trata o caput deverá ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art71b •§ 2o O benefício de que trata o caput será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário e será calculado sobre: •I - a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso; •II - o último salário-de-contribuição, para o empregado doméstico; •III - 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários de contribuição, apurados em um período não superior a 15 (quinze) meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado; e •IV - o valor do salário mínimo, para o segurado especial. • § 3o Aplica-se o disposto neste artigo ao segurado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.” • “Art. 71-C.A percepção do salário-maternidade, inclusive o previsto no art. 71-B, está condicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício.” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art71c • APOSENTADORIA POR IDADE • APOSENTADORIA POR IDADE • (ARTIGO 201, PARÁGRAFO SÉTIMO, CF) – antes da EC 103 • II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 • Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. • § 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinqüenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11. • § 2o Para os efeitos do disposto no § 1o deste artigo, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido, computadoo período a que se referem os incisos III a VIII do § 9o do art. 11 desta Lei. • § 3o Os trabalhadores rurais de que trata o § 1o deste artigo que não atendam ao disposto no § 2o deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher. (AP. POR IDADE HÍBRIDA). Emenda 103/2019: Aposentadoria por idade híbrida da mulher passou para 62 anos, ressalvada a transição: Art. 18. O segurado de que trata o inciso I do § 7º do art. 201 da Constituição Federal filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderá aposentar-se quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos: I - 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, e 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem; e II - 15 (quinze) anos de contribuição, para ambos os sexos. § 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 60 (sessenta) anos da mulher, prevista no inciso I do caput, será acrescida em 6 (seis) meses a cada ano, até atingir 62 (sessenta e dois) anos de idade. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art201%C2%A77i.0 • 60,5 anos em 2020 • 61 anos em 2021 • 61,5 anos em 2022 • 62 anos em 2023 •Para a 2ª Turma do STJ, a aposentadoria por idade híbrida poderá ser concedida também a trabalhador urbano que, na época do requerimento administrativo, ostente essa qualidade e pretenda computar período pretérito de carência na qualidade de trabalhador rural: “Seja qual for a predominância do labor misto no período de carência ou o tipo de trabalho exercido no momento do implemento do requisito etário ou do requerimento administrativo, o trabalhador tem direito a se aposentar com as idades citadas no § 3º do art. 48 da Lei 8.213/1991, desde que cumprida a carência com a utilização de labor urbano ou rural” (passagem do julgamento do REsp 1407613, de 14/10/2014). • • STJ: Em decisão proferida no dia 22 de março de 2019, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça afetou, por unanimidade, na sistemática dos recursos especiais repetitivos, sob o Tema nº 1007, a questão da “possibilidade de concessão de aposentadoria híbrida, prevista no art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991, mediante o cômputo de período de trabalho rural remoto, exercido antes de 1991, sem necessidade de recolhimentos, ainda que não haja comprovação de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo“. • Saliente-se que foi proferida decisão judicial com deferimento de execução provisória na Ação Civil Pública - ACP nº 5038261- 15.2015.4.04.7100/RS, com efeitos nacionais, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, determinando ao INSS assegurar o direito à aposentadoria por idade na modalidade híbrida, independentemente de qual tenha sido a última atividade profissional desenvolvida – rural ou urbana – ao tempo do requerimento administrativo ou do implemento dos requisitos, e independente de contribuições relativas ao tempo de atividade comprovada como trabalhador rural. • Eis os procedimentos do INSS de implantação dessa decisão judicial: • Memorando-Circular Conjunto nº 1 /DIRBEN/PFE/INSS • Em 4 de janeiro de 2018. • 1. A decisão judicial proferida com deferimento de execução provisória na Ação Civil Pública – ACP nº 5038261-15.2015.4.04.7100/RS, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, determinou ao INSS assegurar o direito à aposentadoria por idade na modalidade híbrida, independentemente de qual tenha sido a última atividade profissional desenvolvida – rural ou urbana – ao tempo do requerimento administrativo ou do implemento dos requisitos, e independente de contribuições relativas ao tempo de atividade comprovada como trabalhador rural. • 2. Em razão da decisão judicial, na análise dos requerimentos de benefício de aposentadoria por idade, com Data de Entrada do Requerimento-DER a partir de 05/01/2018, as Agências da Previdência Social de todo território nacional deverão observar as orientações constantes neste Memorando-Circular Conjunto. • 3. Já existe previsão legal para a concessão da aposentadoria híbrida para o trabalhador rural aos 65 anos para o homem e 60 para a mulher, que segue inalterada, devendo ser aplicado, nesta hipótese, o disposto no § 2º do art. 230, da Instrução Normativa nº 77/PRES/INSS, de 21 de janeiro de 2015. • 4. Preliminarmente, o requerimento deverá ser analisado a luz da legislação vigente, ou seja, verificar o direito à aposentadoria por idade urbana, aposentadoria por idade rural ou, ainda, a aposentadoria por idade híbrida ao trabalhador rural. • 5. Deste modo, visando ao atendimento à ACP em questão, para os requerimentos em que o último vínculo do segurado for urbano ou que esteja em gozo de benefício concedido em decorrência desta atividade, o cômputo da carência em número de meses incluirá também os períodos de atividade rural sem contribuição, inclusive anterior a 11/1991, não se aplicando o previsto nos incisos II e IV do artigo 154 da Instrução Normativa nº 77/2015, seguindo os mesmos critérios da aposentadoria híbrida para os trabalhadores rurais. Ou seja, deverá estar em atividade urbana ou na manutenção desta condição na implementação das condições ou na DER, uma vez que, para a aposentadoria híbrida do trabalhador rural, devemos verificar a manutenção da qualidade de segurado, estendendo-se esta regra ao trabalhador urbano, para fins de cumprimento à Ação Civil Pública. • 6. Para os benefícios ainda não despachados deverá ser oportunizada a reafirmação da DER, mediante declaração do requerente, para fins de análise de direito, nos termos da ACP. • 7. O Sistema Prisma será adequado para o cumprimento da determinação judicial, devendo os benefícios de aposentadoria por idade, após a disponibilização da demanda, serem concedidos com “Desp 00” e com informação do número da Ação Civil Pública 50382611520154047100. • Art. 49. A aposentadoria por idade será devida: • I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir: • a) da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa data ou até 90 (noventa) dias depois dela; ou • b) da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após o prazo previsto na alínea "a"; • II - para os demais segurados, da data da entrada do requerimento. • Art. 50. A aposentadoria por idade, observado o disposto na Seção III deste Capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% • “STJ, Súmula 149: A prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação da atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício previdenciário”. STJ: No julgamento do REsp 1.348.633/SP, sob o rito do art. 543-C do CPC (recursos repetitivos), a 1ª Seção do STJ em 28/08/2013 reconheceu o tempo de serviço rural mediante apresentação de um início de prova material sem delimitar o documento mais remoto como termo inicial do período a ser computado, contanto que corroborado por testemunhos idôneos. No caso julgado, Arnaldo Esteves Lima, Ministro Relator, concluiu que as provas testemunhais juntadas para complementar o início de prova material, tanto do período anterior ao mais antigo, quanto posterior ao mais recente, eram válidas. Para ele, mesmo que não haja nenhum documento que comprove a atividade rural anterior à certidão de casamento do segurado, ocorrido em 1974, os testemunhos colhidos em juízo sustentam a alegação de que ele trabalha no campo desde 1967. • Posteriormente, o STJ editou em 22 de junho de 2016 a Súmula 577: • Súmula 577 – “É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento mais antigo apresentando, desde que amparado em convincente prova testemunhal colhida sob o contraditório”. • Em decorrência dessatese repetitiva do STJ, a PGF editou o Parecer Referencial 00003/2018/DEPCONT/PGF/AGU: • “EMENTA: PARECER REFERENCIAL. PORTARIA AGU Nº 488/2016. JURISPRUDÊNCIA ITERATIVA DO STJ. RESP REPETITIVO Nº 1.348.633/SP. RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO RURAL ANTERIOR AO DOCUMENTO APRESENTADO COMO INÍCIO DE PROVA MATERIAL. POSSIBILIDADE. • I. A Procuradoria-Geral Federal, com fundamento no artigo 3º, inciso I e parágrafo único, da Portaria AGU nº 488, de 27 de julho de 2016, autoriza os Procuradores Federais a, ressalvadas as hipóteses previstas no artigo 12 da mencionada Portaria e outras questões de ordem fática e jurídica não abrangidas pelo acórdão proferido no REsp Repetitivo nº 1.348.633/SP, reconhecer a procedência do pedido, abster-se de contestar e de recorrer, e desistir dos recursos já interpostos, quando a pretensão deduzida contra o INSS ou a decisão judicial estiver em conformidade com a jurisprudência do STJ fixada no aludido recurso representativo de controvérsia, no sentido de que: para os segurados especiais previstos no artigo 11, inciso VII, da Lei n. 8.213/91, • é possível o reconhecimento de tempo de serviço rural anterior ao documento apresentado como início de prova material, desde que (i) o início de prova material seja válido e (ii) exista prova testemunhal robusta e coesa colhida nos próprios autos sob o manto do contraditório e apta a ampliar a eficácia probatória do aludido início de prova material. • II. Para fins do disposto no item I, são requisitos para a validade do início de prova material: a) a concretização em ao menos um dos documentos aceitos pela legislação de regência (Lei n. 8.213/91, art. 106), pela jurisprudência pacificada a respeito ou pela Súmula nº 32 da AGU; b) a contemporaneidade a uma parte do período de trabalho rural pretendido; e c) a inexistência de exercício de trabalho incompatível com o labor rurícola (como o de natureza urbana) no intervalo de lida