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OS IMPACTOS POSITIVOS DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL BACHAREL EM FISIOTERAPIA OS IMPACTOS POSITIVOS DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS Antonio Francisco de Araújo Sena – RGM 23594764 Fabiana Oliveira Barros Lopes – RGM 23173971 Helen Pereira de Melo – RGM 23323167 Brasília –DF 2023 Antonio Francisco de Araújo Sena Fabiana Oliveira Barros Lopes Helen Pereira de Melo OS IMPACTOS POSITIVOS DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito básico para a conclusão do Curso de Bacharel em Fisioterapia pela Universidade Cruzeiro do Sul Virtual. Orientador (a): Prof.ª Laura de Mora Rodrigues Brasília-DF 2023 RESUMO É uma realidade que as pessoas estão vivendo mais do que antes e que está ocorrendo uma mudança demográfica que constantemente nos obriga como sociedade a buscar soluções, especialmente no sistema de saúde e social. A importância de investigar as quedas como fator que reduz a qualidade de vida do idoso, podendo inclusive ocasionar sua mortalidade, é fundamental para reconhecer que sua prevenção é imperativa. O obejetivo geral deste trabalho é compreender a atuação do fisioterapeuta no desenvolvimento de programa de fisioterapia de prevenção de quedas adaptado ao idoso para a manutenção das capacidades físicas funcionais e também orientar sobre os riscos de quedas e como reduzi-los. O presente estudo trata-se de uma revisão da literatura, foi escolhida como base de dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online), REDALYC (Rede de Revistas Científicas da América Latina e Caribe, Espanha e Portugal), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), SCOPUS (base de dados bibliográfica). A fisioterapia através da bandagem de terapia neuromuscular desempenha um papel importante tanto na prevenção quanto no tratamento da síndrome de quedas. Em vários artigos, teses e estudos em nível nacional e internacional sobre a síndrome da queda, a fraqueza muscular e a perda de equilíbrio são documentados como fatores predisponentes e evidenciado o benefício proporcionado pela reabilitação física e educação na prevenção de quedas. Palavras-Chave: Envelhecimento; Fisioterapia; Idoso; Exercícios; Prevenção de quedas. ABSTRACT It is a reality that people are living longer than before and that a demographic change is taking place that constantly forces us as a society to seek solutions, especially in the health and social system. The importance of investigating falls as a factor that reduces the quality of life of the elderly, and may even lead to their mortality, is essential to recognize that their prevention is imperative. The general objective of this work is to understand the role of the physiotherapist in the development of a physiotherapy program for the prevention of falls adapted to the elderly for the maintenance of functional physical capacities and also to provide guidance on the risks of falls and how to reduce them. The present study is a literature review, chosen as a database SCIELO (Scientific Electronic Library Online), REDALYC (Network of Scientific Journals of Latin America and the Caribbean, Spain and Portugal), LILACS (Latin American Literature and of the Caribbean in Health Sciences), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), SCOPUS (bibliographic database). Physiotherapy through neuromuscular therapy bandage plays an important role in both prevention and treatment of falls syndrome. In several articles, theses and studies at national and international level on the fall syndrome, muscle weakness and loss of balance are documented as predisposing factors and evidenced the benefit provided by physical rehabilitation and education in the prevention of falls. Key words: Aging; Physiotherapy; Elderly; Exercises; Fall Prevention. