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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA – CEEI DISCIPLINA: LAB. DE OPTICA ELETRICIDADE E MAGNETISMO INTERFERÊNCIA, DIFRAÇÃO E POLARIZAÇÃO DA LUZ DOCENTE: PEDRO LUIZ DO NASCIMENTO DISCENTE: RAFAELA DA LUZ LINS MATRICULA: 123110591 TURMA: 01 CAMPINA GRANDE – PB Julho de 2024 2 Sumário 1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 3 2. MATERIAIS UTILIZADOS .................................................................................................... 3 3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS .............................................................................. 4 3.2 Experimento – Polarização da Luz ................................................................................... 5 3.3 Experimento – Polarização da luz por reflexão............................................................... 6 4. ANÁLISES DOS EXPERIMENTOS .................................................................................... 7 4.1 Experimento - Determinação do comprimento de onda da luz .................................... 7 4.2 Experimento – Polarização da Luz ................................................................................... 8 6. Referência bibliográfica ....................................................................................................... 10 3 1.INTRODUÇÃO É possível observar que ao respingar água em alguns pontos de uma piscina é possível observar a construção de superposição de ondas, este fenômeno é conhecido como interferência, podendo ser classificado como construtivo quando a amplitude da onda aumenta ou destrutivo quando a amplitude diminui. Tal fenômeno pode ser observado em relação a luz, este é verificado quando observamos uma bolha de sabão, ao ver múltiplas cores que mudam de posição devido à interferência luminosa. Diferentemente, a difração é a capacidade que uma onda tem de contornar ou desviar de um obstáculo. Este processo pode ser visto através da difração da luz do sol sobre as nuvens, moldando a passagem dos raios luminosos. Toda onda eletromagnética que oscila na direção perpendicular à propagação, inclusive a luz, possui uma propriedade chamada de polarização, esta refere-se ao fenômeno quando as vibrações das ondas eletromagnéticas são restritas a uma determinada direção ou plano. Isso é utilizado na formação de lentes de óculos escuros para não permitir que algumas ondas da luz passem. 2. MATERIAIS UTILIZADOS • Fonte de luz branca 12𝑉 – 21𝑊, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema de posicionamento do filamento; • Base metálica 8𝑥7073𝑐𝑚 com duas mantas magnéticas e escala lateral de 700𝑚𝑚; • Diafragma com uma fenda; • Lente de vidro convergente biconvexa com ∅ 50 mm, DF 50 mm, em moldura plástica com fixação magnética; • Lente de vidro biconvexa com ∅ 50 mm, DF 100 mm, em moldura plástica com fixação magnética; • 05 cavaleiros metálicos; 4 • Rede de difração 500 fendas/mm em moldura plástica com fixação magnética; • Lente de vidro convergente plano-convexa com ∅ 60 mm, DF 120 mm, em moldura plástica com fixação magnética; • 02 Polaroides em moldura plástica com fixação magnética; • Suporte para disco giratório; • Disco giratório ∅ 23 mm com escala angular e subdivisões de 1º; • Trena de 2𝑚; • Anteparo para projeção com fixador magnético e • Régua milimetrada – 150 𝑚𝑚 + 150𝑚𝑚. 3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 3.1 Experimento - Determinação do comprimento de onda da luz Inicialmente montamos o experimento conforme a figura exposta abaixo, tendo como fonte a apostila. Em seguida, colocou-se a 4 cm da fonte luminosa uma lente convergente de distância focal f = 5cm para que a lente pudesse iluminar a fenda também utilizada no experimento. Utilizou-se uma lente convergente de distância focal f = 10cm para projetar a fenda no anteparo. A rede de difração foi posta na frente da lente e ajustada para que ficasse a uma distância de 14cm do anteparo de projeção. Figura 1 - Montagem do experimento 1 5 Após os ajustes feitos, mediu-se a