campesina que se busca reconhecer”. Tese repetitiva firmada pelo STJ através da 1ª Seção: “tese delimitada em sede de representativo da controvérsia, sob a exegese do artigo 55, § 3º combinado com o artigo 143 da Lei 8.213/1991, no sentido de que o segurado especial tem que estar laborando no campo, quando completar a idade mínima para se aposentar por idade rural, momento em que poderá requerer seu benefício. Se, ao alcançar a faixa etária exigida no artigo 48, § 1º, da Lei 8.213/1991, o segurado especial deixar de exercer atividade rural, sem ter atendido a regra transitória da carência, não fará jus à aposentadoria por idade rural pelo descumprimento de um dos dois únicos critérios legalmente previstos para a aquisição do direito. Ressalvada a hipótese do direito adquirido em que o segurado especial preencheu ambos os requisitos de forma concomitante, mas não requereu o benefício”. (REsp 1354908/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/09/2015, DJe 10/02/2016) • SÚMULAS DA TNU: • Súmula 46, da TNU - O exercício de atividade urbana intercalada não impede a concessão de benefício previdenciário de trabalhador rural, condição que deve ser analisada no caso concreto. • “Súmula 34- Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o início de prova material deve ser contemporâneo à época dos fatos a provar”. • • “Súmula 54- Para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhador rural, o tempo de exercício de atividade equivalente à carência deve ser aferido no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à data do implemento da idade mínima”. • • • “Súmula 14- Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova material, corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício”. • • • “Súmula 06- A certidão de casamento ou outro documento idôneo que evidencie a condição de trabalhador rural do cônjuge constitui início razoável de prova material da atividade rurícola”. PENSÃO POR MORTE • Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: • I - do óbito, quando requerida em até cento e oitenta dias após o óbito, para os filhos menores de dezesseis anos, ou em até noventa dias após o óbito, para os demais dependentes; (Redação dada pela Medida Provisória nº 871, de 2019 – Convertida na Lei 13.846/2019) • II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior; • III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25 • ABSOLUTAMENTE INCAPAZ (MENOR 16 ANOS) – antes da MP 871/2019: • 1- PAGA DESDE O ÓBITO, SE NINGUÉM RECEBEU A PENSÃO, MESMO QUE A DER SEJA APÓS 90 DIAS DA MORTE. • 2- SE TINHA ALGUÉM HABILITADO E A DER FOI APÓS 90 DIAS, SEM ATRASADOS. • STJ - Informativo 566 – DIREITO PREVIDENCIÁRIO. HABILITAÇÃO TARDIA DE PENSIONISTA MENOR. Ainda que o beneficiário seja “pensionista menor”, a pensão por morte terá como termo inicial a data do requerimento administrativo – e não a do óbito – na hipótese em que, postulado após trinta dias do óbito do segurado, o benefício já vinha sendo pago integralmente a outro dependente previamente habilitado. A jurisprudência prevalente do STJ é no sentido de que, comprovada a absoluta incapacidade do requerente, faz ele jus ao pagamento das parcelas de pensão por morte desde a data do óbito do segurado, ainda que não haja postulação administrativa no prazo de trinta dias (REsp 1.405.909-AL, Primeira Turma, DJe 9/9/2014; REsp 1.354.689-PB, Segunda Turma, DJe 11/3/2014). Isso porque, nos termos do art. 79 da Lei 8.213/1991, está claro que tanto o prazo de decadência quanto o prazo de prescrição previstos no art. 103 da referida Lei são inaplicáveis ao pensionista menor, situação esta que só desaparece com a maioridade, nos termos do •art. 5º do Código Civil. Contudo, o dependente menor que não pleiteia a pensão por morte no prazo de trinta dias a contar da data do óbito do segurado (art. 74 da Lei 8.213/1991) não tem direito ao recebimento do referido benefício a partir da data do falecimento do instituidor, na hipótese em que a pensão houver sido integralmente paga a outros dependentes que já estavam previamente habilitados perante o INSS. Com efeito, a habilitação posterior do dependente menor somente deverá produzir efeitos a contar desse episódio, de modo que não há que falar em efeitos financeiros para momento anterior à sua inclusão (art. 76 da Lei 8.213/1991). Ressalta-se, inclusive, que admitir o contrário implicaria em inevitável prejuízo à autarquia previdenciária, que seria condenada a pagar duplamente o valor da pensão. Precedente citado: REsp 1.377.720-SC, Segunda Turma, DJe 5/8/2013. REsp 1.513.977-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 23/6/2015, DJe 5/8/2015. http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp1513977 • STJ - O art. 78 da Lei 8.213/91 dispõe que a concessão da pensão provisória pela morte presumida do segurado decorre tão somente da declaração emanada da autoridade judicial, depois do transcurso de 6 meses da ausência. Dispensa-se pedido administrativo para recebimento do benefício. (AgRg no REsp 1309733, de 2/8/2012). § 1º Perde o direito à pensão por morte o condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) § 2o Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art1 § 3º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial em contrário. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) § 4º Nas ações em que o INSS for parte, este poderá proceder de ofício à habilitação excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de rateio, descontando-se os valores referentes a esta habilitação das demais cotas, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial em contrário. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 § 5º Julgada improcedente a ação prevista no § 3º ou § 4º deste artigo, o valor retido será corrigido pelos índices legais de reajustamento e será pago de forma proporcional aos demais dependentes, de acordo com as suas cotas e o tempo de duração de seus benefícios. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 6º Em qualquer caso, fica assegurada ao INSS a cobrança dos valores indevidamente pagos em função de nova habilitação. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 • Art. 75. O valor mensal da pensão por morte será de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado o disposto no art. 33 desta lei. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L9528.htm#art2 EC 103/2019 - Art. 23. A pensão por morte concedida a dependente de segurado do Regime Geral de Previdência Social ou de servidor público federal será equivalente a uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) do valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento). § 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% (cem por cento) da pensão por morte quando o número de dependentes remanescente for igual ou superior a 5 (cinco). • Art. 76. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação. • § 1º O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira, que somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica. • § 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta Lei. § 3º Na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex- companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 •Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais. •§ 1º Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar. •§ 2o O direito à percepção de cada cota individual cessará: (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) •I - pela morte do pensionista; •II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência; (Redação dada pela Lei nº 13.183, de 2015 •III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; • http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13183.htm#art2 •IV - pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira, nos termos do § 5º. •V - para cônjuge ou companheiro: •a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”; •b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado; http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L8213cons.htm#art77§2v • c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: • 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; • 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; • 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; • 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; • 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; • 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. • § 2o-A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2o, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L8213cons.htm#art77§2a • § 2o-B. Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea “c” do inciso V do § 2o, em ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento. http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L8213cons.htm#art77§2b • § 3º Com a extinção da parte do último pensionista a pensão extinguir-se-á. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995) • § 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) • § 5o O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais de que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do § 2o. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L9032.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art1 Regra 1 - Se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado, a pensão por morte será paga por apenas 4 (quatro) meses (regra geral). Regra2 - Se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável, a pensão terá a seguinte duração, sendo vitalícia apenas se o pensionista tiver 44 anos de idade no dia da morte: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade (regra geral). Regra 3 Se o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, mesmo que não haja 2 anos de casamento ou união estável ou não tenham sido recolhidas 18 (dezoito) contribuições mensais pelo segurado até o dia da morte, a pensão terá a seguinte duração, sendo vitalícia apenas se o pensionista tiver 44 anos de idade no dia da morte: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. Logo, neste caso especial, a pensão não durará apenas 4 meses (regra especial). Regra 4 Para o pensionista inválido ou com deficiência, a pensão por morte apenas será cancelada pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência. Se não houver recuperação do pensionista, portanto, será vitalícia, mesmo que o segurado não tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado. Caso o pensionista inválido ou deficiente se recupere, serão respeitados, ao menos, os prazos anteriores apresentados (regra especial). • § 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave.” (NR) • LEI 13.183/2015 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art77§6 • a PGF editou o Parecer Referencial 00019/2018/DEPCONT/PGF/AGU: • • “EMENTA: PARECER REFERENCIAL. PORTARIA AGU Nº 488/2016. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO STF. PENSÃO POR MORTE. CONCESSÃO. CÔNJUGE VARÃO SUPÉRSTITE. ÓBITO DA SEGURADA OCORRIDO EM DATA POSTERIOR À CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E ANTERIOR AO ADVENTO DA LEI 8.213/91. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. AUTOAPLICABILIDADE DO ART. 201, V, DA CARTA MAGNA. • Sucede que o STF resolveu rever o seu posicionamento e passou a garantir a pensão por morte em favor do homem por morte de esposa/companheira mesmo para óbitos anteriores à vigência da Constituição de 1988: • “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENSÃO POR MORTE INSTIUÍDA ANTES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. CÔNJUGE VARÃO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA IGUALDADE. PRECEDENTES. O cônjuge varão faz jus ao recebimento de pensão por morte no caso em que o óbito ocorreu na vigência da Constituição Federal de 1969, tendo em conta o princípio da igualdade. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 439484 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 09/04/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-083 DIVULG 02-05-2014 PUBLIC 05-05-2014). (grifamos)”. • Ementa: PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENSÃO POR MORTE AO CÔNJUGE VARÃO. ÓBITO DA SEGURADA EM DATA ANTERIOR AO ADVENTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. PRINCÍPIO DA ISONOMIA (ART. 153, § 1º, DA CF/1967, NA REDAÇÃO DA EC 1/1969). PRECEDENTES. 1. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o óbito da segurada em data anterior ao advento da Constituição Federal de 1988 não afasta o direito à pensão por morte ao seu cônjuge varão. Nesse sentido: RE 439.484-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 5/5/2014; RE 535.156-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 11/4/2011. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 880521 AgR, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 08/03/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-054 DIVULG 22-03-2016 PUBLIC 28-03-2016). AUXÍLIO-RECLUSÃO Art. 80. O auxílio-reclusão, cumprida a carência prevista no inciso IV do caput do art. 25 desta Lei, será devido, nas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de pensão por morte, de salário-maternidade, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) § 1º O requerimento do auxílio-reclusão será instruído com certidão judicial que ateste o recolhimento efetivo à prisão, e será obrigatória a apresentação de prova de permanência na condição de presidiário para a manutenção do benefício. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 2º O INSS celebrará convênios com os órgãos públicos responsáveis pelo cadastro dos presos para obter informações sobre o recolhimento à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 § 3º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se segurado de baixa renda aquele que, no mês de competência de recolhimento à prisão, tenha renda, apurada nos termos do disposto no § 4º deste artigo, de valor igual ou inferior àquela prevista no art. 13 da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, corrigido pelos índices de reajuste aplicados aos benefícios do RGPS. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 4º A aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado como de baixa renda ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no período de 12 (doze) meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 5º A certidão judicial e a prova de permanência na condição de presidiário poderão ser substituídas pelo acesso à base de dados, por meio eletrônico, a ser disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça, com dados cadastrais que assegurem a identificação plena do segurado e da sua condição de presidiário. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 § 6º Se o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade no período previsto no § 4º deste artigo, sua duração será contada considerando-se como salário de contribuição no período o salário de benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado na mesma época e com a mesma base dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 7º O exercício de atividade remunerada do segurado recluso, em cumprimento de pena em regime fechado, não acarreta a perda do direito ao recebimento do auxílio- reclusão para seus dependentes. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 8º Em caso de morte de segurado recluso que tenha contribuído para a previdência social durante o período de reclusão, o valor da pensão por morte será calculado levando-se em consideração o tempo de contribuição adicional e os correspondentes salários de contribuição, facultada a opção pelo valor do auxílio-reclusão. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 • ABONO ANUAL/LEI 8213, ARTIGO 40 • :Art. 40. É devido abono anual ao segurado e ao dependente da Previdência Social que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão. • Parágrafo único. O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano. • ARTIGO 120, DECRETO 3048/99: • Art. 120. Será devido abono anual ao segurado e ao dependente que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão • Cf. 1988 – Art. 201: § 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS • Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: • I - aposentadoria e auxílio-doença; • II - mais de uma aposentadoria; • III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; • IV - salário-maternidade e auxílio-doença; • V - mais de um auxílio-acidente; • VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa • Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente. • Vale ressaltar a inovação do artigo 167, §2º, do RPS, que permite a acumulação do seguro-desemprego com o auxílio- reclusão. • TNU, Súmula 36- “Não há vedação legal à cumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o benefício da aposentadoria por invalidez, por apresentarem pressupostos fáticos e fatos geradores distintos”. Emenda 103/2019: Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal. § 1º Será admitida, nos termos do § 2º, a acumulação de: I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência social. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art37 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142 • § 2º Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a percepção do valor integral do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de acordo com as seguintes faixas: • I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2 (dois) salários-mínimos; • II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários- mínimos, até o limite de 3 (três) salários-mínimos; • III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro) salários-mínimos; e • IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos • Por sua vez, entende a 3ª Seção do STJ que as demandas envolvendo benefícios previdenciários por acidente de trabalho dos segurados especiais deverão tramitar na Justiça Federal: • “PREVIDENCIÁRIO. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO ESPECIAL, NA CONDIÇÃO DE TRABALHADOR RURAL, PARA FINS DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO. PARECER DO MPF PELA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. • 1. A jurisprudência deste Tribunal Superior é assente quanto àcompetência residual da Justiça Estadual para processar demanda relativa a acidente de trabalho. Entretanto, a comprovação da qualidade de segurado especial, para fins de concessão de benefício perante a Autarquia Previdenciária, como no caso, é matéria estranha à competência da Justiça Estadual, devendo ser a demanda processada pela Justiça Federal, nos termos do art. 109, I da CF. • 2. Somente seria possível o processamento da presente ação no Juízo Estadual, se a Comarca do domicílio do segurado não fosse sede de Vara Federal, o que, entretanto, não configura a hipótese dos autos. • 3. Conflito de Competência conhecido para declarar a competência do Juízo Federal da 17a.Vara da Subseção Judiciária de Petrolina da Seção Judiciária de Pernambuco, o suscitante, para processar e julgar a presente demanda, inobstante o parecer do MPF” (CC 86.797, de 22/08/2007). • O FONAJEF, em 2017, aderiu a esse posicionamento: • Enunciado nº 187 • São da competência da Justiça Federal os pedidos de benefícios ajuizados por segurados especiais e seus dependentes em virtude de acidentes ocorridos nessa condição. STJ AgInt no CC 152187 / MT S1 - PRIMEIRA SEÇÃO 13/12/2017 1.A Terceira Seção, à época em que detinha competência para matéria previdenciária, firmou entendimento de que, no caso de segurado especial, a concessão de benefícios acidentários seria de competência da Justiça Federal. • 4. Diante das razões acima expostas e do teor das Súmulas 15/STJ e 501/STF, chega-se à conclusão de que deve ser alterado o entendimento anteriormente firmado pela Terceira Seção, a fim de se reconhecer a competência da Justiça estadual para a concessão de benefícios derivados de acidente de trabalho aos segurados especiaiso critério de área de até 4 módulos fiscais para a filiação do produtor rural na condição de segurado especial: • 3. O tamanho da propriedade rural do falecido, com 6,90 módulos fiscais, descaracteriza o regime de economia familiar que o legislador buscou amparar. 4. A parte autora deverá arcar com o pagamento das custas processuais e dos honorários de advogado fixados em R$ 937,00 (novecentos e trinta e sete reais), cuja exigibilidade ficará suspensa nos moldes do art. 12 da Lei nº 1.060/50.5. 5. A coisa julgada opera secundum eventum litis ou secundum eventum probationis, permitindo a renovação do pedido ante novas circunstâncias ou novas provas. 6. Apelação e remessa oficial providas para julgar improcedente o pedido inicial” (TRF 1ª Região, APELAÇÃO 00192732320154019199, de 22/9/2017). • . 