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO 06 2. JUSTIFICATIVA 09 3. OBJETIVOS 10 3.1 GERAL 10 3.2 ESPECÍFICOS 10 4. MÉTODO 11 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 12 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 16 REFERÊNCIAS 17 1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO É uma realidade que as pessoas estão vivendo mais do que antes e que está ocorrendo uma mudança demográfica que constantemente nos obriga como sociedade a buscar soluções, especialmente no sistema de saúde e social. Segundo a OMS, nesta década em que vivemos o número de pessoas no mundo com mais de 60 anos aumentará 34%, com uma em cada seis pessoas nesta faixa etária em 2030 e dobrará esse número até 2050 (RODRIGUES; BARBEITO; JUNIOR, 2016). Vários estudos internacionais demonstraram que independentemente da causa das quedas, o paciente idoso se beneficia da intervenção da fisioterapia. A bandagem ou reabilitação neuromuscular através do exercício melhora a força muscular dos membros inferiores, o controle postural, a coordenação e o equilíbrio, fatores que se encontram deteriorados em alguns idosos, tornando-os vulneráveis a quedas, pelo que melhorando estes juntamente com determinados componentes médicos que predispõem as quedas, é possível reduzir o número de quedas e as consequências que as produzem nos idosos (RODRIGUES, 2018). Segundo a Organização Mundial de Saúde, as quedas são eventos involuntários que provocam a perda do equilíbrio e o choque do corpo contra o solo ou outra superfície firme que o impeça. Esse problema predispõe o idoso a sofrer incapacidade, dependência e múltiplas doenças. Além disso, é considerada uma das principais síndromes geriátricas, sendo a segunda causa de morte por lesões acidentais ou não intencionais em idosos no mundo (COSTA et al., 2018). Um terço das pessoas com mais de 65 anos sofre quedas a cada ano na comunidade, número que sobe para 60% em residentes de centros geriátricos. A incidência de quedas aumentou nos últimos 50 anos, sendo esperado um aumento progressivo ao longo do tempo (COSTA et al., 2018). Além disso, as chamadas quedas recorrentes, presença de duas ou mais quedas em um ano, ocasionando limitações funcionais ou doenças crônicas no idoso, destacam-se por sua relevância clínica e social. Estima-se que 50% dos idosos que sofrem queda apresentarão novo episódio no próximo ano, o que aumenta os riscos à saúde. Apesar de as quedas recorrentes serem episódios frequentes nessa população, a aplicação de medidas preventivas pode reduzir significativamente sua incidência, principalmente no ambiente residencial (BARBOSA et al., 2017) Para Barbosa et al. (2017) o envelhecimento pode ser definido como o somatório de uma série de alterações biológicas que ocorrem no ser humano e que levam a uma deterioração funcional progressiva e a um estado de dependência. Diante do exposto, de que maneira a fisioterapia atua na prevenção de quedas adaptado ao idoso para a manutenção das capacidades físicas funcionais e também orientar sobre os riscos de quedas e como reduzi-los? Desde frente à Fisioterapia sim, é possivel retardar essa deterioraçã, um dos objetivos que nos propomos com os idosos é a prevenção de quedas. São definidos pela OMS como eventos involuntários que fazem perder o equilíbrio e atingir o corpo em uma superfície firme, sendo uma importante causa de incapacidade e assumindo um gasto significativopara o sistema de saúde. A Resolução Nº. 08, de 20 de fevereiro de 1978, que estabelece os requisitos para a verificação dos graus universitários oficiais que habilitam o exercício da profissão de fisioterapeuta, estabelecem que o profissional deva intervir nos domínios da promoção, prevenção, proteção e recuperação de saúde. Assim, como profissionais de saúde que se é intervem diretamente nesta população com um objetivo claro, melhorar a funcionalidade do indivíduo e prevenir a dependência, ou pelo menos retardar o seu aparecimento, o que terá impacto direto no sistema de saúde ao nível um custo-benefício (SASAKI, 2017). A saúde dessa faixa etária deve ser medida em termos de funcionalidade, e não de doença. A partir disso, surge o termo fragilidade, preditor de quedas como evento adverso à saúde. A fisioterapia, como profissão da saúde que é, utiliza diferentes métodos para avaliar a capacidade funcional dessa faixa etária. Os fisioterapeutas realizam uma avaliação física e funcional, com testes como o Short Physical Performance Battery (SPPB), o teste de aptidão Sénior, o teste de velocidade de marcha ou o teste Time get Up and Go Test (TUGT), e uma avaliação antropométrica. Além disso, complementamos o estudo com uma avaliação hemodinâmica e bioquímica, realizada por outros profissionais de saúde (SILVA, 2021). Tudo isto leva à elaboração de um plano de trabalho personalizado e individualizado, consoante às características de cada pessoa, distribuído entre 10 e 12 semanas, com programas onde se combina o exercício aeróbico com o trabalho de força muscular, por sua vez complementado com exercícios de equilíbrio e flexibilidade