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30/10/2023 1 3. Patologias infecciosas e parasitárias em suídeos Classificação das parasitoses em suínos • Endoparasitas • Ectoparasitas Coccidiose Helmiontoses Ácaros Piolhos Carrapatos Moscas 1 2 30/10/2023 2 Coccidiose Agentes etiológicos: Eimeria spp. Cryptosporidium spp. Cystoisospora spp. (+ patogênico) Doença mais frequente em leitões em lactação, ocasionalmente em animais em crescimento e terminação. Sinais clínicos: Diarreia (+ comum) Presença de sangue nas fezes Desidratação Déficit de crescimento Etc. Fatores predisponentes: Baias sujas e má higienização das gaiolas de parto Tempo quente e úmido Leitões alimentados no chão Presença de moscas Fezes secas na gaiola atrás da porca em lactação Coccidiose Diagnóstico: Verificar sinais clínicos OOPG Histopatológico (parede intestinal) Tratamento: Coccidiostáticos (sulfa, amprolium, salinomicina, etc.) Amprolium 30 – 70 mg/kg a cada 24h no alimento. Prevenção e controle: Despovoamento e limpeza dos galpões usando desinfetantes para eliminar oocistos. Administrar coccidiostático as matrizes quando entrarem nas gaiolas e durante toda a lactação. Medicar pequenas quantidades de leite em pó com coccidiostático e administrar pequenas quantidades diariamente a leitões a partir dos 3 dias de idade. Injetar em cada ninhada com sulfonamida de longa duração aos 6 dias de idade. 3 4 30/10/2023 3 Helmintoses • Podem levar a redução na conversão alimentar, no ganho de peso diário e morte. • Favorece infecções secundárias. • Descarte de vísceras em abatedouros. Fezes com Ascaris suum • Localização dos helmintos que afetam os suínos: 5 6 30/10/2023 4 • Tipos de ciclo dos helmintos que afetam os suínos: Helmintoses Metastrongylus sp. • Ocorrem nos brônquios e bronquíolos, principalmente nos lobos diafragmáticos. • Ovos larvados saem dos brônquios em acesso de tosse. • Deglutição dos ovos. • Eliminação dos ovos pelas fezes. • Minhoca ingere os ovos. • Suínos ingerem minhoca com larvas L3. 7 8 30/10/2023 5 Helmintoses Metastrongylus sp. • L3 penetram no intestino delgado e migram para os linfonodos mesentéricos (L4). • L4 percorrem o lado direito do coração e para o pulmão (L5 = adulto). • Problemas muco e exsudato causam oclusão dos brônquios, induzindo a atelectasia e causando tosse. Helmintoses Metastrongylus sp. • Diagnóstico Difícil detecção dos ovos nas fezes. Pesquisar L5 no pulmão durante a necropsia. Fonte: Andrea Micke Moreno 9 10 30/10/2023 6 Helmintoses Hyostrongylus rubidus • Afetam animais adultos (principalmente criados em pastagens) • Localizam-se no estômago. • Ovos se desenvolvem no solo até L3. • L3 penetra nas glândulas estomacais e permanecem por duas semanas (L5). • Podem permanecer na mucosa por vários meses formando nódulos. • Sinais clínicos gastrite, vômitos. Helmintoses Strongyloides ransomi • Importante parasita em leitões lactantes. • Pode infectar o leitão por diferentes vias (pele, colostro ou durante gestação). • Parasitas adultos são microscópicos (fêmeas são as parasitas). 11 12 30/10/2023 7 Strongyloides ransomi Helmintoses Ascaris suum • Maior ocorrência em animais em crescimento; • Ovo possui parede grossa e resistente a agente químicos. • Além do intestino delgado, pode causar lesões no fígado e pulmões. 13 14 30/10/2023 8 Ascaris suum PNEUMONIA! Helmintoses Oesophagostomum spp. • Animais com mais de 3 meses são os mais suscetíveis. • Parasitam o intestino grosso. • Contaminação pela ingestão de larvas infectantes na pastagem, ou através de moscas e roedores. • Formação de nódulos no ceco e cólon, e a necrose nos mesmos pode levar a infecções secundárias. 15 16 30/10/2023 9 Helmintoses Trichuris suis • Atingem animais em fase de crescimento. • Parasitam o intestino grosso. • Frequente na criação de suínos, mas podem também infectar primatas e humanos. • Causam destruição de enterócitos e ulceração da mucosa (anorexia, diarreia com muco e sangue, desidratação e morte). Helmintoses Stephanurus dentatus • Parasita renal que acomete animais adultos; • Mais comum em animais criados em pastagem e clima quente. • Parasitas adultos são encontrados em cistos na gordura perirenal com aberturas fistulares nos ureteres, rins e sítios erráticos como pâncreas, musculatura lombar e pulmões. 17 18 30/10/2023 10 Stephanurus dentatus • Eliminação pela urina. • Infecção renal e lesões hepáticas. Helmintoses Tratamento e prevenção (eficácia dos anti-helmínticos) Fonte: Andrea Micke Moreno 19 20 30/10/2023 11 Helmintoses Tratamento e prevenção • Considerar o tipo de instalação; • Atenção no contato com os hospedeiros intermediários; • Manejo higiênico (limpeza, desinfecção, instalações secas ou úmidas). • Verificar tipo de alimentação Sarna • Ciclo de vida = 14 a 15 dias. • Ácaro morre rapidamente fora do suíno. • Doença fácil de evitar. 21 22 30/10/2023 12 Sarna • Doença aguda agitação no ouvido, coceira, pele sensível à proteína do ácaro, pequenas lesões avermelhadas, prurido grave (coça até sangrar), etc. • Doença crônica Espessamento da pele nas orelhas, nos dois lados do pescoço, parte dorsal do pescoço, diminuição da conversão alimentar e no GPD. Sarna • Diagnóstico raspado cutâneo (principalmente dentro das orelhas). • Tratamento piretróides (externamente), ivermectina e doramectina. • Prevenção e controle examinar animais reprodutores para lesões crônicas e trata- los, medicar ração com ivermectina por 7 dias nos primeiros 5 dias do desmame, baias higienizadas antes da entrada dos animais, etc. 23 24 30/10/2023 13 Piolhos • Agente principal Haematopinus suis. • Pode causar anemia e é a principal via de transmissão da varíola suína. • Sinais clínicos anemia, irritação da pele, lesões avermelhadas, etc. Mosca • Inseto mais prevalente na suinocultura brasileira. • Atuam como hospedeiras e vetores de inúmeras doenças: Doença de Aujeszky, PSA e PSC, coccidiose, berne, etc. 25 26 30/10/2023 14 INTERVALO? OU CONTINUA? 27