1. A extensão das 3 (três) propriedades rurais sob titularidade do companheiro da requerente, constantes do CAFIR - Cadastro de Imóveis Rurais, suplantam o limite de 4,0 (quatro) módulos fiscais previstos pelo artigo 11, VII, a, 1, da Lei 8.213/91, totalizando 6,0 (seis) módulos fiscais. ” (TRF 2ª Região, AC 00203169020154029999, de 5/10/2016). • No entanto, com razoabilidade, mesmo que de modo excepcional, o STJ vem entende que o tamanho da propriedade, por si só, não descaracteriza a qualidade de segurado especial. • Mas os precedentes não citam a limitação de 4 módulos fiscais criada pela Lei 11.718/2008, parecendo se referir à legislação anterior que não limitava o tamanho do prédio rústico do segurado especial: • “PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. TRABALHADOR RURAL. TAMANHO DA PROPRIEDADE NÃO DESCARACTERIZA, POR SI SÓ, O REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. COMPROVAÇÃO DO LABOR RURAL. EXISTÊNCIA DE EMPREGADOS. IMPOSSIBILIDADE DE SE RECONHECER A QUALIDADE DE RURÍCOLA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. AGRAVO DA PARTICULAR A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Nos termos da jurisprudência do STJ, o tamanho da propriedade não descaracteriza, por si só, o regime de economia familiar, caso estejam comprovados os demais requisitos para a concessão da aposentadoria por idade rural: ausência de empregados, mútua dependência e colaboração da família no campo” (1ª Turma, AgInt no REsp 1369260 / SC, de 13/6/2017). • “A jurisprudência deste Superior Tribunal está firmada no sentido de que a extensão da propriedade rural, por si só, não é fator que impeça o reconhecimento da atividade rural em regime de economia familiar” (2ª Turma, AgRg no AREsp 745487, de 8/9/2015). • b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e • c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. • REsp 1650697 / RS RECURSO ESPECIAL • 27/4/2017 2. No caso, o Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública, com o objetivo de reconhecer direito individual homogêneo das indígenas, menores de 16 anos, ao salário-maternidade, na condição de seguradas especiais do Regime Geral de Previdência Social. 3. O sistema previdenciário protege os indígenas, caso desempenhem trabalho remunerado. A Constituição da República de 1988, a Convenção 129 da Organização Internacional do Trabalho e o Estatuto do Índio são uníssonos ao proteger os direitos indígenas e garantir à esta população, no tocante ao sistema previdenciário, o mesmo tratamento conferido aos demais trabalhadores. A limitação etária não tem o condão de afastar a condição de segurada especial das indígenas menores de 16 (dezesseis) anos, vedando-lhes o acesso ao sistema de proteção previdenciária estruturado pelo Poder Público. Princípio da primazia da verdade • Antes da Lei 11.718/08, inexistia uma dimensão máxima do imóvel rural, tendo sido editada a Súmula 30, da TNU, que dispõe: • “Súmula 30- Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao módulo rural não afasta, por si só, a qualificação de seu proprietário como segurado especial, desde que comprovada, nos autos, a sua exploração em regime de economia familiar”. • O carvoeiro pode ser segurado especial desde que haja a atividade rural de subsistência, não se enquadrando aquele que apenas adquire o carvão e o comercializa, sendo correta a posição da TNU: • REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA – DEFINIÇÃO DE TESE TEMA N. 214 - PUIL n. 0002632-38.2014.4.01.3817/MG - Apreciando o pedido sob o regime dos representativos de controvérsia, a TNU fixou as seguintes teses: I) O processo de industrialização rudimentar por meio do carvoejamento não descaracteriza a condição de segurado especial, como extrativista ou silvicultor, desde que exercido de modo sustentável, nos termos da legislação ambiental; II) O carvoeiro que não se enquadre como extrativista ou silvicultor, limitando-se a adquirir a madeira de terceiros e proceder à sua industrialização, não pode ser considerado segurado especial. •Tivemos uma modificação no enquadramento do segurado especial que utiliza embarcação. Até então, o limite de peso do barco era de 6 toneladas de arqueação bruta (barco próprio) ou 10 toneladas (barco de parceiro outorgado exclusivamente). Agora a dimensão da embarcação foi elevada para até 20 AB pelo Decreto 8.424/2015, que se refere à embarcação de pequeno porte, definida pela Lei de Pesca e Aquicultura (Lei 11.959/2009). Se a embarcação for de médio (acima de 20 AB) ou grande porte (igual ou superior a 100 AB), o pescador será contribuinte individual, e não segurado especial •Por força do Decreto 8.499, de 12 de agosto de 2015, passou a ser considerado assemelhado “ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da pesca artesanal”, tendo havido uma ampliação de enquadramento do segurado especial. • De acordo com o artigo 41, inciso V, da Instrução Normativa INSS 77/2015, os sindicatos e as colônias de pesca e aqüicultura poderão informar que o pescador artesanal exerce suas atividades utilizando embarcação enquadrada no conceito de “Embarcação Miúda”, definido em norma do Ministério da Defesa, Comando da Marinha do Brasil, sendo dispensada, em tais situações, a exigência de certificação emitida pelos órgãos competentes com a arqueação bruta da embarcação para fins de enquadramento. • Considera-se embarcação miúda qualquer tipo de embarcação ou dispositivo flutuante: com comprimento inferior ou igual a cinco metros ou com comprimento inferior a oito metros e que apresente as seguintes características: convés aberto, convés fechado mas sem cabine habitável e sem propulsão mecânica fixa e que, caso utilize motor de popa, este não exceda trinta Horse- Power – HP. • É assemelhado ao pescador artesanal aquele que, utilizando ou não embarcação pesqueira, exerce atividade de captura ou de extração de elementos animais ou vegetais, que tenham na água seu meio normal ou mais frequente de vida, na beira do mar, no rio ou na lagoa. • Artigo 41, II, da Instrução Normativa INSS 77/2015. • § 14-A. Considera-se assemelhado ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da pesca artesanal. (Incluído dada pelo Decreto nº 8.499, de 2015) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Decreto/D8499.htm#art1 • De acordo com o artigo 39, da Instrução Normativa INSS 77/2015, integram o grupo familiar, também podendo ser enquadrados como segurado especial, o cônjuge ou companheiro, inclusive homoafetivos, e o filho solteiro maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado, desde que comprovem a participaçãoativa nas atividades rurais do grupo familiar; a situação de estar o cônjuge ou o companheiro em lugar incerto e não sabido, decorrente do abandono do lar, não prejudica a condição de segurado especial do cônjuge ou do companheiro que • permaneceu exercendo a atividade, individualmente ou em regime de economia familiar; o falecimento de um ou ambos os cônjuges ou companheiros não retira a condição de segurado especial do filho maior de dezesseis anos, desde que permaneça exercendo a atividade, individualmente ou em regime de economia familiar. • Por outro lado, ainda de acordo com o entendimento da autarquia previdenciária, não integram o grupo familiar do segurado especial os filhos casados, separados, divorciados, viúvos e ainda aqueles que estão ou estiveram em união estável, inclusive os homoafetivos, os irmãos, os genros e as noras, os sogros, os tios, os sobrinhos, os primos, os netos e os afins; e os pais podem integrar o grupo familiar dos filhos solteiros que não estão ou estiveram em união estável. • De acordo com a Súmula 05, da TNU, “a prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o advento da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários”. • Ainda de acordo com a TNU, desta feita na forma da Súmula 41, “a circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica, por si só, a descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso concreto”. •“PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. O REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR SOMENTE RESTARÁ DESCARACTERIZADO SE A RENDA OBTIDA COM A ATIVIDADE URBANA OU COM O BENEFÍCIO URBANO FOR SUFICIENTE PARA A MANUTENÇÃO DA FAMÍLIA, DE MODO A TORNAR DISPENSÁVEL A ATIVIDADE RURAL, OU SE A RENDA AUFERIDA COM A ATIVIDADE RURAL NÃO FOR INDISPENSÁVEL À MANUTENÇÃO DA FAMÍLIA. ACÓRDÃO REFORMADO. QUESTÃO DE ORDEM 20. REMESSA DOS AUTOS À TURMA DE ORIGEM PARA READEQUAÇÃO DO JULGADO. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDO”. (PEDILEF 200783025015224, JUIZ FEDERAL JOSÉ EDUARDO DO NASCIMENTO, 24.5.2011). •“INFORMATIVO 507 - DIREITO PREVIDENCIÁRIO. SEGURADO ESPECIAL. TRABALHO URBANO DE INTEGRANTE DO GRUPO FAMILIAR. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. N. 8/2008-STJ). O trabalho urbano de um dos membros do grupo familiar não descaracteriza, por si só, a situação de segurados especiais dos demais integrantes, devendo ser averiguado pelas instâncias ordinárias se o trabalho rural é dispensável para a subsistência do grupo familiar. REsp 1.304.479-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 10/10/2012 http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp%201304479 • Por sua vez, de acordo com a 3ª Seção do STJ, no julgamento do Recurso Especial 267.665/PR, publicado em 28.02.2012, “no caso de comprovação de que o marido exerceu atividade urbana durante o período de carência ou recebe aposentadoria por tempo de contribuição decorrente de vínculo urbano, a presunção relativa em benefício da autora, que adviria dos documentos em nome de seu cônjuge, não se dessume”. • • Ainda de acordo com o STJ, no julgamento do Recurso Especial 1.304.479 pela 1ª Seção em 10.10.2012, “a extensão de prova material em nome de um cônjuge ao outro não é possível quando aquele passa a exercer trabalho urbano, devendo a prova material ser apresentada em nome próprio” (Informativo 507). • 7o O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador de que trata a alínea g do inciso V do caput, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art5 • Nesse sentido, de acordo com a Súmula 46, da TNU, aprovada no ano de 2012, “o exercício de atividade urbana intercalada não impede a concessão de benefício previdenciário de trabalhador rural, condição que deve ser analisada no caso concreto”. • §12. A participação do segurado especial em sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, • desde que, mantido o exercício da sua atividade rural na forma do inciso VII do caput e do § 1o, a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art5 • Este dispositivo foi inserido na legislação previdenciária pelos seguintes motivos: • • “10. As Leis nº 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, ao tratarem da condição de Segurado Especial, na qual se inserem os agricultores familiares e demais beneficiários da Lei nº 11.326 de 2006, a Lei da Agricultura Familiar, preveem que os mesmos possam desenvolver atividades agroindustriais, de turismo rural e artesanato sem a sua descaracterização como segurados especiais. •11. A formalização de tais iniciativas de beneficiamento, agroindustrialização, turismo rural e artesanato, na maioria das vezes, passa pela criação de uma pessoa jurídica, seja porque as legislações e regulamentos sanitários assim o exigem, seja porque as questões fiscais e tributárias também o fazem. •12. Ocorre que existe uma lacuna e, ao mesmo tempo, uma falta de clareza a respeito da condição do segurado especial, na medida em que, entre as hipóteses de descaracterização da condição de segurado especial, encontra-se, justamente, o seu enquadramento em qualquer outra categoria de segurado obrigatório, • o que inclui a sua vinculação à previdência social na condição de pequeno empresário, como contribuinte individual. Diante disso, o desenvolvimento dessas atividades acaba ocorrendo, na grande maioria dos casos, de maneira