e monitoramento constante dos principais parâmetros vitais (SILVA, 2021). A evidência científica e a prática clínica dizem que a prescrição de exercício terapêutico pelo fisioterapeuta é o melhor aliado para a prevenção das quedas, é a ferramenta fundamental de que dispomos. Para auxiliar e reforçar esse trabalho, realizamos um estudo do meio ambiente das pessoas, principalmente daquelas que sofreram quedas repetidas, e atuamos caso necessário (QUEIROGA et al., 2019). Em suma, pode-se afirmar que a predisposição à incapacidade e dependência que as quedas podem acarretar nesta faixa etária pode ser modulada pela intervenção corretamente planejada de exercício terapêutico, desenvolvido por um profissional de saúde, o fisioterapeuta. 7 2. JUSTIFICATIVA A importância de investigar as quedas como fator que reduz a qualidade de vida do idoso, podendo inclusive ocasionar sua mortalidade, é fundamental para reconhecer que sua prevenção é imperativa. Criar estratégias de prevenção que evitem ao máximo o aumento das quedas e produzir mudanças educativas que permitam o reconhecimento de seus riscos também é um dos desafios da sociedade em geral (MENEZES; VILAÇA; MENEZES, 2016). O fisioterapeuta é o profissional qualificado para intervir na prevenção de quedas. Este profissional poderá atuar avaliando os aspectos físico-funcionais do idoso, desenvolvendo programas de atividade física com objetivo preventivo adequado às necessidades de cada idoso ou de grupos de idosos, na parte educativa essencial para o reconhecimento da às causas e riscos de quedas, e também avaliar o impacto desses programas em termos de melhorias físicas em idosos (CORREIA, 2017). O presente trabalho tem sua justificativa baseada na literatura científica que confirma a eficácia dos programas de atividade física na prevenção do risco de quedas em idosos. Também está ancorado na evidência de que o profissional fisioterapeuta é um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento e implementação de programas de atividade física voltados para idosos, considerando suas habilidades na avaliação das necessidades de cada idoso e na criação de atividades adaptadas às suas necessidades as necessidades observadas. 3. OBJETIVOS 3.1 GERAL Compreender a atuação do fisioterapeuta no desenvolvimento de programa de fisioterapia de prevenção de quedas adaptado ao idoso para a manutenção das capacidades físicas funcionais e também orientar sobre os riscos de quedas e como reduzi-los. 3.2 ESPECÍFICOS · Pontuar a atuação do fisioterapeuta no auxlio de criação de grupo de envelhecimento ativo voltado para idosos na Unidade Básica de Saúde, mantido pela equipe multiprofissional; · Apontar a atuação da fisiterapia no desenvolvimento de programas de atividade física e educação para idosos. · Deduzir a intervenção do fisitereupeuta, afim, de reduzir a incidência e prevalência de quedas em idosos. 4. MÉTODO O presente estudo tratou-se de uma revisão integrativa da literatura, que consiste em reunir e sintetizar o conhecimento científico elaborado sobre determinado assunto, proporcionando um entendimento a respeito do problema estudado. A revisão iniciou com a definição do tema sendo de relevância ao meio científico bem como para subsidiar a formação dos profissionais da saúde que desenvolverão ações visando a compreender a atuação do fisioterapeuta no desenvolvimento de programa de fisioterapia de prevenção de quedas adaptado ao idoso para a manutenção das capacidades físicas funcionais e também orientar sobre os riscos de quedas e como reduzi-los. Foi escolhida como base de dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online), REDALYC (Rede de Revistas Científicas da América Latina e Caribe, Espanha e Portugal), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), SCOPUS (base de dados bibliográfica). A busca dos artigos foi realizada por meio do método de combinação (através dos conectores “e/ou” no campo de pesquisa) pelos Descritores em Ciências da Saúde (Decs): “Envelhecimento”; “Fisioterapia”; “Idoso”; “Exercícios”; “Prevenção de Quedas”. A coleta de dados foi executada nos meses de Fevereiro a Junho de 2023. Foram estabelecidos como critérios de inclusão: estudos publicados entre os anos de 2013 a 2023 na base de dado anteriormente referenciada, no idioma português, com textos acessíveis na íntegra e que demonstrassem em suas considerações dados importantes referentes às políticas públicas sobre a atuação do fisioterapeuta no desenvolvimento de programa de fisioterapia de prevenção de quedas adaptado ao idoso para a manutenção das capacidades físicas funcionais e também orientar sobre os riscos de quedas e como reduzi-los. Foram excluídos do estudo dissertações, editoriais, teses, resumos de congresso, anais, comentários e opiniões. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO O grau de funcionalidade ou dependência da pessoa idosa (GFPI), é medido através de várias escalas que avaliam a capacidade de mobilização do idoso, a sua independência nas atividades básicas da vida diária e o desempenho em atividades instrumentais. O objetivo dessas avaliações é determinar a deterioração funcional do idoso, pois esse aspecto é um indicador prognóstico de incapacidade e dependência (LIMA, 2019). De acordo com Silva (2019) no Brasil, de acordo com o último censo realizado em 2022, a população idosa representava 14,7% da população total, o que indica que naquele ano havia 31,23 milhões de pessoas idosas. Em estudo realizado pelo Silva (2019), para o relatório sobre a situação do GFPI no Brasil, está documentado que 41,6% da população estudada apresentava dificuldade de mobilidade especificamente para caminhar e 56,7% apresentava dificuldade para subir escadas. Estas duas últimas ações representam os valores de maior dificuldade, aumentando consideravelmente com a idade, chegando aos 80 anos e mais, com valores de 68,8% para a dificuldade de caminhar e 7,8% para subir escadas. Se partirmos do facto de a maioria das quedas ocorrer durante as atividades diárias, ao tropeçar, e a menor destas ocorrer durante as atividades de maior risco, podemos observar e ponderar a importância da intervenção da Fisioterapia através da bandagem neuromuscular, tanto para prevenção primária e secundária, bem como para prevenção terciária e reabilitação (SANTOS;MONTEIRO; DELA CELA 2015). Para Oliveira (2017) as quedas dentro das patologias geriátricas são um dos problemas mais importantes, pois coloca em risco a saúde dos idosos, sendo uma das principais causas de lesões, incapacidades e até mesmo a morte. A ocorrência de mais de duas quedas em um período de seis meses é considerada síndrome da queda. A síndrome da queda se deve a vários fatores intrínsecos e extrínsecos do paciente. Dentre os fatores intrínsecos podemos citar: idade, doenças agudas e crônicas e uso de alguns medicamentos. Os fatores extrínsecos incluem o que são principalmente barreiras arquitetônicas e condições que causam desestabilização, como o tipo de calçado ou o piso. Esses fatores, juntamente com a fraqueza dos membros inferiores e a falta de equilíbrio, determinam um risco para o idoso cair e, portanto, adquirir uma incapacidade que o leva a depender por tempo determinado ou permanentemente de outra pessoa (HOMEM; RODRIGUES, 2022). Ainda para Homem e Rodrigues (2022) o profissional de Fisioterapia tem várias possibilidades de intervenção nas áreas da prevenção, onde intervenho como adjuvante no tratamento de doenças agudas e crónicas, bem como na reabilitação do controlo postural e fraqueza muscular, produto do descondicionamento físico ou imobilização e prolongado em idosos. Inicialmente, o fisioterapeuta precisará avaliar diversos aspectos físico-funcionais do idoso a fim de traçar um plano de tratamento adequado à realidade do paciente. Esta avaliação deve incluir: Anamnese que inclui as patologias do paciente e história de quedas que contém: número de quedas nos últimos 3 a 6 meses, hora do dia, tipo de calçado utilizado, local da última queda, se conseguiu levantar, consequências das quedas e sintomas associados à queda (COSTA; SILVEIRA; MUNDIM, 2021). Avaliação de a mobilidade articular dos membros inferiores. Avaliação muscular funcional manual dos membros inferiores. Avaliação postural, observando encurtamentos, desvios e deformidades dos membros inferiores. Habilidade do paciente em fazer mudanças posturais de supino para prono, supino para sentado no leito, de sentado para bípede e bípede para sentado, observando se o paciente apresenta tontura, dificuldade ou instabilidade ao fazê-lo (SANTOS; MONTEIRO; DELA CELA 2015). Avalie a capacidade do paciente de manter o equilíbrio estático e dinâmico sentado e em pé, suporte monopodal, mudanças de direção e rotação de 360° enquanto está em pé. Análise da marcha, observar o tipo de calçado, necessidade de auxílio biomecânico. Aplicação de testes específicos, que podem incluir: Tinetti, Get up and Go, Get up and Go cronometrado e velocidade de caminhada. Quando um adulto mais velho arrasta os pés, em vez de pegá-los corretamente, é mais provável que tropecem e caiam (LIMA, 2019). Grande parte dos idosos com síndrome de quedas, além das causas médicas que apresentam e dos fatores ambientais que a favorecem, também é possível apresentar na maioria perda de força muscular dos membros inferiores e deterioração da coordenação e equilíbrio que influencia diretamente na marcha e na sua estabilidade. A abordagem fisioterapêutica para que esses aspectos sejam reabilitados será focada em: Melhorar a força, resistência muscular e movimento articular dos membros inferiores, treinamento de coordenação e equilíbrio e educação (CUNHA; PINHEIRO, 2016). Ainda de acordo com Cunha e Pinheiro (2016) para melhorar a força, resistência e movimento geral, podem ser realizados exercícios resistidos progressivos com uso de caneleiras e theraband, exercícios ativos livres, bicicleta ergométrica e técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), que além de permitir trabalhos de fortalecimento muscular coordenação e propriocepção. Lima (2019) pontuou que no treino de marcha deve-se procurar melhorar a postura e retreinar o desempenho correto das fases da marcha. Você pode trabalhar a marcha anterógrada, retrógrada e lateral, dentro e fora das barras, evitando obstáculos, andando em superfícies irregulares e subindo e descendo escadas. Caso seja evidente a instabilidade da marcha fora das barras, deve-se treinar a marcha com bengala de um ponto, quatro pontas ou andador de acordo com a necessidade do idoso. No treinamento de coordenação e equilíbrio, podem ser utilizadas técnicas como a já mencionada técnica PNF e a técnica de Frenkel (CUNHA; PINHEIRO, 2016). Para alcançar o controle postural no equilíbrio bípede, é necessário primeiro alcançar o equilíbrio estático, progredindo para atividades de equilíbrio dinâmico desde as mais simples, como bater palmas ou lançar uma bola em apoio bípede, até atividades mais complexas, como equilíbrio monopodal, caminhada, soldagem e equilíbrio em superfícies irregulares, sempre levando em consideração as patologias e possibilidades físicas do idoso (MATIAS et al., 2019). A educação na prevenção de quedas no domicílio é um ponto de grande importância, isso porque nos domicílios dos idosos, muitas vezes, desconhecem-se os perigos potenciais que podem ocasionar uma queda. Entre os aspectos que devem ser considerados com o paciente e seus familiares ou cuidador estão: uso de calçados adequados mesmo dentro de casa, uso de grades, carpete antiderrapante e cadeira no banheiro, deixando os corredores livres de móveis e com boas iluminações, uso de corrimão em escadas, entre outros (MATIAS et al., 2019). 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A fisioterapia através da bandagem de terapia neuromuscular desempenha um papel importante tanto na prevenção quanto no tratamento da síndrome de quedas. Em vários artigos, teses e estudos em nível nacional e internacional sobre a síndrome da queda, a fraqueza muscular e a perda de equilíbrio são documentados como fatores predisponentes e evidenciado o benefício proporcionado pela reabilitação física e educação na prevenção de quedas. Verificou-se na literatura que a qualidade da atividade educativa qualitativo do Conhecimento adquirido pelos idosos. Reprodução educativa na comunidade e ações eficazes para reduzir os fatores de risco, como tambem, aumento da capacidade física dos idosos que participam de programas educativos voltados a atividades fisicas na percepção de melhora na força muscular e equilíbrio. Satisfação dos profissionais com a atividade exercida, percepção da eficácia do programa e do comportamento do idoso reduzindo a incidência e prevalência de quedas. E por fim, os programas de exercícios conduzidos pelo fisioterapeuta tende a ser realizado de forma a considerar a adaptação das atividades ao nível do idoso, respeitando a capacidade de cada idoso. As bases dos exercícios serão baseadas em atividades de flexibilidade, fortalecimento muscular, equilíbrio e relaxamento. REFERÊNCIAS BARBOSA, Thaise Silva et al. Fatores de risco para quedas na população idosa: revisão integrativa da literatura. Revista Saúde-UNG-Ser, v. 10, n. 1 ESP, p. 38, 2017. Disp. http://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/2607. 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