distância do centro de cada cor até o centro da fenda projetada, as medições estão na tabela I. Medimos as distâncias 𝑋 e 𝑎 para a radiação vermelha, obtendo os valores de 𝑋 = 4,8cm e 𝑎 = 14cm. Além disso, calculamos a constante da rede de difração que tem 100 linhas por milímetro e foi obtido o valor de D = 200nm (10-9 m). Com ajuda da fórmula, medimos o comprimento de onda λ da radiação vermelha: λ = 𝐷𝑋 √(𝑎2+ 𝑋2) = λ = 2000 𝑋 4,8 √(142+ 4,82) = 649 Assim, foi obtido o comprimento de onda (λ) da radiação vermelha λ = 649 𝑥 10−9𝑛𝑚. Continuando o processo para as demais cores, obtemos a tabela I. Cor a (m) X (m) λ (10-9 m) Vermelho 0,14 0,048 649 Laranja 0,14 0,045 610 Amarelo 0,14 0,041 562 Verde 0,14 0,039 536 Azul 0,14 0,036 498 Violeta 0,14 0,033 458 Tabela i - Tabela de dados para o experimento de determinação do comprimento de onda da luz 3.2 Experimento – Polarização da Luz A princípio, montamos o equipamento conforme a figura apresentada abaixo, tendo como fonte a apostila, e foi realizado devidos ajustes iniciais para o desenvolvimento do experimento. 6 Figura 2 - Montagem do Experimento 2 Após ligar a fonte de luz, colocamos um polaroide fixo sobre a base metálica a 10cm da lente, ajustando para que a fenda projetada pudesse ficar nítida. Em seguida, foi colocado um segundo polaroide a 10cm em relação ao primeiro, depois realizou a observação sobre a projeção luminosa sobre o anteparo e quando o segundo anteparo estivesse a 90º em relação ao primeiro. 3.3 Experimento – Polarização da luz por reflexão Realizamos a montagem conforme a figura exposta abaixo, logo depois colocamos na frente da fonte de luz um cavaleiro metálico com uma lente convergente de distância focal 12cm e o diafragma com uma fenda. Figura 3 - Montagem do experimento 3 7 Após a montagem, ligamos a fonte de luz e ajustamos para que o raio luminoso ficasse na origem do transferidor. Colocou o semicírculo no disco ótico de tal forma que tanto o ângulo de incidência e refratado da luz estivessem em 0º, fixamos em outro cavaleiro metálico um polaroide e em outro cavaleiro o anteparo de projeção. Em seguida, giramos o disco ótico em 20º e analisamos o raio refletido, colocamos na mesma direção do raio refletido o polaroide a fim de projetar o feixe refletido no anteparo a 10cm do polaroide. Giramos também o polaroide de 90º, observando o comportamento do feixe luminoso percebeu-se que não houve alteração e voltamos para a posição de origem. Além disso, giramos o disco ótico para 40° e reposicionamos o conjunto polaroide e anteparo de projeção na direção do raio refletido. Giramos o polaroide de 90° e a projeção do feixe luminoso diminuiu sua intensidade. Os mesmos procedimentos foram realizados para os ângulos entre 50º e 60º, a fim de ser encontrado um ângulo de reflexão de tal modo que girando o polaroide a projeção sumisse. Dessa forma, foi possível verificar que o ângulo de incidência que tem a luz polarizada é 𝜃𝐵 = 55,0°. Por fim, medimos, também o ângulo entre o raio refletido e o raio refratado, obtendo ∝ = 90,0°. 4. ANÁLISES DOS EXPERIMENTOS 4.1 Experimento - Determinação do comprimento de onda da luz A partir dos valores obtidos na Tabela I, é possível observar que a radiação vermelha possui o maior comprimento de onda. Através da equação 𝝀 = 𝒄 𝒇 (onde c é a velocidade da luz no vácuo), verifica-se que o comprimento de onda é inversamente proporcional a frequência, portanto, a radiação violeta é a que tem maior frequência por possuir o menor comprimentode onda. As ondas luminosas penetram em toda a superfície da rede de difração que está voltada para a fonte de luz e diferentes partes da onda incidente descrevem trajetórias diferentes no interior da rede de difração. Isso significa que as ondas saem com fases diferentes. Assim para alguns ângulos de saída a luz está em fase e acontece uma interferência construtiva. As cores observadas no experimento são o resultado dessa interferência. A radiação que sofre 8 interferência construtiva mais afastada da raia central é a radiação vermelha, pois estas saem em fase da rede de