informal. •13. Com a alteração proposta nesta Medida Provisória, objetiva-se estimular a formalização dos empreendimentos da agricultura familiar, inclusive para atuarem no mercado institucional. Nesse contexto, estão inseridas as Políticas Públicas do Governo Federal relativa à aquisição de produtos da agricultura familiar através do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. • 14. De modo geral, a medida além de eliminar riscos de descaracterização do agricultor familiar como segurado especial, também, promove segurança sanitária dos alimentos expostos à comercialização pelos empreendimentos rurais, contribuindo na saúde das populações consumidoras”. • ARTIGO 11, §8º-LEI 8.213/91. • § 8o Não descaracteriza a condição de segurado especial: • I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinqüenta por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar; • II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano; • III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; e • IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo; • V – a utilização pelo próprio grupo familiar,na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; e • VI - a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; e (Redação dada pela Lei nº 13.183, de 2015) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13183.htm#art2 • VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das atividades desenvolvidas nos termos do § 12. • § 9o Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: • I – benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; • II – benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos termos do inciso IV do § 8o deste artigo; • III – exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 julho de 1991; • IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais; • V – exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente de cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados especiais, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; • VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 8o deste artigo; • VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; e • VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social. • Já existe jurisprudência flexibilizando o valor de um salário mínimo para não descaracterizar a qualidade de segurado especial: • • Processo: AC 5016223-03.2019.4.04.9999 5016223- 03.2019.4.04.9999 • Órgão Julgador: TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE SC • Julgamento: 28 de Agosto de 2019 • Relator: PAULO AFONSO BRUM VAZ “PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. TRABALHADOR RURAL. REQUISITOS LEGAIS. COMPROVAÇÃO. INÍCIO DE PROVA MATERIAL, COMPLEMENTADA POR PROVA TESTEMUNHAL. PENSÃO POR MORTE SUPERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. • 1. É devido o benefício de aposentadoria rural por idade, nos termos dos artigos 11, VII, 48, § 1º e 142, da Lei nº 8.213/1991, independentemente do recolhimento de contribuições quando comprovado o implemento da idade mínima (sessenta anos para o homem e cinquenta e cinco anos para a mulher) e o exercício de atividade rural por tempo igual ao número de meses correspondentes à carência exigida, mediante início de prova material complementada por prova testemunhal idônea. • 2. O art. 11, § 9º, da Lei de Benefícios, incluído nesse diploma legal pela Lei 11.718, com vigência a partir de 23/06/2008, não pode retroagir para abranger fatos que sejam precedentes à data da publicação. • 3. Ademais, o fato de a autora perceber pensão por morte do esposo, em valor pouco acima de um salário mínimo, não descaracteriza necessariamente sua condição de segurado especial, porquanto a atividade agrícola desempenhada por esta era essencial para a subsistência da família. Precedentes. • 4. Hipótese em que a parte autora preencheu os requisitos necessários à concessão do benefício”. • De acordo com o §5º, do artigo 9º, do RPS, entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. • Por fim, vale ressaltar que nada obsta que o índio se enquadre como segurado especial, desde que preencha os pressupostos legais, a teor do artigo 14, do Estatuto do Índio: • “Art. 14. Não haverá discriminação entre trabalhadores indígenas e os demais trabalhadores, aplicando-se-lhes todos os direitos e garantias das leis trabalhistas e de previdência social”. • Caberá à FUNAI expedir a respectiva certidão de que o índio enquadra-se como segurado especial, na forma do artigo 62, §2º, II, “l”, do RPS, conforme reconhecido administrativamente pelo INSS. • Despacho PFE-INSS/CGMBEN 33/2009. • Existe controvérsia acerca do enquadramento previdenciário do “bóia-fria”. Cuida-se de expressão imprecisa, que muitas vezes pode ser enquadrada genericamente como trabalhador rural, nomenclatura popular que decorre do transporte de refeição em recipientes sem isolamento térmico, alimentando-se o segurado de comida fria. • Entende-se que é necessário avaliar o caso concreto, não sendo possível, a priori, indicar a qual categoria de segurado obrigatório pertence. Caso haja a formação de vínculo de emprego, por ser um serviço habitual, remunerado, pessoal e com subordinação, dar-se a filiação como segurado empregado. • No entanto, embora não seja tema pacífico, a jurisprudência prevalente é generalista, não promovendo a diferenciação aqui proposta, enquadrando o “bóia-fria” como segurado especial em razão da sua vulnerabilidade: • TNU, PEDILEF 201072640002470, de 04/09/2013 • TRF 1ª Região, Apelação Cível sem número, Rel. JUIZ FEDERAL CLEBERSON JOSÉ ROCHA, 2ª Turma, DJF1 DATA:22/09/2014 • TRF 3ª Região, AC 00244214020024039999, de 15/06/2009 • TRF 4ª Região, AC 00068658020114049999, de 17/10/2012 • A condição de segurado especial deverá ser provada por início de prova material contemporânea à carência do benefício a ser postulado, podendo ser complementada a prova por testemunhas. • De acordo com o INSS (art. 54, da Instrução Normativa INSS 77/2015), considera-se início de prova material, para fins de comprovação da atividade rural, entre outros, os seguintes documentos, desde que neles conste a profissão ou qualquer outro dado que evidencie o exercício da atividade rurícola e seja contemporâneo ao fato nele declarado: • • I - certidão de casamento civil ou religioso; • II - certidão de união estável; • III - certidão de nascimento ou de batismo dos filhos; • IV - certidão de tutela ou de curatela; • V - procuração; • VI - título de eleitor ou ficha de cadastro eleitoral; • VII - certificado de alistamento ou de quitação com o serviço militar; •VIII - comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em escola, ata ou boletim escolar do trabalhador ou dos filhos; •IX - ficha de associado em cooperativa; •X - comprovante de participação como beneficiário, em programas governamentais para a área rural nos estados, no Distrito Federal ou nos Municípios; •XI - comprovante de recebimento de assistência ou de acompanhamento de empresa de assistência técnica e extensão rural; •XII - escritura pública de imóvel; •XIII - recibo de pagamento de contribuição federativa ou confederativa; • XIV - registro em processos administrativos ou judiciais, inclusive inquéritos, como testemunha, autor ou réu; • XV - ficha ou registro em livros de casas de saúde, hospitais, postos de saúde ou do programa dos agentes comunitários de saúde; • XVI - carteira de vacinação; • XVII - título de propriedade de imóvel rural; • XVIII - recibo de compra de implementos ou de insumos agrícolas; • XIX - comprovante de empréstimo bancário para fins de atividade rural; • XX - ficha de inscrição ou registro sindical ou associativo junto ao sindicato de trabalhadores rurais, colônia ou associação de pescadores, produtores ou outras entidades congêneres; ATÉ A LEI 13.846/2019 • XXI - contribuição social ao sindicato de trabalhadores rurais, à colônia ou à associação de pescadores, produtores rurais ou a outras entidades congêneres; • XXII- publicação na imprensa ou em informativos de circulação pública; • XXIII - registro em livros de entidades religiosas, quando da participação em batismo, crisma, casamento ou em outros sacramentos; • XXIV - registro em documentos de associações de produtores rurais, comunitárias, recreativas, desportivas ou religiosas; • XXV - Declaração Anual de Produto – DAP, firmada perante o INCRA; • XXVI - título de aforamento; • XXVII - declaração de aptidão fornecida para fins de obtenção de financiamento junto ao Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar – PRONAF; e • XXVIII - ficha de atendimento médico ou odontológico. INSCRIÇÃO • LEI 8.213/91 • Art. 17. O Regulamento disciplinará a forma de inscrição do segurado e dos dependentes. • § 1o Incumbe ao dependente promover a sua inscrição quando do requerimento do benefício a que estiver habilitado. (Redação dada pela Lei nº 10.403, de 8.1.2002) • § 2º REVOGADO PELA LEI 13.135/2015. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10403.htm#art17%C2%A71 • •§ 4o A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao respectivo grupo familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação da propriedade em que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o Município onde reside e, quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pelo grupo familiar. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013) •§ 5o O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário ou dono do imóvel rural em que desenvolve sua atividade deverá informar, no ato da inscrição, conforme o caso, o nome do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante ou assemelhado. • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art5 • Atualmente a inscrição é feita no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS, um sistema responsável pelo controle das informações de todos os segurados e contribuintes da Previdência Social, criado em 1989. • A pessoa física é identificada no CNIS por intermédio de um NIT – Número de Identificação do Trabalhador, que poderá ser NIT Previdência ou NIT PIS/PASEP/SUS ou outro NIS – Número de Identificação Social, emitido pela Caixa Econômica Federal - CEF. • DECRETO 3048/99 • Art. 18. Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da previdência social o ato pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização, observado o disposto no art. 330 e seu parágrafo único, na seguinte forma: • IV - segurado especial - pela apresentação de documento que comprove o exercício de atividade rural; e • § 5º Presentes os pressupostos da filiação, admite-se a inscrição post mortem do segurado especial. • Regime Jurídico antes da MP 871/2019 CONVERTIDA NA LEI 13.846/2019 • Para ser aceita, a declaração sindical deverá ser homologada pelo INSS no mérito e na forma, caso haja início de prova material contemporânea complementada com testemunhos, sendo utilizado um modelo disponibilizado pela Previdência Social. Inicialmente, deverá ser promovida a identificação do segurado especial: • Posteriormente, devem ser preenchidos os seguintes campos: • II – dados da propriedade em que foi exercida a atividade rural; • IIII – informar a(s) atividade(s) desenvolvida(s) pelo segurado e descrever, clara e objetivamente, a forma em que esta atividade é ou foi exercida, discriminando os períodos e se foi exercida em parte ou em toda a safra; • IV – descrever quais os produtos cultivados, extraídos ou capturados pelo segurado ou unidade familiar, ou tipo de artesanato produzido, bem como, os fins a que se destinam; • V – documentos em que se baseou para emitir a declaração; • VI – identificação da entidade; • VII – dados do representante sindical; • VIII – ciência do segurado. • ANEXO XIV • • INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 77 /PRES/INSS, DE 21 DE JANEIRO DE 2015 • • TERMO DE HOMOLOGAÇÃO DE DECLARAÇÃO DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADE RURAL • • CÓDIGO DA AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL: _______________________________ • NOME DO SEGURADO: ________________________________________________________ • ESPÉCIE E NB: _______/________________________________________________________ • ________________________________________________________________________________ ___________ • • ________________________________ • Assinatura e matrícula do servidor • Para efeitos de comprovação do exercício de atividade rural verificamos que foram apresentados documentos de início de prova material e realizada entrevista com o segurado e/ou parceiros, confrontantes, empregados, vizinhos ou outros, razão pela qual, na forma prevista no inciso III do art. 106 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, com a nova redação dada pela Lei nº 11.718, de 20 de junho de 2008, homologamos quanto à forma e quanto ao mérito a Declaração emitida pelo Sindicato/Colônia, reconhecendo os seguintes períodos: • __________________________________________________________________ • Deixamos de reconhecer os seguintes períodos: • ___________________________________________________________________ • Motivo pelo qual os períodos acima mencionados não foram reconhecidos: • __________________________________________________________________ • O segurado especial deverá preencher o seguinte formulário para se inscrever na Previdência Social: • No entanto, as entrevistas dos segurados especiais sofreram enorme mitigação com o advento do Memorando-Circular Conjunto no 30 /DIRBEN/DIRAT/INSS, de 13/9/2017, que noticiou a aprovação da Portaria Conjunta nº 1/DIRBEN/DIRAT/INSS. • De acordo com a citada Portaria, conforme disposto nos itens 31 a 33 do Parecer/CJ nº 3.316, não será necessária realização de entrevista rural para comprovação da atividade na categoria de segurado especial, nos casos em que a documentação apresentada esteja em nome do requerente do benefício. • Nesse sentido, operou-se a substituição da entrevista rural pelo formulário de requerimento de comprovação de atividade do segurado especial • A obtenção dos dados previstos no art. 112 da Instrução Normativa nº 77/INSS/PRES, de 21 de janeiro de 2015, para a comprovação da atividade de segurado especial do grupo familiar, em consonância com o Parecer/CJ nº 3.136 deverá ser realizada com a utilização dos modelos dos anexos II e III da Portaria Conjunta nº 1/DIRBEN/DIRAT/INSS: • A coleta dos dados será realizada: • I - Pela Entidade que tenha celebrado Acordo de Cooperação Técnica – ACT para Recepção Remota de Requerimentos, sendo dispensada a emissão de parecer conclusivo pelo servidor do INSS; • II - Pelo servidor do INSS, nos casos em que o requerimento não esteja abrangido por Acordo de Cooperação Técnica – ACT para Recepção Remota de Requerimentos, sendo dispensada a emissão de parecer conclusivo, por se tratar de ato declaratório. • Para confirmação das informações declaradas, bem como para homologação da declaração do sindicato ou colônia é indispensável a confrontação com as obtidas nos bancos de dados de bases governamentais constantes no CNIS e demais sistemas corporativos da Previdência Social. • Por outro lado, restou mantida a realização da entrevista rural para o empregado rural e o contribuinte individual rural, nos moldes do §6º do art. 112 da IN nº 77/2015. Tal manutenção é necessária devido à inexistência de bases de dados governamentais com informações que indiquem o exercício de atividade do empregado rural ou do contribuinte individual rural, que possam ser confrontadas com os dados declarados, quando as informações do vínculo e da contribuição previdenciária não constam no Cadastro Nacional de Informações Sociais-CNIS e o segurado não possui documento próprio para comprovar a atividade. • O formulário de que trata o Anexo XLIV (Declaração de Exercício de Atividade Rural – Segurado) da IN nº 77/2015, não deve mais ser solicitado ao segurado especial,uma vez que as informações constantes dos formulários de que tratam os Anexos II e III da Portaria Conjunta nº 1/DIRBEN/DIRAT/INSS contemplam as informações nele contidas. • Por sua vez, a partir de 7 de agosto de 2017, data da publicação da Portaria Conjunta nº 1/DIRBEN/DIRAT/INSS, a Declaração de Aptidão ao Pronaf-DAP deve ser aceita para comprovação do exercício de atividade de segurado especial, da mesma forma que os documentos listados no art. 47 da IN nº 77/2015, considerados de prova plena. • Nos moldes do artigo 110, da Instrução Normativa INSS 77/2015, onde não houver sindicato que represente os trabalhadores rurais e sindicato ou colônia de pescadores, a declaração poderá ser suprida pela apresentação de duas declarações firmadas por autoridades administrativas ou judiciárias locais, conforme o modelo constante no Anexo XVI, sendo consideradas as seguintes autoridades: • I – os juízes federais, estaduais ou do Distrito Federal; • II – os promotores de justiça; • III – os delegados de polícia, comandantes de unidades militares do Exército, Marinha, Aeronáutica ou forças auxiliares; • IV – os titulares de representação local do MTE; ou • V – os diretores titulares de estabelecimentos públicos de ensino fundamental e médio em exercício de suas funções no município ou na jurisdição vinculante do lugar onde o segurado exerce ou exerceu suas atividades. • Regime Jurídico após a MP 871/2019 – Lei 13.846/2019 • CNIS – SEGURADO ESPECIAL E PROVAS • • A Medida Provisória 871/2019 previu que o Ministério da Economia manterá sistema de cadastro dos segurados especiais no Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS e poderá firmar acordo de cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com outros órgãos da administração pública federal, estadual, distrital e municipal para a manutenção e a gestão do sistema de cadastro (inserção do art. 38-A e 38-B na Lei 8.213/91). Posteriormente, a Lei 13.846/2019 fez algumas modificações. Art. 38-A O Ministério da Economia manterá sistema de cadastro dos segurados especiais no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), observado o disposto nos §§ 4º e 5º do art. 17 desta Lei, e poderá firmar acordo de cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com outros órgãos da administração pública federal, estadual, distrital e municipal para a manutenção e a gestão do sistema de cadastro. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) § 1º O sistema de que trata o caput deste artigo preverá a manutenção e a atualização anual do cadastro e conterá as informações necessárias à caracterização da condição de segurado especial, nos termos do disposto no regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) § 2º Da aplicação do disposto neste artigo não poderá resultar nenhum ônus para os segurados, sem prejuízo do disposto no § 4º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 § 3o O INSS, no ato de habilitação ou de concessão de benefício, deverá verificar a condição de segurado especial e, se for o caso, o pagamento da contribuição previdenciária, nos termos da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, considerando, dentre outros, o que consta do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) de que trata o art. 29-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015) § 4º A atualização anual de que trata o § 1º deste artigo será feita até 30 de junho do ano subsequente. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 5º É vedada a atualização de que trata o § 1º deste artigo após o prazo de 5 (cinco) anos, contado da data estabelecida no § 4º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 6º Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de que trata o § 5º deste artigo, o segurado especial só poderá computar o período de trabalho rural se efetuados em época própria a comercialização da produção e o recolhimento da contribuição prevista no art. 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13134.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art25 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 Art. 38-B. O INSS utilizará as informações constantes do cadastro de que trata o art. 38-A para fins de comprovação do exercício da atividade e da condição do segurado especial e do respectivo grupo familiar. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015) § 1º A partir de 1º de janeiro de 2023, a comprovação da condição e do exercício da atividade rural do segurado especial ocorrerá, exclusivamente, pelas informações constantes do cadastro a que se refere o art. 38-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13134.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 Emenda 103/2019: Art. 25 § 1º Para fins de comprovação de atividade rural exercida até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, o prazo de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 38-B da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, será prorrogado até a data em que o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) atingir a cobertura mínima de 50% (cinquenta por cento) dos trabalhadores de que trata o § 8º do art. 195 da Constituição Federal, apurada conforme quantitativo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art38b%C2%A71.0 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art195%C2%A78 § 2º Para o período anterior a 1º de janeiro de 2023, o segurado especial comprovará o tempo de exercício da atividade rural por meio de autodeclaração ratificada por entidades públicas credenciadas, nos termos do art. 13 da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, e por outros órgãos públicos, na forma prevista no regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm#art13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 • § 3º Até 1º de janeiro de 2025, o cadastro de que trata o art. 38-A poderá ser realizado, atualizado e corrigido, sem prejuízo do prazo de que trata o § 1º deste artigo e da regra permanente prevista nos §§ 4º e 5º do art. 38- A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) • § 4º Na hipótese de divergência de informações entre o cadastro e outras bases de dados, para fins de reconhecimento do direito ao benefício, o INSS poderá exigir a apresentação dos documentos referidos no art. 106 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) • § 5º O cadastro e os prazos de que tratam este artigo e o art. 38-A desta Lei deverão ser amplamente divulgados por todos os meios de comunicação cabíveis para que todos os cidadãos tenham acesso à informação sobre a existência do referido cadastro e a obrigatoriedade de registro. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 • Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, complementarmente à autodeclaração de que trata o § 2º e ao cadastro de que trata o § 1º, ambos do art. 38-B desta Lei, por meio de, entre outros: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) • I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social; (Redação dada pela Lei nº 11.718,de 2008) • II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008) • III – declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008) (Revogado pela Medida Provisória nº 871, de 2019) • III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art33 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art38 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 • IV – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, no caso de produtores em regime de economia familiar; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008) • IV - Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, de que trata o inciso II do caput do art. 2º da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, ou por documento que a substitua; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) • V – bloco de notas do produtor rural; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008) • VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7o do art. 30 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome do segurado como vendedor; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm#art2ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art30%C2%A77 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10 • VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) • VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da produção; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) • IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de produção rural; ou (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) • X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008) • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10 IN INSS 101/2019 (NÃO ATUALIZADA PELA LEI 13.846/19)- Art. 20. Os períodos de exercício de atividade rural anteriores a 1º de janeiro de 2020, deverão ser comprovados por autodeclaração, ratificada por: I - entidades públicas credenciadas pelo Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - PRONATER; ou II - órgãos públicos, na forma do regulamento. § 1º Até que seja instituído instrumento próprio, a autodeclaração será realizada mediante o preenchimento dos Anexos II e III da Portaria Conjunta nº 1/DIRBEN/DIRAT/INSS, de 7 de agosto de 2017, respectivamente, "Declaração do Trabalhador Rural" e "Declaração do Pescador Artesanal". § 2º A ratificação da autodeclaração, na forma estabelecida no caput, somente será exigida no período de 19 de março a 31 de dezembro de 2019. § 3º A apresentação dos documentos, conforme o art. 106 da Lei nº 8.213, de 1991, com nova redação dada pela MP nº 871, de 2019, e as informações obtidas em consultas a bases governamentais, servem para subsidiar a autodeclaração prevista no § 2º, até que sejam implementados os procedimentos de ratificação pelas entidades públicas, credenciadas na forma do art. 13 da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, e por outros órgãos públicos, na forma prevista no regulamento. § 4º Ficam preservados os procedimentos de obtenção das informações de bases governamentais a que o INSS tiver acesso para ratificar a condição de segurado especial, bem como o indígena. Art. 21. Para períodos laborados a partir de 1º de janeiro de 2020, a comprovação da atividade do segurado especial se dará por meio do cadastro de segurado especial. Parágrafo único. Os instrumentos de comprovação da qualidade de segurado especial, previstos no art. 106 da Lei nº 8.213, de 1991, com redação dada pela MP nº 871, de 2019, serão complementares aos mecanismos de cadastro e autodeclaração descritos no art. 20, no caso de divergência e para fins de ratificação da autodeclaração. Art. 22. Para os processos pendentes de análise, com data de requerimento até 17 de janeiro de 2019, preservam-se os procedimentos adotados até a publicação da MP nº 871, de 2019. Art. 23. Serão considerados contemporâneos, para efeito do art. 55, § 3º, da Lei nº 8.213, de 1991, com redação dada pela MP nº 871, de 2019, os documentos emitidos, cadastrados ou registrados dentro do período que se pretende comprovar. Parágrafo único. Além dos documentos previstos no art. 106 da Lei nº 8.213, de 1991, continuam sendo considerados prova material os documentos exemplificados nos arts. 47 e 54, da IN nº 77/PRES/INSS, de 2015. Art. 24. A partir de 18 de janeiro de 2019, não se aplicam as disposições constantes no art. 45, no inciso II do caput do art. 47, e no art. 49, da IN nº 77/PRES/INSS, de 2015, relativas ao Cadastro de Segurado Especial realizado pelas entidades representativas. • Procedimento no INSS • Ofício-Circular nº 25 /DIRBEN/INSS • Em 16 de maio de 2019. • Assunto: Comprovação de atividade de segurado especial; orientações para análise da comprovação da atividade de segurado especial e cômputo dos períodos em benefícios; novos procedimentos decorrentes da publicação da Medida Provisória n.º 871, de 18 de janeiro de 2019. • Ofício SEI Circular nº 62/2019/DIRBEN/INSS • Em, 19 de dezembro de 2019. • Assunto: Complementação das orientações para análise da comprovação da atividade de seguradoespecial. Alteração dos campos da Autodeclaração. • 1.1. Para requerimentos com DER a partir de 18 de janeiro de 2019, não mais será permitida a comprovação de atividade rural por meio de declaração sindical homologada pelo INSS, prevendo a MP nº 871, de 2019, apenas, a autodeclaração ratificada por entidades públicas credenciadas, nos termos do disposto no art. 13 da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, e por outros órgãos públicos, na forma prevista no Regulamento. • 1.2. Para os requerimentos com DER entre o período de 18/01/2019 a 18/03/2019, com exceção da declaração sindical, permanecem válidos os critérios previstos na legislação previdenciária, no que se refere à comprovação documental da atividade rural na forma prevista nos artigos 106 e §3º do art. 55 da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991 e arts. 47 e 54 da Instrução Normativa nº 77 PRES/INSS, de 21 de janeiro de 2015. • 1.3. Em relação aos requerimentos com DER no período de 19/03/2019 a 31/12/2019, a comprovação do tempo de exercício da atividade rural do segurado especial ocorrerá mediante autodeclaração ratificada por entidades públicas credenciadas pelo Pronater, na forma estabelecida pelo §2º do artigo 38-B da Lei nº 8.213, de 1991 e por outros órgãos públicos, nos termos do regulamento. • 1.5. O interessado irá preencher a autodeclaração e a ratificação será realizada pelo INSS de forma automática, por meio de integraçãoda base de dados do INSS e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. • 1.6. Até que seja disponibilizada a ferramenta de ratificação automática, o acesso à base de dados da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estará disponível aos servidores do INSS, através da ferramenta denominada “InfoDAP”, disponível no Painel Cidadão do Portal CNIS. • 1.8. A comprovação da atividade rural, para períodos laborados a partir de 01/01/2020, será feita por meio de sistema de cadastro do segurado especial no CNIS mantido pelo Ministério da Economia, o qual se encontra em fase de desenvolvimento e será objeto de regulamentação específica, conforme previsto no art. 38-A da Lei 8.213/91. • 1.9. A declaração sindical não mais se constitui como documento a ser considerado para fins de reconhecimento da qualidade de segurado especial, mesmo que apresentada em requerimentos efetuados a partir de 18/01/2019. Caso apresente o referido documento, o benefício não deve ser liminarmente indeferido, devendo ser oportunizado prazo para apresentação de prova documental contemporânea. • 1.10. Para requerimentos protocolados até 17.01.2019, permanecem inalterados os procedimentos previstos na legislação previdenciária em vigor à época, inclusive no que se refere à homologação do tempo de serviço rural através de declaração sindical. • Da análise dos requerimentos com Data da Entrada do Requerimento – DER a partir de 18/01/2019 • 2. Passa a ser considerado como autodeclaração o preenchimento dos Anexos II e III da Portaria Conjunta n.º 1/DIRBEN/DIRAT/INSS, de 07 de agosto de 2017, respectivamente, “Declaração do Trabalhador Rural” e “Declaração do Pescador Artesanal”. • 2.2. As informações obtidas por meio de consultas a bases governamentais, que comprovem os períodos necessários ao benefício requerido, a exemplo das bases do CAFIR, RGP, DICFN, SNCR, SIPRA, SDPA, DAP, são suficientes para a conclusão do processo, não sendo necessário adotar o previsto no §3º do art. 38-B da Lei 8.213/91 (§ 3º Na hipótese de haver divergência de informações, para fins de reconhecimento de direito com vistas à concessão de benefício, o INSS poderá exigir a apresentação dos documentos referidos no art. 106). • 2.3. Para os requerimentos efetuados no período de 18/01/2019 a 18/03/2019, não existe a obrigatoriedade dos procedimentos de ratificação, sendo cabível, no entanto, a homologação pelo INSS da autodeclaração apresentada pelo segurado. • 3.1.1. Os anexos I a III deste, somente serão exigidos para requerimentos com DER à partir da publicação deste Ofício-Circular. (19/12/2019 – FORMULÁRIOS) • Declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP • 3.4. A DAP é o documento que identifica e qualifica os beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf. • 3.2. Nos termos do art. 5º da Lei 12.188/2010, os beneficiários da Pnater são: • I - os assentados da reforma agrária, os povos indígenas, os remanescentes de quilombos e os demais povos e comunidades tradicionais; e • II - nos termos da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006, os agricultores familiares ou empreendimentos familiares rurais, os silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores, bem como os beneficiários de programas de colonização e irrigação enquadrados nos limites daquela Lei. • 3.5. A DAP passou a ser emitida a partir de 2002, através da Portaria MDA nº 154, de 02 de agosto de 2002, possuindo os seguintes períodos de validade: • - seis anos para as DAP emitida até 30/03/2013; • - três anos para as DAP emitida após 30/03/2013; • - dois anos para DAP emitida a partir de 04.04.2017; • - um anos para DAP emitida a partir de 24.08.2018 e • - dois anos a partir de 29.01.2019. • 3.6. Caso o segurado não apresente a DAP em período suficiente para o reconhecimento da condição de segurado especial no período necessário à concessão do benefício previdenciário, deve ser aberta exigência para que o mesmo possa apresentar provas complementares da atividade rural (art. 106 da Lei 8.213/1991), podendo ser inclusive os documentos que justificaram a emissão da DAP. Da ratificação da autodeclaração 4. Serão considerados para ratificação da autodeclaração, além da DAP, as informações obtidas a partir das bases governamentais indicadas no item 2.3 e de outras bases a que o INSS vier a ter acesso, com fundamento nos artigos 329-A e 329-B do Decreto 3.048/99 e artigos 118 a 120 da IN n.