difração na direção da qual estávamos observando aquele espectro de onda. A partir dos resultados obtidos na Tabela I é possível que em comparação com a Tabela II, que possui a faixa com os valores dos comprimentos esperados, os dados obtidos estão dentro do esperado. COR VERMELHO LARANJA AMARELO VERDE AZUL VIOLETA (nm) 620-760 585-620 550-585 510-550 450-510 380 - 450 Tabela ii 4.2 Experimento – Polarização da Luz Inicialmente não a alteração na intensidade da luz projetada em comparação com a ausência do polarizador e da presença do polarizador, pois a intensidade luminosa independe do ângulo do polarizador. Após giramos os polaroides com uma diferença de 90° podemos perceber que o feixe luminoso desaparece. A esse fenômeno damos o nome de polarização da luz. Podemos tratar da intensidade final proporcionada pelo ângulo entre os filtros, nesse caso, após atravessar o primeiro filtro, a intensidade da luz é descrita sobre o ângulo com a componente da luz incidente para o campo elétrico. A intensidade é proporcional ao quadrado da amplitude, dado pela expressão abaixo: 𝐼 = 𝐼0𝑐𝑜𝑠2𝜃 Substituindo o valor do ângulo em que a luz desaparece, na equação anterior o valor encontrado é exatamente igual ao comprovado no experimento, visto que 𝑐𝑜𝑠 90° = 0, com isso a intensidade será igual, também, a zero. 4.2 Experimento – Polarização da Luz por Reflexão As duas situações extremas, de máxima claridade e máxima escuridão (máxima absorção de luz), mostram o momento que a direção de polarização do filtro está, respectivamente, paralela e ortogonal à direção de polarização da luz vinda da fonte. Quando está paralela, permite a total passagem dos raios de luz, daí a claridade, quando está ortogonal não permite a passagem de nenhum raio, daí a máxima extinção (escuridão). Nos estágios intermediários, a quantidade de luz diminui gradativamente à medida que o polarizador aumenta o ângulo entre http://www.infoescola.com/fisica/campo-eletrico/ 9 seu plano de polarizador e o plano da luz polarizada proveniente da fonte, isto é, à medida que o ângulo varia de 0° a 90°. O ângulo de Brewster obtido é justamente o ângulo limitante para que a imagem desapareça, este também é a direção da polarização do raio refletido, pois ao atingir tal Ângulo a luz se torna polarizada. Além disso, é possível obter teoricamente o ângulo de Brewster ao calcular o arco tangente da razão entre o índice de refração do acrílico e do ar, obtendo um ângulo de 56,3 º, como o valor obtido experimentalmente foi de 56º podemos avaliar que o erro na medição foi de baixo índice. 5. CONCLUSÃO No experimento da determinação do comprimento de onda foi possível compreender o fenômeno físico conhecido como interferência. Podemos ressaltar que, a diferença de fase entre duas ondas luminosas pode mudar se as ondas atravessarem materiais com diferentes índices de refração. Conhecer o conceito teórico, facilitou o entendimento sobre esse fenômeno físico comprovado experimentalmente. No segundo experimento foi possível observar que existem diversas substâncias, materiais que ao serem atingidos pelos feixes de luz deixam passar apenas uma parte da onda luminosa, esse acontecimento é denominado como polarização da luz. Nesse experimento, a luz polarizada passa pelo primeiro polaroide contendo componentes horizontal e vertical, mas ao passar pelo segundo polaroide em um ângulo de 90°, passou a ter apenas componentes horizontais. No último experimento podemos observar que nas duas situações de máxima claridade e máxima escuridão, mostram o momento que a direção de polarização do filtro está, respectivamente, paralela e ortogonal à direção de polarização da luz vinda da fonte. Neste experimento foi possível entender a polarização da luz por reflexão e mostrar que a relação existente entre a tangente do ângulo de Brewster 𝜃B e o índice de refração de um material, sendo está uma relação comprovada experimentalmente. 10 6. Referência bibliográfica NASCIMENTO, Pedro Luiz do. Laboratório de Ótica Eletricidade e Magnetismo - Física Experimental II. Campina Grande: Maxgraf Editora, 2019