º 77, de 2015, observadas as orientações presentes no Anexo I. 4.1. A autodeclaração poderá ser ratificada integralmente quando houver DAP intercalada, dentro do período declarado, desde que não existam as informações previstas no §10 do art. 11 da Lei 8.213, de 1991, que descaracterizam a condição de segurado especial (prova negativa). • 4.2. Do mesmo modo, poderá ser ratificada integralmente a autodeclaração, quando houver informações obtidas a partir de bases governamentais intercaladas. • 4.3. A DAP é o documento que identifica e qualifica os beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, sendo instituída pela da Portaria MDA nº 154, de 2 de agosto de 2002, e atualmente regulada pela Portaria MAPA nº 1, de 29 de janeiro de 2019. • 4.4.1. Quando não houver informações intercaladas, mas o período da DAP, conforme item 3.5, ou de bases governamentais seja maior ou igual ao período autodeclarado, este também deverá ser integralmente ratificado. • 4.4.2. A DAP somente será considerada se, no campo "Status", constar "DAP Ativa" ou "DAP Expirada". Se, no campo "Status", constar"DAP Cancelada" ou "DAP Suspensa" a mesma deverá ser desconsiderada. • 4.5. Havendo ratificação parcial do período que consta na autodeclaração, a comprovação deverá ser complementada através de prova documental contemporânea ao período alegado do exercício de atividade rural. A divergência relativa ao período declarado poderá ser sanada mediante apresentação de prova documental, com base nos demais documentos previstos nos artigos 106 e §3º do art. 55 da Lei 8.213, de 1991 e arts. 47 e 54 da Instrução Normativa nº • 77 PRES/INSS, de 2015, observados os seguintes critérios: • a) na análise do benefício de aposentadoria por idade, para fins de cômputo de carência, deverá ser apresentado, no mínimo, um documento contemporâneo ou anterior ao período não ratificado, não havendo prova posterior que descaracterize a condição de segurado especial; • b) para os demais benefícios, para fins de cômputo de carência, sendo esta contemporânea ou anterior ao fato gerador, e se não houver o exercício de outra atividade que • descaracterize a condição de segurado especial no período a ser comprovado. • 4.5.1. Entende-se como ratificação parcial quando não houver DAP ou informações de bases governamentais intercaladas que possibilitem a ratificação de todo o período autodeclarado. 4.6. Na ausência de DAP ou de informações das demais bases governamentais, serão considerados para fins de ratificação do período autodeclarado, dentre outros, os documentos previstos nos artigos 106 e §3º do art. 55 da Lei 8.213, de 1991 e arts. 47 e 54 da Instrução Normativa nº 77 PRES/INSS, de 2015, observados os seguintes critérios: a) na análise de benefícios de aposentadoria por idade, para fins de cômputo de carência, deverá ser apresentado, documentos contemporâneos, em cada metade do período da carência exigida no benefício (180 MESES/2=90 MESES), desde que levem à conclusão de que não houve o exercício de outra atividade que descaracterize a condição de segurado especial no período a ser comprovado; b) para os demais benefícios, para fins de cômputo de carência, será considerado para comprovação da atividade, pelo menos um documento dentro do período de carência. • 4.7. A regra descrita no item 4 deverá ser aplicada para todo período de atividade, inclusive, aqueles anteriores à vigência da Medida Provisória nº 871, de 2019. • Prova materialcontemporânea • 5. O disposto no §3º do art. 55 da Lei 8.213/91 foi alterado pela MP 871/2019, exigindo-se para comprovação de atividade laboral, apresentação de prova documental contemporânea dentro do período autodeclarado, devendo ser observado os seguintes procedimentos: • a) quanto ao rol da prova material: • Será admitida prova material baseada em cadastro ou certidão/declaração contemporâneos ao fato que se pretenda comprovar. São consideradas provas, dentre outras, as listadas no artigo 106 e §3º do art. 55 da Lei n.º 8.213/91, bem como nos arts. 47 e 54 da IN nº 77/2015. Não há mais distinção ou conceito de prova plena e início de prova material, apenas prova material; • b) quanto à contemporaneidade da prova material: A contemporaneidade é verificada considerando a data de emissão/registro/homologação do cadastro ou documento. Ainda que seja apresentada certidão ou declaração emitidas fora do período autodeclarado, será considerado para fins de comprovação de atividade quando baseadas em documentos ou cadastros contemporâneos. c) Quanto à extensão da prova material em relação ao grupo familiar: Considerando o contido na letra “a”, bem como a revogação da declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, toda e qualquer prova material vale para qualquer membro do grupo familiar, devendo o titular do documento deter condição de segurado especial no período pretendido, caso contrário, a pessoa interessada deverá apresentar documento em nome próprio. • 6. As orientações estabelecidas no item “4” e respectivos subitens do presente ato cumprem o disposto no artigo 29-A da Lei nº 8.213/91 e no artigo 19 do Decreto nº 3.048/1999, os quais atribuem ao INSS a competência para disciplinamento dos critérios para inclusão, alteração, ratificação ou exclusão das informações contidas no Cadastro Nacional de Informações Sociais. • 6.1. …………………………………………………………………………………….. • I - na análise de benefícios de aposentadoria por idade, para fins de cômputo de carência, deverá ser apresentado, no mínimo, um instrumento ratificador (base governamental ou documento) contemporâneo para cada metade da carência exigida no benefício. Caso o segurado declare período superior à carência, o mesmo poderá ser reconhecido, desde que haja instrumento ratificador ao período adicional; 7.1 Os ajustes no Portal CNIS para cumprimento dos efeitos da MP 871/2019 em relação à comprovação do período do Segurado Especial, bem como a solicitação de suspensão do acesso ao CNISSEINTERNET pelas Entidades Representativas serão demandadas à Dataprev. Até que isso ocorra, valem as orientações contidas nos Anexos I e II deste ato, de forma complementar. • 7. ………………………………………………………………………………………. • II - .…………………………………………………………………………………….. • b) no caso de aposentadoria por idade rural, o instrumento ratificador anterior ao período de carência será considerado se for contemporâneo ao fato nele declarado, devendo ser complementado por instrumento ratificador contemporâneo ao período de carência, caso não haja elemento posterior que descaracterize a continuidade da atividade rural; • III - ……………………………………………………………………………………. • a) todo e qualquer instrumento ratificador vale para qualquer membro do grupo familiar, devendo o titular do instrumento possuir condição de SE no período pretendido, caso contrário a pessoa interessada deverá apresentar instrumento ratificador em nome próprio; • b) se o titular do instrumento ratificador for SE na data de emissão/registro/homologação do cadastro ou documento e posteriormente perder a condição de SE, poderá ser realizada a ratificação parcial do período em que o titular do instrumento ratificador manteve a qualidade de SE, observado o limite temporal do inciso I do Item 6 (metade da carência do B41- aposentadoria por idade); • INDÍGENA - Nos termos do artigo 111, da Instrução Normativa INSS 77/2015, a certidão fornecida pela FUNAI, atestando a condição de segurado especial do indígena será submetida à homologação somente quanto à forma. • Para subsidiar a instrução do processo do indígena, pode-se emitir ofício a FUNAI, para fins de apuração da veracidade das informações prestadas, quando: • I – ocorrer dúvida fundada, em razão de divergências entre a documentação apresentada, emitida pela FUNAI e as informações constantes no CNIS ou em outras bases de dados a que o INSS tenha acesso; • II – houver indícios de irregularidades na documentação apresentada; ou • III – houver a necessidade de maiores esclarecimentos no que se refere à documentação apresentada ou à condição de indígena, bem como a categoria de trabalhador rural do requerente ou membro do grupo familiar, declarada pela FUNAI. • PROCESSO SIMULADO • APOSENTADORIA POR IDADE • Requerente: VALDECI • DER: 27/2/2020 • Situação: DEFERIDO pelo INSS • Apresentou título válido da terra em nome de Moacir • CNIS limpo • BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE LABORATIVA • Neste ponto, andou melhor o artigo 26 do RPS, que define carência como o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências, ou, para o segurado especial, o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão do benefício requerido. • O período de carência será computado: III- para o segurado especial, a partir do efetivo exercício da atividade rural ou pesqueira artesanal para fins de subsistência sem o auxílio de empregados permanentes. • Dependem de carência (artigo 25, Lei 8213/91): • A) auxílio-doença e aposentadoria por invalidez (12 contribuições mensais); Independem de carência (artigo 26, Lei 8213/91): • II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; •Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.” • PERÍODO DE CARÊNCIA • A inserção de período de carência de 24 contribuições mensais para o auxílio-reclusão é fruto da MP 871/2019 (essa tentativa já foi feita pela MP 664/2014 e foi derrubada no Congresso Nacional no ano de 2015 na lei de conversão 13.135), convertida na Lei 13.846/19, operando-se somente para prisões a contar de 18/1/2019 (lei do tempo rege o ato jurídico). • Com o advento da MP 871/2019, operou-se a revogação da regra de ½ da carência. Isso porque restou modificado o artigo 27-A da Lei 8.213/91, que passou a contar com a seguinte redação: “Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio- doença, de aposentadoria por invalidez, de salário- maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com os